PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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sexta-feira, março 20, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ÓLEO DE PEROBA, CARNAÚBA... MELHOR RÍCINO.

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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"BRAS-ILHA". APARTAMENTOS FUNCIONAIS [In:] A CÉSAR O QUE "NÃO É DE CÉSAR"...

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Guerra pelos imóveis funcionais
Apadrinhados se negam a deixar imóveis de deputados


Autor(es): Izabelle Torres e Edson Luiz
Correio Braziliense - 20/03/2009
Câmara terá de brigar na Justiça para reaver apartamentos ocupados por apadrinhados dos parlamentares

Fotos: José Varella/CB/D.A Press e Carlos Moura/CB/D.A Press - 21/12/06
Nelson Marquezelli: “Entraremos com a ação de despejo no dia seguinte ao fim do prazo”
A dois dias do prazo concedido pela Câmara para que servidores que ocupam 30 apartamentos da reserva técnica da Casa deixem os imóveis, os moradores que usufruem de moradia à custa da União demonstram pouco — ou nenhum — interesse em perder a benesse. Pior. A maioria já anuncia que não pretende sair e faz pouco caso da ameaça do quarto-secretário, Nelson Marquezelli (PTB-SP), de que entrará com uma ação de despejo na próxima terça-feira: um dia depois do fim do prazo dado para desocupação.

A confiança dos servidores tem duas justificativas. A primeira está nos padrinhos políticos. Somente o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) protege oito moradores dos apartamentos funcionais e prometeu a eles que pressionará a Mesa Diretora para revogar o Ato 31 de 2008, que determinou a desocupação. Também possuem protegidos o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-deputado João Caldas, que administrou esses imóveis em 2005. O segundo motivo para a confiança dos funcionários que ocupam patrimônio público se refere à certeza de que ações judiciais de despejo geralmente duram anos. “Será mesmo o jeito esperar pelo processo. Não posso sair porque não tenho para onde ir. Preciso de mais tempo para me organizar, para procurar outro lugar. Os 90 dias concedidos pela Câmara representam um prazo muito injusto”, comenta a servidora Carmélia Gomes, que mora desde 2001 em um confortável apartamento na 304 Norte.

Funcionário da Coordenação de Engenharia, Silvio Pereira também não pretende deixar o apartamento na 308 Norte, onde vive com a família há cinco anos. Para garantir a moradia, sua filha conta que ele já contratou um advogado para tentar um acordo com a Câmara visando prorrogar o prazo de saída ou anular o ato publicado pelo então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), em dezembro do ano passado.

Mais radical é a servidora Dalva Gadia. Alegando problemas de saúde, a moradora de um apartamento na 105 Norte avisa que nem está pensando em quando irá deixar o imóvel porque está com atestado médico. Procurada pela reportagem, a funcionária disse que não podia conversar sobre o assunto porque tem problemas de coração.

O Correio visitou 22 dos apartamentos que constam na reserva técnica da Câmara e encontrou apenas quatro desocupados. Em nenhum dos outros 18 foi informado de que os moradores têm a intenção de deixar o apartamento. Pelo contrário. Empregadas e filhos dos moradores que atenderam a reportagem disseram não ter conhecimento sobre qualquer movimento referente a mudanças.

Briga
Mesmo sabendo da disposição dos servidores em permanecer nos imóveis pertencentes à União, o quarto-secretário diz que a Câmara está preparada para a briga judicial. “Entraremos com a ação de despejo no dia seguinte ao fim do prazo de 90 dias concedido a essas pessoas. Não há discussão. A nova Mesa vai cumprir o ato editado pela presidência anterior”, garante Marquezelli.

A resistência dos ocupantes dos apartamentos funcionais não é por acaso. Os moradores apadrinhados que conseguiram moradia à custa dos cofres públicos pagam apenas as despesas de luz, condomínio e uma taxa de ocupação que varia entre R$ 79 e R$ 600. Gastos muito abaixo do que teriam de desembolsar pelo aluguel de apartamentos que possuem cerca de 140 m² em algumas das áreas mais valorizadas da cidade, cujo preço do metro quadrado ultrapassa R$ 6 mil.

Em dezembro do ano passado a Presidência da Câmara editou ato para retomar apartamentos localizados na SQN 108, Bloco D (alto) e na SQN 302, bloco I
Opine sobre o pagamento de auxílio-moradia a deputados que têm imóveis em Brasília pelo e-mail leitor.df@diariosassociados.com.br

Moradia

38 número total de imóveis que compõem a chamada reserva técnica da Casa

2 anos média de duração de uma ação de despejo

R$ 20 milhões valor anual que a Câmara gasta com a manutenção dos imóveis

Memória
Afilhados primeiro

Em dezembro do ano passado, o então presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), editou um ato tentando colocar fim à situação dos apartamentos usados por servidores da Casa. A medida focava 30 imóveis da chamada reserva técnica, sendo que somente quatro estavam desocupados, como hoje. Chinaglia pretendia devolvê-los à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) do Ministério do Planejamento e determina que os apartamentos fossem desocupados em um prazo de 90 dias.

Em abril de 2008, uma reportagem do Correio mostrou que, dos 33 apartamentos que a Câmara destinava a seus funcionários, parte tinha ocupantes certo: os indicados da cúpula da Casa. Conforme o cargo ocupado e o nível de apadrinhamento, melhor o imóvel e sua localização. Na ocasião, foram localizados 12 funcionários em funções de natureza especial, que não tinham vínculo empregatício com o Congresso, mas eram ligados a políticos, que ocupavam apartamentos. A reportagem mostrou que vários funcionários já estavam nos locais havia mais de uma década.

Há quase um ano, o então quarto-secretário da Câmara, José Machado (DEM-SE), já analisava a ideia de devolver para a União os 30 imóveis, mas havia uma resistência da Mesa Diretora da Casa, por causa das implicações políticas. Machado afirmou, na ocasião, que não iria autorizar novas ocupações e que os imóveis desocupados não seriam destinados a funcionários, o que prevalece até hoje.

GOVERNO LULA, LULA E ''LULISMO" [In:] FUMAÇA BRANCA...

