A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************
“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
----
''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
=========valor ...ria...nine
folha gmail df1lkrha
***
quinta-feira, novembro 29, 2012
XÔ! ESTRESSE [In:] ANTAq
MENSALÃO: CHAPA BRANCA
STF CONDENA JOÃO PAULO À PRISÃO E ALIVIA JEFFERSON
SUPREMO CONDENA JOÃO PAULO A 9 ANOS E 4 MESES E REDUZ PENA DE JEFFERSON |
O Estado de S. Paulo - 29/11/2012 |
Petista cumprirá pena em regime fechado e delator do mensalão ganha semiaberto por colaborar no processo
O STF concluiu ontem o processo do mensalão e definiu as últimas penas dos 25 condenados no esquema. O ex-presidente da Câmara e deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 370 mil, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "O acusado era uma das autoridades mais importantes da República, o segundo na linha sucessória do presidente. Isso atrai a causa de aumento de pena", afirmou o relator do processo e presidente do STF, Joaquim Barbosa. O delator do caso, Roberto Jefferson, presidente licenciado do PTB, teve a pena reduzida por ter contribuído com as investigações e fixada em 7 anos e 14 dias em regime semiaberto, mais multa de R$ 720,8 mil, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Advogado de João Paulo Cunha, Alberto Toron acredita que poderá reduzir a pena com embargos à decisão do Supremo. Defensor de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa afirmou que insistirá na absolvição.
Hora da sentença.
Ex-presidente da Câmara terá de iniciar cumprimento da pena em regime fechado, por crimes de corrupção, lavagem e peculato; delator do esquema de compra de votos, deputado cassado poderá cumprir punição de 7 anos no semiaberto
Sete anos depois de revelado o esquema de compra de votos no Congresso e após 49 sessões, o Supremo Tribunal Federal fixou ontem as penas dos últimos três réus condenados no julgamento do mensalão. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, deputado pelo PT-SP, foi punido com 9 anos e 4 meses de prisão e multa de R$ 370 mil por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado cassado Roberto Jefferson teve a pena reduzida em um terço e, com isso, ganhou o direito ao regime semiaberto.
Como a pena é superior a 8 anos, João Paulo começará a cumpri-la na cadeia, em regime fechado. Considerado o delator do esquema, Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de reclusão, o que lhe garantiu o direito ao semiaberto. Ele também terá de pagar multa de R$ 720,8 mil.
Com essas duas penas e a condenação do ex-secretário do PTB Emerson Palmieri, o Supremo fixou um total de 282 anos de prisão a 25 réus e multa de, pelo menos, R$ 22,7 milhões. Essas punições, no entanto, ainda podem ser alteradas (leia ao lado).
Ao defender uma punição rígida para João Paulo, o relator do processo do mensalão e presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou que o petista era "uma das autoridades mais importantes da República". "Presidia a casa do povo, era o segundo na linha sucessória do presidente da República. Tudo isso atrai a causa de aumento de pena."
O petista foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido ilegalmente R$ 50 mil do esquema do mensalão. O valor foi sacado pela mulher do deputado, Márcia Regina, em uma agência do Banco Rural, em Brasília. Em troca, ele teria beneficiado agências do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza em processos de licitação na Câmara.
No caso de Jefferson, Barbosa disse que a lei permite ao juiz reduzir a pena do réu que colabora para a identificação de envolvidos em crimes. O ministro reconheceu que a colaboração do deputado cassado foi essencial para a instauração do processo.
Um momento polêmico ocorreu no final da sessão, quando os ministros decidiam a pena que seria imposta a João Paulo por lavagem de dinheiro, crime pelo qual ele foi condenado por 6 votos a 5. Um dos votos favoráveis à condenação foi de Carlos Ayres Britto, que se aposentou há dez dias, mas não revelou qual pena deveria ser imposta. Sem Britto, o julgamento ficaria empatado em 5 a 5 - o que levaria à absolvição. Mas, depois de muitos embates entre ministros, a maioria entendeu que os 5 integrantes do tribunal que votaram pela condenação tinham o poder de fixar a pena.
Penas alternativas. Na sessão de ontem, os ministros fixaram pela primeira vez penas alternativas para réus. Condenado por lavagem de dinheiro, Palmieri teve a punição de 4 anos convertida em pena restritiva de direito por meio do pagamento de 150 salários mínimos em favor de entidade pública ou privada com destinação social sem fins lucrativos.
