PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, março 30, 2007

HAPPY-HOUR II: GREVE DOS CONTROLADORES DE VÔO ["ENQUANTO ISSO..."]


[Chargista: Novaes].

HAPPY-HOUR II: REFORMA VISUAL E DEMOCRÁTICA







[Chargistas: Lute, Nani, Samuca, Frank, Dalcio].

REFORMA MINISTERIAL: O FIM.

Lula anuncia fim da reforma e volta a defender coalizão:

A reforma ministerial está concluída. A informação foi dada na manhã desta sexta-feira, 30, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao deixar o hotel em que pernoitou no Recife (PE) antes de seguir para um evento do ProJovem em Olinda. Durante rápida conversa com a imprensa, o presidente disse que está construindo uma coalizão importante e que depois de aprovar o PAC e o programa de fomento à educação, vai apresentar um programa de políticas sociais e de segurança. "Vamos ter um conjunto de obras a serem concluídas em quatro anos que vão dar ao Brasil uma sustentabilidade que o País não tinha", disse o presidente, que também afirmou que as obras já estão determinadas e que se todos os ministros cumprirem o cronograma, ele concluirá o mandato fazendo o que o Brasil precisa. Lula também disse que este é um bom momento de se pensar o Brasil até o ano 2022, quando a Independência completará 200 anos. Com a posse de cinco novos ministros na quinta-feira, 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu a montagem do governo de coalizão apoiado por 11 partidos políticos. Com 12 alterações, a nova equipe se reúne pela primeira vez na próxima segunda-feira. Lula confirmou no cargo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse uma fonte do Planalto, encerrando quatro meses de negociações da reforma. Em relação ao primeiro governo, a reforma tem três diferenças: Lula incluiu antigos adversários, nomeou ou manteve técnicos para áreas estratégicas e deslocou o PT do centro da articulação política. O PT mantém 18 filiados no comando de ministérios, secretarias especiais e estruturas como Advocacia Geral e Controladoria-Geral, mas perde a importante secretaria de Relações Institucionais para Walfrido Mares Guia, do PTB. O PMDB tem cinco ministros de alas diversas. PP, PR, PSB, PCdoB, PDT e PV têm um ministro cada. O vice José Alencar é do PRB. Quatro ministros não são filiados a partidos (Celso Amorim, general Jorge Félix, Miguel Jorge e Franklin Martins). Os novos ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, ambos do PMDB, e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), foram adversários do PT em eleições passadas e críticos do governo Lula até recentemente. "Coalizão pressupõe uma grandeza capaz de absorver pessoas que até ontem falavam mal de você. Quem tem de ter grandeza não é quem perde, é quem ganha a eleição", disse Lula na cerimônia da quinta-feira. Lula resistiu a pressões do PT para nomear a ex-prefeita Marta Suplicy no Ministério da Educação, onde manteve o economista Fernando Haddad. Também negou a Saúde aos deputados do PMDB, nomeando o médico José Gomes Temporão, que se filiou ao partido por recomendação do presidente. "Com Educação e Saúde a gente não pode brincar", disse Lula no início do mês, no lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação. No Ministério do Desenvolvimento Social, manteve o petista Patrus Ananias, a quem atribui a consolidação do programa Bolsa Família. Depois de preservar o tripé da Economia (Guido Mantega, Henrique Meirelles e Paulo Bernardo), Lula reforçou o papel da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), coordenadora do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Ministros e dirigentes de estatais que participaram da elaboração do PAC foram mantidos (Minas e Energia, Cidades, Caixa Econômica, Petrobras, Banco do Brasil, entre outros).
Paulo Passos permanece nos Transportes, como secretário-geral do ministro Alfredo Nascimento, a quem substituiu por um ano. Pedro Britto, que cedeu Integração Nacional a Geddel Vieira, vai para a nova Secretaria de Portos. Um auxiliar direto do presidente disse que Lula preservou os "especialistas" para garantir que o segundo mandato terá "um sentido estratégico, voltado para o crescimento da economia e avanço das políticas sociais". A nomeação do jornalista Franklin Martins para a nova Secretaria de Comunicação Social também está relacionada ao perfil de "especialista" num dos setores mais fragilizados no primeiro governo Lula, segundo este auxiliar. Também se incluem entre os "especialistas" os ministros da Cultura, Gilberto Gil (PV), e de Meio Ambiente, Marina Silva (PT), ambos mantidos. Lula tem a mesma expectativa em relação ao executivo Miguel Jorge, empossado nesta quinta no lugar de Luiz Fernando Furlan, que deixa o Desenvolvimento. O deslocamento do ministro Luiz Marinho do Trabalho para a Previdência foi o último, mais surpreendente e mais complicado lance da reforma. O Trabalho era "território político" da CUT, a central fundada por Lula nos anos 1980. O PDT do novo ministro Carlos Lupi tem ligações políticas com a Força Sindical, rival da CUT. Dirigentes da CUT e mais cinco centrais aliadas tentaram, sem sucesso, reverter a mudança num encontro com Lula na noite da última quarta-feira. O PT de Santa Catarina tenta devolver a Secretaria da Pesca ao ex-ministro José Fritsh, candidato derrotado ao governo do Estado. Lula deve manter o ministro Altemir Gregolim. "O presidente Lula já montou um ministério representativo da coalizão e é muito pouco provável que faça alguma outra mudança", disse à Reuters o presidente do PT, Ricardo Berzoini. Angela Lacerda, Recife, O Estadão.

