PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, novembro 23, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "SALTO ALTO"







[Chargistas: Fausto, Son Salvador, Amarildo].

GOVERNO LULA: MINISTROS & M[IN]ISTÉRIOS



O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denunciou ao STF o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e mais 13, acusados de peculato e lavagem de dinheiro. Eles são suspeitos do desvio de recursos públicos para a campanha derrotada de Azeredo à reeleição ao governo de MG, em 1998.
Folha para assinantes, foto Alan Marques/Folha Imagem; 2311.

MENSALÃO MINEIRO: LISTA DOS ENVOLVIDOS

Veja lista dos 15 denunciados pela PGR por mensalão tucano

O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra 15 suspeitos de envolvimento com o "mensalão tucano". O esquema teria sido usado na campanha a governador do atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
Na época, o ministro de Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia era vice-governador de Minas e trabalhava na campanha eleitoral de Azeredo como uma espécie de arrecadador informal de recursos financeiros
.
Alem de Azeredo e Walfrido, outros 13 foram denunciados. Veja abaixo a lista dos 15 denunciados:
1. Eduardo Brandão de Azeredo - atual senador pelo PSDB-MG e governador de Minas de 1995 a 1998, quando disputou a reeleição e perdeu;
2. Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto - atual ministro de Relações Institucionais e coordenador da campanha à reeleição de Azeredo em 1998;
3. Cláudio Mourão da Silveira - tesoureiro da campanha de Azeredo nas eleições de 1998;
4. Clésio Soares de Andrade - candidato a vice-governador de Minas pelo PFL (atual DEM) em 1998, quando Azeredo disputou a reeleição e ex-vice-governador de Minas de 2003 a 2006, durante o primeiro mandato do governador Aécio Neves (PSDB). Também foi sócio da SMPB Comunicação Ltda. criada por Valério para desviar os recursos para a campanha de Azeredo;
5. Marcos Valério Fernandes de Souza - empresário e publicitário;
6. Ramon Hollerbach Cardoso - publicitário e sócio de Valério;
7. Cristiano de Mello Paz - empresário e sócio de Valério;
8. Eduardo Pereira Guedes Neto - foi secretário-adjunto de Comunicação Social de 1997 a 1998 no governo de Azeredo;
9. Fernando Moreira Soares
- foi diretor Financeiro e Administrativo da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais);
10. Lauro Wilson de Lima Filho - foi diretor de Administração e Finanças da Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais);
11. Renato Caporali Cordeiro - foi diretor de Desenvolvimento e Controle de Negócios da Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais);
12. José Afonso Bicalho Beltrão da Silva - foi diretor-presidente do BEMGE (Banco do Estado de Minas Gerais) de 1995 a 1998. Foi responsável por cinco repasses de R$ 100 mil para a SMP&B Comunicação;
13. Jair Alonso de Oliveira - foi diretor da Bemge Distribuidora de Valores Mobiliários S/A;
14. Sylvio Romero Perez de Carvalho - foi diretor da Bemge Administradora de Cartões de Crédito Ltda.;
15. Eduardo Pimenta Mundim - foi gerente comercial da Bemge Administradora de Cartões de Crédito Ltda.
Blog do Josias, Folha Online, 2311.

