PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, maio 03, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] COMPLETO !

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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GOVERNO DILMA/PT/DIRCEU/DELÚBIO [In:] O MERCADOR ... (2)

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O perdão ao corrupto confesso

O Estado de S. Paulo - 03/05/2011

A decisão do Diretório Nacional do PT de aceitar a refiliação de Delúbio Soares, expulso em 2005 por seu envolvimento no escândalo do mensalão, expõe claramente dois procedimentos que ajudam a explicar a escalada eleitoral do partido: primeiro, o compadrio que exime de qualquer culpa companheiro que tenha praticado ilícitos em benefício da companheirada; segundo, a prática do rolo compressor que passa por cima de tudo o que contrarie os interesses comuns da turma, apelando ao recurso de negar evidências por meio da bem orquestrada e incansável repetição da "verdade" que melhor lhe convém. Assim sempre procedeu o capo Lula da Silva. Comportamento que se repetiu agora: o mensalão, garante o chefão, nunca existiu, foi uma tentativa de golpe "das elites". E um dos mais fiéis escudeiros do ex-presidente, o ministro Gilberto Carvalho, teve o caradurismo de declarar em São Paulo, quando representava Dilma Rousseff no 1.º de maio, que, se Delúbio "voltar a errar, o partido, da mesma forma que o recebeu de volta, vai ter que puni-lo de novo". Ou seja, Delúbio precisa entender que, no PT, não se pune o crime praticado a serviço do partido. O que se pune é o erro de deixar-se flagrar na prática do crime.

A reintegração de Delúbio pelo PT é, no mínimo, imprudente e precipitada, uma vez que o ex-tesoureiro é um dos 39 réus do processo que tramita no STF e deverá ser finalmente julgado, sete anos depois dos fatos que o geraram, em 2012. Mas é uma decisão coerente com a anunciada disposição de Lula de provar que o mensalão, como esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo, jamais existiu. No máximo, foi prática de caixa 2, como se isso não constituísse crime. Mas não é exatamente o que o próprio Lula pensava em 2005, quando se queixou de ter sido "traído" - sem mencionar os nomes dos traidores - e afirmou que o PT deveria "pedir desculpas" ao País. Já os próprios deputados, na conclusão da CPI do Mensalão, recomendaram a cassação dos mandatos de 18 colegas, dos quais apenas 3 acabaram sendo punidos pelo plenário da Câmara: Roberto Jefferson, do PTB, que denunciou o esquema, admitindo que seu partido dele se tinha beneficiado; José Dirceu, do PT, apontado como chefe da quadrilha; e Pedro Correa, do PP. Alguns meses depois, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou sólida denúncia, acolhida pelo STF, contra cerca de 40 indiciados no mensalão, inclusive Delúbio Soares, que permanecem à espera de julgamento.

De todos os dirigentes do PT envolvidos no escândalo do mensalão e seus desdobramentos, apenas Delúbio Soares foi punido pelo partido, com a expulsão. Foi uma espécie de satisfação pública que os petistas se viram obrigados a dar diante das evidências que incriminavam a legenda. E Delúbio, o boi de piranha, comportou-se com fidelidade canina a seus chefes. Admitiu ter manipulado, por iniciativa própria, o que chamou eufemisticamente de "recursos não contabilizados" destinados a financiar campanhas eleitorais do PT, mas negou veementemente o pagamento de propina a parlamentares e também que o esquema era comandado pelo então ministro José Dirceu. Em 2009, depois de quatro anos no ostracismo, Delúbio fez uma tentativa de ser readmitido nos quadros do PT. Mas foi dissuadido por Lula, que temia a repercussão na campanha presidencial de 2010. Agora, o próprio ex-presidente defendeu a reabilitação do companheiro, como recompensa por serviços tão fielmente prestados.

Desde a campanha eleitoral de 2003 Lula tem liderado o PT em tortuoso processo de transformação que passou pela cuidadosa elaboração de um código de valores sob medida para atender a suas conveniências eleitorais. Nas áreas política, social e econômica, teses antes ferozmente combatidas passaram a ser convictamente praticadas e, mais do que isso, anunciadas como suas. Até aqui, tem funcionado. Mas o episódio Delúbio tem uma dimensão emblemática que pode significar um tiro dado por Lula no próprio pé. Afinal, o ex-tesoureiro do PT é corrupto confesso. Diga-me com quem andas...

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GOVERNO DILMA/PT/DIRCEU/DELÚBIO [In:] O MERCADOR ...

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PT é mais um desafio para Dilma


O Globo - 03/05/2011

São várias as interpretações possíveis da ousada decisão do PT de reconduzir aos quadros do partido o tesoureiro do mensalão, Delúbio Soares, réu no processo contra a "organização criminosa" criada para lavar dinheiro sujo, em tramitação no Supremo. A ousadia está em arriscar-se a recolocar o caso novamente em circulação.

Pode ser que, vitorioso nas eleições, o partido se sinta imune a tudo, protegido de críticas "burguesas" ao desvio de dinheiro público para lubrificar o esquema de compra de apoio parlamentar ao governo Lula. Entre as justificativas para a reabilitação do companheiro Delúbio está a de que ninguém pode ser condenado a penas perpétuas. Ora, o ex-tesoureiro sequer foi julgado. O partido, então, avançou o sinal ao assumir cedo demais uma posição definitiva sobre Delúbio. Ele fora expulso da legenda há seis anos, com o estouro do caso, seguido da cassação do mandato de deputado federal do ex-ministro José Dirceu, líder do grupo no PT a que Delúbio é ligado, e considerado pelo Ministério Público chefe da "organização criminosa" do mensalão, conforme termos da denúncia contra o grupo encaminhada ao STF e acolhida pela Corte.

