PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, agosto 31, 2011

XÔ! ESTRESE [In:] ''DESCENDO A RUA DA LADEIRA SÓ QUEM VIU QUE PODE CONTAR..." *





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(*) Trecho de letra de música (SAMARINA).
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GOVERNO DILMA {in:} ''EU SEI O QUE VOCÊ FEZ NO VERÃO PASSADO..." *


Dilma quer acabar com o "eu não sabia" no governo

Canetada obrigatória


Autor(es): » TIAGO PARIZ »
PAULO DE TARSO LYRA »
DENISE ROTHENBURG
Correio Braziliense - 31/08/2011

O bordão que ficou famoso na boca de Lula, e foi usado por ministros em escândalos recentes, está com os dias contados. De agora em diante, a presidente exige que todos os contratos firmados com ONGs tenham a assinatura de quem comanda o ministério.


Para evitar casos de corrupção e tornar mais rigoroso o pente-fino, Dilma quer que todos os contratos firmados com ONGs e entidades privadas sejam liberados apenas com a assinatura dos ministros

A presidente Dilma Rousseff quer responsabilizar de forma mais clara os ministros pelos atos realizados em seus ministérios. Depois de anunciar que todos devem "ter conhecimento do que acontece em suas pastas", o governo estuda agora mecanismos para obrigar que os titulares da Esplanada passem a assinar os convênios com ONGs e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscip). A intenção, repassada aos colegas pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, tem como objetivo tornar mais rigoroso o pente-fino das pastas sobre quais entidades receberão dinheiro público. Atualmente, a maioria dessas parcerias é firmada pelo secretário executivo ou pelo secretário nacional. Raramente, encontra-se uma assinatura de um ministro.

Mas questões legais e políticas ainda emperram a concretização da medida. Do ponto de vista jurídico, a entrada em prática da proposta eliminaria uma instância recursal no processo. Se houver irregularidades, o ministro não teria como revogar o contrato, cabendo essa medida unicamente à Presidência da República. Na seara política, são duas leituras. Há quem diga que, se a presidente deseja afastar os políticos de áreas com as quais não têm muita afinidade, essa exigência de responsabilizar os ministros pelos convênios é um bom argumento, já que ninguém gosta de ser responsável por erros de terceiros. A outra conclusão, no entanto, é que a presidente teria de entregar os ministérios de porteira fechada para que os titulares indicassem secretários de sua total confiança, prática que já deu muitos problemas em um passado recente.

Dilma quer evitar situações como as que ocorrem hoje nos ministérios do Turismo e das Cidades, em que os titulares, Pedro Novais, e Mário Negromonte, respectivamente, delegaram essa tarefa aos subordinados. Dos 253 convênios assinados pelo Turismo este ano, apenas dois tiveram o aval por escrito de Novais. Todos os outros têm como responsável Frederico Silva da Costa — que era também o ordenador de despesas da pasta—, ex-secretário executivo da pasta que foi detido pela Polícia Federal na Operação Voucher.

Copa de 2014
A presidente determinou que a equipe faça um "acompanhamento sistemático", nas palavras dela, segundo auxiliares, sobre o destino dos recursos e a real capacidade das entidades privadas de tocar a tarefa incumbida pelo convênio. Ela quer também que se evitem fraudes ou casos em que servidores das próprias pastas contribuíram para os desvios. Dilma entende que só haverá maior comprometimento se o próprio ministro envolver-se pessoalmente nos convênios.

A determinação ocorre depois de o Ministério Público Federal encontrar fraudes em convênios de capacitação profissional para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas do Rio 2016. Dilma teme que a enxurrada de denúncias de irregularidades no Turismo e no Ministério do Trabalho contamine os dois eventos esportivos. Na prática, ao obrigar os ministros a colocar a própria digital, espera-se que eles se recusem a assinar qualquer parceria, como vinha ocorrendo, conforme casos apontados pela Controladoria-Geral da União.

A Polícia Federal prendeu o ex-secretário executivo do Turismo Frederico Silva da Costa por ter assinado convênios que acabaram fraudados, apesar dos seguidos alertas de irregularidades. Costa também teria tido conhecimento prévio de que o dinheiro não estava sendo aplicado.

O governo entende que não se pode simplesmente acabar com as parcerias com ONGs e Oscips, mas é possível encontrar meios mais eficazes de combater a corrupção e obrigar as pastas a ter um controle de suas ações nos mínimos detalhes.

"Presente de grego"
Os investimentos em andamento em Pernambuco e os projetos que estão para chegar ao estado têm colocado a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Eduardo Campos (PSB) numa sintonia cada vez mais afinada. Ontem, no agreste pernambucano, pela troca de afagos entre os dois, sinalizaram o roteiro que irão seguir até 2014.

