PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, dezembro 01, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] BALAIO DE GATOS (Eu sou um negro gato de arrepiar...) *

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(*) Negro gato. Roberto Carlos.

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PRÊMIO FCW/PAULO VANZOLINI [in:] ''VOLTA POR CIMA..."

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Paulo Vanzolini é um dos vencedores da nona edição do Prêmio FCW

Por Valor Econômico



SÃO PAULO – Jorge Kalil (Ciência), Miguel Srougi (Medicina) e Paulo Vanzolini (Cultura) são os vencedores da nona edição do Prêmio FCW Ciência, Cultura e Medicina. Cada um receberá um prêmio de R$ 300 mil, e a cerimônia de entrega vai acontecer no dia 25 de junho de 2012 na Sala São Paulo.

O júri, composto por membros de dez instituições parceiras da premiação, como a Academia Brasileira de Letras (ABL) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), escolheu os vencedores nos últimos dias 24 e 25.

Jorge Kalil é diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP e diretor do Instituto Butantan. Miguel Srougi é professor titular de Urologia da Faculdade de Medicina da USP. Especialista em câncer de próstata, Srougi foi chamado neste ano para uma reunião sobre a doença do presidente venezuelano Hugo Chávez, com diplomatas do país. Já Paulo Emilio Vanzolini, 87, é zoólogo e compositor de sucessos como “Ronda” e “Volta por Cima”.

A Fundação Conrado Wessel foi criada em 1994 na ocasião da morte do fotógrafo Ubaldo Augusto. Em seu testamento, Augusto pedia a criação de uma fundação voltada para a filantropia, fomento e apoio às atividades artísticas e científicas do Brasil.

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ECONOMIA/TEORIA ECONÔMICA [In:] O RETORNO (TRIUNFANTE) DE SCHUMPETER !

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O ano do dragão

Por Roberto Luis Troster


O ano de 2012 corresponde ao 4710 no calendário chinês e está associado à sua única criatura mítica, o dragão, considerado o rei dos animais e símbolo da sabedoria, força, saúde e da harmonia - é colocado em cima de portas para espantar demônios e atrair sorte. Algo oportuno para os períodos de transformações. Na China Antiga, dragões eram também usados como guardiões dos tesouros.

O ano que vem será de mudanças, menos pelos protestos em centenas de cidades no mundo, como o "ocupe Wall Street", a "Primavera Árabe" e as passeatas aqui, e mais pelo quadro econômico e político que exige adaptações. Quem não se adequar à nova realidade afundará. 2012 começará desalentador, com volatilidade, estresses e ritmo lento, mas ao longo do ano observar-se-á uma melhoria com uma retomada mais consistente da economia mundial.

A economia brasileira vai começar o período andando de lado, com o crescimento voltando no segundo trimestre

Coincidência ou não, o setor que mais exige ajustes e será o centro das atenções é o de guardiões do tesouro moderno: o financeiro. Antes da crise, os bancos eram considerados os propulsores da economia mundial; atualmente, são seu maior entrave. Há cinco desafios a serem superados: equacionar as dívidas soberanas, rolar os financiamentos do setor privado, começar a receber as dívidas contraídas, manterem-se solventes e, o mais importante, voltar a emprestar. Exigirá um esforço especial dos banqueiros e seus reguladores.

Na última década, na maioria dos países, com exceção da China, a política econômica esteve orientada pela demanda - com crédito bancário abundante e déficits fiscais generosos. Em 2012 tem que haver uma mudança de protótipo e a economia passará a ser conduzida pela oferta, com foco em mais eficiência e inovação. Keynes sai de cena e entra Schumpeter como ator principal. A capacidade de reinventar-se é que vai determinar o sucesso, ou fracasso, de cada país. Os casos mais dramáticos são os europeus e a Argentina.

No velho continente, o impasse entre os alemães que querem das nações mais endividadas um compromisso maior com o euro é complexo e tem dimensões econômicas, políticas, soberanas e culturais. Mas os problemas se resolvem, de uma forma - adequando-se que é o mais provável, ou de outra. É fato, a demora em superar a crise impõe um custo elevado, mas a união monetária sairá mais fortalecida e mais bem estruturada, com ou sem os gregos. Fazer com que políticos, economistas, banqueiros e eleitores cheguem a um único consenso é um trabalho hercúleo e demanda tempo, suor e imaginação.

A Argentina necessita reinventar-se urgentemente; seu "modelo" está esgotado. Lá se observa uma inflação crescente, investimento baixo, fuga de capitais e a capacidade fiscal do governo reduzida. Com bastante racionalidade econômica, alguma sorte e um pouco de financiamento externo ainda é possível fazer ajustes e evitar maiores problemas. Alguns passos foram dados. Um novo paradigma pode fazer o país hermano acontecer, caso contrário, a culpa cairá sobre a crise externa.

Os Estados Unidos já apresentam sinais indicando que o pior já passou. Os remédios aplicados estão começando a fazer efeito; números recentes de emprego, crédito, vendas e produção estão fracos mas positivos e apontando para uma recuperação. Observar-se-ão alguns estresses, mas é um quadro que dificulta a vida dos republicanos e melhora as chances de reeleição de Barack Obama.