O mesmo destino foi dado à condenação do ex-líder do PMDB na Câmara José Borba, condenado por corrupção passiva. A pena de 2 anos e 6 meses de prisão foi convertida em pagamento de 300 salários mínimos. / EDUARDO BRESCIANI, FELIPE RECONDO, MARIÂNGELA GALLUCCI e RICARDO BRITO
|
AVIAÇÃO BRASILEIRA: VÔOS DE ÍCARO
SABE QUEM É O CULPADO PELOS VÔOS DE R$ 5MIL?
A CULPA É DO CONSUMIDOR |
Autor(es): PRISCILLA OLIVEIRA |
Correio Braziliense - 29/11/2012 |
Se você pensou que são as empresas aéreas e a falta de estrutura dos aeroportos, está enganado. A culpa, pelo menos na opinião do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, é do presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoffi, é de quem deixou para comprar passagens de última hora. Ou seja: do consumidor. E nem adianta reclamar. Foi o que os dois deixaram claro após a reunião convocada pelo governo para discutir o fim da Webjet, dado como irreversível, e a elevação de preços pela Gol. "O mercado é livre", disse Bittencourt. Em reportagem, ontem, o Correio mostrou que uma viagem de ida e volta de Brasília para cidades do Nordeste já passa de R$ 5 mil — bem mais caro do que ir a Paris ou Londres.
Tanto o ministro da Secretaria de Aviação Civil quanto o presidente da Gol dizem que os preços abusivos das passagens neste fim de ano são normais. Segundo eles, os valores punem os que deixaram para comprar bilhetes em cima da hora»
Não adianta reclamar. Foi esse o recado enviado ontem aos consumidores pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, e pelo presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff. Segundo eles, quem deixou para comprar passagens aéreas das viagens de fim de ano terá de arcar com preços elevadíssimos. Por ser um período muito concorrido, em que a procura supera a oferta de assentos nos aviões, as empresas se sentem confortáveis para cobrar o que quiserem. Como mostrou ontem o Correio, os bilhetes de ida e volta de Brasília para Fortaleza e Recife custam mais de R$ 5 mil, mais que para Londres, Paris e Nova York.
Logo depois de deixar o encontro com Bittencourt, ao qual explicou os motivos que levaram a Gol a tirar a Webjet do mercado, aumentando a concentração no setor aéreo, Kakinoff foi taxativo e assegurou que o sistema de tarifas em vigor não apresenta problemas e os preços não são abusivos. "Esse modelo é o mesmo estabelecido no mundo inteiro e nós oferecemos ao consumidor a possibilidade de encontrar passagens em patamares extremamente acessíveis, desde que compradas com muita antecedência. À medida que a procura cresce e a data se aproxima, obviamente as tarifas são reajustadas", afirmou.
Alta temporada
Na avaliação do ministro, que andou fragilizado no cargo depois de falhas na privatização dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, os consumidores têm que levar em consideração que, entre 2002 e 2011, o valor médio dos bilhetes caiu 43%, ao mesmo tempo que a procura aumentou 200%. Ele ressaltou ainda que é natural o aumento de preços perto de datas comemorativas e na alta temporada. "É evidente que os preços variam, dependendo da antecedência e da época do ano em que se compra o bilhete. Existe a preocupação de olhar o mercado e fiscalizar, mas temos que observar que a regra do setor é a de preços livres", afirmou. Ele só esqueceu de dizer que, logo depois do fechamento da Webjet, na sexta-feira passada, a Gol reajustou as passagens em até 311%, conforme levantamento do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, que participou do encontro, saiu pelas portas dos fundos e não deu explicações, mesmo o órgão sendo o responsável por regular e fiscalizar o mercado. Kakinoff, questionado sobre os possíveis transtornos dos passageiros que estão com viagens marcadas pela Webjet, afirmou que a Gol tem capacidade para atender, com folga, os clientes da empresa fechada.
|
OPERAÇÃO PORTO SEGURO [In:] ''TÔ NEM AÍ, TÔ NEM AÍ ..." *
DESTAQUES EM POLÍTICA
Ministro nega que secretaria tenha cedido ao esquema
Estadão Conteúdo - 1 hora 8 minutos atrásOposição quer ouvir o número 2 da Secretaria dos Portos
Estadão Conteúdo - 11 horas atrás
JORNALISMO TELEVISIVO: MORTE De ''ÂNCORA''
Morre o jornalista Joelmir Beting

MENSALÃO: A HORA E A VEZ
STF reduz as penas de Jefferson
STF condena João Paulo a regime fechado e reduz pena de Jefferson |
Autor(es): Por Juliano Basile, Maíra Magro e Fernando Exman | De Brasília |
Valor Econômico - 29/11/2012 |
O Supremo Tribunal Federal (STF) terminou ontem a definição das penas dos 25 réus do mensalão. O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu ficou com a maior punição entre os políticos. O deputado e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) deverá cumprir nove anos e quatro meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, além de pagar multa de R$ 370 mil. A Corte concedeu redução de pena ao presidente do PTB, Roberto Jefferson, pelo fato de ele ter denunciado o mensalão e condenou-o a 7 anos e 14 dias de prisão, além do pagamento de multa de R$ 720,8 mil, por corrupção e lavagem de dinheiro. Jefferson inicia o cumprimento da pena no regime semiaberto.
