PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, fevereiro 15, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] ''FELOMENAL ! " *

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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(*) Uma das ''pérolas'' do vocabulário hilário do personagem de José Wilker, em Senhora do Destino.
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EGITO [In:] A VERDADEIRA REVOLUÇÃO

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Egito: a revolução sem líderes



Arnaldo Jabor
O Estado de S. Paulo - 15/02/2011


Estou no Egito - 1995. Arrasto-me por dentro de um túnel estreito, em direção ao remoto fundo da pirâmide, o túmulo de Quefrem. São 50 metros a percorrer neste buraco de tatu milenar. Um mendigo rasteja atrás de mim gemendo "batkisk, batkish!" - que quer dizer "esmola". Sou tomado pelo pânico da morte, mas não tenho volta. Há que se rojar na pedra suja até a cripta do faraó, com o coração disparado, o suor frio na alma, o terror de não ter escape a não ser cair no túmulo do rei, lugar onde a morte se abrigou há 4 mil anos. O mendigo me implorava ajuda até quando chegamos à cripta vazia: "Batkish!" Eu e o mendigo me olhando no buraco do fim. Ele rosnava uns lamentos melódicos e eu pensei que fosse enlouquecer, mas fui salvo por uns americanos que chegaram bufando do túnel.

A sensação de pequenez, de insignificância, era letal, debaixo de milhões de toneladas de pedras amontoadas.

Eu me sentia uma metáfora da vida de hoje, arrastando-me para longe da miséria, em busca de uma revelação frustrada na tumba e na vida - não havia luz no fim do túnel.

Voltei de quatro como um verme para o deserto e minha angústia aumentou quando saí ao sol e vi (juro que é verdade) um pobre cameleiro de camisola suja e com um boné do Banco do Brasil na cabeça, que me sorriu: "Brasil? Bebeto e Romário."

O irreal me tomou de vez, quase desmaiei entre camelos, na vertigem de fatos simultâneos, tudo ao mesmo tempo sem linearidade, sem continuidade: Bebeto, Romário, Quefrem e a Esfinge me olhando. Não havia tesouros ou resposta e me senti como o mendigo, pedindo a esmola de algum Sentido.

Em torno das pirâmides, vivi o Egito bem antes do 11 de Setembro, antes da internet e redes sociais. Eu vi o Egito como o grande museu de uma paralítica sociedade, as casas do Cairo com o lixo no teto, os gritos dos "muezzins" nas mesquitas, os rostos da miséria, a zona geral do país sem rumo sob a ditadura; eu vi a espantosa civilização de milênios no Vale dos Reis, seis meses antes de um grupo terrorista degolar 60 turistas alemães em frente da casa da faraó-mulher Hatshepsut, onde estive. Eu fui ao templo de Ramsés II em Abu Simbel, e vi sua mulher Nefertari num baixo-relevo rendado e vi que era a Naomi Campbell, uma núbia negra, deslumbrante e tudo começou a pesar na minha cabeça, tudo misturado, a manequim de 4 mil anos, o milênio junto com a modernidade, e tudo pesou como uma pedra que cresce e me lembrei do conto de Camus com esse nome, A Pedra Que Cresce, no Brasil, Iguape, onde se passa o relato misterioso de uma situação absurda e reveladora.

Revolução on-line. Foi aí que, neste exato momento do texto que lês, caro leitor, chegou-me a notícia de que o Mubarak tinha renunciado. E dos milênios a.C., pulei para 2011.

Na TV, milhões de pessoas celebram o feito extraordinário: um povo sem líderes fez uma revolução sozinho e, sem Lenins ou Guevaras, mudou a história de 6 mil anos.

Há muito tempo esperamos uma boa notícia, alguma imagem de vitória, neste mundo empacado em impasses, no Oriente, na crise financeira na América e Europa, na falta de solução para o terror. E, de repente, essa notícia gloriosa diante de mim. Creio que a visão de uma revolução ao vivo, on-line, vai influir muito além do Oriente Médio; talvez chegue até aqui perto, para temor de tiranetes vagabundos como Chávez ou guerreiros gagás como Fidel.

Volto a dizer: no Egito e Tunísia, o "novo" foi uma vitória sem líderes. A revolta e a luta vieram de dentro dos corpos, insuflado por um grande Ser sem nome, que vive e respira dentro das redes sociais, na internet - a sociedade não está mais sozinha, há um link entre os cidadãos do mundo.

A tecnociência nos trouxe, sem querer, uma porosidade política que vai estreitar o abismo entre o Estado e a Sociedade. O Poder não deterá o mesmo "poder" de antes. Não mais a "democracia" de invasão que os EUA tentaram impor ao Iraque e Afeganistão.

Claro que já começam as questões: quem vai organizar o regime, será que os islamitas vão dominar o processo? Ninguém sabe, como ninguém sabia também que isso aconteceria no Egito e na Tunísia.

E este é um desafio mais profundo: a mutante e veloz aprendizagem das massas, a multiplicação infinita dos desejos sociais e individuais. Já percebemos que, diante desta novidade, só dispomos de fórmulas políticas lentas, que não sabem acolher as rapidíssimas mutações. Essa mistura de demandas e de fatos novos esbarram no arcaísmo de instituições analógicas para populações da era digital.

Comparem a leveza eufórica dos revoltosos com a resistência do atraso nos Estados Unidos, do ódio careta dos republicanos que querem impedir ferozmente que Obama reforme a Saúde, combata o desemprego, e diminua impostos para os pobres.

Vejam a obtusidade dos escravos de Hugo Chávez, ou a bovina sujeição de pobres-diabos a senhores feudais, no grande "maranhão" que querem para o Brasil.

Quando as informações circularem mais e mais na cabeça dos povos, vai ficar difícil a impunidade eterna dos canalhas.

