A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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sexta-feira, março 04, 2011
CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS/SENADO [In:] ''PESSOAS INCOMUNS''
Parlamentar sem mandato herda pensão de R$ 6,9 mil
Parlamentares sem mandato herdam aposentadorias de no mínimo R$ 7 mil |
Autor(es): Denise Madueño e Eugênia Lopes |
O Estado de S. Paulo - 04/03/2011 |
Parlamentares que perderam o mandato recebem aposentadorias proporcionais de, no mínimo, R$ 6,9 mil, com apenas 50 anos de idade. As aposentadorias concedidas pelo Congresso, todas legais, podem chegar a R$ 26.723,13, valor correspondente à atual remuneração dos deputados federais e senadores. No último mês, pelo menos nove deputados e cinco senadores se aposentaram. Outros 15 parlamentares pediram revisão dos valores de seus benefícios. Generosas aposentadorias são concedidas a todos que contribuíram para o extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) até 31 de janeiro de 1999. O valor mínimo do benefício é de R$ 6.948,01 mil mensais, depois de o parlamentar haver cumprido oito anos de mandato e completar 50 anos de idade. Só parlamentares que assumiram a partir de 1.º de fevereiro de 1999 é que são obrigados a cumprir as regras do atual Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que exige 35 anos de contribuição e um mínimo de 60 anos de idade para pagar a aposentadoria integral. Num momento em que o governo estuda mudar as regras de aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada, o sistema dos parlamentares deve permanecer inalterado. Apesar das negativas públicas da presidente Dilma Rousseff, o governo quer estabelecer idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres para fins de aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso depois de 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens) de contribuição. O valor máximo do benefício do INSS é de R$ 3,6 mil. Revisões. Parlamentares que não se reelegeram pediram revisão dos valores das aposentadorias. São deputados e senadores que já tinham se aposentado, mas conquistaram um mandato na legislatura passada e, na ocasião, tiveram o benefício suspenso. Agora, como não conseguiram um novo mandato, eles reivindicaram o acréscimo no valor de suas aposentadorias contabilizando o período de contribuição da legislatura passada. Candidata derrotada na corrida por uma vaga ao Senado pelo Espírito Santo, a ex-deputada Rita Camata (PSDB) é a mais nova aposentada da Câmara. Depois de cinco mandatos (total de 20 anos contribuição) e de completar 50 anos de idade no dia 1.º de janeiro, Rita passou a receber aposentadoria de R$ 16,5 mil. Seu marido, o ex-senador Gerson Camata (PMDB), recebe aposentadoria integral de R$ 26.723,13 após dois mandatos de deputado e três de senador. Cotado para assumir uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal (CEF), o ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) perdeu a eleição para o governo da Bahia, mas garantiu a pensão. Prestes a completar 52 anos e depois de cinco mandatos na Câmara, ele recebe desde 1.º de fevereiro R$ 16,1 mil. Sem acúmulo. Já os parlamentares que conquistaram um novo mandato no Congresso são obrigados abrir mão das aposentadorias privilegiadas. Nessa situação está o ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) que, pelos valores atualizados, tem hoje direito a uma aposentadoria de R$ 13.027,53, pagamento suspenso em fevereiro quando tomou posse no Senado. Quando o parlamentar volta a ficar sem mandato, o benefício pode ser requerido novamente, acrescido do tempo em que ocupou uma cadeira na Câmara ou no Senado. Recém nomeado assessor do Ministério da Defesa, o ex-deputado José Genoino (PT-SP) acrescentou mais quatro anos de contribuição à sua aposentadoria. Em 2003, depois de perder as eleições para o governo de São Paulo, Genoino pediu a aposentadoria à Câmara. O benefício foi suspenso em 2007, quando conquistou um novo mandato. Agora, receberá R$ 20,3 mil. Situação semelhante é a do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA). Em 2005, ele pediu aposentadoria após renunciar ao mandato para fugir de uma cassação por envolvimento no mensalão. Em 2007 voltou e, por isso, o pagamento do benefício foi suspenso. Depois de ser apontado como "ficha-suja" pela Justiça eleitoral nas eleições de2010, voltou a usufruir da aposentadoria. Com a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa, o ex-governador, ex-senador e ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) é outro aposentado. Após quatro mandatos de deputado e um de senador, recebe R$ 19,2 mensais. ---- (*) Expressão cunhada pelo ex-presidente Lula ao se referir a políticos notórios com ilibada folha de serviços a Nação. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/etica-incomuns-brasilia --------------------- |
GOVERNO DILMA/CONSUMO [In:] ''PISA NO FREIO, ZÉ..." *
APÓS RECORDE NO PIB, DILMA SEGURA CONSUMO
AGORA, GOVERNO TENTA CONTROLAR A GASTANÇA |
Autor(es): Gabriel Caprioli |
Correio Braziliense - 04/03/2011 |
A economia brasileira registrou, no último ano do governo Lula,um crescimento que não era visto desde 1986. Puxado pelo consumo das famílias, o Produto Interno Bruto (PIB) saltou 7,5% em 2010, índice inferior apenas ao desempenho da China (10,3%) e da Índia (8,6%) e bem acima da média mundial, de 5%. O bom resultado não deve se repetir, entretanto. O cenário deste ano aponta para juros em alta, crédito mais caro e pressão inflacionária.