Barbosa: "A principal contribuição de Jefferson foi a de trazer a público o nome do maior articulador do grupo"
O Supremo Tribunal Federal (STF) terminou ontem a definição das penas dos 25 réus e o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu ficou com a maior punição entre os políticos. O STF também definiu que o deputado e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) deverá cumprir 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, além de pagar multa de R$ 370 mil. A Corte concedeu, ontem, ainda, redução de pena para o presidente do PTB Roberto Jefferson pelo fato de ele ter denunciado o esquema do mensalão e condenou-o a 7 anos e 14 dias de prisão, além do pagamento de uma multa de aproximadamente R$ 720,8 mil, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Jefferson vai cumprir pena em regime semiaberto pelo qual pode passar o dia fora da cadeia, mas terá que dormir na prisão pelo tempo mínimo equivalente a um sexto da pena (1 ano, 2 meses e 3 dias). Se o STF não tivesse reduzido a pena do presidente do PTB, ele teria sido condenado a 10 anos, 6 meses e 10 dias. Essa punição seria próxima a que foi imposta a Dirceu - 10 anos e 10 meses de prisão - e o seu cumprimento se daria em regime fechado (sem sair da cadeia).
A definição da pena de Jefferson foi tomada após divergência entre o presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, e o revisor e vice da Corte, ministro Ricardo Lewandowski.
O revisor, que reduziu a pena de vários réus, não aceitou fazê-lo para Jefferson sob a alegação de que o delator do mensalão não colaborou em nada com as investigações. "A colaboração desse réu foi zero", disse Lewandowski. "Ele não confessou o crime e jamais divulgou informações relevantes ao processo. De denúncia espontânea, aqui não tem nada", continuou o revisor. Lewandowski afirmou ainda que Jefferson sequer cunhou o termo "mensalão", atribuindo o feito ao deputado Mirto Teixeira (PDT-RJ), em entrevista ao "Jornal do Brasil", em 2004. "Jefferson negou peremptoriamente ao juiz os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e jamais teve o intuito de delatar nada nem ninguém", concluiu o revisor.
Já Barbosa afirmou que a Ação Penal nº 470 não existiria sem Jefferson, pois foi ele quem denunciou o esquema de pagamento de mesada para parlamentares, em entrevista à "Folha de S.Paulo", em junho de 2005. "Ao revelar um esquema de pagamento de mesada no Congresso tornou-se possível verificar a compra de bancadas e de apoio político", disse o relator. "A principal contribuição de Jefferson foi a de trazer a público o nome do maior articulador do grupo criminoso, o publicitário Marcos Valério. Ao anunciar o nome do distribuidor do dinheiro, Jefferson também trouxe à luz um personagem importantíssimo, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Ele também anunciou o nome dos parlamentares que firmaram acordos com Dirceu e com (o então presidente do PT) José Genoino em troca do apoio de seus partidos aos projetos de interesse do governo na Câmara", continuou Barbosa. O relator enfatizou ainda que Jefferson recebeu R$ 4 milhões das agências de Valério de um total de R$ 20 milhões que foram acertados com o PT. Pelo acordo, o PTB votaria a favor dos projetos de lei de interesse do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara e apoiaria o PT nas eleições municipais de 2004 em diversas capitais.
A maioria dos ministros concordou com Barbosa. "Jefferson acabou prestando um grande serviço a essa pátria no que escancarou as mazelas existentes", disse o ministro Marco Aurélio Mello, referindo-se ao esquema do mensalão. Para ele, sem a denúncia inicial do presidente do PTB "não teriam surgido os parâmetros da prática criminosa".
Após a decisão, o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que defende Jefferson, afirmou que vai continuar buscando a absolvição de seu cliente. Ele alegou que a Constituição garante a inviolabilidade criminal dos parlamentares por suas manifestações. "Se essa preliminar for reconhecida, não tem crime nenhum", sustentou o advogado. "Eu persigo a absolvição."
