PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, maio 06, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''DI MAIOR" e "DI MENOR"

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ELEIÇÕES 2014: ''BIRDS"

06/05/2013
Convenção do PSDB de SP não cita nome de Aécio
Aécio é ignorado em ato do PSDB paulista

A convenção que escolheu ontem a direção do PSDB no Estado mais populoso do País ignorou o nome do provável candidato do partido à Presidência da República, em 2014. Os líderes tucanos de São Paulo, incluindo o governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra, não citaram o senador mineiro Aécio Neves durante o evento, realizado na Assembleia Legislativa.

Serra e o senador Aloysio Nunes Ferreira, inclusive, fizeram comentários sobre a situação política nacional, com ataques ao PT e seus aliados, e destacaram o esforço que o PSDB deve realizar para reconquistar a Presidência no ano que vem.

O grupo de Aécio teme que seu palanque paulista fique enfraquecido por falta de empenho dos correligionários. Nas últimas campanhas presidenciais, quando Serra e Alckmin foram os candidatos tucanos, Aécio foi acusado pelos colegas de fazer "corpo mole" em Minas Gerais. Daí o temor de que os paulistas "deem o troco" na eleição do ano que vem.

O deputado federal Duarte Nogueira, eleito ontem para a presidência da executiva do diretório estadual paulista, procurou minimizar o fato de o senador mineiro não ter sido lembrado em nenhum momento no evento de ontem. O parlamentar disse que se tratava de uma convenção estadual e que as atenções estavam completamente voltadas para o desempenho do partido no Estado.

Indagado sobre o projeto de seu antecessor no cargo, o deputado estadual Pedro Tobias, de promover reuniões entre lideranças tucanas do interior do Estado com Aécio, Nogueira disse que o plano será mantido. Logo em seguida, no entanto, acrescentou: "Serão encontros com Aécio e outras lideranças. Entre essas outras lideranças, acrescentou, estariam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Serra, Alckmin e prefeitos tucanos cujas administrações foram consideradas "exemplares".

Serra apareceu na convenção ao lado de Alckmin e, ao discursar, deixou implícita sua disposição de continuar interferindo na vida do PSDB e na disputa política. "Já tive muitos cargos na minha vida e quero ter ainda mais", afirmou o ex-governador, que já disputou duas vezes o Planalto, em 2002 e 2010.

O novo presidente da executiva estadual comemorou a manifestação do ex-governador. "Como presidente estadual, vou estimular o Serra a disputar cargos. Afinal, trata-se de uma maiores lideranças do partido."
Serra chegou à Assembleia quando os líderes tucanos já dis-cursavam. Entrou e saiu sem dar declarações à imprensa.

No discurso, disse ser contrário ao acúmulo de cargos e lembrou que, ao assumir a liderança do PSDB no Senado, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, desistiu de presidir o diretório do partido em São Paulo. Neste momento, um dos assuntos debatidos entre os tucanos é justamente a conveniência de Aécio assumir a presidência nacional do PSDB. O tema deverá aparecer na convenção nacional, prevista para 18 de maio, em Brasília.

Sem definição» Questionado por jornalistas sobre a definição da candidatura do partido ao Palácio do Planalto, o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, aliado de Serra, afirmou que nada está definido ainda. "A eleição é daqui a um ano e meio. O partido não tem nada definido até agora. Depende da convenção (nacional do partido, em 18 de maio)" afirmou o tucano» “O (nome) mais provável é do Aécio, o que não quer dizer que é questão fechada”, completou Goldman.

ELEIÇÕES 2014: ASAS DE ÍCARO

06/05/2013
Campos, o campeão em horas de voo

Presidenciáveis negam antecipação da campanha, mas intensificam agendas pelo país. Depois do pernambucano, Dilma e Aécio foram os que percorreram as maiores distâncias.