Dilma promete governar vencendo desafios, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança. Uma caminhada na qual Eduardo pretende estar presente. Mas antes de chegar à cidade de Cupira, ainda no aeroporto de Caruaru, a petista concedeu uma entrevista a duas emissoras de rádio e deixou claro que não quer receber dos gestores (prefeitos e governadores) o que chamou de "presente de grego" — leia mais na página 3.

A presidente usou tal definição ao ser questionada sobre a Emenda Constitucional 29, que obriga estados e municípios a destinar um percentual de pelo menos 9% para a saúde. "Acho uma temeridade alguém achar que só se aprovando uma lei você resolve o problema da saúde." Na interpretação da presidente, "presente de grego" seria os gestores projetarem investimentos para o setor sem saber de onde tirar os recursos. Em Cupira, Dilma esteve acompanhada dos ministros da Educação, Fernando Haddad; de Comunicação, Helena Chagas; da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho; e das Cidades, Mário Negromonte. (Rosália Rangel)

A mudança
A presidente Dilma quer que os ministros se responsabilizem pelas assinaturas de convênios. A intenção é motivada depois de uma série de denúncias que atingiu os ministérios do Turismo e do Trabalho. Veja abaixo:

O que ocorreu
Operação Voucher
A Polícia Federal prendeu 36 pessoas por fraude de R$ 4 milhões em convênio de capacitação profissional. Entre os detidos estavam integrantes da cúpula do Ministério do Turismo. Os responsáveis pela parceria foram o ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa e o ex-presidente da Embratur Mario Moyses. Na atual gestão, Pedro Novais assinou apenas dois convênios dos 253 firmados neste ano.

Fundo de Amparo ao Trabalhador
Os convênios para capacitação profissional são decididos no âmbito da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. As irregularidades são as mais diversas: cursos que não são dados; desvio do dinheiro repassado às entidades; direcionamento na seleção de entidades e favorecimento partidário; fraude na execução dos convênios, com a inclusão de capacitados que não fizeram o curso; prestação de contas insuficiente; bloqueio das contas em função das ilegalidades.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, alega que não conhece todos os convênios firmados pela pasta que comanda.

Como pode ficar
A proposta da presidente Dilma Rousseff é obrigar que o ministro assine os convênios com ONGs e Oscips para acabar com declarações como a do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que disse que não sabia de tudo o que acontecia em sua pasta. Para sair do papel, o governo precisa apenas encontrar uma maneira de se evitar que, no limite, recaia sobre a Presidência da República a responsabilidade de cancelar um convênio.



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(*) Título de filme.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

Sinopses anteriores:

31 de agosto de 2011

O Globo


Manchete: Dilma pede juros menores; líderes querem 'nova CPMF'

Analistas, no entanto, acreditam que BC hoje deve manter taxa

Na véspera da divulgação da nova taxa básica pelo Banco Central, a presidente Dilma Rousseff defendeu ontem abertamente a redução dos juros. Os analistas, no entanto, são unânimes ao prever que a taxa de 12,50% ao ano será mantida hoje pelos diretores do BC, diante da preocupação com a inflação, que encosta em 7% nos últimos 12 meses. A declaração de Dilma foi dada no dia seguinte ao anúncio de que o governo poupará mais R$ 10 bilhões para engordar o superávit fiscal e ajudar o país a manter a expansão econômica. "A melhor resposta à crise é o crescimento do país, mas também precisamos melhorar as condições nas quais nós crescemos. Se tem uma coisa que o Brasil quer é que haja diminuição de impostos. Não posso dizer quando vamos ter, mas abrimos o caminho para ter isso e queremos ter juros que comecem a cair", disse a presidente. Apesar disso, governo e partidos aliados já discutem no Congresso fontes alternativas de financiamento para a Saúde, que podem trazer de volta a CPMF ou até mesmo a legalização dos bingos para aumentar a arrecadação no setor. (Págs. 1, 23, 26 e editorial "Austeridade terá grande teste em 2012")

Câmara ignora propina e livra deputada

Filha de Roriz escapa de cassação com apoio de 265 parlamentares, apesar de flagrante de corrupção

Flagrada recebendo propina de R$ 50 mil, em 2006, no esquema do mensalão do DEM, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do ex-governador Joaquim Roriz, foi absolvida pela Câmara. Dos 451 presentes, 265 votaram contra a cassação; 166, a favor; e 20 se abstiveram. Prevaleceram o espírito de corpo - pois, se ela fosse cassada por crime anterior ao mandato, abriria precedente - e o fato de a votação ser secreta. Um projeto para acabar com o voto sigiloso em casos de cassação está parado há cinco anos. Desde 2005, de 33 deputados processados, só quatro perderam o mandato. Diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa classificou o resultado como um conchavo para favorecer outros parlamentares em futuros processos de cassação. (Págs. 1, 3 a 9 e Merval Pereira)