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COM CRISE, CAI APROVAÇÃO DE LULA
APROVAÇÃO A LULA CAI PELA 1ª VEZ NO SEGUNDO MANDATO


Folha de S. Paulo - 20/03/2009


Com a piora da crise econômica, o governo Lula teve a primeira queda na avaliação desde o início do segundo mandato. A taxa de aprovação caiu de 70% para 65%, em pesquisa concluída ontem pelo Datafolha. A região Nordeste, que concentra a maioria dos beneficiários do Bolsa Família, continua sendo a principal área de apoio a Lula, com 77% de aprovação _quatro pontos a menos que no levantamento anterior.

Com a crise econômica, a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu a primeira queda desde o início do segundo mandato. A taxa de aprovação caiu de 70%, em novembro do ano passado, para 65%, em pesquisa concluída ontem pelo Datafolha.

Até então, a aprovação ao governo seguia uma trajetória ascendente: 48% em março de 2007, 50% em novembro, 55% em março de 2008, 64% em setembro até chegar a 70% de ótimo/bom em novembro _patamar que nenhum outro presidente brasileiro alcançou desde a redemocratização do país.

Para efeito de comparação, o então presidente Fernando Henrique Cardoso atingiu no máximo 47% de ótimo/bom em 1996, no auge da popularidade trazida pelo Plano Real.
De 0 a 10, a nota média atribuída ao governo Lula também caiu _de 7,6, em novembro, para 7,4, índice que ainda supera os 7,0 da pesquisa de setembro.
O presidente permanece com grande aprovação entre os eleitores que tem a escolaridade fundamental _68% de ótimo/bom (quatro pontos a menos que na pesquisa anterior. No estrato com escolaridade superior, a taxa permaneceu rigorosamente estável em 64%.
Entre os brasileiros de menor renda, a avaliação positiva caiu de 71% para 66%. Também houve queda na faixa superior de renda _de 63% para 58%.
Em termos regionais, o Nordeste continua sendo a principal área de apoio a Lula, com 77% de aprovação _quatro pontos a menos que no levantamento anterior. A região concentra, como afirmou recentemente a ministra Dilma Rousseff, 52% dos beneficiários do Bolsa Família e 40% dos atendidos pelo Luz para Todos.
A seguir aparecem as regiões Norte/Centro-Oeste, com 64% de aprovação (nove pontos a menos); o Sudeste, com 60% (seis pontos a menos); e o Sul, com 57% (dois pontos a menos que na pesquisa de novembro).
A pesquisa reflete o aprofundamento da crise econômica no Brasil. Em janeiro deste ano, a produção industrial caiu 17,2% em relação a igual mês de 2008. Já os gastos do governo federal com o seguro-desemprego subiram 25% no primeiro bimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado.

Crise
O Datafolha revela que, desde novembro, o percentual de brasileiros que tomaram conhecimento da crise aumentou de 72% para 81%. Destes últimos, porém, somente 19% dizem estar bem informados a respeito. A taxa dos que não tomaram conhecimento da crise recuou de 27% para 19%.
Também cresceu bastante a percepção de que o Brasil de um modo geral será muito prejudicado pela crise financeira mundial, que subiu de 20% para 31%. Ainda predomina, porém, a opinião de que o país será um pouco prejudicado pela crise, embora essa taxa tenha se reduzido de 58% para 55%.
Apesar disso, a queda na aprovação de Lula não é proporcional à gravidade da crise. Esse descolamento parcial entre a piora no cenário econômica e a avaliação do governo federal já tinha ficado evidente na pesquisa de novembro _quando a redução da atividade econômica já provocava um recuo de 7,2% na produção industrial somente naquele mês.
Isso acontece porque a avaliação do desempenho do presidente Lula diante da crise continua positiva, ainda que em um grau menor que antes. Em novembro, 49% aprovavam a atuação de Lula no combate aos efeitos da crise. Agora, essa taxa diminuiu para 43%. Já a taxa de reprovação ao seu desempenho subiu de 9% para 13%, assim como a avaliação regular, que passou de 30% para 36%.
A pesquisa Datafolha é um levantamento por amostragem com abordagem em pontos de fluxo populacional, com cotas de sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. Nesta pesquisa, realizada de 16 a 19 de março, foram ouvidos 11.204 brasileiros com 16 anos ou mais em 371 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro desse tipo de levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

SENADO [In:] A FARRA. PARTE II

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Senado corta gastos, mas não acaba com a farra
Menos terceirizados e diretorias


Autor(es): Leandro Colon
Correio Braziliense - 20/03/2009


Heráclito Fortes anuncia a redução de 50 dos 181 diretores do Senado. A tesoura também vai atingir contratos de mão de obra e carros oficiais usados por servidores. Concursados podem ser chamados


Geraldo Magela/Agência Senado
“Vieram à tona de repente, às enxurradas e aos borbotões, fatos que historicamente ocorriam na vida administrativa do Senado sem que chamassem a atenção sequer dos membros da Mesa”
Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário da Casa

A novela da crise administrativa do Senado rendeu novos capítulos. O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), assinou um ato para cortar 50 vagas de diretores, reduzir servidores terceirizados, e recolher os veículos oficiais usados por funcionários. A decisão foi divulgada da tribuna do plenário. Mais uma vez, é muito mais política do que prática. A estratégia é conter a sangria da onda de denúncias que tomou conta da Casa nas últimas semanas. Na quarta-feira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), havia anunciado uma auditoria da Fundação Getúlio Vargas na gestão administrativa.

As definição das 50 vagas de diretores extintas sai hoje. A medida deve atingir, por exemplo, quatro chefias da Comunicação, uma diretoria-adjunta, e uma coordenação da Advocacia-Geral. O corte foi decidido depois da revelação de que 181 servidores ocupam cadeiras de diretores. O número assustou os senadores e o próprio Heráclito. Pressionados, decidiram dar uma resposta imediata. A solução não reduz o inchaço administrativo. A partir de agora, serão 131 diretores para 81 senadores, 1,61 por parlamentar.

Na última terça-feira, o Correio revelou que o Senado aumentou em 122% a despesa com contratação de mão de obra terceirizada nos últimos cinco anos. Cerca de R$ 460 milhões foram gastos num serviço que vem sendo investigado por Ministério Público e Polícia Federal. O ato assinado por Heráclito pede a nomeação imediata de quem passou no concurso realizado no ano passado para as vagas de comunicação social e que se providencie a convocação dos demais aprovados. No total, 150 vagas foram oferecidas.