Campos é o líder em horas de voo

Apesar de negarem a intenção de antecipar 2014, presidenciáveis intensificam agendas pelo país. O governador de Pernambuco percorreu a maior distância, seguido pela presidente Dilma Rousseff e pelo senador Aécio Neves

KARLA CORREIA

A despeito da postura evasiva sobre as possíveis candidaturas ao Palácio do Planalto em 2014, prováveis adversários na corrida presidencial têm ampliado seus deslocamentos pelo país. E quem lidera a lista de quilômetros percorridos em busca de maior exposição no Sudeste e Sul do país é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Embora tenha tido o mesmo número de deslocamentos da presidente Dilma Rousseff, foi ele quem mais gastou a sola do sapato desde o início do ano. Os dois, ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), se empenham em desenhar roteiros típicos de presidenciáveis em suas andanças, ao mesmo tempo que evitam se posicionar como candidatos e trocam acusações sobre quem seria o responsável pela antecipação da campanha presidencial.

Em busca de maior exposição além das fronteiras da Região Nordeste, Eduardo Campos ainda saiu dos destinos tradicionais. Nos quatro primeiros meses do ano pré-eleitoral, o governador já se deslocou 13 vezes para fora do estado, de acordo com a agenda oficial divulgada no site do governo pernambucano. Em cada excursão, Campos enfrenta uma nova maratona de visibilidade. Em fevereiro, fez uma aparição na feira de tecnologia Campus Party, em São Paulo. Repetiu à exaustão o slogan “o Brasil precisa fazer mais”, em palestra durante o Congresso Paulista dos Municípios, que ocorreu em Santos (SP), em abril. Em Porto Alegre, também no mês passado, defendeu “mais avanços” na política social. Os ataques pontuais ao governo federal, sobretudo quanto à condução da política econômica, são frequentes nos compromissos do governador pernambucano em outros estados.

“Trata-se de um debate que o governo não quer fazer e se esforça para jogar para debaixo do tapete”, diz o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), um dos principais defensores da candidatura própria da legenda em 2014. “O Eduardo é um dos grandes articuladores do país e defende ideias muitas vezes divergentes do caminho adotado pelo governo. Ele é convidado para expor essas ideias, e isso é sinal de que ele é uma personalidade que está sendo reconhecida fora do Nordeste, não que está em busca desse reconhecimento”, defende. Para efeito de comparação, em 2012, foram apenas três as viagens de Campos para fora de Pernambuco, no mesmo período.

Aliados distantes

Não por acaso, a Região Nordeste — zona de influência do governador pernambucano — se transformou no foco das atenções da presidente Dilma Rousseff. Dos 22,8 mil quilômetros percorridos pela presidente no país só neste ano, 79% foram no Nordeste. Mais da metade das cidades brasileiras visitadas pela presidente desde o início de 2013 até a semana passada são nordestinas. A disputa entre Dilma e Eduardo Campos na região tem sua tensão aumentada pela seca — a pior dos últimos 50 anos. O pacote de R$ 9 bilhões destinado pelo governo federal à região foi criticado pelo pernambucano na saída do evento que marcou o anúncio do programa, no início de abril, em Fortaleza. “As propostas continuam as mesmas, o que avançou mesmo foi a seca”, sentenciou Campos. O secretário de Comunicação de Pernambuco, Evaldo Costa, justificou o périplo do governador: “Todas as viagens feitas por ele foram a convite de partidos ou para defender os interesses do estado. Não foram viagens de campanha”.

Aécio é, até o momento, o candidato em potencial que menos acumulou “milhagem”. Foram apenas três viagens para compromissos políticos fora do eixo Minas-Distrito Federal — onde cumpre agenda parlamentar. “Não se manterá assim por muito tempo”, diz o deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG). A ideia é de que o senador intensifique as viagens a partir da convenção nacional do partido, marcada para maio, que deve elegê-lo presidente da legenda. “Até agora, ele tem se dedicado mais a costurar a união interna do PSDB”, diz Castro.

Já cortejado por Campos e Dilma, o Nordeste deve ser uma das prioridades do senador mineiro, afirma o deputado, que ajuda a construir o roteiro de viagens de Aécio no segundo semestre. Mas o ponto de partida deve ser o interior de São Paulo, onde o PSDB é forte e, também, onde se concentra boa parte da influência de José Serra.

De acordo com um tucano próximo a Aécio, o presidenciável tem concentrado as atenções no estado e buscado recompor o diálogo com Serra. “O clima entre eles hoje está muito melhor do que estava no ano passado, por exemplo”, avalia o aliado de Aécio.

O périplo pelo interior de São Paulo terá a função de demonstrar essa coesão, afirma Castro. “Além disso, vamos buscar regiões que têm sido castigadas por problemas que o governo não resolve. Seremos o contraponto do governo Dilma”, afirma o deputado.