Rebeldes dão ultimato para forças de Kadafi

Concentrados nos arredores de Sirta, cidade natal de Kadafi, rebeldes líbios fixaram até sábado o prazo para que os seguidores do ditador se rendam; do contrário, partirão para uma solução militar. Os opositores consideraram um ato de agressão a Argélia ter recebido parte da família do ditador. Sua filha Aisha deu à luz uma menina. (Págs. 1, 33 e 34)


Blogueiro diz que Fidel está em UTI

O colunista venezuelano Nelson Bocaranda, que revelou o câncer de Chávez, assegurou que Fidel Castro, de 85 anos, está internado numa UTI em Havana e chegou a ficar em coma. No Twitter, houve rumores de sua morte. (Págs. 1 e 35)


Especialistas: banco de dados é fundamental para políticas públicas (Págs. 1 e 10)


Após tragédia, xerife das vans assume os bondes

Considerado o xerife das vans no estado - por ter comandado a apreensão de 15 mil veículos irregulares -, o presidente do Detro, Rogério Onofre, foi designado pelo governador Sérgio Cabral interventor do sistema de bondes do Rio. A tarefa de Onofre será apresentar uma solução rápida para os bondes, após o acidente que matou cinco pessoas e deixou 57 feridas. Um vídeo na internet mostra um bonde andando na contramão em Santa Teresa. (Págs. 1, 14, 15 e editorial “Pede-se seriedade na apuração do acidente”)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Governo reduzirá tributo para elevar produção de álcool

Safra 2011/2012 de cana deve registrar queda de 5,6%; governo pensa em utilizar crédito para estimular setor

Com o objetivo de estimular a produção de etanol e evitar a falta do combustível, o governo deverá anunciar nos próximos dias a redução de PIS/Cofins para as indústrias de álcool, benefício fiscal que hoje vale só para produtores de açúcar.

Para a safra 2011/2012, estima-se uma redução de 5,6% na colheita de cana-de-açúcar. Na avaliação do governo, 25%0 da capacidade instalada das usinas está ociosa. Por isso o estímulo ao setor, que deve contar também com mais crédito. (Págs. 1 e Mercado B1)

Gasto novo é 'presente de grego', diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff classificou ontem como "presentes de grego" projetos do Congresso que elevam gastos com saúde e segurança pública sem definir como eles serão custeados.

Em entrevista a rádios em Caruaru (PE), ela disse esperar dos congressistas a "firmeza de aprovar a origem do recurso" para não comprometer as finanças do governo federal. (Págs. 1 e Poder A4)

Elio Gaspari
Presidente quer que esqueçam o que havia dito

Na campanha, Dilma prometeu não aumentar a carga tributária. Agora pede ao Congresso um debate sobre novas fontes de verba para a saúde. (Págs. 1 e Poder A6)

Insurgentes dão ultimato para as forças de Gaddafi

Os rebeldes líbios deram prazo até sábado para as forças leais a Gaddafi se renderem e entregarem os últimos redutos do regime, em especial Sirte, cidade do ditador. Os insurgentes ameaçam usar força militar se o prazo não for cumprido.

Símbolo da resistência do regime, Sirte está cercada. Bani Walid e Sabha estão na mira da oposição. (Págs. 1 e Mundo A12)

Assessoria leva 70% de verba no Rio sem licitação

Contratada nas campanhas do governador Sergio Cabral, a FSB recebeu, sem licitação, R$ 17,6 milhões (69,3% da verba das assessorias de imprensa) das agências de publicidade que atendem ao Rio, relata Ítalo Nogueira. Governo nega ato ilegal. (Págs. 1 e Poder A11)

Palmeirenses são investigados por morte em SP

Uma rixa entre torcidas pode ser a causa da morte de Douglas Karin Silva, 27, encontrado no rio Tietê, em São Paulo. Torcedores ligados à torcida Mancha Verde são investigados por mensagens que falavam do corpo de um corintiano jogado ao rio. (Págs. 1 e Cotidiano C9)


Promotoria quer que Metrô anule concorrência (Págs. 1 e Cotidiano C5)


Editoriais

Leia "Diplomacia às claras", sobre a divulgação de telegramas do Itamaraty, e "Fraude concreta", acerca de esquema contra a Prefeitura de São Paulo. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Governo paga por projeto fantasma para a Copa