REVISÃO DO CÁLCULO DO PIB: CRESCIMENTO COM "ESFORÇO" FISCAL

Brasil virou país 'emergido' com novo PIB, diz 'Le Monde':

O Brasil passou de país "emergente" a "emergido", depois que o recálculo das riquezas nacionais levou o Produto Interno Bruto (PIB) a mais de US$ 1 trilhão, diz em sua edição desta sexta-feira o diário francês Le Monde. "Esta revisão para cima constitui uma boa notícia para uma economia brasileira doente de crescimento fraco, principalmente se comparado com a taxa de 10% observada em outros gigantes emergentes como a Índia e a China." Com o novo resultado, o crescimento do PIB em 2006 passou de 2,9% para 3,7%. A nova metodologia incluiu novos critérios propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em sintonia com o crescimento de serviços como telefonia celular e levando em conta a economia informal. Segundo o Monde, "os novos resultados incitaram o governo a assegurar que 'o Brasil voltou a se inserir num ciclo de crescimento duradouro'. A dívida segue diminuindo, à custa de um importante esforço fiscal. O governo espera atingir o patamar de 30% já em 2010, para seduzir os investidores estrangeiros." Mas o jornal lembrou que os investimentos permanecem em níveis reduzidos e que nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investir mais de R$ 1 trilhão ao longo de quatro anos, elevará essa proporção para mais de 21%. A matéria destacou que a expansão do PIB se deu pelo lado do consumo, alimentado pelo aumento dos salários e da distribuição do Bolsa Família. Matéria do jornal Washington Post descreve o dia-a-dia de paramédicos militares que se aventuram nas favelas do Rio de Janeiro para resgatar e socorrer policiais feridos em confrontos com as gangues do tráfico. Descrevendo a intensidade dos armamentos de um grupo que deixa sua base portando rifles M16 e pistolas automáticas, o correspondente do jornal escreve: "Esta equipe médica da polícia militar no Brasil pode – e muitas vezes o faz – disparar centenas de balas contra qualquer um que coloque ameaça durante uma operação de resgate". A matéria relata como os médicos têm de socorrer seus pacientes formando ‘escudos de proteção’ contra o fogo hostil das gangues. Freqüentemente surpreendida no meio do tiroteio, diz o repórter, a equipe "sonha" em trocar seus veículos pelos chamados 'caveirões' – veículos blindados, parecidos com tanques de guerra, utilizados pela Polícia Militar, e duramente criticado por grupos de direitos humanos por sua agressividade. "Alguns debatem se é apropriado aplicar a palavra ‘guerra’ à violência da favela, mas os membros da equipe rechaçam essa discussão como uma nonsense semântica." "Diga aos paramédicos que pela Convenção de Genebra as ambulâncias são unidades não-combatentes, e eles sugerem que quem escreveu essas regras nunca dirigiu por uma favela carioca uma ambulância branca com as palavras 'Polícia Militar' escritas do lado." BBC Brasil.

EMPRESA FICTÍCIA: SENADOR "SUBMERGE" NA ANTARTID(C)A...

