PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, julho 31, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] ``AQUELE ABRAÇO...``


EIKE BATISTA [In:] OS ''Xs'' DA QUESTÃO...

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Eike lança ação sem informar sobre pendência jurídica

O grupo EBX, do bilionário Eike Batista, listou na Bolsa nesta semana ações da empresa LLX Logística sem deter os direitos sobre o terreno onde pretende erguer o Porto Brasil, empreendimento central da empresa, orçado em R$ 6 bilhões. Os novos acionistas minoritários não foram informados das pendências jurídicas em torno da propriedade, de cerca de 20 milhões de metros quadrados em Peruíbe (SP).
Pelas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e do Novo Mercado da Bolsa de São Paulo, no qual as ações estão registradas, a empresa deveria ter divulgado a informação por ser dado que pode afetar a cotação dos papéis e a decisão dos investidores "de comprar, vender ou manter aqueles valores mobiliários".A LLX diz que seguiu todas as regras e boas práticas de mercado, acrescentando que as ressalvas sobre litígios envolvendo as terras onde pretende construir os portos foram feitas no IAN (documento de informações anuais) da MMX.
A LLX é um desmembramento da empresa de mineração MMX. No mês passado, a Polícia Federal apontou supostas irregularidades da MMX no processo de licitação de uma ferrovia no Amapá. Os acionistas da MMX passaram a deter também ações da LLX, que já tiveram R$ 92,2 milhões negociados até ontem.Nos comunicados aos investidores, a LLX nunca fez menção à disputa pelo terreno, que remonta aos idos de 1850. Em 2 de julho, a empresa disse só que o processo de licenciamento ambiental da área (são três terrenos) corre regularmente.Num estudo de mercado de 12 de junho, disse que a LLX "possui acordo firmado com o Espólio de Leão Novaes, pelo qual a empresa receberá uma escritura de cessão de direitos hereditários". Mas um outro grupo, a Sincal (Sociedade Industrial e Comercial Ltda.), reclama a terra e os direitos de uso da área e diz que a LLX nunca os procurou, apesar de ter sido informada da disputa. Na Secretaria de Patrimônio Público da União consta a Sincal como ocupante dos terrenos. A própria LLX admite que o litígio não foi resolvido."O espólio encaminhou, em outubro de 2007, pedido de restabelecimento da inscrição em seu nome à SPU, baseada na legislação e em sentenças judiciais decididas já em última instância, demonstrando que tal inscrição havia sido indevidamente cancelada no passado. Esse pedido é objeto de um processo administrativo que está em curso na SPU e até o momento não foi analisado", disse a empresa à Folha. Os advogados que defendem a Sincal alegam que os terrenos pertencem à empresa de acordo com o Registro Paroquial n.º 4 de 11 de julho de 1854. Segundo eles, o espólio de Leão Benedito Novaes detém um registro posterior ao da Sincal, de 1856. Portanto, dizem os advogados da Sincal, a LLX estaria negociando a compra dos terrenos com as pessoas erradas.No dia 20 de junho, os advogados da Sincal encaminharam uma certidão de notificação à LLX informando sobre os documentos que alegam comprovar a posse dos terrenos. Três meses antes, no dia 26 de março, os advogados da Sincal também encaminharam requerimento à SPU solicitando que fossem confirmados os direitos de uso da empresa. Até ontem, a SPU mantinha os terrenos em nome da Sincal.
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LEONARDO SOUZA
Folha. DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

MINISTÉRIO PÚBLICO: JUCÁ. [Apenas mais um...]

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Os senadores já dispõem de assunto para quando retornarem do recesso parlamentar.

Deve-se ao procurador-geral Antonio Fernando de Souza o fornecimento da matéria-prima.

Ele denunciou o líder de Lula no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), perante o STF.

Acusa-o da prática de crimes contra o sistema financeiro. Coisa antiga, ocorrida entre 94 e 96.

O processo corre em segredo de Justiça. Sabe-se, porém, que trata de empréstimos contraídos pelo senador junto ao Banco da Amazônia.

Em valores da época, a conta alça à casa dos R$ 3,5 milhões. Dinheiro público, injetado em empresa micada.

A firma chamava-se Frangonorte. Tinha Jucá como sócio
. O caso ganhou as manchetes na época em que o senador foi nomeado ministro da Previdência de Lula.

Acossado por esta e por outras denúncias, Jucá viu-se compelido a desembarcar da Esplanada.

Migrou do escândalo para o posto de líder de Lula na Câmara Alta.

É improvável que a denúncia do Ministério Público leve o Planalto a substituir Jucá.

O senador é dotado de cintura roliça. Sob FHC, desempenhara as funções de vice-líder.

Hoje, ele é PMDB. Ontem era tucano de carteirinha. Graças à sua mobilidade, Jucá é protagonista de uma piada recorrente em Brasília.

Diz-se que ainda não é possível saber quem será o próximo presidente da República.

Mas algo se pode dizer sem medo de errar: Jucá será o líder do novo governo no Legislativo.
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Escrito por Josias de Souza
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2008-07-27_2008-08-02.html#2008_07-31_03_19_43-10045644-0

STF & 'HABEAS CORPUS' [In:] ``NO STRESS``

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De volta das férias, o presidente do STF, Gilmar Mendes, deferiu pedido de habeas corpus em favor de dois deputados estaduais de Alagoas.
O primeiro se chama Antonio Ribeiro de Albuquerque. O outro, Cícero Ferro. A dupla é acusada de homicídio.
Presidente da assembléia alagoana, Antonio Ribeiro foi arrancado da cadeira por decisão do Tribunal de Justiça do Estado.
O mesmo tribunal determinou o afastamento do colega Cícero Ferro.
Os dois não são os únicos deputados encrencados na assembléia. Longe disso.
A casa abriga acusados de práticas que vão do tradicional desvio de verbas públicas ao furto, passando pelo homicídio.
Dos 27 parlamentares alagoanos, onze já amargaram indiciamento da Polícia Federal.
Nos casos de Antonio Ribeiro e Cícero Ferro, Gilmar Mendes esquivou-se de “adentrar o exame da discussão sobre a existência ou não de elementos que justifiquem a prisão temporária.”
O ministro considerou que o o magistrado que mandara prender, um juiz estadual, não tinha competência para fazê-lo.
Configurou-se, no dizer de Gilmar Mendes, “flagrante constrangimento ilegal.” Daí a concessão do habeas corpus.
Decisão tomada na noite de terça (29). Mas só divulgada nesta quarta (30).
PS.: Divulgou-se também nesta quarta (30) decisão do Supremo sobre um outro pedido de habeas corpus.
Despacho de 22 de julho. Dia em que Gilmar Mendes ainda se encontrava em férias.
Respondia pelo plantão do STF o colega Cezar Peluso. Foi-lhe à mesa pedido de liberdade do empresário Ricardo Luiz Paranhos.
Foi em cana há na Operação Telhado de Vidro. É acusado de desviar verbas sociais dos programas de Saúde da Família e de Erradicação do Trabalho Infantil.

Peluzo i-n-d-e-f-e-r-i-u o pedido. Manteve o suspeito, preso há 130 dias, atrás das grades. Até segunda ordem.
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Escrito por Josias de Souza, FOLHA.

RODADA DOHA: DIPLOMACIA, DIPLOMATAS & FRACASSOS

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O Brasil pós-Doha

O governo brasileiro terá de reformular sua diplomacia comercial depois de mais um fiasco, talvez definitivo, da Rodada Doha. Anunciado o fracasso da reunião ministerial de Genebra, o chanceler Celso Amorim falou em mudança de rumos. "A Organização Mundial do Comércio (OMC) era a prioridade, mas agora vamos ter de nos concentrar em coisas que dão resultados." Acordos bilaterais devem ir para o topo da agenda e um dos primeiros objetivos será, provavelmente, o reinício das conversações entre Mercosul e União Européia. O ministro também não descarta a hipótese de negociações com os Estados Unidos, interrompidas quando os governos brasileiro e argentino torpedearam o projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A prioridade concedida à OMC era compreensível. A negociação global era o melhor cenário para a discussão de temas como a eliminação de subsídios à agricultura. Além disso, a rodada poderia estabelecer uma base equilibrada para acordos bilaterais e regionais. Enfim, há excelentes motivos para se buscar a consolidação de uma ordem multilateral, com regras válidas para todos. Mesmo um acordo com ambições moderadas poderia ter proporcionado ganhos em todas essas áreas. Perdeu-se uma grande oportunidade e não se sabe quando se poderá retomar, e a partir de que base, uma negociação multilateral. Outros países também deram prioridade à rodada, mas não deixaram de celebrar acordos bilaterais com grande número de parceiros. Coisas que dão resultados, sobre as quais Amorim poderia ter-se debruçado sem prejuízo da sua atuação na OMC. Sem esperar o fim da rodada, o governo dos Estados Unidos buscou entendimentos com países centro e sul-americanos. Foi a sua reação ao fracasso da Alca. Chile e México tomaram rumo semelhante, negociando pactos comerciais com a União Européia e com outros mercados. Movimento parecido vem ocorrendo, há anos, na área do Pacífico. O Brasil, portanto, está simplesmente atrasado, não por ter dado prioridade à OMC, mas por haver negligenciado as oportunidades de acordos com o bloco europeu e os Estados Unidos. A aproximação com os grandes emergentes, como China, Índia e México, não rendeu nenhum acordo de livre-comércio, porque Brasil e Mercosul não estavam no alto da agenda desses países. O comércio cresceu muito, em alguns casos, mas teria crescido mesmo sem o carnaval diplomático promovido pelo governo petista. Basta consultar as estatísticas para identificar as tendências. O fiasco da rodada comprovou de novo o caráter fantasioso da estratégia Sul-Sul adotada pelo Itamaraty. A intransigência americana pode ter contribuído para o impasse final, mas do outro lado do cabo-de-guerra estavam os negociadores indiano e chinês, empenhados em promover o protecionismo agrícola em seus países. China e Índia integraram desde o início o Grupo dos 20 (G-20), criado em 2003, por iniciativa brasileira, para combater a política agrícola do mundo rico. O G-20 cumpriu seu papel durante algum tempo, mas sua limitação logo ficou clara. Alguns de seus integrantes, como Índia e China, faziam campanha, com o Brasil, contra as subvenções e as barreiras americanas e européias, mas não estavam dispostos a enfrentar a concorrência dos produtores eficientes no mercado agrícola. Se a proposta defendida em Genebra pelos dois países fosse aceita, seus mercados seriam facilmente fechados ao Brasil. No esforço final para tentar um acordo, o ministro Celso Amorim negociou concessões na área industrial consideradas inaceitáveis pelo governo argentino. Com um esforço de acomodação, essa iniciativa poderia ter dado certo, se o impasse entre Estados Unidos, China e Índia a respeito de salvaguardas especiais para a agricultura não houvesse levado a reunião ao fracasso. Mas o episódio mostrou também, de novo, a dificuldade dos sócios do Mercosul para negociar em bloco. Essa dificuldade reaparecerá, se forem retomadas as discussões com a União Européia. A boa novidade foi a disposição do chanceler Amorim de se descolar do Mercosul e de batalhar pela conclusão de um acordo interessante para o Brasil, sem se deixar amarrar pelos parceiros de bloco ou de alianças "estratégicas", que foram um dos pilares da política externa petista. Se essa disposição for mantida, talvez possa haver de fato a indispensável revisão da diplomacia comercial do País.
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080731/not_imp214831,0.php

LULA & GOVERNO LULA: NAVEGAR É PRECISO... pescar?

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De passagem por Salvador, na quarta (29), Lula anunciara a elevação do status da secretaria da Pesca.

Nesta quinta (30), foi ao "Diário Oficial da União" a nova denominação do órgão: "ministério."

Deu-se por meio de uma medida provisória. No meio do texto, injetou-se um “contrabando” inesperado.

Criaram-se, junto com a nova pasta, 297 cargos e gratificações. A maioria -150- vai para a Pesca
.

O resto, foi distribuído assim:

1. Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência: 66 novos cargos e 27 gratificações;

2. Ministério da Fazenda: 12 cargos;

3. Ministério da Integração Nacional: 16 cargos;

4. Ministério da Saúde: 9 cargos, incluindo uma nova secretaria;

5. Ministério da Indústria e Comércio: 8 cargos;

6. Banco Central (Até tu?!?): 8 cargos;

7. Gabinete de Segurança Institucional da Presidência: 1 nova secretaria.

São cargos de confiança. As nomeações serão feitas sem a realização de concursos públicos.

