PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, janeiro 21, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ''ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA, NÃO TINHA TETO, NÃO TINHA NADA...''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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JUSTIÇA E EXTRADIÇÃO: O CASO BATTISTI

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ASSASSINO DE ESTIMAÇÃO

Augusto Nunes


SEMPRE QUE TARSO GENRO tem uma idéia, sempre que lhe bate a vontade de fazer alguma surpresa, deveria ser trancado no banheiro, no sótão ou no porão até que a coisa passasse. Tal medida preventiva teria evitado, por exemplo, que o ministro da Justiça pensasse na revanche contra torturadores aposentados ­ algo parecido com um Brasil x Uruguai 30 anos depois da tragédia da Copa de 1950, com os mesmos jogadores em campo. Em meia hora de cárcere privado, o impulsivo gaúcho talvez tivesse esquecido a idéia de recusar o pedido de extradição formulado pela Justiça italiana e promover o criminoso Cesare Battisti a asilado político. Bandido de estimação é gente fina. Ao reaparecer em Brasília depois de duas semanas de sumiço, o ministro contou que não usara o período de folga para mergulhos no mar, como o presidente Lula. Atravessara dias e noites acordado, caprichando em mergulhos no oceano de papéis que reconstituem o caso Battisti. O rosto bronzeado, a ausência de olheiras e a loquacidade avisam que, se é que existiram, as madrugadas insones não foram muitas. O palavrório comprova que, se é que houve, o mergulho não alcançou a folha corrida de Battisti. Não tem nenhum parentesco com biografias resumidas de idealistas exemplares. É só um prontuário que permite identificar um homicida singularmente brutal. A leitura da capivara informa que o ladrão comum, concentrado desde a adolescência em batalhas diárias contra o direito de propriedade, foi bem mais operoso e muito menos feroz que o soldado mobilizado, de 1976 a 1978, para a guerra suja contra o regime democrático ­ e contra o direito à vida. Quem entrou na cadeia foi o assaltante de alta produtividade. Quem saiu foi o embrião de um assassino de alta periculosidade. Convertido por um vizinho de cela em devoto da seita terrorista Proletários Armados do Comunismo, Battisti tinha 24 anos quando foi considerado pronto para matar.
Num artigo publicado na Folha de S.Paulo, o jurista italiano Armando Spataro, procurador da República em Milão e coordenador do Departamento de Combate ao Terrorismo, escancarou o lixão de mentiras, fantasias, invencionices, espertezas e pilantragens amontoadas para justificar a absolvição arbitrária pelo magistrado Tarso Genro de um personagem que Spataro qualifica de "assassino puro". Hoje com 60 anos, faz quase 30 que sabe tudo sobre o caso. Auxiliado por colegas do Ministério Público, policiais e juízes vinculados à Operação Mãos Limpas, foi ele quem conduziu as investigações que resultaram na prisão do terrorista em 1979 e, depois, no julgamento que condenou à prisão perpétua o réu comprovadamente envolvido em quatro homicídios.
Sereno, seguro, Spataro implode uma a uma as falácias recitadas pelo pedaço do Brasil que, depois de espantar o lado decente com manifestações de apoio a vilões de novela, agora torcem ostensivamente por bandidos de verdade.
"Naquele tempo, a Itália vivia uma fase conturbada", vem repetindo Tarso. Conturbada por delinqüentes que trocaram votos e urnas por metralhadoras e bombas para substituir o estado de direito e substituí-lo pela ditadura comunista. "Battisti foi militante de um grupo político de orientação esquerdista", viajou o jurista Dalmo de Abreu Dallari num artigo tão delirante que enquadrou na "extrema-direita" o governo que os guerreiros do proletariado queriam derrubar. No período em que o artilheiro adotado pelo governo Lula liquidou a tiros dois policiais e dois comerciantes "contra-revolucionários", o país controlado pela extrema-direita era o Brasil. Na Itália democrática, estavam no poder donos de currículos que identificam veteranos da resistência ao fascismo. Se Dallari escala na extrema-direita o ex-primeiro-ministro Francesco Cossiga, que posição sobraria para Mussolini? "Battisti foi condenado com base no que disse uma testemunha beneficiada pela delação premiada e não teve direito à ampla defesa", declamou Tarso. Bobagem, conta Spataro. Se não tivesse fugido do país, o acusado esperaria sem torturas nem ameaças o dia do julgamento, que acompanharia na primeira fila. E então saberia que, ao depoimento do companheiro, que resolveu contar tudo, somou-se uma montanha de provas que o teria soterrado se o assassino não descobrisse o Brasil.
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http://arquivoetc.blogspot.com/2009/01/augusto-nunes-assassino-de-estimao-1.html
Gazeta Mercantil.
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BARACK OBAMA: SONHOS E REALIDADES II

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O HOMEM NO TOPO

Roberto DaMatta


Em 1982, recebi de presente duas intrigantes caricaturas. Numa delas, um sujeito pronto para dormir não via (mas suspeitava de) um monstro escondido bem debaixo de sua cama. Na outra, um escalador solitário no topo de uma elevada e íngreme montanha descobria que, se desse um passo adiante, cairia. Era o homem no topo de todas as possibilidades.

Hoje, depois que muita água correu debaixo da minha ponte, eu vejo com clareza o significado do presente. A primeira caricatura era uma advertência. Pois, naquela época, eu colhia os resultados dos meus estudos do Brasil não como nação e sistema político-econômico, como era trivial realizar, mas como uma sociedade e ideologia. No afã de abrir um caminho sociológico nessa direção, naquele período ainda sombrio da vida nacional, é possível que todos, menos eu, vissem o monstro debaixo da minha cama. E, no entanto, lá estava ele, deixando ver a dimensão misteriosa de toda cama. Já que o leito, como diz Thomas Mann, é uma mobília metafísica: nela somos concebidos e ali somos paradoxal e rotineiramente levados a uma agradável experiência com a morte. Por meio do sono reparador, comprometido com o doce abandono da vida ativa e consciente.

