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quinta-feira, março 14, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''... PERO NO MUCHO!''

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BALA PERDIDA; TIRO NO PÉ

14/03/2013
União vai bancar 80% do trem-bala

Para evitar um novo fracasso no leilão do trem-bala, o governo decidiu aumentar a participação estatal no projeto, com a injeção de recursos dos fundos de pensão de empresas públicas. Previ, Petros e Funcef deverão assumir uma fatia em torno de 30% do capital. Nos bastidores, consórcios liderados por multinacionais estrangeiras têm cogitado não entrar na disputa, aumentando o risco de uma licitação sem propostas.
A estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL) já havia ampliado de 30% para 45% sua participação. A Empresa de Correios e Telégrafos pretende assumir até 5% adicionais. Com isso, cerca de 80% do projeto será bancado, direta ou indiretamente, pela União.

Governo usa fundos e vai "estatizar" o trem-bala


Por André Borges e Daniel Rittner | De Brasília


Para evitar um novo fracasso no leilão do trem-bala, o governo decidiu aumentar a participação estatal no projeto, com a injeção de recursos dos fundos de pensão de empresas públicas. Previ, Petros e Funcef deverão assumir uma fatia em torno de 30% no capital do trem de alta velocidade (TAV). Nos bastidores, consórcios liderados por multinacionais estrangeiras têm cogitado não entrar na disputa, aumentando o risco de um leilão vazio.

A Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal criada no ano passado, já havia ampliado de 30% para 45% sua participação acionária no trem-bala entre Rio, São Paulo e Campinas. A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) pretende assumir até 5% adicionais. Com isso, cerca de 80% do projeto será bancado pela União, direta ou indiretamente. A ideia é que os fundos de pensão entrem na sociedade do consórcio vencedor do leilão do trem-bala, que tem a entrega de propostas prevista para 13 de agosto.

A fórmula que está sendo desenhada para viabilizar o TAV se aproxima do único modelo que foi capaz de garantir o sucesso do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, em 2010. O leilão da usina só foi adiante, porque a Eletrobras entrou no negócio com 49,8% de participação. Coube a esses mesmos três fundos de pensão aderirem ao consórcio, com fatia de mais 27,5%, o que salvou a licitação de um fracasso.

Essa mudança pretende contornar a resistência dos consórcios estrangeiros que estão em formação para entrar efetivamente na disputa. Os grupos avaliam que o risco de demanda do projeto ainda é excessivamente alto. Conforme as regras do edital, o vencedor do leilão terá que pagar R$ 70,31 por cada quilômetro percorrido pelos trens.

Em um trecho de aproximadamente 500 quilômetros, que é a extensão total do TAV, isso significa que o grupo responsável pela operação do futuro trem-bala precisará desembolsar cerca de R$ 35 mil por viagem de cada trem - independentemente da quantidade de bilhetes vendidos. Além da outorga, calcula-se em mais R$ 5 mil o custo operacional de cada viagem, no mínimo

Para pagar essa conta, seria preciso que pelo menos 200 passageiros entrassem em cada um dos trens que circularão no trajeto, ao longo dos 40 anos de vigência do contrato de concessão. Esse volume mínimo toma por base a tarifa de R$ 200, em classe econômica, definida pelo governo no próprio edital do projeto.

Para as empresas, trata-se de uma estimativa otimista demais, mas essa não é a única dificuldade. O governo também exige que a operadora do trem-bala coloque pelo menos três trens por hora, na viagem expressa entre Rio e São Paulo, durante os horários de pico (de 6h às 9h e de 17h às 20h). Há um pedido das multinacionais para que essa exigência seja retirada e o próprio consórcio tenha liberdade total de definir a grade de funcionamento dos serviços oferecidos.

Três grupos despontam como favoritos, até agora, no leilão do trem-bala: o japonês (liderado pela Mitsui), o francês (encabeçado pela Alstom e pela SNCF) e o espanhol (Talgo e Renfe). Eles resistem, no entanto, a formar um consórcio para a disputa sem a presença de um grande parceiro brasileiro. Na movimentação que precede o leilão, pelo menos três empresas nacionais têm sido procuradas: Odebrecht Transport, CCR e Invepar.