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), mobilizou os técnicos do partido para calcular o custo da MP.

Representará um gasto adicional de cerca de R$ 14 milhões por ano. Antes disso, as despesas com pessoal já apontavam para o alto.

Só no primeiro semestre de 2008, a folha de salários da União subiu 7,7%: R$ 59,6 bilhões entre janeiro e junho.

A cifra não inclui os reajustes salariais já concedidos pelo ministério do Planajemento a uma série de categorias.

A engorda dos contracheques rema na contramaré do esforço do Banco Central para segurar a inflação.

Adotada como remédio para frear a demanda, a subida de juros não se faz acompanhar de uma contenção nos gastos públicos.

O crescimento das despesas globais da União (9,8% entre janeiro e junho) escora-se no estupendo desempenho da Receita Federal.

Mesmo sem a CPMF, o fisco foi buscar no bolso das pessoas físicas e na caixa registradora das empresas R$ 281,7 bilhões até o sexto mês de 2008. (16,7% a mais do que no ano passado).

A oposição grita, esperneia, promete erguer barricadas no Congresso contra a medida provisória dos novos cargos.

Mas fica nisso. Na Câmara, Lula dispõe de maioria folgada
. No Senado, a maioria é apertada.

Mas, também ali, o governo vem conseguindo saltar os obstáculos que conduzem às arcas do Tesouro.
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Escrito por Josias de Souza - Folha online, 3107.

PF/URNA ELETRÔNICA: NADA QUE UM ''JOGO DE CAMISA'' NÃO RESOLVA...

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Prefeitos presos em operações da Polícia Federal disputam reeleição


Nem o fato de terem sido presos pela Polícia Federal fez com que ao menos 28 prefeitos desistissem de tentar a reeleição neste ano. Eles representam 60% dos prefeitos detidos em operações da Polícia Federal pelo país desde 2005.
Presos em ações de repercussão nacional, como a Pasárgada e a Rapina, os políticos foram acusados de desvios de verbas, sobretudo da União. A maioria desses prefeitos foi solta poucos dias depois da prisão.
Na Operação Gabiru, contra desvios de recursos da merenda escolar, oito prefeitos de Alagoas foram detidos em 2005 e só um não tenta se reeleger --ele está no segundo mandato.
Os 47 prefeitos presos nas operações deflagradas desde 2005 administram cidades pequenas, em geral pouco desenvolvidas, do Nordeste e de Minas Gerais. Os municípios têm em média 24 mil habitantes e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,602 --o indicador do Brasil é de 0,800.
O PTB é o partido com mais membros entre os 28 candidatos à reeleição: cinco. Ao menos 11 prefeitos estão no segundo mandato.
A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) defende que sejam impedidas candidaturas de políticos com "ficha suja", como réus por estelionato e desvio de verbas.
Prefeituras ouvidas pela Folha argumentam que as prisões feitas pela PF pouco devem influir no resultado do pleito.
É o caso de São José da Laje (AL), onde o secretário municipal de Governo, Claudionor Brito, diz que o prefeito Paulo Araújo (PTB), preso na Gabiru, não será prejudicado na campanha. "Os adversários dele também respondem processo."
Em Ervália (MG), a chefe de gabinete da prefeitura, Suely Assis, diz que a prisão do prefeito Edson Rezende (DEM) neste ano, "deu força" à campanha. "[O pessoal] está revoltado. Agora querem votar mais nele."
Rezende foi preso em abril na Operação Pasárgada, que apurou desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios, repassado pela União. O prejuízo foi estimado em R$ 200 milhões, em três anos. O inquérito não foi concluído.
Lentidão
Todas as sete investigações que culminaram nas prisões de prefeitos pela PF nesta legislatura estão longe de ter desfechos na Justiça até agora.
A operação em estado mais avançado é a Gabiru. Em maio, três anos após as prisões pela PF, o TRF-5 (Tribunal Regional Federal) da 5ª Região aceitou denúncia contra os prefeitos de Alagoas. O processo está em segredo de Justiça e os nomes dos réus não foram divulgados.
O inquérito da Operação Rapina, deflagrada em 2006 contra desvio de verbas públicas em prefeituras do Maranhão, foi concluído em junho.
A PF afirmou que aguarda um avião da Aeronáutica para encaminhar ao TRF em Brasília uma tonelada de documentos apreendida. O delegado Pedro Lopes, responsável pelo inquérito, afirmou que as denúncias devem ser oferecidas neste mês e que "a prova de desvio está muito bem caracterizada".
As operações Fox e Alcaides, que prenderam 11 prefeitos em 2006, não resultaram ainda em denúncia contra os indiciados. Na Fox, foram presos suspeitos de participação em fraudes de licitações e desvio de verbas federais para saúde e educação.
Na Alcaides, a PF apurou desvio de recursos federais repassados a oito prefeituras pernambucanas. Um dos presos, o prefeito Otaviano Martins (PSDB), de Manari, tenta reeleição. Estima-se prejuízo de R$ 4 milhões no município, que possui o menor IDH do país.
O delegado Carlos Henrique D'ângelo, que atuou na Operação Gabiru, afirmou que a estrutura dos tribunais regionais atrasa os processos. "O denunciado tem direito a oito testemunhas de defesa. A acusação tem oito para cada."
A Folha não conseguiu informações na Justiça Eleitoral sobre a situação de um dos 47 prefeitos presos nas operações.
Outro lado
As administrações municipais que tiveram prefeitos presos pela PF nos últimos quatro anos negaram que tenham cometido irregularidades.
Em Pedro Alexandre (BA), o prefeito Salorylton de Oliveira (PSDB) disse que as suspeitas levantadas pela Operação Fox, de 2006, são "relativas à gestão anterior" e não devem afetar a sua campanha.
Prefeituras mencionadas na Operação Pasárgada, como a de Conselheiro Lafaiete (MG), responsabilizaram por eventuais irregularidades escritórios de advocacia contratados para pedir na Justiça aumentos nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios.
O prefeito de Vespasiano (MG), Ademar Silva (PSDB), diz que o contrato entre os advogados que cuidaram das ações e a prefeitura foi rompido e o dinheiro devolvido. Em Minas Novas (MG), a prefeitura informou, via assessoria, que o prefeito José Henrique (PR) acredita que provará a sua inocência no decorrer das investigações, mas não comentaria detalhes do caso.
Em Ervália (MG), a chefia de gabinete informou que o prefeito vai processar a União por conta da prisão. Segundo a administração municipal, ele passou de "suspeito a testemunha" no inquérito. O mesmo argumento foi usado pelo prefeito de Itabela (BA), Paulo Ernesto Silva (PR).
Envolvidos na Operação Gabiru, os prefeitos de São Luís do Quitunde e Porto Calvo (AL), por meio do advogado José Fragoso Cavalcanti, negaram participação no esquema de desvio de verbas de merenda.
Em São José da Laje (AL), a Secretaria de Governo também descartou a suspeita de apropriação de recursos públicos.
A defesa de Iara Quaresma (PDT), prefeita de Nina Rodrigues (MA), afirmou que ela foi presa na Operação Rapina "injustamente, arbitrariamente e ilegalmente".
Entre quarta e sexta-feira da semana passada, a Folha contatou todas as outras administrações municipais em que prefeitos vão tentar a reeleição, mas elas não ligaram de volta ou ninguém foi encontrado para comentar o caso.
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CÍNTIA ACAYABA
SÍLVIA FREIRE
RENATA BAPTISTA
FELIPE BÄCHTOLD
da Agência Folha