Uma comissão foi criada para analisar os contratos com empresas terceirizadas, suspeitas de empregar parentes de funcionários efetivos. A intenção, segundo Heráclito, é substituir, com o concurso, parte dessa mão de obra de fora, hoje estimada em 1,8 mil contratados. A medida ocorreu no mesmo dia em que o governo anunciou restrições em concursos públicos por causa do corte do orçamento deste ano (veja reportagem na página 13).

Com a reação divulgada ontem, Heráclito espera, pelo menos, diminuir a tensão e ganhar tempo para executá-las. O senador tem destacado que as irregularidades fazem parte da gestão anterior na Primeira-Secretaria, de Efraim Morais (DEM-PB). “Nós não estamos tratando de fatos ou de atos praticados pela atual administração da Mesa”, disse ontem, da tribuna. O parlamentar também decidiu retirar de servidores o direito de usar carros oficiais. Reportagem publicada ontem mostrou que o Senado tem uma frota de 165 veículos, sendo que 88 são usados pelos senadores e o restante pela administração da Casa, inclusive diretores de secretarias. Agora, apenas o diretor-geral e a secretária-geral poderão ter o benefício. Nos próximos dias, deve ser anunciado um limite de seis funcionários por gabinete autorizados a fazer hora extra, depois da polêmica do pagamento de R$ 6 milhões para esse benefício em janeiro, em pleno recesso parlamentar.

Despesas médicas
A crise administrativa chegou ao plenário. Ontem, o senador Tião Viana (PT-AC) subiu à tribuna para divulgar quanto gastou com despesas médicas nos últimos 10 anos. Segundo o senador, adversários vazaram dados de que ele havia utilizado uma fortuna no período à custa do Senado. Os valores apresentados pelo petista chegam a R$ 55 mil. Ele entregou a prestação de contas à Presidência e inclui as despesas de familiares, essas não reveladas. “Começou mais um ataque anônimo a mim, sem rosto, de quem não tem a coragem de se mostrar”, disparou.

Na terça-feira, Viana admitiu que emprestou um celular do Senado para a filha viajar ao México em janeiro. Ontem, anunciou que pagou a conta. O petista é apontado por aliados de Sarney como o responsável pelas denúncias de irregularidades administrativas. O troco teria vindo com a divulgação de gastos pessoais sob a tutela do Senado.
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CÂMARA "DOS" DEPUTADOS [In:] ENTRE MP's E EMENDAS

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O momento Gilmar-Mendes de Temer



Autor(es): Maria Cristina Fernandes
Valor Econômico - 20/03/2009


A decisão foi saudada pela ousadia. Que um presidente da Câmara, constitucionalista de formação e ocupante do cargo pela terceira vez, resolva rasgar a Carta para fazer andar a pauta legislativa mais travada dos últimos dez anos seja aclamado com eufemismo, é parte da liturgia da Casa. O problema agora, acatada a decisão pelo não menos arrojado Supremo Tribunal Federal, é como frear a desenvoltura - esta, sim, inequivocamente ousada - do partido de Michel Temer no Congresso Nacional.

Basta ver o que tem acontecido às medidas provisórias da crise. Duas delas tiveram a relatoria entregue à bancada do PMDB do Rio, com um longo prontuário de serviços prestados à nação. O mais recente deles foi a lambança produzida pelas quase 500 emendas - de todos os partidos - à Medida Provisória 449. Acatadas pelo relator, transformaram um projeto que visava ao perdão e escalonamento de pequenos débitos, na oficialização do calote para devedores de todos os tamanhos e quilates. No dicionário de eufemismos da capital federal, a MP recebeu a alcunha de "Refis da crise", mas poderia ser chamada de manual de recompensas ao mau contribuinte.

É compreensível que o PMDB de Temer e José Sarney queira sair das cordas em que foram colocados pelas benesses imorais do Congresso expostas à luz da briga política.

Também é mais do que justificável que o Legislativo queira sair da condição de pau mandado do Executivo. Só não está claro como o partido que loteia postos-chave no Congresso pela ordem inversa de antecedentes de lisura possa comandar a pauta com aquilo que um empoeirado léxico brasiliense grafaria como espírito republicano.

O enfrentamento da crise econômica tem, sim, um sem número de projetos candentes que mereceriam apreciação ligeira do Congresso Nacional. A tragédia é que essa irresponsabilidade coletiva em que se transformaram as medidas provisórias, preserva, para o bem e para o mal, o poder de veto do presidente da República, prerrogativa que lhe é negada, por exemplo, quando o Congresso resolve emendar a Constituição.

É difícil imaginar o que pode vir de uma pauta desenfreada a um ano e meio da renovação dos mandatos parlamentares sob o comando absoluto do PMDB. Para lustrar suas biografias, é previsível que coloquem em votação a dita pauta moralizante, como as propostas de emenda à Constituição que impõem o voto aberto em processo de cassação de parlamentares e lhes restringe o foro privilegiado.

Na pauta da crise, pode ser que desencante o cadastro positivo, medida que mais serve ao discurso de missão cumprida, do que à efetiva queda de braço na derrubada dos juros. Se há algo que o sistema financeiro nacional não carece é de uma análise de risco mais sofisticada. Risco não há. O que falta é crédito.

É sintomático o quanto o Congresso está distante, por exemplo, de discussões como a que movimenta a cúpula econômica do governo em torno da mudança na remuneração da poupança. A chamada comissão de crise do Senado está debruçada num relatório sobre spread bancário. A chance de que dele saia alguma proposta de real confrontação aos interesses do sistema financeiro nacional é proporcional à disposição dos senadores de abrir mão dos bancos como fiadores de seus mandatos.

O perigo mora nas possíveis tentativas de aprovação das reformas tributária e política. Como não interessa aos governadores, às voltas com receitas decrescentes e dívidas escorchantes, discutir a unificação do ICMS, uma reforma tributária, nesse momento, seria um balcão aberto às oportunidades de negócios envolvendo parlamentares carentes de estímulos à renovação de seus mandatos e empresas espremidas pela crise. Basta ver os descaminhos tomados pelo relatório da reforma tributária que está em tramitação na Câmara.