Todas ainda têm ressalvas em relação ao projeto do trem-bala e não escondem que sua atenção está mais voltada para outras oportunidades no multibilionário pacote de concessões de infraestrutura, como as licitações de rodovias e de aeroportos, negócios considerados mais maduros e com menos riscos. Os estudos que vão definir a participação delas na disputa pelo TAV só ficam prontos em abril ou maio.

Para os grupos estrangeiros, o casamento com as empresas brasileiras é fundamental. As multinacionais que fabricam equipamentos de ponta para o trem-bala, como vagões e sistemas de comunicação, têm pouco interesse em assumir uma fatia acionária expressiva no negócio. Na prática, o que elas querem é fornecer suas tecnologias. Já as operadoras de outros países, como a SNCF e a Renfe, pretendem atuar apenas como prestadoras de serviço e preferem não ter nenhuma participação acionária no negócio.

Como diminui a exposição ao risco de demanda pelos investidores privados, o aumento da fatia estatal para cerca de 80% agrada as empresas. Além disso, segue uma tendência já verificada em países que decidiram apostar em trens de alta velocidade. Esses projetos só conseguem sair do papel com forte injeção de recursos públicos ou com subsídios.

Em ocasiões anteriores, o leilão do TAV já havia fracassado, diante da incerteza com os custos do empreendimento. O governo mudou o modelo e dividiu a licitação em duas etapas: uma para a operação e seleção de tecnologia, outra para as obras civis.
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FARINÁCEOS

14/03/2013
Em entrevista, Dilma elogia parceria com Renan e Collor

Ex-presidente afastado por impeachment é chamado de "nosso senador"

Luiza Damé

BRASÍLIA 
Em entrevista a emissoras de rádios de Alagoas, ontem, a presidente Dilma Rousseff deixou claro para os alagoanos a importância que dá aos políticos do estado, ao falar de seus aliados preferenciais no Congresso. 

Para aprovar projetos de interesse do Palácio do Planalto, Dilma destacou a importância da parceria com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de pressão dos movimentos sociais para deixar o cargo, e com o senador Fernando Collor, ex-desafeto do PT. Provocada por um dos radialistas, Dilma chamou Collor de "nosso senador" e o citou três vezes durante a entrevista de cerca de meia hora. 

Também falou do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) e do senador Benedito de Lira (PP). A presidente prometeu atender a pleitos avalizados pelos três senadores do estado.

- É fundamental quando a gente dirige um país do tamanho do Brasil, que a gente faça parcerias. Daí a importância da parceria que nós estabelecemos com o governador, com os parlamentares, o nosso senador Fernando Collor, o senador Renan Calheiros, o senador Benedito de Lira. Todas essas parcerias, também com os prefeitos, são cruciais. Isso explica porque nós temos tido muito interesse em atender pleitos dos senadores - disse.

Segundo a presidente - que na terça-feira esteve em Alagoas, acompanhada de Renan e Teotônio, para inaugurar obras e foi alvo de uma pequena manifestação de protesto - os senadores alagoanos pediram a pavimentação de um trecho de 49 quilômetros da BR-316, entre Carié e a divisa com Pernambuco, além da construção de um viaduto no entroncamento da BR-104 com a BR-316. Dilma disse que o governo federal vai fazer as duas obras.

- Nós vamos fazer esses investimentos - garantiu.

Na entrevista para a Rede Gazeta de Rádio e a rádio Delmiro AM e FM, a presidente disse que o governo investiu R$ 5,1 bilhões em obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, ressaltando que esses investimentos são fundamentais para Alagoas e para todo o Brasil. E citou novamente a importância do papel de Collor:

- Na verdade, o senador Fernando Collor tem sido um parceiro nosso nesses processos na medida em que ele participa de todas as decisões no que se refere às medidas que nós precisamos que o Legislativo tome para auxiliar as nossas atividades.

Collor é o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. 

