PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, outubro 03, 2013

''BOLXA DE VALORES DE XÁO PAULO'' (Dixionário da Xuxa)

03/10/2013
OGX cai 8,33%, no maior tombo da Bolsa


Campo de Tubarão Martelo terá nova avaliação de potencial.


As ações da petroleira OGX tiveram a maior queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), ontem, de 8,33%. Estava prevista para ontem à noite a divulgação de uma nova certificação do campo de Tubarão Martelo, pela certificadora internacional DeGolyer & MacNaughton (D&M).

O campo deve entrar em produção até o fim do ano e é apontado como trunfo da OGX na negociação com credores internacionais, que voltarão a se reunir com representantes da petrolífera em Nova York na próxima semana. Em abril de 2012, a OGX declarou a comercialidade de Tubarão. Na época, o volume recuperável apontado era de 285 milhões de barris de petróleo.

A OGX tem só dois campos em produção: Tubarão Azul, na Bacia de Campos, e Gavião Real, na Bacia de Parnaíba (MA). Mas o primeiro deve ter a produção interrompida de vez em 2014, e a participação da OGX em Gavião Real pode ser vendida para a Eneva (antiga MPX, de energia). Tubarão Martelo, portanto, deverá ser o único campo operacional da empresa. Por isso, os olhos dos credores se voltam para el. Segundo fontes ligadas a eles, ainda há disposição para ouvir nova proposta antes da provável recuperação judicial.

Na próxima semana, um grupo de minoritários pretende entrar com ação na Justiça contra a OGX. Liderados pelo advogado Márcio Lobo, o grupo reúne cerca de 20 acionistas, com aproximadamente um milhão de ações. Os investidores pedirão indenização por danos materiais por terem sido "enganados" pela empresa.

''-- QUAL O TEU NEGÓCIO?/ O NOME DO TEU SÓCIO? ''

03/10/2013
Fisco desiste de cobrar IR sobre lucro de 200 empresas


Mantega teria concluído que medida geraria insegurança jurídica
MarthaBeck


Brasília- 

O governo desistiu de cobrar retroativamente o Imposto de Renda (IR) sobre lucros e dividendos que deixou de ser pago por cerca de 200 grandes empresas nos últimos seis anos. 


O secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reavaliou a decisão de cobrar o imposto retroativo e concluiu que ela poderia gerar uma insegurança jurídica no mercado, pois as empresas, algumas delas multinacionais, teriam que pedir a acionistas que devolvessem parte do que já receberam como lucros e dividendos. O entendimento agora é que a norma deve ser aplicada por todas as empresas a partir da edição da IN 1.397.


Esses contribuintes calcularam o IR devido com base no padrão de normas contábeis internacionais (IFRS), que passou a vigorar a partir de 2008. No entendimento da Receita Federal, a apuração deveria ter sido feita com base nas normas contábeis anteriores ao IFRS.

Como as companhias entendiam que não havia clareza da Receita sobre o assunto, vinham aplicando uma regra pela qual os lucros e dividendos distribuídos a acionistas não sofriam incidência de IR, mesmo que esses valores não tivessem sido tributados dentro da própria empresa. Já o Fisco entende que a isenção só é válida para acionistas se os lucros e dividendos tiverem sido tributados na pessoa jurídica.

No mês passado, a Receita editou a Instrução Normativa (IN) 1.397, deixando clara a forma como as empresas devem fazer o acerto de contas. 