Muito mais intrigante, entretanto, era o desenho do homem no topo de todas as possibilidades, uma admoestação direta sobre os perigos do sucesso. Pois a caricatura do homem vitorioso e desamparado, no exíguo píncaro da mais alta montanha, mostrava um escalador atônito com o fato de ter chegado a esse local tão ambicionado somente para descobrir a fatalidade que seria dar um passo adiante. A planície tem uma amplidão barata, mas, como compensação, no cume só há espaço para uma pessoa. O paradoxo de quem tem está no auge de qualquer coisa é que o cume imobiliza. Chegando lá, você começa a perceber, como nos desenhos dos célebres cartunistas americanos, Liza Swerling e Ralph Lazar, que só lhe resta continuar subindo, cair ou descer. Aliás, é precisamente isso que todos esperam. Só os mais rematados idiotas não sabem que o êxito é uma gaiolinha frágil e minúscula presa por um prego enferrujado numa parede de barro. Não é, pois, por acaso que quem está no topo sinta-se vigiado, perseguido, malquisto, irritado, injustiçado e ressentido. No topo, o sujeito sofre de vertigens, azias, medos, raiva, vaidade, onipotência e pode perder a cabeça.


Quanto maior o gigante, maior o tombo. Essa, penso, é a frase usada para quem é bem-sucedido no Brasil. Entre nós, o "subir na vida" (essa banal metáfora do sucesso) comporta - como em outros lugares - a imagem da escalada, mas também fala de um significativo crescimento. Entre nós, sucesso, prestígio e poder aumentam o tamanho. Fazem o sujeito virar "homem grande" (não necessariamente "grande homem"), promovendo gigantismo e obesidade. Muita banha, no corpo, na mente e na fala. Um agigantamento frequentemente mantido a triste puxa-saquismo e vergonhosa condescendência. O "por que não te calas" do rei da Espanha ao Chávez não foi só uma admoestação política, foi sobretudo uma receita de regime alimentar.

Hoje, dia 21, Obama está inaugurando o seu período presidencial já que, no mundo político-cultural americano, o sujeito não "toma posse", mas abre uma etapa histórica que leva o seu nome. É o seu primeiro dia no topo de todas as possibilidades em termos de política e de poder. Suas responsabilidades são incomensuráveis. Os dilemas morais, que enfrentará com a premente obrigação de decidir, são imensos. No topo do país mais poderoso do mundo, ele será visto pelos adeptos do terrorismo ideológico e intelectual como responsável por todo o mal do mundo. Poucas pessoas chegam tão perto da divindade quanto esses sujeitos no topo das grandes potências. Eis um ser humano que ocupa um papel social dotado, entre outras coisas, da capacidade de redimir ou destruir não somente seus inimigos, mas o planeta. Eis a mais plena imagem do homem no topo de todas as possibilidades. Que esse Deus patriarcal, onipotente, onisciente e onipresente do Islã e de Israel o tenha! E que o seu carisma - esse dom necessário para romper as barras da jaula de ferro que estamos metidos - não o abandone.

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Em alemão, presente e veneno são designados por uma mesma palavra: gift. De fato, dado (ou recebido) em excesso o presente, como os remédios, envenena. Ele escraviza ou simplesmente mata seus recebedores os quais, como mostrou Marcel Mauss, ficam aprisionados aos seus doadores. Foi o caso do cavalo de Troia, e é exatamente o que ocorre quando o nosso velho clientelismo nos atrela aos favores daqueles que - no topo da montanha - se afirmam como superiores porque sabem que suas dádivas, favores e bolsas escravizam. Afinal, chegar ao topo é um presente ou um veneno? Há, como diz o Ancelmo Góis, controvérsias...
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090121/not_imp310322,0.php
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SENADO: ELEIÇÕES E "CHAPA QUENTE"

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Sarney tira Garibaldi da disputa no Senado e desperta ira dos petistas

Christiane Samarco e Vera Rosa, BRASÍLIA



A candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado produziu ontem uma primeira vítima e uma crise de relacionamento com o PT com potencial de contagiar o até agora previsível processo sucessório na Câmara dos Deputados. Desautorizado pelo comando do partido, que insuflou a candidatura de Sarney, o atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), desistiu de disputar a reeleição. "Não poderia ser egoísta e expor meu partido ao risco de uma candidatura sobre a qual pairam dúvidas, quando se tem um candidato talvez até mais forte do que eu", disse ontem Garibaldi.

Com Sarney no páreo, o PT reagiu. Além de fincar pé na disputa, bancando a candidatura do senador Tião Viana (AC), o partido anunciou que fará tudo para impedir que o PMDB presida Câmara e Senado, ameaçando o favoritismo do deputado Michel Temer (PMDB-SP).

"Não há possibilidade de o PMDB, que tem apenas um quinto dos parlamentares, presidir as duas Casas", protesta a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), que desembarca hoje em Brasília.

"Já tem deputados me ligando, inclusive petistas, para perguntar como é que fica, porque não aceitam que o PMDB comande sozinho o Congresso", diz a líder, convencida de que "a surpresa fora de hora de Sarney" não só constrange o PT, como pode abalar a relação entre os dois partidos. E mais: "O governo é quem vai pagar a conta de qualquer jeito."

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não admita publicamente, o governo teme o "troco" dos aliados insatisfeitos na Câmara, caso Sarney seja escolhido para dirigir o Senado, na eleição marcada para 2 de fevereiro. Em conversas reservadas, Lula avalia que os descontentes com o excessivo poder do PMDB podem trair Temer, que disputa o comando da Casa com o apoio do Planalto.