Nas eleições presidenciais de 1989, ele derrotou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois foi tirado com a participação do PT, mas acabou se aliando ao Planalto no governo Lula, ao se filiar ao PTB.
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FRANCISCO I [In:] O RETORNO DO BOM PASTOR

14/03/2013
A missão de Francisco

Maior desafio do novo pontífice é tirar a Igreja Católica da crise e levá-la para mais perto do povo.

Primeiro jesuíta, e também latino-americano, a sagrar-se papa, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, pertence a uma ordem que se notabilizou por levar o catolicismo a regiões recém-descobertas, como as missões que catequizaram índios no Brasil e em países vizinhos. Por isso, sua eleição sinaliza que a Igreja Católica fez uma clara opção: quer estar mais perto do povo, com menos pompa e mais trabalho de evangelização, à imagem e semelhança de seu novo líder. Avesso à ostentação, Bergoglio trocou a vida em palácio por um apartamento simples, prepara a própria comida, deixou de lado motorista e carro oficial para andar de metrô e ônibus. Não à toa, decidiu chamar-se Francisco. Seria homenagem a São Francisco de Assis, que renunciou à vida mundana, virou frade e acabou liderando a renovação da Igreja à época. Mas, para a Argentina, a eleição de Bergoglio é controversa. Pesam contra ele, no país, denúncias de que colaborou no sequestro de dois jesuítas e de bebês durante a ditadura militar. Ele nega.

I - Retomar o dom evangelizador
O Latino-americano Bergoglio precisa se voltar para os povos mais pobres e dar a eles a atenção especial que o Vaticano nunca ofereceu.

II - Reexaminar o papel da Igreja
João XXIII propôs um retorno em cinco séculos para que a Igreja fizesse um autoexame. Daí surgiu o Concílio Vaticano II.

III - Reformara Cúria Romana
Espera-se que o novo pontífice acabe com as divisões internas e escolha assessores capazes de traduzir os anseios da comunidade.

IV - Restaurar a credibilidade
Escândalos como os do banco do Vaticano e do VatiLeaks minaram a confiança na administração dos assuntos internos da Igreja.

V - Estancar a fuga de fiéis
Terá que recuperar o terreno perdido para os evangélicos e para o islamismo e conter a diminuição do catolicismo na Europa.

VI - Combater com rigor a pedofilia
As famílias e as vítimas de abusos sexuais cobram ações e respostas mais rápidas do Vaticano na apuração das denúncias.

VII - Conviver com a sombra de Bento XVI
Como há mais de 600 anos não acontecia, Francisco terá que reger seus fiéis com seu antecessor ainda vivo e influente.


Paixão à primeira bênção

Ao anoitecer do segundo dia de conclave, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio surpreendeu a multidão de fiéis e o mundo como o papa Francisco

» DIEGO AMORIM Enviado especial

Papa Francisco
Cidade do Vaticano — O povo queria papa. E, mesmo tão esperado, ele veio de surpresa. Estava escuro, fazia 8ºC e a chuva fina não parava de cair na Praça de São Pedro. A segunda tarde do conclave estava terminando e a expectativa dos fiéis era crescente depois da fumaça negra ao fim de quatro votações, a primeira delas na véspera. A multidão, embaixo de guarda-chuvas coloridos, ainda repetia cânticos e orações quando ecoaram os primeiros gritos de euforia. O relógio marcava 19h08 (15h08 em Brasília) quando a chaminé da Capela Sistina expeliu fumaça branca, anunciando que os 1,2 bilhão de católicos tinham um novo líder. A multidão em êxtase precisou esperar praticamente mais uma hora até que as luzes do balcão central da Basílica de São Pedro se acenderam e o cardeal-díacono Jean-Louis Tauran surgiu para o aguardado anúncio: “Habemus papam!”

O 266º pontífice é o primeiro a adotar Francisco como nome. É também o primeiro formado na Companhia de Jesus. E o primeiro da América Latina: os 115 cardeais eleitores escolheram o argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos. No conclave de 2005, o cardeal Bergoglio era um nome forte e rivalizou com o alemão Joseph Ratzinger, eleito papa Bento XVI. Desta vez, ele mal figurava na lista dos papabili. “Argentino, argentino!”, vibrou imediatamente o grupo de hermanos na praça, identificado pela bandeira celeste. “Não dá para acreditar, não é possível. Quem poderia imaginar?”, perguntava, com os olhos arregalados, o operador de telemarketing argentino Claudio Mariani, 46 anos, assediado por jornalistas do mundo inteiro.