Sindicato de dirigentes de futebol leva R$ 6,2 milhões para cadastrar torcedores, mas trabalho não é realizado

O governo federal repassou R$ 6,2 milhões a uma entidade de dirigentes de futebol para um projeto fantasma para a Copa, informam os repórteres Marta Salomon, Leandro Colon e Fernando Gallo. Sem licitação, o Ministério do Esporte contratou o Sindafebol, liderado pelo ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi, para fazer um cadastramento das torcidas organizadas. O contrato foi assinado em 31 de dezembro de 2010 e o dinheiro foi liberado em 11 de abril deste ano. Mas as empresas que aparecem como responsáveis pelos serviços do projeto nunca foram efetivamente contratadas. O Ministério do Esporte alega que escolheu o Sindafebol por ser o mais "adequado", mas o próprio Mustafá admitiu que a entidade é despreparada para tocar o convênio. O dinheiro está depositado numa conta controlada por ele. (Págs. 1 e Nacional A4)

Mustafá Contursi
Dirigente da entidade contratada

"Dissemos ao ministério que nunca tínhamos feito isso". (Pág. 1)

Câmara absolve Jaqueline Roriz, que ataca imprensa

A Câmara livrou ontem a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) da ameaça de perder o mandato. Por 265 votos a 166, com 20 abstenções, ela foi absolvida da acusação de corrupção. Jaqueline havia sido flagrada em vídeo de 2006 recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do "mensalão do DEM" no Distrito Federal. Em sua defesa, disse que, na época, não era deputada. Ela atacou a imprensa: “Lamentavelmente, vivemos um período em que parcela da mídia devora a honra de qualquer pessoa". (Págs. 1 e Nacional A8)


Venda de imóveis novos em SP cai 31% no semestre

O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caiu 31% no primeiro semestre. De janeiro a junho foram vendidas 11.680 unidades, ante 17.005 no mesmo período de 2010. É o menor número para o período desde 2005. A expectativa para o ano também é de retração. O presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) ,João Crestana, atribui o recuo a antecipação de vendas em 2010, morosidade do Minha Casa Minha Vida 2 e avanço da inflação. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)


8,6% foi a alta
média dos preços de imóveis em São Paulo no primeiro semestre de 2011.

Polícia chilena se desculpa por morte de aluno, mas crise segue

A polícia chilena pediu desculpas à família do adolescente morto durante protestos estudantis. Já o governo marcou para sábado o diálogo com os estudantes. Enquanto a polícia fazia o “mea-culpa", alunos ocupavam prédio do governo e gritavam: "A educação de Pinochet vai cair". (Págs. 1 e Internacional A13)


Rebeldes dão ultimato às tropas leais a Kadafi

Os rebeldes da Líbia deram prazo até o próximo sábado para que as tropas leais ao ditador Muamar Kadafi se rendam. Do contrário, dizem os insurgentes, eles invadirão os últimos bastiões da resistência de Kadafi. Em Sirte, cidade natal do ditador, bombardeios da Otan já preparam terreno para o ataque. Rascunho de plano da ONU para o pós-guerra prevê colaboração da Otan. (Págs. 1 e Internacional A10 e A12)


Drogaria SP e Pacheco criam a maior rede do País (Págs. 1 e Economia B14)


Rolf Kuntz

Embromação 29

O governo não precisa de mais impostos para a saúde, nem é necessário vincular verbas quando se quer, de fato, dar prioridade a uma política pública. (Págs. 1 e Economia B6)


Notas & Informações

BC sob pressão política

O Copom anunciará hoje se já está preparado para afrouxar a política anti-inflacionária. (Págs. 1 e A3)

Roberto DaMatta

Cafezinhos e parábolas

Aeroporto é um mero nome. Nada tem a ver com a modernidade dos aviões que despejam passageiros aturdidos pela ineficiência do lugar. (Págs. 1 e Caderno2 D8)

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Correio Braziliense


Manchete: Jaqueline Roriz escapa da cassação

Em votação secreta, a Câmara decidiu não cassar os direitos políticos da deputada federal. Foram 265 votos contra a perda do mandato, 166 a favor e 20 abstenções. O processo contra ela foi aberto depois que veio à tona vídeo no qual aparece recebendo dinheiro de esquema de corrupção no DF. (Págs. 1, 24 e 25)

Foto legenda: Crack - Combate à droga prevê até internação compulsória

O flagrante do jovem em frente ao Touring, no centro de Brasília, é um retrato da epidemia que tomou conta do país. Da periferia à classe média, os efeitos da droga são devastadores. Hoje, enfim, o GDF anuncia um plano arrojado de combate ao tráfico e de ajuda às vítimas do flagelo. Nas ruas, tentará convencer viciados a aceitar tratamento. Se preciso, irá à Justiça para interná-los. (Págs. 1, 21 e 22)