A tecnociência cria novas formas de liberdade social.

Enquanto filósofos puros quebram a cabeça para evitar a "des-humanização" da vida, enquanto procuram um nexo racional de salvação, pode ser que respostas inesperadas sejam "pensadas" sozinhas nos trilhões de sinapses dos computadores.

Pode até acontecer que esta explosão de liberdade árabe, esta festa na velocidade da luz provoque conflitos até mais duros, com Israel por exemplo; mas, mesmo assim, a verdade será bem-vinda, porque é melhor a roda da História girando, do que esta época encalacrada em que vivemos.

Democracia empurrada pela garganta dos países árabes ou a aliança de paz espúria com ditadores vão agonizar e morrer. Mesmo que haja desgraças e catástrofes políticas, creio que a verdade da tragédia é melhor que a continuação desta ópera-bufa.

GOVERNO DILMA-CENTRAIS SINDICAIS [In:] SALÁRIO MÍNIMO E BASE GOVERNISTA - II

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Cessão de direitos


Dora Kramer
O Estado de S. Paulo - 15/02/2011

No governo o que se diz com absoluta convicção é que o valor do salário mínimo fica em R$ 545 e não tem discussão. Ao mesmo tempo circulam versões de que na última hora, havendo dificuldades para aprovação, haveria um plano B pelo qual o governo aceitaria conceder R$ 560.



As pessoas vão falando certas coisas, pelo jeito, sem pensar, dada a ausência de lógica naquilo que é dito. É verdade que sempre houve uma margem para negociações de emergência, mas, da maneira como as coisas foram encaminhadas desta vez e de acordo com os valores citados, não faz sentido.

Não é possível que o Palácio do Planalto tenha em mente fechar negócio justamente nos termos propostos pelas centrais sindicais e apoiados por uma parcela dos parlamentares de oposição.

Sem considerar as contas, levando em conta só a política, salário mínimo de R$ 560 significa uma derrota logo no primeiro embate legislativo do governo Dilma Rousseff.

Se a ideia fosse atender às centrais no pedido de antecipação do reajuste de 2012 - feito com base em um resultado do PIB muito melhor que o que sustenta o atual reajuste - não teria sido necessário o distanciamento do governo nem a reprimenda aos "oportunistas", feita por Lula em reação às grosserias do presidente da CUT e deputado Paulo Pereira da Silva.

Teriam se entendido desde o início. Ou pelo menos teria sido mantida aberta uma brecha para entendimento, de modo a que o Planalto capitalizasse o ganho.

O governo não ganha nada endurecendo com as centrais, jogando duro com a "base", avisando que considerará "dissidentes" os que não votarem a proposta tal como está no projeto de lei para depois recuar, fazendo exatamente o que disse desde o início que não faria.

A antecipação, no dizer do governo, seria uma concessão perigosa, pois no ano que vem dificilmente as centrais concordariam em considerar o aumento com o desconto do valor antecipado, reivindicando negociar o novo mínimo a partir do patamar mais alto em relação à política de reajustes com base no PIB dos dois anos anteriores, mais a inflação do período.

A alteração do valor poria abaixo os termos da política firmada em 2007 e incluída no projeto de lei deste ano. Equivaleria a sinalizar fragilidade do governo na execução de acordos anteriormente firmados e aceitação da quebra do princípio.

Na prática o controle passaria às centrais, que teriam bem mais que uma vitória circunstancial para comemorar.

O fator de negociação, pela disposição exibida no Planalto, seria a correção da tabela do Imposto de Renda para 2011.

Pelas contas oficiais, os votos dos governistas são mais que suficientes, já que a votação é por maioria simples e os partidos da "base" não têm o menor interesse em uma confrontação dessa dimensão com Dilma Rousseff quando ainda nem se completam dois meses de governo.

E principalmente quando ainda há vagas abertas na administração federal.

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(...)

Quarentena. Depois do "incidente de Furnas", o notório Eduardo Cunha, deputado federal, foi aconselhado pela direção do PMDB a deixar de ser tão notório e calar até aprender a se comportar como uma pessoa razoavelmente civilizada.

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BRASIL-POLÍTICA INDUSTRIAL [In:] INOVAR É PRECISO (Dá-lhes Schumpeter!!!)

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A política industrial e a concorrência



Autor(es): Ricardo Machado Ruiz
Valor Econômico - 15/02/2011

Há um relativo consenso entre economistas de que o crescimento econômico dos países está associado às inovações tecnológicas. Governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento estão cientes dessa conexão entre crescimento econômico e a virtuosidade inovadora de suas empresas, sejam elas de capital público, misto ou privado. Alguns deles formulam políticas que induzem o surgimento de firmas inovadoras e mesmo a reestruturação completa de indústrias. Essas ações governamentais são muitas vezes chamadas de políticas industriais.

As políticas industriais mais bem sucedidas são aquelas que buscaram construir a conexão entre a atividade inovadora, firmas e crescimento econômico. Um exemplo recente dessas políticas é a "Strategy for American Innovation: driving toward sustainable growth and quality jobs", anunciada pelo Presidente dos EUA, Barack Obama, em agosto de 2009. Nesse documento podemos encontrar explicitas intenções de induzir, catalisar e financiar atores econômicos que decidam inovar. Encontramos também a intenção de fomentar novas firmas em novos setores produtivos e reestruturar importantes indústrias.

Uma política industrial com perfil inovador e indutor do investimento tem certamente conexões com uma política concorrencial ou antitruste. Entendo que essas articulações podem ser dominantemente pró-concorrenciais e, ao mesmo tempo, em favor da inovação e geração de eficiências econômicas.