Com as varandas laterais da Basílica ocupadas pelos cardeais, as cortinas vermelhas de veludo se abriram novamente para a primeira aparição do papa Francisco. Sob os olhares do mundo, Sua Santidade surgiu, de branco da cabeça aos pés. “Vocês sabem que o objetivo do conclave era dar um bispo a Roma. E parece que meus amigos cardeais foram buscar quase no fim do mundo. Mas aqui estamos”, brincou, logo no início, arrancando risos e aplausos.

Antes da protocolar bênção Urbi et Orbi (“para a cidade e para o mundo”), o papa que não aparecia nas bolsas de apostas nem nos cenários traçados pelos mais experientes vaticanistas iniciou o pontificado surpreendendo. Em italiano, com fala mansa e pausada, conduziu uma oração pelo predecessor e puxou em seguida um pai-nosso, uma ave-maria e um glória ao pai — as três rezas mais triviais da fé católica. Depois, o gesto que silenciou a multidão: do alto da Basílica, o homem que acabara de ocupar o cargo máximo da Igreja Católica curvou-se, por conta própria, para receber as preces do povo. “Começamos este caminho, bispo e povo, juntos, em irmandade, amor e confiança recíproca. Rezemos uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande irmandade”, pediu, antes de desejar boa noite e bom descanso.


Papa pop


Em poucos minutos, o papa Francisco conquistou os fiéis. “Gostei da primeira impressão. Ele pareceu simpático e bem acessível”, opinou a estudante portuguesa Cristina Neves, 21, que faz intercâmbio em Roma. “É um latino-americano! Agora, estou me sentindo representado”, comemorava o seminarista boliviano Israel Huasco, 28.

Enquanto os fiéis dispersavam, a enfermeira brasileira Vânia Moura, 40 anos, que vive em Roma há 13, ainda enxugava as lágrimas. “As palavras e o jeito de falar dele me tocaram. Senti um calor de pai, de avô, como se ele fosse da minha família”, dizia, tentando explicar a emoção. “Ele puxou orações que a gente aprende criança. E pediu que a gente o abençoasse. Foi incrível”, emendou a freira catarinense Deisi Naibo, 29, também residente na capital italiana.

De batina molhada e terço em mãos, padres davam pulos de alegria. Freiras choravam e sorriam ao mesmo tempo, enquanto jovens se abraçavam. “Simplesmente, não acredito que estou vivendo isso”, era tudo o que conseguia dizer o psicólogo catarinense Cristian Stassun, 28 anos, que faz doutorado em Roma. As cenas, embaladas pelo ressoar dos sinos, eram de vitória e de alívio na praça tomada pela multidão, avaliada em 100 mil pessoas. Bandeiras de vários países — incluindo as brasileiras — tremulavam, dividindo espaço com tablets, celulares e câmeras. Os brados estridentes de “Viva o papa!” vinham de todos os lados.


Reencontro (quase) marcado


Pouco depois de ser eleito, o papa Francisco falou por telefone com o antecessor, Bento XVI, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. Os dois combinaram um primeiro encontro “em breve”, acrescentou o padre Lombardi, que aproveitou para ressaltar a empatia imediata entre o pontífice e os fiéis que lotaram a Praça de São Pedro. “Ele fez um belo gesto ao pedir sua bênção e ao se curvar (ante os fiéis).”