Em plenário, senador critica empresa fictícia:

Ao defender seu estado de origem, o Amazonas, o senador Arthur Virgílio (PSDB) confundiu um jogo com a realidade e foi protagonista de uma gafe no plenário do Senado. Em meio a um discurso na terça-feira (27), ele afirmou aos demais senadores que tinha uma notícia, "da maior gravidade", para levar ao conhecimento da Casa. "Ela (a notícia) está no site da Agência Amazônia, sob o título 'Laboratório americano propõe privatizar a Amazônia': A Amazônia está mesmo à venda. Em um vídeo de um minuto e 25 segundos, postado em seu site, a empresa norte-americana Arkhos Biotech está convocando as pessoas do mundo inteiro a investir para transformar a Floresta Amazônica em um santuário de preservação sob o controle privado", disse (clique para ver matéria) da Agência Senado sobre o discurso). Virgílio considerou como uma "ofensa" ao país e convidou a empresa para uma reunião na subcomissão da Amazônia. O que o senador Arthur Virgílio não sabia, e nem a agência de notícias pela qual ele se informou, é que a empresa Arkhos Biotech é fictícia e faz parte de um jogo patrocinado pelo Guaraná Antarctica. De fato, o site da empresa (clique aqui para ver) é bem elaborado e apresenta histórico da empresa, produtos fabricados. A Arkhos Biotech se apresenta como uma das maiores fabricantes do mundo de ativos vegetais para a indústria cosmética e farmacêutica, atuante no mercado desde 1965, com sede em Itacoatiara (AM). Na parte de imprensa, um release "Arkhos Biotech defende a Amazônia para todos" e um vídeo em inglês defende a privatização para que a floresta seja preservada. Consultada pelo G1, a assessoria do Guaraná Antarctica pondera que logo na página principal da Arkhos Biotech faz-se menção ao site Zona Incerta, que concentra as principais informações do jogo. O site da empresa fictícia diz "A Arkhos Biotech vem à público esclarecer que não possui qualquer envolvimento com o biólogo Miro Bittencourt, indivíduo que utiliza seu website www.zonaincerta.com para acusar a empresa de crimes que jamais ocorreram. O indivíduo em questão procura desviar atenção de seu desaparecimento suspeito e de seu envolvimento ainda não esclarecido no roubo de um segredo industrial. A Arkhos Biotech se opõe à conduta de detratores que não podem provar suas acusações e espera que seus investidores saibam diferenciar fatos de ficção." Os internautas precisam ajudar Gastão Bittencourt a esclarecer as circunstâncias do desaparecimento de seu irmão Miro Bittencourt, funcionário da Antarctica que tem informações sobre a fórmula do Guaraná Antarctica, e o roubo de documentos que levariam à fórmula. Os documentos teriam sido roubados por pessoas ligadas à Arkhos Biotech. No site do jogo, aparecem diversos sites que podem ser consultados sobre a brincadeira: um blog da ex-noiva de Miro, um site de uma entidade de defesa ambiental que é contra a Arkhos Biotech, entre outros. A Antarctica divulgou uma nota sobre o episódio. "O Guaraná Antarctica aderiu a uma ferramenta de marketing inovadora e diferenciada, o ainda pouco explorado "alternate reality games" (ARGs), jogo que convida os consumidores da marca a desvendar um mistério. A ação gira em torno da fórmula secreta do Guaraná Antarctica. A personagem vilã do jogo é a Arkhos Biotech, uma empresa que declara a intenção de transformar a Amazônia numa reserva sob controle privado. A história é fictícia, mas espelha uma preocupação real do Guaraná Antarctica em relação à preservação da Amazônia, região de origem do fruto do guaraná. Essa é uma ação pioneira no Brasil, realizada em parceria com a Editora Abril", diz a nota. No Orkut, os integrantes da comunidade "Desvendando Zona Incerta" fizeram piadas em razão das gafes do senador e da agência de notícias. Foi criado um fórum sobre isso. "A pessoa lê, não se intera sobre a veracidade das coisas, veja o que dá!!!", escreveu um participante. "Já chegou na Câmara, e ninguém se deu ao trabalho de conferir que a ARKHOS BIOTECH não existe! Se existisse, por que teria um site em português e não teria em inglês?", disse outro. Procurado pelo G1, o senador Arthur Virgílio informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ele viu a denúncia na agência de notícias e, como era "muito grave", decidiu tratar do tema em plenário porque não teve tempo de checar a informação. Disse que cumpriu seu dever de defender a Amazônia e que, embora a situação não fosse verdadeira, "tem muita gente que defende a privatização da Floresta Amazônica". de SP, g1.com.br