As empresas inovadoras se diferenciam de suas concorrentes construindo suas próprias estruturas geradoras de inovações. Algumas delas se articulam a outras firmas e instituições de ciência e tecnologia para obter, aprimorar e criar novos produtos ou processos produtivos. As firmas mais bem sucedidas e ousadas se tornam líderes tecnológicas, acirram a disputa concorrencial em preços, qualidade e variedade. Em alguns casos, quando os diferenciais tecnológicos são amplos e de difícil imitação, há uma concentração no mercado com exclusão de concorrentes.

Esta concentração é um resultado positivo de uma concorrência "schumpteriana".

Nesse processo, algumas vezes são criadas indústrias oligopolizadas, mas que não podem ser consideradas ineficientes do ponto de vista da análise econômica e do direito antitruste. As agências de defesa da concorrência tendem a validar condutas, aquisições e fusões que mostram significativos e comprovados ganhos de eficiência econômica, em particular quando ligado a inovações. Tanto na integração vertical como na horizontal valem os mesmo requisitos: a presença de eficiências econômicas singulares e possíveis somente a partir do movimento estratégico das empresas envolvidas no negócio.

Existem, entretanto, situações em que a agência antitruste age para bloquear condutas e concentrações. Nesses casos a interpretação é de que a ação empresarial é "rentista", ou seja, formata negócios com capacidade de ampliar ou garantir a rentabilidade sem ter como contrapartida um aumento significativo da eficiência econômica. Nesses casos a tendência da agência antitruste é a reprovação do negócio. Em suma, nos seus fundamentos, a política concorrencial tem um viés antirentista e desse posicionamento surgem alguns polêmicos conflitos entre a perspectiva pública e aquela dos negócios privados.

Considerando a política industrial e a política concorrencial nos termos descritos acima, pode-se notar uma convergência de objetivos: as duas políticas buscam eficiências econômicas e/ou validam a inovação. Surpreendem, portanto, afirmações de que estas duas formas de intervenção pública estariam inexoravelmente em conflito ou que seriam até dimensões distintas, estanques e incomunicáveis. Alguns analistas chegam a afirmar que a política industrial amenizaria o ímpeto concorrencial. Outros consideram que seus mecanismos de indução, seleção e promoção de firmas têm um dominante viés anticoncorrencial.

É certo que existem casos onde se destacam aspectos rentistas. Contudo, essas ações não devem balizar as políticas industriais e concorrenciais. Como observa Dani Rodrik: "O que determina o sucesso de uma política industrial não é sua habilidade em selecionar vencedores, mas sua capacidade de abandonar os perdedores ("The Return of Industrial Policy", 2010).

Um modo de cercear o viés rentista que assombra qualquer política industrial é promover sua aproximação com políticas concorrenciais. Vejamos, por exemplo, as políticas de carros populares, dos genéricos e do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Nessas políticas setoriais (que são políticas industriais!) há um conjunto de metas a serem alcançadas, por exemplo, nível de emprego e consumo, inovação de produto e redução de preços. Para induzir os agentes econômicos a alcançar essas metas, incentivos são definidos, orçados e regras de acesso são estipuladas. Por fim, a indústria passa a ser monitorada. Em suma, define-se um espaço concorrencial induzido por instrumentos de uma política pública.

Nesses espaços concorrenciais induzidos também valem intervenções de uma política concorrencial que bloqueiam condutas colusivas e atos de concentração considerados rentistas. O objetivo é impedir a captura dos incentivos públicos por parte de agentes rentistas e canalizá-los para aqueles que estão imbuídos de estratégias inovadoras e geradoras de eficiências econômicas. É certo que na ausência desses comportamentos rentistas pode-se esperar disputas em preços mais acirradas, inovações tecnológicas mais intensas, maior variedade de produtos e aumento da oferta.

Em síntese, a articulação de uma política industrial com uma política concorrencial é possível e mesmo desejada. Em uma política são estimuladas inovações, enquanto que na outra são validados negócios com destacas eficiências econômicas. Temos, portanto, a possibilidade de construir sinergias e mesmo uma convergência de objetivos. Seria interessante pensar nessas conexões como um jogo de soma positiva.

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GOVERNO DILMA [In:] SALÁRIO MÍNIMO E MINISTROS

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Dilma joga duro com ministros


Na conta dos ministros



Autor(es): Ivan Iunes Igor Silveira Leandro Kleber Especial para o Correio
Correio Braziliense - 15/02/2011

Executivo exige que titulares de pastas cobrem de suas bancadas no Congresso a aprovação do piso nacional de R$ 545 na votação de amanhã e Carlos Lupi fica em saia justa

A determinação dada pelo Palácio do Planalto para que os ministros convençam suas bancadas a votar o salário mínimo de R$ 545 estabelecido pelo governo colocou em uma encruzilhada o titular da pasta do Trabalho, Carlos Lupi. Presidente licenciado do PDT, ele foi o único entre os colegas a declarar publicamente ser favorável aos R$ 560, fruto de um acordo costurado pelo partido com as centrais sindicais e a oposição. Pressionado pelo governo, que não admite dissidências, ele mudou o entendimento, ainda na semana passada, e hoje reúne a bancada do PDT, às 10h, para tentar fazer com que deputados e senadores da sigla sigam a cartilha do Executivo, embora saiba que dificilmente a legenda aceitará o valor estipulado pela equipe econômica. Antes desse compromisso, Lupi se encontra com a presidente Dilma Rousseff, que deve reforçar a cobrança.

Além do PDT, existe o receio de que outros partidos oficialmente fechados com a proposta governamental apresentem altos índices de traição na votação em plenário. Até mesmo o PT, sigla de Dilma, ameaça ir rachado para a votação, pelo menos no Senado.

