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domingo, novembro 29, 2009

A HORA DO "ÂNGELUS": ADVENTO: O PERDÃO

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29/11/2009 – 1º Domingo do Advento


Submitted by Osvaldo Silva
on segunda-feira, 23 novembro 2009.

Advento


O Advento (do latim Adventus: “chegada”, do verbo Advenire: “chegar a”) é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.

Origem

A primeira referência ao “Tempo do Advento” é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragossa prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.

O tempo do advento e suas características

O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada “Antífonas do Ó“.

Símbolos do Advento

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

A coroa de advento

Origem: A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para anunciar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

A forma circular

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.

As ramas verdes

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta.

As quatro velas

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a alegria do rei David que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.

As cores das velas do Advento são

Roxa, Vermelha, Branca e verde.

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http://pastoralfamiliaruberlandia.org.br/newportal/?p=550

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Religião e Comportamento Suicida


Alexander Moreira de Almeida
Psiquiatra, doutorando em psiquiatria pela FMUSP.
Coordenador do NEPER (Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do
IPq-HC-FMUSP). Diretor Clínico do Hospital João Evangelista.
Francisco Lotufo Neto
Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.

As religiões, como norma geral, condenam enfaticamente a interrupção voluntária da vida. Tendem considera-la como um sagrado dom de Deus do qual o ser humano não deveria se dispor voluntariamente. Com algumas variações, esta visão existe no Cristianismo, Islamismo, Judaísmo e Hinduísmo. O Budismo, apesar de não cogitar da existência de Deus, também tem uma postura, embora menos enfática, de desaprovação do suicídio (Pessini, 1999; Bathia, 2002). Além disso, a grande maioria da população no mundo professa alguma religião, o que deveria tornar o estudo entre a religiosidade e suicídio um tema relevante. Contudo, esse ainda é um tema muito negligenciado nas pesquisas, as escalas de risco de suicídio ignoram quase completamente a religião e espiritualidade (Koehoe, 1994).
Como será exposto ao longo deste capítulo, apesar das controvérsias metodológicas, diversos estudos têm apontado que a religião é um importante fator protetor contra o comportamento suicida. Nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, um país onde 90% da população considera a religião muito importante em suas vidas (Gallup, 1996), um estudo com 100 tentativas graves de suicídio revelou que 51% desses indivíduos não tinham qualquer crença religiosa (Hall, 1999). Com o intuito de fornecer uma visão abrangente e baseada em evidências, serão revisados os principais estudos que investigam a relação entre religião e comportamento suicida. Os problemas metodológicos (na avaliação da religiosidade dos indivíduos, nos estudos ecológicos, etc.) das investigações sobre o tema serão debatidos e buscar-se-á traçar um panorama do que há de mais atual no entendimento da influência da religiosidade no comportamento suicida.

Religião e Suicídio
O primeiro método desenvolvido para abordar este tema foi a investigação das relações entre a afiliação a um dado grupo religioso e as taxas de suicídio.
O trabalho clássico de Durkheim (1897) foi o ponto de partida para os estudos sociológicos acerca das relações entre religião e suicídio. Ele comparou as taxas de suicídio de diversos países levando-se em conta a religião predominante em cada um deles. Seus achados basicamente apontaram para uma incidência de suicídios 50% maior nos países protestantes em relação aos de maioria católica. Para mais informações sobre as idéias de Durkheim, o leitor deve consultar o capítulo 4, sobre Teoria social e suicídio.

Alguns trabalhos corroboraram com esta visão de Durkheim encontrando maiores taxas de suicídio entre protestantes em relação a católicos, muçulmanos e judeus (Jarvis e Northcott, 1967; Argyle e Beith-Hallahmi 1975).