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Suspeito de furto nos Estados Unidos, Henry Sobel é internado em SP. O rabino Henry Sobel, 63, está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passa por exames. A internação, nesta sexta-feira, ocorre um dia após sua detenção nos Estados Unidos ter sido divulgada no Brasil. (...) Ele foi detido no último dia 23 sob suspeita ter furtado quatro gravatas de lojas de grife luxuosas em Palm Beach, na Flórida. Sobel chegou a ser encaminhado para a cadeia local, mas foi solto no dia seguinte, mediante pagamento de US$ 3.680. Folha Online.
Base se articula para lotear CPI do Apagão e indicar aliado para relatoria. A base aliada do governo na Câmara já se articula para lotear a CPI do Apagão Aéreo na hipótese de o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) seguir a decisão do ministro Celso de Mello favorável à instalação da CPI. Os governistas devem controlar 16 das 24 vagas da comissão, enquanto a oposição poderá indicar oito deputados. Folha Online. http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u90811.shtml
Controladores fazem operação-padrão e ameaçam greve. Os controladores de vôo de Brasília admitiram na manhã desta sexta-feira, 30, que já foi deflagrada a operação-padrão, em Curitiba (PR) e Manaus (AM). Segundo eles, a operação vai se estender ainda nesta sexta para todo o País. O Estadão.
Mais um marinheiro preso 'pede desculpas' por invasão em TV iraniana. Um dos 15 marinheiros britânicos detidos pelo Irã no dia 23 de março no Golfo reconhece uma "entrada ilegal" do grupo em águas iranianas, em uma entrevista à televisão iraniana em língua árabe. g1.com.br (agências).
Ministério da Justiça estuda criar prisões especiais para jovens. O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta sexta-feira que estuda a possibilidade de criar unidades prisionais para jovens infratores que tenham de 18 a 23 anos. "Hoje, nós temos um sistema de contenção criminal de menores que muito pouco recupera."Segundo o ministro, o objetivo seria separar os infratores desta faixa etária de criminosos reincidentes ou de maior periculosidade. RJ, Folha Online.
Lula critica redução da maioridade penal e se mostra um exemplo para jovens. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira, durante discurso na cerimônia de formatura do programa ProJovem, em Olinda (PE), a redução da maioridade penal."Hoje, 30% das meninas entre 15 e 17 anos, que estão fora da escola porque já têm filhos e, se tiveram filhos, é porque não tiveram educação sexual adequada dentro de casa ou na escola. (...) O presidente ainda se mostrou como um exemplo para os jovens. "Eu quero dizer para vocês: se tem um brasileiro que pode significar o exemplo de que a perseverança, de que a luta e de que o nunca desistir dá resultado, sou eu. Porque um retirante nordestino, que sai daqui com sete anos de idade, com oito filhos, oito irmãos agarrados no 'rabo da saia' da minha mãe, chegar em São Paulo, sobreviver e chegar à Presidência da República, deve ser uma motivação e um exemplo para vocês, que podem acreditar que podem chegar lá, é só vocês não desistirem." E continuou: "Muitos de vocês vivem hoje em situações até mais degradantes do que a situação que eu vivi, porque hoje tem mais violência, hoje tem menos espaço. Hoje, uma pessoa que mora numa favela ou numa palafita não tem espaço de lazer, não tem espaço para as crianças brincarem".Lula ainda falou sobre sua luta para conseguir a Presidência da República. "Deixa eu dizer para vocês uma coisa: cada eleição que eu perdia --eu perdi a eleição em 1989, perdi a eleição em 1994, perdi a eleição em 1998--, as pessoas falavam assim para mim: 'Lula, agora chega, já perdeu demais, desiste'. E eu falava: não. Eu perdia em novembro e em janeiro eu estava na rua outra vez, falando com o povo brasileiro, chamando a atenção dele. Foram 12 anos de espera para chegar aqui e eu não posso jogar fora essa oportunidade e essa confiança que vocês me deram, eu não posso, eu tenho que aproveitar esse segundo mandato para fazer mais do que no primeiro." O presidente disse também que sonha que cada cidade-pólo do país tenha uma escola técnica e uma extensão universitária. Folha Online.
Lula quer TV pública que não piche. Ao dar posse a cinco novos ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu em discurso modelo que deseja para a TV pública de seus sonhos: que não “piche” e trate de educação e informação, sem perfil “chapa-branca” e que funcione initerruptamente. E anunciou sua próxima meta: “Uma rádio nacional”, preparada “para falar as coisas para o Brasil inteiro”. Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, Brasília, O Estadão.