Na mesma ocasião, o Fisco disse que iria cobrar o IR retroativo de quem pagou a menos, alegando que as empresas estavam aplicando uma isenção
indevida. Ontem, o secretário da Receita justificou a mudança de posição:

— As empresas teriam que reabrir seus balanços de anos anteriores, o que acarretaria questões com Bolsas de Valores e acionistas. Houve uma manifestação não apenas das empresas, mas do Conselho Federal de Contabilidade — disse Barreto. 

adicionada no sistema em: 03/10/2013 04:52

DIAS DE ÍNDIO

03/10/2013
Índios tentam invadir Câmara e picham carro de Vaccarezza


Protesto, que fechou pistas da Esplanada, é contra nova regra de demarcação de terras

No segundo dia de mobilização em Brasília, um grupo de indígenas tentou invadir a Câmara dos Deputados e um deles, Renato Tupiniquim, feriu-se numa porta de vidro que foi quebrada durante o protesto. Ele foi hospitalizado e libera -do no final da tarde. Os índios também fecharam, por duas horas, uma das pistas da Esplanada, no trecho em frente ao Ministério da Justiça.

O carro do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo, foi parado e pichado pelos manifestantes, que murcharam os pneus do veículo e cobriram o automóvel com faixa e papel higiênico. O deputado tentou ser liberado, sem sucesso.

Os índios protestam contra a PEC 215 — que transfere do Executivo para o Legislativo a demarcação de terras indígenas. A proposta suscita polêmica entre os parlamentares, mas conta com o apoio da bancada ruralista.

 (Evandro Ébolí) •

MONUMENTO DAS BANDEIRAS. VERGONHA ALHEIA (2)

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"O certo seria explodir", 


diz pichador do Monumento às Bandeiras


TV Estadão | 02.10.2013
Segundo o homem, que não quis se identificar, a pichação contra o Monumento às Bandeiras, na zona sul de São Paulo, tem motivações políticas. Para ele, os bandeirantes, que são objeto da obra de Victor Brecheret, foram "assassinos de índios"





VERGONHA ALHEIA

03/10/2013
Monumento às Bandeiras é pichado


Edison Veiga


Personagem central da pró­pria noção de identidade pau­lista, a figura do bandeirante protagoniza uma dicotomia histórica: de um lado, o valen­te desbravador que envere­dou pelos sertões consolidan­do o País. De outro, o assassi­no de índios. Na manhã de on­tem, o Monumento às Bandei­ras, principal homenagem paulistana ao bandeirante, amanheceu pichado.

O local não foi escolhido por acaso. Afinal, não se tratava de um ato de vandalismo qualquer. As inscrições em um dos mais famosos cartões-postais de São Paulo - conhecido popu­larmente como "empurra-empurra" ou "deixa que eu empur­ro" - eram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que pretende tirar do Execu­tivo a definição sobre a delimita­ção de terras indígenas e passá- la ao Congresso Nacional.

A Prefeitura agiu ontem mes­mo. À tarde, a empresa de limpe­za contratada pelo Departamen­to de Patrimônio Histórico - ór­gão da Secretaria Municipal de Cultura - encarregou-se de dei­xar o monumento tinindo. De acordo com a secretaria, o servi­ço foi feito por "jateamento de água limpa e quente, com pres­são determinada para o tipo de material do monumento", mas também foram "utilizados removedores químicos". Até o iní­cio da noite de ontem, não foi especificado quanto a operação custou aos cofres públicos.


Com 240 blocos de granito de 50 toneladas, a monumental obra é assinada pelo escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret (1894-1955). Nela, estão repre­sentadas 29 figuras humanas, entre bandeirantes, índios, ma­melucos e negros.


"Meu pai orgulhava-se da soli­dez dessa obra. Ele costumava brincar que, mesmo que caísse uma bomba atômica em São Paulo, ela permaneceria intac­ta", afirmou ontem o engenhei­ro Victor Brecheret Filho, de 71 anos, ao Estado.

Sobre a pichação, Brecheret Filho disse estar "espantado", "chocado" e ""horrorizado". "Es­tamos vivendo um período de pré-barbárie. Até pouco tempo atrás, o vandalismo não atingia locais que as pessoas foram edu­cadas a respeitar", comentou. "Agora, nada mais é respeitado. A convivência harmônica está acabando."