Convencido de que haverá efeitos colaterais a médio prazo, o presidente decidiu não se envolver diretamente na briga. Encarregou, porém, os articuladores do governo de tentar apagar o incêndio político.

"O PMDB, no comando das duas Casas, cria um desequilíbrio partidário nacional e pode representar um risco tanto para a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como para a do governador José Serra (PSDB) à sucessão do presidente Lula, em 2010", afirmou Viana. "Se Lula estiver bem, grande parte do PMDB migrará para Dilma, mas, se estiver mal, boa parte irá para o Serra. Essa antecipação da eleição de 2010 não é boa para o Congresso."

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), chegou a advertir ontem para o risco de a candidatura do PMDB no Senado prejudicar Temer na Câmara, mas hoje garante a unidade dos petistas para eleger o deputado do PMDB.

Ameaças à parte, Temer afirma que não tem "a menor preocupação" com o efeito Sarney sobre a sucessão na Câmara. "A repercussão na Câmara é zero."

?BOM SENSO?

"Estamos fazendo um chamamento ao bom senso para encontrar o caminho do equilíbrio entre os partidos", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). "De qualquer forma, da parte do PT o apoio a Temer está asssegurado. Acordo se cumpre."

Para os petistas que sustentam a candidatura de Viana, o governo não terá mesmo como escapar das consequências políticas da disputa. Ou o Planalto terá de arcar com as mágoas da campanha e das insatisfações dos peemedebistas, em caso de derrota, ou pagará o preço alto das exigências de um PMDB que, tendo em suas mãos a decisão sobre todo andamento do Congresso, fará do governo um refém.

Mas não foi esse o tom da conversa de Sarney com o presidente Lula na noite de segunda-feira. Nos relatos que fez a companheiros de partido, Sarney disse que a palavra do presidente foi "a esperada", de que não interferiria no processo. Lula fez questão de deixar claro que tem em Sarney um aliado leal e, por isso, jamais se posicionaria contra ele.
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090121/not_imp310425,0.php
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BARACK OBAMA: SONHOS E REALIDADES

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IMAGINE
(John Lennon)


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky

Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too

Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man

Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one



Imagine

Imagine que não existe paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
E acima apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Talvez você diga que eu sou um sonhador
Mas não sou o único
Desejo que um dia você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só

Imagine não existir posses
Surpreenderia-me se você conseguisse
Sem necessidades e fome
Uma irmandade humana

Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo

Talvez você diga que eu sou um sonhador
Mas não sou o único
Desejo que um dia você se junte a nós
E o mundo, então, será como um só
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http://letras.terra.com.br/john-lennon/79780/
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EUA/BARACK OBAMA: DISCURSO DE POSSE

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Posse de Barack Obama


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"Obrigado
(Obama, Obama)
Meus compatriotas,

Aqui me encontro hoje humilde diante da tarefa à nossa frente, agradecido pela confiança depositada por vocês, atento aos sacrifícios feitos por nossos ancestrais. Agradeço ao presidente Bush pelos seus serviços a esta nação, assim como pela generosidade e pela cooperação mostradas durante esta transição.

Quarenta e quatro americanos, até hoje, prestaram o juramento presidencial. Suas palavras foram ditas durante a maré ascendente da prosperidade e nas águas calmas da paz. Mas frequentemente o juramento é prestado em meio a nuvens crescentes e tempestades ruidosas. Nestes momentos a América foi em frente não apenas graças ao talento e à visão daqueles no poder, mas porque nós, o povo, permanecemos fiéis aos ideais de nossos antecessores e aos nossos documentos fundadores.

Foi assim e deve ser assim com esta geração de americanos.

É bem sabido que estamos no meio de uma crise. Nossa nação está em guerra contra uma rede de violência e ódio de longo alcance. Nossa nação está bastante enfraquecida, uma consequência da ganância e da irresponsabilidade de alguns, mas também da nossa incapacidade coletiva de tomar decisões difíceis e preparar a nação para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos foram cortados; empresas destruídas. Nossa saúde é cara demais; nossas escolas deixam muitos para trás; e cada dia traz novas evidências de que a forma como usamos a energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.
Eles [os desafios] não serão superados facilmente ou num curto período de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão superados.

Estes são os indicadores de uma crise, tema de dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profundo, é o solapamento da confiança por todo o nosso país. Um medo persistente de que o declínio da América seja inevitável, e que a próxima geração deva ter objetivos menores.

Hoje eu lhes digo que os desafios diante de nós são reais. São sérios e são muitos. Eles não serão superados facilmente ou num curto período de tempo. Mas saiba disso, América: eles serão superados. (aplausos)

Neste dia nós nos unimos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objetivo, e não o conflito e a discórdia.

Neste dia viemos proclamar o fim de nossos choramingos e falsas promessas, as recriminações e os dogmas desgastados, que por tempo demais estrangularam nossa política.

Ainda somos uma nação jovem, mas, nas palavras das Escrituras, chegou a hora de acabar com as coisas de menino. Chegou a hora de reafirmar nosso espírito resistente; de optar pela nossa melhor história; de levar adiante esse dom precioso, essa nobre ideia, passada de geração em geração: a promessa divina de que todos são livres, todos são iguais e todos merecem a chance de lutar por sua medida justa de felicidade.

Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que ela não é um presente. Deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi aquela de atalhos ou de quem se contenta com pouco. Nunca foi o caminho dos fracos de coração – daqueles que preferem o ócio ao trabalho, ou buscam apenas os prazeres da fortuna e da fama. Foi, isto sim, o dos que correm risco, dos que fazem, dos que executam coisas – alguns célebres, mas mais comumente homens e mulheres obscuros em seu trabalho, que nos levaram pelo longo e áspero caminho da prosperidade e da liberdade.