A China continua como locomotiva do planeta e prepara-se para ser a maior economia do mundo em dois anos, mais precisamente em 2014, o ano do cavalo. Há décadas cresce com políticas de oferta, o aumento da demanda em outros países com crédito e gastos fiscais ajudou-a a expandir sua indústria e a acumular reservas. Atualmente, aparenta ter controlado as pressões inflacionárias e deve manter o ritmo de expansão no ano vindouro. Sua influência global deve aumentar e o yuan já começa ter um papel nas finanças internacionais, mais por conta da má gestão do euro e do dólar do que por méritos próprios.

O ritmo de atividade mundial começa mais devagar por conta da ressaca da crise e aos poucos aumenta, com um segundo semestre melhor que o primeiro. O cenário internacional anêmico não é totalmente desfavorável ao Brasil. No canal comercial, a demanda de commodities deve sustentar-se e o preço das suas importações deve arrefecer, as projeções mostram saldos comerciais melhores com a crise externa. No lado financeiro, as perspectivas de investimento externo são altas, e uma parte dos fluxos que entram estão canalizados para investimentos produtivos, contribuindo de forma favorável para o crescimento nacional.

A economia brasileira deve andar de lado no começo do ano, mais em razão do ciclo dos estoques do que por conta da crise. Com ou sem estímulos da demanda agregada, a retomada do crescimento acontece a partir do segundo trimestre. A oportunidade para o Brasil crescer a taxas mais altas estará presente com a janela demográfica, a demanda externa, o fluxo de investimentos estrangeiros e o pré-sal, que pode tornar o país o quinto maior produtor de petróleo do mundo em alguns anos.

Este é um exemplo emblemático, que mostra as duas opções de desenvolvimento para o Brasil com a descoberta de jazidas: o venezuelano e o norueguês. No vizinho, são privilegiadas as políticas para usufruir ao máximo as receitas do petróleo; no país do norte, a tônica são ações que sustentem o crescimento, investindo os recursos. Aqui há um amplo debate sobre a distribuição dos royalties, já seu uso é tratado como uma questão menor. Obviamente, a qualidade da condução política brasileira é melhor do que a do país ao lado, mas há espaço para aprimoramentos. O Brasil tem as condições para fazer acontecer. A questão é ajustar o modelo e evitar os erros que outros cometeram e não repetir a história nacional (leia-se ciclos da borracha, do ouro etc.).

No ano do dragão haverá mais crises políticas no Oriente Médio, em Cuba e na Venezuela, mas também uma consolidação do euro e Londres 2012. Haverá mais aquecimento global e Rio +20 para evitar que piore; observar-se-ão mais inovações e o começo de um novo ciclo de expansão. A economia mundial terá quatro pelotões com velocidades diferentes: os países na fase mais crítica de ajuste, como a Grécia, com números negativos; os desenvolvidos, como EUA e Japão, a taxas baixas; a América Latina num patamar mais elevado e a China e a Índia no pelotão de elite. A questão é fazer o Brasil subir ao pódio, sobram desejos. Feliz 2012 a todos!

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Roberto Luis Troster, consultor e doutor em economia pela USP, foi economista chefe da Febraban e da ABBC e professor da USP, Mackenzie e PUC-SP. E-mail: robertotroster@uol.com.br

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DESENVOLVIMENTO vs. ''BRIC'' [In:] ''QUO VADIS"

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Dez anos de novos Bric para o mundo

Autor(es): Jim O'Neill
Valor Econômico - 01/12/2011

Há dez anos publiquei relatório intitulado "O Mundo Precisa de Melhores Brics Econômicos" (brics soa como "tijolos" em inglês), quando lancei pela primeira vez o acrônimo que usei para descrever o provável alto crescimento que Brasil, Rússia, Índia e China alcançariam. Está claro agora que a expansão desses quatro países foi ainda mais forte. Os Bric tornaram-se um nome familiar tanto na esfera cultural como de negócios, além de ter resultado na criação de um grupo político.

O décimo aniversário coincide com preocupações terríveis quanto à economia mundial, especialmente para os países mais desenvolvidos. Continuo otimista de que à medida que os quatro gigantes emergentes, e mais alguns, continuarem se expandindo em tamanho e riqueza, sua prosperidade não apenas fortalecerá seu papel no mundo, mas também dará a chance de um futuro melhor às economias que atualmente se deparam com mais desafios pela frente. A ascensão em andamento dos Bric será boa para esses países e para o resto de nós. Além disso, seu crescimento ao longo dos últimos dez anos sugere que, enfim, poderemos ver algumas melhoras consideráveis que deem mais eficiência à formulação mundial de políticas e a suas instituições.

Meu estudo de 2001 tinha três mensagens principais.

Primeira, mostrei que se Brasil, Rússia, Índia e China continuassem com seus altos índices de crescimento, passariam a representar uma parte muito maior da economia mundial em 2010. No cenário mais otimista que contemplei, indiquei que sua participação combinada do Produto Interno Bruto (PIB) mundial subiria de aproximadamente 8% para, talvez, 14%. No fim deste ano, provavelmente a porcentagem girará em torno a 20%, com o PIB tendo aumentado de cerca de US$ 3 trilhões para provavelmente pouco mais de US$ 13 trilhões. Isso representa cerca de um terço do aumento total do PIB nominal mundial dos últimos dez anos.