A única justificativa aceitável é que o partido quer premiar a fidelidade e o silêncio de Delúbio Soares, sem qualquer preocupação com o que a Justiça vier a decidir. E como está em jogo a lisura no uso de recursos públicos, entre outros, aceitar a ideia de que o ex-tesoureiro cumpriria uma "pena perpétua" equivale a instituir o conceito de uma ética com prazo de validade. A reabilitação do ex-tesoureiro não é fato isolado. Embalada na mesma operação, conduzida pelo grupo de José Dirceu, veio a eleição de Rui Falcão para a presidência do partido, com a renúncia, por motivos de saúde, de José Eduardo Dutra. Ligado há algum tempo a Marta Suplicy, em cujo governo na cidade de São Paulo trabalhou como secretário, Falcão teve passagem tumultuada no comitê eleitoral de Dilma Rousseff, acusado de participar da confecção de dossiês contra o tucano José Serra e familiares.

O PT, com mensaleiros e aloprados, parece ganhar um perfil desafiador para o próprio governo. Cabe lembrar a tese de José Dirceu, fortalecido por essas mudanças, exposta a metalúrgicos na Bahia, de que Dilma no Planalto facilitaria a execução do "projeto do PT", difícil de executar no governo Lula, por ser o ex-presidente maior que o partido.

Deve, portanto, a presidente Dilma esperar investidas do partido em busca de espaços perdidos para o PMDB e outras legendas. Afinal, é parte do "projeto do PT" a partidarização do Estado, como se viu em oito anos da Era Lula. Deverá, ainda, haver mais liberdade no partido para a letal mistura de negócios com política, de que são provas ligações cultivadas por Delúbio com o mercado imobiliário, a partir de um dos braços do sindicalismo financeiro do partido, a Previ, como revelado pela revista "Época".

Fortalece-se, ainda, na legenda, o projeto de um capitalismo de Estado à la Geisel, com empresários escolhidos a transitar pelos cofres do BNDES. Do projeto fazem parte intervenções descabidas em empresas privadas, iguais à executada na Vale. Não se preveem momentos tranquilos para o Palácio.

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SENADO/CÓDIGO DE PROCESSO PENAL [In:] AS CREDENCIAIS DO ''LOBO MAU'' (A quem interessar possa !)

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A blindagem do crime econômico

Autor(es): Fausto M. De Sanctis
Valor Econômico - 03/05/2011

O Senado Federal aprovou, em 7 de abril, o substitutivo ao Projeto de Lei nº 111, de 2008, da Câmara dos Deputados, que altera dispositivos do Código de Processo Penal (CPP) relativos a medidas cautelares como a prisão processual, a fiança e a liberdade provisória. A proposta, que na Câmara tramitou sob o número 4.208, cria medidas alternativas à prisão preventiva - mantida, porém, a prisão especial para autoridades e determinados profissionais.

O texto, que agora depende apenas da sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor após 60 dias, consagra, no que se refere aos presos, o monitoramento eletrônico mediante concordância, a proibição de frequentar determinados locais ou a de se comunicar com certas pessoas e o recolhimento em casa durante a noite e nos dias de folga. A prisão, de fato, só se aplicará aos crimes considerados "de maior potencial ofensivo", ou seja, aos crimes dolosos com pena superior a quatro anos ou nos casos de reincidência. Além disso, o projeto aprovado amplia os casos de concessão de fiança.

Alardeia-se que essas alterações no Código de Processo Penal diminuiriam o índice de presos provisórios existentes no país, que hoje chegaria a 44% da população carcerária atual. De fato, sua aprovação afastaria a possibilidade de prisão nos casos de crimes graves consumados, como o crime de quadrilha ou bando; autoaborto; lesão corporal dolosa, ainda que grave; maus tratos; furto; fraude; receptação; abandono de incapaz; emprego irregular de verbas públicas; resistência; desobediência; desacato; falso testemunho e falsa perícia; todos os crimes contra as finanças públicas; nove dos dez crimes de fraudes em licitações (o remanescente tentado), contrabando ou descaminho.

Com a vigência da norma, a prisão estará praticamente inviabilizada no país

O projeto aprovado no Congresso Nacional também prevê o descabimento da prisão nos crimes tentados de homicídio, ainda que qualificado; infanticídio; aborto provocado por terceiro; lesão corporal seguida de morte; furto qualificado; roubo; extorsão; apropriação indébita, inclusive previdenciária; estupro; peculato; corrupção passiva, advocacia administrativa e concussão; corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Também estariam afastados da prisão os autores de crimes ambientais e de colarinho branco - sejam consumados ou tentados - e ainda parte dos crimes previstos na Lei de Drogas, inclusive os casos de fabricação, utilização, transporte e venda tentados.