Ele sugeriu que seja adotada em São Paulo uma solução se­melhante à que protege a escultura La Carreta, de José Belloni, em Montevidéu, no Uruguai. "É um detector de passagem, com feixe de luz, capaz de acionar uma sirene quando alguém pas­sa", explicou.


Intervenções. Não é a primei­ra vez que o icônico monumen­to é alvo de intervenções. Em maio do ano passado, um dos bandeirantes da escultura teve as unhas do pé pintadas com giz de cera azul, como se tivessem sido esmaltadas.

Também em 2012, um grupo de artistas resolveu colocar ore­lhas de burro nos cavalos do mo­numento. Nesse caso, entretan­to, a escultura não foi danifica­da: as orelhas eram feitas de plástico e ficaram ali apenas por cerca de 5 horas - tempo sufi­ciente para que os artistas foto­grafassem o, digamos, novo vi­sual da escultura.

FREUD EXPLICA

03/10/2013
No troca-troca, PROS ganha 18 deputados, e Solidariedade, 15


A três dias do prazo final para mudanças partidárias, e com a indefinição sobre o futuro da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, as legendas promoveram ontem um intenso troca-troca de filiados, transformando as dependências do Congresso Nacional num verdadeiro mercado de negócios. Nos últimos 10 dias, já são 33 trocas. Mas segundo os presidentes dos partidos, com as filiações de hoje e as previstas para amanhã, as mudanças devem atingir 70 parlamentares, 13% da Câmara. 


Os maiores beneficiados foram PROS e Solidariedade, devido à janela que isenta a infidelidade de quem se transfere para novos partidos. Abertamente favorável ao governo, embora ensaie um discurso de independência, a cúpula do PROS passou o dia na Câmara atraindo parlamentares de várias legendas. Ao fim do dia, anunciaram 18 filiações de deputados federais e, até o prazo final a bancada poderá chegar a 28.


Já o Solidariedade, que na semana passada discursava como oposição e ontem já admitia fazer parte da base da presidente Dilma Rousseff, chegou ao fim do dia contabilizando 15 deputados e um senador filiados. 

A se confirmarem as expectativas, o PROS passará a ser a sétima bancada da Câmara, atrás de PT, PMDB, PSDB, bloco formado pelo PR, PTdoB, PRP, PHS, PSL e PRTB, PSD e PP. 


Forçado a sair do PSB depois de defender a reeleição de Dilma, o governador do Ceará, Cid Gomes, deu demonstração de força e levou para o PROS cinco deputados federais, 11 estaduais, 50 prefeitos e 174 vereadores.


Por telefone, ele deu um recado aos novos correligionários, transmitido em viva voz pelo celular do presidente do PROS, Eurípedes Júnior.

— Queremos contribuir para que por meio desta legenda possamos formar um partido que seja opção para muitos brasileiros — disse Cid.
No comando do balcão, o presidente do PROS, Eurípedes Júnior, disse que vários deputados ajudaram a recolher assinaturas para fundar o partido. Ele aproveitou para dar uma alfinetada em Marina Silva, que enfrenta dificuldades para legalizar sua Rede:

— Começamos a fazer o trabalho há quase quatro anos, e não há sete meses, como outros fizeram.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), disse esperar chegar a uma bancada entre 25 e 30 deputados — a Câmara confirmava a adesão de 15 parlamentares. Ontem, ele passou o dia em reuniões para garantir mais filiações. No Senado, o Solidariedade terá Vicentinho Alves (TO). Paulinho procurou minimizar a possibilidade de alinhamento com o governo:

— Alguns parlamentares têm cargos no governo, mas é problema de cada um. O partido não tem e não quer cargos, e eu que decido isso. O Solidariedade é independente: não está na base de apoio ao governo.

Paulinho também reagiu à decisão do PDT de tentar anular a criação do partido, com ação no Tribunal Superior Eleitoral:

— É um ato de desespero.