BRASIL: A OFERTA DE UM NOVO PARADIGMA DE COOPERAÇÃO

Lula se encontra com Bush em busca de 'novo paradigma':

No encontro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá com o presidente americano George W. Bush em Camp David, neste sábado, o Brasil vai se apresentar “com um novo paradigma de cooperação em terceiros países”, de acordo com o subsecretário de Assuntos Políticos do Itamaraty, Everton Vieira Vargas. Em vez de demandas na relação bilateral – como a redução dos subsídios agrícolas, por exemplo – o Brasil quer se colocar com um parceiro em pé de igualdade com os Estados Unidos, disposto a utilizar seu conhecimento tecnológico ou solidez institucional em países mais atrasados. “Não temos uma lista de pedidos para os Estados Unidos. O presidente não vai lá para fazer pedidos”, afirmou Vargas, em entrevista antes de seguir para Washington para acompanhar a visita do presidente Lula. Entre os projetos, estão a cooperação para o combate à malária em países da África, o desenvolvimento econômico do Haiti e a assistência brasileira para o fortalecimento do poder legislativo em Guiné-Bissau. Ele diz que “o Brasil é um país que se sofisticou muito” e que tem muito a oferecer. “Queremos explorar um novo caminho nas nossas relações com os Estados Unidos. Um caminho pelo qual nós possamos atuar conjuntamente e ter benefícios mútuos”, afirmou. O embaixador diz que esta nova postura do governo brasileiro reflete “uma consciência da maior maturidade do Brasil para atuar no plano internacional”. “Inclusive para atuar como parceiro da maior potência do mundo”, destaca. No caso do Haiti, o governo brasileiro espera a cooperação financeira dos Estados Unidos para desenvolver a economia do país e com isso ajudar na solução da violência. “Só vamos ter êxito no Haiti no momento em que a população haitiana perceber que a presença da Minustah (forças de paz da ONU comandadas pelo Brasil) está trazendo estabilidade para dentro da sua casa. Ninguém tem estabilidade se esta pessoa não tem renda, não tem emprego, não tem escola, não tem saúde”, afirmou. A Venezuela, país que trata um duelo verbal com os Estados Unidos, não deve ser tema de discussão entre os dois países, na avaliação do embaixador. “O presidente Chávez tem a sua política. Ele faz a política que considerar mais consentânea com os interesses da Venezuela. O Brasil tem excelentes relações com a Venezuela. O presidente Lula tem boas relações com o presidente Chavez. É isso. Não há porque emocionalizar as relações”, afirmou. De acordo com o embaixador brasileiro em Washington, Antônio Patriota, não é possível singularizar um tema específico como sendo o tópico principal da reunião entre Lula e Bush. De acordo com o embaixador, ''os dois líderes participam de um exercício multilateral muito maior''. Em relação à Rodada de Doha, Patriota afirmou que ''o que há é uma tentativa de de organizar os próximos passos para chegar a um ponto de inflexão''. Em discurso realizado nesta quarta-feira, o presidente George W. Bush disse que a única maneira de concluir as negociações da Rodada Doha e outros acordos comercias é através da extensão da chamada TPA (Trade Promotion Authority) pelo Congresso americano. O recurso, também conhecido como ''fast track'' permite ao Executivo americano aprovar acordos comerciais sem a possibilidade de emendas pelo Congresso. O TPA expira no próximo dia 1º de julho. Colaborou Bruno Garcez, de Washington, BBC Brasil.

TELEFONIA CELULAR: "DE OLHO VIVO...!"

