PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, maio 15, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ARREMEDO (Arre!)*

......


[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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(*)

arre!
ar.re!

interj (ár harre) 1 Exprime irritação ou aborrecimento. 2 Usa-se para incitar animais à marcha: Arre, burro!

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=arre!&CP=18095&typeToSearchRadio=exactly&pagRadio=10

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"PIRATAS DO CARIBE" et all.


Piratas, ontem e hoje


Autor(es): Frei Betto
Correio Braziliense - 15/05/2009



Escritor, é autor de Gosto de uva (Garamond), entre outros livros

São estarrecedoras as notícias sobre piratas nas costas da Somália. Para mim, é quase como encontrar, hoje, dinossauros em plena Amazônia. Piratas eram, até agora, lendários personagens de minha infância. No carnaval, fantasiados ou não de piratas (lenço de seda vermelho na cabeça, tapa-olho preto e espada de pau), cantávamos alegres a famosa marchinha de 1947: “Eu sou o pirata da perna de pau / do olho de vidro / da cara de mau...”

Súbito, eis notícias de que, em pleno século 21, há piratas de verdade atacando grandes embarcações no litoral da Somália. É Homero quem, na Odisseia, cita pela primeira vez ‘pirata’, termo que deriva do grego ‘assaltar’.

Entre os séculos 16 e 18, os piratas infestaram os mares do Caribe. A atual Ilha da Juventude, em Cuba, era conhecida como Ilha do Tesouro e ensejou várias histórias de aventuras. Ali. os piratas escondiam seus butins.

Todos os piratas são bandidos? O historiador norte-americano Marcus Rediker, no livro Villains of all nations (Vilões de todas as nações), descreve as dramáticas condições em que trabalhavam os marujos ingleses nos séculos passados. Viviam num inferno flutuante, tratados como escravos. Quem se rebelasse era chicoteado como o nosso João Cândido, o almirante negro da Revolta da Chibata (1910). Os reincidentes, atirados aos tubarões; os sobreviventes, recebiam salários de fome.

Os marujos foragidos da desumana marinha de suas majestades tornaram-se piratas e criaram, diante disso, uma “outra marinha possível”: aboliram a tortura, passaram a escolher seus comandantes por eleição, partilhavam entre si os butins. Enquanto eles assaltavam navios, a marinha europeia saqueava países — na Ásia, na África e na América Latina. A história de nosso continente que o diga.

Segundo Rediker, os piratas, que acolhiam a bordo escravos africanos para libertá-los, implantaram “um dos planos mais igualitários para distribuição de recursos que havia em todo o mundo, no século 18”.

A Somália entrou em colapso em 1991 e, desde então, seus 9 milhões de habitantes vivem em situação de miséria. O litoral do país é utilizado pelas nações metropolitanas como lixeira da sucata nuclear. Junto ao lixo atômico, outros tipos de dejetos têm sido jogados no mar da Somália, causando enfermidades na população, como erupções de pele, náuseas e bebês malformados. Após o tsunami de 2005, muitos apresentaram sintomas de radiação. Morreram cerca de 300 pessoas. E inúmeros navios europeus pilham a pesca do litoral da Somália. Por ano, carregam dali toneladas de atum, camarão e lagosta.

Assim, os piratas somalianos — que se autonomeiam Guarda Costeira Voluntária da Somália — são pescadores afetados em seus direitos e em busca de alguma compensação frente ao saque e à contaminação de suas águas por nações europeias. Em entrevista ao jornal The Independent, Sugule Ali, um dos líderes dos piratas, declarou: “Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam o nosso peixe”.

Johann Hari, colunista do jornal inglês, se pergunta: “Por que os europeus supõem que os somalis deveriam deixar-se morrer de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistirem passivamente aos pesqueiros europeus (entre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passam 20% do petróleo do mundo, imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra”.

No século 4 a.C., um pirata foi levado preso à presença de Alexandre, o Grande, que indagou se ele pretendia tornar-se senhor dos mares. O homem respondeu qual era a sua intenção: “O mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado de imperador”. E hoje, quem é o principal ladrão?

BRASIL: ENTRE A INFORMALIDADE E A TRIBUTAÇÃO

A saída da informalidade


Autor(es): Antônio Rocha
Correio Braziliense - 15/05/2009



Presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra) e do Conselho Deliberativo do Sebrae-DF

O Brasil vem suplantando as etapas para a redução da informalidade. Por meio de uma política coerente e, como desdobramento da Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, a chamada Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, os profissionais que vivem de pequenos trabalhos, como exemplo, artesãos, borracheiros, camelôs, doceiros, eletricistas e manicures, poderão se beneficiar da Previdência Social, das linhas de crédito ou até mesmo fixarem na parede da empresa o cartão CNPJ, documento que assegura a legalidade.

Na virada de abril de 2009, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) editou a Resolução nº 58, que busca ordenar a figura do Microempreendedor Individual (MEI). Apesar de entrar em vigor em 1º de julho deste ano, o documento sinaliza com a possibilidade de o levarmos para a formalidade. O Sebrae-DF tem se preparado para receber esse público que está estimado, segundo pesquisa do IBGE, em 156.207 informais no Distrito Federal e 10 milhões no Brasil

Isso possibilitaria um passo significativo na redução da taxa de desemprego na capital federal que, segundo dados do Dieese, em março passado, estava em 17,2%, com 234 mil pessoas desocupadas. Diante disso, o Sebrae-DF busca manter a equipe constantemente atualizada quanto à regulamentação do MEI como sendo grande prioridade, que, para tanto, desenvolve constante gestão do conhecimento, desenvolvimento de conteúdo e metodologia, customizando materiais sobre o MEI. No mesmo sentido, realiza capacitação continuada a toda rede de atendimento, orienta e capacita a rede de parceiros e oferta palestras gerenciais sobre o MEI, mensalmente, na sede do Sebrae-DF, na Hora Empresarial de Taguatinga e na Central Fácil.