O crescimento real dos Bric, em torno a 8%, ajudou a levar a média mundial para 3,5%, apesar dos imensos problemas vistos em 2001-2002, 2008 e, é claro, desde então. Se não tivesse sido pelos Bric, o crescimento mundial teria ficado mais próximo à decepcionante média de 1,6% verificada no chamado mundo desenvolvido. Como muitas vezes comento, o aumento combinado, de US$ 10 trilhões, na prática, criou o equivalente a seis ou sete vezes o que era o Reino Unido em 2001 ou, de fato, o equivalente a toda uma economia dos Estados Unidos.

Ao olharmos para o futuro, nos próximos dez anos, os quatro países provavelmente verão desaceleração em seus índices de crescimento, mas sua participação no PIB mundial quase certamente aumentará. A China parece encaminhada a crescer de 7% a 8%, já que terá de enfrentar vários desafios, mas a Índia pode ter aceleração e por fim atingir taxas de crescimento no estilo chinês, especialmente se persistir em seu recém-descoberto zelo por reformas, como a importante decisão de dar boas vindas ao controle majoritário estrangeiro em empresas do setor de varejo. Em poucos anos, o PIB nominal combinado dos quatro países superará tanto o dos Estados Unidos como o da Europa.

Com base em seu provável crescimento, a segunda parte de meu relatório de 2001 argumentava que os Bric precisavam assumir papel mais central na formulação mundial de políticas econômicas. Eles continuaram excluídos por muitos anos, o que os levou a promover seus encontros políticos conjuntos anuais. Na verdade, foi necessária uma crise total como a de 2008, para os países avançados finalmente perceberem a importância central dos Bric para a economia mundial moderna, sendo que a decisão de colocar o G-20 no centro da formulação política global foi basicamente uma iniciativa para incluir os Bric. Em 2001, argumentei que cada um dos Bric deveria juntar-se aos EUA, Japão, região do euro e talvez Canadá e Reino Unido para formar algum novo "G", talvez um G-9 ou um novo G-7, se Reino Unido e Canadá ficassem excluídos.

A terceira ideia no relatório de 2001 indicava que, tendo em vista sua moeda comum, França, Itália e Alemanha deveriam abandonar sua representação nacional nos órgãos mundiais e no G-7, permitindo uma governança global muito mais eficiente. Que melhor forma de demonstrar seu verdadeiro compromisso com a União Monetária Europeia (UME) do que um passo tão firme de verdadeira liderança? Nos anos subsequentes, como percebemos recentemente, tal liderança firme da UME não marcou presença. Quem sabe, a escala da crise que se desdobra atualmente leve os líderes europeus a dar passos mais ousados.

Enquanto isso, à medida que os países do Bric continuem a ver sua sorte melhorar, proporcionarão mais e mais oportunidades para que o resto de nós aprimore seus padrões de vida e prosperidade. De fato, para que o mundo continue crescendo frente aos desafios que se apresentam a muitas economias desenvolvidas, precisamos da argamassa econômica dos Bric, algo que, por sorte, eles têm de sobra.

Jim O"Neill é presidente do Goldman Sachs Asset Management.

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POBREZA/UNICEF [In:] ''CADÊ'' O CRIANÇA COMO E$PERANÇA ?

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Jovens e miseráveis

O país jovem dos meninos miseráveis


Autor(es): Larissa Leite
Correio Braziliense - 01/12/2011

Cresce no Brasil o número de crianças vivendo em famílias muito pobres.


Segundo relatório da Unicef, 3,7 milhões de brasileiros com idade entre 12 e 17 anos vivem em situação de extrema pobrezaNotíciaGráfico

No Brasil, a pobreza e a miséria têm rosto de criança e adolescente. É o que constatou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em relatório divulgado ontem. A partir de dados oficiais, a entidade chegou à conclusão que houve uma piora no indicador entre brasileiros de 12 a 17 anos: de 2004 a 2009, o percentual de adolescentes vivendo em famílias extremamente pobres cresceu de 16,3% para 17,6%, o que representa 3,7 milhões de pessoas. Na população em geral, ao contrário, o percentual de extrema pobreza — renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo (R$ 128,50) — diminuiu de 12,4% para 11,9% no mesmo período.

"O problema não é o adolescente, e sim a violação constante dos seus direitos. (...) O principal desafio é quebrar o ciclo infernal da pobreza", avalia a representante da Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier. A situação fica ainda mais alarmante se levarmos em conta que o país vive o ápice da juventude. O Brasil nunca teve e não voltará a ter tão grande população de adolescentes na sua história, segundo o Unicef — são 21 milhões de pessoas, o equivalente a 11% da população brasileira.

Gente como Tatiane Correa, 15 anos, que mora com os pais e três irmãos no Varjão (DF). A estudante e a família sobrevivem com uma renda de R$ 700 e limitações que vão além da questão financeira. "Até comprei uma bicicleta, mas eles só andam aqui perto e têm hora para voltar", diz Michele Correa, 33 anos. A mãe dos adolescentes tenta mantê-los por perto, longe da droga e da violência.