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

31 de julho de 2008

O Globo
Esquema cobrava R$ 200 mil para furar fila de transplante
Ex-coordenador do programa Rio Transplante, o cirurgião Joaquim Ribeiro Filho foi preso ontem, em casa, por policiais federais que deflagraram a Operação Fura-Fila. Ele é acusado de receber R$ 200 mil para desviar um fígado. Além dele, outros quatro médicos de sua equipe foram denunciados pelo Ministério Público Federal por tráfico de influência, peculato e enriquecimento ilícito. Os agentes apreenderam documentos no consultório e na casa de Ribeiro. O esquema, segundo o superintendente da PF do Rio, Valdinho Jacinto Caetano, consistia em atestar que o órgão era inadequado para o primeiro da fila e, em seguida, transferi-lo para outra pessoa. As investigações começaram após uma série de reportagens do Globo, em 2003. (págs. 1 e 14)
Receita terá “leoa” pela 1ª vez na chefia
Pela primeira vez, a Receita Federal será comandada por uma mulher, a superintendente da 4ª região fiscal (PB, RN, PE e AL), Lina Maria Vieira, informa Ancelmo Góis. O economista Jorge Rachid já negociou a sua saída do cargo. (págs. 1, 18 e 19)
Amorim: “Que não precise outro 11/9”
A Rodada de Doha só poderá ser retomada rapidamente se o pior acontecer, disse o chanceler Celso Amorim: “Deus queira que não seja preciso outro 11 de setembro.” A rodada foi lançada dois meses após os ataques. (págs. 1, 23 a 27)
Aquele abraço
Após longo período de férias e licença, no qual se dedicou a mais uma turnê internacional, o cantor e compositor Gilberto Gil finalmente convenceu o presidente Lula a oficializar sua saída do cargo de ministro da Cultura. Recorrendo a versos de “Refazenda”, Gil se despediu já com ar de saudades do governo: “Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão. O governo Lula teve a capacidade de fazer o país compreender o processo da transmutação da vida. É uma música que eu cederia com jingle.” Foi o terceiro pedido de demissão de Gil, um dos poucos remanescentes da primeira equipe de Lula. O ex-ministro disse não se incomodar com as críticas, e reconheceu a frustração com o pequeno orçamento da pasta. O atual secretário-executivo da Cultura, Juca Ferreira, assumirá o posto. (págs. 1 e 13)
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Folha de S. Paulo
Gilberto Gil troca governo pela carreira após 5 anos
O ministro da Cultura Gilberto Gil, anunciou sua saída do governo após reunião com o presidente Lula. Dizendo ter “cumprido um ciclo”, Gil afirmou que seu substituto será o secretário-executivo da pasta, Juca Ferreira, o que o Planalto não confirmou oficialmente. O compositor disse temer que o equilíbrio entre artista e ministro ficasse “crítico”. Em cinco anos, foi a terceira vez que ele pediu para sair. “Disse a Lula que estava 2 a 0 para ele. Hoje, fiz um gol”, declarou Gil, acusado de, pela carreira, deixar o governo em segundo plano. No Rio, antes da reunião com Lula, ele disse que a gestão anterior da Comissão de Ética Pública era “mais tolerante” quanto à sua situação. O presidente da comissão Sepúlveda Pertence não quis opinar. Para críticos de Gil, Ferreira, já chefiava o ministério de fato. (págs. 1 e Brasil)
Artigo: Luiz Fernando Vianna
Sair antes teria sido melhor para biografia. (págs. 1 e A6)
Amorim diz que não quis ficar 'refém' da Argentina
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse que o Brasil não poderia “ficar totalmente refém” da posição da Argentina na Rodada de Doha de liberalização comercial. Anteontem, após nove dias de debates, os envolvidos reconheceram o fracasso das negociações. Segundo Amorim, a divergência com a Argentina foi “difícil”, mas necessária e as resistências a um acordo seriam resolvidas no Mercosul. Em Buenos Aires a partir de domingo, o presidente Lula sondará os vizinhos sobre a retomada de negociações Mercosul-EUA. (págs. 1 e B3)
Setor público tem maior gasto com juros desde 91
Os gastos do setor público (União, Estados , municípios e estatais) com juros de suas dívidas cresceram 11,6% no primeiro semestre do ano e chegaram a R$88,026 bilhões, maior valor registrado desde 1991, quando a estatística começou a ser calculada pelo Banco Central. Parte da alta se explica pelo impacto que a inflação tem sobre o endividamento, além do prejuízo do BC em operações com dólar. O aperto fiscal também bateu recorde no semestre, com resultado 20% maior que o registrado no mesmo período de 2007. O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse que o Brasil não poderia “ficar totalmente ‘refém’” da posição da Argentina na Rodada Doha de liberalização comercial. Anteontem, após nove dias de debates, os envolvidos reconheceram o fracasso das negociações. Segundo Amorim, a divergência com a Argentina foi “difícil”, mas necessária, e as resistências a um acordo seriam resolvidas no Mercosul. Em Buenos Aires a partir de domingo, o presidente Lula sondará os vizinhos sobre a retomada de negociações Mercosul-EUA. (págs. 1 e B3)
Cancelamento de serviço por SAC leva até uma hora
Em teste da Folha com Serviços de Atendimento ao Consumidor, foi impossível o cancelamento de linha telefônica; cancelar TV a cabo levou 27 minutos e celular 57. O governo quer que o tempo entre a ligação e o atendimento não passe de dois minutos. (págs. 1 e C11)
Rachid deixa Secretaria da Receita Federal
Após cinco anos no cargo, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, decidiu se afastar do governo e anuncia hoje sua saída informa Guilherme Barros. Lina Maria Vieira, atual superintendente da Receita em Pernambuco, assumirá o cargo. (págs. 1 e B2)
Médico acusado de fraudar lista de transplantes é preso pela PF
A Polícia Federal prendeu o médico Joaquim Ribeiro, ex-chefe da central de transplantes do Rio, sob a acusação de manipular a lista de transplantes de fígado do Estado e desviar órgãos para fazer cirurgias em clínicas particulares, ao custo de até R$250 mil cada uma. Ribeiro e quatro médicos de sua equipe foram denunciados. Para a PF, pelo menos dois transplantes foram feitos burlando a fila. A defesa do médico nega e alega perseguição política. (págs. 1 e C1)
Editoriais
Leia "Fracasso em Genebra", sobre negociação comercial frustrada na Suíça e "Satisfação ao usuário". (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Itamaraty teme aumento dos subsídios agrícolas nos EUA
O Itamaraty teme que os Estados Unidos aumentem os subsídios agrícolas em conseqüência do fracasso das negociações da chamada Rodada de Doha. Sem a definição de novas regras para o comércio mundial, a Casa Branca fica livre para reforçar o apoio financeiro que dá aos fazendeiros americanos, o que prejudica os produtores brasileiros empenhados em ampliar as exportações. A preocupação aumenta porque o Congresso americano acaba de aprovar uma lei que garante a manutenção de subsídios agrícolas bilionários. “Teremos de abrir disputas legais contra esses subsídios”, disse o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. Ele confirmou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a sobretaxa que o etanol sofre para entrar no mercado americano. (págs. 1, B1 e B6)
Claro que me sinto frustrado
Celso Amorim foi um dos protagonistas das negociações da Rodada de Doha e admite, em entrevista ao Estado, sua decepção com a falta de acordo: “Claro que me sinto frustrado. Coloquei o máximo esforço nisso.” Ele avalia, porém, que fica uma “base importante” para negociações futuras. (págs. 1 e B3)
Aliviado, Gil deixa ministério
"No governo a gente sufoca um pouco a inspiração", ele diz. (págs. 1 e A8)
Secretaria de Pesca amplia 10 vezes o 'bolsa anzol'
Em cinco anos e meio de existência, a Secretaria Especial de Aq6uicultura e Pesca não conseguiu ampliar a produção do setor, mas tem servido como braço das políticas sociais do governo Lula: o gasto com o seguro desemprego de pescadores artesanais cresceu 10 vezes. Espécie de “bolsa anzol”, a despesa anual com o seguro passou de R$62 milhões para R$ 649 milhões. Hoje, quase 400 mil pescadores recebem um salário mínimo durante o período de proibição da pesca. (págs. 1 e A9)
Recorde de receita garante economia nas contas públicas
As contas do setor público fecharam o primeiro semestre de 2008 com uma economia recorde de R$860116 bilhões, equivalentes a 6,19% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor refere-se ao resultado primário – diferença entre receitas e despesas, exceto juros. O resultado, o melhor da série do Banco Central (BC), que começou a ser apurado em 1991, foi impulsionado pela arrecadação recorde do governo federal. (págs. 1 e B7) Números: R$ 88,026 bilhões foi o total gasto pelo governo com juros da dívida pública no primeiro semestre, um recorde.
Call centers têm 120 dias para se adaptar à nova lei
Decreto que será assinado hoje pelo presidente Lula imporá novas regras para o funcionamento dos call centers, alvos constantes de reclamações de usuários. A nova legislação, que entrará em vigor em dezembro, terá medidas como opção de cancelamento imediato de serviço e prazo de cinco dias úteis para resposta de demanda. (págs. 1 e B16)
Médico é preso por fraude na fila de transplantes
O médico Joaquim Ribeiro Filho, ex-coordenador do rio Transplantes e ex-chefe da equipe do hospital universitário da Universidade federal do Rio, foi preso pela Polícia Federal, acusado de dar diagnóstico falso para beneficiar pelo menos três pacientes que receberam transplante de fígado entre 2003 e 2007, em detrimento da lista única estadual. Em um dos casos, Ribeiro teria recebido cerca de R$200 mil. (págs. 1 e A16)
Policiais acusados de torturar preso
Choque-elétrico teria sido aplicado no 78° DP, nos Jardins. (págs. 1 e C6)
Notas e Informações: O Brasil pós-Doha
O fiasco da rodada comprovou de novo o caráter fantasioso da estratégia Sul-Sul do Itamaraty. O País está atrasado por ter negligenciado oportunidades de acordos com a Europa e EUA. (págs. 1 e A3)
Artigo: Fernando Reinach
Árvore sobe montanha: essa é mais uma consequência do aquecimento global. (págs. 1 e A18)
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Jornal do Brasil
R$ 250 mil: o preço de uma vida na fila do transplante
Joaquim Ribeiro Filho, ex-coordenador do Rio Transplante, foi preso em casa, em Laranjeiras, pela PF. É acusado de manipular a lista de pacientes à espera de um fígado no Hospital do Fundão, dando prioridade a quem pagava R$ 250 mil por uma cirurgia. Dos preteridos, seis teriam morrido enquanto o esquema atuou. Outros quatro médicos da equipe foram denunciados. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)
Gilberto Gil anuncia saída do governo
Com o argumento de dedicar-se ao que mais gosta – compor e cantar – Gilberto Gil deixou o Ministério da Cultura. Um dos últimos remanescentes da primeira equipe ministerial já havia demonstrado vontade de sair do governo. Mas diz não ter mágoas. Juca Ferreira, atual secretário executivo, assume interinamente a pasta. (págs. 1 e País A15)
Minc aplica multa milionária
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, multou em R$ 10 milhões uma fazenda em Novo Progresso (PA). O dono não só desmatou ilegalmente 3 mil hectares de floresta como desafiou embargo decretado há um ano. Na área havia 4 mil cabeças de gado. (págs. 1 e País A16)
TRE rejeita pressão e não manda ao Rio a força-tarefa
Apesar de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ayres Britto, ter admitido que o pleito no Rio pode ser contaminado pela ação de criminosos, o presidente do TRE-RJ, Roberto Wider, voltou a descartar o uso da Força Nacional de Segurança. Depois da reunião que contou com o ministro da Justiça Tarso Genro, e com o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, Wider reafirmou que o trabalho da Polícia Federal na investigação dos currais eleitorais é o bastante. Ayres Britto, no entanto, não descarta a possibilidade de o TSE convocar o reforço para o Estado, já que a Corte tem poder de requisitar tropas federais. (págs. 1 e Eleições A7)
ANP pode vender informação do pré-sal
Informações geológicas estratégicas de áreas do pré-sal podem ser vendidas ao mercado a partir de 2009. A tarefa é dada à Agência Nacional de Petróleo (ANP). O valor do repasse de informações a empresas, consultores ou quem puder pagar para obtê-las deve chegar a US$ 600 mil. A possibilidade tem preocupado especialistas. (págs. 1 e Economia A17)
Doha: caça aos culpados
Um dia depois do fracasso da Rodada Doha de negociação para liberalização do comércio mundial, buscam-se culpados pela falta de um acordo. Enquanto o presidente Lula responsabilizou a Índia e EUA, representantes de outros países trocaram farpas. (págs. 1 e Economia A18)
Manual de guerra civil para hospitais
A prefeitura do Rio adotou para os 82 postos de saúde situados em locais de risco o Manual de Segurança usado pela ONG Médicos Sem Fronteiras. (págs. 1 e Cidade A5)
Brasileira é proibida de deixar o Líbano
Um menino de 5 anos e sua mãe, uma paranaense, que teve apenas seu primeiro nome – Nariman – divulgado, estão impedidos por autoridades libanesas de voltar ao Brasil. Nariman tentava fugir do marido, Ahmad Holeihel – um simpatizante do Hezbollah – que a agride. No aeroporto, foi informada de que uma carta assinada por clérigo xiita proibia sua saída. (págs. 1 e Internacional A21)
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Correio Braziliense
Vitor, 9 anos, morto por cães de guarda da família
Vitor Ribeiro de Brito iria à escola com a tia ontem. A mãe havia saído cedo, às 5h30, para uma consulta. Mas o menino de 9 anos não gostava de ficar sozinho. E foi até a casa da tia, localizada no mesmo lote de uma chácara no Gama. Vitor não conseguiu completar a travessia. Foi atacado por quatro cães de guarda soltos na propriedade. Ao procurar pelo sobrinho, às 6h30, Gilvânia Ribeiro achou o corpo de Vitor. Ele foi transferido de helicóptero para o Hospital Regional da Asa Sul, mas não resistiu ao choque hemorrágico. A polícia investiga se houve negligência na guarda dos cães, mestiços de pit bull e fila brasileiro. O cruzamento das duas raças, segundo especialistas, representa um perigo para as famílias, sobretudo as crianças. (págs.1, 33 e 34)
Gil sai para cantar
Depois de cinco anos e meio no governo, Gilberto Gil abandona o Ministério da Cultura para se dedicar à carreira. Juca Ferreira vai comandar a pasta.(págs. 1 e 3)
Receita sem Rachid
Chefe da Receita Federal desde o primeiro governo de Lula, Jorge Rachid deixa o cargo. Lina Vieira, auditora de carreira, assume o posto. (págs. 1 e 4)
Correção salgada de aluguéis
Índice que reajusta os aluguéis, o IGP-M acumulado de junho de 2007 e julho deste ano fechou em 15,12%, patamar mais alto dos últimos quatro anos. A alta vem sendo causada pelo aumento no preço dos alimentos e de insumos como fertilizantes e produtos siderúrgicos. Creci aconselha inquilinos a negociarem a revisão anual do contrato com os proprietários. (págs.1 e 16)
PF prende quadrilha de médicos
Joaquim Ribeiro Filho é médico e já chefiou a equipe do Hospital Universitário do Rio, ligado à UFRJ. Ontem, ele e outros quatro colegas foram presos pela Polícia Federal, sob acusação de venderem vagas na fila de transplantes, entre 2003 e 2007. Num dos casos, o grupo recebeu R$ 250 mil para passar um paciente na frente de outros que esperavam por um fígado. (págs.1 e 10)
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Valor Econômico
Substituição tributária enche caixa dos Estados
O forte crescimento do mercado interno e a ampliação do mecanismo de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ajudaram alguns Estados a elevar sua arrecadação acima de 20% em termos nominais no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2007. Com a substituição tributária, o imposto é recolhido antecipadamente pela indústria em lugar de ser pago pelo comércio, o que permite reduzir a sonegação. O crescimento da receita supera, inclusive, o aumento de 16% obtido pela União no recolhimento de impostos federais. São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná estão entre os Estados que creditam ao novo mecanismo o bom desempenho do semestre.Com o caixa mais forte, os Estados gastaram mais. No Rio, informa o secretário de Fazenda, Joaquim Levy, as receitas tributárias adicionais ajudaram o governo a fazer frente às despesas em expansão, como a folha de salários, em alta pelo cumprimento de acordos salariais feitos no governo anterior. Outros Estados privilegiaram os investimentos. Em São Paulo, onde a arrecadação de ICMS atingiu R$ 35,7 bilhões no acumulado até junho, os investimentos em capital atingiram R$ 1,27 bilhão, pouco mais que o dobro do primeiro semestre de 2007. Em Minas - com arrecadação de R$ 10,8 bilhões em ICMS no primeiro semestre, uma alta de 21% sobre 2007 - os investimentos somaram R$ 825 milhões, 44% acima de 2007. Os gastos correntes, para o custeio da máquina, cresceram 23%. Mesmo com aumento das despesas, alguns Estados conseguiram ampliar o superávit primário. O governo de Santa Catarina encerrou o primeiro semestre com superávit de R$ 437 milhões, resultado de receita de R$ 4,9 bilhões frente a despesa de R$ 4,5 bilhões. O resultado é próximo ao superávit de todo o ano de 2007 e representa aumento de 45% em relação ao superávit de R$ 300 milhões obtido no mesmo período do ano passado. Graças ao aumento das receitas de 23,9% nominais, acima da variação do IGP-DI mais 6% ao ano, que corrige cerca de 93% do seu endividamento, o Rio Grande do Sul chegou ao fim de junho com dívida consolidada líquida de R$ 36,7 bilhões - 236,7% da receita corrente líquida em 12 meses -, o que o manteve enquadrado no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.(págs. 1 e A20)
Governo já vê inflação em queda
O governo já colheu sinais positivos de desaceleração da inflação. Em reuniões internas, aposta-se que a inflação voltará à meta de 4,5% até o fim de 2009. Prevê-se também que os recentes aumentos dos juros vão diminuir o ritmo de expansão do PIB para 4% em 2009, o que não será nenhuma "tragédia" para a economia. Além de elevar a Selic, o Banco Central retirou R$ 42 bilhões de circulação na economia com a criação do recolhimento compulsório sobre as operações de leasing para automóveis. Havia forte preocupação na equipe econômica com os preços no atacado. Ontem, a FGV informou que o IGP-M
Doha é indício de que haverá mais fracassos
O fracasso da Rodada Doha, por causa do conflito entre países ricos e emergentes, sugere que outras iniciativas globais, como o corte das emissões de gases de efeito estufa e o fim das restrições para exportação de alimentos, também enfrentarão barreiras. Todos os esforços de cooperação global lidam com as mesmas forças: ressurgimento do nacionalismo, fortalecimento de economias emergentes e fim dos laços da Guerra Fria que prendiam países aos EUA e à Europa. "O modo como a Rodada de Doha fracassou é uma prévia do que provavelmente veremos em outras negociações", disse Kimberly Elliot, membro do Centro para o Desenvolvimento Global. A Rodada Doha fracassou depois que China e Índia insistiram em ter o direito de aumentar tarifas se houver uma elevação nas importações de alimentos.(págs. 1 e A7)
Um país repleto de Ceus e Cieps
Criticados por seu alto custo, os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), que o governador Leonel Brizola (PDT) criou no Rio na década de 80, e os Centros Educacionais Unificados (Ceus), que a prefeita Marta Suplicy (PT) implantou em São Paulo em 2003, poderiam espalhar-se por todo o país na próxima década como conseqüência da exploração das jazidas descobertas pela Petrobras sob uma camada de pré-sal no Atlântico Sul. Projeto dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cristovam Buarque (PDT-DF) determina que o lucro proveniente dessa exploração deve ser utilizado preferencialmente no ensino básico. Ceus e Cieps podem servir de modelo para a aplicação desses recursos. Professores, autoridades educacionais e até ex-alunos consultados pelo Valor consideram válida a experiência, que, com contribuições de países de economias tão distintas como Noruega, Coréia do Sul e Cuba, necessitaria apenas de atualização e revisão crítica para sua operacionalização. Candidatos a prefeito no Rio apontam o horário integral como principal contribuição dos Cieps. Em São Paulo, todos candidatos prometem construir mais Ceus.(págs. 1, A4 e A5)
Reudção do superávit
O superávit primário do setor público caiu de 4,3% para 4,27% do PIB entre maio e junho no acumulado de 12 meses. A redução foi causada principalmente pelo desempenho das empresas estatais federais. (págs. 1 e A4)
China paralisa fábricas e reforça a censura para as Olimpíadas (págs. 1 e A12)
Recessão chega à Europa
A Dinamarca foi o primeiro país da União Européia a entrar em recessão. O PIB retrocedeu no quarto trimestre desse ano. Reino Unido, Irlanda e Espanha também estão sofrendo com a crise internacional. (págs. 1 e A11)
Rio Tinto mira o longo prazo
A Rio Tinto Brasil negocia um contrato de longo prazo para fornecimento de minério de ferro para a Cosipa. Pa ra Oliveira, a Rio Tinto acerta contratos de longo prazo com mais 10 clientes. (págs. 1 e B6)
Petróleo volta a subir
Os preços futuros do petróleo saltaram mais de US$4 por barril ontem no mercado internacional após os EUA terem apontado uma baixa de 3,53 milhões de barris nos estoques americanos de gasolina. (págs. 1 e B8)
Mel para europeus
Reaberta para o mel do Brasil após embargo de dois anos, a União Européia deve reassumir papel de principal mercado para produtos. Três empresas habilitadas já podem realizar embarques para UE. (págs. 1 e B12)
Bolsa em forte alta
Impulsionada pelos bons resultados das siderúrgicas, as ações dos diversos setores de commodities tiveram altas expressivas ontem, levando o Índice Bovespa a subir 3,37% a maior alta desde 5 de junho. (págs. 1 e D2)
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Gazeta Mercantil
Dados sobre poços do pré-sal podem ser vendidos
As regras atuais do setor de petróleo permitem que informações geológicas de áreas do pré-sal sejam vendidas ao mercado a partir de 2009. Os primeiros relatórios de perfuração de poços no présal, no campo batizado de Tupi, foram concluídos no ano passado. A Petrobras encaminhou as informações à Agência Nacional do Petróleo (ANP), que, apoiada pela Portaria 188, de 1998, pode disponibilizar informações sobre poços dois anos depois da conclusão da sua perfuração. As informações costumam ser incluídas no Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP). “Nada muda por enquanto”, informa a agência. Ter acesso a essas informações torna mais fácil para uma empresa explorar áreas na região. Comprar os dados de um poço de petróleo na Bacia de Santos, no banco da reguladora, custa cerca de US$ 200 mil, afirma a agência. Para informações sobre o pré-sal, mantidas as condições atuais, esse valor pode superar US$ 600 mil, segundo cálculos do mercado. A venda de dados de perfuração de poços e estudos de sísmica é prática comum no Brasil, instituída na abertura do setor, em 1998, pela ANP. Mas há quem discorde dessa prática. “São informações estratégicas, pelas quais as empresas podem ter idéia de onde poderão perfurar. Eles não podem disponibilizar os dados, porque nem o governo definiu ainda o que vai fazer com o pré-sal", afirma Fernando Siqueira, diretor da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). O petróleo do pré-sal aguça estrangeiras como a espanhola Repsol, que já ocupa espaço na exploração e produção. Terceira maior produtora de óleo no País, atrás da Petrobras e Shell, investiu US$ 2,2 bilhões aqui. “Temos expectativas positivas sobre o potencial do pré-sal”, disse à Gazeta Mercantil Javier Moro, diretor da empresa. (págs. 1 e A4)
Pressão extra sobre a Bolsa de XangaiA redução na liquidez dos mercados internacionais e a menor perspectiva de crescimento global têm derrubado o desempenho do mercado acionário. Mas uma bolsa em particular, a de Xangai, sofre pressão extra por um ajuste estimulado por medidas adotadas pelo governo e pela própria instituição. Enquanto em Wall Street os índices Dow Jones e S&P 500 amargam 12% de queda no ano e a Bovespa recua 6%, Xangai despencou 46%. “O ajuste em Xangai é maior porque a bolha especulativa que vinha se formando está desinflando rápido”, diz Hsia Hua Sheng, professor da FGV-SP e consultor financeiro da MAPS RMS. Em 2007, o governo encareceu os custos para se investir em ações, enquanto a própria bolsa criou travas de alta e baixa para evitar movimentos especulativos. O fato de Xangai ser sustentada por investidores pessoa física, que entram e saem do mercado com mais rapidez que os institucionais, também explica a volatilidade. A queda atual vem após dois anos de alta acentuada: 130% em 2006 e 96% no ano passado. (págs. 1 e B1)
Inflação no campo supera a da cidade
A inflação no campo supera a da cidade. Levantamento da Scot Consultoria mostra que os custos dos insumos para a pecuária de corte subiram 32% no ano e 11% para o leite, muito acima do IGP-DI, que ficou em 8,1%. Os criadores não estão conseguindo repassar essa alta para os consumidores. Além disso, os preços do leite caíram e os do boi estão estáveis. “Os custos estão sendo absorvidos pelo produtor e pela indústria”, diz Maurício Palma Nogueira, analista da Scot Consultoria. (págs. 1 e C7)
Superávit de R$86,1 Bi é recorde
O superávit do setor público consolidado somou R$ 86,1 bilhões no primeiro semestre. O resultado é o maior desde 1991e equivale a 6,19% do Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1 e A5)
Crédito consignadoFebraban defende elevação dos juros do crédito consignado, para acompanhar a tendência de alta da Selic. (págs. 1 e B3) ;
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir

quarta-feira, julho 30, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] CORPO-A-CORPO




"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

30 de julho de 2008

O Globo
TRE e polícias criam força especial para as eleições
Foi acertada ontem no Tribunal Regional Eleitoral a criação de um grupo especial reunindo as polícias Civil, Militar e Federal para combater a imposição de candidatos do tráfico e das milícias em favelas do Rio. As conclusões da reunião em que se decidiu pela criação dessa força especial serão apresentadas hoje ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Pelo menos até o momento, o presidente do TRE-RJ, desembargador Roberto Wider, diz que não acha necessária a presença da Força Nacional de Segurança ou de tropas do Exército na cidade com esse objetivo. Segundo Wider, a força especial vai dar apoio a candidatos que queiram segurança para fazer campanha em áreas dominadas pelas milícias ou pelo tráfico. O governador Sérgio Cabral reafirmou que é favorável à presença imediata da Força Nacional de Segurança. Ele disse que assinaria “com o maior prazer” um pedido de envio de tropas junto com o presidente do TRE-RJ. (págs. 1 e 3)
MP pede a impugnação de “candidato único” do tráfico
O Ministério Público eleitoral pediu ontem a impugnação da candidatura a vereador de Luiz Cláudio Oliveira, o Claudinho da Academia (PSDC), devido a sua ficha suja, com 22 anotações penais. Claudinho diz ter o apoio de “cem líderes” da Rocinha, onde a polícia achou uma ata em que o chefe do tráfico exige o apoio ao candidato único. (págs. 1 e 4)
Um partido ficha-suja
O PSDC, que surgiu no noticiário como o partido dos candidatos a vereador Claudinho da Academia e Claudinho da Merendiba, ambos com anotações penais, é uma legenda com ficha suja na Justiça Eleitoral, com prestações de contas rejeitadas seguidamente desde 2001. Dos 49 candidatos do partido registrados no TRE, 26 aguardam julgamento de processos. (págs. 1 e 5)
O 'Iluminado'Crivella entra na Favela da Chacrinha (Zona Oeste) com outro candidato a vereador polêmico: desta vez Deco (PR) – suspeito de ligação com milícia -, a quem chamou de iluminado. (págs. 1 e 5)
Mamona fracassa, mas piraju vai virar salmão
A mamona, quem diria, não poderá mais ser usada como biodiesel de larga escala, como prometeu o presidente Lula em 2005. Viscosa demais, ela foi deixada de lado pelos novos parâmetros da Agência Nacional de Petróleo. Se quiser sobreviver, terá de receber aditivos, como o óleo de soja ou de girassol. No momento em que este ambicioso projeto é abalado, o presidente Lula anunciou, na Bahia, um novo sonho: fazer do piraju (dourado) o “salmão” brasileiro, capaz de competir com o produto chileno nas gôndolas e peixarias. Na solenidade, em que a Secretaria da Pesca virou ministério com orçamento e funcionários dobrados, o presidente prometeu ainda “futucar” o pré-sal já em setembro. (págs. 1 e 30)
Brasil Perde após fiasco na OMC
Fracassou ontem, após sete anos de negociações, a última chance de concluir em 2008 a Rodada de Doha da OMC, que deveria promover a abertura comercial em todo o mundo. Desentendimentos entre EUA e Índia foram decisivos para o fiasco da rodada, que prejudica a conquista de mercados para produtos agrícolas do Brasil. O chanceler Celso Amorim resumiu: “O fio arrebentou.” (págs. 1, 23 a 27)
Miriam Leitão
O grande derrotado é o governo Lula, que jogou tudo em Doha. (págs. 1 e 24)
Rio vai perder US$ 650 milhões e 2.000 vagas
O consórcio Rio Naval anunciou que construirá fora do Rio cinco dos nove navios de Transpetro, alegando que não há terreno disponível. Com isso, o estado perde um contrato de US$ 650 milhões e dois mil empregos. (págs. 1 e 29)
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Folha de S. Paulo
Fracassa acordo de comércio global
Após nove dias de debates na Suíça, o esforço para tentar salvar sete anos de negociação da Rodada de Doha fracassou. A reunião na Organização Mundial do Comércio não obteve acordo sobre o mecanismo de proteção agrícola para os emergentes. O objetivo do encontro era equilibrar a redução de barreiras agrícolas nos países ricos e a abertura industrial nos emergetnes. Embora ninguém admita a morte da rodada, o processo entra num período de incerteza. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que as negociações podem ficar pendentes até 2013. Ele nega que o Brasil terna errado ao apostar seus esforços na rodada, em vez de buscar acordos bilaterais. Amorim, porém, admite que a tendência agora é retomar contatos para firmar parcerias que haviam sido engavetadas, entre elas as do Mercosul como os EUA e a Europa. Entidades da industria e do agronegócio lamentaram o fracasso. (págs. 1 e Dinheiro)
Atendimento ao cliente terá regras mais rígidas
A Presidência assina amanhã decreto que torna mais rígidas as normas de atendimento ao cliente por empresas privadas (call center). Elas terão 120 dias para se adaptar às regras, que valerão para aviação, água, energia, planos de saúde, telecomunicações, transporte terrestre e sistema financeiro. As empresas não poderão mais obrigar o cliente a repetir tudo para um segundo atendente. O governo quer ainda, em portarias, fixar em dois minutos o tempo máximo da ligação até o atendimento. Segundo os call centers, custo das novas regras pode ser repassado ao consumidor. (págs. 1 e C1) Principais mudanças:- Atendimento 24 horas por dia para serviços ininterruptos, como TV a cabo e telefonia,- Empresas têm de oferecer um telefone só, gratuíto, para informações e reclamações, - Contato com o atendente e opção de cancelamento são obrigatórios no menu de atendimento,- Cancelamento de um serviço tão logo ele tenha sido solicitado pelo cliente.
Governo prepara novo reajuste para 350 mil servidores
O governo elabora duas medidas provisórias para reajustar salários de 350 mil servidores federais, em ciclo de altas que já beneficiou 1,4 milhão de civis e militares. Segundo o governo, o impacto no Orçamento será de R$11 bilhões anuais. (págs. 1 e B6)
Receita acaba com declaração anual de isento
A Receita Federal decidiu acabar com a declaração anual de isento. A partir deste ano, quem não paga Imposto de Renda não precisará prestar contas para regularizar CPF. A Receita diz que usará outros meios para coibir a sonegação. (págs. 1 e B9)
Desmatamento na Amazônia cai 20% entre maio e junhoO desmatamento na Amazônia caiu 20,05% de maio para junho, afirma o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Comparado ao mesmo bimestre de 2007, caiu 52% nos municípios que mais desmatam. (págs. 1 e A10)
Juízes incluem Kassab na 'lista suja' da eleição após 1 semana
A Associação dos Magistrados Brasileiros incluiu o prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM); na lista de candidatos que respondem a ações penais, sete dias após divulgar a relação original. Para Kassab, a inclusão é injusta. Co-réu em ação que o acusa de improbidade na gestão Pitta, ele foi absolvido no Tribunal de Justiça, mas houve recurso. (págs. 1 e A4)
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O Estado de S. Paulo
Fracasso na OMC faz Brasil rever política de comércio
Fracassaram as tentativas de definir regras menos restritivas para o cenário global. Após sete anos de negociações a Organização Mundial do Comércio (OMC) encerrou ontem, sem acordo, a atual etapa da chamada Rodada de Doha. As previsões mais otimistas são de que os debates possam ser retomados a partir de 2010. O Itamaraty, que apostou fortemente no fechamento de um pacto global terá que mudar sua política dando mais ênfase à busca de acordos comerciais bilaterais. A OMC era a prioridade, mas agora vamos ter de nos concentrar em coisas que dão resultados”, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Não posso ficar pendurado aqui mais quatro anos.” O Brasil pretende retomar o diálogo com os parceiros do Mercosul, os Estados Unidos e a União Européia. (págs. 1, B1 e B7)
Agricultores ficam satisfeitos nos EUA
O fracasso da Rodada de Doha agradou a agricultores dos EUA, interessados em preservar subsídios, informa a correspondente Patrícia Campos Mello. (págs. 1 e B4)
Artigo: Marcos Sá CorrêaA nova política de Minc: Demissão no Ibama é um grande passo para o Ministério. (págs. 1 e A16)
Polícia Federal do Rio vai ser reforçada para a eleição
A Superintendência da Polícia Federal no Rio receberá reforço de agentes para atuar no combate a crimes eleitorais, em especial os de traficantes e milicianos que estariam constrangendo eleitores. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, Roberto Wilder, reiterou que “neste momento”, não é necessária a presença da Força Nacional de Segurança. (págs.; 1 e A4)
Romero Jucá é denunciado no STF por crime financeiro
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, denunciou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao Supremo Tribunal Federal por crime contra o sistema financeiro. Jucá é acusado de obter de forma fraudulenta, em 1996, empréstimo de R$3,152 milhões do Banco da Amazônia para a Frangonorte, empresa da qual foi sócio. (págs. 1 e A11)
16 mil processos parados na Anac
Cerca de 16 mil processos estão acumulados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) à espera de solução, informa o repórter Bruno Tavares. Os casos vão de reclamações de passageiros sobre extravio de bagagens até autuações por desrespeito às regras de segurança de vôo. Para reduzir o acúmulo, a agência pediu ajuda ao Tribunal de Contas da União (TCU) e criou uma força-tarefa. (págs. 1 e C1)
Aeroportuários em greve
Os aeroportuários de todo o País decidiram entrar em greve a partir da zero hora de hoje. Eles pretendem afetar a operação de 12 dos principais aeroportos administrados pela infraero. A greve não tem prazo para terminar. (págs. 1 e C4)
Bancos sobem juros no crédito ao consumidor
Os juros cobrados pelos bancos subiram nas principais modalidades de crédito para a pessoa física, num reflexo de alta da taxa Selic pelo Banco Central. Em junho, o custo médio pago pelas famílias para tomar dinheiro emprestado atingiu 49,1% ao ano, o maior nível desde março de 2007. A alta tem afastado clientes dos bancos e o ritmo de crescimento dos empréstimos vem caindo. (págs. 1 e B13)
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Jornal do Brasil
Brigalhada em Genebra causa prejuízo ao Brasil
O Brasil tentou, mas Índia, China e EUA não se entenderam. Resultado: após sete anos, terminou sem acordo a Rodada Doha, destinada a ampliar a liberalização do comércio mundial. O fracasso deve prejudicar a confiança dos investidores, alimentar o protecionismo dos países ricos e estimular mais acordos comerciais bilaterais – conseqüências prejudiciais a nações em desenvolvimento, como o Brasil. Analistas prevêem queda do ritmo de expansão das exportações do país em alguns setores. A guerra nos tribunais também vai começar. O primeiro alvo do Brasil serão os subsídios americanos à produção de álcool. O presidente da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, prometeu “não jogar a toalha”, calculando em US$ 130 bilhões anuais o tamanho da economia em tarifas caso o acordo vingasse. (págs. 1, Tema do dia A2 a A4 e Editorial A8)
Cai índice de desmatamento na
desmatamento na Amazônia reduziu 25% em junho em relação a maio deste ano. No mês passado, foram registrados 870 quilômetros quadrados de área desmatada, enquanto no mês anterior a devastação atingiu 1.096 quilômetros quadrados. Comparado ao mesmo período de 2007, a redução foi de 55%. Os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram divulgados ontem pelo ministro Carlos Minc. (págs. 1 e País A14)
Rio terá reforço da Polícia Federal
A partir da semana que vem o efetivo da Polícia Federal do Rio será reforçado com agentes de outros Estados para combater a ação de milícias e traficantes na campanha eleitoral. A medida foi anunciada após reunião entre a superintendência da PF e o presidente do TRE-RJ, desembargador Roberto Wider. Do encontro, que contou com representantes da Secretaria de Segurança, definiu-se a formação de um grupo de inteligência – “e não de confronto”, como disse Wider - para apurar crimes eleitorais. A primeira reunião será dia 15. (págs. 1 e Eleições A10)
País estabiliza a epidemia de Aids
O Relatório Global sobre Epidemia de Aids 2008, divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre DST/Aids (Unaids), revela que os esforços de prevenção da doença no Brasil começam a dar resultados: conseguiu-se estabilizar a epidemia. Mas os avanços ainda não são suficientes para reduzir os 30 mil novos casos por ano. O país é considerado pelo Unaids um exemplo, não só na prevenção como também no tratamento da doença. Outro dado positivo é que se conseguiu conter a transmissão por gestantes. (págs. 1, Vida, Saúde & Ciência A24)
Venezuela luta por petróleo do Caribe
A Petrobras concorre com empresas da Rússia, dos EUA e do Canadá para explorar alguns dos 26 blocos petrolíferos colocados em licitação pela ilha de Barbados, no Caribe. Mas o governo da Venezuela denunciou que duas dessas áreas lhe pertencem. (págs. 1 e Internacional A22)
Consumo em alta, apesar dos juros
Mesmo com os juros altos, o consumidor não deixou de comprar, sobretudo em empresas de maior porte, que conseguem negociar taxas de financiamento mais acessíveis. O crédito também continua farto: o volume de empréstimos chegou a 36,5% do PIB. (págs. 1 e Economia A6)
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Correio Braziliense
O arsenal suspeito da PMDF