Diante da sangria e do assédio dos dirigentes das novas legendas, presidentes dos partidos que mais estão sofrendo baixas intensificaram as conversas. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, está em Brasília desde terça-feira à noite e conversou com alguns deputados que poderiam sair. Segundo o deputado Guilherme Campos (PSD-SP), nas contas do partido, eles podem perder mais de seis deputados, mas só dois deles para as novas legendas. Ou seja, o estrago no tempo de propaganda eleitoral de rádio e TV e nos recursos do fundo partidário serão pequenos.

— É a semana "Sodoma e Go-morra" a semana da infidelidade. E isso está acontecendo sem a janela da infidelidade. Imagina se colocar? Está todo mundo cercando a boiada, pastoreando, porque o lobo mau está aí. Todo mundo tentando segurar o que tem e trazer o que puder — disse Guilherme Campos.

Kassab minimizou as perdas:

— É uma situação normal, diante do calendário.

No vaivém de agremiações, até mesmo quem não tem mandato na Câmara ganhou status de estrela. O ex-jogador do Corinthians Marcelinho Carioca trocou o PSB pelo PT e vai concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao estilo do ex-presidente Lula, Marcelinho usou uma metáfora futebolística para justificar a troca de partido:

— Eu jogava no Madureir a e agora vou para um time grande. •

''PRÔS" MESMOS!!!

03/10/2013
Recém-criado, PROS já anuncia apoio a Dilma


Partido anuncia filiação de 28 deputados e diz que vai apoiar reeleição da presidente; dirigente afirma ter gasto R$ 3 milhões para viabilizar projeto

João Domingos
Daiene Cardoso

Brasília

Animado com a filiação do governador do Ceará, Cid Gomes, e do ministro dos Portos, Leônidas Cristino, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) anunciou ontem apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

No entanto, apesar de assegurar já ter 28 deputados federais - o que o tornaria a sétima maior bancada da Câmara dos Deputados - na cerimônia de filiação na Casa compareceram ontem menos da metade disso: apenas dez parlamentares.

Ainda assim, o clima era de otimismo, mesclado com um intenso governismo. "Nós vamos ajudar na governabilidade da presidente Dilma Rousseff", disse o líder do partido, Givaldo Carimbão (AL), que deixou o PSB, partido pelo qual tem quatro mandatos. Sua expectativa é de que a bancada de 28 deputados dê grande poder de fogo nas negociações com o Palácio do Planalto, além de facilitar a manutenção do ministro dos Portos na legenda. Cristino deixou o PSB quando o partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, rompeu com o governo federal.

Segundo Carimbão, o PROS tem tamanho suficiente até para "sonhar com a Presidência da República". "O partido já nasce largo, com estatura e musculatura e pode sonhar o sonho acordado de todos os brasileiros. Chegar à Presidência da República é o nosso sonho acordado."

Já o presidente do PROS, o ex-vereador Eurípedes Júnior, de Planaltina de Goiás (cidade a cerca de 60 quilômetros de Brasília) disse que o conceito de direito e esquerda está ultrapassado. Eurípedes Júnior destacou que seu partido é de centro. Segundo ele, a principal bandeira do PROS será a redução de impostos.

O líder da legenda destacou que o partido conseguiu 1,5 milhão de assinaturas (sendo 515 mil certificadas e outras 100 mil aptas a serem apresentadas, mas que não foram protocoladas). Ele aproveitou a cerimônia de filiação dos deputados, realizada no Salão Nobre da Câmara, para criticar a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva. Segundo Carimbão, a Rede não teve competência para coletar as assinaturas. Ele informou ainda que se a Rede não conseguir o registro, três deputados que se filiariam ao partido de Marina deverão ingressar no PROS.

Custo. Já o secretário-geral da legenda, Raul Canal, disse que o PROS gastou cerca de R$ 3 milhões para fundar o partido. Foram usados 600 coletores de assinaturas e para cada uma validada, o prêmio era de R$ 2. "O dinheiro é proveniente de doações de amigos", disse ele.