De acordo com o relatório do Unicef, os jovens que moram nas comunidades populares dos grandes centros urbanos enfrentam mais um cotidiano marcado por dificuldades. São quase 6 milhões vivendo nas 10 maiores regiões metropolitanas do país, incluindo o DF. Entre eles, cerca de um terço é pobre ou muito pobre. "Eles acham que a juventude está perdida e nos deixam de lado", queixa-se Tatiane Correa. O irmão mais novo, Ricardo,13 anos, se apega a um sonho para mudar a realidade em que vive: ser jogador de futebol.

Segundo o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes, o aumento de adolescentes na extrema pobreza pode ser explicado pelo crescimento populacional. "O efeito demográfico fez com que uma faixa muito numerosa da população aumentasse o grupo de adolescentes. Mas essa massa populacional aumentou sem alteração da massa de rendimentos, que só vai mudar com a inserção no mercado de trabalho." A pasta tem o objetivo de retirar 16,2 milhões de brasileiros da extrema pobreza até 2014 por meio do Plano Brasil sem Miséria.

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GOVERNO DILMA/CARLOS LUPI [In:] DEMISSÃO OU DEMISSÃO !

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COMISSÃO DA PRESIDÊNCIA PEDE A DEMISSÃO DE LUPI

COMISSÃO DE ÉTICA PEDE CABEÇA DE LUPI


Autor(es): » GUILHERME AMADO » DENISE ROTHENBURG
Correio Braziliense - 01/12/2011

Integrantes do Conselho de Ética Pública recomendam à presidente Dilma Rousseff que exonere o ministro do Trabalho. Por unanimidade, eles consideraram insatisfatórias as explicações do pedetista sobre as denúncias de corrupção.

Em decisão unânime, conselheiros avaliam que o ministro não respondeu satisfatoriamente às denúncias NotíciaGráfico

A Comissão de Ética Pública recomendou ontem à presidente Dilma Rousseff que exonere o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. A orientação foi unânime, depois de cinco horas de reunião dos seis conselheiros, no Palácio do Planalto. À tarde, ainda durante o encontro, o colegiado informou à assessoria de Dilma sobre a recomendação. No início da noite, o grupo enviou ao gabinete presidencial ofício com a indicação. Antes de deixar o Palácio, por volta das 21h, a presidente, entretanto, disse que não comentaria o assunto porque não tinha recebido o documento. Mas Dilma enviou emissários ao ministro para dizer que espera a carta de demissão dele ainda hoje. O substituto será definido quando a presidente voltar da viagem à Venezuela.

No início da noite, Lupi ainda tentava se segurar. A amigos, disse que era mais uma contra ele e que iria conversar com a presidente, mas o encontro não tinha ocorrido até as 22h. No governo, há quem diga que Dilma só falará com Lupi através do Diário Oficial. Segundo o presidente da comissão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, Lupi também foi advertido formalmente. A comissão avaliou que o ministro não respondeu satisfatoriamente às denúncias publicadas pela imprensa, especialmente as que se referem a irregularidades em convênios firmados pela pasta.

Três denúncias foram citadas pela comissão como determinantes para a recomendação de exoneração: a acusação de que um assessor de Lupi, Anderson Alexandre dos Santos, cobraria propina para firmar convênios, o suposto envolvimento de duas ONGs na emissão de notas frias para o Ministério do Trabalho e a existência de 20 inquéritos da Polícia Federal para apurar desvios protagonizados por ONGs. "São fatos de um mês para cá e explicações não satisfatórias a juízo da comissão. (...) Ele se defendeu e a comissão entendeu que ele não tinha explicado sobre toda a base das acusações, que era a série de convênios irregulares firmadas com pessoas de seu partido", explicou Pertence.

Sem se referir explicitamente a nenhum episódio, Pertence afirmou ainda que a Comissão também reprovou as declarações dadas por Lupi durante a crise "A própria resposta (dada por Lupi) no Congresso Nacional e para a imprensa, é inconveniente a um ministro de Estado", defendeu. Em entrevista na sede do PDT, Carlos Lupi afirmou que só deixaria o cargo "abatido à bala". Dias depois, em depoimento no Senado, negou ter viajado em um jatinho alugado pela ONG Pró-Cerrado. Dias depois, após a publicação de imagens em que o ministro aparece próximo ao presidente da ONG e ao avião, Lupi voltou atrás e disse ter se enganado.

Segundo a relatora do caso na Comissão, professora Marília Muricy, a punição foi a mais grave que o colegiado poderia tomar contra Carlos Lupi. Embora tenha sido a primeira recomendação para exoneração de um ministro, não foi a primeira decisão da comissão contra Lupi. Em dezembro de 2007, os conselheiros afirmaram que era incompatível o acúmulo do cargo de ministro com a presidência do PDT. Diante do impasse, Lupi optou por deixar a presidência do partido. Sepúlveda Pertence informou ainda que a comissão não abriu nenhum processo em relação ao ministro das Cidades, Mário Negromonte. As denúncias feitas contra o ex-ministro do Esporte Orlando Silva ainda estão à espera de resposta do acusado.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