Inquérito apura compra de seis milhões de projéteis .40, quantidade seis vezes superior à munição utilizada pela Polícia Militar do DF por ano. Segundo o fabricante, o prazo ideal para uso das balas é de até seis meses após a aquisição. A mercadoria foi vendida pela Companhia Brasileira de Cartuchos, doadora de campanha do deputado Alberto Fraga. (págs. 1 e 7)
A morte do livre comércio
Após anos de negociação e muita expectativa, as negociações da Rodada de Doha tiveram um retumbante fracasso. Impasse sobre subsídios agrícolas é uma das causas. “É lamentável”, disse Celso Amorim. (págs. 1, Tema do dia e 11)
Chinaglia e os telegramas da esperança
Desesperado para fazer os colegas trabalharem durante as eleições, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, já enviou seis telegramas a cada um dos 512 deputados, convocando-os às sessões nos meses de agosto e setembro. (págs. 1 e 4)
Brasileiro se endivida ainda mais
Empréstimos pessoais aumentam 32,4% e dívidas acumuladas já chegam a R$ 360,9 bilhões. “Os brasileiros estão fazendo dívidas caríssimas para pagar débitos mais baratos”, explica Ricardo Rocha, do Ibmec, que prevê onda de calotes. (págs. 1 e 13)
Demora para punir infratorSomente ontem motoristas flagrados alcoolizados em 2006 e 2007 ficaram impedidos de dirigir. (págs. 1 e 21)
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Valor Econômico
Fracasso de Doha abre nova fase de conflito comercial
Com o fracasso da Rodada Doha, oficializado ontem, o Brasil deverá mover ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos para tentar eliminar a taxa de US$ 0,54 por galão cobrada pelos americanos na importação de etanol. O Brasil e o Canadá também devem retomar na OMC o contencioso contra 80 programas de subsídios agrícolas americanos. Nos dois casos, os problemas estavam à espera de uma solução que, afinal, não veio pela negociação global.O comércio internacional entra numa fase de conflitos e incertezas para exportadores e importadores. Novas disputas entre os países devem surgir com o colapso da negociação global de liberalização da Rodada Doha, depois de quase sete anos de discussões. A União Européia, por exemplo, será alvejada na OMC pelos produtores de banana da América Latina.A Rodada Doha fracassou pela intransigência de americanos e indianos, principalmente, sobre como aplicar a salvaguarda contra importações. A representante americana Susan Schwab resistia a reabrir o pacote agrícola e industrial do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, enquanto a Índia queria mais espaço para usar a proteção para agricultores pobres em caso de súbito aumento de importação ou queda de preços. É irônico que, em plena crise global de alimentos, países como a Índia, que precisavam reduzir tarifas, ajudaram a implodir um acordo global para ter o direito de elevar suas alíquotas. Para o diretor da OMC, o fracasso ameaça seriamente o sistema multilateral de comércio. Ele calcula que os países jogaram fora US$ 130 bilhões por ano em benefícios, na forma de redução de tarifas de importação agrícola e industrial, dos quais 70% ficariam com as nações em desenvolvimento.Lamy tentará preservar os entendimentos ocorridos para retomar a negociação mais tarde. Mas o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi um dos que deram poucas esperanças de que isso ocorra. Amorim disse que agora vai concentrar atenção em negociações que "possam dar resultados" e citou os acordos bilaterais. Ele acredita que a OMC continuará sendo importante, mas a rodada vai demorar anos, "quem sabe até 2013". (págs. 1, a3 e A5)
Governo define sistema que adotará para chips em carros
Depois de dois anos de discussões, o governo chegou à versão final do projeto para implantar chips de identificação em todos os veículos do país até dezembro de 2009. A decisão do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) acaba com uma polêmica que dividiu os fabricantes de sistemas e equipamentos de identificação por radiofreqüência. Parte das empresas defendia a adoção de etiquetas alimentadas por baterias do tipo já usado no "Sem Parar" dos pedágios. Outras empresas, porém, argumentavam que a opção com bateria é cara demais e defendiam a "etiqueta passiva", que usa um chip simples, só ativado quando o carro cruza pelas antenas. Ninguém ganhou a queda-de-braço. O Denatran decidiu que caberá a cada Detran estadual escolher o tipo de etiqueta e só estabelecerá as medidas de segurança que cada equipamento tem de seguir.(págs. 1 e B3)
Balanços inovam em uso do ágio
Os balanços do segundo trimestre já trazem novidades sobre o uso do ágio, a diferença entre o valor contábil e o de mercado numa aquisição, para gerar um ganho fiscal. A mudança da legislação contábil e o silêncio da Receita Federal sobre o assunto aceleram o processo - a amortização do ágio - que tradicionalmente era feito em vários anos. A Perdigão anunciou na segunda-feira uma despesa de suas principais aquisições no valor de R$ 1,5 bilhão, o que resultou em prejuízo líquido de R$ 881,8 milhões, de longe o maior de sua história. A Energias do Brasil fez o mesmo com o ágio da Enersul, de R$ 129 milhões, no balanço do segundo trimestre divulgado ontem. O prejuízo, nesses casos, acaba sendo um ganho fiscal para a companhia. A novidade é baixar todo o estoque do ágio de uma vez.(págs. 1 e D1)
Bunge terá 3 usinas de álcool em TO
A gigante americana Bunge prepara-se para expandir seus domínios no setor sucroalcooleiro. Ela iniciou o plantio de cana em 2,2 mil hectares em Pedro Afonso, no Tocantins, mas isso é só o começo de um empreendimento que deverá atingir 100 mil hectares e abastecer três usinas de açúcar e álcool que pretende construir no Estado. O governo de Tocantins informou que as três usinas da Bunge devem trazer investimentos de R$ 1 bilhão e que a primeira unidade entra em operação em 2011. "A empresa protocolou no início do ano os projetos de três usinas. E também deverá construir uma esmagadora de soja no Estado", disse Roberto Saihum, secretário de Agricultura de Tocantins. A Bunge também estaria interessada na construção de nova usina no Triângulo Mineiro, a Nova Ponte. Procurada, a Bunge informou que não comentará o assunto.(págs. 1 e B14)
Empresas receiam acordo tributário Brasil-EUA
A tramitação no Congresso de acordo bilateral entre Brasil e EUA sobre sigilo e fiscalização tributária inquieta as empresas. A Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) se preocupa com o fato de o acordo entre o fisco dos dois países prever uma troca de informações considerada inédita, inclusive com previsão de vinda de fiscais da Receita americana para colher informações e documentos. As empresas receiam que os dados sejam usados para outros fins que não o da fiscalização tributária e que haja acesso pleno a documentos bancários e registros contábeis, o que violaria o sigilo e o direito à privacidade. Embora já tenha sido assinado pela Receita e pela Embaixada dos EUA, o acordo só entra em vigor após a aprovação do Congresso. Para a Receita, o acordo prevê troca de informações só em relação às empresas sob investigação nas instâncias tributária e judicial da outra parte. Deputados governistas e da oposição dizem que o texto, que está na Comissão de Constituição e Justiça, é inconstitucional.(págs. 1 e B12)
Mercados apostam que a escalada altista do petróleo chegou ao fim (págs. 1 e B1)
Indústria quer elevar preço
Pressionadas pelos fortes aumentos de custos, um número cada vez maior de empresas industriais planeja reajustar os seus preços, segundo indica sondagem divulgada pela Fundação Getúlio Vargas. (págs. 1 e A2)
Rio Tinto investe
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto anuncia hoje novo investimento no Brasil. A empresa pretende gastar US$2,15 bilhões para expandir a produção de minério de ferro da mina de Corumbá (MT). (págs. 1 e B10)
Banco brasileiro lucra mais
Estudo divulgado pelo Banco Central mostra que o Brasil é um caso raro de país emergente em que os bancos nacionais venceram a batalha competitiva contra as instituições financeiras estrangeiras. (págs. 1 e C1)
Crédito ainda acelerado
Dados do Banco Central mostram que o aperto monetário, alta dos compulsórios e taxação com IOF provocaram o aumento dos juros bancários, mas não reduziram o ritmo de expansão do crédito. (págs. 1 e C3)
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Gazeta Mercantil
Bancos perdem receita com mercado de IPO
Os bancos de investimentos tiveram uma expressiva redução nas receitas provenientes de comissões com ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e ofertas secundárias, no primeiro semestre deste ano, conforme levantamento da agência classificadora de risco Austin Rating. O faturamento das instituições com esses serviços caiu 55%, de R$ 1,02 bilhão no mesmo período de 2007 para R$ 457 milhões neste ano. O mercado de capitais brasileiro foi afetado pelo cenário externo, conturba- do em decorrência da crise do subprime, diz Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, que estima que essas receitas tenham ficado em torno de R$ 2 bilhões em 2007 e mal passarão de R$ 750 milhões este ano. Rodrigues prevê, contudo, que o sistema financeiro no geral lucrou mais no semestre. A previsão para o lucro líquido do maior banco privado do País, o Bradesco, que divulgará seus resultados na próxima segunda-feira, é de crescimento de cerca de 10% sobre o primeiro semestre de 2007, para R$ 4,5 bilhões. O Banco Itaú Holding Financeira terá ganho cerca de 10% maior, de R$ 4,4 bilhões, e o do Banco do Brasil deve crescer 53,8%, para R$ 3,8 bilhões. (págs. 1 e B1)
Desmatamento menor
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou queda de 20% no desmatamento da Amazõnia em junho. A região perdeu 870 km2 de florestas no mês, resultado inferior aos 1.096 km2 de maio. (págs. 1 e A4)
Kassab incluído na "lista suja"
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, foi incluído ontem pela Associação dos Magistrados na “lista suja”. Paulo Maluf (PP) e Marta Suplicy (PT) já estavam na lista. (págs. 1 e A10)
Superávit primário
Resultado no semestre foi de R$ 61,4 bi, diz Augustin. (págs. 1 e A5)
Petróleo
Barril recua para US$ 122,19 e atinge menor valor em três meses em NY. (págs. 1 e C5)
CâmbioDólar cai 0,38% e vai a R$ 1,569 na venda. (págs. 1 e B2)
Da euforia à frustração após o grau de investimentoTrês meses após o Brasil ter atingido o grau de investimento, a euforia do mercado deu lugar à frustração. Dos 73.516 pontos cravados pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no início de maio, no calor da divulgação de que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) havia concedido o selo de bom pagador ao Brasil, o que sobrou foi um mercado deteriorado pelos efeitos da turbulência da economia norte-americana. No dia 24 de julho, pouco mais de dois meses após o Brasil ter atingido o grau de investimento, a Bovespa mergulhou no território negativo, encerrando nos 56.869 pontos no último dia 28, rompendo o patamar psicológico dos 57 mil pontos. A diferença entre o último pico de alta e a recente queda na pontuação supera 20%. (págs. 1 e B3)
US$ 2,15 bi para expansão da Rio Tinto
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto aprovou investimento de US$ 2,15 bilhões para expansão da capacidade de produção da companhia em Corumbá (MS). Dos atuais 2 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, a capacidade deve subir para 12,8 milhões de toneladas a partir de 2010. Em uma segunda fase, a empresa pode chegar a produzir 23,2 milhões de toneladas. Desde 2004 a Rio Tinto avaliava um projeto de expansão da mina em Corumbá, mas até o ano passado o projeto previa a ampliação para 7,5 milhões de toneladas em 2010 e para 15 milhões de toneladas em 2014, o que exigiria investimento de US$ 1 bilhão. (págs. 1 e C8)
Fracassa reunião para fechar a Rodada de Doha
Depois de nove dias de reuniões, as negociações ministeriais para a negociação da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, foram concluídas ontem sem qualquer resultado e em meio a duras acusações entre Índia e Estados Unidos. “Esta reunião fracassou, mas vou continuar a trabalhar por um melhor sistema comercial mundial”, afirmou Pascal Lamy, diretor-geral da OMC. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse estar muito decepcionado. “Eu havia dito que as negociações estavam por um fio, e o fio arrebentou. É lamentável”, afirmou. “Qualquer observador de outro planeta não conseguiria acreditar que depois de todos os progressos que realizamos, não conseguimos chegar a um acordo.” A rodada foi lançada no final de 2001.A Índia e os EUA divergiram quanto a um mecanismo de salvaguarda que protegeria países em desenvolvimento. (págs. 1, A13 E A14)
Lei de licitação é contestada
O Sindicato da Construção em São Paulo (Sinduscon-SP) pretende contestar a nova lei de licitação paulista na Justiça. A Lei 13.121/08, sancionada este mês pelo governador José Serra, institui a inversão de fases do procedimento licitatório de obras públicas. Assim, primeiro serão analisados os preços das licitantes e só depois a habilitação, que são os documentos que provam que a empresa tem competência técnica para executar a obra no prazo. O governo paulista alega que o processo licitatório, que hoje demora 120 dias, passará a levar apenas 45 dias. Para Sérgio Tiaki Watanabe, presidente do Sinduscon- SP, a competência para modificar a lei de licitação é federal e não estadual. O sindicato já contesta a inversão de fases imposta pela Prefeitura de São Paulo, mas ainda não há decisão judicial final. (págs. 1 e A12)
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terça-feira, julho 29, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] CHAFUNDAR ... NAS URNAS