A reforma política, eterna panaceia dos impasses institucionais, também traz riscos imensos numa conjuntura de franca predominância pemedebista. A mudança mais inofensiva que pode resultar desse Congresso em movimento é um desnecessário financiamento público de campanhas ainda mais generoso do que o fundo partidário e o horário eleitoral gratuito já proporcionam.

Mas o risco maior é o de o PMDB deixar o mais aberto possível o prazo de filiação partidária de possíveis candidatos à Presidência da República. O eterno fiel da balança inflacionaria ainda mais seu preço na sucessão. Daí porque custa a acreditar que o Palácio do Planalto tenha decidido assistir a essa leitura da Constituição como uma "obra aberta", num momento Gilmar-Mendes de Michel Temer, de braços cruzados.

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Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras

E-mail mcristina.fernandes@valor.com.br

PETROBRÁS: "QUERO VER QUEM PAGA PRÁ GENTE FICAR ASSIM..." *

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Gasolina cara e sem concorrência
Preço compensa importação de derivados


Autor(es): Cláudia Schüffner
Valor Econômico - 20/03/2009

A Petrobras está vendendo o diesel e a gasolina 64% e 26% mais caro, respectivamente, que o preço de importação mais o frete (já considerando o câmbio), mas a estatal continua sem concorrentes no país. Os preços praticados aqui são maiores do que em vários países da Europa, como Bélgica, França e Alemanha, e nos Estados Unidos. Mesmo assim, nenhuma das grandes distribuidoras que operam no país, como Shell, Esso e Ipiranga, só para citar algumas, importou combustíveis para concorrer com a estatal.

Segundo cálculos do banco Crédit Suisse, os valores praticados no Brasil equivalem a um barril de petróleo comprado por US$ 90, apesar da commodity ter sido comercializada ontem por US$ 50,67 (o tipo brent), já refletindo os temores de novos cortes na oferta da Opep, a entidade que reúne os exportadores de petróleo.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o volume importado de derivados no país foi apenas 24% maior nesse início de 2009 em relação a igual período de 2008. A conta inclui importações de diesel no mês de janeiro de 2009 (5% maiores) contra o mesmo período do ano passado, quando foram trazidos 105,8 milhões de litros, e não há registro de importações de gasolina A no primeiro mês do ano, último dado disponível. E considera as compras da Petrobras.

Este resultado na importação total embute um aumento expressivo (e mais recente) nas importações de nafta não-petroquímica por pequenas companhias, que podem comprar subprodutos do petróleo já naturalmente vendidos a preços menores, as chamadas "correntes petroquímicas", que podem ser transformadas em gasolina, solventes ou outros produtos depois de um processo industrial relativamente simples para os padrões das grandes refinarias. Duas companhias - a Copape (único formulador do país, ligado à rede de postos Áster) e a Univen (autorizada para operar como refinaria), ambas de São Paulo - aumentaram suas compras externas.

As importações de "outras naftas" pela Univen cresceram 400% entre janeiro e março. Em janeiro foram importadas 1,9 mil toneladas do produto, volume que aumentou 93% em fevereiro, quando as importações foram de 3,75 mil toneladas, e novamente saltaram em março (até dia 15) , para 9,6 mil toneladas. Os números de fevereiro foram menores do que as 6,5 mil toneladas de igual mês do ano passado, mas o de março já supera o mesmo mês de 2008 (6,1 mil toneladas). Segundo cálculos de Rafael Schechtman, do Centro Brasileira de Infraestrutura (CBIE), com as importações de março, a Univen poderia produzir 11,5 milhões de litros de gasolina se tudo for direcionado para a produção do combustível.

Mesmo assim, o volume representa apenas 0,6% do mercado brasileiro de gasolina, que é de 2 bilhões de litros por mês. Ou seja, é apenas uma gota no oceano. Também aumentaram as importações de nafta pela Copape e pela refinaria de Manguinhos, no Rio. Procurada pelo Valor, a área de importação e exportação da Univen não retornou a ligação.

"A defasagem chegou a tal nível que criou uma janela de oportunidade que está sendo aproveitada por pequenos produtores que vinham perdendo dinheiro até outubro do ano passado, quando os preços da Petrobras estavam abaixo do mercado internacional. É um movimento comercial legítimo", diz o economista Adriano Pires, do CBIE.

O último reajuste de preços da Petrobras (para cima) foi feito em maio de 2008. Desde então os preços permanecem inalterados, apesar da queda livre dos preços internacionais no segundo semestre do ano passado, no rastro da crise econômica e da queda do preço do barril de petróleo. Os preços atuais de gasolina e diesel no mercado externo estão muito mais baratos que os da estatal brasileira.

Comparação feita pelo CBIE mostra, contudo, que entre 2005 e até outubro de 2008, a Petrobras deixou de ganhar quase R$ 13 bilhões com a venda de combustíveis no Brasil mais baratos que no mercado internacional. Agora, ela recuperou cerca de R$ 7 bilhões, segundo Pires, mas faltam ainda R$ 5 bilhões para fechar a conta. "Nesse ritmo, ela vai zerar essa conta no início de maio", prevê o economista.

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(*) BRASIL. Cazuza.

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SENADO & SARNEY [in:] TOMA QUE OS FILHOS SÃO "SEUS"...

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Sarney criou 70% das 181 diretorias do Senado



Autor(es): Rosa Costa
O Estado de S. Paulo - 20/03/2009

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encabeça os atos que criaram pelo menos 70% dos 181 cargos de direção da Casa que ele diz, agora, querer diminuir. A proliferação das diretorias e seus anexos com salários elevados se deu, sobretudo, entre 2003 e 2005, quando o parlamentar comandou a instituição pela segunda vez.

Sarney multiplicou, por exemplo, a gestão da então Secretaria de Comunicação, quando seu nome foi trocado para Secretaria Especial de Comunicação Social. Hoje o órgão comporta 20 cargos de direção.

A pulverização dos cargos chegou ao ponto de criar uma coordenação do Jornal Semanal, coletânea de notícias divulgada na segunda-feira, repetindo reportagens sobre atividades dos parlamentares divulgadas ao longo da semana e outras tidas como especiais.