'A situação da Vivo continua frágil '.
O controlador do grupo português Sonae, Belmiro de Azevedo, atribui ao governo de seu país a rejeição da proposta de compra de 11,8 bilhões que apresentou pela Portugal Telecom. Segundo ele, apesar de o governo ter adotado um discurso de neutralidade, na prática votou contra a oferta por meio do banco estatal Caixa Geral de Depósitos, acionista da Portugal Telecom.Em entrevista ao Estado, feita por correio eletrônico, o empresário negou que houvesse qualquer acordo sobre o futuro da Vivo entre a Sonaecom e a Telefónica. A Sonaecom é o braço de telecomunicações do grupo português. A espanhola Telefónica detém 50% da Vivo, em sociedade com a Portugal Telecom. 'Continuamos vendo fragilidade da operação da Vivo', afirma Azevedo. Logo que fez a oferta pela Portugal Telecom, disse que venderia a Vivo, a maior operadora de celular do País. Posteriormente, afirmou ao Estado que poderia comprar a parte da Telefónica. Ontem, a Vivo não quis comentar as declarações. A seguir, os principais trechos. Quais são os planos de expansão da Sonaecom, diante da rejeição da proposta? Apesar de, em Portugal, estarmos ainda longe de um ambiente de sã concorrência, no setor das telecomunicações fixas, acreditamos que a Sonaecom tem um largo espaço para crescimento orgânico. Na área da telefonia móvel, onde estamos presentes como terceiro operador, continuaremos apostando no desenho de produtos com criatividade e inovação e liderando a antecipação das preferências e necessidades dos consumidores portugueses. Mas estamos atentos a todas as oportunidades de aquisições que possam surgir e que se enquadrem na nossa estratégia. Na sua opinião, por que a proposta de compra feita pela Sonaecom não teve êxito? Objetivamente, a nossa oferta foi bloqueada na Assembléia Geral da Portugal Telecom, em 2 de março deste ano, por um grupo de acionistas minoritários que incluía a Caixa Geral de Depósitos, o banco público português. Embora as instituições públicas que controlam as participações detidas diretamente pelo Estado português se tenham abstido e o governo reivindique uma posição de neutralidade, este desfecho foi naturalmente decepcionante para o funcionamento da democracia acionista e para o mercado de capitais português, tendo ainda vedado aos acionistas da Portugal Telecom e da Sonaecom uma significativa criação de valor. Qual foi o papel da Telefónica e da Telmex no resultado da negociação? A Telefónica votou a favor da desblindagem dos estatutos da Portugal Telecom, enquanto que a Telmex votou ao lado dos acionistas minoritários.Havia algum acordo entre a Sonaecom e a Telefónica sobre o destino da Vivo?Não se estabeleceu qualquer acordo entre a Telefónica e a Sonaecom sobre o destino da Vivo.Por que a Telmex se interessou pela Portugal Telecom durante o processo?É uma pergunta que tem de ser feita à Telmex. Só ela pode explicar a sua opção de investimento e sentido do seu voto na Assembléia Geral da Portugal Telecom. Qual foi a posição do governo português em relação à proposta da Sonaecom? O governo português sempre afirmou a sua neutralidade relativamente à oferta. No entanto, não parece insatisfeito com o resultado final da operação. Ora, tendo em conta a diferença entre os projetos que estavam em cima da mesa e a composição da minoria de bloqueio, é legítimo admitir que, na prática, preferia a situação atual ao projeto da Sonaecom. Qual será o rumo da Portugal Telecom a partir de agora? E da Vivo? Em relação à estratégia da Portugal Telecom, deverá ser a sua administração e os seus acionistas que vão decidir o futuro. A nossa opinião é a de que a nova estrutura de controle não apresenta a solidez necessária para que a empresa enfrente os desafios que tem pela frente. Em relação à Vivo, a nossa visão não se alterou: continuamos vendo fragilidade na operação, não esperamos grande evolução na possibilidade de sinergias de relevo para a Portugal Telecom com a atual estrutura de acionistas. O que o sr. pretende fazer com os recursos que seriam usados para a compra da Portugal Telecom? Existem recursos sempre que há bons projetos e boas equipes de gestão. Nesse aspecto, o apoio que temos tido de mercado de capitais e dos bancos nos permitem uma expansão agressiva em todas as nossas áreas de negócio. No Brasil os nossos maiores projetos são na área imobiliária, mas também analisamos investimentos em sistemas de informação. Por outro lado, a Sonae Indústria atravessa uma fase de crescimento rápido no Brasil que, a continuar, poderá naturalmente ter conseqüências importantes nos nossos planos de investimento. Quem é: Belmiro de Azevedo. É controlador do maior grupo privado de Portugal, o Sonae. Neste mês, ele anunciou o filho Paulo Azevedo como seu sucessor na liderança do Grupo. Belmiro passou a ocupar a presidência do Conselho de Administração.No Brasil, o Grupo atua nas áreas imobiliária e na indústria de aglomerados de madeira. Renato Cruz e Márcia De Chiara, O Estadão.