[Homenagem aos chargistas brasileiros].

RODADA DOHA: ''ENTRE TAPAS E BEIJOS...''

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OMC entra na 2ª semana em meio a trocas de acusações

JB Online
GENEBRA - As negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC) em Genebra entraram nesta segunda-feira em sua segunda semana com os ânimos exaltados e fortes acusações dos Estados Unidos contra Índia e China, que segundo os norte-americanos estariam comprometendo um acordo de abertura dos mercados mundiais.
- O jogo de acusações começou. Os Estados Unidos estão apontando Índia e China, e a China respondendo com dureza - declarou um diplomata ao se referir a uma reunião de representantes dos 153 países da OMC. A resposta indiana foi mais moderada, acrescentou.
Os ministros de 35 países dos 153 da OMC iniciaram na segunda-feira passada uma reunião-chave para tentar salvar a Rodada de Doha, lançada em 2001.
As discussões em torno das propostas apresentadas pelo diretor geral da OMC, Pascal Lamy, permitiram na sexta-feira vislumbrar um bom desenlace da Rodada, mas o otimismo foi dissolvido durante o final de semana por discrepâncias entre países emergentes.
A representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, lamentou no domingo que "um punhado de países emergentes" comprometa o "delicado equilíbrio" do pacote de Lamy.
"Na sexta-feira abria-se o caminho para um bom desenlace; não era perfeito, mas era delicadamente equilibrado e contava com um forte apoio", mas "infelizmente, um punhado de mercados emergentes decidiu mudar as coisas em um ou outro tema. E sabem? Em um equilíbrio tão delicado, quando um fio é retirado, tudo se desfaz", afirmou.
A Índia exige o direito de elevar as tarifas alfandegárias às importações em caso de um forte fluxo de importações ou de súbita queda de preços de determinados produtos agrícolas.
Essa exigência gerou uma forte rejeição de países exportadores agrícolas tanto do Sul -como Uruguai e Paraguai- como do Norte, entre eles Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.
A China indicou, por sua vez, que se negava a abrir seus mercados a três produtos agrícolas importantes - arroz, algodão e açúcar - e a iniciar negociações setoriais sobre produtos industriais.
[09:44] - 28/07/2008

RODADA DOHA: ETANOL COMO ''MOEDA DE TROCA''

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Brasil troca apoio por etanol