ELEIÇÕES 2014. ''HÁ MUITO TEMPO NAS ÁGUAS DA GUANABARA...'' (João Bosco)

06/05/2013
José Roberto de Toledo

Em busca de um script

Qual história cada presidenciável vai contar ao eleitor de 2014?

Nenhuma resposta definitiva, mas muito ensaios, Do "é preciso fazer mais" à "nova política", os motes estão em fase de testes. Nenhum foi aprovado. Por ora, são quatro candidatos em busca de uma narrativa. Mais precisamente, um bando de marqueteiros testando múltiplos roteiros. Tentativas e erros. Muitos erros.

Contar histórias é a mais humana das habilidades. É o que prende a atenção do público, especialmente numa campanha eleitoral. Candidato sem uma boa história para contar está liquidado antes de a campanha começar. Em 2010, Dilma Rousseff foi a "mulher de Lula", a "mãe do PAC", a "gerentona da continuidade". Para 2014 esses personagens não servem mais. O filme é outro.

A propaganda oficial ainda não mudou. Está presa aos acertos do passado. No horário do PT na TV, Dilma dividiu a tela com Lula, lado a lado, do mesmo tamanho. Impossível não comparar os dois.

Quem ganhou? Lula. Em 2010, ele avalizava a desconhecida Dilma. Agora Dilma é presidente, deve andar com as próprias pernas.

Na propaganda do PT, o cidadão é tratado explicitamente como consumidor. Ficou implícita a ideia de que a prosperidade se compra individualmente. De que a política não dá mais conta de soluções coletivas. Mas esse não é o discurso da oposição?

A propaganda do PSB foi centrada em seu presidenciável. Close após dose nos olhos azuis de Eduardo Campos, o narrador da história.

Como escreveu Roberto Jefferson (PTB), o governador ficou parecendo mais holandês do que pernambucano. Clipes de contrastes sociais, de avanços e atrasos, culminam com a conclusão do narrador-candidato: "É preciso fazer mais".

Alguém já disse isso... Ah, foi José Serra (PSDB), em 2010.

Segue o aliado-opositor: "É preciso contrariar os interesses da velha política. Cargo público tem de ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança. E não por um incompetente que é nomeado somente porque tem um padrinho político forte". Quem quiser que vista a carapuça.

Nas palavras de Campos, as conquistas do passado são coletivas, sem protagonista. Foram tanto de Luiz (Inácio) quanto de Fernando (Henrique) e de Miguel (Arraes), Mas não de Dilma, que não é citada pelo nome. Já o futuro tem dono: "O Brasil precisa dar um passo adiante. E nós do PSB vamos dar esse passo, junto com o Brasil". Faltou dizer como.

O céu político está repleto de balões, subindo e descendo nas correntes da opinião pública, impulsionados por manchetes, likes e tuitaços. Um dos que furaram, antes de alçar voo foi o fim da reeleição, assoprado por Aécio Neves (PSDB-MG). Acabou abatido pelo próprio patrono da candidatura do tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mais que previsível, já que FHC foi o pai da ideia.

Mesmo que tivesse flutuado, o balão estava condenado à brevidade. 

Bastaria algum gaiato lembrar que, por tabela, Aécio estaria propondo um ano a mais para José Genoino (PT) na Câmara.

Mineiro, o senador pulou de pronto para outro palanque, o da Força Sindical, na comemoração do 1° de Maio. E mudou de discurso. Ou melhor, voltou a explorar o efeito tomate. Culpou Dilma pela inflação - frase sim, outra também. Mas não falou nada sobre a proposta dos anfitriões de reindexar salários. Sobre isso, só se pronunciou quando foi indagado, já fora do palanque: é contra, mas a culpa não é de Paulinho da Força, o autor da ideia, é de Dilma. Ah? Está no script.

E Marina Silva? Não tem palanque, não tem horário de TV, não tem cargo, não tem partido. Só tem a narrativa - de 2010.

10 FILHOS. SÓ TRABALHO LEVE! (Êita Brasil Carinhoso!!!)

06/05/2013
Bolsa Família: repasse alto não elimina miséria


Famílias com muitos filhos e consideradas miseráveis recebem do Bolsa Família benefícios muito acima da média do programa. O repasse mais alto é de R$ 1.262. Transferências elevadas, contudo, não bastam para transformar condições precárias de vida. Faltam empregos.