Em outras palavras, a prisão estará praticamente inviabilizada no país, já que se exige a aplicação, pelo juiz, de um total de nove alternativas antes dela, restringindo-a sensivelmente. O legislador resolveu "resolver". O crime econômico e financeiro, em quase toda a sua extensão, ficou de fora. Aos olhos do legislador, o crime econômico não seria grave. Seria correta a concretização de um garantismo que nem o jurista e filósofo italiano Luigi Ferrajoli seria capaz de idealizar? Seria o direito penal do amigo? Por outro lado, o Congresso manteve a prisão em condições especiais para autoridades e para os detentores de diploma de curso superior. Temeu excesso de poder - preocupação, aliás, que não se observa para os que não detenham a benesse processual.

Se o projeto aprovado for sancionado e se tornar lei, vislumbra-se um processo penal de secessão, que representará um meio certo de alcançar um resultado, longe, no entanto, de constituir um instrumento legítimo. Trabalhar-se-ia com a ideia de que se não é bem entendido, não se reage, consuma-se e fulmina-se. O argumento de que "sempre foi assim" não pode paralisar o indivíduo e a sociedade e instrumentalizar o legislador. Exige-se uma forma de agir que nasça no âmbito de cada um, refletindo no tecido social e político, no qual "servir" dê o tom e não "ser servido". Deferência aos atributos de honestidade, exemplaridade e respeito.

A democracia concretiza-se apenas quando quem toma decisões o faz em nome do interesse de todos. Educação, consciência cívica e cultura da licitude hão de ser a base para a virada real do país rumo ao futuro que desejamos, no qual as pessoas tomam a luta para si e sirvam de exemplo. Um lugar onde aves de rapina não mais encontrarão farelos humanos. O progressivo entendimento passa a ser senso comum. Aí sim a prisão cautelar encontrará o tratamento necessário. Um instrumento que, embora lamentável, é útil. E, principalmente, destinado aos graves crimes sem exceção, sujeitando todas as pessoas, independentemente do status econômico, social ou político.

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Fausto Martin De Sanctis é desembargador federal em São Paulo e escritor

Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

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MEIO AMBIENTE/AQUECIMENTO GLOBAL [In:] MEU BOI BUMBÁ !

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Arroto do boi

Autor(es): Xico Graziano
O Estado de S. Paulo - 03/05/2011

Um grupo de manifestantes se destacava nos frios arredores da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhague (2009). Eram vegetarianos. Eles distribuíam panfletos com um argumento impressionante: 82% do aquecimento global cessaria se o mundo deixasse de comer carne. Será verdade?!

Certamente que não. Mas a esdrúxula tese se acompanhava por textos bem ilustrados, daqueles que viajam longe na internet. Aqui mora o perigo. Nesta época em que as informações fluem rapidamente, o zelo pela consistência do conhecimento torna-se crucial. Uma preciosidade ou uma bobagem percorrem o mundo em minutos. Ainda mais se a linguagem for curiosa, excêntrica ou os números, chamativos, estrondosos.

A mudança climática que afeta o planeta configura um problema relativamente recente para a pesquisa científica. Modelos utilizados nas estimativas e suposições ganham veracidade, mas, no fundo, ainda falta muito para ser descoberto, mensurado e comprovado sobre o fenômeno ambiental. Um grande desafio da ciência.

Vejam o caso do gás metano (CH4) na pecuária. Oriundo da decomposição anaeróbica - sem a presença de oxigênio - de matéria orgânica, o metano surge, entre outras fontes, da ruminação animal. Ao ingerir pastagem, o estômago duplo do gado realiza uma fermentação digestiva que libera metano. O bicho, então, arrota.

Solto na atmosfera, o inodoro gás apresenta um terrível problema: sua concentração agrava o efeito estufa. Conforme os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) consagraram, o potencial de aquecimento (GWP100) do metano é 23 vezes maior que o do gás carbônico, ou dióxido de carbono (CO2). Conclusão: a pecuária afeta o clima da Terra.

Os pesquisadores buscam métodos eficientes para calcular quanto os animais expelem de metano. Essa quantidade parece depender, essencialmente, da dieta do bicho. Uma alimentação baseada em massa verde, como por aqui, difere daquela onde predomina a ração servida no cocho. Com certeza a bufada do boi europeu ecoa mais longe.

A Embrapa e o Instituto de Zootecnia de São Paulo, entre outros, debruçam-se sobre essas pesquisas recentes a respeito da erutação bovina, como tecnicamente se denomina o arroto do gado. Internacionalmente, enquanto não se purificam os dados, aceita-se que cada animal adulto, em média, produza 57 kg de metano/ano.

No mundo, multiplicada pelo rebanho total, estimou-se que a emissão de gases de efeito estufa (GEE) advinda do processo entérico dos animais, somada à decomposição dos seus dejetos orgânicos, represente 29,7% das emissões do metano com origem antrópica. Significaria cerca de 9% do fenômeno global do aquecimento.

É curioso saber que, dentre as emissões mundiais de metano, outros 16% se originam nas culturas irrigadas de arroz, especialmente das várzeas asiáticas. Se os humanos apreciadores de carne quisessem, encontrariam na razão ambiental um argumento poderoso para se opor ao consumo de arroz. Alguém topa uma campanha ridícula dessas?

A conversa fiada ambiental contra a pecuária derrete-se de vez quando se consideram os estudos do cientista brasileiro Luiz Gylvan Meira Filho. Ex-presidente do comitê científico do IPCC, o renomado professor explica que o efeito estufa atribuído ao gás metano foi inicialmente calculado supondo-se um sistema fechado, sem perda de calor, distinto da realidade do planeta, onde os raios infravermelhos afetam a equação física. Radiação de corpo negro chama-se o fenômeno em questão. Baseado na literatura internacional, ele argumenta que, ao contrário do originalmente estabelecido, o verdadeiro potencial de aquecimento do metano situa-se entre quatro e cinco vezes o equivalente em CO2, e não 23 vezes, conforme anotado pelo IPCC. A diferença é enorme.