Agenda lotada


Francisco tem pela frente uma pequena maratona de compromissos nos primeiros sete dias de pontificado. Hoje, o papa deve acordar cedo para uma “visita particular” à Basílica de Santa Maria Maior. “Vou rezar à Virgem para que ela proteja a cidade de Roma”, anunciou, em sua primeira declaração como bispo da capital italiana. À tarde, por volta das 13h, o pontífice celebrará missa na Capela Sistina com os demais 114 cardeais eleitores. Amanhã, às 7h, receberá o Colégio Cardinalício na Sala Clementina. No sábado será a vez dos jornalistas e responsáveis pela comunicação do Vaticano. O primeiro domingo do novo papa marcará sua primeira bênção do Ângelus, pronunciada às 8h (6h em Brasília) dos aposentos oficiais. A missa de entronização será celebrada em 19 de março — dia de São José —, na Basílica de São Pedro. A semana do pontífice termina com uma audiência aos delegados fraternais, sem a tradicional audiência geral das quartas-feiras.
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QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

Sinopses anteriores:  
14 de março de 2013
O Globo

Manchete: O Papa das Américas
O primeiro Francisco; O primeiro Jesuíta; O primeiro não europeu desde o ano 741; O primeiro latino-americano:

Fora da lista de favoritos, argentino Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires envolvido em polêmicas sobre Direitos Humanos, é escolhido Pontífice logo no segundo dia do conclave.

O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, eleito ontem o 266º Papa da Igreja Católica num conclave de apenas cinco votações, traz consigo uma série de aspectos inéditos na liderança de 1,2 bilhão de católicos: trata-se do primeiro Papa jesuíta, o primeiro latino-americano da História e o primeiro não europeu em 1.200 anos. E também será o primeiro Papa com o nome de Francisco, uma homenagem a Francisco de Assis. A eleição de Bergoglio, que terminou em segundo lugar no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, surpreendeu os vaticanistas, pois não constava em listas de papáveis, devido à idade avançada. Sua escolha reforça para a Igreja a importância da América Latina, que abriga 42% dos católicos no planeta, e a percepção de que o futuro do catolicismo está no Hemisfério Sul. "Parece que meus amigos cardeais foram quase até o fim do mundo para buscar um Papa, mas aqui estamos" saudou, em italiano, a multidão de fiéis que o aguardava na Praça de São Pedro. O Papa Francisco é tido como conservador,bem-humorado e brincalhão. Fez oposição veemente à legalização do casamento gay na Argentina. E é crítico do governo Kirchner. Mas pesam sobre ele denúncias de omissão no desaparecimento de dois jesuítas durante a ditadura argentina.

Papa piadista: Ele cozinha e anda de ônibus

Como cardeal, Jorge Bergoglio dispensou o conforto da moradia na Arquidiocese de Buenos Aires para viver num simples quartinho. Abriu mão de carros oficiais para andar de ônibus e metrô. Vive sem um pulmão desde 1948, que perdeu após uma infecção respiratória."Faz piadas sobre religião, é torcedor do San Lorenzo e cozinha desde criança: "Bom, nunca matei ninguém',' disse sobre seus dotes culinários.

“Foram quase até o fim do mundo para buscar um Papa”
Papa Francisco, em sua primeira bênção.

Artigos

Luiz Paulo Horta: Sem tocar Bandoneón
Dele não se esperam revoluções. Mas uma nova evangelização mundo afora.

José Casado: Batina polêmica
Testemunha das obscuras relações da Igreja com a ditadura argentina.

Frei Betto: Difíceis desafios
Francisco se empenhará numa profunda reforma da Igreja. (Págs. 1 e caderno especial e editorial “Expectativas que cercam o novo Papa")
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Francisco, o papa argentino
Primeiro pontífice do continente americano, Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, é também o 1º jesuíta a ocupar trono de Pedro • Escolha surpreendeu fiéis e analistas • Seu nome rompeu impasse entre grupos pró e contra a Cúria

Habemus papam

Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito ontem o 266º papa na quinta votação, no segundo dia de conclave. Arcebispo de Buenos Aires, o primeiro pontífice do continente americano é também o primeiro jesuíta e o primeiro Francisco, nome que adotou, a ocupar o trono de Pedro, informam os enviados especiais Jamil Chade, José Maria Mayrink e Andrei Netto. A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina, sinalizando a decisão dos 115 cardeais, às 19h10 (15h10 em Brasília). Uma hora depois, o argentino apareceu no balcão da Basílica de São Pedro, para uma Praça São Pedro lotada. Em seu pronunciamento, pediu aos católicos, que somam 1,2 bilhão, que empreendam “um caminho de fraternidade e de amor”. Uma surpresa para o mundo, seu nome rompeu o impasse entre os dois grupos, pró e contra Cúria, que haviam se formado nos últimos dias, derrotando o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer. Para analistas, os cardeais escolheram o “papa possível”, que deverá conduzir a Igreja para uma transição que se acreditava finalizada com a renúncia de Bento XVI. (Págs 1 e Caderno Especial)