Benefícios de mais de R$ 1 mil

acima da média Programas sociais sustentam famílias numerosas com repasses de até R$ 1.262
André coelho

CAMPO FORMOSO (BA). 
Famílias numerosas e classificadas como miseráveis ganham benefícios muito acima da média do Bolsa Família. Isso ocorre desde o ano passado, quando o governo lançou o programa Brasil Carinhoso - uma complementação para garantir renda superior a R$ 70 mensais por pessoa, que é a linha oficial de pobreza extrema. Conforme o GLOBO revelou em junho, inicialmente, o repasse mais alto era de R$ 1.332 por mês. Atualmente, é de R$ 1.262, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Em Campo Formoso, na Bahia, há beneficiários recebendo R$ 842 e até R$ 994, o que corresponde a quase um salário mínimo e meio. Embora ninguém passe fome, transferências elevadas nem sempre bastam para reverter condições miseráveis de vida.

Aos 36 anos, Helenice Alexandrino dos Santos é mãe de dez filhos. A caçula tem 4 anos e o mais velho, 18. Ela, o marido e o filhos - um total de 12 pessoas - moram numa casa sem banheiro.

- É no mato - esclarece.

Helenice dos Santos vive no povoado Casa Nova dos Ferreiras, nos arredores do remanescente quilombo Lages dos Negros, a 85 quilômetros da sede de Campo Formoso (60 deles em estrada de terra).

A família começou a construir um banheiro no quintal dos fundos, mas parou por falta de dinheiro. Neste ano, porém, a casa de Helenice foi selecionada pelo governo da Bahia para ganhar um sanitário. Das 50 moradias do povoado, 14 teriam sido contempladas, segundo ela.

Quando o GLOBO esteve na residência da família de Helenice, há duas semanas, três operários trabalhavam no local - as paredes de tijolos já tinham sido erguidas e os pedreiros aguardavam a chegada do vaso sanitário, da pia e do chuveiro. Os filhos de Helenice cavaram duas fossas.

O benefício de R$ 842 mensais supera em mais de cinco vezes o valor médio de R$ 149,70 repassado pelo Bolsa Família no país. Helenice, contudo, diz que é pouco:

- É só isso que eu tenho para comer, vestir, calçar, comprar caderno, lápis e remédio. Tinha que ter aumento.

Como não há sequer loteria no povoado, os beneficiários do Bolsa Família precisam ir até Campo Formoso. A passagem de ida e volta custa R$ 20 e o ônibus sai por volta das 3h. Os gastos com transporte, café da manhã e almoço na cidade constituem uma espécie de "pedágio" para buscar o benefício.

Emprego é carência na região

Ao contrário da área urbana de Campo Formoso, a região do quilombo continua castigada pela seca, que já dura dois anos. As plantações de mandioca, feijão e milho não prosperam. E mesmo as de sisal, planta resistente à seca e base da economia local, cuja fibra é vendida à indústria têxtil, estavam murchando.

Com poucos empregos no comércio, nas escolas e no serviço público, a saída para quem vive em Lages dos Negros, segundo Helenice, é buscar trabalho fora. Ela conta que o marido, Geraldo Ferreira dos Santos, de 40 anos, chegou a passar cinco meses em um garimpo, mas voltou de mãos vazias.

- Meu marido não pode pegar trabalho pesado porque fica quase sem poder andar. É por isso que não vai para fora. Antes chovia e a gente não precisava comprar feijão nem farinha - diz Helenice.
Ano passado, Geraldo recebeu cinco parcelas de R$ 135 do garantia-safra, uma ajuda do governo federal para enfrentar a seca. Indagado sobre o que falta na região, ele responde:

- Emprego.

Até quatro anos atrás, era preciso buscar água em uma fonte fora de casa, usando latas para transportá-la. Hoje, a residência tem água encanada, embora não possua torneiras: um único cano deságua num tanque de alvenaria no quintal. Na maior parte do tempo, não sai nada dele, que é abastecido por um poço artesiano.