Tem mais. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) realizou um estudo primoroso sobre esse assunto na pecuária de corte. Seus técnicos analisaram não apenas as emissões oriundas da atividade, mas calcularam também a absorção de carbono que ocorre no crescimento das pastagens. O "balanço" ambiental assim calculado indica que quase metade das emissões de GEE (106, ante 221 Mt CO2 eq/ano) se compensa pelo sequestro de carbono acumulado nas gramíneas.

O resultado vale igualmente para toda a agropecuária. Os vegetais, por meio do processo bioquímico da fotossíntese, captam energia solar e a transformam em energia vital, absorvendo CO2 e liberando oxigênio. É por isso que para os agrônomos, como eu, o gás carbônico é o gás da vida, jamais um poluente.

Embora fundamental para os inventários sobre o aquecimento global, essa contabilidade de duas vias, com entrada e saída de carbono, não é aceita na metodologia oficial do IPCC, que considera apenas as emissões de gases. Acredite se quiser.

Na ciência, o método é sempre fundamental. Mas o rigor científico anda cutucado atualmente por uma espécie de chutômetro que na web encontra campo fértil de disseminação. Com a tragédia do "copia e cola", muita asneira veiculada na rede acaba, desgraçadamente, afetando o ensino nas escolas e influenciando a imprensa mais descuidada.

As novas descobertas sobre o potencial de aquecimento do metano e a inclusão do sequestro de carbono na agricultura acabarão por jogar na lata de lixo científico todas as estimativas realizadas até então. Sorte da agricultura.

Conclusão: a influência deletéria da boiada, que já nem era tão grande quanto propalada por seus críticos vegetarianos, cairá, segundo as recentes considerações científicas, no mínimo, dez vezes. Respeite os vegetarianos, mas pode comer bife sem dor na consciência.

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NOVO CÓDIGO FLORESTAL [In:] AOS AMIGOS, AS BENESSES DA LEI

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Projeto do novo Código Florestal libera produtor de recuperar mata

Relator do novo Código Florestal flexibiliza recuperação de mata nativa


Autor(es): Marta Salomon
O Estado de S. Paulo - 03/05/2011

A nova versão do texto de reforma do Código Florestal, que o relator Aldo Rebelo (PC do B-SP) concluiu ontem e hoje irá à votação no plenário da Câmara dos Deputados, estende a todas as propriedades do País de até 4 módulos fiscais o benefício de não ter de recuperar a vegetação nativa correspondente à reserva legal desmatada ilegalmente até julho de 2008. A medida varia de 20 a 400 hectares, dependendo do município.

Outro ponto polêmico do relatório, de 25 páginas, é a manutenção dos tamanhos das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e da reserva legal como estão hoje na lei. Nas margens de rios mais estreitos, a regra é proteger 30 metros de vegetação nativa. Mas o texto flexibiliza a forma como os proprietários rurais terão de cumprir essas exigências.

Com isso, o passivo ambiental no País, estimado em 830 mil quilômetros quadrados, quase quatro vezes o tamanho do Estado de São Paulo, cairá bastante. Rebelo não soube informar, porém, em quanto cairá a exigência de manutenção de vegetação nativa nas propriedades rurais com a aplicação do novo Código.

Nem ruralistas nem ambientalistas ficarão completamente satisfeitos com a nova versão do Código Florestal, avisou Rebelo ao apresentar o texto. "Foi o acordo possível", resumiu o deputado, depois de quase dois anos de negociação de regras para a preservação do meio ambiente nas propriedades rurais do País.

O resultado está próximo do acordo selado com representantes do governo. Com exceção de um dispositivo incluído no relatório - o benefício de não ter de recuperar a vegetação nativa correspondente à reserva legal desmatada até 2008. Na campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff se comprometeu em carta a vetar a eventual redução das APPS às margens de rios e encostas mais íngremes e da reserva legal, porção de vegetação nativa que deve ser preservada nas propriedades, entre 20% e 80% dos imóveis, dependendo do bioma.

Desconto. A primeira regra para facilitar a regularização ambiental das propriedades é a possibilidade de descontar a APP das propriedades no cálculo da reserva legal. Além disso, se os proprietários rurais tiverem desmatado parte da vegetação nativa às margens dos rios mais estreitos, só terão de recuperar 15 metros das áreas de preservação.

O relatório de Rebelo também permite algumas atividades em encostas mais inclinadas, como o pastoreio extensivo. A exploração das APPs das reservas legais é autorizada, desde que tenha baixo impacto no meio ambiente ou de interesse social. Os proprietários rurais também ganham mais tempo para regularizar os imóveis, sem a pressão da aplicação de multas a partir de junho, como previa decreto editado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não é o texto que contenta a todos. Há leis que não podem ser cumpridas, há leis que não precisam ser cumpridas. O meu esforço é fazer uma lei para ser cumprida", insistiu o relator.

Rebelo apresentou no início da noite de ontem o texto que vai à votação hoje. O relator vestia calça jeans e camisa verde pálido. Não parecia muito confortável com o resultado do trabalho. "Posso estar insatisfeito, mas é com a cor da camisa", comentou.