MENSALÃO: A HORA E A VEZ DO PSDB



O trabalho do Ministério Público no caso do tucanoduto não se esgotou com a denúncia já protocolada no STF. O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza encomendou à sua equipe a preparação de providências contra outros envolvidos no escândalo. É possível que o trabalho resulte em mais de uma nova denúncia.
Prevê-se que o grosso do trabalho adicional será feito pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais. Antonio Fernando já remeteu para a procuradoria mineira documentos que considera úteis para o desdobramento das apurações. Envolvem pessoas que, sem mandato eletivo ou funções ministeriais, não dispõe da chamada prerrogativa de foro. Significa dizer que não precisam ser processados no STF. As novas denúncias podem ser ajuizadas na primeira instância do Judiciário. Entre os implicados estão o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes. Embora mencionada na denúncia já formalizada contra Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia e outros 13 personagens, Duda e Zilmar não constaram do rol de acusados. A exemplo do que ocorreu no caso do mensalão petista, a agência de Duda foi contratada para prestar serviços à campanha de Azeredo, em 1998. Contrato no valor de R$ 4,5 milhões. Mas só R$ 750 mil foram lançados na escrituração oficial da campanha. O resto transitou por baixo da mesa. O dinheiro proveio do esquema fraudulento montado por Marcos Valério e seus sócios. Antonio Fernando de Souza deseja levar aos tribunais também os gestores do Banco Rural, instituição financeira já encrencada no mensalão do PT. Acusa-os de conceder "empréstimos fictícios" a empresas de Marcos Valério, para irrigar as arcas eleitorais da coligação de Eduardo Azeredo. Empréstimos liquidados com recursos desviados de empresas públicas mineiras e obtidos de empresas privadas com interesses junto ao governo do Estado. O procurador-geral encomendou também o detalhamento das investigações em relação a essas empresas privadas que injetaram verbas nas arcas tucanas de Minas. Nesse ponto, as investigações vão alcançar a Samos Participações Ltda., firma na qual Walfrido dos Mares Guia detém 99% do capital. Emprestou R$ 507.134, para pagar dívida de campanha reclamada pelo ex-tesoureiro de Eduardo Azeredo, Cláudio Mourão. O dinheiro foi obtido pela Samos por meio de empréstimo contraído em 26 de setembro de 2002 no Banco Rural. Operação avalizada pelo próprio Mares Guia e por Azeredo. O ex-coordenador político de Lula jamais reclamou a devolução do numerário. O dinheiro que foi entregue ao ex-tesoureiro, segundo o Ministério Público, como parte de uma “operação abafa.” Funcionou como uma espécie de cala boca, já que Mourão ameaçava “revelar as operações delituosas ocorridas em 1998”. Por último, o procurador-geral quer que continuem a ser esmiuçados os repasses monetários feitos ao ex-juiz eleitoral Rogério Lanza Tolentino e à mulher dele, Vera Maria Soares Tolentino. A dupla recebeu, entre agosto e outubro de 1998, cinco pagamentos da coordenação financeira da campanha de Azeredo. Somaram R$ 302.350. Vieram, de acordo com o Ministério Público, do bolo de R$ 3,5 milhões desviados de empresas públicas mineiras. Na época dos repasses, Rogério Tolentino era juiz eleitoral. Suspeita-se que, nessa condição, tenta votado a favor de Azeredo em processos que envolviam o candidato. O caso foi noticiado pela Folha em 30 de setembro de 2007. Ouvido na ocasião pelo repórter Frederico Vasconcelos, o ex-juiz disse que atuara como "advogado da agência SMPB, de Marcos Valério, entre 1988 e 2005." Daí os repasses, que seria meros pagamentos de honorários. Parte do dinheiro foi parar na conta da mulher, segundo ele, "por mera comodidade ou para evitar a cobrança de CPMF".
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 2311. Foto Folha.

IPEA & BANCO CENTRAL: NOVOS RUMOS?