A filha Edna Ferreira dos Santos, de 16 anos, está no 1º ano do ensino médio. Ela tem um pôster do jogador Neymar na parede do quarto e sonha cursar faculdade de Letras. Adora poesia e já escreveu mais de 300 em cadernos que guarda numa sacola plástica. "Já sei por que incomodo, é a minha cor. (...) Sou negra batalhadora. E luto pela verdade", escreveu Edna.

Benefício sustenta família com 18 filhos

Em Tiquara, povoado na zona rural a 35 quilômetros da sede urbana de Campo Formoso, o casal de lavradores José Gessimo da Silva e Maria Lúcia tem 18 filhos, dos quais 15 moram com eles, sendo que duas filhas só nos fins de semana. Eles recebem R$ 994 do Bolsa Família.
- Era para ser 20 - diz Maria Lúcia, de 45 anos, contando que sofreu dois abortos naturais.

Sem interromper a entrevista, ela começa a amamentar a caçula Melissa Vitória, de 2 anos, que está em seu colo. O primogênito, Márcio, tem 26 e já saiu de casa - trabalha como operador de máquinas na mina de cromo da cidade.
José Gessimo tem 53 anos e é o titular do cartão do Bolsa Família. Ele tem uma moto, comprada por R$ 4 mil, e uma caminhonete fabricada em 1975, movida a gás, que custou R$ 6,5 mil. José Gessimo diz que adquiriu os veículos com dinheiro que ganhou do pai, um pequeno proprietário rural de 89 anos que vendeu parte das terras para uma fábrica de cimento da região.

José Gessimo tem uma plantação de sisal nas terras do pai, com quem divide a produção. Ganha cerca de R$ 80 por semana. O filho Josiel, de 18 anos, ajuda no serviço e recebe, em média, R$ 50. Maria Lúcia diz que também trabalhava no sisal, mas parou há dois anos por causa da dor nas costas. Atualmente, ela ganha R$ 10 por semana para varrer um ônibus de linha que fica estacionado na frente de sua casa. Devido à seca, a família também recebe o seguro-safra.

A casa, originalmente, tinha três quatros. Hoje, são cinco. A reforma incluiu a ampliação da cozinha e a construção de um banheiro - uma casinha nos fundos do quintal foi desativada.
A filha Eliana, de 18 anos, está no 3º ano do ensino médio. Ela ajuda a mãe a tomar conta dos irmãos e sonha em ser policial militar "para prender os bandidos".

A caixa d"água em cima do banheiro é abastecida manualmente: um filho fica no topo de uma escada, enquanto outros enchem baldes num tanque entregando-os a ele. José Gessimo usa a caminhonete para buscar água numa fonte a cerca de 5 quilômetros da casa. É com ela que tomam banho, dão descarga no vaso sanitário e lavam a moto. A água para beber e cozinhar vem de uma cisterna construída pelo governo federal e abastecida, mensalmente, por um carro-pipa do Exército.

- O sisal não é fixo, é por produção. As pessoas que vivem no Sul não sabem as dificuldades do Nordeste: o clima, o tempo, a falta de chuva. A gente planta, mas é tudo perdido. Os programas do governo são a nossa sorte - diz José Gessimo.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

06 de maio de 2013

O Globo

Manchete: Balança comercial - Rombo da indústria chega a US$ 100 bi
Diferença entre importações e exportações é maior em eletrônicos, químicos e carros

Setor, que chegou a ter superávit de US$ 5,2 bilhões em 2006, sofre com baixa produtividade, custos elevados de produção e câmbio desfavorável