Dilma quer acabar com o "eu não sabia" no governo

O bordão que ficou famoso na boca de Lula, e foi usado por ministros em escândalos recentes, está com os dias contados. De agora em diante, a presidente exige que todos os contratos firmados com ONGs tenham a assinatura de quem comanda o ministério. (Págs. 1 e 2)

Emenda 29: Governo articula a volta da CPMF e usa saúde como pretexto (Págs. 1 e 3)


Três anos de prisão para Luiz Estevão

O STJ confirma a pena, em regime semiaberto, pelo crime de falsificação de documentos. O ex-senador pode recorrer da decisão. (Págs. 1 e 4)

Os chineses e suas peripécias

Com 60 anos de tradição, o Circo da China desembarca em Brasília. São 50 artistas em uma produção de US$ 5 milhões. (Págs. 1 e Diversão & Arte, 3)

Orçamento tem más notícias para o servidor

Governo barra reajustes altos para a categoria na proposta de gastos de 2012, que segue hoje ao Congresso. Os aumentos variam de 2,31 a 31%. (Págs. 1 e 9)

Pressão total pela queda dos juros

Ministros fizeram coro com os sindicatos pela redução da Selic, que será definida hoje pelo BC. A presidente Dilma vê um bom momento para mudanças. (Págs. 1, 8 e Visão do Correio, 14)

DF vive dia mais quente do ano

O calor e o ar seco chegaram ao ápice ontem por volta das 15h. A temperatura subiu aos 31,6ºC e a umidade do ar caiu a 17%. (Págs. 1 e 28)

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Valor Econômico


Manchete: Dilma define novas prioridades

A presidente Dilma Rousseff ensaia novos passos em direção a uma política fiscal de mais longo prazo, para ser adotada durante seu mandato. Fazem parte das prioridades do governo conter a expansão dos gastos com custeio abaixo do crescimento do PIB, acabar gradualmente, na medida dos vencimentos, com a dívida pública indexada à variação da taxa Selic (as LFTs) e empenhar-se na aprovação do projeto que está no Congresso desde 2007 e que limita o aumento da folha de salários da União.

O objetivo é fornecer ao Banco Central condições estruturais para o início de um ciclo de queda da taxa de juros, aproveitando a oportunidade que a crise nos países centrais abre para o Brasil. Hoje, o BC decide sobre o rumo da taxa básica, de 12,50% ao ano. Ontem, já havia no mercado quem alimentasse a expectativa de o corte da Selic começar agora. (Págs. 1, A2 e A5)

Balanços mostram desaquecimento

A desaceleração da economia já deixou marcas nos balanços das empresas. Os resultados das cem maiores companhias abertas no segundo trimestre confirmam que receita e lucro cresceram em um ritmo inferior ao do trimestre anterior. As vendas perderam força e os custos pressionaram os resultados.

O lucro líquido das empresas não financeiras totalizou R$ 36,4 bilhões no segundo trimestre, alta de 13,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, um ritmo muito inferior à expansão de 61,7% verificada no primeiro trimestre. (Págs. 1, D1 e D4)

Brasil terá de importar mais gasolina

A redução na mistura de etanol anidro à gasolina deve exigir importação adicional de 1 bilhão de litros de gasolina "A" para abastecer o mercado até abril. Como o combustível importado custa cerca de R$ 0,21 por litro a mais do que o produzido nas refinarias brasileiras, o mercado calcula que a Petrobras terá um gasto extra de R$ 200 milhões. Em 2010, o país importou 505 milhões de litros de gasolina.

Espera-se também que o governo reduza o peso da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), que hoje é de R$ 0,23 por litro de gasolina "A". Isso deve ocorrer para equiparar o preço da gasolina e do anidro, de forma a não causar aumento do preço para o consumidor final. O governo deixaria de arrecadar cerca de R$ 80 milhões. (Págs. 1 e A3)

Foto legenda: Busca de negócios

A fabricante americana Tyco Flow Control, de válvulas e aparelhos de controle, quer aproveitar chances nos setores de mineração, etanol, óleo e gás para crescer no Brasil, diz o presidente mundial, Patrick Decker. O grupo tem US$ 500 milhões para comprar empresas em todo o mundo. (Págs. 1 e B11)

Demissão em massa deve ser negociada

Embora a lei trabalhista não trate das demissões em massa, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região considerou irregular a dispensa de 400 trabalhadores pela Novelis, em dezembro, sem prévia negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos. A fabricante de alumínio demitiu os empregados ao fechar a fábrica de Aratu, na Bahia. Essa é a terceira vez que um Tribunal do Trabalho decide dessa forma. Os outros dois casos envolveram a Embraer, que demitiu 4.270 trabalhadores em 2009, e a fabricante de vagões de carga Amsted Maxion, que dispensou 600 pessoas em 2008. (Págs. 1 e E1)