Trata-se de simplificar o dia a dia. As regras são faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 36 mil; ser optante do Simples Nacional; não titular, sócio ou administrador de outra empresa; ter no máximo um empregado e se enquadrar nas profissões estabelecidas pela Resolução nº 58.

Como o modelo do MEI passa a vigorar no segundo semestre de 2009, as empresas que já existem somente passam a contar com o enquadramento a partir do próximo ano. Àquelas empresas que iniciarem as atividades a partir de julho poderão usufruir desse benefício de imediato. A expectativa é reduzir a lacuna da informalidade. Os ganhos são para o empresário que passará a funcionar de forma legal, e mediante as contribuições à Previdência Social se aposentar. Os cofres da União, estados e municípios, com a formalidade, receberão reforço financeiro extra.

Acredito que esse mecanismo possibilitará a redução do desemprego, uma das mais tristes desigualdades sociais do país, pois, ao mesmo tempo em que se abre uma porta para o exercício de atividades profissionais, projeta-se a chance de novo posto de trabalho a partir da oportunidade do empresário contratar um empregado com vencimento equivalente a um salário mínimo ou o salário-base da categoria profissional. Trata-se de mais uma conquista do conjunto da sociedade brasileira capaz de produzir o equilíbrio das forças geradoras de desenvolvimento da economia nacional.

Ao mesmo tempo em que equaciona esse tema, o setor produtivo nacional vem se mobilizando no sentido de obter avanços em outras áreas. Acompanhamos com bastante atenção, por exemplo, os desdobramentos que levam à aprovação da reforma tributária. O Brasil, nesse caso específico, é uma das nações com maiores cargas de tributos. Além de encarecer o produto, o excesso de impostos torna as riquezas que fabricamos menos competitivas nos mercados.

Na linha das reformas, acredito ser urgente, também, equacionar a relação trabalhista. A legislação em vigor é da era Vargas. O trabalhador dos tempos atuais não precisa da tutela do Estado. É uma condição importante para retomarmos os níveis de crescimento arrefecidos em função da crise financeira mundial iniciada no setor imobiliário dos Estados Unidos.

Assim, com as medidas que levem atividades econômicas à formalidade, associadas às questões que são gargalos para o crescimento do país, estaremos contribuindo de modo equânime para que a locomotiva chamada Brasil continue nos trilhos e seja suficientemente capaz de transportar as nossas riquezas para um porto bem mais seguro. Desse modo, se alcançará o pleno sucesso, capaz de nos colocar em igualdade com potências como Estados Unidos, China, Índia, Alemanha e Japão.

ELEIÇÕES 2010 [In:] O CLAMOR DAS RUAS [?]

Indiretas já


Panorama Político - Ilimar Franco
O Globo - 15/05/2009

O apoio repentino à adoção do voto em lista, pela maioria do PMDB e do PSDB, tem relação direta com o desgaste do escândalo das passagens aéreas.

Os deputados estão com medo das ruas e desesperados por encontrar um jeito de garantir suas reeleições. Hoje, o eleitor escolhe em que candidato votar. Na lista, são os partidos que decidem os que têm preferência para se eleger.

A dupla moral dos cidadãos

A cúpula do PSDB foi surpreendida ao receber resultado de pesquisa do Instituto Análise sobre o escândalo das passagens aéreas. Ocorre que 45% dos entrevistados assinalaram que, se fossem parlamentares, aceitariam passagens de graça para si, seus familiares e amigos. Outros 51% disseram que não aceitariam.

Mas, quando perguntaram o que achavam do fato de os atuais deputados e senadores receberem passagens aéreas de graça para si, familiares e amigos, 75% disseram que eram contra. Apenas 22% foram favoráveis. Os dados foram apresentados à Executiva do PSDB pelo cientista político Alberto Almeida.

“ Não faz sentido dez mil funcionários para 81 senadores. Essa reforma é coisa de fachada” — Sérgio Guerra, senador (PSDB-PE), sobre a proposta de redução de diretorias no Senado apresentada pela FGV.

SOBREVIVÊNCIA. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) vai ser o candidato da oposição em Pernambuco. Com apenas dez prefeitos eleitos, o PMDB local vai desaparecer se Jarbas não disputar a eleição. Seu mandato também pode ficar ameaçado, pois em 2014 o governador Eduardo Campos (PSB) pode ser seu adversário no Senado. Além de seus aliados locais, quem precisa de sua candidatura é a chapa da oposição para a Presidência.

(...)

EDMAR MOREIRA/SÉRGIO MORAES: UM TIRO NA BOTINA [?]

''A botina do ACM Neto bate dentro do Congresso''


Autor(es): Ricardo Brandt
O Estado de S. Paulo - 15/05/2009
Um dia depois de perder a relatoria do processo de cassação do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), dono de um castelo em Minas, o gaúcho Sérgio Moraes (PTB-RS) voltou para sua base eleitoral, a pequena Santa Cruz do Sul. Foi buscar acolhida entre os que não se escandalizaram com a afirmação de que ele se lixava para a opinião pública.

No escritório político, acompanhado pelo advogado e por uma filha, Moraes recebeu jornalistas e soltou o verbo. "Agora eu posso falar." Segundo ele, sua destituição é resultado de uma articulação do deputado ACM Neto (DEM-BA), que teria interesse na punição de Edmar Moreira e estaria agindo de forma autoritária. "A botina do ACM Neto bate dentro do Congresso", criticou. A seguir, trechos da entrevista:

O sr. acredita que conseguirá voltar a ser relator?

Fui bater à porta de onde se faça Justiça. Não existe nenhum dispositivo legal, nem no regimento interno da Casa nem no regimento do Conselho de Ética, que nem sequer possa dar uma sugestão de me tirar.

O sr. pediu anulação do ato à Mesa. O que esperar da Câmara?