Sarney foi ainda pródigo na transformação de várias outras subsecretarias em secretarias. É o caso das secretarias de Biblioteca, Telecomunicações, Comissões, Especial de Informática do Prodasen, Finanças, Orçamento e Contabilidade, Segurança Legislativa e outras. Cada uma delas municiada com subsecretarias e outros cargos anexos - todos considerados de direção.

Na transformação da Subsecretaria de Pesquisa e Opinião Pública para secretaria, por exemplo, as seis funções comissionadas foram transformadas em "funções comissionadas de Secretários de Coordenação e Execução", nível FC-8, elevando seus ocupantes à categoria de "diretores adjuntos".

Segundo a assessoria de Sarney, a proliferação de cargos na época se justificava. A área administrativa do Senado apresentava pacote de demandas de cargos, o que era referendado pelos senadores da comissão diretora da Casa. De acordo com a assessoria, "eram vistos como meros atos burocráticos".

Ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) encabeça ato de 2006 que modificou a estrutura da Secretaria-Geral da Mesa, abrindo várias subsecretarias, entre elas a Subsecretaria de Revisão Taquigráfica do Plenário.

O atual ministro das Minas Energia, Edison Lobão (PMDB), deixou igualmente suas marcas nos três meses em que ocupou a presidência do Senado, quando da renúncia do então titular Jader Barbalho (PMDB-PA), em 20 de julho de 2001. Lobão entregou o cargo ao senador Ramez Tebet, dia 21 de setembro. Mas antes ele transformou a subscretaria de Recursos Humanos em Secretaria de Recursos Humanos e com isso promoveu João Carlos Zoghbi, marido da sua chefe de gabinete, Denise Zoghbi.

João Carlos Zoghbi deixou a secretaria na semana passada porque não deu explicações razoáveis para justificar o empréstimo de um apartamento funcional a seu filho.
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

20 de março de 2009

O Globo

Manchete: Receita cai, governo corta R$ 21 bi e adia concursos

Reajuste de servidores foram mantidos: para este ano e o próximo

A crise econômica reduzirá a arrecadação de impostos federais em cerca de R$ 48 bilhões este ano. Por isso, o governo anunciou que vai cortar R$ 21,6 bilhões no Orçamento de 2009 e adiar todos os concursos públicos programados para este ano e ainda não autorizados. Quem já foi aprovado mas não nomeado também terá de esperar para entrar no serviço público.

O Orçamento, no entanto, autoriza que 50 mil vagas no Executivo sejam preenchidas. O governo chegou a pensar em adiar ou suspender os reajustes de servidores programados, mas, temendo desgaste político, decidiu manter os aumentos previstos para julho deste ano e de 2010. "É evidente que se houver uma piora muito expressiva da receita vamos ter que rediscutir isso", disse o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento. (págs. 1 e 19)

PAC: Dilma fica emocionada com ‘obra real’

Ao inaugurar no Ceará um trecho do Eixão das Águas, que tem recursos do PAC, a ministra Dilma Rousseff se disse emocionada: "Esta é uma obra real. Não é uma ficção”. E rebateu a oposição: "Vão continuar dizendo que é ficção”. (págs. 1 e 4)

BC defende o fim da indexação

O Banco Central está centrando fogo na necessidade de acabar com a indexação da economia para abrir espaço à redução maior dos juros. Na ata do Copom, divulgada ontem, e no discurso de diretores, o BC defende nova fórmula para correção de caderneta e financiamentos habitacionais. (págs. 1 e 20)

STF manda arrozeiro sair de reserva

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal fixou a demarcação, em terra contínua, de 1,7 milhão de hectares da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Os arrozeiros terão de deixar a área. (págs. 1 e 10)

Ancelmo Gois

Dinheiro do FAT vai financiar novo complexo da Escola Britânica em Botafogo. (págs. 1, 14 e15)

Sob pressão, Senado vai demitir 50 diretores já

Pressionado, o Senado anunciou a demissão imediata de 50 diretores da Casa - sobrarão 131, para 81 senadores. Foram cortados carros oficiais da diretoria, com exceção do diretor-geral e da secretária da Mesa. Outros cargos devem ser extintos. O Senado, que paga auxílio-moradia a senadores, cedeu 13 apartamentos funcionais a magistrados. (págs. 1, 3 e Luiz Garcia)

Bônus pagarão imposto de 90% nos EUA

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a taxação de 90% sobre os bônus pagos por empresas que receberam ajuda federal acima de US$ 5 bilhões. A medida se aplica a executivos que ganharam mais de US$ 250 mil em 2008 e cobre 75% das companhias que tiveram socorro oficial. (págs. 1 e 21)

Foto-legenda: França contra a crise

Trabalhadores fazem marcha em Paris, durante greve que teve adesão de mais de 1 milhão de pessoas. Houve choques com a polícia e 200 protestos contra o desemprego e o governo Sarkozy. (págs. 1 e 21)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Com crise, cai aprovação de Lula

Popularidade do presidente permanece recorde, mas apresenta primeira queda no segundo mandato

Com a piora da crise econômica, o governo Lula teve a primeira queda na avaliação desde o início do segundo mandato. A taxa de aprovação caiu de 70% para 65% em pesquisa concluída ontem pelo Datafolha. A região Nordeste, que concentra a maioria dos beneficiados pelo Bolsa Família, continua sendo a principal área de apoio a Lula, com 77% de aprovação – quatro a menos que no levantamento anterior. A pesquisa reflete o aprofundamento da crise e de sua percepção no Brasil. O Datafolha revela que, desde a pesquisa anterior, o percentual de brasileiros que tomaram conhecimento da crise foi de 72% para 81%.