Um outro achado que tem sido replicado é que as minorias religiosas têm menores taxas de suicídio em relação aos que se declaram adeptos da religião majoritária (Stengel, 1964). Quando uma religião é a predominante em um país, muitas pessoas referem ser adeptos desta denominação religiosa sem de fato serem membros ativos e participantes. Grupos menores têm uma disciplina mais intensa, algumas vezes imposta pela reação da cultura dominante acerca dos movimentos minoritários ou estrangeiros (Jarvis e Northcott, 1987).

As principais críticas metodológicas às conclusões de Durkheim e trabalhos com resultados discordantes foram resumidos por Stack (1992):
• Três regiões geográficas onde a taxa de suicídio entre católicos era maior que a dos protestantes não foram avaliadas.
• Não foi utilizado controle para desenvolvimento econômico, apesar das regiões católicas serem menos desenvolvidas que as protestantes.

• Pequena porcentagem da população é membro da Igreja Anglicana, não podendo ser esta a responsável pela alta taxa de suicídios na Inglaterra (Stark e cols., 1983).
• Quando se controla a modernização e a taxa de divórcio, as diferenças entre as nações desaparecem.
• Alguns trabalhos norte-americanos, comparando católicos e protestantes, também não mostram o catolicismo protegendo contra suicídio ( Stack, 1992).
• Entre protestantes, há diferenças na taxa de suicídio, com os luteranos, metodistas e batistas do sul apresentando taxa menor.

Os estudos mais antigos parecem ser mais claros em encontrar uma diferença interdenominacional (entre os adeptos de diversas religiões) na propensão ao suicídio. Uma explicação teórica acerca das diferenças entre as conclusões de Durkheim e os dados atuais encontra-se no fato de que os níveis de integração entre católicos diminuíram nos últimos anos, havendo, como conseqüência, convergência das taxas de suicídio (Koenig, 2000).

Importante salientar que a teoria sociológica e os estudos ecológicos iniciados por Durkheim têm produzido resultados controversos. Duas das principais críticas foram a ausência de controle de variáveis de confusão e o risco das inferências feitas a partir de estudos desenvolvidos com agregados populacionais e não com indivíduos. Após o controle de variáveis de confusão relevantes (desemprego, desenvolvimento socioeconômico etc.) as regiões predominantemente católicas não têm se mostrado com menores taxas de suicídio que as regiões protestantes (Douglas, 1967; Kramer e cols.,1972; Koenig, 2000).

Kramer e cols. (1972) avaliaram os dados sobre países europeus, classificando-os numa tabela 2 X 2, segundo a religião que predominava no país, e alta ou baixa prevalência de suicídio (consideraram como alta a taxa acima de 10 suicídios por 100.000 habitantes). Os países distribuíram-se igualmente entre as quatro células da tabela, sugerindo que a religião seria apenas uma das variáveis e que outros fatores, como índices econômicos, sociais e políticos poderiam ter papel importante. Especialmente a industrialização parece ser relacionada ao aumento da taxa de suicídio e à diminuição da taxa de homicídio, a despeito da religião predominante no país.

Um outro problema nestes estudos é o fato de considerarem a denominação religiosa como a variável de análise da religiosidade. Entretanto, cada vez mais se tem percebido que muito mais importante do que qual religião um indivíduo professa, é o tipo e o grau de envolvimento que o indivíduo tem com a sua religião. Ou seja, o uso apenas da afiliação religiosa traz muito poucas informações válidas e úteis para o estudo do impacto da religiosidade na saúde (Jarvis e Northcott, 1987; Koenig, 2000).
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(*) N.B.: Este artigo está formatado em 16 páginas. Pretendemos dar continuidade na postagem nos próximos domingos para que este ''post'' não se torne longo e, não-raro, deixe de cumprir a sua função. Todavia, aos leitores interessados em sua conclusão poderão acessá-lo através do sítio que se segue:
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Capítulo Publicado no Livro : MELEIRO, A. M. A. S.; Teng, C. T.; Wang, Y. P. (Eds.) Suicídio: Estudos Fundamentais. São Paulo: Segmento Farma, 2004. pp. 53-60.
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