Por nós eles empacotaram suas pequenas posses mundanas e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Por nós eles trabalharam em condições ruins e se estabeleceram no oeste; suportaram o estalar do chicote e araram a terra dura.

Por nós eles lutaram e morreram em lugares como Concord e Gettysburg; na Normandia e em Khe Sahn.

A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América.

Mais de uma vez esses homens e mulheres lutaram, se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos estivessem em carne viva para que nós vivêssemos uma vida melhor. Eles viram uma América maior que a soma de nossas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascença ou riqueza ou partido.

Esta é a jornada que continuamos hoje. Ainda somos a nação mais próspera e mais poderosa na face da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos que no início desta crise. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos bens e serviços não são menos necessários que na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece intacta. O tempo de deixar as coisas como estão, ou de proteger pequenos interesses e adiar decisões desagradáveis, esse tempo certamente passou. A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América.

Para onde quer que olhemos, há trabalho a fazer. O estado da economia exige ação, ousada e rápida, e nós vamos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para estabelecer novas fundações para o crescimento. Construiremos as estradas e pontes, as linhas elétricas e digitais que alimentam nosso comércio e nos unem. Recolocaremos a ciência em seu devido lugar, e usaremos as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade de nosso atendimento de saúde e reduzir seu custo. Usaremos o sol, os ventos e o solo para abastecer nossos carros e fazer funcionar nossas fábricas. E transformaremos nossas escolas e universidades para atender as exigências de uma nova era. Podemos fazer tudo isso. E faremos tudo isso.

Ora, alguns questionam a escala de nossas ambições. Sugerem que nosso sistema não pode tolerar planos demais. Suas memórias são curtas. Pois esquecem o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem obter quando a imaginação se une a um objetivo comum, e a necessidade à coragem.

O que os cínicos não conseguem entender é que o chão moveu-se sob seus pés. Que as disputas políticas vazias que nos consumiram por tanto tempo não servem mais. A questão que se deve perguntar hoje não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, mas se funciona – se ajuda as famílias a encontrar empregos com salários decentes, assistência que possam pagar, aposentadorias dignas. Onde a resposta for sim, nossa intenção é seguir em frente. Onde a resposta for não, os programas serão cortados. E aqueles que administram os dólares da população terão que assumir suas responsabilidades: gastar com sabedoria, mudar os maus hábitos, fazer negócios à luz do dia. Porque só então poderemos restaurar a confiança que é vital entre um povo e seu governo.

Ora, alguns questionam a escala de nossas ambições. Sugerem que nosso sistema não pode tolerar planos demais. Suas memórias são curtas. Pois esquecem o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem obter quando a imaginação se une a um objetivo comum, e a necessidade à coragem.

O que os cínicos não conseguem entender é que o chão moveu-se sob seus pés. Que as disputas políticas vazias que nos consumiram por tanto tempo não servem mais. A questão que se deve perguntar hoje não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, mas se funciona – se ajuda as famílias a encontrar empregos com salários decentes, assistência que possam pagar, aposentadorias dignas. Onde a resposta for sim, nossa intenção é seguir em frente. Onde a resposta for não, os programas serão cortados. E aqueles que administram os dólares da população terão que assumir suas responsabilidades: gastar com sabedoria, mudar os maus hábitos, fazer negócios à luz do dia. Porque só então poderemos restaurar a confiança que é vital entre um povo e seu governo.

Tampouco a pergunta diante de nós é se o mercado é uma força do bem ou do mal. Seu poder para gerar riqueza e expandir a liberdade não tem igual, mas esta crise nos fez lembrar que, sem um olhar atento, o mercado pode sair do controle – e que uma nação não pode prosperar por muito tempo se favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho do nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; e da nossa capacidade de levar as oportunidades a todos os corações desejosos - não por caridade, mas porque é o caminho mais seguro para nosso bem comum.

Saibam que a América é amiga de toda nação e todo homem, mulher e criança que busca um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais.

Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Nossos pais fundadores, diante de perigos que mal conseguimos imaginar, elaboraram uma carta para assegurar o império da lei e os direitos do homem, uma carta difundida pelo sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos abandoná-los em nome da praticidade. Assim, a todos os outros povos e governos que estão assistindo hoje, das maiores capitais ao vilarejo onde meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de toda nação e todo homem, mulher e criança que busca um futuro de paz e dignidade, e que nós estamos prontos para liderar uma vez mais.
(aplausos)

Lembrem-se que as gerações anteriores encararam o fascismo e o comunismo não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças resolutas e convicções duradouras. Elas entenderam que nosso poder, por si só, não pode nos proteger, nem nos autoriza a fazer tudo como queremos. Em vez disso, elas sabiam que nosso poder cresce quando usado com prudência; que nossa segurança emana da justeza de nossa causa, da força do nosso exemplo, as sóbrias qualidades da humildade e do comedimento.

Somos os mantenedores desse legado. Guiados por esse exemplo uma vez mais, podemos superar estas novas ameaças, que exigem um esforço ainda maior, uma cooperação e uma compreensão ainda maiores entre as nações.

Começaremos de forma responsável a deixar o Iraque para seu povo, e forjaremos uma paz duramente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, trabalharemos incansavelmente para reduzir a ameaça nuclear e fazer recuar o espectro de um planeta em aquecimento.

Não pediremos desculpas por nosso modo de vida, nem fraquejaremos em nossa defesa, e para aqueles que buscam atingir seus objetivos induzindo ao terror e massacrando inocentes, dizemos a vocês que nosso espírito é mais forte não pode ser quebrado; vocês não sobreviverão a nós, e nós os derrotaremos.
(aplausos)

Pois sabemos que a colcha de retalhos de nossa herança é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus - e ateus. Somos formados de todas as línguas e culturas, trazidas de todo canto desta Terra; e porque provamos o fel amargo da Guerra Civil e da segregação, e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos deixar de acreditar que os velhos ódios um dia passarão; que as linhas tribais logo dissolver-se-ão; que à medida que o mundo se torne menor, nossa humanidade em comum revelar-se-á; e que a América deve exercer seu papel no surgimento desta nova era de paz.