Mudança no Ipea indica novo rumo para a política econômica de Lula

A mudança recente no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a substituição de diretores e exclusão de alguns economistas, é mais uma componente da nova orientação econômica do governo no segundo mandato do presidente Lula, informaram ontem fontes oficiais ouvidas pelo Estado. “Estamos vivendo um ponto de inflexão na política econômica”, disse uma importante autoridade. A nova política abandona explicitamente as reformas estruturais defendidas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o seu plano de ajuste fiscal de longo prazo, com redução das despesas correntes. E concentra os esforços governamentais na definição de estratégias de desenvolvimento, nas quais o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é considerada a peça fundamental. “Nesse novo cenário, o ajuste fiscal deve ser mais gradual”, afirma um assessor da Fazenda. Esse movimento na área econômica tem, no entanto, uma limitação. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, continuará executando a sua política de juros de forma independente, embora possa vir a ser objeto de críticas ainda mais acirradas de parte da ala mais à esquerda do PT. “A blindagem do BC é feita pelo próprio presidente Lula”, disse outra fonte. “O presidente não quer inflação, e o Meirelles conhece bem seus temores.” Os setores mais críticos ao BC avaliam que a alta taxa de juros limita a política de crescimento e cria uma bomba-relógio, pelos seus efeitos sobre a taxa de câmbio, mas reconhecem a habilidade demonstrada recentemente por Meirelles, ao trocar três diretores e ter colocado nos cargos funcionários da própria instituição. “Ele se antecipou a qualquer crítica e, ao estilo de Lampedusa, mudou para deixar tudo igual”, disse uma fonte, ao lembrar o escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa que, no romance O Leopardo, celebrizou a frase: “Tudo deve mudar para que tudo fique como está”. O economista Fábio Giambiagi, afastado do Ipea, e o economista Paulo Levy, retirado do cargo de diretor de Macroeconomia da instituição, foram os dois principais assessores do ex-ministro Palocci e do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na configuração de uma política fiscal de longo prazo. Essa política previa a redução do ritmo de crescimento das despesas públicas, que deveriam crescer menos que a economia. Com isso, a longo prazo, o governo abriria espaço fiscal para aumentar os investimentos e reduzir a carga tributária. Essa estratégia seria implementada com a realização de algumas reformas estruturais, entre as quais a mudança das regras da Previdência Social. Mesmo depois da saída de Palocci do Ministério da Fazenda, Giambiagi e Levy continuaram defendendo as mesmas teses nos boletins do Ipea. O governo arquivou esse discurso e a saída de Giambiagi e Levy explicita isso, segundo uma fonte. A preocupação do governo agora é “pensar o crescimento”. Neste momento, o Ipea está discutindo com universidades e outros institutos de pesquisa do País para definir uma agenda, informou ao Estado o presidente da instituição, Márcio Pochmann. “Estamos num processo de constituição de uma agenda do desenvolvimento.” “A questão fiscal está junto, mas o nosso objetivo é ampliar essa agenda para colocar ênfase na discussão de longo prazo. Mudou a ênfase.” Por causa dos problemas conjunturais, disse Pochmann, o Brasil estava consumido numa visão de curto prazo. “Não queremos concentrar nossas atenções no curto prazo, pois o nosso compromisso maior será olhar o Brasil dos próximos anos.” Segundo ele, a economia global apresenta movimentações e tendências que precisam ser considerados por um instituto como o Ipea, que deve olhar o longo prazo. Ontem, o sindicato e o conselho dos economistas do Rio divulgaram moção de apoio a Pochmann e ao novo diretor de Macroeconomia do Ipea, João Sicsú. Eles dizem que as mudanças no Ipea traduzem uma nova orientação, “ainda tímida”, da política econômica. A nota faz duras críticas à política monetária do BC e aos economistas que concordam com ela. Pochmann negou que pretenda transformar o Ipea numa instituição que faça contraponto ao Banco Central. “Tem gente no governo mais preparada para lidar com isso (taxa de juros)”, disse. “Mas nós não deixaremos de ter uma avaliação sobre esses temas.”
Ribamar Oliveira e Sérgio Gobetti, BRASÍLIA, Estadão, 2311.

SENADORES: "NAS ONDAS DO RÁDIO..."