O (Michel) Temer vai ter de se pronunciar. Se a decisão dele não for boa, vou recorrer ao plenário. Qualquer decisão tomada durante a ordem do dia tem de ser anulada. É a primeira vez que a ditadura se impõe de uma forma violenta. A botina pisou dentro da Casa. Primeiro quando eles anunciaram que eu estava proibido de me manifestar. Tudo o que eu disse foi que o castelo não estava em discussão. E não está mesmo, não existe nenhuma representação quanto ao castelo. Ele nem aparece, a única coisa é que, no Imposto de Renda desde 93, o castelo desaparece do dele e passa no nome dos filhos. Ao dizer isso foi entendido que eu estaria protegendo, criando uma autodefesa. A única representação que tem é contra verba indenizatória, só. Ali se instalou o caos. Disseram que eu ia arquivar, mas eu tinha convocado oito testemunhas, como eu iria arquivar?

Mas o que aconteceu?

Agora que não sou mais o relator, eu posso falar. Vamos fazer uma análise. O Edmar Moreira foi contra o partido dele, concorreu por fora (à primeira-vice-presidência) e se elegeu com 288 votos, se eu não me engano. Dias depois, a imprensa detona ele por causa do castelo. Não tinha nada que ver, plantaram uma notícia de que o castelo teria sido dinheiro desviado pela Câmara. A opinião pública do Brasil inteiro acha que ele roubou da Câmara para fazer o castelo. O povo pensa isso, mas não é verdade. Se ele roubou, não foi da Câmara. Num passo seguinte, na pressão, um homem de 70 anos renuncia. Teve uma votação, quem entrou? ACM Neto. Que entra e pega a chave das contas de todo mundo. Aí ele foi lá e pegou só o Edmar Moreira e atirou para a imprensa. Logo se instalou a confusão por causa da verba indenizatória. Aí ele (ACM Neto) monta uma comissão, com três, e leva o Edmar para o Conselho de Ética. Lá, surge meu nome como relator, que eu não pedi para ser.

O sr. quer dizer que foi vítima de uma manobra?

Como posso me conformar com o fato de que tenham me tirado sem perguntar? Quando viram as minhas declarações de que o castelo não estava em julgamento, o que fizeram: "Ó, esse cara pode ajudar o Edmar, temos de tirar esse cara. Como a gente faz? Já sei!" O presidente do conselho, que foi presidente da companhia de telefonia lá na Bahia, na época dos ACMs no governo, o José Carlos Araújo, era como um secretário dele lá, ou seja devia muitas obrigações. Tanto que, no dia da posse do Araújo, o ACM Neto sentou lá e os dois se derramaram em elogios. Eu até saí da sessão, quase que me deu vontade de apagar as luzes, porque eu pensei que aquele negócio ia acabar em beijos.

O sr. acha que Araújo tomou a decisão de afastá-lo induzido por ACM Neto?

Não, eu não acho. Eu tenho a absoluta certeza disso. Tanto é que o DEM pediu e ele obedeceu. E eu temo que o próximo alvo do ACM seja eu.

ROMERO JUCÁ e NELSON JOBIM: FORA DE "TOM"

Uma defesa descarada da politicagem e do nepotismo


Valor Econômico - 15/05/2009

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, provocou a ira do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que é do mesmo partido, porque acertou. Jobim acatou as sugestões do presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro Cleonilson Nicário, de profissionalização do órgão que gere os aeroportos brasileiros, demitiu dezenas de apadrinhados políticos que lá se abrigavam e promete fazer o mesmo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Na leva da Infraero, perderam o emprego o irmão e a cunhada do líder.

A reação de Jucá às demissões foi quase um manifesto em defesa do direito dos partidos à indicação política - e ao nepotismo. O líder do governo, que até então atuava com relativa discrição, apresentou uma emenda constitucional no Senado propondo que ministros da Defesa sejam apenas militares - Jobim é civil e ocupa o ministério na cota do partido de Jucá no governo. "Vamos despolitizar o Ministério da Defesa também", desafiou. Seguiu-se ao episódio uma profusão de discursos e declarações. Jucá lamentou que o irmão tenha sido colocado no olho da rua, provedor que é de uma filha de quatro meses, e relatou a saia-justa familiar em que se encontra: "Minha mãe me liga todo dia". Em discurso no plenário, apelou para a solidariedade corporativa de seus pares: "Nós, políticos, não podemos entender que [pertencer a] a classe política seja motivo para a demissão de alguém".

Junto ao governo que ambos, ele e Jobim, apoiam, foi reclamar dos maus modos do ministro da Defesa: "Registrei dentro do governo a falta de cortesia, a falta de educação, a falta de civilidade que se fez ao demitir, não o meu irmão, mas qualquer pessoa que trabalhava na Infraero, da forma como fizeram".

Parte de uma bancada acostumada a chantagear governos com retaliações dentro do Parlamento, Jucá agora se volta contra uma das maiores estrelas de seu próprio partido. "Se depender de mim, o ministro da Defesa fica. Aliás, ele fica até eu aprovar a minha proposta de emenda constitucional, que define que o ministro da Defesa tem que ser um militar da ativa ou da reserva, para entender de Defesa", ameaçou o líder. "O senador tem todo o direito de apresentar as PECs [propostas de emendas constitucionais] que quiser. A questão não é apresentar uma PEC, é conseguir aprová-la", respondeu Jobim.

O ministro da Defesa é uma figura polêmica, mas nesse episódio não é preciso muito para certificar-se de quem está com a razão. Jobim assumiu o Ministério da Defesa em 2007, no meio de uma crise aérea, com a tarefa de reestruturar o setor. Encarregou o presidente da Infraero de formular uma proposta de reforma da empresa - e qualquer projeto de profissionalização de um órgão que é vital para garantir a eficiência do setor aéreo passaria, obrigatoriamente, pela demissão de funcionários alheios ao seu quadro técnico. Foi o que aconteceu. Nicário propôs um novo formato de Infraero, mais enxuto e mais técnico - e Jobim deu todo apoio a ele. O ministro obteve o aval do Planalto ao projeto e demitiu os apadrinhados do PMDB e de outros partidos. Ponto para ele.

Jobim, que trafega entre fortes resistências dos militares ao comando de um civil, nesse particular conta com o apoio invertido. Anunciou numa reunião, no Clube Militar, sua decisão de demitir protegidos políticos de um órgão técnico - e certamente deve ter obtido a aprovação dos militares. Todavia, amargou a oposição de seu próprio partido.