Ao mundo muçulmano: buscamos uma nova trilha adiante, baseada em interesses mútuos e respeito mútuo. Àqueles líderes mundo afora que buscam semear o conflito, ou pôr no Ocidente a culpa pelos males de suas sociedades: saibam que o povo os julgará por aquilo que vocês podem construir não pelo que vocês destruírem. Àqueles que se agarram ao poder por meio de corrupção e trapaças, e que silenciam opositores: saibam que vocês estão do lado errado da história; mas que estendermos a mão se vocês estiverem dispostos a descerrar seus punhos.

Aos povos das nações pobres: comprometemo-nos a trabalhar ao lado de vocês para que suas fazendas floresçam e águas limpas possam fluir; para alimentar corpos esfomeados e mentes famintas. E àquelas nações como a nossa, que gozam de relativa abundância, dizemos que não podemos mais aceitar a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem pensar nos efeitos disso. Pois o mundo mudou, e precisamos mudar junto com ele.

No momento em que divisamos a estrada que surge diante de nós, lembramo-nos com gratidão daqueles bravos americanos que neste exato momento patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, assim como os heróis caídos que repousam em Arlington murmurarão até o fim dos tempos. Nós os homenageamos não apenas porque são os guardiões de nossa liberdade, mas porque eles encarnam o espírito do serviço; uma disposição para encontrar sentido em algo maior que eles mesmos. Neste momento, um momento que definirá uma geração, é exatamente este espírito que devemos ter dentro de todos nós.

Pois, por mais que os governos possam e devam fazer, no fim das contas é na fé e na determinação do povo americano que esta nação confia. É a gentileza de socorrer um estranho quando um dique é destruído, a generosidade dos trabalhadores que aceitam reduzir sua jornada de trabalho para que um amigo não perca seu emprego, que nos fazem superar os piores momentos. É a coragem do bombeiro que atravessa uma escadaria cheia de fumaça, mas também a disposição de um pai para criar um filho, que decidem afinal a nossa sorte.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que os enfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que nosso êxito depende – honestidade e trabalho duro; coragem e ética; lealdade e patriotismo; essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras.
Elas têm sido a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é um retorno a essas verdades. O que se exige de nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, por parte de todo americano, de que temos deveres para conosco, para com nossa nação e o mundo, deveres que não devemos aceitar de mau grado, mas sim agarrar com alegria, firmes na percepção de que não há nada mais satisfatório para o espírito, mais definidor de nosso caráter, que darmos o máximo de nós mesmos em uma tarefa difícil.

Com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos em segurança às gerações futuras.
Este é o preço e a promessa da cidadania.

Esta é a fonte de nossa confiança – a noção de que Deus nos pede que definamos um destino incerto.

Este é o significado de nossa liberdade e de nosso credo - razão pela qual homens, mulheres e crianças de todas as raças e religiões podem reunir-se em celebração nesta magnífica avenida, e a razão pela qual um homem cujo pai, menos de 60 anos atrás, não poderia fazer um pedido num restaurante local, pode agora comparecer diante de vocês para prestar um sacratíssimo juramento.

Marquemos, pois, este dia, com a lembrança, daquilo que somos e do quão longe chegamos. No ano do nascimento da América, no mês mais frio do ano, um pequeno grupo de patriotas juntou-se diante de fogueiras que se apagavam às margens de um rio congelado. A capital fora abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado de nossa revolução parecia mais incerto, o pai de nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:

"Façam saber ao mundo futuro... que nas profundezas do inverno, quando nada a não ser a esperança e a virtude poderiam sobreviver.. que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, ergueram-se para vencê-lo".

América. Diante de nossos perigos comuns, neste inverno de dificulades, lembremos estas palavras atemporais. Com esperança e virtude, vamos enfrentar uma vez mais as correntes geladas e suportar quaisquer tempestades que surgirem. Que os filhos de nossos filhos possam dizer que, quando fomos testados, nos recusamos a permitir o fim desta jornada, que não viramos as costas nem fraquejamos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levamos adiante o grande dom da liberdade e o entregamos em segurança às gerações futuras.

Muito obrigado. Deus os abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América."
(aplausos)
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ÉPOCA traduz a primeira declaração do 44º presidente dos Estados Unidos. "Não podemos mais aceitar a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras: o mundo mudou, e precisamos mudar junto com ele"
Tradução: André Fontenelle. Foto: matéria.
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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI21738-15254-1,00-POSSE+DE+BARACK+OBAMA+LEIA+A+INTEGRA+DO+DISCURSO.html
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

21 de janeiro de 2009

O Globo

Manchete: Obama anuncia reconstrução dos EUA e promete era de paz
Ao se dirigir pela primeira vez ao país como o 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama conclamou os americanos a se levantarem e promoverem a reconstrução da América. "Enfrentamos desafios reais, mas vamos vencê-los", anunciou, diante de dois milhões de pessoas que, sob frio intenso, lotaram os 2,5 quilômetros entre o Obelisco e o Capitólio. O presidente convocou os americanos para uma nova era de responsabilidade, já que atribuiu a crise financeira a uma falha coletiva em fazer escolhas difíceis. "O que se exige é um reconhecimento de que temos obrigações com nós mesmos,com a nação e com o mundo". Obama acenou aos muçulmanos com a disposição de buscar um novo caminho "baseado em respeito e interesse mútuos", prometendo que os EUA vão liderar uma nova era de paz, relatam José Meirelles Passos, Gilberto Scofield Jr. e Marília Martins. (págs. 1 e 24 a 29)