LULA & BUSH [In:] "BUSH & LULA"

Bush e Lula devem assinar acordos de US$ 8 milhões.

Lula viaja nesta sexta-feira para os EUA. Três semanas depois de ter recepcionado George Bush no Brasil, terá, neste sábado (31), um novo encontro com o presidente dos EUA. Segundo apurou o blog no Itamaraty, os dois devem assinar convênios cujo valor, mantido em segredo, deve superar a casa dos US$ 8 milhões. O dinheiro será destinado ao desenvolvimento de projetos voltados à produção de biocombustível na América Central e no Caribe. A relação dos países destinatários das verbas só será revelada depois da reunião dos dois presidentes. A expectativa da chancelaria brasileira é a de que o Haiti esteja entre eles. O desejo é compartilhado pelo secretário para Assuntos de Segurança da OEA (Organização dos Estados Americanos), o diplomata brasileiro Alexandre Addor Neto. Nesta quinta-feira (28), Addor Neto disse, em entrevista, que as forças de paz da ONU, lideradas pelo exército brasileiro, ainda terão de permanecer por “algum tempo” no Haiti. Afirmou também que o drama haitiano não será resolvido senão com desenvolvimento. Sem mencionar o negócio do biocombustível, Addor Neto disse: “Não vai haver segurança no Haiti a longo prazo, se você não tiver desenvolvimento econômico, geração de emprego, saúde pública, educação e controle da criminalidade. O Haiti poderia ser um caso em que, ao mesmo tempo, assegurássemos uma situação de segurança pública mais sólida, com projetos de desenvolvimento e a manutenção da democracia." O grosso do dinheiro envolvido nos convênios conjuntos de Bush e Lula virá do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Brasil e EUA entrarão com cotas menores. A forma como o bolo será dividido é mantida, por ora, em reserva. A assinatura dos acordos dará solidez às intenções retóricas manifestadas por Lula e Bush no encontro do último dia 9 de março, em São Paulo. É o primeiro passo concreto que darão Brasil e EUA para exportar para nações pobres a tecnologia de produção de biocombustíveis desenvolvida no Brasil. Como a tentar atribuir prestígio a Lula, o Itamaraty informa que o presidente será hóspede de Camp David. Vem a ser uma espécie de Granja do Torto norte-americana, com direito a refúgio subterrâneo para a eventualidade de ataques terroristas. Lula não é o primeiro presidente brasileiro a desfrutar da hospitalidade da casa de campo dos presidentes norte-americanos. O primeiro a merecer a deferência foi o ditador Emílio Médici, em 1971, época em que o inquilino da Casa Branca era Richard Nixon. O último foi Fernando Henrique Cardoso, em 1998, sob a presidência de Bill Clinton. Nesta quinta-feira (28), véspera da viagem para os EUA, Lula assistiu ao tradicional espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém (PE). Acompanharam-no, entre outros, os governadores Eduardo Campos (PE), Cid Gomes (CE) e Marcelo Déda (SE). Nesta sexta, antes de embarcar para o encontro com Bush, Lula cumprirá em Recife uma agenda que inclui a entrega de certificados de conclusão a alunos beneficiados pelo programa ProJovem. Bem a propósito, como que antevendo os acordos que o companheiro Lula irá celebrar com seu arqui-inimigo Bush, ditador cubano Fidel Castro deu sinal de vida num artigo publicado no Granma, o diário oficial de Cuba. Sob um título apocalíptico –“Condenadas à morte prematura por fome e sede mais de 3 milhões de pessoas no mundo”—, Fidel condena classifica de “tragédia” e de “idéia sinistra” o plano de “transformar alimentos em combustíveis.” Desnecessário dizer que Cuba não consta da lista de países que receberão as verbas resultantes da parceria Bush-Lula. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

CANA-DE-AÇÚCAR: PRODUTIVIDADE & MORTE (conclusão)