A França alerta que dificilmente aceitará a proposta que a União Européia (UE) apresentou ao Brasil para permitir a criação de uma cota para a exportação do etanol do País. O Brasil espera obter melhores condições para a exportação do etanol como pagamento por sua colaboração na tentativa de fechar a Rodada Doha. Nos últimos dias, parte do cálculo brasileiro para aceitar o pacote que estava sobre a mesa incluía o fato de que o País ganharia uma cota para suas exportações de etanol ao mercado europeu e uma redução de tarifas no mercado americano. Com a UE, Amorim anunciou que a negociação caminha em um "bom sentido" e os dois governos tinham avançado nos debates. Conforme o Estado antecipou, Bruxelas aceitou estabelecer uma cota ao etanol brasileiro, fato confirmado ontem pelo gabinete da comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel. Bruxelas chegou a oferecer 1,4 milhão de toneladas em dez anos, mas o governo alertou que o volume seria insuficiente. Alguns dias depois, apresentou novos números que começam a deixar o setor privado mais satisfeito. Pela nova proposta, a cota estaria indexada pelo consumo futuro europeu, o que permitiria um incremento nas exportações nos próximos anos.
Mas os números não foram bem recebidos pela França. Para Paris, o volume proposto pela Europa seria exagerado e afetaria a capacidade de o setor local competir com o produto brasileiro. Ontem, diplomatas franceses passaram horas avaliando os números para estimar o impacto para seus produtores. O resultado não foi positivo. Ontem, americanos e brasileiros ainda deram o pontapé nas negociações para a redução das tarifas americanas ao etanol, ponto que a Casa Branca sempre resistiu. "Estamos negociando", disse o embaixador Roberto Azevedo, negociador-chefe do Brasil. A Casa Branca mantém tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol, o que impede as exportações brasileiras. O chanceler Celso Amorim não disfarçava que o entendimento na Rodada Doha estaria condicionado à inclusão do etanol no pacote. O Brasil foi o primeiro país a acenar positivamente ao plano da OMC de liberalização que acabou sendo aceito por americanos e europeus. Mas, em troca, membros do governo não escondem que precisavam ganhar benefícios por adotar uma postura construtiva na Rodada, se distanciado das posições extremistas de Índia, Argentina, África do Sul e outros emergentes.
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Jamil Chade
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080729/not_imp213500,0.php

''QUEM Lê TANTA NOTÍCIA?''