BB já se prepara para reduzir os juros hoje

Pressionado por Lula, o Banco do Brasil fará hoje um corte em suas taxas de empréstimos, logo após a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que deve reduzir os juros básicos, hoje em 13,75%. Não há corte de juros desde setembro de 2007. BB e Caixa Econômica passarão também a exigir manutenção de emprego como contrapartida de empréstimos a empresas. (págs. 1, 19 e 20)

Votorantim compra Aracruz por R$ 5,4 bi

A Votorantim Papel e Celulose comprou o controle da Aracruz por R$ 5,4 bilhões, criando uma gigante do setor. A operação só foi fechada porque o BNDES investirá R$ 2,4 bi. (págs. 1 e 17)

Guerra e crise econômica no topo da agenda

No primeiro dia de trabalho de Obama, haverá uma reunião com o alto comando militar para tratar das guerras no Iraque e no Afeganistão, a nomeação de um enviado especial ao Oriente Médio e a discussão de medidas contra a crise econômica. (págs. 1 e 27)

Enquanto isso, bolsas despencam e dólar sobe

Em Wall Street, os investidores não se animaram com Obama. O índice Dow Jones caiu 4,01%, a maior perda num dia de posse de presidente em 112 anos. A preocupação é com a crise no sistema bancário. A Bovespa também caiu 4,01%. O dólar subiu 1,71%. (págs. 1 e 18)

Colunas e Artigos

Elio Gaspari: Os negros liquidaram a fatura: têm o presidente, o procurador e a embaixadora na ONU. (págs. 1, Opinião, 7)

Colunas e Artigos

Merval Pereira: Obama representa um novo tipo de político que não é apenas forjado por marqueteiros. (págs. 1,O País,4)

Colunas e Artigos

Míriam Leitão: Washington já mudou: o novo presidente falou em tolerância e em estender a mão. (págs. 1, Economia,18)

Colunas e Artigos

Zuenir Ventura: Nunca se viu tanto alívio pelo que termina e tanto otimismo pelo que começa. (págs. 1,Opinião,7)

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Folha de S. Paulo

Dinheiro
GM concede licença remunerada a 1.600 em fábrica no ABC. (págs. 1 e B4)

Editoriais

Leia “Pacote de habitação”, sobre perspectivas para crédito imobiliário; e “Decadente aos 25”, acerca do MST.

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O Estado de S. Paulo

Sarney vai à luta no Senado e irrita PT
A candidatura de José Sarney ao comando do Senado ganhou força. O atual presidente, Garibaldi Alves, desistiu da reeleiçAo, o que irritou os petistas. (págs. 1 e A4)

BNDES ajuda Votorantim na Aracruz

O Grupo Votorantim anunciou a compra de 28% da Aracruz Celulose, por R$ 2,7 bilhões,e agora controla a empresa com o BNDES, que emprestou parte do valor. (págs. 1 e B1)

A vez da floresta

Lei estadual facilita vida de quem tem de reflorestar a propriedade.(pág. 1)

Europa mistura esperança e prudência

A Europa encara Barack Obama com esperança e prudência. Pesquisa da BBC mostra que a maioria prevê o fortalecimento das relações com os EUA. (págs. 1 e A17)

O desafio da renovação política

O desafio de Obama é traduzir a renovação social que ocorreu na década passada em renovação política e de governo. Parte disso foi vista em seu discurso de posse, no qual enfatizou os temas da responsabilidade, coesão e unidade. Além de rejeitar a cultura do vale-tudo. (págs. 1 e A16)

Dora Kramer

Vinte minutos e nenhuma mistificação. Obama foi ao ponto e disse o necessário num discurso sem enfeites. (págs. 1 e A6)

Marcos Sá Corrêa

O presidente negro tem espírito verde e usa argumentos que parecem saídos de cartilhas ambientalistas. (págs. 1 e A20)

Roberto DaMatta

Obama chegou ao topo da mais alta montanha. Lá, só há espaço para uma pessoa e seus dilemas imensos. (págs. 1 e D10)

O sonho de Luther King é realidade

Desde ontem, é provável que as crianças brancas e negras se olhem umas às outras como nunca antes nos 233 anos da república americana. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: O presidente da esperança
Um dia histórico

O mundo uniu-se ontem a 2 milhões de pessoas nas ruas de Washington para assistir à chegada de uma nova era. Com um discurso que buscou colocar os EUA como um ator mais consciente da economia e da política externa, Barack Obama tomou posse como o 44º presidente dos EUA. O democrata pediu aos americanos que enfrentem juntos a crise econômica, causada "por nossa falha coletiva em tomar decisões difíceis". Ao dia histórico a multidão respondeu com emoção, principalmente quando o líder negro lembrou ser filho de "um homem que há menos de 60 anos não poderia nem sequer ser servido em um restaurante". O cardápio da festa contou com os pratos prediletos de Abraham Lincoln, presidente que libertou os escravos. (págs. 1 e A2 a A12)

Celebração da posse contagia o mundo

A esperança com a posse ultrapassou as fronteiras dos EUA - do Brasil à aldeia de Kogelo, no Quênia, onde nasceu o pai de Obama. O sul-africano Nelson Mandela definiu-o como "a nova voz da esperança". O francês Nicolas Sarkozy disse esperar que Obama possa "mudar o mundo com ele". (págs. 1, Tema do Dia, A7)

Um dia notável após o outro

O feriado de Martin Luther King Jr. foi seguido pelo dia em que os EUA empossaram o primeiro presidente negro do país. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta

Repercussão
Políticos, empresários, embaixadores e analistas avaliam o memorável dia de Obama. (págs. 1, A5, A7 e A12)

Sociedade Aberta

Candido Mendes: Para cientista político a posse devolve os EUA à ordem pública internacional. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta

Acácio Moraes Garcia: Discurso exibiu retórica elegante e arrebatadora, diz especialista em oratória. (págs. 1 e A6)