O palpite do relator para a votação é que haverá pouca contestação de ambientalistas e ruralistas. Depois de passar pelo plenário da Câmara, o projeto seguirá para debate no Senado. Antes de virar lei, passará pela sanção da presidente Dilma Rousseff.


ENTENDA OS CONCEITOS


Área de Preservação Permanente (APP)

O que é: zona protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar a água, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o solo e assegurar o bem-estar das pessoas. São APPs: mata ciliar, nascentes, restingas, encostas e topos de morros, montes, montanhas e serras.

A proposta de Aldo Rebelo mantém os tamanhos das APPs. Nas margens de rios pequenos, a regra é proteger 30 metros de vegetação. O texto, porém, flexibiliza a forma como os proprietários terão de cumprir a lei.

Reserva legal

O que é: área de uma propriedade rural necessária à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora. O tamanho varia de acordo com a localização. Na Amazônia, equivale a 80% da propriedade; no Cerrado, a 35% para os Estados da Amazônia Legal e 20% nos demais. Nos outros biomas (Mata Atlântica, Pampa, Caatinga, Pantanal) é de 20%.

A proposta de Rebelo mantém os porcentuais. Mas proprietários de terras de até 4 módulos fiscais ficam livres da exigência de recuperar a área com vegetação nativa.

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MUNDO/TERRORISMO/BIN LADEN [In:] ''R.I.P.''

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O MUNDO PÓS-BIN LADEN

EM ESTADO DE ALERTA


Autor(es): » Rodrigo Craveiro
Correio Braziliense - 03/05/2011

O presidente Obama diz que o planeta ficou mais seguro com a morte do chefão da Al-Qaeda, mentor do maior ataque terrorista da história: o 11 de setembro de 2001. Mas a guerra contra o terror, advertem especialistas, está longe do fim. Nos Estados Unidos e em todo o mundo, países entram em alerta temendo retaliações. No DF, Brasil reforça segurança na embaixada americana. Agora, o principal alvo dos EUA, passa a ser o médico Ayman Al-Zawahiri: a recompensa pelo sucessor de Osama é de US$ 25 milhões.

Saiba, em detalhes, como foi operação que resultou na morte do terrorista;

Quem é Al-Zawahiri, braço direito de Osama e provável líder da Al-Qaeda;

Americanos comemoram. Candidatura de Obama à reeleição se fortalece.

Após a morte de Bin Laden, Interpol adverte para "risco máximo" de terror e EUA reforçam a segurança. Analistas preveem retaliação

“Que a vingança de Deus caia sobre vocês, seus cães de Roma. Que a vingança de Deus caia sobre vocês, cruzados. Essa é uma tragédia, irmãos, uma tragédia.” “Irmãos e irmãs, é esperar e ver, sua morte será uma bênção disfarcada.” As mensagens, postadas em fóruns radicais islâmicos na internet, expressam a fúria dos extremistas ante a morte de Osama bin Laden. O líder da rede terrorista Al-Qaeda foi executado com dois tiros — na cabeça e no peito —, na madrugada de ontem, em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, ao norte de Islamabad.

Enquanto o Ocidente se antecipa a uma possível onda de atentados cometidos por militantes e por simpatizantes da Al-Qaeda, o presidente norte-americano, Barack Obama, destila autoconfiança. “Em um dia como hoje, isso nos recorda que, enquanto uma nação, não há nada que não possamos fazer”, lembrou o democrata. “Acho que todos concordamos que este é um grande dia para a América. Nosso país manteve seu compromisso para fazer com que a justiça fosse feita”, assegurou Obama. E emendou: “O mundo está mais seguro e é um lugar melhor por causa da morte de Osama bin Laden”.

Classificado como um dos porta-vozes da Al-Qaeda na Europa, o xeque Omar Bakri Mohammmad rebate o otimismo de Obama e faz uma ameaça aos EUA e aos seus aliados. “Eu posso lhe dizer que a retaliação jamais virá do Oriente Médio, mas do mundo ocidental”, afirmou ao Correio, por telefone, de Trípoli, onde foi condenado à pena perpétua por criar um grupo extremista. “Eu espero que a resposta seja forte”, acrescentou. A agência de polícia global Interpol preferiu se precaver: determinou a “extrema vigilância das autoridades ante um risco máximo de terror” e reconheceu que a morte de Bin Laden pode provocar uma intensificação de atentados mundo afora. O Reino Unido ordenou a todas suas embaixadas que revisem o dispositivo de segurança e pediu “maior vigilância” aos diplomatas. O serviço de inteligência da Dinamarca alertou sobre possíveis ataques, executados por grupos ou por indivíduos fora da Europa, especialmente no Paquistão. “Para militantes islâmicos, haverá prestígio em ser o primeiro a vingá-lo. A ameaça será especialmente dirigida contra os interesses dos EUA”, afirmou um comunicado do órgão.

Apesar de esperar tentativas de retaliação por parte da Al-Qaeda, o Departamento de Segurança Interna dos EUA não tem planos imediatos de aumentar o nível de ameaça terrorista nacional. No entanto, o assessor de Segurança Interna, John Brennan, comparou a rede de Bin Laden a “um tigre mortalmente ferido”.