01 de dezembro de 2011

O Globo


Manchete: Comissão de Ética quer saída de Lupi, e Dilma pede calma

Decisão de órgão da Presidência é inédita e foi adotada por unanimidade

Após analisar as explicações do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre a série de denúncias de irregularidades em sua pasta, os sete conselheiros da Comissão de Ética Pública da Presidência tomaram ontem uma decisão unânime e inédita: recomendar à presidente Dilma Rousseff que o exonere do cargo. Ao explicar as razões, o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, afirmou que Lupi deu respostas insatisfatórias e inconvenientes sobre os casos de supostos convênios irregulares com ONGs firmados com pessoas ligadas ao PDT, partido do ministro. A presidente Dilma, que hoje embarca para a Venezuela, reuniu-se ontem com assessores para analisar a situação de Lupi, mas, a interlocutores, disse que agirá sem pressa e sem pressão. (Págs. 1 e 3)


A encruzilhada europeia: BCs se unem para salvar o euro

Bancos vão injetar dinheiro nos mercados. Bolsas disparam e sobem até 4,98%. Dólar cai

Em ação coordenada não vista desde o estouro da crise global, em 2008, seis bancos centrais, entre eles os de EUA, Europa e Japão, se uniram para conter o agravamento da crise da dívida na zona do euro. Eles anunciaram corte nas taxas de financiamento, para injetar dinheiro nos mercados. O anúncio, aliado a notícia de que a China aliviou o crédito bancário, fez as Bolsas dispararem. Em Nova York, a alta foi de 4,24%; e em Frankfurt, 4,98%. A Bovespa subiu 2,85%, e o dólar caiu para R$ 1,813. (Págs. 1, 25 e Miriam Leitão)

Foto legenda: Crise social desfila em Londres

Na maior greve em 30 anos no Reino Unido, manifestantes criticam cortes. (Págs. 1 e 26)


Me dá um dinheiro aí

Com o Brasil agora credor do FMI, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, chega hoje ao país para conversas com a presidente Dilma e o ministro Mantega. Ela pedirá ajuda para combater a crise do euro. (Págs. 1 e 28)


Copom reduz juros em 0,5 ponto, agora para 11% (Págs. 1 e 27)


Após Reino Unido, Europa retalia Irã

O governo britânico culpou o regime iraniano pelo ataque a seus complexos diplomáticos em Teerã e retirou todos os funcionários do Irã, dando dois dias para o país fazer o mesmo no Reino Unido. França, Alemanha e Holanda convocaram seus embaixadores, e a Noruega fechou a representação em Teerã. Novas sanções são esperadas hoje. (Págs. 1 e 35)


Turquia vai impor sanções à Síria

O governo turco anunciou sanções contra a Síria, suspendendo comércio bilateral de US$ 2,5 bilhões; 57 países muçulmanos pediram o fim da violência. (Págs. 1 e 36)


TPI, em Haia, julga pela 1ª vez um ex-chefe de Estado (Págs. 1 e 37)


A nova família brasileira

Entre os brasileiros, o casamento é cada vez mais curto, o número de divórcios bate recorde, mas, ainda assim, muitos optam por uma segunda união. A guarda compartilhada de filhos mais que dobrou, segundo o Registro Civil do IBGE. (Págs. 1, 15 e 16)

Unicef: taxa de homicídios entre jovens é o dobro da média nacional. (Págs. 1 e 10)


A agência que não regula bem

Com salários de R$ 12.900, os conselheiros da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transporte, que deveriam inspecionar o serviço da Barcas S/A, decidiram em maio não punir a Supervia porque a visita dos fiscais à empresa não tinha sido agendada. (Págs. 1, 17 e editorial "Barcas precisam entrar no rumo")


TV: 'Pais é que decidem o que filhos veem'

O relator José Antonio Toffoli e mais três ministros do STF consideraram que não cabe ao Estado decidir o que as pessoas devem ou não ver na televisão. Pedido de vista adiou decisão. (Págs. 1 e 9)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Lupi acumulou cargos ilegalmente

Ministro recebia salários do Congresso e da Prefeitura do Rio, o que é proibido; ele diz que, se for ilegal, devolverá o dinheiro

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), ocupou simultaneamente, entre dezembro de 2000 e novembro de 2005, cargos de assessor na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio, informam Fernando Mello e Andreza Matais.


Enquanto era assessor-fantasma do PDT em Brasília, como a Folha revelou, Lupi assessorava no Rio o então vereador Sami Jorge (PDT). A lei proíbe o acúmulo remunerado de funções. (Págs. 1 e Poder A4)

Comissão de Ética sugere a Dilma que exonere ministro

A Comissão de Ética Pública recomendou à presidente Dilma a exoneração de Carlos Lupi (Trabalho). A decisão é inédita e torna mais delicada a situação do ministro, alvo de acusações de ilegalidades na pasta.

Dilma deve avaliar o caso hoje e pode decidir trocá-lo interinamente pelo numero 2 do ministério. (Págs. 1 e Poder A6)

Foto-legenda: Antimordida

Químicos, bancários e metalúrgicos do ABC paulista param a marginal da via Anchieta contra a cobrança de IR sobre a participação no lucro das empresas; estudo aponta que arrecadação com o imposto atinge R$ 1,8 bilhão. (Págs. 1 e Mercado B5)


BCs baixam juros para salvar bancos europeus

Seis bancos centrais internacionais anunciaram medida conjunta para aumentar a oferta de dólares no sistema bancário europeu e frear os efeitos da falta de crédito do mercado.