Se tivesse ficado apenas no usufruto do direito de espernear, Jucá teria simplesmente desempenhado um papel feio, mas isso acabaria caindo no esquecimento. Todavia, por uma questão pessoal, acabou assumindo a autoria de um projeto que é uma marcha-a-ré numa conquista dos governos civis pós-redemocratização. O Ministério da Defesa, instituído no governo Fernando Henrique Cardoso como uma forma de submeter o poder militar ao civil, foi o coroamento de um processo de desmilitarização do poder político. Convenha-se que os empregos do irmão e da cunhada do líder do governo - aliás, nem o próprio Romero Jucá - não valem tudo isso.

FUSÕES E AQUISIÇÕES: "CADE" e a ''ESTRUTURA-CONDUTA-DESEMPENHO" de MERCADOS

CADE AVALIARÁ A FUSÃO DE SADIA E PERDIGÃO
FUSÃO DE SADIA E PERDIGÃO DESAFIA O CADE


Autor(es): Juliano Basile, Alda do Amaral Rocha e Graziella Valenti
Valor Econômico - 15/05/2009

Caso seja confirmada, a fusão entre Sadia e Perdigão deverá ser suspensa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça. O negócio já é visto como um dos maiores desafios ao órgão antitruste tanto pelo tamanho da nova empresa quanto por envolver diversos mercados no setor de alimentos, o que aumenta bastante a complexidade da análise.

Nos últimos anos, o Cade tem determinado a suspensão de fusões e de aquisições com características semelhantes a essa. O objetivo é evitar o fato consumado: preservar as estruturas das empresas em separado para que, caso o Cade conclua que deva vetar o negócio no futuro, essa decisão possa ser tomada. Isso ocorreu com a compra da Garoto pela Nestlé, com a aquisição da Varig pela Gol e com uma parte pequena da compra da Brasil Telecom pela Oi (o segmento de provedores à internet das duas companhias permanece separado em virtude de determinação do Cade).

A expectativa inicial é que a suspensão do negócio Sadia-Perdigão não se dê de maneira traumática, ou como imposição do órgão antitruste às empresas. Assim que o negócio for confirmado, os conselheiros do Cade deverão convocar representantes de ambas para negociar os termos de um acordo, indicando ponto a ponto quais ativos não poderão ser unificados. Será uma negociação entre as autoridades e as companhias.

A tendência é que, neste acordo - chamado tecnicamente de Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro) -, as marcas das empresas e parte das estruturas de produção e de distribuição de produtos sejam mantidas separadas. O órgão antitruste também deverá pedir que as empresas não façam demissões.

Caso as empresas se neguem a negociar, o Cade deverá impor a separação por meio de medida cautelar. Mas essa é uma determinação que ambas as partes querem evitar. A imposição é ruim para o Cade, pois as companhias podem recorrer à Justiça para derrubá-la. É ruim também para as empresas, já que caberá ao órgão antitruste dar a palavra final sobre o negócio.

"A tendência é buscar um acordo com a empresa, e não a adoção de cautelar que é medida unilateral", afirmou Luiz Carlos Delorme Prado, que participou da negociação de vários Apros nos quatro anos em que foi conselheiro do Cade e atualmente é professor do Instituto de Economia da UFRJ.

Prado acredita que essa fusão será muito discutida pelos atuais conselheiros. "Toda vez que chega ao Cade um caso de grandes empresas que chegam ao consumidor final, o Cade analisa com muito cuidado", afirmou. Segundo ele, a fusão atinge duas gigantes num "setor sensível" e num momento de crise financeira, o que também deverá ser considerado.

Cleveland Prates Teixeira, que foi conselheiro no caso Nestlé-Garoto, afirmou que a fusão Sadia-Perdigão tem questões complexas como a presença de importações, o fato de as duas companhias possuírem marcas fortes, a possibilidade de as grandes redes do varejo reagirem a eventuais aumentos de preços e até de concorrentes aumentarem a oferta de produtos. "Não é um caso trivial. Será uma análise muito complexa", disse Teixeira, sócio-diretor da Microanalyses Consultoria Econômica.

Cleveland enfatizou que todas as fusões correm o risco de se tornar um fato consumado, pois o Cade é obrigado por lei a analisá-las depois do fechamento. "Esse risco vai continuar existindo, enquanto o projeto de lei que regulamenta a análise prévia pela Cade tramitar lentamente no Congresso. Esse não é um problema deste caso específico, mas da legislação atual."

Em 2008, o Cade aprovou a compra da Eleva pela Perdigão. Na ocasião, os conselheiros falaram que a concorrência com a Sadia garantia a competição no setor, apesar de elevadas concentrações em alguns mercado, como no de carnes industrializadas. No caso da Sadia-Perdigão, o órgão antitruste terá de analisar todos os negócios das companhias, da venda de carnes e frangos à de produtos específicos, como pizzas congeladas.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

15 de maio de 2009

O Globo

Manchete: Lista de chefe da milícia mostra propina para PMs

Descoberta reforça investigação que levará à cadeia mais 47 policiais

Uma lista com cerca de 60 nomes - a maioria policiais que recebiam propina para proteger milicianos – foi apreendida com o ex-PM e chefe de uma milícia na Zona Oeste Ricardo da Cruz Teixeira, o Batman, preso na noite de anteontem. Ela vai reforçar investigações em andamento, nas quais 47 policiais – que terão a prisão preventiva decretada nos próximos dias - são acusados de receber subornos de até R$ 7 mil por semana. Batman será transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Sua prisão só foi possível porque ele comprou móveis e todas as entregas, feitas por uma grande rede varejista, foram rastreadas. (págs. 1 e 12 a 14)

Foto legenda: A apresentação do ex-PM e chefe de milícia Ricardo da Cruz Teixeira, o Batman: sorriso de Coringa

Foto legenda: O secretário Beltrame ao apresentar Batman: ação coroada de êxito

Congresso resiste à nova poupança

Governo considera batalha por aprovação tão difícil quanto a da CPMF e pode editar MP