Obras puxam a indústria de máquinas

As obras da hidrelétrica de Belo Monte já significaram a contratação de aproximadamente 700 máquinas pesadas, incluindo uma encomenda de 540 caminhões Mercedes-Benz. Para a usina de Santo Antônio foram comprados 44 tratores, 65 escavadeiras, 15 gruas e 229 caminhões. As grandes obras de infraestrutura estão mantendo aquecida a indústria de máquinas e equipamentos pesados. Segundo o IBGE, a produção de bens de capital para a construção subiu 19% no primeiro semestre. Executivos do setor avaliam que as necessidades das hidrelétricas vão além do que já foi contratado, abrindo espaço para novos negócios. (Págs. 1 e B11)

Cristina faz aproximação inédita com empresariado

A presidente Cristina Kirchner será a grande homenageada em um jantar para mil pessoas organizado pela União Industrial Argentina. Centenas de empresários deverão ir até a periferia de Buenos Aires para o evento, que marca uma aproximação inédita dos governos capitaneados pela família Kirchner com o meio empresarial. Os dois lados mantiveram um relacionamento hostil ao longo de anos, amenizado nos últimos meses por declarações mais favoráveis e gestos de boa vontade de parte a parte, coincidindo com a aproximação das eleições presidenciais, marcadas para outubro, em que a atual presidente é franca favorita.

Uma das medidas adotadas por Cristina para ganhar o apoio dos empresários foi o aumento de 25% para o salário mínimo, muito abaixo dos 40% pedidos pelas centrais sindicais e mais próximo dos 18% sugeridos pelas entidades patronais. O economista Ricardo Delgado, sócio da empresa de consultoria Analytica, lembra outro gesto de Cristina favorável às empresas: a atenuação do rigor na política cambial, que permitiu ao peso se desvalorizar em cerca de 5% nas últimas semanas, atenuando a perda de competitividade do setor exportador. (Págs. 1 e A9)

Drogaria São Paulo e rede Pacheco unem operações e criam gigante do setor (Págs. 1 e B5)


Nordeste é 'nova Índia' para o setor de call center (Págs. 1 e B6)


Reavaliação de investimentos

O agravamento da crise internacional poderá levar ao adiamento da construção de novas fábricas de celulose no Brasil. Até o início do ano, a previsão era de investimentos de US$ 15 bilhões em cinco anos. (Págs. 1 e B1)


Movimentação de contêineres

Os terminais de contêineres, privatizados no fim dos anos 90, preparam-se para um novo ciclo de crescimento. Quatro deles, no Rio, Salvador e Paranaguá, têm programados investimentos de R$ 1,6 bilhão. (Págs. 1 e B1)


PwC e Datagro focam usinas

A PwC anunciou ontem uma parceria com a Datagro, maior consultoria de açúcar e etanol do país. Vão atuar juntas em projetos de redução de custos para usinas sucroalcooleiras no Brasil e no exterior. (Págs. 1 e B4)

UMC cresce em São Paulo

A Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) vai investir R$ 45 milhões na construção de seu segundo campus na capital paulista, onde planeja acrescentar mais 10 mil alunos em cinco anos. (Págs. 1 e B5)


TAM revisa plano de expansão

A previsão de desaceleração no ritmo de crescimento do transporte aéreo de passageiros em 2012 levou a TAM a reduzir seu plano de expansão da frota no próximo ano e desistir da incorporação de quatro aeronaves. (Págs. 1 e B6)


Ferrous constrói terminal

A Ferrous Resources do Brasil, mineradora com sede em Belo Horizonte, vai investir US$ 30 milhões na construção de um terminal ferroviário junto a sua mina de Viga, em Congonhas (MG) e da malha da MRS. A obra deve estar pronta em novembro. (Págs. 1 e B12)


Crédito para evitar apagões

Com o quarto pior índice de satisfação do consumidor entre as empresas das 12 cidades-sede da Copa, a Companhia Energética de Brasília (CEB) acertou empréstimo de R$ 800 milhões com o BNDES para quitar parte de suas dívidas e investimentos. (Págs. 1 e B12)


Minas reafirma vocação leiteira

A maior fábrica de leite em pó da mineira Itambé, em Uberlândia, vai receber até janeiro uma linha de processamento de leite UHT. Nos últimos dois anos, o setor investiu mais de R$ 1 bilhão em Minas, maior produtor de leite do país. (Págs. 1 e B16)

Ideias

Vladimir K. Teles

A carga tributária é a arqui-inimiga da economia brasileira e a baixa competição no mercado de crédito piora esse cenário. (Págs. 1 e A10)


Ideias

José Luís Fiori

É preciso ser ingênuo ou mal-informado para acreditar que a guerra na Líbia foi feita por direitos humanos e democracia. (Págs. 1 e A11)

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terça-feira, agosto 30, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] O RISO DOS RATOS...