No caso de João Paulo, a pena foi aumentada pelo fato de ele ter presidido a Câmara. "O réu conduzia a mesa diretora de uma das casas do Poder Legislativo e auxiliou diretamente na transferência de recursos para as agências de Valério", resumiu Barbosa.
A definição das penas de João Paulo gerou um impasse no STF, após o advogado Alberto Zacharias Toron alegar que, dada a aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto, restaram 5 cinco ministros para decidir a punição por lavagem de dinheiro, o que seria número minoritário na Corte, composta por 11 integrantes. Com receio de a questão levar à anulação da pena a João Paulo, Barbosa se negou a colocá-la em votação, o que gerou protestos de Marco Aurélio e Lewandowski.
"É desejável que essa questão seja decidida pelo plenário", advertiu o revisor. "A minha experiência é que as cortes trabalham sob regime parlamentarista e não presidencialista", continuou Lewandowski. "Vossa excelência está se insurgindo contra a figura do presidente", rebateu Barbosa. "Pelo contrário. Eu tenho o maior respeito por vossa excelência", respondeu o revisor. O impasse foi resolvido por Celso de Mello, que pediu que a votação fosse feita pelo plenário e foi atendido por Barbosa, após esse último ser informado de que a sua posição seria vencedora e que a pena a João Paulo seria mantida, o que acabou ocorrendo.
O STF também definiu a pena do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri em 4 anos e multa de R$ 247 mil. Ele foi beneficiado com redução de suas punições pelo fato de ter confessado a participação em reuniões com Delúbio e Genoino para fechar o empréstimo de R$ 20 milhões ao PTB e de assumir que foi a Portugal com Valério, sob o aval de Dirceu, para tentar obter dinheiro de uma empresa interessada na compra da Telemig. Segundo Barbosa, a contribuição de Palmieri "revelou o contexto probatório que veio a comprovar a culpabilidade de Dirceu". Ao fim, Palmieri foi condenado a punições alternativas: pagamento de 150 salários-mínimos e proibição de assumir qualquer cargo público.
O STF ainda vai fazer uma calibragem final das penas para corrigir eventuais incongruências. Ontem, Barbosa qualificou como o "absurdo dos absurdos" a pena ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), de 7 anos e 10 meses, o que permite que ele cumpra no regime semiaberto. Essa calibragem será feita na próxima sessão, na quarta-feira, quando a Corte também vai discutir a perda de mandato dos deputados que foram condenados no mensalão.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou que vai pedir dois pareceres sobre as prerrogativas da Câmara em relação aos deputados acusados no julgamento do mensalão. Ele disse que não está em jogo somente a retenção do passaporte diplomático, mas também a perda de mandato dos que foram condenados. Informou que vai pedir pareceres à Advocacia-Geral da União e a um constitucionalista de renome e independente do Poder Público: "Vejo por bem não tomar a decisão só pelo parecer da Câmara. Considero necessária outra opinião para tomar uma decisão mais segura."
|
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
|
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi beneficiado com a redução de um terço de sua pena por ter sido o delator do esquema. Em 2005, ele revelou a existência de Marcos Valério, operador do mensalão, e os pagamentos a políticos da base do governo. Foi condenado a 7 anos e 14 dias, em regime semiaberto
Ao final de 49 sessões em quase quatro meses de julgamento, o Supremo Tribunal Federal encerrou ontem a fixação das penas dos 25 réus condenados pelo escândalo do mensalão. O delator do esquema, o ex-deputado Roberto Jefferson, foi punido com 7 anos e 14 dias de prisão — escapando do regime fechado por ter denunciado a compra de votos. Até agora, 13 réus cumprirão pena em regime fechado, inclusive o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), cuja pena foi definida também ontem em 9 anos e 4 meses de prisão. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como mandante do esquema, também ficará em regime fechado. A maior pena é a do operador do mensalão, Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos. Faltam alguns ajustes nas penas, que serão feitos a partir da semana que vem, quando o tribunal decidirá se a condenação implica perda automática de mandato dos parlamentares ou se isso depende de votação da Câmara. Num julgamento histórico, as decisões do STF, tomadas em sessões transmitidas ao vivo, abriram caminho para novas condenações por corrupção. Os magistrados adotaram interpretações novas, como o fim da exigência de que o servidor público acusado de receber propina tenha consumado o chamado ato de ofício para pagar o favor. O julgamento marcou a ascensão de Joaquim Barbosa, relator do processo, que se tomou o primeiro negro a presidir a Corte.