O Congresso deu sinais ontem de que dificilmente aprovará a tributação sobre as cadernetas de poupança, considerada fundamental pelo governo para que as taxas de juros continuem caindo. Diante da resistência, o Planalto já estuda a possibilidade de prorrogar a redução de impostos sobre os fundos de investimentos - prevista para acontecer em breve - por meio de medida provisória. Mas esta seria uma solução paliativa, caso não consiga fechar um acordo com a oposição. Até o PMDB, da base aliada, demonstra que vai criar dificuldades para aprovar a nova taxação da poupança para 2010. Para alguns integrantes do governo, a previsão é que a batalha para mudar a poupança será tão difícil quanto a da CPMF. (págs. 1, 21 e 22 e editorial "Meia-sola")

CPI da Petrobras acirra ânimos

O pedido de CPI da Petrobras levou o Congresso ontem a cenas de vale-tudo. Depois que os líderes fecharam acordo para evitar a instalação da comissão, os senadores tucanos Arthur Virgílio e Tasso Jereissati tomaram a Mesa para tentar reabrir a sessão. Nenhum dos dois poderia fazer isso, pois não pertencem à Mesa Diretora. (págs. 1 e 23)

Mais 1.445 cargos para a Justiça

Câmara cria vagas em tribunais estaduais e no Ministério Público

Com votações simbólicas e sessões esvaziadas, a Câmara criou 1.445 cargos na Justiça do Trabalho nos estados e no Ministério Público. Os projetos vão para o Senado. Se forem aprovadas, as medidas geram impacto anual de pelo menos R$ 129,3 milhões. O presidente da Câmara, Michel Temer, justificou: “Os tribunais estão aflitos." (págs. 1 e 3)

Enquanto isso, na Inglaterra...

Para acalmar a opinião pública, abalada com o escândalo de gastos no Parlamento, o premier britânico, Gordon Brown, suspendeu um colega da bancada trabalhista, acusado de pedir reembolso para a hipoteca de sua casa. (págs. 1 e 26)

PAC tem 84 obras que ainda nem começaram

Relatório da Controladoria Geral da União revela que, de 123 obras do PAC analisadas por uma auditoria, 84 (68%) não tinham saído do papel. O relatório aponta fraudes, superfaturamento e licitações irregulares em projetos em oito cidades. Em Santarém (PA), há superfaturamento de R$ 7,3 milhões numa abra de esgoto. (págs. 1 e 8)

MEC quer Enem obrigatório para a rede estadual

O Ministério da Educação quer tornar o novo Enem obrigatório para os alunos que concluírem o ensino médio nas redes estaduais. A medida atingiria 1,8 milhão de alunos no ano que vem. (págs. 1 e 11)

A 'revolução cultural' de Chávez

Hugo Chávez apresentou um Plano Revolucionário de Leitura, para "desmontar o imaginário do capitalismo". Foram selecionadas 100 obras consideradas instrutivas, inclusive discursos seus. (págs. 1 e 27)

Racismo em Moscou deixa Zico revoltado

Zico, técnico do CSKA, ficou revoltado com o racismo da torcida do Dínamo, ambos de Moscou, contra o jogador negro nigeriano Maazou, do seu time: "Não dá para aceitar que isso ainda aconteça." (págs. 1 e 30)

Ciência avança para explicar origem da vida

Especialistas dos EUA conseguiram obter dois dos quatro blocos do RNA - um passo fundamental para mostrar como a vida na Terra começou. (págs. 1 e 28)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Crescimento pode ser zero neste ano, admite governo

Para Mantega (Fazenda), Produto Interno Bruto deve ficar entre 0 e 2%

O governo admitiu ontem, pela primeira, vez que a economia brasileira pode ter crescimento nulo em 2009. "Acredito que fechamos o ano em tomo de 0 a 2% positivos", afirmou o ministro Guido Mantega (Fazenda). Para ele, porém, o país já saiu "do fundo do poço" e está melhor que seus pares.

A declaração contrasta tanto com o discurso de crescimento de integrantes do governo como com a expectativa oficial de avanço de 2% do PIB, apesar de a maioria dos analistas de mercado e organismos internacionais como o FMI e a Cepal preverem retração da economia do país neste ano.

Mantega disse ainda que não há pressa para reduzir o Imposto de Renda sobre fundos de investimentos e demais aplicações atreladas aos juros básicos. Apesar dessa avaliação, a percepção é que carteiras com taxas administrativas acima de 2% já têm sua rentabilidade afetada pela Selic menor.

O governo propusera taxar a poupança para evitar a evasão dos fundos, embora não tenha detectado fuga de recursos, apurou a Folha.

O BNDES anunciou que, a partir de hoje, seus juros cairão entre 2 e 6,35 pontos percentuais. (págs. 1, B1, B5 e B6)

Fusão da Sadia com a Perdigão dará origem à Brasil Foods

Brasil Foods (BRF) será o nome da nova companhia que surgirá da união entre Sadia e Perdigão, negócio que poderá ser fechado hoje.

A fusão dará origem à maior exportadora de produtos de carne processada do mundo. A empresa será também a terceira maior exportadora do Brasil, atrás apenas de Petrobras e Vale.

Os rumores sobre a união fizeram o valor de mercado das duas empresas subir até 13% neste mês. (págs. 1e B3)

Enem deve ser obrigatório para obtenção de diploma

Acordo entre o Conselho Nacional dos Secretários de Educação e o ministro Fernando Haddad (Educação) deve tornar obrigatório o Enem para o diploma do ensino médio na rede pública.

Falta definir o meio para impor a obrigatoriedade já em 2010 e se caberá opção aos Estados. Os conselhos estaduais de educação decidirão sobre a exigência nas escolas particulares. (págs. 1 e C8)

Vinicius Torres Freire: Oposicionista faz picuinha com a poupança, mas se lixa para o público

É tão fácil bater no governo. Motivo sério não falta, inclusive no caso da poupança. Mas a oposição se aferrou à picuinha mais populista, terrorista e mentirosa para atacar a tributação das cadernetas ("confisco").