Nos bastidores, o que se sabe, é que ministros e empresários, com José Batista Júnior, da Friboi, candidato ao governo de Goiás pelo PMDB, ajudaram a estruturar o PROS. Entre os ministros, atuaram na estruturação do novo partido Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio Exterior) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).


Dos deputados que entraram no PROS, só dois eram de oposição: Major Fábio (DEM-PB), e Dudimar Paxiuba (PSDB-PA). Todos os outros são governistas. Boa parte é proveniente do PSB, insatisfeitos com o rompimento de Eduardo Campos com o governo Dilma.

O SUSTENTÁVEL PESO DO SER ...

03/10/2013
Se Marina disputar, é prejuízo para Dilma


Palavra de especialista, Marcelo Simas

"O PT tem escolhido como adversário preferencial o PSDB. É uma briga que o PT já conhece e que, no plano simbólico, ele consegue vencer;
é uma polarização que ele já ganhou. PT e PSDB são distinguíveis no
plano simbólico, um é a política social, o outro, a privatização. 


O que atrapalhou o PT na eleição de 2010 foi a novidade de uma terceira opção, vinda com a candidatura da Marina Silva. Por isso, a mais prejudicada, caso ; Marina vá para a disputa, é a presidente Dilma Rousseff. Na última eleição presidencial, 20  milhões de eleitores, que foram os votos para Marina, mostraram que não estavam mais interessados nesse debate polarizado.


Agora, não fica claro qual será o maior favorecido se Marina disputar. É uma incógnita para a estratégia da oposição—tanto da candidatura do Aécio Neves quanto do Eduardo Campos—o efeito que Marina terá. Um efeito positivo seria levar a eleição ao 2o turno, mas não vai ser positivo para o Aécio se quem for para o segundo turno for Marina, não ele. Não é clara a natureza do eleitorado da Marina, mesmo os votos dela tendo ido mais para Dilma no segundo turno em 2010 do que para José Serra".

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER... (PRÓS, ''PRÔS'' e CONTRAS...)

03/10/2013
Com a Rede, 2014 em jogo: Decisão de hoje do TSE muda destino de Marina e sua Rede e também das eleições


Decisão que impacta 2014


TSE decide hoje se aceita criação da Rede, sigla pela qual Marina quer disputar Presidência


-Brasília- 
Exatamente três anos após obter quase 20 milhões de votos na eleição presidencial, e ainda um fenômeno nas pesquisas de intenção de votos, a ex-senadora Marina Silva verá hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o desfecho de seu projeto de criação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade, pelo qual pretende disputar as eleições de 2014. Segunda colocada em todas as pesquisas de intenção de voto, Marina começou ainda em 2011 o debate sobre a possibilidade de fundar a legenda, mas corre o risco de não conseguir sua aprovação em função da demora em obter certidões que comprovassem o apoio mínimo de cerca de 492.000 eleitores ao seu plano — ironicamente, cerca de módicos 2,5% do número de votos que recebeu em 2010. O julgamento marcado para a noite é decisivo para Marina e deve ter impacto direto no quadro da eleição presidencial do ano que vem. Mas ela garante que não vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal no caso de derrota.

Entre terça-feira e ontem, três ministros do TSE que vão participar do julgamento do processo da Rede falaram publicamente sobre o caso e geraram muita apreensão entre apoiadores da Rede. Mas os ministros ouvidos concordam também que o julgamento será precedido de um grande debate sobre a situação atípica da Rede, de lastro na sociedade, e sobre a possibilidade de abusos na rejeição de assinaturas, que pode virar o jogo.

