A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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terça-feira, abril 10, 2007
HAPPY-HOUR II: "E POR FALAR EM SAUDADE, ..." **
CPI DO APAGÃO AÉREO? (CORO) "MELHOR NÃO!!!"
TV PÚBLICA: ALGO MAIS QUE UM "PLIM-PLIM" ?
Ser dono de uma rede de televisão no Brasil é um desejo de quem sabe bem quanto isso dá dinheiro e prestígio. Basta observar que qualquer rede nacional que consiga um mísero pontinho de média no Ibope em horário nobre estará assegurando um faturamento de R$ 100 milhões/ano. Uma emissora que se avizinha dos 10 pontos no denominado prime-time – como a Record, por exemplo – ronda a casa de R$ 1 bi ao ano. Vale lembrar que a maioria dos veículos impressos de prestígio, que dominam segmentos, respeitados, não alcançam os R$ 100 milhões anuais de receita, mesmo publicando dezenas de páginas diárias de anúncios, assim como as rádios. Trata-se de uma concentração do dinheiro da comunicação nas mãos das emissoras de TV incomum entre as economias de algum porte pelo planeta. Estados Unidos, países europeus ou mesmo vizinhos, como a Argentina, têm no máximo 40% das verbas da publicidade na televisão. No Brasil, essa hegemonia supera os 60%. E há a concentração dentro da concentração, já quer a Rede Globo detém em torno de 70% do total do dinheiro destinado ao meio TV. Isso não é bom, como todo mundo sabe. E aparentemente é contra este estado de coisas que Lula maquina quando insiste na história da nova TV pública. Semana passada disse em discurso que pretende que a nova rede dê informação "tal como ela é, sem pintar de cor-de-rosa, mas também sem pichá-la". Depois falou que "vai ter curso de inglês, teatro (...), se vai ter meio ponto de audiência ou zero, não me interessa. O que interessa é ter uma opção para quem quiser ter acesso a uma coisa de muita profundidade". No mesmo discurso, Lula disse que não pretende "reinventar a roda", mas as citações do presidente remetem exatamente isso. Ter uma televisão "para falar a verdade" (desde que seja a própria) é desejo eterno de todo governo desde que a imagem começou a ser transmitida à distância. Mesmo antes disso, quando apenas o cinema emitia imagem em movimento, a Revolução Russa lançou mão do artifício para tentar dominar as massas desvalidas e analfabetas, que não sabiam ler jornal. Depois veio Hitler, que fez ainda mais com o uso da imagem e o controle de toda a comunicação na Alemanha. Surgiram os candidatos-sabonete, pura imagem nas eleições norte-americanas, e os políticos-bons-de-cena ganharam o poder. Todas essas idéias foram importadas por nós, brasileiros, a partir da inauguração da primeira emissora, a Tupi, em 1950. E as TVs educativas surgiram por aqui no final dos anos 60 com o mesmo cardápio que Lula acredita ser novo em folha. Queriam levar cultura e educação aos grotões, fazer uma TV de "profundidade" e sem se importar com a audiência. A TV Cultura de São Paulo, por exemplo, estreou com exibição de concertos e atrações como aulas de alemão e "madureza". Audiência zero. Num primeiro momento, o discurso pela hipotética qualidade sem visibilidade pode arregimentar cidadãos incautos bem intencionados. Mas logo depois, descobre-se o erro, ao ver toda a parafernália tecnológica e centenas de profissionais pagos com dinheiro público jogados ao nada – porque "traço" de audiência é apenas isso. Mal comparando, é como se milhões de vacinas de qualidade e salvadoras fossem fabricadas pelo governo mas nenhum cidadão aceitasse tomar uma dose sequer. Só a qualidade da vacina não justificaria os custos. Desconcentrar um setor que detém a palavra é mesmo fundamental e tem lá sua lógica, mas será sensato a Lula perceber que o governo já tem na mão uma rede educativa grande, mais o canal NBR, e a possibilidade de usar a figura das TVs comunitárias para tentar democratizar o bolo. Mas isso só será possível quando os canais oficiais aprenderem a ter audiência porque TV pública tem, por definição, que conquistar o público, ou estará se negando a existência. Cursos de línguas e teatro já mostraram que são ruins de televisão, ninguém vê, ninguém gosta. É preciso fazer o que a TV Cultura de São Paulo já conseguiu e tem conseguido em alguns momentos: criar programação infantil de qualidade (mas atraente), jornalismo sério e independente (mas atraente) e teledramaturgia da boa (mas atraente). Depois de provar que sabe se comunicar com o que já tem nas mãos, daí, sim, o governo poderá se dar ao luxo de propor novos investimentos num veículo tão caro. Por enquanto, a TV imaginária de Lula é só uma velha roda que range e não leva a lugar algum. Por Ismael Pfeifer, OI, Reproduzido do Último Segundo, 3/4/2007
CRISE AÉREA: QUE NÃO SE "APAGUEM" AS DENÚNCIAS!