Reclamam que o governo não "mexeu com os bancos". Ótimo: têm a chance de uma CPI das taxas bancárias. Esses partidos financiados pela banca (assim como os do governo) investigarão algo? Essa gente "se lixa". (págs. 1 e B4)

Corrupção policial faz crime crescer, afirma secretário

Há 57 dias no cargo, o secretário da Segurança paulista, Antonio Ferreira Pinto, diz que uma das hipóteses para a alta da criminalidade no Estado são desvios da polícia, cuja eficácia depende de "reduzir os índices de corrupção que existem". Ele afastou 120 policiais de duas delegacias. (págs. 1 e C1)

Dinheiro: Petrobras deixou fora de balanço alteração fiscal de R$ 1,4 bilhão (págs. 1 e B4)

Editoriais

Leia "Poupança confusa", que critica improviso do governo; e "Cerco ao sigilo eterno", sobre lei de acesso à informação. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo adia mudança no IR dos fundos de investimento

Medo de que Congresso derrube novas regras da poupança altera planos

A redução do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, por medida provisória, pode virar trunfo nas mãos da oposição para reprovar o projeto de lei que mudaria as regras de tributação da poupança. Ao externar esse temor oficial, governistas lembram que, se a taxação da poupança para a classe média não for modificada, a equipe econômica será obrigada a prorrogar a redução da tributação dos fundos e demais aplicações além do prazo previsto (31 de dezembro). A prorrogação agradaria à classe média, aos maiores investidores e aos bancos, mas geraria perda de receita. A Fazenda, preocupada com o xadrez que pode se estabelecer no Congresso, acha melhor adiar um pouco a decisão sobre o tema, pois os fundos de renda fixa atrelados à Selic ainda permanecem mais rentáveis que a poupança. (págs. 1 e B1)

Lucro do BB cai 29,1%

O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 1,665 bilhão no primeiro trimestre, resultado que indica queda de 29,1% em relação a igual período de 2008. Para os próximos trimestres, há expectativa de lucro menor e inadimplência maior. (págs. 1 e B3)

Processados juízes que apoiaram De Sanctis

O corregedor-geral do TRF da 3ª Região, André Nabarrete, abriu procedimento administrativo contra 184 magistrados que subscreveram, em 2008, documento de apoio ao juiz Fausto Martin De Sanctis em meio à crise que envolveu a categoria e o presidente do STF, Gilmar Mendes, por causa, da operação Satiagraha. A ordem de Nabarrete provocou indignação entre os magistrados. (págs. 1 e A4)

Foto legenda: Maranhão: Enchente permanente

Casal faz almoço e lava a roupa diante de sua casa, inundada por enchente em Trizidela do Vale (MA); mais de 80% da cidade está debaixo d'água há dois meses, e os moradores tiveram de adaptar seu cotidiano a essa realidade; há desabrigados vivendo em estábulos. (págs. 1 e C5)

Análise: Moeda chinesa aparece como desafio ao dólar

Nouriel Roubini
Professor e consultor de economia

O século 19 foi dominado pelo Império Britânico, o século 20, pelos EUA. Podemos agora estar testemunhando o início do século asiático, dominado pela ascensão da China e sua moeda. Mais cedo do que pensamos, o dólar pode ser desafiado, o que teria um alto custo para os EUA. (págs. 1 e B9)

Sarney está com a renúncia na cabeça

Colunista
Dora Kramer

Arrependido por ter deixado de lado o projeto de se eleger presidente da Academia Brasileira de Letras para, pela terceira vez, presidir o Senado, José Sarney externou a vontade de renunciar. Ao cargo, ao mandato, à carreira política. Quando falou no assunto, não deixou claro se marcava data para o gesto ou se apenas considerava imerecida tal desventura. (págs. 1 e A6)

Enem será obrigatório para aluno do ensino público

O Ministério da Educação definiu que o novo Enem passará a ser obrigatório para todos os alunos que concluírem o ensino público a partir de 2010. A prova terá de ser feita para que o estudante receba o certificado de conclusão escolar. Caberá aos Estados estabelecer as regras de uso do novo Enem. (págs. 1 e A16)

Especialistas estudam PIB que considere o ambiente

Uma comissão que inclui dois Prêmios Nobel busca meios de acrescentar medidas de sustentabilidade ao cálculo de riqueza. A ideia é mensurar o impacto da economia nos ecossistemas e criar indicadores de qualidade de Vida. (págs. 1 e Caderno Especial – Sustentabilidade)

Foto legenda: Lixo eletrônico - Projeto da USP recicla componentes de computadores velhos. (págs. 1 e H2)

Governo quer livro didático com temática homossexual

O governo quer que as escolas adotem livros com temática de famílias compostas por homossexuais. A proposta esta no plano de cidadania e direitos humanos de gays, lésbicas e transexuais. As medidas incluem prevenção de homofobia nas escolas, acesso a técnicas de reprodução assistida e transferência de presos travestis para presídios femininos. (págs. 1 e A17)

Argentina: Cristina dá reajuste ao funcionalismo

Medida antecede anúncio de candidatura do marido, Nestor Kirchner. (págs. 1 e A12)

Notas & Informações: O remendo na poupança

O governo preferiu deixar ao sucessor a tarefa de completar a mudança. (págs. 1 e A3)------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: Informais e ilegais lucram com a crise

A crise vem irrigando as contas da chamada economia subterrânea, que abrange a venda clandestina e ilegal de bens, produtos ou serviços que violam as regras oficiais. O setor viu crescer 13,6% sua participação no Produto Interno Bruto entre setembro e dezembro do ano passado, período em que o Brasil começou a sentir os efeitos da ambulância internacional. Uma das razões desse crescimento é que o setor independe de credito, mais escasso nos meses detectados pela pesquisa. Os números são da Fundação Getúlio Vargas. (págs. 1 e Tema do Dia A2 e A3)

Foto legenda: É preciso seguir em frente...