Sob a mira dos cortes nos gastos da administração pública, os titulares de pastas com orçamentos generosos na Esplanada correram para reforçar o reajuste do mínimo defendido pelo Planalto. “O PMDB é um aliado do governo e é nessas horas que deve haver solidariedade entre os aliados”, disse o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, reforçou que o Palácio do Planalto não trabalha com outra hipótese que não seja a aprovação do mínimo de R$ 545. “Não acreditamos que os aliados faltarão ao país nesse momento importante que estamos vivendo. Temos uma relação de confiança.”

Como resposta aos apelos do Planalto, Lupi marcou uma reunião com os 26 deputados e quatro senadores do partido em um hotel no centro do Plano Piloto. O encontro concorrerá com a exposição que o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, fará aos parlamentares sobre a necessidade de se aprovar o piso salarial proposto pelo Executivo. A intenção do ministro é costurar uma saída estratégica para o PDT em plenário, a depender da disposição dos parlamentares de desistirem dos R$ 560 costurados pela legenda. Tarefa árdua, na visão de correligionários. “Lupi ficou em uma sinuca de bico. Como vai explicar o apoio ao mínimo do governo se na semana passada defendia o trabalhador no horário gratuito do partido no rádio e na televisão?”, questiona um deputado pedetista, que preferiu não se identificar.



Margem de segurança


O Palácio do Planalto aposta que terá pouco mais de 300 votos — são necessários 257. O maior receio do governo é que uma possível dissidência do PDT abra espaço para traições pontuais, reduzindo a margem de segurança.



No entanto, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), aposta que o reajuste proposto pelo Palácio do Planalto será aprovado com relativa folga. Mas reforça a ameaça contra os insurgentes da base. “Quem não estiver com o governo vai ter de se explicar. Não tem conversa aberta e não vamos mudar o que já havia sido acordado com as centrais sindicais, que era reajustar o salário para R$ 545”, alerta Vaccarezza. Pelas contas do governo, PT, PMDB, PR, PTB, PCdoB e PP devem votar integralmente na proposta oficial. O PSB anunciará posição amanhã e a expectativa é de que Lupi consiga convencer o PDT a embarcar na tese governista.



Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falará na comissão geral criada pela Câmara para discutir o tema. Mantega deve debater as contas do governo com integrantes da base governista e da oposição. O Planalto descarta adiar a votação, prevista para amanhã, mesmo diante da ameaça de dissidências por alguns deputados de siglas aliadas.




Irregularidades


Além da pressão do Planalto, Carlos Lupi tem buscado se esquivar das suspeitas de irregularidades que recaem sobre a Federação Interestadual dos Mototaxistas e Motoboys Autônomos (Fenamoto), presidida por um aliado político de Lupi, militante do PDT. A federação recebeu R$ 1,5 milhão do ministério para capacitar 2 mil motofretistas no Distrito Federal, mas os cursos oferecidos são irregulares — a entidade não está cadastrada no Detran-DF. Outros R$ 4,96 milhões foram liberados para o sindicato dos mototaxistas de Goiânia, ligado à Fenamoto. Houve mais vagas do que procura, e o convênio precisou ser prorrogado. Todo o dinheiro já foi liberado.




ANÁLISE DA NOTÍCIA


Lupi na fogueira

Além de atrapalhar a intenção do Executivo de aprovar o salário mínimo de R$ 545, o comportamento dos parlamentares do PDT em plenário pode definir o futuro de Carlos Lupi na Esplanada. O Palácio do Planalto já deu indícios de que cada cargo no governo dado a aliados será cobrado com juros durante votações importantes. Os responsáveis por facilitar a caminhada governista no Congresso serão os titulares desses postos. Caberá a eles liderarem suas respectivas bancadas.

O teste de fidelidade do Planalto teve início com o titular dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR). Durante a candidatura avulsa de Sandro Mabel (PR-GO) à Presidência da Câmara, ele foi pressionado pelo governo e conseguiu a abertura de processo de expulsão do deputado, que insistiu em concorrer. No caso da votação do mínimo, cada voto do partido com o governo reforçará a permanência de Lupi no cargo. A cada dissidência, é o pescoço do ministro que ficará a prêmio.

Conformado com a falta de disposição do Planalto em negociar concessões, Lupi falará hoje com os deputados do partido para expor um único quadro. Com maioria consolidada, a hipótese de o governo passar o trator sobre a oposição e os dissidentes na votação do mínimo é bem mais provável do que uma virada capitaneada por um partido com menos de 30 deputados. Com chances reduzidas de vitória em plenário, Lupi pedirá que os parlamentares esqueçam o mínimo. O voto de amanhã servirá mesmo para selar a permanência da legenda na Esplanada a partir da reforma ministerial marcada para o ano que vem. (II)
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ÁLCOOL-ETANOL [In:] FUSÃO E INCORPORAÇÃO

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Cosan e Shell dobrarão produção de etanol


Meta de Cosan e Shell é dobrar produção de etanol



O Estado de S. Paulo - 15/02/2011

Em cinco anos, estimativa dos controladores é que nova empresa atinja uma produção de 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

Eduardo Magossi - O Estado de S.Paulo


A joint venture entre Cosan e Shell, anunciada oficialmente em fevereiro do ano passado, deverá atingir a produção de 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar dentro de 5 anos. A meta foi anunciada ontem durante apresentação do nome da nova empresa - que se chamará Raízen.

Segundo o presidente da Raízen, Vasco Dias, o nome foi criado com a união das palavras raiz (de cana) e energia. A joint venture, que ainda espera aprovação dos órgãos reguladores, deve entrar em operação até o final do primeiro semestre. Atualmente em 62 milhões de toneladas, a produção de cana da Cosan ficará dentro da nova empresa, assim como a produção de açúcar e etanol. Assim, novas aquisições de usinas deverão ser feitas pela Raízen, após o início das suas operações.