Com a baixa produtividade, os custos altos e a concorrência de importados, a indústria brasileira acumula déficits comerciais bilionários. O resultado do segmento de manufaturas (cujos vilões são os produtos eletrônicos, químicos, têxteis e o setor de automóveis) passou de superávit comercial de US$ 5,2 bilhões em 2006 para déficit de US$ 94,9 bilhões no ano passado. Em 2013, segundo fontes do governo e analistas, a diferença entre as importações e exportações desses produtos vai atingir US$ 100 bilhões. No setor têxtil, por exemplo, o déficit aumentou 1.834% nos últimos sete anos. Para Fernando Pimentel, diretor da Abit, representante do setor, "a carga tributária continua subindo, a energia elétrica é a terceira mais cara do mundo, a infraestrutura melhorou pouco e a educação é um calcanhar de aquiles.” (Págs. 1 e 17)
Síria: ofensiva de Israel é ‘declaração de guerra’
Depois de destruir um depósito de armas na Síria no sábado, Israel atacou ontem uma instalação militar no país. A ofensiva foi classificada como uma "declaração de guerra" pelo ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad. De acordo com o jornal "Haaretz" parte do espaço aéreo de Israel foi fechada e suas defesas acionadas. Ainda segundo o periódico, os sírios teriam mísseis apontados para o país vizinho. Especialista em política do Oriente Médio, Uzi Rabi afirma que a ameaça de Damasco é "retórica" e que, por enquanto, não deve haver guerra. Ele aposta, no entanto, num maior envolvimento dos EUA no conflito. Barack Obama já disse que "Israel tem o direito de se defender”. (Págs. 1 e 23)
Bolsa Família: repasse alto não elimina miséria
Famílias com muitos filhos e consideradas miseráveis recebem do Bolsa Família benefícios muito acima da média do programa. O repasse mais alto é de R$ 1.262. Transferências elevadas, contudo, não bastam para transformar condições precárias de vida. Faltam empregos. (Págs. 1 e 3)
Educação: Ensino inclusivo ganha com ajuda dos pais
O envolvimento dos pais na vida acadêmica dos filhos melhora o desempenho escolar e aprimora a educação especial no Brasil. Mas ainda faltam investimentos para uma escola inclusiva de qualidade. (Págs. 1 e 4)
Digital & Mídia: Imagens aos bilhões
Com a popularização dos smartphones e a difusão da internet 125 bilhões de fotos já trafegam anualmente pelas redes sociais. (Págs. 1 e 19)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Radar multa um carro por minuto na Marginal do Tietê
No ano passado, a CET aplicou quase 10 milhões de punições; aparelho ‘campeão’ fica na Salim Farah Maluf

Os dez radares instalados na Marginal do Tietê emitiram, juntos, uma multa por minuto em 2012. Com 23 quilômetros em cada sentido, a via é a campeã de autuações em São Paulo. Foram 530.896 infrações, ou 53 mil por aparelho, quatro vezes mais do que a média da cidade. O levantamento inédito foi obtido pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. No ano passado, das quase 10 milhões de multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 74milhões foram registradas por radares - a maioria por desrespeito ao rodízio de veículos. O aparelho “campeão” fica na Avenida Salim Farah Maluf, com 120.903 registros, quase 14 por hora. Avenidas menores também aparecem na lista. Com apenas 1 km por sentido, na Prestes Maia houve 122.669 autuações. (Págs. 1 e Metrópole A13 e A14)

587
é a quantidade de radares em SP. O número deve aumentar no segundo semestre após licitação que será feita pela CET
Síria fala em retaliação após 2º ataque de Israel em 48h
Pela segunda vez em 48 horas, aviões de Israel bombardearam instalações militares na Síria. O alvo seriam mísseis de fabricação iraniana que seguiriam para o Hezbollah. O governo sírio qualificou os ataques de “flagrante violação do direito internacional” e alertou que o país tem o direito de “defender seu povo”. Nos EUA, republicanos pressionam para que o governo se envolva no conflito sírio. (Págs. 1 e Internacional A8)
Brasileiro teria votos para ser eleito na OMC
O Itamaraty garante ter votos suficientes para eleger Roberto Azevêdo na disputa com o mexicano Herminio Blanco pela direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), informam Lisandra Paraguassu e Jamil Chade. A presidente Dilma Rousseff entrou na campanha atrás de apoio europeu. O brasileiro teria entre 106 e 111 votos - são necessários 80, e de todas as regiões do mundo. O resultado será anunciado amanhã. (Págs. 1 e Economia B3)
Indústria automobilística avança no PIB
Com sucessivos incentivos governamentais, a participação da indústria automobilística no Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 45,6% em 11 anos. Passou de 12,5%, em 2000, para 18,2%, em 2011, de acordo com estudo feito a pedido do Estado. Os ganhos, porém, não alcançam os outros segmentos produtivos. No mesmo período, a indústria de transformação perdeu 15,1% de participação no PIB. (Págs. 1 e Economia B1)
Conselho do MP apura uso de grampo por procuradores (Págs. 1 e Política A4)