Perfil: O Jesuíta leitor de Dostoievski

Colaboradores definem o novo papa como “sóbrio” e “afável”. Outros dizem que é “frio” e “autoritário”. Homem de poucas palavras, manteve silêncio sobre sua vida. Os que o conhecem sustentam que ele mostra paixão ao falar de Fiodor Dostoievski, seu escritor preferido. Também é alvo de grupos de direitos humanos, que o acusam de silenciar diante dos crimes praticados na ditadura. (Págs. 1, H4 e H5)

Fotolegenda: Surpresa

Fiéis que lotavam a Praça São Pedro, entre os quais centenas de padres e freiras, precisaram de alguns minutos para entender o nome do papa.

Dilma diz que País espera vinda do pontífice ao Rio

A presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota, que fiéis brasileiros aguardam “com expectativa” a vinda do papa Francisco ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, em julho. “Esta visita fortalece as tradições religiosas brasileiras e reforça os laços que ligam o Brasil ao Vaticano”, afirmou. Ela ainda não garantiu presença na primeira missa. (Págs. 1 e H5)

“Parece que os cardeais foram me buscar no fim do mundo.”

“Antes de o bispo abençoar o povo, vos peço que vocês rezem ao senhor para que me abençoe”
Papa Francisco, no primeiro pronunciamento

Primeira missa será o Angelus, na Praça São Pedro

Depois de dois domingos sem Angelus, em razão da renúncia de Bento XVI, a Igreja Católica voltará a celebrar sua oração dominical, agora sob o comando do papa Francisco, na Praça São Pedro. Antes, porém, Francisco deve visitar a Basílica de Santa Maria Maggiore, a mais antiga igreja romana dedicada a Nossa Senhora. (Págs. 1 e H2)
MP de Brasília vai investigar acusação de Valério sobre Lula
O depoimento prestado em setembro pelo operador do mensalão, Marcos Valério, revelado pelo Estado, foi remetido para o MPF em Brasília. O procurador da República em MG Leonardo Melo alegou não ter competência para investigar parte dos fatos narrados por Valério. Já os repasses financeiros citados no depoimento estão sendo apurados em MG. (Págs. 1 e Nacional A8)
Argentina faz ameaça à Vale
O governo argentino ameaça retirar a concessão do projeto de potássio em Mendoza, suspenso pela Vale. “Se não exploram (a concessão), vão perdê-la”, disse o ministro Julio de Vido (Planejamento). (Págs. 1 e Economia B1)
Marin usa CBF para negar caso Herzog
O presidente da CBF, José Maria Marin, usou o site da instituição na internet para publicar texto no qual nega que teria apoiado a ditadura militar e que seria um dos responsáveis pela prisão do jornalista Vladimir Herzog. (Págs. 1 e Nacional A7) 
José Serra 
Nada além dos fatos

A desindustrialização do País, com suas consequências nefastas, é matéria de fato, não de gosto. Basta que chamemos a coisa pelo nome que ela tem. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
David Brooks
Os que lideram a mudança

Sejam eles quem forem, não falam em congressos nem parecem ansiosos por celebridade ou por riqueza com o lançamento do projeto sensacional. (Págs. 1 e Visão Global A16)
Notas & Informações
Um orçamento superado

Receita foi estimada com base em expectativa de crescimento econômico de 4,5%, já abandonada. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: A missão de Francisco
Maior desafio do novo pontífice é tirar a Igreja Católica da crise e levá-la para mais perto do povo.