Após passar o dia em casa, Marina participou, ao lado de parlamentares, de uma última reunião no escritório do seu advogado Tor-quato Jardim, onde ouviu uma prévia da linha que ele adotará da tribuna do TSE. Torquato reiterou estar confiante na tese jurídica que sustentará. Pela lei eleitoral, todo partido político que pretenda disputar as eleições do próximo ano precisa ser aprovado pelo TSE até sábado. Na saída do encontro, Marina disse estar "muito tranqüila" mas evitou se estender:

— Agora, não vamos mais falar. Só amanhã, com o registro na mão, e aí a conversa vai ser bem mais tranqüila. Estou saindo daqui muito tranqüila, vou dormir com muita confiança.

Como a Rede apresentou apenas 442.000 certidões de apoio — cerca de 50.000 a menos que o exigido em lei —, o partido aposta todas suas fichas na tese de que o TSE deveria "validar" cerca de 95.000 assinaturas rejeitadas pelos cartórios sem justificativa. Mas a tese enfrenta resistências. Depois de o ministro João Octávio Noronha afirmar ainda na terça-feira que caberia à Rede atender aos requisitos legais, e que os cartórios eleitorais não eram obrigados a justificar quando rejeitam assinaturas de apoio, ontem outros dois ministros que participarão do julgamento também se pronunciaram.

Tanto Gilmar Mendes quanto Marco Aurélio Mello destacaram considerar difícil a situação do partido da ex-senadora. Mas não arriscam que haverá a rejeição.

— É muito difícil (a concessão do registro). Sob a minha ótica. É o que eu digo, colegiado é uma caixa de surpresas. É possível que eu esteja errado, porque fiquei na corrente minoritária, já flexibilizaram a nossa resolução relativamente ao PSD e ao Solidariedade. Vamos esperar para ver. Ela (Marina Silva) já tem pela proa o parecer (pela rejeição) da Procuradoria — disse Marco Aurélio, reiterando em seguida sua admiração pela ex-senadora, mas destacando que o tribunal não vai julgar a personalidade dela:

— A ex-senadora forma no melhor quadro da República em termos de apego a princípios, em termos de ética, mas, em direito, o meio justifica o fim e não o fim o meio. Não podemos estabelecer, considerados esses aspectos ligados à personalidade de quem capitaneia o futuro partido, o critério de plantão. O critério é linear para todos. A exigência legal é que a autenticação seja implementada pelos escrivães dos cartórios. E cartório aí é o da zona eleitoral, não é o Tribunal Superior Eleitoral como terceiro patamar do Judiciário e da administração em si da matéria.

Gilmar Mendes, ministro substituto do TSE; que participará da sessão no lugar de Dias Toffoli, que está no Panamá, afirmou que o tribunal terá de discutir se flexibiliza ou não a regra das assinaturas.

— Vamos examinar, em função das alegações que são feitas de que teria havido aqui e acolá abusos na rejeição (de registros de partidos). Há exemplos que estão sendo mostrados. Isso tem de ser examinado e o TSE está sendo muito criterioso. Participei do julgamento do PROS e a relatora foi muito minuciosa nesse exame — afirmou.

Reservadamente, aliados da senadora reagiram às declarações, que na avaliação deles configurariam uma antecipação de voto. Em um vídeo divulgado ontem na página da Rede na internet e no perfil de Marina no Facebook, a senadora destacou que cabe ao TSE reparar as falhas dos cartórios.

— A Rede Sustentabilidade encaminhou para o TSE o pedido de validação dessas assinatura para que a própria Justiça repare essa falha dos cartórios. (...) Muitos partidos se institucionalizam para depois ganharem representação social. Nós fizemos exatamente o contrário: ganhamos representação social no país inteiro e depois buscamos a institucionalização. E estamos confiantes de que a Justiça reparará esse erro cometido pelos cartórios e teremos o registro de um novo partido político para defender a democratização da democracia, a Rede Sustentabilidade — afirmou.

O clima entre os parlamentares que pretendem migrar para a nova sigla é de apreensão. Ontem, um parlamentar perguntou a Domingos Dutra (PT-MA), sobre seu destino. Bem humorado, Dutra respondeu:
— Não sei, vou para o céu. Tem que esperar amanhã (hoje).