Para 59% o desemprego vai aumentar – o maior percentual no governo Lula. O governador de SP, José Serra (PSDB), mantém ampla liderança em todos os cenários em que aparece na disputa à Presidência. A ministra Dilma Rousseff (PT) cresceu de três a quatro pontos. De modo espontâneo, Serra é o mais lembrado dos que podem concorrer em 2010, com 6%. Dilma e o governador de MG, Aécio Neves (PSDB), têm 3%. (págs. 1 e Brasil)

Governo indica novos ajustes no Orçamento após bloqueio

O governo reformulou o Orçamento e promoveu bloqueio de despesas de R$ 21,6 bilhões, mas já sinaliza que deve ser obrigado a fazer ajustes adicionais devido à queda da arrecadação. As únicas providências concretas antecipadas foram redução de vagas e adiamento da contratação de aprovados em concursos públicos. Não foi divulgada a distribuição do corte de gastos por ministério. (págs. 1 e B1)

Em ata, Copom mira desaquecimento e atualiza novos cortes na taxa selic. (págs. 1 e B4)

Foto-legenda: Porão legislativo

Cela que está sendo construída no subsolo do Senado para deter quem cometer crimes no prédio; o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), extinguiu 50 das 181 diretorias da Casa – o número foi escolhido por ser considerado expressivo. (págs. 1 e A8)

Por 10 votos a 1, STF confirma reserva só para os índios em RR

Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal confirmou que a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, deve ser contínua, com a conseqüente saída dos não-índios. Apesar de o STF ter declarado que o cumprimento da decisão será “imediato”, fica a cargo do relator do processo, Carlos Ayres Brito, definir os prazos para a retirada dos arrozeiros em atividade na área. Segundo o ministro, a execução da medida vai ser “a curto prazo”. (págs. 1 e A10)

Eliane Castanhêde

Mesmo depois de tanta exposição, Dilma não dá salto previsto. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Lula avisa Supremo que não vai extraditar Battisti

Emissário do presidente ainda sugere saída jurídica para evitar confronto com STF

o presidente Lula fez chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um recado: se a última palavra ficar com o Planalto, o ativista político Cesare Battisti não será extraditado para a Itália. O tribunal ainda vai analisar o caso de Batiisti, condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana. Tende a autorizar a extradição, pedida pela Itália e negada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Lula está convencido de que não pode contrariar Tarso, mas quer evitar um confronto com o STF. Por isso, junto com o recado, sugeriu que o Supremo mude a jurisprudência, informam os repórteres Felipe Recondo e Christine Samarco. Pelas regras em vigor, o tribunal analisa pedidos de extradição, mas cabe ao presidente a decisão final. A sugestão de Lula é que os julgamentos do Supremo passem a ter caráter obrigatório. Na visão do Planalto, a mudança possibilitaria uma saída honrosa para o governo. (págs. 1 e A4)

Air bag passa a ser item obrigatório

Montadoras esperam incentivo para produção

O presidente Lula sancionou projeto de lei que torna obrigatório o air bag para o passageiro do banco da frente e o motorista. Os carros de modelos novos já terão de trazer o equipamento em um ano. Montadoras calculam que o custo dos carros pode subir 10% e esperam incentivos para a produção - hoje os air bags de carros brasileiros são importados. Estudo mostra que o equipamento pode evitar quase 500 mortes por ano. (págs. 1 e C1)

Número
R$1,5 mil
é o preço básico do air bag

Arrecadação deve ficar R$ 48 bi abaixo do previsto

O governo divulgou ontem a estimativa de que a arrecadação federal será R$ 48,3 bilhões menor do que a projetada no Orçamento da União aprovado para este ano. O montante é superior à receita anual proporcionada pela extinta CPMF. A arrecadação total prevista no Orçamento é de R$ 805,2 bilhões - mas, por causa da retração da economia, ela deve ficar em R$ 756,9 bilhões. (págs. 1, Bl e B3)

Arrozeiros devem sair de área indígena já, manda STF

O Supremo Tribunal Federal determinou a retirada imediata de arrozeiros que estão na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. O prazo formal deve ser anunciado hoje. Além disso, o STF decidiu que os Estados envolvidos serão ouvidos nos próximos julgamentos e vetou a ampliação de terras indígenas já demarcadas. (págs. 1 e A6)

Sarney criou 70% das 181 diretorias do Senado

O presidente do Senado, José Sarney, foi responsável pela criação de 70% das 181 diretorias que a Casa agora pretende reduzir. A multiplicação dos postos de direção ocorreu entre 2003 e 2005, período em que o Senado também era presidido por Sarney. A Secretaria de Comunicação passou a contar com 20 diretorias. (págs. 1 e A9)

Refinaria da Petrobras em Pernambuco estoura preço

Concebida por Lula e Hugo Chávez, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, pode custar mais do que o dobro do previsto, revela David Friedlander. A Petrobrás tinha orçado a refinaria em R$ 9 bilhões, mas as empresas que disputam a obra pedem R$ 23 bilhões. A estatal abrirá novas licitações para tentar baixar o preço. (págs. 1 e B14)

Notas e informações - A mudança na Segurança Pública

A mudança que o governador Serra promoveu na área de segurança deixa clara a preocupação eleitoral. O desafio é promover faxina na polícia, tendo em vista a segurança pública e a imagem de Serra. (págs. 1 e A3)

Venezuela - Pedida prisão de opositor de Chávez

Ministério Público acusa prefeitura de enriquecimento ilícito. (págs. 1 e A14)

Foto-legenda - Crise na França: nova greve geral

Franceses protestam em Rennes durante greve geral por melhores salários e proteção contra a crise: foram 226 passeatas que reuniram ao menos 1,2 milhão de pessoas. (págs. 1 e B7)

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Jornal do Brasil

Manchete: Governo aperta o cinto

- Estão suspensos todos os concursos para cargos públicos federais e adiadas as posses

- PAC e programas sociais são preservados, mas Orçamento tem corte de R$ 21 bilhões

O governo anunciou ontem o corte de R$ 21,6 bilhões no Orçamento da União de 2009 para fazer frente à crise econômica. A meta de superávit primário sofrerá desconto e ficará em 3,3% do Produto Interno Bruto. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou que serão adiadas as posses dos concursados públicos. Mas ficam asseguradas os subsídios programados para a área de habitação popular, a serem anunciados na próxima semana. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)

Índios ficam com 46% de Roraima

O Supremo Tribunal Federal confirmou, por 10 votos a 1, a demarcação contínua de 1,9 milhão de hectares para a reserva indígena Raposa/Serra do Sol, com a retirada "imediata" dos arrozeiros e todos os não-índios da região. (pág. 1 e País, pág. A6)

Espaço para juros menores

O freio da economia e seus impactos sobre o consumo e a produção criaram um espaço adicional para a redução da taxa básica de juros no Brasil. A avaliação está na ata da última reunião do Copom, que reduziu a Selic de 12,75% para 11,25% ao ano. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Emissão poluente cairá este ano