A ação, coordenada pelo Fed (o BC americano) com Reino Unido, Suíça, Canadá, Japão e BC Europeu, reduziu em 0,5 ponto percentual o custo de empréstimos em dólares entre eles. (Págs. 1 e Mundo A14)

Vinícius Torres Freire

Doença é grave, e a contaminação ainda continua. (Págs. 1 e Mercado B4)

Ano letivo ainda não começou em escola de Manaus

Devido a obras em 38 escolas municipais e uma estadual de Manaus (AM), cerca de 23,5 mil alunos iniciaram as aulas de 2011 com ao menos seis meses de atraso. Em uma delas, as aulas ainda nem começaram, e nas mais atrasadas elas só serão normalizadas em 2014.

Para a secretaria municipal, o atraso não trará ônus aos estudantes. (Págs. 1 e Cotidiano C4)

Foto-legenda: Francisca Sena com a filha Ilana, 13, aluna da escola municipal cujas aulas começaram apenas na segunda passada.

Banco Central corta mais 0,5 ponto e taxa cai a 11% no país

Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, que caiu para 11% ao ano. O anúncio reafirma estratégia para conter a inflação e atenuar o impacto da crise externa na economia do país.

A taxa serve de base para instituições financeiras definirem quanto cobram em seus empréstimos. Na prática, o consumidor paga juros reais maiores. (Págs. 1 e Poder A10)

Cotidiano: Divórcio cresce 37% em 2010 e bate recorde, diz o IBGE (Págs. 1 e C8)



Governo britânico fecha embaixada do Irã em Londres (Págs. 1 e Mundo A20)


Editoriais

Leia "Nova medida", sobre a mudança no cálculo do índice oficial de inflação, e "Praias sujas", acerca da poluição no litoral de São Paulo e do Rio. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Comissão de Ética pede a Dilma que demita Lupi

Pela primeira vez, grupo que assessora a Presidência recomenda exoneração de ministro sob suspeita

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República sugeriu ontem a exoneração de Carlos Lupi do cargo de ministro do Trabalho. É a primeira vez que a comissão toma esse tipo de decisão. Lupi é suspeito de irregularidades envolvendo convênios firmados pela pasta com ONGs, muitas delas ligadas a integrantes do PDT, partido do ministro. De acordo com a comissão, casos de cobrança de propina no ministério não foram esclarecidos. Para os conselheiros, Lupi deu explicações insatisfatórias sobre as acusações, e suas respostas ao Congresso e à imprensa foram consideradas "inconvenientes", segundo Sepúlveda Pertence, presidente do órgão. Lupi já estava na lista de ministros que serão trocados na reforma programada para o início do ano que vem, e a recomendação da comissão deve apressar sua saída. (Págs. 1 e Nacional A4)

Negromonte sofre revés

Aliados do governo aprovaram requerimento convidando o ministro Mário Negromonte (Cidades) para depor na Câmara sobre fraude em projeto de transporte para a Copa.
(Págs. 1 e Nacional A4)

Foto-legenda: O terminal

Obras no Terminal Remoto do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, que será inaugurado no dia 20, às vésperas das viagens de fim de ano; a capacidade anual de passageiros passará de 20,5 milhões para 26 milhões. (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)


Para estimular crédito, juro cai e governo fará pacote

O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu ontem o juro básico da economia em 0,5 ponto porcentual, levando a taxa a l1%. A queda foi motivada pela desaceleração da economia, cujos sinais fizeram o governo preparar para os próximos dias medidas para estimular o crédito no País. A Fazenda vai reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de crédito feitas por pessoas físicas. Em abril, o ministério dobrou a alíquota, de 1,5% para 3%, para moderar o consumo. O governo também prepara desonerações tributárias para setores específicos, como fez na crise de 2008. Nessa linha de estímulo, o Conselho Monetário Nacional aprovou nova regra que favorece bancos pequenos e médios nas operações de venda de carteiras de crédito. (Págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)


Acordo entre BCs alivia mercado europeu

O Fed (banco central dos EUA) oferecerá dólares a custo reduzido para que bancos centrais da Europa e do Japão evitem a quebra de instituições financeiras. A medida causou alta nas bolsas e o dólar caiu no Brasil. (Págs. 1 e Economia B8)

Nunca houve tantos divórcios

Em 2010, foram registrados 243.224 divórcios no País, entre processos judiciais e escrituras públicas - 36,8% mais do que no ano anterior, segundo as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo IBGE. O recorde é atribuído à mudança na legislação, que acabou com a necessidade de separação judicial prévia e os prazos para o divórcio. Para a designer Therezinha Prado, 50 anos, que se separou em 2010, só a lei não explica o aumento. “As pessoas estão cada vez mais egoístas", diz. Também cresceu o número de casamentos: foram 977.620 uniões, 4,5% mais do que em 2009. (Págs. 1 e Vida A28)


Total de lares chefiados por crianças dobra

O número de lares brasileiros chefiados por crianças e adolescentes dobrou na última década, informa relatório do Unicef. Hoje, 661 mil casas são chefiadas por jovens entre 15 e 19 anos e outras 113 mil, por meninos e meninas de 10 a 14 anos. (Págs. 1 e Vida A28)


Irã é alvo de retaliação diplomática de europeus (Págs. 1 e Internacional A19)




Brasil reforça pressão contra Síria na ONU (Págs. 1 e Internacional A18)


Acidente apressa plano antivazamento de óleo (Págs. 1 e Vida A30)


Eugênio Bucci

Leitor: cliente ou produto?