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GOVERNO DILMA/BASE ALIADA [In:] UMA ''SIMPLES LEMBRANÇA''...

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Apagão de dados também na Educação

Nota baixa em planejamento


Autor(es): agência o globo:
Alessandra Duarte Carolina Benevides
O Globo - 30/08/2011

Falta de dados sobre uso de verba para educação dificulta ações como construção de creches


Do dinheiro que vai para creches e transporte escolar ao déficit de professores, a falta de informação do poder público no Brasil - tema de uma série que O GLOBO publica desde domingo - atinge também a educação. O país não sabe quantos professores faltam em quais regiões e para quais disciplinas. E um dos principais fundos de recurso federal para o setor, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) - que só em 2010 movimentou R$2 bilhões, repassados a prefeituras para ações como aquisição de ônibus escolares e creches -, até hoje não foi incluído no Portal dos Convênios (Siconv), sistema que justamente centraliza os dados de controle de repasses federais via convênios. No caso das creches, do programa Proinfância, de 2007, só um terço delas ficou pronto até hoje.

A ampliação do número de creches, uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff, demora a avançar por conta do acompanhamento deficiente do Proinfância. Um balanço do Ministério da Educação (MEC) de julho deste ano mostra que apenas 328 creches foram concluídas - um terço dos 1.021 convênios para creches realizados em 2007 e 2008. Se forem consideradas as creches conveniadas até 2010 - 2.349 -, o total de concluídas não passa de um quinto.

Só até junho de 2008, já tinham sido pagos cerca de R$76 milhões pelo FNDE para as prefeituras. Apenas em julho deste ano, o governo federal repassou outros R$82,5 milhões, a 266 municípios no país. E há a promessa de mais dinheiro: em março, Dilma prometeu em evento com prefeitos a liberação de R$800 milhões para a construção de novas creches.

- Temos grande déficit de vagas. O Censo 2009 mostrou que o Brasil tinha 12,4 milhões de crianças de 0 a 3 anos. Dessas, só 1,2 milhão estava matriculada em creche - diz Denise Cesário, gerente-executiva de Programas e Projetos da Fundação Abrinq. - Se o país tem esse programa, e entende que temos que garantir educação básica de qualidade, é absolutamente necessário que haja controle e fiscalização.

Para órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU), o acompanhamento dos repasses para as prefeituras poderia ter mais informação e regularidade caso o FNDE já fizesse parte do Siconv. Hoje, o controle é por um sistema do próprio ministério, o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Outra lacuna no controle de verba federal para educação está no fato de que a verba de outro fundo, o Fundeb, vai para as prefeituras segundo o número de alunos de cada cidade - e aí a prefeitura poderia "aumentar" esse número para receber mais verba.

O MEC diz que 1.215 obras de creches estão em execução atualmente. Outras 87 estão paralisadas, por motivos como "a construtora abandona a obra" ou "a prefeitura demora a solicitar aditamento (recursos adicionais) de convênio". Ainda segundo o MEC, o acompanhamento é feito também por vistorias: "da prefeitura, a cada 60 dias, e até três vistorias pelo FNDE". Segundo o MEC, "o FNDE e o Ministério do Planejamento/Serpro estão tomando todas as medidas necessárias para a efetiva integração (do FNDE) ao Siconv. Entretanto, até o momento não foi concluída por fatores técnicos".

Há casos de dinheiro repassado ao município sem que a creche tenha sido construída. Em 1º de julho de 2008, o governo depositou R$700 mil na conta da prefeitura de Belford Roxo, Baixada Fluminense, mas a unidade no Jardim Silvânia não existe. Em Nova Iguaçu, outro município da Baixada que até agora não teve a creche concluída, a população sofre com a falta do serviço. Maria Leandro da Silva, moradora do bairro Vila de Cava, não consegue vaga para a neta Ana Caroline, de 2 anos:

- Aqui na região só tem uma creche. Você pode colocar o nome da criança e esperar.

Santa Cruz e Vargem Pequena, Zona Oeste do Rio, também são locais para os quais o Proinfância destinou verba. Em Vargem Pequena, onde deveria estar a creche há um terreno vazio.