Primeiro jesuíta, e também latino-americano, a sagrar-se papa, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, pertence a uma ordem que se notabilizou por levar o catolicismo a regiões recém-descobertas, como as missões que catequizaram índios no Brasil e em países vizinhos. Por isso, sua eleição sinaliza que a Igreja Católica fez uma clara opção: quer estar mais perto do povo, com menos pompa e mais trabalho de evangelização, à imagem e semelhança de seu novo líder. Avesso à ostentação, Bergoglio trocou a vida em palácio por um apartamento simples, prepara a própria comida, deixou de lado motorista e carro oficial para andar de metrô e ônibus. Não à toa, decidiu chamar-se Francisco. Seria homenagem a São Francisco de Assis, que renunciou à vida mundana, virou frade e acabou liderando a renovação da Igreja à época. Mas, para a Argentina, a eleição de Bergoglio é controversa. Pesam contra ele, no país, denúncias de que colaborou no sequestro de dois jesuítas e de bebês durante a ditadura militar. Ele nega.

I - Retomar o dom evangelizador

O Latino-americano Bergoglio precisa se voltar para os povos mais pobres e dar a eles a atenção especial que o Vaticano nunca ofereceu.

II - Reexaminar o papel da Igreja

João XXIII propôs um retorno em cinco séculos para que a Igreja fizesse um autoexame. Daí surgiu o Concílio Vaticano II.

III - Reformara Cúria Romana

Espera-se que o novo pontífice acabe com as divisões internas e escolha assessores capazes de traduzir os anseios da comunidade.

IV - Restaurar a credibilidade

Escândalos como os do banco do Vaticano e do VatiLeaks minaram a confiança na administração dos assuntos internos da Igreja.

V - Estancar a fuga de fiéis

Terá que recuperar o terreno perdido para os evangélicos e para o islamismo e conter a diminuição do catolicismo na Europa.

VI - Combater com rigor a pedofilia

As famílias e as vítimas de abusos sexuais cobram ações e respostas mais rápidas do Vaticano na apuração das denúncias.

VII - Conviver com a sombra de Bento XVI

Como há mais de 600 anos não acontecia, Francisco terá que reger seus fiéis com seu antecessor ainda vivo e influente. (Págs. 1 e Suplemento especial)
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Valor Econômico

Manchete: BNDESPar concentra ainda mais seus investimentos 
O BNDESPar, braço de participações do BNDES, aumentou a concentração de seus investimentos em setores de óleo e gás, mineração e energia nos últimos dez anos. Levantamento feito pelo Valor, incluindo participações diretas e indiretas, mostra que o peso desses três setores passou de 54% para 75% do total da carteira entre 2002 e 2012.

Incluídos outros dois setores - alimentos e papel e celulose - a concentração sobe para 89% da carteira total de ações. Em termos financeiros, isso significa que dos R$ 74,5 bilhões investidos pela empresa de participações no fim do ano passado, R$ 66,3 bilhões estavam em cinco setores. E estes não são exatamente os mesmos que foram alvo de políticas industriais dos últimos governos. (Págs. 1b A4 e A5)








União vai bancar 80% do trem-bala
Para evitar um novo fracasso no leilão do trem-bala, o governo decidiu aumentar a participação estatal no projeto, com a injeção de recursos dos fundos de pensão de empresas públicas. Previ, Petros e Funcef deverão assumir uma fatia em torno de 30% do capital. Nos bastidores, consórcios liderados por multinacionais estrangeiras têm cogitado não entrar na disputa, aumentando o risco de uma licitação sem propostas.

A estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL) já havia ampliado de 30% para 45% sua participação. A Empresa de Correios e Telégrafos pretende assumir até 5% adicionais. Com isso, cerca de 80% do projeto será bancado, direta ou indiretamente, pela União. (Págs. 1 e A3)
Euforia e dúvidas envolvem novo papa
Um buzinaço começou subitamente, ontem, por volta das 16h no centro de Buenos Aires. Nas calçadas, em pequenas rodas ou com o celular na mão, pedestres gritavam "Bergoglio!", sem esconder o assombro com a notícia da escolha de um argentino como o primeiro papa não europeu em mil e trezentos anos. Nos bares e cafés, pessoas se acotovelavam para acompanhar as primeiras palavras do cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, como o papa Francisco.