“Eu acredito que sempre há grupos extremistas em potencial para tentar ataques ou alguma operação de vingança”, declarou, na Casa Branca. A Administração de Segurança de Transportes dos EUA avisou que os passageiros poderiam ser submetidos à vistoria de bagagens, ao monitoramento aleatório nos portões, à tecnologia de detecção de explosivos, ao faro dos cães e a oficiais especialistas em análise de comportamento humano. Um órgão pediu aos viajantes que denunciem qualquer atividade suspeita às autoridades.

Por e-mail, o paquistanês Hasan-Askari Rizvi — estrategista militar da Universidade do Punjan (em Lahore) — afirmou à reportagem que simpatizantes da Al-Qaeda podem detonar seus explosivos no Paquistão. “A segurança está em alerta máximo no país, e interesses americanos são alvos”, alerta. De acordo com ele, grupos radicais islâmicos locais, como o Tehrik-i-Taliban Pakistani (TTP), ainda têm potencial de perseguir a agenda terrorista. Mas ele admite que a morte de Bin Laden enfraquece a Al-Qaeda e cria um vácuo de liderança, além de repercutir em outras organizações terroristas. “Bin Laden financiava os militantes. Sem ele, a falta de dinheiro pode debilitar outros grupos radicais”, observa Hasan-Askari.

Especialista em contraterrorismo pelo think tank Rand Corporation, o americano Seth Jones teme ataques inspirados na Al-Qaeda, mas não vê grandes mudanças nos complôs da rede no exterior. “No Paquistão, figuras como Ilyas Kashmiri têm se envolvidos em várias conspirações. No Iêmen, o mesmo ocorre com Anwal Al-Awlaqi. A curto prazo, a ameaça desses extremistas será grave.”

O francês Jean-Charles Brisard (leia entrevista na página 14), advogado de familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, considera sintomáticas as reações de grupos afiliados à Al-Qaeda em fóruns jihadistas da internet. Ele teme que os terroristas tentem atacar interesses e cidadãos ocidentais e vê como motivo de preocupação a situação dos estrangeiros reféns de extremistas. Brisard acha que, com o fim de Bin Laden, a rede descentralizada de organizações terroristas se focará mais nos confrontos regionais, em vez de se engajar numa jihad (guerra santa) global. “Mas o nível de ameaça permanece alto”, admite ao Correio.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

03 de maio de 2011

O Globo

Manchete: EUA jogam corpo de Bin Laden no mar para sepultar o mito
Obama diz que mundo ficou mais seguro, mas faz alerta geral contra represália do terror

Numa decisão que levantou questionamentos ao redor do mundo, os EUA jogaram no mar o corpo do terrorista Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, morto numa operação militar no Paquistão, domingo. A intenção seria privar os extremistas islâmicos de um ponto de peregrinação. A operação foi denominada "Geronimo", em referência a um renegado apache do século XIX. "Este é um dia bom para os EUA" - celebrou o presidente Obama. "O mundo está mais seguro." O país foi tomado por uma onda de patriotismo, com festa nas ruas de Nova York - onde os atentados do 11 de Setembro mataram quase 3 mil pessoas. As autoridades aumentaram o alerta em aeroportos, estações de trem, bases militares e representações diplomáticas no exterior, temendo represálias. Na Líbia, foram enterrados os corpos do filho e de três netos de Muamar Kadafi, mortos pela Otan no sábado. (Págs. 1, Caderno especial e editorial "O legado da morte de Bin Laden")

Dorrit Harazim

As Forças Armadas americanas estão atoladas no Afeganistão há dez anos e Osama bin Laden sequer estava lá. (Pág. 1)

Entrevista

Morte é grande golpe de relações públicas, mas não elimina ameaças. Shiraz Maher, paquistanês, especialista em terror. (Pág. 1)

Merval Pereira

Na notícia da marte de Osama bin Laden, jornais impressos e on-line dão uma lição de parceria. (Págs. 1 e O País, 4)

Míriam Leitão

No mercado, clima é de incerteza e tensão sem data para acabar: ontem, o petróleo caiu, subiu e caiu. (Págs. 1 e Economia, 20)

'Inquérito do Riocentro é repleto de omissões'

Trinta anos após o Riocentro, Júlio Bierrenbach, ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, diz que o governo do presidente Figueiredo deixou de apurar o atentado para proteger oficiais, entre eles o general Octávio Medeiros, então chefe do SNI. "Era omissão de todos os lados." (Págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Morte de Bin Laden desencadeia medo de onda global de atentados
Países ocidentais receiam represálias da Al Qaeda e de outros aliados do terrorista que comandou o 11 de Setembro

Osama bin Laden, a quatro meses do aniversário de dez anos do 11 de Setembro, encerra o ciclo de caçada ao terrorista e desencadeia em países do Ocidente o temor de uma onda de atentados em represália.

Para a CIA, central de inteligência dos EUA, "quase certamente" a rede Al Qaeda tentará vingar o líder. (Págs. 1 e Mundo Especial)

Janio de Freitas

Morte foi vingança; Al Zawahiri já era o líder da Al Qaeda. (Págs. 1 e Poder A6)

Sergio D’ávila

Com anúncio na TV, Obama sai à frente por 2012 (Págs. 1 e Mundo Especial, 6)

Eliane Cantanhede

Reação do Itamaraty mostra que país nada tem a declarar. (Págs. 1 e Opinião A2)

Fernando de Barros e Silva

Assassinato de ícone do terror tem apenas valor simbólico. (Págs. 1 e Opinião A2)

Foto legenda: Simpatizantes do Taleban fazem protesto no Paquistão.