Especialistas preveem que as emissões poluentes causadoras de mudanças climáticas serão reduzidas pela primeira vez em 10 anos. Analisando a discussão de metas da ONU, o ministro Carlos Minc alertou para o "apartheid climático" entre ricos e pobres. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

Sociedade aberta - Jailson de Souza e Silva

Tarefa de educar não é apenas do Estado, mas de todos. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta - Everardo Maciel

Democracia brasileira já não se sujeita a ventos golpistas. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta - Bancos das praças

Horácio Gomes, Elizabeth Serra e Marcia Gatto debatem a mendicância. (págs. 1 e A12)

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Correio Braziliense

Manchete: Muito arrocho e nada de concurso

Queda forte na arrecadação faz governo passar a tesoura em R$ 21 bi do Orçamento e suspender nomeações e seleções de pessoal

Pela manhã, a bomba: em fevereiro, a arrecadação de impostos caiu 27% em termos reais, quarto mês seguido de perda no cofre do governo. Depois, a onda de choque: o Palácio do Planalto anunciou corte de R$ 21 bilhões nos gastos previstos para este ano. A tesourada anunciada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, será sentida sobretudo por quem passou em concurso público, mas ainda não assumiu o cargo. Para poupar o dinheiro dos salários que lhes seriam pagos, essas pessoas não serão convocadas para nomeação. Talvez o sejam no segundo semestre. Novas seleções também estão suspensas. “Quem estava esperando por concurso vai ter que aguardar um pouco”, avisou Bernardo. A previsão oficial de crescimento da economia neste ano caiu de 3,5% para 2%. Para os próximos dias é esperado o anúncio do adiamento do reajuste dos servidores civis, inicialmente previsto para junho. (pás. 1, 13, 15 e 17)

STF manda arrozeiro sair de terra indígena (págs. 1 e 10)

Apadrinhados se negam a deixar imóveis de deputados

Apartamentos confortáveis, em locais privilegiados da cidade, alugados por uma ninharia. A mamata vem sendo propiciada há anos a servidores da Câmara dos Deputados, apaniguados de parlamentares influentes na Casa. Pressionados a deixar os imóveis, os privilegiados se negam a fazê-lo. Ao Correio, alguns deles disseram que preferem enfrentar uma ação de despejo a cedê-los de volta à União. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 2)

Senado corta gastos, mas não acaba com a farra

Responsável pela administração do Senado, o primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI) subiu à tribuna e anunciou a exoneração de 50 dos 181 diretores da Casa e cortes na mão de obra terceirizada e no uso da imensa frota de veículos oficiais. Mesmo depois das medidas “moralizadoras”, restaram mais chefes na burocracia interna do que senadores para revisar as leis do país. (págs. 1 e 3)

Obama libera a maconha

Uso da erva em tratamentos terapêuticos para pacientes com câncer ou dores crônicas, reprimido na era Bush, será permitido nos 13 estados americanos onde a planta é descriminalizada. (págs. 1 e 23)

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Valor Econômico

Manchete: Salários atenuam queda da receita no 1º bimestre

A massa salarial evitou um desastre ainda maior na arrecadação federal do primeiro bimestre, que caiu 9,11% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. Os impostos vinculados aos salários amenizaram o impacto negativo das tributações sobre o lucro e a atividade produtiva. Em janeiro e fevereiro de 2009, na comparação com igual período do ano passado, apenas três entre 14 impostos e contribuições discriminados pela Receita Federal tiveram aumento de arrecadação. Os demais diminuíram em relação a 2008.

A arrecadação da contribuição previdenciária ficou 2,89% maior e o Imposto de Renda (IR) retido na fonte cresceu 12,14%, puxado principalmente pela retenção sobre os rendimentos do trabalho, que cresceu 4,61% e representou 56% do total desse imposto. A Receita Federal credita o desempenho desses tributos à massa salarial, que cresceu no decorrer de 2008 e continuava relativamente alta em janeiro - cerca de 18% maior, em termos nominais, do que no início do ano passado -, apesar das demissões ocorridas desde novembro.

A análise dos dados da arrecadação federal mostra que as companhias brasileiras estão com faturamento e lucro inferiores aos do início do ano passado. Calculada sobre o faturamento, a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) teve queda de 18,38% e o IR das pessoas jurídicas (que reflete o lucro) caiu 19,7%. Dentro do imposto devido pelas empresas, o IR pago pelas instituições financeiras diminuiu 43,31%, enquanto o das demais empresas recuou 12,71%. "Os números da arrecadação comprovam como a massa salarial está forte, mesmo com a queda de lucratividade e nas receitas das empresas", diz Amir Khair, especialista em contas públicas e tributação.

Os números do bimestre mostram também um outro problema para o governo. A queda na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que caiu 26,25%, foi puxada principalmente pelo IPI dos automóveis, que retração de 91,86%. Em valores, entraram nos cofres federais R$ 106,8 bilhões - R$ 10,8 bilhões a menos do que no primeiro bimestre do ano passado. (págs. 1 e A3)

Embraer terá US$ 700 mi para negócio com Argentina

A Embraer deve receber, nos próximos dias, financiamento de US$ 700 milhões do BNDES para a venda de aeronaves à estatal Aerolineas Argentinas. A operação já foi aprovada pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações e deve ser discutida, na próxima semana, na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que decidirá sobre a conveniência política do negócio.

O assunto é tratado com reservas pelo governo, que lida com dois aspectos políticos delicados: o empréstimo milionário seria concedido a uma empresa que acaba de demitir 4,3 mil empregados e a um país que vem levantando barreiras comerciais a produtos brasileiros.
Com a imposição de barreiras e a forte queda do comércio bilateral, a Argentina está prestes a zerar seu déficit com o Brasil. O saldo mensal entre importações e exportações está negativo para a Argentina há 70 meses e vinha em alta até julho de 2008, quando atingiu US$ 578 milhões. Depois, começou a cair e chegou a US$ 24 milhões no mês passado, o nível mais baixo desde junho de 2003. No acumulado de 2008, o déficit da Argentina com o Brasil alcançou o recorde de US$ 4,3 bilhões. (págs. 1, B1 e A16)

Projeto para turbinas de avião avança

O Brasil prepara-se para entrar no rol de países que desenvolvem e certificam turbinas aeronáuticas - hoje, são apenas cinco no mundo. O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em conjunto com a Polaris Tecnologia, finalizou o desenvolvimento do primeiro protótipo de um turboreator de 350 quilos de empuxo, equivalente a uma potência de 1.300 HP.