23 senadores aparecem como sócios de emissoras de rádio e TV

A aproximação do julgamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que está licenciado da presidência do Senado e poderá ter o mandato cassado por acusação de usar laranjas na compra de duas rádios em Alagoas, reacende a discussão sobre a proibição a parlamentares de obter e manter concessões de emissoras de rádio e TV.
Dos 81 senadores, 23 deles - quase um terço do total - aparecem como proprietários de empresas do gênero. Entre esses 23 parlamentares, uma pesquisa do Estado no Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (Siacco), do Ministério das Comunicações, mostra que pelo menos 17 têm parentes na sociedade e na direção do negócio - filhos, irmãos, mulheres ou ex-mulheres, entre outros. Entregar a parentes o comando das emissoras, tal como fez Renan, mesmo quando a transferência não passa de mera formalidade, é a maneira como os senadores driblam o artigo 54 da Constituição e o artigo 4º do Código de Ética do Senado. É uma forma, como explica o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de o parlamentar "fazer de conta" que não manda no veículo de comunicação. No caso Renan, o relatório do senador Jefferson Péres (PDT-AM), aprovado pelo Conselho de Ética por 11 votos a 3, mostra que, depois de ter montado uma sociedade oculta com o usineiro João Lyra, o presidente licenciado do Senado entregou o Sistema Costa Dourada de Radiodifusão Ltda. ao filho José Renan Vasconcelos Calheiros Filho.
RECADASTRAMENTO
Como o ministério só começou o recadastramento de todas as emissoras em agosto, o Estado checou os dados do Siacco e constatou que o senador João Raimundo Colombo (DEM-SC) e a ex-mulher, Maria Angélica Ribeiro Colombo, são os únicos que formalizaram a baixa de sócios-proprietários. Antes, eles apareciam nos registros como donos da Rádio Araucária AM, de Lages (SC). O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), mesmo não sendo formalmente proprietário da Inter TV, antiga Televisão Cabugi Ltda., tem várias gerações de familiares no comando da influente emissora, que é repetidora da Globo no Rio Grande do Norte. A quantidade de senadores donos de veículos de comunicação é um dos trunfos de Renan para tentar ser absolvido em plenário. A sessão estava inicialmente prevista para ontem, mas um impasse entre governo e oposição, envolvendo a votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) adiou o julgamento. "A discussão é necessária não apenas pelo aspecto da moralidade, mas pelo pragmatismo. Os senadores influenciam os meios de comunicação e ganham privilégios na disputa eleitoral em desfavor dos adversários não concessionários", avalia Péres. "Não importa se proprietário ou gestor, a emissora coloca o político em situação de privilégio", concluiu. Marco Aurélio diz que a norma constitucional, ao contrário do futebol, não aceita drible. Para ele, o artigo 54 da Constituição busca evitar que deputados ou senadores se beneficiem dos cargos políticos para obter contratos com a administração pública, como as concessões de rádio e TV. "Mas não é o que ocorre", admite. "Alguns usam interpostas pessoas em seu nome e a questão acaba no campo do faz-de-conta. Faz-de-conta que não tenho nada com isso. Colocam uma pessoa próxima, de sua confiança, um familiar, para ocultar a relação com o veículo. Só ingênuo aceita essa realidade." O líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), diz que o Congresso precisa discutir essas "inconstitucionalidades" e sugere que familiares de deputados e senadores sejam proibidos de participar da sociedade de emissoras de rádio e TV. O professor Dalmo Dallari, emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), lembra que o objetivo do artigo 54 da Constituição era justamente impedir a influência do parlamentar sobre os meios de comunicação. "Ao controlá-los, eles ditam a pauta e podem mesmo ocultar o que não é do consentimento do seu grupo político. A regra é indispensável para garantir a autenticidade do processo democrático", afirma o jurista. O artigo 54 deixa bem claro que deputados e senadores, depois de empossados, não podem ser "proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada". O descumprimento da regra implica, de acordo com o artigo 55, "perda do mandato".O Código de Ética do Senado proíbe os senadores, no artigo 4º, de "dirigir ou gerir empresas, órgãos e meios de comunicação", assim considerados aqueles que executem serviços de rádio e televisão.Péres recorreu ao dispositivo no parecer em que considerou quebra de decoro não apenas o expediente utilizado por Renan - o uso de laranjas -, mas também a propriedade de emissoras de radiodifusão.
PEDIDO ENCALHADO
A teoria jurídica, a Constituição e o Código de Ética do Senado funcionam, na prática, de outro jeito.O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) já havia tentado levar a discussão ao plenário desde que a polêmica sobre os parlamentares proprietários de meios de comunicação foi levantada, em reportagem do Estado, em julho do ano passado. A disposição, porém, esfriou graças à falta de interesse dos senadores em discutir assunto tão arraigado nos hábitos e costumes do Congresso. Por meio de um requerimento, Suplicy solicitou ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, há um ano e meio, que o colegiado discutisse e fizesse uma interpretação "teleológica" do artigo 54 da Constituição. Ele queria que os senadores indicassem, com clareza, o espírito da norma quanto à proibição imposta aos parlamentares. "Com o julgamento próximo do senador Renan, o debate cresceu. Renan pode ser punido, neste caso, por algo que até que ponto outros colegas não fazem?", questiona o parlamentar petista. O requerimento de Suplicy para fazer avançar a discussão sobre o tema estacionou na comissão. Ainda falta o senador Marco Maciel (DEM-PE), presidente da CCJ, designar um relator para a matéria - demanda que está pendente desde o dia 6 de julho de 2006.
Andrea Vianna, BRASÍLIA. Estadão, 2311.

' QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA ?'

Justiça acata denúncia contra 16 no caso Cisco. A Justiça Federal acatou na quarta-feira as denúncias do Ministério Público Federal no caso Cisco e marcou para 5 de dezembro os primeiros interrogatórios dos dois processos que apuram o esquema que teria causado prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao Tesouro em fraudes no comércio exterior. Ao todo, 16 dos 40 presos pela Polícia Federal no dia 15 de outubro, na Operação Persona, tornaram-se réus nos processos de importação fraudulenta de produtos de informática e telecomunicações, supostamente capitaneado pela Cisco Systems e empresas a ela ligadas. Rodrigo Pereira, Estadão, 2311.

Primeira tarefa é cuidar do PTB, diz ministro José Múcio. O novo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou que a primeira tarefa será reorganizar o apoio de seu partido, o PTB, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os senadores petebistas decidiram deixar o bloco de apoio ao governo em retaliação à liderança da petista Ideli Salvatti (SC). “Primeiro tem que cuidar da casa para, depois, sair para a rua. Conversei com alguns senadores do PTB, conversei com o presidente do PTB, Roberto Jefferson. E tenho um jantar, na terça-feira (27), com toda a bancada do PTB no Senado”, disse o novo ministro que tomou posse nesta sexta-feira (23). Múcio quer evitar uma revolta dentro do próprio partido que lhe custe votos considerados fundamentais para a aprovação da emenda que prorroga até 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A bancada do partido é composta por seis senadores.
Tiago Pariz Do G1, em Brasília.