O vice-presidente designado de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Pedro Mizutani, disse que a mais recente aquisição da Cosan, a Usina Zanin, será integralizada na Raízen em breve, pois ela não fazia parte do acordo original entre Cosan e Shell. "Já existe um memorando de entendimento nesse sentido."

Com a Zanin, a Raízen terá 24 usinas. Mizutani disse também que a expansão da cana se dará por meio de greenfields (usinas novas) e também de aquisições, dependendo do comportamento do mercado. "Podemos passar de 62 milhões para 70 milhões de toneladas de cana apenas com ajustes nas atuais usinas", disse.

No plano estratégico aprovado pelo conselho de administração, também está previsto o aumento expressivo da produção de etanol, dos atuais 2,2 bilhões para 5 bilhões de litros. A energia de cogeração deve crescer de 900 megawatts para 1,3 mil megawatts. A produção de açúcar deve passar de 4 milhões para 6 milhões de toneladas. Com isso, o faturamento anual da Raízen deverá ser de R$ 50 bilhões. A empresa está avaliada hoje em R$ 20 bilhões.

Recursos. Vasco Dias não especificou de onde virão os recursos para impulsionar esse crescimento. Ele disse ainda que o montante da sinergia gerada pela joint entre as duas empresas deve ser anunciado em breve. O mercado estima que essa sinergia fique em torno de R$ 1,6 bilhão. Segundo o executivo, a pendência com o Cade em relação à venda realizada em 2008 pela Cosan do negócio de combustível de aviação para a Shell não atrapalha a oficialização do acordo.

Segundo Dias, ainda está pendente a questão da inclusão ou não na Raízen da produção de açúcar para o varejo. "A tendência é que o setor de varejo não fique na joint venture, mas na Cosan", disse ele. Assim, a própria Cosan, dona das marcas União e DaBarra, passa a ser uma das principais clientes da joint venture. Como o acordo inicial previa que esse setor ficaria na joint venture, Cosan e Shell estudam uma compensação para a saída dessa operação.

O executivo também disse que a Raízen utilizará a grande capilaridade da Shell na Europa e na Ásia para elevar a penetração do etanol de cana-de-açúcar no exterior. A expectativa é de que a joint venture comercialize 20 bilhões de litros por ano.

Para o presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, a Raízen nasce com uma situação financeira confortável, pois, da dívida de US$ 2,5 bilhões que foi transferida para joint venture na sua criação, no ano passado, o aporte previsto pela Shell, de US$ 1,6 bilhão, deverá reduzi-la para menos de US$ 1 bilhão.

GOVERNO DILMA [In:] SALÁRIO MÍNIMO E BASE GOVERNISTA - II

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DILMA FECHA QUESTÃO E EXIGE MÍNIMO DE R$ 545


Dilma exige mínimo de R$ 545 para ancorar pacote de corte de gastos



O Estado de S. Paulo - 15/02/2011

Governo endurece para sinalizar ao mercado seu compromisso de conter a inflação e cortar gastos

A presidente Dilma Rousseff avalia que a aprovação do salário mínimo de R$ 545 pelo Congresso é questão de honra para sinalizar ao mercado que o corte nos gastos públicos não tem volta. Com a expectativa de que a taxa básica de juros, hoje em 11,25%, chegue a 12,5% em junho para conter a inflação, o Planalto elegeu o mínimo como a âncora fiscal desse início de governo. Definido como a primeira prova de fogo do pós-Lula, o projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 será votado amanhã na Câmara e depois seguirá para o Senado. Na tentativa de quebrar as resistências no Congresso, o ministro Guido Mantega (Fazenda) explicará hoje a proposta do Planalto a uma comissão de deputados, empresários e sindicalistas. Embora o governo tenha maioria na Câmara e no Senado, a base aliada não está totalmente unida, e o Planalto sabe que haverá dissidências.


Em reunião da coordenação política ontem, presidente disse a ministros que mercado só acreditará em intenção de cortar R$ 50 bilhões do Orçamento se reajuste do piso for contido; presidente do BC informou que juros alcançarão 12,5% até junho

Vera Rosa - O Estado de S.Paulo


A presidente Dilma Rousseff avalia que a aprovação do salário mínimo de R$ 545 pelo Congresso é questão de honra para sinalizar ao mercado que o corte nos gastos públicos não tem volta. Com a expectativa de que a taxa básica de juros - hoje em 11,25% - chegue a 12,5% em junho, para conter a inflação, o Palácio do Planalto elegeu o mínimo como a âncora fiscal do início de governo.

A necessidade de demonstrar segurança aos agentes financeiros foi o principal assunto da reunião realizada ontem entre Dilma e os ministros que compõem a coordenação política de governo, no Planalto. No diagnóstico da presidente, o mercado só acreditará que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento é para valer quando souber de onde sairá a economia dos gastos.

Definido como a primeira prova de fogo do pós-Lula, o projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 passará amanhã pelo crivo da Câmara dos Deputados e depois seguirá para o Senado. O governo também vai reajustar a tabela do Imposto de Renda para 2011 em 4,5%, como havia anunciado o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. De qualquer forma, na avaliação do Planalto a maior pressão inflacionária é provocada pelo reajuste do mínimo.

Foi o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que traçou internamente um cenário no qual os juros devem ter sucessivos aumentos até junho, quando o patamar tende a ficar em 12,5%. Em conversas reservadas, integrantes da equipe econômica têm dito que, se a preocupação do momento é com a alta do custo de vida, no fim do ano será com a desaceleração.

Na tentativa de quebrar as últimas resistências no Congresso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicará hoje a proposta do Planalto sobre o reajuste do salário mínimo a uma comissão geral, composta por deputados e representantes de empresários e centrais sindicais. Embora o governo tenha maioria na Câmara e no Senado, a base aliada não está totalmente unida e o Planalto sabe que haverá dissidências. A intenção, agora, é neutralizá-las ao máximo.