Convenção do PSDB de SP não cita nome de Aécio (Págs. 1 e Política A6)

Link: Smartphone barato?
Medida que zera PIS e Cofins para celular fabricado no Brasil não é clara. (Págs. 1 e B9 a B11)
José Roberto de Toledo 
Em busca de um script

Por ora, são quatro candidatos em busca de uma narrativa. Mais precisamente, um bando de marqueteiros testando múltiplos roteiros. (Págs. 1 e Política A6)
Notas & Informações
Novas exigências para crescer

A indústria, sobretudo a de transformação, vem perdendo espaço para a concorrência estrangeira. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Juros baixos tornam cara a aposentadoria
Planos de previdência privada estão cada vez menos rentáveis — em alguns casos, perdem para a inflação. Com a Selic fixada em 7,5% ao ano, diversos bancos cobram taxas que chegam a 4,5%. Nem mesmo a modalidade que permite abatimento no Imposto de Renda tem compensado. O ideal, segundo especialistas, é que o próprio interessado administre os recursos. (Págs. 1, 7 e 8)
Fé: Nhá Chica é reverenciada
Um dia depois da beatificação, a imagem de Francisca de Paula de Jesus é abençoada em missa campal e ganha as ruas de Baependi, no sul de Minas. Em comunicado, papa Francisco diz “estar unido a todos os fiéis brasileiros". (Págs. 1 e 6)
Síria aponta mísseis para Israel
Autoridades do regime de Bashar Al-Assad interpretam os últimos ataques israelenses como uma “declaração de guerra". Estado hebreu fecha espaço aéreo. (Págs. 1 e 12)
Campos, o campeão em horas de voo
Presidenciáveis negam antecipação da campanha, mas intensificam agendas pelo país. Depois do pernambucano, Dilma e Aécio foram os que percorreram as maiores distâncias. (Págs. 1 e 2)
Surdodum
Grupo de percussionistas surdos faz exames e garante a carteirinha da Ordem dos Músicos. (Págs. 1 e Diversão & Arte, 3)
Paralimpíadas
Rio dificulta a locomoção de deficientes. Atletas, os maiores prejudicados, criticam moradores (Págs. 1 e Superesportes, 14 e 15)
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Valor Econômico

Manchete: BC propõe que acionista resgate banco insolvente
O Banco Central (BC) elabora um anteprojeto de lei com novos mecanismos para lidar com eventuais problemas de solvência de bancos, preenchendo, assim, um vácuo criado pela extinção do Proer, o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, em 2001. Uma das propostas é que dificuldades financeiras sejam equacionadas com recursos da própria instituição, de seus acionistas, grandes credores e grandes depositantes, sem uso de dinheiro público.

"O marco legal em desenvolvimento visa garantir a continuidade dos serviços e da estrutura financeira", disse ao Valor o diretor de organização do sistema financeiro do BC, Sidnei Correa Marques. (Págs. 1 e C1)
Receita do governo será R$ 53 bi menor
O governo estima que perderá R$ 53 bilhões de receita em 2013 em relação ao previsto no Orçamento aprovado pelo Congresso, resultado de uma recuperação bem mais lenta da economia e também da aceleração nas desonerações tributárias. Em relação ao projeto de lei orçamentária para 2013, encaminhado ao Congresso em agosto, o corte na receita será de R$ 29,9 bilhões. Esses dados constam de reprogramação orçamentária feita pelo governo e incluída no projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias válida para este ano. Essa alteração permitirá que o governo não seja obrigado a compensar as frustrações da meta fiscal de Estados e municípios. (Págs. 1 e A2)
Coutinho diz que começou 'retomada em U' 
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, considera que todos os indicadores mostram que a economia já teve um crescimento expressivo no primeiro trimestre, o que "deve ficar claro no fim do mês, quando o IBGE divulgar os dados". A reação, porém, estaria sendo diferente da ocorrida entre 2009 e 2010, quando houve uma recuperação em forma de V. "Agora, estamos tendo uma recuperação em U, muito mais lenta", disse Coutinho ao Valor.