A manchete da Folha de S.Paulo de domingo (8/4 – "Entidade alertou Lula de falhas no controle aéreo") [ver matéria no "site"] deve dar o que falar. Apesar de escondida pelo carnaval de fotos e oferta de brindes, a reportagem desmente uma incrível coleção de inverdades que as autoridades vêm oferecendo desde outubro passado. O relatório da Federação Internacional das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo, feito em seguida à tragédia com o vôo 1907, foi categórico: nossos controladores estavam despreparados, os equipamentos eram obsoletos, a cobertura de rádio foi imperfeita e os sistemas operacionais eram inadequados. A conclusão foi encaminhada à presidência da República em novembro passado. A Polícia Federal já indiciou os pilotos do jato executivo Legacy, mas o governo ainda não revelou as demais providências técnicas ou legais cabíveis. A matéria da Folha deixa claro que o apagão aéreo poderia ter sido contornado, minimizado ou mesmo evitado ainda em novembro se as autoridades civis e militares tivessem examinado o relatório. Nenhuma das conclusões do relatório da Federação Internacional de Controladores constitui novidade. Alguns jornalistas mais rigorosos e persistentes têm publicado periodicamente avaliações semelhantes. E nada acontece. Por quê? Porque não basta denunciar uma irregularidade, é preciso insistir, martelar, desdobrar. A manchete de domingo na Folha, embora arrasadora, pode cair no vazio se nos dias seguintes jornais, rádios e TVs a ignorarem. Por Alberto Dines, Observatório da imprensa.
FMI, CHÁVEZ, KIRCHNER [In:] LULA: "POR QUEM OS SINOS DOBRAM..."
''Eu creio que a sabedoria do sr. Lula ao dizer que o fundo não pode ser culpado por tudo é uma posição boa e inteligente'', afirmou De Rato, durante um evento realizado em Washington, nesta segunda-feira. diretor-gerente do fundo se refiria a comentários de que países que adotam o receituário do Fundo Monetário Internacional acabam sofrendo efeitos negativos em sua economia. O presidente já afirmou que o Brasil superou a era na qual os políticos nacionais caíam sempre na tentação de atribuir as mazelas econômicas do país às ações do FMI. ''O prefeito joga a culpa no governador, que joga a culpa no presidente, que joga a culpa no FMI. Aí, o FMI joga a culpa na nossa incompetência e começa o círculo vicioso'', disse Lula. Rodrigo de Rato disse não ver ameaças ao FMI na criação do Banco do Sul, um projeto do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e nem em um fundo monetário voltado para os países asiáticos. ''Sou a favor da integração financeira regional. Creio que é um tema chave para muitas economias emergentes importantes. E, sim, é crucial para a Ásia e, mais ainda, para a América Latina, onde não existe o mesmo grau de integração comercial.'' ''Creio que as instituições multilaterais não deveriam se sentir ameaçadas por acordos regionais.'' Hugo Chávez e o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, estão entre os principais articuladores do Banco do Sul. Os dois líderes já disseram que pretendem que a instituição seja uma alternativa sul-americana ao Banco Mundial e ao FMI. A instituição financeira sul-americana deverá contar com Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador. A expectativa é de que ela entre em funcionamento ainda neste semestre, com um capital inicial de US$ 7 bilhões. O projeto asiático, por sua vez, chamado de Iniciativa Chiang Mai, visa que os países-membros da entidade não tenham de recorrer ao fundo no caso de uma crise econômica como a vivida pela região em 1997. Mas Rato também fez ressalvas aos projetos sul-americano e asiático, ao afirmar que ''governos costumam ser muito cautelosos na hora de colocar dinheiro público para contornar a crise de outros países''. Bruno GarcezDe Washington, BBC Brasil.
FUNDO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO (FRA): FINANCIAMENTO VIA "FAT"
BRASÍLIA - O governo deve ceder às pressões, principalmente das centrais sindicais, e adiar a edição da Medida Provisória (MP) que criará o Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA), instrumento para garantir o refinanciamento da dívida entre produtores rurais e o setor privado desde a safra 2004/2005. A MP prevê o destino de R$ 2,2 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o refinanciamento da dívida. O valor voltaria ao FAT no pagamento das dívidas, entre 2009 e 2012, e em caso de inadimplência na renegociação, os recursos do FRA cobririam o rombo. Mas não é o que acreditam os sindicalistas e políticos ligados às centrais sindicais. O impasse está com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que ainda não se manifestou sobre a MP, após ser consultado pela Casa Civil. Lupi é pressionado principalmente pelo presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. "A Força Sindical está trabalhando contra, mas acho que há uma falta de informação, já que a negociação para a MP ocorre há quase um ano e não haverá risco para o dinheiro do FAT", disse o deputado Luiz Carlos Heinze (PR-RS). "Agora a Casa Civil vai ter de chamar para si a decisão, o que deve ocorrer em dois ou três dias", completou. Heinze, que preside a Subcomissão de Política Agrícola e Endividamento Rural da Câmara dos Deputados e foi um dos principais articuladores da criação do FRA, confirmou que a articulação feita para a renegociação da dívida incluiu a promessa da bancada ruralista de não fazer emendas à MP. "O Bernard Appy (ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda) nos chamou há um mês e foi tudo negociado para que não houvesse qualquer problema com a MP", disse Heinze. O FAT é formado por contribuições ao PIS e Pasep arrecadadas de empresas e servem, em primeiro lugar, para o pagamento do abono salarial e do seguro-desemprego. O que sobra é destinado a programas de qualificação de trabalhadores ou financiamento de projetos por meio do BNDES. A área técnica do Ministério do Trabalho concluiu parecer em que sugere ao ministro Carlos Lupi que se posicione contra a MP. Os técnicos argumentam que não há folga de caixa do FAT para realizar mais esse empréstimo. Gustavo Porto e Isabel Sobral, O Estadão.