No outro escândalo de corrupção do momento, e-mails obtidos pela Polícia Federal mostram que Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas indiciado por coordenar esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos federais, redigiu para o ex-advogado-geral adjunto da União José Weber Holanda um texto que beneficiava o ex-senador Gilberto Miranda. (Págs. 1 e Mensalão/Caderno especial 3 a 6)
O STF reduziu a pena do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), calculada em mais de dez anos de prisão, para sete anos e 14 dias, livrando-o do regime fechado. Punições abaixo de oito anos permitem o semiaberto.
A corte considerou que a colaboração do petebista foi fundamental para identificar os envolvidos no mensalão — esquema de compra de apoio no Congresso no primeiro governo Lula que ele revelou à Folha em 2005.
Condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Jefferson vai ter de pagar multa de R$ 721 mil. Em seu blog, ele escreveu, em inglês, “nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe”.
O cálculo das penas dos 25 condenados no julgamento terminou com a condenação do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT) a nove anos e quatro meses de prisão — um ano e meio em regime fechado. (Págs. 1 e Poder A6 a A9)
Marcelo Coelho
Lewandowski rebate Barbosa e alega ser inaceitável prêmio por confissão. (Págs. 1 e Poder A9)
Ele acusa José Weber, que perdeu o cargo de advogado-geral-adjunto, de omitir informações sobre processos.
Weber disse à Folha que não fez nada ilegal. (Págs. 1 e Poder A13)
Simultaneamente à alta de 43,2% para 54,8% no total de mulheres ocupadas entre 2001 e 2011, houve adiamento da maternidade em todas as faixas etárias.
Entre os 25 e 29 anos, 31% não tinham filhos em 2001. Em 2011, o percentual foi de 40,8%. Assim, a taxa de fecundidade caiu para 1,95 filho por mulher. (Págs. 1 e Cotidiano C10)
Entre elas estão a inclusão de mais setores na lista dos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento e programa de investimentos em aeroportos.
Mantega prevê um PIB “nada espetacular” para o terceiro trimestre, com alta entre 1% e 1,3%. (Págs. 1 e Mercado B1)
O STF concluiu ontem o processo do mensalão e definiu as últimas penas dos 25 condenados no esquema. O ex-presidente da Câmara e deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 370 mil, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “O acusado era uma das autoridades mais importantes da República, o segundo na linha sucessória do presidente. Isso atrai a causa de aumento de pena”, afirmou o relator do processo e presidente do STF, Joaquim Barbosa. O delator do caso, Roberto Jefferson, presidente licenciado do PTB, teve a pena reduzida por ter contribuído com as investigações e fixada em 7 anos e 14 dias em regime semiaberto, mais multa de R$ 720,8 mil, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Advogado de João Paulo Cunha, Alberto Toron acredita que poderá reduzir a pena com embargos à decisão do Supremo. Defensor de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa afirmou que insistirá na absolvição. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)
“Nunca se queixe, se explique, se desculpe”
Roberto Jefferson, escreveu, em inglês, no seu blog
O País clama por uma oposição à altura dos desafios que o quadro político apresenta. Ou o PSDB se ergue ou se condena à irrelevância. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Ainda que se confirme em 2013 um avanço do PIB de mais de 3%, esse crescimento não deve ser sustentável. O investimento é baixo. (Págs. 1 e Economia B2)
A insistência na improvisação combina mal com a agenda econômica do governo para 2013. (Págs. 1 e A3)
Com isso, deverá ser aplicado um sistema de disputa mais parecido com o das rodovias, no qual vence o consórcio que oferece a menor tarifa de pedágio. Esse sistema, na avaliação da presidente, é mais eficiente para reduzir custos. Nos aeroportos concedidos recentemente à iniciativa privada prevaleceu outro critério, o de maior preço - levando a fortes ágios sobre o valor mínimo de outorga que havia sido fixado pelo governo. (Págs. 1 e A10)
O Valor apurou que o FGC consultou bancos de investimento e acabou contratando o BR Partners para encontrar um comprador para o BVA. A movimentação é surpreendente porque não houve caso no Brasil, até agora, de um banco que conseguisse sair da intervenção. Pessoas que analisaram os números do BVA consideram bastante difícil que se encontre uma saída. (Págs. 1 e C1)
BC trabalha com meta de superávit primário de 3,1 % do PIB em 2013, mas é muito improvável que isso se materialize. (Págs. 1 e A2)
Fabio Giambiagi
Setor de petróleo funcionava muito bem até ser atropelado pela agenda ideológica que orientou a mudança de regime. (Págs. 1 e A21)