Coutinho observou que a crise na zona do euro foi em câmara lenta, com a repetição de vários episódios críticos que mantiveram uma incerteza muito densa por mais de um ano. E isso teria afetado o Brasil, pelos canais de expectativas e de cautela. (Págs. 1 e A16)
A busca por 700 mil famílias de miseráveis
Com a meta de acabar com a pobreza extrema do país, o governo da presidente Dilma Rousseff intensificou a mobilização de diversos ministérios e órgãos federais para localizar as famílias em situação de miséria que não são beneficiadas pelos programas sociais nem integram o cadastro único do governo. A expectativa de técnicos do Executivo é que esse esforço da chamada "busca ativa", que também inclui prefeituras e governos estaduais, seja concluído no fim de 2013 ou início do próximo ano.

A eliminação da pobreza extrema, dizem fontes do governo federal, garantiria à presidente Dilma uma importante vitrine eleitoral, e a propaganda oficial já lançou o slogan "O fim da miséria é só um começo". A própria presidente afirmou em discurso recente que espera concluir o processo até o início de 2014. (Págs. 1 e A6)
TNT investe para atrair interessados
Enquanto aguarda um comprador para sua operação brasileira - a TNT Brasil -, o grupo holandês de transporte aéreo de cargas arruma a casa para torná-la mais atrativa aos potenciais investidores, principalmente na ampliação da área de armazenagem no Nordeste. O negócio de remessas internacionais não será vendido. "A operação brasileira é como se fosse uma casa de praia. Não posso deixar de fazer manutenção, de pintá-la, de ter o caseiro, arrumar a piscina", comparou o diretor corporativo da TNT Brasil, Cristiano Koga. A decisão de vender algumas unidades pelo mundo foi tomada em fevereiro. (Págs. 1 e B1)
Em visita de Maduro, Dilma deve pedir maior diálogo com a oposição (Págs. 1 e A2)

ThyssenKrupp quer US$ 1,6 bilhão por 40% da CSA (Págs. 1 e B6)

Galvão vende eólicas à Copel
O grupo Galvão está concluindo as negociações para a venda dos ativos de energia eólica para a Copel, estatal paranaense de energia. A operação gira em torno de R$ 200 milhões. (Págs. 1 e B1)
ALL vende empresa de tecnologia
A ALL vendeu sua participação majoritária na ALL Rail Technology, de software e equipamentos para o setor ferroviário. A antiga minoritária, Beaver, assumiu o controle, em sociedade com o fundo Darby. (Págs. 1 e B9)
Joint venture vai exportar café
O grupo Montesanto Tavares e a trading japonesa Itochu unem-se para criar a Cafebrás - Cafés do Brasil. Com sede em Patrocínio, no Cerrado Mineiro, a empresa vai exportar cafés verdes de alta qualidade. (Págs. 1 e B11)
Venda da Credicard
Itaú, Bradesco e Santander entregaram na quinta-feira novas propostas para compra da Credicard. O Citi deve anunciar na próxima semana o banco escolhido para iniciar negociações exclusivas. (Págs. 1 e C11)
Cresce número de bancos em emissões
O número de bancos à frente de uma mesma emissão de dívida no exterior continua aumentando no Brasil. A média é de quatro instituições, o que significa menor remuneração, já que as comissões pagas não aumentaram. (Págs. 1 e C12)
Petrobras volta à Carteira Valor
Mudança de humor em relação ao mercado de ações no Brasil trouxe alterações importantes na formação da Carteira Valor para maio. Das dez recomendações, seis não estavam na edição do mês passado. A principal novidade é a volta da Petrobras (PN). (Págs.1 e D2)
Isenções do FGTS
Amparadas em decisões de tribunais superiores, empresas têm obtido liminares da Justiça Federal para evitar o recolhimento do FGTS sobre verbas trabalhistas indenizatórias, como aviso prévio indenizado, adicional de férias e auxílio-doença. (Págs. 1 e E1)
Perda de bem no leasing
Decisão do Superior Tribunal de Justiça impede que empresas de arrendamento mercantil retomem veículos apreendidos após o tomador do leasing usar o bem para transportar mercadorias contrabandeadas. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Gustavo Loyola

A ideia de que uma política fiscal ativa signifique ignorar a trajetória da dívida pública afigura-se totalmente esdrúxula. (Págs. 1 e A15)

Samy Dana e Leonardo Siqueira

No longo prazo, a competitividade da indústria e os incentivos ao setor privado é que farão o país crescer de forma digna. (Págs. 1 e A15)
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