Foto legenda: Na Times Square, em Nova York (EUA), bombeiros festejam noticiário que anuncia a morte do terrorista no Paquistão.

Previsto para julho, novo RG com chip pode custar até R$ 40

O RIC (Registro de Identidade Civil), que vai substituir o RG a partir de julho, poderá custar até R$ 40 ao cidadão. O Executivo quer reduzir o valor para R$ 15.

O governo diz que o custo é alto porque o RIC é um cartão com chip e certificação digital, o que permite usá-lo na internet. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Dos 300 juizes federais, 40 são ameaçados de morte, diz Ajufe

Levantamento da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) mostra que 40 dos cerca de 300 juizes criminais federais sofrem ameaça do crime organizado.

Alguns que são monitorados por criminosos abdicam da vida social e pedem transferência para outros Estados. (Págs. 1 e Poder A4)

Foto legenda: Mais essa

Carros da prova da Indy trafegam em pista da marginal Tietê; o paulistano saiu mais cedo, mudou seu trajeto, e a lentidão ficou abaixo da média. (Págs. 1 e Cotidiano C5)

Boa notícia

Brasileiros vão poder pagar dívidas judiciais com cartão. (Págs. 1 e Cotidiano C8)

Editoriais

Leia "Euforia e cautela", que avalia impacto da morte de Osama bin Laden, e "A mensagem do Censo", sobre déficit no saneamento básico. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Após a morte de Bin Laden, EUA mantêm guerra ao terror
Obama diz que 'justiça foi feita' e 'mundo está mais seguro', mas Casa Branca alerta americanos. Hillary afirma que país 'redobrará' esforços na luta antiterror. Washington pede que Taleban abandone Al-Qaeda e entre no processo político

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ontem que “a justiça foi feita" e "o mundo está mais seguro", um dia depois que forças especiais americanas mataram Osama Bin Laden, o terrorista saudita responsável pelo 11 de Setembro. Apesar disso, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Brenner, afirmou que a Al-Qaeda, organização de Bin Laden, é um "tigre ferido, ainda com vida". Por isso, o governo alertou os americanos sobre o risco de novos ataques. A secretária de Estado Hillary Clinton disse que as EUA vão “redobrar esforços" na guerra ao terror e enviou mensagem ao Taleban: “Vocês não podem nos derrotar. Mas podem abandonar a Al-Qaeda e participar do processo político." (Págs. 1 e Internacional A10 a A16)

Ação ocorreu em clima incerto A equipe que matou Bin Laden enfrentou imprevistos e não tinha certeza do paradeiro dele. (Págs. 1 e Internacional A11)

Foto legenda: O fim do mais procurado

Ao lado, na "sala de situação" na Casa Branca, Obama e seus principais assessores recebem informações em tempo real sobre a operação que matou Bin Laden: abaixo, à dir., vídeo mostra o quarto onde o terrorista teria sido morto: a esq., o prédio onde o saudita estava abrigado, em Abbottabad, perto da capital Islamabad (Paquistão).

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Análise: David Sanger
Um momento crítico

A questão agora é saber se a morte de Bin Laden incentivará o movimento democrático no mundo árabe ou - uma alternativa real - alimentará as forças islâmicas que tentam preencher o novo vácuo de poder. (Págs. 1 e Internacional A11)

Projeto do novo Código Florestal libera produtor de recuperar mata

O relator do novo Código Florestal, Aldo Rebelo (PC do B-SP), apresentou o texto que será votado hoje na Câmara. A proposta estende a todas as propriedades o benefício de não ter de recuperar a vegetação nativa correspondente à reserva legal desmatada ilegalmente até julho de 2008. (Págs. 1 e Vida A18)

Aécio se aproxima do novo PSD de Kassab (Págs. 1 e Nacional A4)

Superávit da balança comercial sobe 132% (Págs. 1 e Economia B4)

Vendas crescem 15% para o Dia das Mães

Apesar das medidas para conter o consumo, o varejo aposta na expansão das vendas para o Dia das Mães e elevou em 15% as compras de eletrodomésticos e eletrônicos à indústria. (Págs. 1 e Economia B1)

Notas & Informações

O fim de Bin Laden

Nunca mais os detratores do presidente Obama poderão acusá-lo de ser um “líder fraco". (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Exportadoras já acumulam bilhões em créditos de ICMS
O crescimento das exportações, especialmente de produtos básicos, provocou um aumento no volume de créditos a recuperar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Das dez maiores exportadoras brasileiras de capital aberto, em seis - Vale, Petrobras, Braskem, BRF Foods, JBS e Usiminas - houve aumento dos valores do imposto a recuperar em 2010, na comparação com o ano anterior, de acordo com informações das demonstrações financeiras consolidadas. E considerando apenas quatro grandes companhias - Vale, Fibria, JBS e Marfrig - o valor ultrapassava R$ 3 bilhões no fim do ano passado.
José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que o aumento de créditos de ICMS é um problema específico dos exportadores de produtos básicos, em razão do ritmo acelerado de suas vendas ao exterior. Para a indústria de manufaturados, que tem perdido espaço na exportação, o problema é menor. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a participação dos básicos nas vendas externas até abril alcançou 46,4%. Há quatro anos, seu peso estava em 30%. (Págs. 1 e A5)

México divide atenções com o Brasil

Nos últimos meses, o México passou a ocupar a posição do Brasil entre os emergentes que mais despertam a curiosidade dos investidores. Atraído pela perspectiva de crescimento do país, o mercado voltou a atenção para essa economia, que enfrenta pressão para elevar os juros e esfriar a atividade. Além disso, tem baixo e equilibrado nível de endividamento público e não recorreu a instrumentos heterodoxos para controlar o câmbio.