O que fica claro é que, se o público não financiar diretamente com seu dinheiro a atividade da imprensa, não teremos jornalismo independente. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)


Veríssimo

Paixões e coerência histórica

Um historiador do futuro terá duas grandes dificuldades para entender o que se passou por aqui: explicar o amor ao Lula e explicar o ódio ao Lula. (Págs. 1 e Caderno 2, D12)


Notas & Informações

Pronto-socorro para os bancos

As autoridades monetárias têm coordenado suas ações mais prontamente que os governos. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Comissão da Presidência pede a demissão de Lupi

Integrantes do Conselho de Ética Pública recomendam à presidente Dilma Rousseff que exonere o ministro do Trabalho. Por unanimidade, eles consideraram insatisfatórias as explicações do pedetista sobre as denúncias de corrupção. (Págs. 1 e 2)


Jovens e miseráveis

Cresce no Brasil o número de crianças vivendo em famílias muito pobres. (Págs. 1 e 8)


Tecnologia da CIA com espiões do Senado

A polícia legislativa tem o mesmo programa de cruzamento de dados usado pela central de inteligência dos EUA e por outras agências de espionagem do mundo. O software custa R$ 96 mil por ano aos cofres do Congresso. (Págs. 1 e 4)


Bebês do DF protegidos contra a AIDS

No Dia Mundial de luta contra a doença, uma boa notícia: a diagnóstico precoce do HIV impediu que 60% das gestantes contaminadas transmitissem o vírus. (Págs. 1, 26 e Visão do Correio, 18)


A cada três casamentos, um divórcio

Dados do IBGE de 2010 revelam que o número de separações e maior do que no ano anterior. Além disso, os casais ficam juntos por menos tempo. No DF, a duração dos relacionamentos é menor do que a média nacional. (Págs. 1 e 10)


Natal terá crédito mais farto

O governo vai aumentar a oferta de dinheiro e incentivar o consumo. Um dos instrumentos poderá ser a redução da alíquota do imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3% para 1,5%. O Banco Central derrubou a taxa de juros para 11% ao ano. (Págs. 1 e 11 a 13)


Crise Global: Ação de bancos centrais para evitar quebradeira geral eleva bolsas (Págs. 1 e 14 a 16)



Nações europeias se unem e aumentam ameaça ao Irã. A briga deve piorar (Págs. 1 e 20)


Tragédias e mortes: a sina da BR-020

Nos primeiros sete meses do ano, 20 pessoas perderam a vida na rodovia. Ontem, mais três morreram após o carro em que viajavam bater de frente em dois veículos, entre eles um caminhão. (Págs. 1 e 27)

Foto-legenda: A hora do PAS

Ângelo, Carolina e Bruna fazem neste fim de semana as provas do Programa de Avaliação Seriada da UnB, mas já reduziram o ritmo dos estudos. A ordem é relaxar e se concentrar no conteúdo aprendido nas aulas. Este ano haverá mudanças na distribuição das questões na avaliação. (Págs. 1 e 29)

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Valor Econômico


Manchete: Crise do euro se agrava e BCs agem para dar liquidez a bancos europeus

Diante dos sinais evidentes de asfixia do crédito para os bancos europeus e de elevação drástica dos riscos globais, os bancos centrais da Europa, Japão, Suíça, Inglaterra e Canadá, sob liderança do Federal Reserve americano, agiram para garantir liquidez em dólares na Europa. As bolsas reagiram com altas expressivas - 4,98% em Frankfurt, 4,24% em Nova York, 2,85% em São Paulo -, embora a ação dos bancos centrais, a mesma tomada alguns meses antes da falência do banco de investimentos Lehman Brothers, indique que o nível de tensão nos mercados financeiros se aproxima do insuportável.

O Fed vai sustentar novamente o fluxo de dólares aos bancos do outro lado do Atlântico, que perderam a confiança e os recursos dos mercados de curto prazo americanos. Com o Banco Central Europeu garantindo empréstimos de liquidez cada vez maiores - € 265,5 bilhões nesta semana - o perigo no curto prazo eram as linhas em dólar, raras e de custo recorde para os bancos europeus. A ação preventiva buscou evitar quebras, ampliando o crédito em dólares, ao que tudo indica, sem limites - não há montantes previamente determinados - e reduzindo custos e garantias. (Págs. 1, C1, C2 e C8)

Entraves à mineração no país

São muitos os percalços burocráticos das empresas interessadas em investir em mineração no Brasil, como fica claro em auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As investigações feitas nas regionais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autarquia responsável pelo planejamento, concessão e fiscalização do setor, mostram uma situação crítica.

Os problemas começam com a incapacidade do órgão em administrar os pedidos de pesquisas minerais. No DNPM de Minas Gerais, até abril, havia uma fila de 3,8 mil relatórios finais de pesquisa aguardando análise técnica. Entre eles, mais de cem esperam parecer há mais de dez anos. A concessão de lavra, autorização para o aproveitamento industrial da jazida, também enfrenta dificuldades. (Págs. 1 e A4)

Eles vendem vento no Nordeste

Centenas de famílias do Sertão Nordestino, castigadas pelo clima e pelo duro trabalho na roça, começam a receber uma renda elevada - para os padrões da região - com o aluguel de terrenos de suas terras para empresas geradoras de energia eólica. Normalmente desconfiados, esses agricultores se transformaram numa espécie de vendedores de vento.