O deputado Paulinho Pereira da Silva (PDT-SP), que preside a Força Sindical, promete intensificar a "campanha" para aprovar amanhã um piso de R$ 560. As centrais sindicais reivindicavam R$ 580, mas, nas negociações com o governo, concordaram em reduzir o valor.

"Nós não vamos nos submeter a nenhuma ameaça nem a troca de favores ou de carguinhos", disse Paulinho. Para dobrar os sindicalistas, até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo. Depois de chamar os colegas de "oportunistas" por reivindicarem um mínimo maior do que R$ 545, Lula amenizou o tom, mas continuou defendendo a manutenção do pacto firmado em seu governo com as centrais, em 2007.

Pelo acordo, o reajuste do mínimo deve obedecer à variação do índice de inflação anual somado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Dilma prometeu a "política de valorização do salário mínimo" até 2014.

"Estamos confiantes na aprovação do projeto enviado pelo governo para o mínimo e na unidade da base", afirmou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). "Não existe plano B. Temos relação de confiança com os partidos da base aliada", avisou o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais). "O País vive um momento de pressão inflacionária. Se agora precisamos apertar o cinto, mais à frente teremos situação mais tranquila", completou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

O PSDB quer um piso de R$ 600 para o mínimo, valor que foi defendido na campanha presidencial pelo candidato derrotado José Serra. Mas, na prática, o PSDB poderá fechar um acordo com o DEM e o PDT e apoiar o piso de R$ 560.

O governo teme defecções no PMDB e PSB. Os pessebistas têm dois ministros, indicados pelos governadores Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE), que hoje vivem às turras. Os deputados e senadores socialistas, no entanto, não foram contemplados com cargos no governo.

RITUAL DA VOTAÇÃO

Terça-feira

O acordo prevê a votação do regime de urgência para a votação do projeto. Aprovado o requerimento de urgência dos líderes, o projeto entrará na pauta no dia seguinte.

Quarta-feira

A sessão extraordinária está marcada para as 19h.

O relator deverá dar parecer favorável ao projeto do governo, rejeitando as emendas apresentadas ao texto.

Para ganhar tempo e garantir que o projeto tivesse só um relator, houve encaminhamento especial pela Secretaria-Geral da Mesa. Em tese, o projeto deveria ter tido pareceres nas comissões temáticas, como a de Constituição e Justiça, a do Trabalho e a de Finanças.

O projeto do governo entra em votação primeiro, mas a fixação do valor em R$ 545,00 dependendo das votações seguintes. Pelo acordo dos líderes, serão votados de forma nominal, com o registro dos votos dos deputados no painel eletrônico.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA ?

15 de fevereiro de 2011

O Globo

Manchete: Crise na polícia se amplia com novos investigados
PF pode prender mais 3 delegados da Civil; Allan ataca diretor que ajudou investigação

A pressão do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, contra um delegado apoiada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, somada ao desdobramento da Operação Guilhotina, na qual foram presos 30 policiais civis e militares acusados de corrupção, aumentou a crise na Polícia Civil do Rio, aberta na sexta-feira. A PF pode prender nos próximos dias mais três delegados com cargos de comando na Polícia Civil e outros agentes. Em entrevista a TV Globo, Turnowski disse que exoneraria o delegado Cláudio Ferraz; o titular da Draco, se este estivesse sob seu comando, devido a supostas denúncias de extorsão, já investigadas pela Corregedoria. Ferraz ajudou na operação da PF que prendeu policiais ligados a Allan. (Págs. 1, 10 e 11 e editorial "Crise nas policias é decisiva")

Mais saques no São Carlos

A Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Segurança e do Ministério Público, identificou um grupo de policiais civis e militares que saquearam bens de traficantes, durante a ocupação dos complexos de São Carlos, no Estácio, e de Santa Teresa, no dia 6. O mesmo ocorrera no Alemão. (Págs. 1 e 11)

Esso vira Shell, que se uniu à Cosan

A marca Esso, que está presente no Brasil há quase um século, vai desaparecer nos próximos três anos. Os postos vão ter a bandeira Shell que, no ano passado, se uniu à Cosan, dona da Esso desde 2008. A nova gigante vai faturar R$ 50 bi. (Págs. 1 e 17)

Para Fux, Lei da Ficha Limpa é moralizadora

O ministro Luiz Fux, a quem caberá desempatar a votação no Supremo sobre a validade da Ficha Limpa nas eleições de 2010, disse que a lei "conspira em favor da moralidade administrativa". Mas ressalvou que ainda não tem opinião jurídica formada. (Págs. 1 e 10)

No ar, Cid Gomes

Após ser reeleito, o governador cearense Cid Gomes (PSB) viajou de férias com a mulher para os Estados Unidos, em janeiro, a bordo de um jato do empresário Alexandre Grendene, dona de uma empresa de calçados beneficiada por incentivos fiscais no Ceará. (Págs. 1 e 5)

Egito terá referendo constitucional

Os militares do Egito prometeram reformar o gabinete ministerial, que a partir da semana que vem incluirá a oposição. Um plebiscito para aprovar a reforma da Constituição acontecerá em dois meses. Países árabes tiveram ontem intensos protestos. No Irã, o povo voltou às ruas e foi reprimido. (Págs. 1 e 24 a 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: O adeus do Fenômeno
Maior artilheiro das Copas, três vezes melhor do mundo, Ronaldo Nazário de Lima, 34, chorou ao dar adeus ao futebol. O Fenômeno revelou sofrer de hipotireoidismo e disse que foi derrotado pelo próprio corpo. (Pág. 1)

Enzo Palladini

Resta agora sonhar que um dia vá nascer um artilheiro igual. (Págs. 1 e D6)

PVC

Craque no marketing, ele escolheu a melhor hora para se retirar. (Págs. 1 e D12)

Tostão

Sem as contusões, um dos maiores teria sido ainda melhor. (Págs. 1 e D7)

Juca Kfouri

Declarações de amor, revelações e decepções marcam despedida. (Págs. 1 e D13)

Foto Legenda: Ronaldo Chora ao anunciar sua despedida

Correios vão abrir disputa bilionária por Banco Postal

Numa concorrência de ao menos R$ 1,75 bilhão, os Correios vão abrir licitação para operar o Banco Postal, serviço que atende a população de baixa renda em cidades sem filiais bancárias.