Apesar da euforia, bolsas desabam

Euforia nas ruas, desânimo nas bolsas. Assim que a cerimônia foi encerrada, os principais índices acentuaram suas perdas, no pior desempenho em dia de posse presidencial dos EUA desde 1963. (págs. 1 e A7)

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Correio Braziliense

Manchete: O que ele quer mudar
Em uma cerimônia histórica e diante de 2 milhões de pessoas, Barack Hussein Obama transmitiu palavras de esperança e determinação. Na economia, ele prometeu uma “ação rápida e ousada”. O 44º presidente norte-americano anunciou uma era de responsabilidade nos EUA. “É chegada a hora de reafirmar nosso espírito de persistência; de escolher a nossa melhor história.” E disse estar disposto a buscar a conciliação no mundo. “Saibam que os Estados Unidos são amigos de todas as nações… e que estamos prontos para liderar mais uma vez”. (págs. 1,Tema do Dia, 14 a 19)

Empréstimos

Prestes a tomarem o segundo puxão de orelhas do presidente Lula, Banco do Brasil e Caixa já preparam novas tabelas com crédito mais barato. (págs. 1 e 8)

Indústria tem novembro desastroso

Faturamento, emprego e horas trabalhadas despencaram com a crise. (págs. 1 e 9)

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Valor Econômico

A volta das Câmaras Setoriais
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, encontra-se hoje com o presidente Lula, em Brasília. Na pauta, a proposta de reativação da Câmara Setorial Automotiva para deter as demissões. (págs. 1 e A3)

Mercados dão uma recepção nada calorosa

Enquanto Barack Obama tomava posse como 44º presidente americano, em meio ao delírio de milhões de pessoas que participaram do evento, os mercados mostraram a dura realidade que Obama terá de enfrentar imediatamente, com todas as suas armas.

As bolsas de valores americanas despencaram com os novos sinais de que a crise está longe de terminar. O Dow Jones fechou em baixa de 4,01%, aos 7.949 pontos. O Standard & Poor's 500 declinou 5,28%, para 805 pontos. A bolsa eletrônica Nasdaq fechou aos 1.440 pontos, em queda de 5,78%. No Brasil, o Ibovespa também recuou 4,01%. As principais bolsas européias caíram.

As más notícias vieram mais uma vez dos bancos americanos. O Bank of America, que recebeu um suporte de USS 117 bilhões para perdas com ativos por parte do governo americano, viu suas ações recuarem 28,9% ontem. A sangria com os papéis do Citi continuou e as ações declinaram mais 20%.

Novos temores vieram se juntar aos já conhecidos. O State Street, um dos grandes bancos de custódia do país, anunciou queda do lucro líquido de 71% no último trimestre e perdas não realizadas de US$ 6,3 bilhões, o dobro do trimestre anterior. Os papéis do banco caíram 59%, contaminando outros como Wells Fargo e Bank of New York Mellon, que tiveram quedas de 23% e 17%, respectivamente. (págs. 1 e C2)

Com BNDES, VCP assume a Aracruz

A Votorantim anunciou ontem novo acordo para comprar as ações da Aracruz e a fusão da companhia com a VCP para criar a maior fabricante de celulose do mundo. As ações das famílias Lorentzen, Moreira Salles e Almeida Braga, equivalentes a 28,03% das ONs, serão adquiridas por R$ 2,71 bilhões, pagos em 30 meses - um desconto de 13% em reais e de 40% em dólar sobre o preço acertado em agosto, na primeira tentativa de fusão.

Desta vez, o grupo Safra já indicou ao Votorantim que pretende vender suas ações do bloco de controle da Aracruz. Na proposta anterior, o Safra faria um investimento para dividir o controle da nova empresa com o Votorantim. Agora, o parceiro da família Ermírio de Moraes será o BNDES, que poderá injetar até R$ 2,4 bilhões para viabilizar a operação e integral o bloco de controle.

Os minoritários detentores de ações preferenciais da Aracruz receberão entre 40% e 45% menos na nova relação de troca por ações da VCP. (págs. 1, B1, B6 e B7)

Financiamento à exportação reduz reservas a US$192,8 bi

Os financiamentos do Banco Central às exportações - US$ 12,642 bilhões desde setembro - fizeram as reservas internacionais caírem a US$ 192,8 bilhões pelo conceito de caixa, o menor valor desde fevereiro de 2008. O BC espera ganhar com a estratégia de fornecer dólares ao mercado de câmbio, mais lucrativa que a aplicação em títulos do Tesouro americano.

Pelo conceito mais tradicional de liquidez internacional, as reservas somam US$ 204,6 bilhões. Mas o conceito de caixa, que expressa os dólares disponíveis para intervir no câmbio, foi retomado para revelar o impacto dos empréstimo em dólares feitos pelo BC. (págs. 1 e Cl)

Empresas médias vão sofrer mais

O Brasil vai enfrentar um aumento “muito forte" na insolvência das médias e pequenas empresas no primeiro trimestre, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados. Segundo ele, essas companhias enfrentam forte concorrência das empresas de maior porte na obtenção de crédito e encaram também a queda na demanda e os estoques elevados.

Mendonça de Barros projeta um crescimento do PIB de 2% em 2009. “Esse é o teto", diz, ressaltando o papel do crédito para explicar o tombo no ritmo da atividade. "Para entender o que acontece no lado real da economia, essa é a variável central". (págs. 1 e A12)

ExxonMobil descobre óleo na Bacia de Santos

Uma das notícias mais aguardadas do pré-sal nos últimos dias finalmente se materializou. A ExxonMobil, maior empresa privada de petróleo do mundo, notificou à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a descoberta de petróleo no bloco 22 da Bacia de Santos. A área, em uma das regiões de maior potencial do pré-sal, pode abrigar um campo gigante, com reservas similares às do campo de Tupi, onde a Petrobras estima que existam entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo equivalente.