Mais de 150 mil hectares estão sendo ou já foram arrendados. Juntas, essas áreas vão abrigar cerca de quatro mil torres eólicas, com capacidade para gerar 5.400 megawatts. Cada uma delas renderá entre R$ 5 mil e R$ 8 mil por ano aos proprietários dos terrenos, que assinam contratos de 25 a 35 anos. (Págs. 1 e B8)


Fundos de estatais terão de trocar LFTs

Em 90 dias, os fundos extramercados pertencentes a estatais e autarquias federais terão de se desfazer das aplicações em títulos vinculados à taxa Selic e migrar para papéis prefixados, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). A operação será coordenada pelo Tesouro e serão feitos leilões primários específicos para a troca de R$ 61,4 bilhões em Letras Financeiras do Tesouro (LFT). O principal objetivo do governo é provocar uma mudança expressiva na composição da dívida pública no primeiro trimestre de 2012. Esses fundos também foram autorizados a aplicar seus recursos na Caixa Econômica Federal, além do Banco do Brasil. (Págs. 1 e C12)


'Efeito POF' na inflação só em janeiro

O IBGE considera prematuro o debate sobre as novas ponderações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a partir dos dados divulgados segunda-feira com base na Pesquisa Nacional de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009. "A queda ou elevação exata só será conhecida em janeiro de 2012", disse Eulina Nunes, coordenadora de índices de preços do IBGE. Os dados mostram um retrato de janeiro de 2009, mas para iniciar a série baseada neles será preciso atualizar cada item ou subitem com suas respectivas variações de preços entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2011. (Págs. 1 e A3)


Haiti tenta se mostrar viável para atrair investimentos

País mais pobre das Américas e ainda com as marcas do terremoto que o devastou em janeiro do ano passado, o Haiti prepara seu passo mais ousado: convencer o mundo de que está reaberto para os negócios e que, a despeito do histórico de conflitos políticos e sociais, pode ser uma economia viável. Nos últimos dois dias, mais de mil empresários discutiram oportunidades de negócios em Porto Príncipe, capital do país. "Achei que ia encontrar pessoas arrasadas pela tragédia", disse Wilson Quintella, da Estre, empresa brasileira de gerenciamento de resíduos. "Eles estão com a cabeça erguida". O grande atrativo é a isenção para exportação de confecções aos EUA. (Págs. 1 e A16)


Reação ao vazamento foi um exagero, segundo a Chevron

A Chevron, impedida de perfurar mais poços no Brasil e sob investigação criminal pelo vazamento de petróleo na costa do Rio de Janeiro, acusa as autoridades de reagir de maneira exagerada e "intrigante", e sugere que o clima operacional para as grandes petrolíferas está ficando mais hostil no país.

"Nunca vi um vazamento tão pequeno gerar tamanha reação", disse Ali Moshiri, que comanda as operações da Chevron na América Latina e África. Para ele, essa reação cria a falsa expectativa de que a investida do país em águas ultraprofundas será livre de acidentes. "Se alguém acha que esse tipo de coisa não vai se repetir, gostaria de conversar com ele". (Págs. 1 e A2)

Copom corta juros em 0,5 ponto percentual, para 11% ao ano (Págs. 1 e C12)


Dimension na nuvem

Há quatro anos no Brasil, a sul-africana Dimension Data, empresa de serviços de tecnologia da informação (TI), cria uma unidade de negócios local voltada exclusivamente a projetos empresariais de computação em nuvem. (Págs. 1 e B2)


Brinde garantido

Grandes supermercados e redes especializadas em bebidas preveem vendas até 30% maiores neste fim de ano do que no mesmo período de 2010, graças ao aumento da renda e ao crescimento do mercado de vinhos no país. (Págs. 1 e B4)


Arbitragem

Consolidada do ponto de vista jurídico e bem recebida pelas empresas, a Lei da Arbitragem brasileira completa 15 anos e firma-se como canal alternativo para a superação de conflitos entre companhias envolvidas em negócios complexos e de valores elevados. (Págs. 1 e Suplemento Especial)

Competitividade ameaçada

O presidente mundial da Nissan e da Renault, Carlos Ghosn, prevê o deslocamento das linhas de produção de veículos do Japão para outros países caso a valorização da moeda local não seja contida. (Págs. 1 e B9)


Veremonte deixa gestão da Vanguarda

O Grupo Veremonte, controlado par Enrique Bañuelos, deixou a gestão da Vanguarda Agro, formada pela união da Brasil Ecodiesel com ativos dos grupos Maeda eVanguarda, de Otaviano Pivetta. (Págs. 1 e B12)

Ideias

Roberto Luis Troster

Em 2012, o foco tem de ser eficiência e inovação. Keynes sai de cena e entra Schumpeter como ator principal.
(Págs. 1 e A10)


Ideias

Alexandre Schwartsman

Só a intervenção divina ou uma crise bem mais séria fariam a inflação retornar à meta em 2012. (Págs. 1 e A11)

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