A aposta do mercado no México se reflete no CDS (Credit Default Swap), espécie de seguro contra eventual falta de pagamento da dívida, cujo spread caiu de 127 pontos-base em novembro para 99 pontos na semana passada. Nesse período, o CDS do Brasil saiu de 100 pontos para 108 pontos-base. (Págs. 1 e C1)

Caçada a Bin Laden custou US$ 1,3 trilhão

O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, foi morto por forças americanas no domingo, no Paquistão, como parte de uma cruzada contra o terrorismo que, desde que foi lançada, em 11 de Setembro de 2001, envolveu duas guerras e um gasto calculado em US$ 1,283 trilhão para o Tesouro dos EUA.

A guerra ao terrorismo é para os Estados Unidos a segunda mais cara da história, de acordo com cálculos do economista e ganhador do Prêmio Nobel Joseph Stiglitz. Ele estima que a Segunda Guerra Mundial tenha custado US$ 5 trilhões para os americanos em valores atualizados. (Págs. 1, A10 e A11)

Demanda sem fim

Américo Tomé, diretor da Intel para a América Latina, refletido numa lâmina de silício, matéria-prima dos circuitos eletrônicos, diz que o "céu é o limite para a receita global dos chips controladores", que já atinge US$ 31 bilhões e se aproxima do valor do mercado dos computadores. (Págs. 1 e B2)

Chineses dominam filas do iPad

Os americanos que madrugam para comprar o iPad 2 nas lojas da Apple descobrem que os chineses chegam ainda mais cedo na fila. Tornou-se quase impossível conseguir as versões mais completas do produto em Nova York devido a um esquema bem organizado de compra do produto para revenda. O "New York Times" conseguiu traçar o caminho percorrido pelo tablet do bairro chinês de Nova York até a China. Parte é carregada por chineses e parte é embarcada em contêineres. Nos subúrbios de Washington, chineses também costumam ocupar os primeiros lugares na fila do iPad, como constatou o Valor. (Págs. 1 e B3)

Bairros só de empresas, fora do centro

A tendência de formação de verdadeiros bairros comerciais, distantes do centro das grandes cidades, ganha impulso com duas iniciativas. Em um terreno comprado há 35 anos, o Grupo Servape, de origem familiar, criará a chamada "Cidade de Negócios de São Paulo", com nove torres comerciais, um hotel, centro de convenções e shopping center em uma área de 250 mil m2, no km 30 da rodovia Castello Branco. O investimento total é calculado em R$ 1,6 bilhão. No Rio, a proximidade do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) criou um novo polo de atração de indústrias no município de São Gonçalo. Em uma área à margem da rodovia BR-101, 15 empresas já instaladas ou em instalação projetam investir R$ 376 milhões até 2015 e se organizam para melhorar a infraestrutura local. (Págs. 1, B1 e B7)

A vez da América Latina

Finalmente, a América Latina terá a sua grande década. A opinião é do ex-presidente do BID Enrique Iglesias. Mas ele alerta que a região "ainda não chegou à terra prometida" e que a venda de bens primários não deve ser um fim em si mesma. (Págs. 1 e A14)

GVT aposta em centro de dados

Enquanto prepara sua entrada no mercado de TV paga, a operadora de telefonia GVT começa a oferecer serviços de centros de dados para empresas de médio porte. (Págs. 1 e B3)

Venda de ativos da Fibria

A Fibria, resultado da fusão entre VCP e Aracruz, poderá vender mais de 100 mil hectares de florestas no Rio Grande do Sul, avaliados entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões, como parte do esforço para reduzir seu endividamento. (Págs. 1 e B8)

Produção de laranja aumenta

A produção de laranjas no Estado de São Paulo na safra 2011/12, que começa a ser processada neste mês, deve alcançar 350 milhões de caixas (40,8 kg), com crescimento entre 15% e 25% sobre o ciclo anterior. (Págs. 1 e B11)

Avanço das máquinas agrícolas

O aquecimento do mercado de commodities e as projeções otimistas para a renda do agronegócio no Brasil levam os fabricantes de máquinas e implementos a entrar em novos nichos de mercado e a diversificar suas linhas. (Págs. 1 e B12)

Consumo firme nos emergentes

A demanda por crédito ao consumo foi a categoria que mais cresceu nos mercados emergentes no primeiro trimestre, principalmente na Ásia e América latina, segundo levantamento do Instituto Internacional de Finanças (IJF). (Págs. 1 e C3)

Petroleiras vão à forra

Ações da Petrobras e OGX lideram as recomendações das corretoras participantes da Carteira Valor para este mês. A razão é técnica, já que as quedas expressivas de abril abrem espaço para uma recuperação. (Págs. 1 e D1)

Ideias

Delfim Netto

Nada justifica o "terrorismo" dos "falcões" que propagam a ideia que o "governo jogou a toalha" no combate a inflação. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Luiz Gonzaga Belluzzo

Governos de todos as matizes imolam a saúde, educação e aposentadoria dos mais fracos no cadafalso dos mercados. (Págs. 1 e A11)

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