Qualquer que seja o volume, e a empresa não é obrigada a informar estimativas de reservas neste estágio da exploração, são grandes as chances de que a área abrigue um campo gigante. O BM-S-22 é o único bloco do pré-sal operado por uma multinacional e também o único onde a Petrobras, que tem presença dominante na área, é sócia minoritária, com participação de 20%. A Exxon tem 40%, mesma fatia de outra companhia estrangeira, a também americana Hess.

Na semana passada, o presidente-executivo e do conselho de administração da ExxonMobil, Rex Tillerson, esteve no país, reforçando a expectativa de que a empresa iria anunciar uma grande descoberta na Bacia de Santos. (págs. 1 e B7)

Desemprego na China

Como resultado da desaceleração da economia mundial, a taxa de desemprego urbano na China terminou o ano passado em 4,2% - equivalentes a 8,8 milhões de pessoas -, uma alta de 0,2 ponto percentual em relação a 2007, encerrando uma seqüência de cinco anos de queda. (págs. 1 e A9)

Idéias

José Graziano: em épocas de crise, é preciso proteger os mais pobres. (págs. 1 e A11)

Acordo Fiat-Chrysler

O Brasil terá papel importante no acordo entre Fiat e Chrysler, pelo qual a montadora italiana assumirá uma participação de 35% na companhia americana, que pretende desenvolver modelos pequenos e mais econômicos. (págs. 1 e B7)

Dúvidas em relação ao trigo

Os preços pouco atrativos para o trigo no mercado interno reduzem o interesse pela cultura. A poucas semanas do início do plantio, que começa em março, agricultores do Paraná - maior produtor brasileiro - estão mais inclinados a apostar no milho safrinha. ( págs. 1 e B10)

Idéias

Martin Wolf: se o esforço econômico de Obama fracassar, o resultado será o ressurgimento do protecionismo. (págs. 1 e A11)

Idéias

Cláudio Couto: Serra dá mostras de mineiríssima destreza política. (págs. 1 e A5)

Governo equatoriano eleva tarifas e impõe cotas a importações (págs. 1 e A9)

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Gazeta Mercantil

Banco público tem juro menor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir hoje com dirigentes de bancos públicos para discutir juros e spreads que, no seu entender, estão altos. Pesquisa da Fundação Procon-SP, contudo, mostra que foram justamente os bancos públicos que puxaram para baixo as taxas médias de juros em janeiro. (págs. 1 e B1)

Novo mínimo injeta R$ 27 bi na economia

O reajuste de 12% do salário mínimo nacional, que entrará em vigor a partir de 1º de fevereiro, deverá injetar cerca de R$ 27 bilhões na economia em 12 meses. Os cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) levam em consideração o contingente de 43 milhões de pessoas que têm seus rendimentos referenciados pelo mínimo. Se confirmado o aumento de R$ 415 para R$ 465 haverá um ganho real de 6%, o maior desde os 13,04% de 2006. “É uma boa notícia em tempos de turbulência. Trata-se de mais um elemento anticíclico da crise”, afirma Nelson Karan, coordenador de educação do Dieese.

A combinação de reajuste elevado do mínimo e menor pressão inflacionária deve evitar uma forte desaceleração do rendimento de 2008 para 2009. O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, prevê expansão de 2% no rendimento do trabalho no ano, após alta de 2,6% em 2008. A elevação de 5,9% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado não deve se repetir e o indicador encerrará 2009 com alta de 4,8%. A LCA estima que as pressões do grupo alimentação e bebidas sobre o orçamento da população de baixa renda tendem a diminuir no período. (págs. 1 e A5)

Opinião

Augusto Nunes: A promoção de um criminoso comum a perseguido político faz do ministro Tarso Genro o inventor do assassino de estimação. (págs. 1 e A6)

Retração

Indústria fatura 9,9% menos em novembro. (págs. 1 e A4)

VCP obtém benefícios fiscais com aquisição da Aracruz

Após um ano de negociação, foi anunciada ontem a compra da Aracruz pela VCP, que dá origem à maior produtora mundial de celulose. Pelo acordo, a compradora pagará R$ 2,71 bilhões às famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles, pela participação de 28%. A incorporação de ações permitirá que a VCP obtenha benefícios fiscais com o ágio pago aos acionistas e com os prejuízos acumulados pelas empresas. A complexa reestruturação foi viabilizada graças à entrada do BNDES. O aporte do banco, somado aos R$ 4,2 bilhões obtidos com a venda de 49% do Banco Votorantim, eleva o total de recursos públicos destinados ao grupo Votorantim a R$ 6,6 bilhões. (págs. 1 e C1)

Opinião

Jean-Claude Ramirez: Para dois terços das empresas de sucesso pesquisadas, a aquisição de novas competências é fator-chave para viabilizar suas estratégias. (págs. 1 e A3)

Fiat e Chrysler, “uma jogada de mestre”

A Fiat confirmou ontem que assume participação de 35% na Chrysler para entrar com sua maior força, os carros pequenos, nos EUA - o maior mercado do mundo, que busca soluções para diminuição de consumo de combustíveis. Já a Chrysler terá condições de ampliar a venda de seus carros grandes - ponto fraco da Fiat - em vários mercados, na Europa, Brasil e Rússia, onde a marca italiana é bem-sucedida.

No comunicado emitido ontem, as duas marcas afirmam que não haverá injeção de capitais, apenas troca de sinergias, produtos e pontos-de-venda no mundo. A Fiat ganha participação de 35% na Chrysler por ter uma operação maior financeiramente. “Foi jogada de mestre”, afirmou o conselheiro da Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE), Francisco Satkunas. (págs. 1 e C3)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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