29 de julho de 2008

O Globo
Estado avisa TRE que aceita força-tarefa para eleições
Argumentando que "quanto mais houver soma no combate ao crime organizado, melhor para a população e para a democracia", o governador Sérgio Cabral afirmou ontem que aceita a criação de uma força-tarefa contra a ação do tráfico e de milícias no processo eleitoral do Rio, se o apoio da Força Nacional de Segurança for pedido pelo presidente do TRE-RJ, Roberto Wider. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, reúne-se hoje com Wider para discutir as medidas necessárias. A proposta da força-tarefa foi levada pelo deputado Raul Jungmann ao presidente do TSE, Ayres Britto. Wider disse que o TRE já identificou as áreas de maior influência de grupos armados e que vai apresentar o mapa ao presidente do TSE amanhã. (págs. 1, 3 a 8 e Editorial "Decisão inadiável").
Lula dá aumento à elite dos servidores
O governo vai editar nos próximos dias uma MP concedendo aumento a 350 mil servidores públicos, entre eles os que pertencem à elite do funcionalismo, como auditores da Receita Federal e do Banco Central. Encerrando o processo de reajustes, em 2011, a conta deixada pelo governo Lula para o próximo presidente chegará a R$ 32 bilhões. (págs. 1 e 9)
Receita deve acabar com IR de isento
A Declaração de Isento do Imposto de Renda, que precisa ser feita todos os anos por milhões de brasileiros, deve ser abolida pela Receita. Hoje, sem ela, o contribuinte pode perder o CPF. A Receita diz que já tem outras formas de rastrear sonegação. (págs. 1 e 24)
Conta externa é a pior em seis décadas
Com rombo de US$ 17,4 bilhões, o Brasil teve, no primeiro semestre deste ano, o pior resultado em suas contas externas de toda a série histórica, desde 1947. Cresceram as remessas de lucros e dividendos de empresas e caiu o saldo comercial. (págs. 1 e 23)
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Folha de S. Paulo
Contas externas têm déficit recorde
O forte crescimento nas remessas de lucros para o exterior fez as contas externas do Brasil terem déficit de US$ 17,402 bilhões no primeiro semestre, o maior já registrado pelo Banco Central no período. Só em junho, o resultado foi negativo de US$ 2,596 bilhões. Os números se referem à conta de transações corretnes, que inclui todas as negociações de bens e serviços com outros países. O resultado negativo do primeiro semestre corresponde a 2,5% do Produto Interno Bruto – por esse critério, foi o maior déficit desde 2002. As remessas ao exterior cresceram 94% e chegaram a US$ 18,99 bilhões nos primeiros seis meses. Para analistas, o déficit já era esperado, devido à desvalorização do dólar (que, entre outros fatores, impulsiona as importações), mas a velocidade do movimento surpreende. Os investimentos de empresas brasileiras em filiais no exterior também foram recordes, informou o BC. De janeiro a junho, o setor privado nacional investiu US$ 8,579 bilhões em outros países, o maior valor no período desde o início da série estatística, em 1947. (págs. 1 e B1)
Lula quer votação de lei que limite escuta telefônica
O presidente Lula ordenou que os ministros Tarso Genro (Justiça) e José Múcio (Relações Internacionais) viabilizem votação no Congresso de projeto sobre escutas telefônicas, para coibir abusos. O chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho foi grampeado na Operação Satiagraha, da PF. (págs. 1 e A10)
Governo desiste de biodiesel feito totalmente com óleo de mamona
O governo descartou a possibilidade de produzir biodiesel usando apenas óleo de mamona, segundo resolução da ANP (Agência Nacional do Petróleo) publicada em março, informa Humberto Medina. Celebrado pelo presidente Lula, o produto foi considerado inadequado pela ANP.O Ministério de Minas e Energia, porém, afirma que o “processo industrial de fabricação” consegue dar ao óleo viscosidade exigida pela norma da agência. (págs. 1 e B6)
Rodada de Doha está 'por um fio', afirma Amorim
As negociações da Rodada de Doha de abertura comercial, que entram em seu nono dia, estão “por um fio”, segundo o chanceler brasileiro, Celso Amorim. O maior obstáculo é a insistência da Índia em aumentar a proteção a seus agricultores. Brasil e Austrália tentam mediar uma solução. (págs. 1 e B3)
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O Estado de S. Paulo
Mulheres-bomba matam 57 em ataques no Iraque
Pelo menos 57 pessoas morreram e 300 e ficaram feridas em quatro ataques de mulheres-bomba em duas cidades do Iraque. Em Bagdá, tr~es mulheres se infiltraram entre a multidão de peregrinos xiitas que seguia para uma mesquita ao norte da cidade. Elas acionaram explosivos que carregavam junto ao corpo, matando no mínimo 32 pessoas. Em Kirkuk, ao norte do país, uma mulher detonou explosivos em meio a manifestantes curdos que protestavam contra mudança de regras eleitorais que pode reduzir o poder do grupo na região. O atentado provocou pelo menos 25 mortes. Insurgentes sunitas recrutam cada vez mais mulheres para lançar ataques suicidas no Iraque, pois elas conseguem driblar com mais facilidade os controles de segurança. Muitas escondem bombas sob a burka e não são sequer revistadas. (págs. 1 e A12)
Minc antecipa dados sobre queda no desmatamento
O Ministério do Meio Ambiente informou que em junho, houve redução de 20% no desmatamento da Amazônia.Os dados detalhados só serão divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Mas a assessoria do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, antecipou o número geral, ao convidar jornalistas para uma netrevista. (págs. 1 e A16)
Itamaraty troca apoio por etanol na OMC
O Brasil espera obter melhores condições para exportar etanol como retribuição por sua colaboração com os Estados Unidos na tentativa de acordo na OMC, informa de Genebra o correspondente Jamil Chade. (págs. 1 e B7)
Déficit com o exterior já chega a US$ 17,4 bi
O Brasil teve no primeiro semestre o pior resultado das contas externas desde 1947. De janeiro a junho, o déficit foi de US$ 17,4 bilhões, com aumento das remessas de lucros. No caso da indústria de transformação, as importações superam as exportações em US$ 1 bilhão, no primeiro déficit desde que o presidente Lula assumiu o poder, em 2003. (págs. 1, B1 e B4)
Brasileiro é morto em blitz policial nos EUA
O paranaense André Martins, de 25 anos, foi morto a tiros no domingo após perseguição por policiais em Massachussetts. Segundo autoridades dos EUA, Martins não obedeceu ordem de encostar seu carro. (págs. 1 e C1)
Notas e Informações: A Universidade do MST
O desvirtuamento do Pronera é flagrante e esse dinheiro seria mais bem aplicado na expansão dos tradicionais programas de extensão rural, que sempre deram bons resultados. (págs. 1 e A3)
Artigo: Xico Graziano
Fábrica d’água: A sustentabilidade da água começa a entrar na agenda do País. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Brasil
PF protege juíza eleitoral
As ameaças de morte à juíza eleitoral de Magé, Patrícia Domingues Salustiano, levaram a Polícia Federal a mantê-la sob proteção permanente. A pressão contra juízes, candidatos e contra o livre direito de voto já faz a PF investigar, há uma semana, a ação de traficantes e milícias que controlam áreas da Região Metropolitana. O mapeamento está adiantado. Apesar disso, o TRE-RJ e o governo estadual acreditam ainda não haver necessidade de uma força-tarefa federal para o caso, como sugerido ao Tribunal Superior Eleitoral. A idéia divide os postulantes à prefeitura. (págs. 1, Tema do Dia A2 a A4)
EUA e Índia se batem em Genebra. Brasil é chamado de traidor
Desacordos e trocas de acusações substituíram o cenário de otimismo em Genebra, nas negociações da Rodada Doha. Enquanto Brasil, Argentina e Índia discordavam entre si a respeito da proteção a agricultores contra importações – um jornal argentino chamou o Brasil de traidor – EUA, China e Índia se acusavam mutuamente de atrapalhar o acordo. (págs. 1 e Economia A17)
Polícia dos EUA mata brasileiro
Um patrulheiro da Yarmouth, em Massachusetts, EUA, matou a tiros o brasileiro André Martins, 25 anos, que teria furado uma blitz na madrugada de domingo. Além de imigrante ilegal, o jovem tinha maconha no carro. A família diz que foi execução. (págs. 1 e Internacional A21)
Gaffrée e Guinle sofre à míngua
Referência no tratamento da Aids, o Hospital Gaffrée e Guinle reduziu em 30% os atendimentos da doença nos últimos seis meses por falta de verba e pessoal. Há déficit de 260 funcionários e o orçamento anual de R$ 1,2 milhão não cobre a manutenção. (págs. 1 e Cidade A14)
Comércio espera Dia dos Pais forte apesar da inflação
A alta da inflação e das taxas de juros não derruba o otimismo no comércio para o Dia dos Pais. Segundo a Serasa, a data, que é a quinta mais rentável do varejo, registrará seu melhor desempenho nos últimos três anos. A Associação Comercial do Rio prevê um crescimento de 20% nas vendas em relação a 2007. As causas seriam crédito farto, dólar barato e aumento de renda. (págs. 1 e Economia A20)
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Correio Braziliense
Brasileiros torram US$ 5,5 bi no exterior
Por causa do dólar barato, os gastos de brasileiros das classes média e alta em viagens ao exterior atingiram a cifra de R$ 5,5 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Trata-se de valor recorde desde que o levantamento começou a ser feito pelo Banco Central, em 1947. A remessa de lucros pelas multinacionais para suas matrizes chegou a US$ 18,9 bilhões, outra marca sem precedentes. Descontado o capital que entrou no Brasil nesse período, a farra turística e o envio de dividendos foram tão grandes que, a partir deles, se formou o maior déficit da história nas transações com o resto do mundo: US$ 17,4 bilhões no primeiro semestre. "Esse quadro não vai mudar tão cedo", analisou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. No Palácio do Planalto, a preocupação agora é que o governo Lula esteja criando uma "herança maldita" para o sucessor. (págs. 1, 14 e 15)
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Amazônia perde área igual ao DF em um ano
A cada ano a Amazônia perde 0,5% de sua floresta, segundo ambientalistas. São quase 5 mil quilômetros quadrados devastados, uma área equivalente ao Distrito Federal. (págs. 1 e 10)
Bolsa Família virou a barbada eleitoralNão importa se o candidato é governo ou oposição. Os concorrentes a cargos públicos nas eleições municipais vão utilizar o programa do governo Lula para cabalar votos. (págs. 1 e 2)
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Valor Econômico
Juros elevados atraem capital de curto prazo
A elevação dos juros no Brasil, que deve prosseguir nos próximos meses, voltou a atrair massivamente capitais estrangeiros de curto prazo. Em julho, a três dias do fim do mês, já ingressaram US$ 3,227 bilhões dirigidos a aplicações de renda fixa, sobretudo a compra de títulos públicos, segundo dados do Banco Central. É mais do que três vezes os valores observados em junho. Para o BC, essa revoada é, em boa parte, fruto da realocação de carteiras – os investidores resgataram recursos aplicados em ações no país (US$ 3,495 bilhões) para aplicá-lo em renda fixa. O déficit em conta corrente subiu acima das expectativas e somou US$ 17,402 bilhões no primeiro semestre, ou 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB). As projeções do Banco Central são de um resultado negativo de 1,49% do PIB ao longo deste ano. Em um ano, entre o primeiro semestre de 2007 e de 2008, houve virada de US$ 19,815 bilhões nas contas correntes, que saíram de superávit de US$ 2,413 bilhões para déficit de US$ 17,402 bilhões. A maior parte da piora (46,7%) foi causada pela redução de US$ 9,228 bilhões no superávit comercial. O segundo fator mais importante foram as remessas de lucro e dividendos, que responderam por 46,4% da piora. Elas praticamente duplicaram no primeiro semestre e chegaram a US$ 31,621 bilhões nos 12 meses encerrados em junho. Três fatores principais, na visão do BC, contribuem para o crescimento das remessas. Primeiro, a maior lucratividade das empresas que estão colhendo resultados mais favoráveis graças ao bom desempenho da economia. Segundo, a apreciação da taxa de câmbio, que faz que o lucro aumente, quando o resultado apurado em reais é convertido em moeda estrangeira. Terceiro, a crise internacional, que estimula as filiais instaladas no país, que colhem bons resultados, a remeter recursos para cobrir perdas no exterior. Dois países que têm sido mais atingidos pela crise financeira encabeçam a lista dos principais destinos das remessas: Estados Unidos e Espanha. (págs. 1 C1 e C2)
Disputa põe Doha perto do colapso
As negociações para liberalizar o comércio global, a rodada de Doha, estava próxima do colapso nesta madrugada, vítima da disputa entre a Índia e a China, de um lado, e os EUA, de outro, sobre um mecanismo exigido pelos dois emergentes para frear importações agrícolas. Aos 12 minutos desta manhã de terça-feira, o porta-voz da Organização Mundial do Comércio (OMC) Keith Rockwemm, reconheceu diante de uma multidão de jornalistas: “A situação é muito tensa e bastante incerta.” Alguns países sugeriram um adiamento das negociações para setembro. Mas o Brasil foi um dos países que recusou essa solução. (págs. 1, A3 e A4)
Protestos nos call centers
A decisão do governo de criar uma regulamentação para o setor de call center, um mercado que emprega mais de 750 mil pessoas no país e que movimenta mais de R$5 bilhões por ano, causa polêmica e previsão de aumento de custos. (págs. 1 e B3)
Em carta. Vale tenta vetar Badin no Cade
O ministro da Justiça, Tarso Genro manterá a indicação de Arthur Badin para a presidência do Conselho Administrativo de defesa Econômica (Cadê), apesar da resistência de empresas que sofreram reveses no órgão. Badin é o atual procurador-geral do Cadê. Genro disse ter recebido bilhete de diretor de Gestão de Sustentabilidade da Vale, Dermian Fiocca, ex-presidente do BNDES no primeiro mandato de Lula, contestando a indicação de Badin. Ele também teria enviado carta semelhante ao chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho. Badin ganhou ação movida pala Vale contra decisão do Cadê. A empresa teve que ceder o direito ao excedente de minério de ferro em Casa de Pedra à CSN. (págs. 1 e A6)
Sócio concede crédito à Brasil Ecodiesel
Antes de completar dois anos como empresa aberta, a Brasil Ecodiesel teve de recorrer a um empréstimo de um de seus principais acionistas e fundador. Nelson José Côrtes da Silveira, para manter seus pagamentos. Desde junho,. Ele concedeu dois empréstimos à empresa, num total de R$30 milhões – pouco mais de cinco vezes o que a companhia tinha em caixa no fim de março. A primeira operação de crédito, de R$ 25 milhões foi feita em junho. Na sexta foi aprovada uma linha de mais R$10 milhões, financiada em 50% por Silveira e o restante pelos bancos Fibra, ABN Amro e Fator. A empresa informou ao Valor ter preferido um empréstimo de seu sócio no lugar de um aporte de capital pela agilidade da operação. Um aumento de capital, mesmo que dedicado só aos atuais investidores, exigiria o cumprimento de passos legais, como o período de preferência aos acionistas. (págs. 1 e D3)
Mais dólares por frutas
As exportações de frutas frescas encerraram o primeiro semestre com queda no volume, mas aumento no valor embarcado. As vendas totalizaram US$244,1 milhões, um crescimento de 19,9 em comparação com o mesmo período de 2007. (págs. 1 e B14)
FMI faz alerta sobre crise
Os mercados financeiros mudiais estão “frágeis” e os indicadores de riscos sistêmicos continuam “elevados”, com a crise de crédito nos EUA quase completando um ano, disse ontem o Fundo Monetário Internacional. (págs. 1 e C3)
BB cria novo banco
O Banco do Brasil anunciou ontem a criação de um banco para operar especificamente com financiamento de veículos. O banco começa a operar em 2009 e vai ser criado em parceria com o FirstRand. (págs. 1 e C8)
Descolamento da Bolsa?
A Bovespa resistiu o quanto pôde à queda dos mercados internacionais, graças à Petrobras e Vale, e fechou com queda de 0,58%, enquanto o Dow Jones teve baixa de 2,11%. (págs. 1 e D2)
Idéias: Delfim NettoObjetivo da extravagente elevação do juro é aprofundar a já desastrosa valorização do real. (págs. 1 e A2)
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Gazeta Mercantil
Como Júnior tornou-se um gigante com marcas populares
Lá se vão quase 40 anos desde que a família goiana Alves Queiroz trouxe para o Sudeste carretas com potes de ralo tempero de alho e sal, com a marca Arisco. Era o ano de 1969. A empresa foi vendida em fevereiro de 2000 para a multinacional americana Best Foods, que depois foi absorvida pela gigante angloholandesa Unilever. Com R$ 500 milhões nas mãos, o empresário João Alves de Queiroz Filho — mais conhecido como Júnior — voltou ao mercado para construir um novo império com a criação da Hypermarcas em 2001, que só no ano passado faturou R$ 1,4 bilhão. Mantendo a tradição de focar em marcas populares, a companhia acaba de adquirir o portfólio de produtos masculinos da Revlon no Brasil, com as marcas Bozzano, Acqua Marine, Juvena e Campos do Jordão. O valor, US$ 104 milhões (R$ 164 milhões), pode ser considerado alto para produtos de pouca expressão, mas coloca a empresa na disputa pela liderança em número de marcas. A empresa também concluiu a aquisição das marcas NY Looks e Radical, que atuam no mercado de modeladores para cabelos, pelo valor de R$ 60 milhões. A companhia fechou 2007 com mais de 65 marcas, sendo 15 produtos líderes de suas respectivas categorias e 16 vicelíderes. Com as recentes aquisições, a companhia já conta com mais de 100 marcas, a maioria de produtos populares como Assolan, Etti e Engov. Em junho, a Hypermarcas comprou o Farmasa. O negócio envolveu troca de ações entre a Hypermarcas, o GP Investment e a família Samaja. A empresa já havia adquirido a DM Farmacêutica em 2007. Com as aquisições, agrega mais R$ 470 milhões ao caixa. Segundo Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, após a oferta pública de ações, em que foram captados R$ 620 milhões, a meta da companhia é investir 60% do valor em aquisições e o restante em marketing. “Temos feito negócios complementares aos que já temos”, diz. Além disso, aposta no crescimento orgânico. “Lançamos em junho o analgésico Mirador e os desodorantes Monange e Leite de Colônia”, conta Bergamo. (págs. 1 e C1)
Juízes pressionam Tarso
Juízes, promotores e procuradores reuniramse ontem com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para convencê-lo a apoiar o veto à lei que blinda as bancas de advocacia. Outros ministros recomendaram o veto. (págs. 1 e A9)
Brasil registra déficit recorde de US$ 17,4 bi no 1º semestre
As remessas de lucros e dividendos e os gastos dos brasileiros no exterior provocaram o pior resultado das transações correntes no primeiro semestre do ano. Os dados fechados pelo Banco Central (BC) registraram déficit de US$ 2,596 bilhões em junho, ante superávit de US$ 539 milhões de igual período no ano passado. O desempenho mensal negativo contribuiu para produzir um déficit recorde de US$ 17,402 bilhões no primeiro semestre, equivalente a 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado reverteu o superávit de US$ 2,413 bilhões apurado no semestre em 2007. Para o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes, os investimentos estrangeiros diretos devem chegar a US$ 35 bilhões e compensar a queda das transações correntes até o final do ano. (págs. 1 e A6)
Infra-estrutura vai a mídia de olho nas ações
Em tempos de governança corporativa, ser transparente com os acionistas e manter uma imagem pública bem avaliada são fatores que influenciam positivamente no mercado de ações. De olho nesse cenário, empresas do setor de infra-estrutura como CCR, Quattor e Eletrobrás, entre outras, inseriram em suas estratégias a realização de campanhas publicitárias na TV para fortalecer a marca. Assim, “elas podem se colocar como a melhor opção de investimentos no mercado”, avalia Rui Rodrigues, vice-presidente de consultoria da MPM. (págs. 1 e C8)
Produtor adere às sementes certificadas
A expectativa de preços remuneradores diante da crescente demanda mundial por alimentos levou os produtores a investirem em tecnologia para o plantio da safra de verão. Em busca de maior produtividade, as sementes certificadas surgem como boa opção diante do forte aumento dos fertilizantes. Segundo a Abrasem, elas podem proporcionar produtividade até 30% maior que as sementes piratas. (págs. 1 e C10)
Frete pode subir 15% com o rodízio de caminhões
O frete das transportadoras que cruzam São Paulo pode subir até 15% em razão da paralisação dos caminhões para cumprir o rodízio que teve início ontem em São Paulo nas marginais e em grandes avenidas com fluxo de cargas. O presidente da NTC &Logística (entidade que representa associações e sindicatos dos transportes em todo o País), Flavio Benatti, afirmou que a avaliação dos prejuízos sairá em um mês. A RTE Rodonaves, empresa de transporte rodoviário de cargas com sede em Ribeirão Preto (SP), reajustou preços em 4% nas viagens para São Paulo. Já o presidente do G10, Claudio Adamucho, afirmou que poder haver perdas de até 12 horas por frete. Grupo que reúne cinco transportadoras, o G10 tem 500 caminhões, 140 dos quais cruzam a capital paulista todos os dias. Ontem, primeiro dia de rodízio, não houve melhora no trânsito nem o caos anunciado pelas transportadoras. A prefeitura, que espera redução de 20% nos congestionamentos, mobilizou 500 agentes para fiscalizar o cumprimento da medida. (págs. 1 e C7)
LLX quer mais R$ 800 milhões para portos
LLX e a IronX, companhias que resultaram da cisão parcial da MMX Mineração, estrearam ontem no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com o pé direito. Com o comunicado do controlador Eike Batista de que a transação de venda do controle da IronX à Anglo American será finalizada até 5 de agosto, as ações das novatas subiram 23,11% e 27,25%, respectivamente. Eike Batista assegurou que pagará indenização à Anglo em caso de prejuízo pela investigação da Polícia Federal na concessão obtida no Amapá. Com três projetos de portos na carteira, a LLX quer captar cerca de R$ 800 milhões neste ano. Os recursos poderão ser captados por meio de uma oferta primária de ações. “Estamos avaliando volume e mecanismo da captação”, diz Ricardo Antunes, diretor-presidente da empresa.(págs. 1 e A9 E B3)
Novos recursos do BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estuda a liberação de mais US$ 2 bilhões para o Brasil, informou ontem, em Recife, o presidente da instituição multilateral, Luís Alberto Moreno. (págs. 1 e A4)
BB faz parceria com o Firstrand
O Banco do Brasil (BB) e o sul-africano First- Rand Bank anunciaram investimento de R$ 1,31 bilhão em nova empresa para explorar o mercado de financiamento de veículos. (págs. 1 e B2)
BiodieselEntra em operação na Bahia a primeira usina de biodiesel da Petrobras.(págs. 1 e C2)
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