Improviso - Quem sobreviveu às enchentes no Nordeste - que já mataram 44 pessoas - convive com dificuldades em ações cotidianas, como preparar o almoço. O drama inclui, além de moradores, os gatos (pág.1)

Combate à gripe até, na internet

Para evitar que informações erradas se espalhem como um vírus, o Ministério da Saúde criou perfis em redes sociais como YouTube, Orkut e Twitter para monitorar e corrigir comentários errôneos. (págs. 1 e Vida, Saúde e Ciência)

Sai o plano nacional da cidadania gay

Visita íntima para homossexuais nos presídios, planejamento familiar para lésbicas na rede pública de saúde e preparação dos professores pata aceitar e lidar com o homossexualismo em sala de aula são algumas das propostas polêmicas que o governo federal resolveu assumir ao lançar ontem o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTT). (págs. 1 e País A10)

Feirão de imóveis fica longe da crise

A crise não deve afetar o 5° Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, aberto ontem no Riocentro e que se estende por quatro cidades do país. Devido à queda na taxa de juros, espera-se 16,28% de aumento no volume de negócios em relação ao ano passado. (págs. 1 e A19)

Sociedade Aberta

Fernando Barbosa Filho
Economista da FGV

País precisa de reformas para frear economia subterrânea. (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta

Flávio Augusto Basílio e José Luis Direito

Economistas avaliam poupança. (págs. 1 e A20)

Sociedade Aberta

Maria Clara Bingemer
Teóloga e professora da PUC-RJ

A histórica ida do papa ao Oriente Médio. (págs. 1 e A23)

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Correio Braziliense

Manchete: Estrangeiros dominam tráfico no aeroporto JK

Jovens europeus e africanos são a maioria dos presos nos flagrantes de transporte de cocaína. De janeiro a maio deste ano, a Polícia Federal apreendeu mais de 80kg da droga no terminal de Brasília. Dez entre os quinze detidos não são brasileiros. Desempregados, eles se arriscam para conseguir dinheiro fácil. (págs. 1 e 23)

MP pede prisão do coronel

Exonerado ontem do comando da PM sob acusação de desvio de dinheiro público, Antônio Cerqueira pode ser detido preventivamente para que, segundo o promotor Mauro Lima, não destrua provas ou intimide testemunhas do processo (págs. 1 e 24)

Educação: Todo mundo vai ter que fazer o Enem

A partir do ano que vem, alunos da rede pública serão obrigados a prestar o Exame Nacional do Ensino Médio. Hoje, só faz o teste quem quer. Nota será usada para medir qualidade das escolas do governo. (págs. 1 e 10)

Assassino da inglesa: 21 anos de cadeia para Mohammed

Justiça de Goiás condena Mohammed D’Ali dos Santos, assassino confesso da inglesa Cara Burke, de 17 anos. Ela foi morta e esquartejada em julho do ano passado. Depois do crime, ele tirou fotos do corpo e foi a uma festa. (págs. 1 e 11)

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Valor Econômico

Manchete: Cade avaliará a fusão de Sadia e Perdigão

A fusão entre Sadia e Perdigão criará uma empresa gigante, a Brazil Foods, com forte poder de mercado em carnes, margarinas e na compra de grãos - ela deve consumir 20% do farelo de soja produzido no país. Mas quando confirmada, a fusão deverá ser suspensa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até que o caso seja analisado. O negócio é visto como um dos maiores desafios já enfrentados pelo órgão, tanto pelo tamanho da nova empresa quanto por envolver diversos mercados no setor de alimentos, o que aumenta a complexidade da análise da operação.

Nos últimos anos, o Cade tem determinado a suspensão de fusões e aquisições com características semelhantes. O objetivo é evitar o fato consumado, preservando as estruturas das empresas em separado para que, caso conclua que deva vetar o negócio, a decisão possa ser implementada. Isso ocorreu com a compra da Garoto pela Nestlé, com a aquisição da Varig pela Gol e com o segmento de provedores de internet na compra da Brasil Telecom pela Oi. (págs. 1, A4 e A5)

Lula vê disputa 'técnica' com a Petrobras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera "técnica" a disputa entre a Petrobras e a Receita, que pode acabar na Justiça. Lula não vai arbitrar o caso, mas, internamente, condenou a nota da Receita contestando a estatal.

Na cúpula do governo, avalia-se que a exploração política do caso, pela oposição, pretende dificultar as discussões do projeto para exploração de petróleo na camada pré-sal, a ser enviado ao Congresso até o fim do mês. A avaliação de que esse debate seria contaminado por uma CPI levou o governo a se empenhar ontem para adiar a leitura do requerimento que permitiria sua instalação. (págs. 1 e A11)

Inadimplência começa a cair

Os bancos tiveram no primeiro trimestre um dos piores resultados já registrados. O lucro líquido caiu 27% nos grandes bancos e 30% nos médios, de acordo com a Austin Ratings. A desaceleração do crédito e o aumento da inadimplência afetaram os resultados. O saldo de provisões cresceu 60% nos grandes bancos e 127,8% nos médios. Até os bancos públicos, mais agressivos no crédito, tiveram lucro menor. Mas já há sinais de melhora.

A partir de abril, os bancos notaram maior demanda por crédito e redução da inadimplência. O índice de demanda de crédito apurado pela Serasa Experian subiu 10,8% em comparação a março. Entre as empresas, o movimento é semelhante: a demanda aumentou 5,2% em abril sobre março. "A direção mudou. Estávamos descendo a ladeira. Agora começamos a subir", diz Luiz Rabi, gerente de indicadores da Serasa Experian. (págs. 1, C1 e C2)

Balanços acendem a luz amarela

Os resultados ruins nos balanços do primeiro trimestre em alguns segmentos econômicos, notadamente das siderúrgicas, estão sendo usados por analistas de investimentos como um sinal de alerta de que a crise está longe de acabar e é preciso cautela em relação à bolsa de valores. Os balanços de duas empresas chamaram a atenção. A CSN ainda teve lucro líquido de R$ 369 milhões, mas registrou queda de 52% ante o primeiro trimestre do ano passado. Já a Usiminas teve prejuízo líquido de R$ 112 milhões, o primeiro resultado negativo trimestral desde 2002. Seu presidente, Marco Antonio Castello Branco, disse que começa a estudar medidas drásticas para garantir a rentabilidade. Um dos problemas é o elevado nível de estoques, da ordem de R$ 5 bilhões. (págs. 1, D2 e B6)