Há dez anos, o Bradesco atua como correspondente bancário exclusivo em postos da estatal pelo país. Nesse período, abriu mais de 10 milhões de contas.

No ano passado, o faturamento anual só com tarifas de manutenção desses correntistas foi de R$ 845 milhões - os Correios ficaram com R$ 350 milhões.

O novo contrato terá duração de cinco anos, renovável por mais cinco. A licitação deve ser concluída até julho. Além do Bradesco, apenas o Banco do Brasil, o Itaú, o Santander e o Banrisul atendem aos requisitos da concorrência. (Págs. 1 e Mercado B1)

Ex-ministro ainda usa imóvel do TCU após dois anos (Págs. 1 e Poder A8)

Envolvido na quebra de sigilo de caseiro vai assessorar Dilma
O Planalto nomeou o ex-gerente da Caixa Econômica Federal Jeter Ribeiro de Souza para assessorar a presidente Dilma Rousseff.
Souza foi o responsável por imprimir cópia do extrato do caseiro Francenildo Costa. O escândalo causou a queda de Antonio Palocci.
A nomeação foi assinada pelo secretário-executivo da Casa Civil, mas Souza disse que Palocci não influenciou em sua indicação. (Págs. 1 e Poder A4)

Protesto contra o regime no Irã deixa um morto

Nos maiores protestos desde 2009, a polícia iraniana entrou em confronto com milhares de manifestantes em Teerã e em Isfahan, a 320 Km. Um ativista morreu.

Oposicionistas reivindicaram a saída do presidente Ahmadinejad e do aiatolá Ali Khamenei. (Págs. 1 Mundo A15)

O Iêmen viveu o quarto dia de protestos contra o regime. (Págs. 1 e Mundo A12)

Junta militar diz que egípcios vão votar mudanças

A junta militar que assumiu o governo do Egito prometeu a oposicionistas que em dez dias vai finalizar emendas à Constituição e, após dois meses, levá-las a referendo popular, informa o enviado Marcelo Ninio.

As Forças Armadas, porém, fizeram um alerta contra a recente onda de protestos e greves. (Págs. 1 e Mundo A12 a A14)

Netinho usou verba oficial com firmas fantasmas

Investigação do Ministério Publico estadual revela que, entre 2009 e 2010, o vereador Netinho de Paula (PCdoB-SP) usou verba indenizatória da Câmara para pagar empresas registradas em endereços fantasmas.

O vereador não explicou as despesas, disse que apoia as investigações e que é contra qualquer desvio de recurso público. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Governador de Roraima obtém liminar e fica no cargo (Págs. 1 e Poder A9)

Editoriais
Leia "Meta sob risco", sobre o superávit primário do poder público; e "Guilhotina", acerca da corrupção das forças de segurança no Rio de Janeiro. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma fecha questão e exige mínimo de R$ 545
Governo endurece para sinalizar ao mercado seu compromisso de conter a inflação e cortar gastos

A presidente Dilma Rousseff avalia que a aprovação do salário mínimo de R$ 545 pelo Congresso é questão de honra para sinalizar ao mercado que o corte nos gastos públicos não tem volta. Com a expectativa de que a taxa básica de juros, hoje em 11,25%, chegue a 12,5% em junho para conter a inflação, o Planalto elegeu o mínimo como a âncora fiscal desse início de governo. Definido como a primeira prova de fogo do pós-Lula, o projeto de lei que fixa o piso em R$ 545 será votado amanhã na Câmara e depois seguirá para o Senado. Na tentativa de quebrar as resistências no Congresso, o ministro Guido Mantega (Fazenda) explicará hoje a proposta do Planalto a uma comissão de deputados, empresários e sindicalistas. Embora o governo tenha maioria na Câmara e no Senado, a base aliada não está totalmente unida, e o Planalto sabe que haverá dissidências. (Págs. 1 e Nacional A4)

Pessimismo no mercado

O corte de R$ 50 bilhões em despesas anunciado pelo governo não convenceu os analistas, que voltaram a elevar a projeção de inflação. (Págs. 1 e Economia B1)

No Irã, ato de apoio aos egípcios é reprimido

Milhares de iranianos entraram ontem em confronto com policiais no centro de Teerã. A marcha tinha sido inicialmente convocada pelo próprio governo em solidariedade à "revolução no Cairo", mas foi proibida por temores de que se convertesse em um ato antirregime, o que acabou acontecendo. Os protestos foram os maiores no Irã em mais de um ano. Além da capital, milhares de opositores também saíram às ruas em Isfahan, a terceira maior cidade do país. Na Argélia, o governo, que também enfrenta protestos, anunciou o fim do estado de exceção, em vigor há 19 anos. Houve manifestações também no Bahrein e no Iêmen. (Págs. 1 e Internacional A9 a A12)

Polícia contra-ataca aliado da PF no Rio

Três dias após a Polícia Federal prender 35 policiais no Rio, o chefe da Policia Civil, Allan Turnowski, vasculhou delegacia comandada por um colaborador da PF. (Págs. 1 e Cidades C3)