Agora, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de um motor turboélice de 1.000 HP para equipar veículos aéreos não tripulados. (págs. 1 e B1)

Gasolina cara e sem concorrência

A Petrobras está vendendo o diesel e a gasolina 64% e 26%, respectivamente, mais caros que no mercado internacional, já descontado o câmbio e acrescido o frete, mas a estatal continua sem concorrentes internos. Nenhuma das grandes distribuidoras que operam no país, como Shell, Esso e Ipiranga, decidiu importar combustíveis pata concorrer com a estatal.

Fora as compras da Petrobras, cresceu apenas a importação de derivados por pequenas companhias, que podem transformar subprodutos do petróleo em gasolina ou solventes após um processo industrial relativamente simples para os padrões das grandes refinarias. Uma dessas empresas, a Univen, importou, até 15 de março, cinco vezes mais que em janeiro. Mesmo assim, sua capacidade de produção representa menos de 0,6% do consumo local de gasolina.

Entre as razões para a não-importação pelas grandes distribuidoras estão a falta de logística e infraestrutura adequadas e o temor da reação da Petrobras. (págs. 1 e A4)

Expansão da Saraiva

A rede de livrarias Saraiva assina nos próximos dias contrato de financiamento de R$ 140 milhões com o BNDES para reforma e aumento do número de lojas. Metade dos recursos destina-se ao aumento do catálogo da editora. (págs. 1 e B4)

Ideias

Claudia Safatle: parecer indica novo leilão de concessões de elétricas. (págs. 1 e A2)

Maria C. Fernandes: o PMDB ousa e rasga a Carta no Congresso. (págs. 1 e A5)

Naércio Menezes Filho: criminalidade está em queda em São Paulo. (págs. 1 e Al5)

Títulos pela internet

O volume de títulos públicos vendidos pelo Tesouro Direto em fevereiro aumentou quase 50% em relação a igual período de 2008, chegando a R$ 105,4 milhões. O crescimento deve-se especialmente à queda dos juros, com destaque para os papéis prefixados. (págs. 1 e D2)

FMI muda crédito para emergentes

O Fundo Monetário Internacional planeja melhorar os termos de um programa de empréstimos de US$ 100 bilhões que não atraiu um único país. Detalhes do programa modificado, que será chamado linha de crédito flexível, ainda têm de ser trabalhados, mas ele terá duas mudanças básicas - menos condições e prazo mais longo. Diretores do Fundo dizem que o novo programa atuaria como uma linha de crédito para países com políticas que o FMI acredita que são responsáveis, mas que enfrentam forte queda em seus índices de crescimento. Entre os países alvo estão Brasil, Cingapura, Chile, Coreia do Sul, México, Peru, Taiwan e talvez Polônia. Embora eles até agora tenham escapado do pior da recessão, têm sido prejudicados pela queda na oferta de crédito bancário e no comércio internacional. O objetivo é evitar o agravamento dos problemas nesses países. (págs. 1 e C3)

Suécia amplia agenda verde

O PIB industrial sueco produzido na região metropolitana de São Paulo é superior ao de Estocolmo. Nenhuma outra cidade do mundo se iguala a ela. Mas não poderia haver distância maior entre os indicadores do país recordista em chaminés suecas e a pátria do bem-estar social.

Se essa distância já era gigantesca, amplia-se ainda mais com o pioneirismo da Suécia no desenvolvimento sustentável. O governo quer aumentar os índices de reciclagem de lixo, tratamento de água e uso de energias alternativas. A adesão à agenda verde também garante a expansão da frota movida a etanol brasileiro.

A sustentabilidade está ainda no comportamento politicamente correto que pauta a vida dos suecos e que ajuda a explicar por que o país - um dos recordistas em população estrangeira da Europa - convive com desemprego crescente mantendo-se imune à onda de intolerância que se espalha pelo continente. (págs. 1 e EU& Fim de Semana)

Especial Água - Rios voadores

O Brasil é campeão mundial em chuvas, com precipitações de 15,3 mil km³ por ano, mas grande parte dessas precipitações, inclusive no Sul e Sudeste do país, depende da floresta amazônica. "Nossa economia depende das chuvas”, diz o ambientalista Gérard Moss. (págs. 1 e Valor – Especial Água)

No Rio, Cabral agora enfrenta o fogo amigo

A um ano e meio da sucessão estadual, à qual já se declarou candidato, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), enfrenta seu inferno astral. Experimenta queda de popularidade - só um terço dos fluminenses aprovam sua gestão - e é incapaz de unificar a base de apoio federal no Estado a seu favor.

Os pemedebistas do Rio, os mesmos que travam ávida disputa por nomeações federais, estão na origem dos problemas da administração Cabral. A presidência da Assembleia Legislativa e a poderosa Secretaria de Habitação são ocupadas por pai e filho - Jorge e Leonardo Picciani. Juntos, têm mais ascendência sobre o PMDB do que o governador. A deteriorada relação com o Legislativo estadual é simbolizada pelos mais de 50 vetos já derrubados pela Assembleia, que dá vazão à insatisfação dos deputados estaduais e prefeitos do interior com a perda de cargos por apadrinhados e o rigor fiscal adotado pelo secretário de Fazenda, Joaquim Levy, o duro ex-secretário do Tesouro Nacional. (págs. 1 e A5)

Estrela do milho transgênico

A fazenda Tarumã, em Joia (RS), inicia hoje a primeira colheita oficial de milho transgênico no país, desenvolvido pela Monsanto. A expectativa inicial é colher uma tonelada a mais por hectare. (págs.l e B14)

O brilho da baixa renda

O megainvestidor americano Sam Zell comprou 4,86% da Tenda, construtora voltada para imóveis populares. A mineira MRV, também especializada nesse segmento, começa a ser negociada no mercado de balcão dos EUA. (págs. 1, Bll e D3)

Torós, do Banco Central, vê empecilhos à política econômica sem uma maior desindexação (págs. 1 e C1)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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