O ritmo médio de expansão dos gastos de 1,3% por trimestre, observado pela Consultoria LCA entre a segunda metade de 2009 e o primeiro semestre do ano passado, só foi interrompido com a preocupação da equipe econômica em relação ao aumento da inflação. “Quando você tem um avanço anual de preços acima de 5%, o perigo da indexação, comum antes do Plano Real, começa a assombrar a economia novamente”, explicou o professor de finanças da Business School São Paulo (BSP) Daniel Miraglia. A seu ver, o governo federal não tem outra escolha a não ser apertar o cinto e conter os gastos. Insustentável O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou o compromisso, encampado pela presidente Dilma Rousseff, ao destacar o recuo no último trimestre dos gastos públicos. “Os dados mostram que a queda na despesa do setor público já começou em 2010 e vai continuar em 2011. Significa que estaremos gerando mais poupança e, consequentemente, viabilizando mais investimentos”, afirmou. A taxa de poupança bruta em 2010 aumentou de 14,7% para 16,5%, apesar de ter ficado abaixo dos 18,8% de 2008. "O Pibão foi bão" Leandro Kleber Ela afirmou que já esperava um crescimento elevado do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado e avaliou o 7,5% como um número “bastante razoável”. “A gente deve saudar os 7,5%. Acredito que isso mostra que o Brasil tem capacidade de crescer a essas taxas”, disse. Porém ela lembrou logo em seguida que nos próximos anos o PIB irá crescer a percentuais mais baixos e que o controle da inflação é uma das principais metas do governo. Na visão de Dilma, a economia deverá se expandir nos próximos anos, “tranquilamente” e de maneira sustentável e permanente, com percentuais de 4,5% a 5%. Mas os ventos mundiais também terão de ajudar para que isso ocorra. “Obviamente a gente espera que o mundo não crie turbulências nem marolas”, afirmou, em referência à expressão usada pelo ex-presidente Lula ao comentar que a crise financeira mundial de 2009 chegaria ao Brasil como uma “marolinha”. “O Brasil pode crescer porque ampliamos a capacidade do país crescer. Quando você investe, consegue fazer com que o país aumente o seu dinamismo e crie condições para que ele se expanda. E é isso que estamos procurando. Quanto maior o investimento, maior a capacidade que teremos de crescer com estabilidade, crescer mantendo a inflação sob controle”, destacou. E é justamente a inflação que preocupa a equipe econômica. Com carta branca, o Banco Central segue aumentando a taxa básica de juros para conter o aumento do consumo e, assim, reduzir a alta nos preços. “Com um olho vamos olhar para a questão da estabilidade. Com o outro, vamos olhar para a questão da ampliação dos investimentos. Um dos mecanismos eficazes e estruturais de combate à inflação é a capacidade do país crescer”, afirmou Dilma. A avaliação no Planalto é de que o Brasil precisa ter consolidação fiscal para manter o domínio da inflação. A presidente fez questão de dizer, ainda, que o controle da inflação foi uma conquista da população. “Não vamos, de maneira alguma, deixar a inflação fora de controle”.
“Fazendo uma conta aproximada, atingimos um PIB de US$ 2,1 trilhões (R$ 3,6 trilhões). Se, de fato, alcançamos US$ 2,1 trilhões, teremos superado a França e o Reino Unido em PIB PPP. Mas isso é um dado preliminar, precisa ser confirmado”, afirmou. O cálculo oficial em dólares é feito pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Outros membros da equipe econômica também se apressaram em apontar, em relação ao resultado do PIB, pontos favoráveis ao governo. Para o presidente do Banco Central, Até o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que ocupou a pasta do Ministério do Planejamento durante o governo Lula, considerou o resultado “extraordinariamente positivo”. Bem-humorado, repetiu a expressão utilizada anteriormente por Mantega. “Desta vez, foi um ‘pibão’ de fato. Fora isso, só nos anos 1970, no regime militar.” Para Bernardo, o desempenho decorre das políticas do governo Lula, que priorizaram os investimentos e reforçaram o mercado interno. (GC) |
(*) Frase de música do ''sertanejo moderno''.
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