Cosan e Shell dobrarão produção de etanol (Págs. 1 e Economia B17 e B18)

Estudante de curso técnico terá crédito
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico oferecerá financiamento estudantil para quem terminou o ensino médio, mas quer fazer qualificação técnica numa escola privada. (Págs. 1 e Vida A17)

Celso Ming

Sarkozy quer intervenção

Na reunião do G-20, em Paris, a França pretende arrancar mecanismos que passem a controlar a produção de commodities agrícolas. (Págs. 1 e Economia B2)

Dora Kramer

Concessão perigosa

O plano B do governo de oferecer R$ 560 equivaleria a entregar o controle da política do salário mínimo às centrais sindicais. (Págs. 1 e Nacional A6)

Notas & Informações

Sinais contraditórios

A queda do ditador Mubarak foi só o fim do começo. O resto está para ser escrito no Egito. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Indústria aumenta preços e sofistica linhas de produtos
O faturamento da indústria cresceu acima do ritmo da produção nos últimos meses. Enquanto a produção ficou praticamente estagnada no segundo semestre do ano passado, as vendas da indústria cresceram 7,7%, em valores, na comparação entre junho e dezembro, segundo estudo da Rosenberg & Associados. O faturamento real, que desconta a inflação, subiu 4,5%.
Alta da cotação de commodities, reajustes de preços em alguns setores e mudança do mix de produção para bens de maior valor são alguns dos motivos que explicam a disparidade, acredita a economista-chefe da Rosenberg, Thais Marzola Zara. O aquecimento da economia, num quadro de elevação do custo de insumos importantes, foi decisivo para esse movimento. Entre os setores que tem maior peso na produção da indústria, Thaís destaca os de veículos, produtos químicos, máquinas e equipamentos, celulose e papel. (Págs. 1 e A3)

Tarefa penosa dá direito a adicional

Alguns trabalhadores tem conseguido na Justiça receber um adicional pela execução de tarefas consideradas penosas, que varia de 7,5% a 30% do salário. O chamado adicional de penosidade está previsto na Constituição Federal, mas ao contrário da periculosidade e da insalubridade, o benefício não foi regulamentado e, portanto, não há lei que defina quanto e em quais circunstâncias deve ser pago. A Justiça do Trabalho só tem concedido o adicional a empregados de categorias que tenham essa previsão em convenção coletiva. Atualmente, há oito projetos de lei no Congresso Nacional que tratam do assunto. (Págs. 1 e E1)

Brasil propõe acordo setorial em agricultura

A alta dos preços dos produtos agrícolas fez o Brasil virar o jogo na Rodada Doha, propondo agora um acordo setorial na agricultura para compensar a abertura que deverá fazer nas áreas industrial e de serviços. Nos acordos setoriais, os países interessados eliminam ou reduzem significativamente as alíquotas de importação. O Brasil apontou o setor de carnes como um dos que poderiam ter cortes tarifários maiores. O Brasil mudou o foco e se concentrou em acesso ao mercado. Com a disparada das commodities, o limite aos subsídios americanos em US$ 14,5 bilhões, a grande moeda de troca, não representaria corte algum - eles já estão em US$ 9 bilhões. (Págs. 1 e A2)

Dilma abre agenda com Immelt, da GE

A presidente Dilma Rousseff terá amanha sua primeira audiência privada, desde a posse, com um representante do setor produtivo. Ela receberá o presidente mundial da General Electric, Jelf Immelt, que lhe apresentará o projeto de US$ 550 milhões de um centro de pesquisas na Ilha do Fundão, no Rio.
Uma das justificativas para a ausência de empresários em sua agenda nos primeiros 45 dias de mandato está relacionada ao estilo gerencial da presidente. Dilma prefere que os encontros de trabalho tenham pauta consolidada, para que o tempo seja mais bem aproveitado e os resultados alcançados com mais facilidade. Ela opta por encaminhar os empresários a audiências preliminares com os ministros das respectivas áreas de atuação. (Págs. 1 e A6)

Prefeitura de São Paulo leva nova proposta para renegociar dívida com a União (Págs. 1 e A3)

Raízen investe para dobrar produção de cana, afirma Dias (Págs. 1 e B6)

PPP é saída para lixo urbano

Estudo aponta que as parcerias público-privadas são a melhor alternativa para os municípios brasileiros se adequarem à nova legislação sobre o manejo de resíduos sólidos, que entra em vigor em 2014. (Págs. 1 e A4)

China exclui câmbio em acordo

China rejeita o uso das "contas correntes" e da taxa real de câmbio/reservas" como critérios para identificação de desequilíbrios externos nas economias mundiais no âmbito de acordo no G-20. (Págs. 1 e A13)

Alternativa ao Canal do Panamá

A China negocia a construção de uma alternativa ao Canal do Panamá, ligando os oceanos Pacífico e Atlântico por meio de uma ferrovia de 220 quilômetros na Colômbia. (Págs. 1 e B12)

Exportações de milho

A exportação de milho somou 1,02 milhão de toneladas em janeiro, 16,7% mais que há um ano e segunda melhor marca para o mês. Com preço médio 30% maior na comparação anual, a receita cresceu 51,7%. (Págs. 1 e B15)

Dificuldades para multimercados

Levantamento da Economatica mostra que, de um universo de 170 fundos multimercados com patrimônio líquido acima de RS 100 milhões e mais de cem cotistas, só 44 superaram o CDI em janeiro. (Págs. 1, D1 e D2)

Ideias

Delfim Netto

Se cumpridos, cortes do governo trarão redução não desprezível do aumento das despesas primárias em relação ao PIB. (Págs. 1 e A2)

Ideias

José Eli da Veiga

É um engano supor que o Brasil se tornará uma "potência" por obra e graça de suas vantagens agroenergéticas. (Págs. 1 e A11)

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