A morte por trás do etanol: Recordes de produtividade e buscade energia “limpa” são a face modernada produção de cana-de-açúcar. Masisso é sustentado por um regime de semi-escravidão a que ainda são submetidos os trabalhadores.
E o pior é que a situação desses condenados da terra pode se agravar. A partir deste ano, começa a ser colhido um novo tipo de cana, mais leve por ter sido geneticamente modificada. Além de pesar menos – pois elimina bastante a água –, esse tipo de cana concentra uma quantidade muito maior de sacarose (açúcar). Tudo ótimo, menos para o trabalhador, que precisava cortar 100 metros de cana para produzir dez toneladas e por causa da novidade transgênica precisará cortar o triplo para produzir a mesma quantidade. Aos 52 anos, Maria dos Santos corta nove toneladas para levar para casa R$ 512 no final do mês. Quando soube que terá que trabalhar três vezes mais para ter o mesmo rendimento, não se conteve: “Vamos morrer!”, desesperou-se. Hábeis em implementar modernizações tecnológicas, os usineiros não demonstram intenção de alterar as arcaicas relações de trabalho que predominam no setor sucroalcooleiro. “As práticas impostas por eles, em muitos casos, ainda são escravagistas”, diz a técnica do Ministério do Trabalho. Veja-se, por exemplo, o processo de seleção dos trabalhadores. Eles são “vendidos” para intermediários que selecionam a mão-de-obra para usinas. Trazidos das profundezas do País para dar duro nos canaviais, esses escravos do século XXI são cooptados por “gatos”, uma espécie de empreiteiro que busca pessoas que, em troca de migalhas, se submetem a todo tipo de humilhação. Para cada cortador de cana trazido para a usina, capaz de produzir 12 toneladas por dia, o “gato” recebe em média R$ 60. Qual a vantagem? Esses cortadores são escolhidos a dedo e não reclamarão de serem obrigados a viver em alojamentos decrépitos. Eles também não reclamam do pagamento abaixo dos pisos salariais e ainda admitem viver confinados nas propriedades onde a colheita ocorre oito meses por ano. “Só 20% dos trabalhadores ligados ao setor sucroalcooleiro no Brasil têm conquistas preservadas, o resto são escravos”, garante Miguel, o sindicalista. “Não é difícil constatar a miséria e a exploração a que essas pessoas estão submetidas. O Ministério do Trabalho é que dá as costas para o problema”, indigna-se Miguel. União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única), entidade que representa os usineiros, não fala sobre direitos do trabalho. Segundo a assessoria de imprensa, eles apenas “cumprem a lei”. Mas em relação ao crescimento da produção eles são expeditos. Para os donos dos engenhos, as máquinas produzirão, até 2013, 36 bilhões de litros de álcool – um bilhão a mais que a atual produção mundial. Grande parte dessa produção atenderá aos mercados americano e europeu. No ano passado, 19 bilhões de litros de álcool foram destilados, uma supersafra que movimentou mais de R$ 40 bilhões na economia, US$ 8 bilhões em exportações, equivalentes a mais de 3,5% do PIB brasileiro. Segundo as estimativas do setor sucroalcooleiro, uma nova usina de cana surgirá a cada mês no País nos próximos dois anos. Este crescimento acelerado no plantio e na produção preocupa governantes e economistas. Muitos temem que esse boom leve o Brasil de volta à monocultura. Hoje, várias plantações de alimentos e áreas de pastagem estão sendo substituídas por lavouras de cana-de-açúcar. Preocupados com essa possibilidade, alguns Estados já se preparam para enfrentar a situação. Em Mato Grosso, na região do Pantanal, já foi proibida a implantação de usinas de álcool. No Estado de Goiás, algumas prefeituras querem limitar a entrada da cultura da cana. Em São Paulo, responsável por 60% da produção nacional, um projeto do deputado estadual Simão Pedro (PT) propõe que os fazendeiros de regiões do Estado onde a cultura da cana se expande sejam obrigados a reservar 10% das terras para outros tipos de cultura. “É fato a expansão do setor, mas precisamos criar alguns limites, senão daqui a uns dias seremos obrigados a importar alimentos básicos”, diz Simão. Enquanto isso, o presidente Lula, inebriado com o etanol, disse que os usineiros passaram de bandidos a heróis. 10 mil quilos de cana por dia é a cota mínima que cada cortador deve produzir. Por Alan Rodrigues e Hélcio Nagamine, IstoÉ Online.