Azeredo nega desvio de recursos na campanha. O senador Eduardo Azeredo (MG) afirmou ontem que o fato de ter sido alvo de denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não é motivo para deixar o PSDB. "Não há motivo para isto, sempre honrei o PSDB e vou continuar praticando uma boa política", afirmou. Azeredo evitou transferir para os assessores da sua campanha à reeleição, em 1998, entre eles o ministro demissionário das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, a responsabilidade pelo mensalão mineiro, apesar de reconhecer que "a campanha é muito ampla". "Mas você tem de confiar nas pessoas e eu sempre confiei." O senador também divulgou nota negando ter havido desvio de recursos na sua campanha. Segundo ele, não existiu mensalão em Minas Gerais. "Servirá de oportunidade para que seja definitivamente comprovada minha correção", disse sobre o pedido de indiciamento do Ministério Público Federal. "E para que sejam encerrados a injustiça e o embuste político dos quais tenho sido vítima há mais de dois anos. Confio agora no trabalho isento do Supremo Tribunal Federal."

Rosa Costa, BRASÍLIA, Estadão.

Ministro diz que ''''acusação é injusta'''' e deixa coordenação política do governo. Minutos depois de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por envolvimento com o mensalão mineiro, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, pediu demissão. Sua saída fora acertada na noite anterior com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como antecipou o Estado.Em carta endereçada a Lula, Mares Guia diz que "a acusação é injusta e improcedente" e isso "vai ficar provado no curso do processo". Acrescenta que sai "para se defender" e "não causar embaraços à sua gestão".

Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, BRASÍLIA, Estadão.

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: AS MESMAS RELAÇÕES...


José Múcio é o novo ministro das Relações Institucionais

Walfrido dos Mares Guia confirmou em uma breve entrevista nesta quinta-feira (22) no Palácio do Planalto que pediu afastamento do cargo de ministro das Relações Institucionais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na mesma entrevista foi confirmado que seu substituto é o líder do governo na Câmara José Múcio Monteiro (PTB-PE).
Na carta divulgada mais cedo em que pede seu afastamento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mares Guia negou as denúncias de que teria participado do esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro. Ele classifica as acusações imputadas pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de injustas e improcedentes. “A acusação é injusta e improcedente. Isso ficará provado no curso do processo. Considero que neste momento é meu dever empenhar todos os meus esforços para me defender. Não quero, entretanto, que um assunto alheio ao seu governo cause qualquer embaraço à sua gestão e à importante agenda que vossa excelência tem para o país”, afirmou. O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, ofereceu denúncia junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Mares Guia e o ex-governador de Minas Gerais e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Perda
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira (22) que a saída do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, é uma "perda" para o governo, que negocia neste momento a prorrogação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). A intenção do governo é que o tributo seja mantido até 2011. "A saída do Walfrido é uma perda para o governo, porque ele tem um papel de articulação política fundamental, que ele faz muito bem. É um companheiro solidário, mas nós continuaremos fazendo as negociações mesmo sem ele. Não acredito que vá haver prejuízo, porque acredito que vamos aprovar a prorrogação da CPMF", disse Mantega. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, por sua vez, afirmou que a provável saída do colega Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais) do governo não prejudicará as articulações para a prorrogação da CPMF, que tramita no Senado. "Se se confirmar a saída do ministro, lamento por ser um grande quadro, um grande ministro. Mas é evidente que o governo continua, as metas estão traçadas com tranqüilidade, e sob a liderança do presidente Lula, com certeza, vamos vencer essa batalha", afirmou Temporão nesta quinta-feira (22).

Co-autor
"Não é problema meu", disse nesta quinta-feira (22) o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o provável afastamento do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, após denúncia apresentada por ele mesmo no Supremo Tribunal Federal por crime de peculato. "Faço denúncias sobre fatos do passado. É dever meu. E as conseqüências estão na lei", acrescentou o procurador-geral da República. O procurador-geral da República disse ainda que o texto de sua denúncia, de 86 páginas, descreve minuciosamente o esquema ocorrido em Minas Gerais, em 1998. Segundo ele, o objetivo do esquema seria o desvio de recursos públicos. "O ministro é co-autor porque participou dos atos que engendraram este esquema", afirmou ele.
Tiago Pariz Alexandro Martello Do G1, em Brasília.2311. Foto Beto Barata/AE [José Múcio e Mares Guia durante entrevista coletiva ], Estadão.