Foto legenda: Devagar e longe

A Ci&T, de serviços de tecnologia da informação, colocou mais um ponto em seu mapa de expansão internacional. Ela acaba de fechar parceria com a japonesa Rococo. A companhia, formada por três engenheiros da Unicamp, já atua na Filadélfia e Londres, conta Cesar Gon, presidente. (págs. 1 e B3)

Geração 'homo zappiens' se prepara para reinar

Mais evolutiva do que revolucionária, a tecnologia fez surgir uma geração que controla quase todos os equipamentos com simples toques dos dedos. Esses "homo zappiens", que nasceram ao lado do computador, criaram o aparentemente estranho hábito de se comunicar principalmente por mensagens escritas. Reféns do aumento da violência nas cidades e pressionados pelo excesso de afazeres, adolescentes e pré-adolescentes desenvolveram na relação com a tecnologia uma nova cultura que, para a pesquisadora Celia Belem, não pode ser encarada com preconceito. Ainda dependentes dos pais, em pouco tempo os "homo zapiens" serão maioria e agirão segundo os hábitos que desenvolveram. O comportamento dessa nova "espécie" já preocupa indústrias como a do automóvel, objeto de desejo para gerações anteriores. (págs. 1 e Eu&Fim de Semana)

Agora queimar lixo é melhor que enterrar

Os tempos mudam e o problema ambiental de ontem de repente parece ser a solução de hoje. Um exemplo disso é o lixo. Nos últimos 20 anos, os EUA fecharam centenas de incineradores de lixo por acreditar que a poluição gerada pela queima dos detritos era um pecado ecológico muito grande. Hoje, a maior parte do lixo é mandada para aterros, alguns em áreas rurais a centenas de quilômetros das cidades que o geram. Aperfeiçoamentos tecnológicos e novas prioridades estão começando a inverter esse raciocínio e no atual cálculo do dano ambiental queimar lixo está começando a parecer melhor do que enterrá-lo. (págs. 1 e A12)

Sócios do Pactual ainda sem acordo

Quase um mês após anunciar a recompra do Pactual, André Esteves ainda discute a proposta aos antigos sócios para definir quem fica e quem sai do banco. Entre alguns executivos, o clima é de insatisfação. O UBS devia US$ 1,6 bilhão aos ex-acionistas do Pactual, valor que seria quitado em julho de 2011, e um bônus de US$ 500 milhões aos que ficassem no banco até lá. A dívida foi assumida por Esteves, que ofereceu duas opções: trocar o valor por capital do novo banco ou receber antecipadamente com desconto. Esteves tem dito que um pequeno grupo de sócios já tomou a decisão de sair e se dedica a obter mais vantagens. (págs. 1 e C8)

Fundo garantidor pode impulsionar créditos de até RS 50 bilhões (págs. 1 e C3)

Ecorodovias Investe em logística com terminais de carga ao longo de suas estradas, diz Seras (págs. 1 e B7)

Pacote habitacional

O programa Minha Casa, Minha Vida completou um mês com 1.089 financiamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal e a aprovação de 10 projetos imobiliários que somam 1.730 unidades habitacionais. Até o dia 11, a CEF cadastrou 198 mil interessados em obter financiamento. (págs. 1 e A2)

Emprego Industrial

O nível de emprego na indústria paulista, com ajuste sazonal caiu 1,09% em abril em relação a março. Sem o ajuste, o indicador registrou alta de 0,8%, equivalente à abertura de 19 mil postos de trabalho. Frente a abril de 2008, a queda é de 6,76%. (págs. 1 e A3)

Vendas em alta

As vendas do varejo cresceram 0,3% em março em relação a fevereiro e 1,8% na comparação com o mesmo mês no ano passado. No primeiro trimestre, as vendas acumularam alta de 3,8%. A receita nominal aumentou 0,5% sobre fevereiro e 7,8% sobre março de 2008. (págs. 1 e A6)

Barreiras argentinas

Submetidas ao regime de licenças não automáticas de importação, as exportações brasileiras de artigos de cama, mesa e banho para a Argentina despencaram desde março. Os fabricantes buscam novos mercados para desovar parte da produção. (págs. 1 e B1)

Aposta nos defensivos

Em 2008, o Brasil superou os EUA e se tornou o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo, movimentando US$ 7 bilhões. Em cinco anos, a DuPont pretende aumentar sua participação no mercado local dos atuais 7% para 10%, diz Juan Carlos Bueno. (págs. 1 e B10)

Queda nas embalagens

As vendas de papelão ondulado, um dos indicadores antecedentes da atividade econômica, somaram 175,9 mil toneladas em abril, o que representou uma queda de 8,8% em relação a igual período de 2008. Na comparação com março, a queda foi de 4, 1%. No quadrimestre, as vendas caíram 7,65%. (pág. 1)

Mudança na caderneta

Para valores inferiores a RS 50 mil, a poupança será indiscutivelmente a melhor opção num cenário de juros inferiores a 10% ao ano. Só fundos com taxa de administração inferior a 1% seriam páreo para a caderneta. (págs. 1 e D1)

Destaque aos prefixados

O Tesouro Direto, sistema eletrônico de venda de títulos públicos para pessoas físicas, registrou negócios de R$ 131,7 milhões em abril, o melhor resultado já apurado para o mês. Os papéis prefixados lideraram as vendas. (págs. 1 e D2)

Ideias

Maria C. Fernandes: Valenzuela, sub-secretário de Estado dos EUA, foi severo crítico da política americana para a AL. (págs. 1 e A6)

Ideias

Naércio Menezes Filho: crise não deve reverter ajustamento positivo do mercado de trabalho desde 1999. (págs. 1 e A15)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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