A eleição do cardeal argentino foi uma surpresa mundial. Ele não estava nas listas de favoritos e será o primeiro papa do Novo Mundo nos 2.000 anos de história do cristianismo. Isso reflete uma mudança demográfica no Catolicismo Romano: a América Latina agora é a casa de mais de um terço dos 1,2 bilhões de católicos do mundo. Ao se referir a sua origem, na varanda da Basílica de São Pedro, o novo papa disse: "Parece que os meus irmãos cardeais foram quase até o fim do mundo para encontrar um papa". (Págs. 1, A15 e A17)
Dilma dá aval a fundo para infraestrutura
A presidente Dilma Rousseff autorizou integralmente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a levar adiante a proposta de criação do fundo que vai repassar recursos do Tesouro Nacional para o sistema bancário privado e público. Seu formato ainda está em discussão. Ele pode vir a receber dinheiro barato do Tesouro e repassá-lo para os bancos para que o sistema financeiro seja incorporado ao financiamento de infraestrutura. Ou pode usar parcial ou integralmente R$ 15 bilhões de depósitos compulsórios para empréstimos-ponte aos vencedores das concessões. (Págs. 1 e C14)

Bolsa planeja criação de corretoras simplificadas
Depois de prorrogar de 2014 para 2018 a meta de conquistar 5 milhões de investidores pessoas físicas - hoje são cerca de 580 mil - a BM&FBovespa espera a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central para um projeto que ampliará a rede de distribuição de seus produtos no país. O plano é criar a figura do "agente distribuidor", que funcionará como uma pequena corretora.

O público-alvo são bancos de investimentos, gestores de fundos e escritórios de agentes autônomos, além de corretoras com pouco capital para investir em tecnologia ou bancar os R$ 25 milhões em garantias que, em média, são necessários para ser um participante da bolsa. (Págs. 1 e C1)

3M ajusta o foco para crescer
Com destaque para três das cinco áreas em que atua no Brasil — saúde, consumo e petróleo e gás —, a americana 3M pretende dobrar seu faturamento no país até 2016, chegando a R$ 6 bilhões. (Págs. 1 e B5)
Sem oferta, CAB vai à Bovespa Mais
A CAB Ambiental, controlada pelo grupo Galvão, anuncia nos próximos dias sua listagem no Bovespa Mais, o segmento de acesso da bolsa. Inicialmente, não há intenção de realizar uma oferta pública de ações. (Págs. 1 e Bll)

Ameaça ao acordo do algodão
Os cortes automáticos no orçamento dos EUA, decretados desde o começo do mês, ameaçam o acordo feito com o Brasil na OMC, que garante indenização de US$ 147 milhões anuais aos produtores brasileiros de algodão. (Págs. 1 e B14)
Desvalorização cíclica da libra
A libra acumula desvalorização de 8,5% frente ao dólar no ano, só atrás do iene (10,9%). Essa depreciação mostra um comportamento cíclico nas últimas quatro décadas, quando em cada uma delas houve um episódio semelhante. (Págs. 1 e C14)

Gargalo de roteiristas
Crescimento da TV paga e a imposição de cotas de conteúdo nacional levam governos, programadoras e operadoras a investir em concursos, palestras e laboratórios para descobrir novos roteiristas. (Págs. 1 e D4)
EUA e Brasil trocarão dados fiscais
Assinado em março de 2007 pelos governos do Brasil e dos EUA e desde então parado no Congresso, o acordo para a troca de informações fiscais sobre contribuintes dos dois países foi aprovado pelo Senado e já está em vigor. (Págs. 1 e E1)

Ideias
Ribamar Oliveira
Reforma do ICMS terá grandes dificuldades para ser aprovada pelo Congresso Nacional neste ano. (Págs. 1 e A2)

Mário Mesquita
O melhor é voltar às ações convencionais de política monetária e começar a mover a taxa básica em direção ao nível neutro. (Págs. 1 e A19)
E.ON afirma que Brasil e MPX são chaves para sua estratégia (Págs. 1 e B12)

Montadoras ampliam rede de concessionárias no interior do país (Págs. 1 e B6)

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