- Aqui a gente tem duas creches municipais, mas que não dão conta da quantidade de criança. Você pode levar um ano para conseguir vaga lá. Vai da sorte da criança - conta a moradora Geni de Moraes.

A Secretaria municipal de Educação do Rio diz que, apesar de o convênio com o governo federal ter sido assinado em dezembro de 2009, "os recursos do programa só foram liberados para o município em 15 de março de 2011". A secretaria informou também que, por conta disso, teve de ser feita uma renegociação do convênio, para adequá-lo "à construção das creches no padrão próprio da prefeitura, inclusive com troca de alguns bairros atendidos, uma vez que aqueles inicialmente identificados já foram utilizados ou já têm projeto para a área".

Mas os problemas não se limitam ao Estado do Rio. Às vezes, em vez de um terreno baldio, o local previsto para a creche do Proinfância vira uma invasão - em vias até de ser regularizada pela prefeitura. Foi o que ocorreu em Paraíso do Tocantins (TO), afirma o TCU: no acórdão 3.346/2011, o tribunal relata que "no final de 2008, iniciara uma invasão nas proximidades da área pública onde iniciaria a construção da creche, sendo que a municipalidade, na gestão do anterior prefeito, tentou conter a todo custo a invasão (...). Porém, o atual gestor, com promessas de campanha, se comprometeu a "regularizar a invasão, doando lotes para os invasores da área pública"".

O déficit de professores nos ensinos fundamental e médio é apontado por especialistas como obstáculo central para o desenvolvimento de educação de qualidade. O problema poderia começar a ser resolvido se o governo soubesse, ao menos, de quanto é exatamente esse déficit. O que há são estimativas, inclusive sobre em quais disciplinas faltam mais docentes - matemática, física e química. Entidades do setor, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, também não sabem o total do déficit.

- Estudo para dar uma aula razoável de física. Preferia ser professor só de matemática, porque a minha melhor aula de física não chega perto da pior de matemática. Mas a escola não tinha professor, então assumi duas turmas - conta Vladimir Lisboa, professor da escola estadual General Ladário, em Belford Roxo, que desde 2007 se reveza nas duas disciplinas.


GOVERNO DILMA/BASE ALIADA [In:] UMA ALFINETADA NA ''BOLHA''

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EMPRESAS JÁ NOTAM SINAIS DE DESACELERAÇÃO

LUCRO DE COMPANHIAS CRESCE 49% EM 2010


Valor Econômico - 30/08/2011

Os primeiros sinais de desaquecimento da economia, como resultado da crise internacional, começam a ser percebidos pelas empresas de diversos setores, de forma mais marcante entre os grandes exportadores. Além da preocupação com a redução da demanda, é generalizada a apreensão quanto à intensidade e à duração da crise em si - e, portanto, com os danos que ela poderá causar à economia brasileira. Esse cenário pôde ser constatado em conversas com executivos que comandam as melhores entre as maiores empresas do país - premiadas ontem na solenidade do anuário "Valor 1000".

"Nos últimos meses, a desaceleração é evidente na indústria de embalagens", informou Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. Ele lembra que o setor é um indicador importante do nível de atividade industrial. Para o executivo, os efeitos da crise sobre o Brasil vão depender se a correção dos problemas na Europa irá ocorrer de forma organizada ou não.

Sete empresas do setor de construção e engenharia estão entre as 20 companhias que registraram o maior crescimento da receita líquida em 2010, resultado do grande volume de investimentos em infraestrutura e na expansão do mercado imobiliário. O número de companhias do setor de construção e engenharia subiu de 62 para 88 no ranking das cem maiores empresas do país, publicado pelo anuário "Valor 1000", que circula a partir de hoje, para assinantes do Valor e venda em bancas. Para sustentar esse crescimento, as empresas do setor de construção e engenharia aumentaram em 33% seu nível de endividamento, ficando atrás apenas do setor de comércio varejista (37,8%), que registrou a maior expansão.

O lucro operacional das mil maiores empresas que atuam no Brasil cresceu 49,1%, em 2010, compensando com folga a variação negativa de 21,6% registrada em 2009. O indicador mede o grau de eficiência das companhias em sua atividade fim. As empresas campeãs em 25 setores de atividade analisados pelo "Valor 1000" registraram aumento de 27,7% no lucro líquido, superando as demais companhias do ranking, cujo lucro subiu 20,3% na média total.

As empresas mais eficientes foram premiadas ontem, em São Paulo, durante evento que teve o ministro da Fazenda, Guido Mantega como principal orador. Ele entregou o prêmio Empresa de Valor 2011 à Totvs, por ter se destacado no conjunto das melhores em cada setor.

A expansão do lucro das mil maiores empresas superou o crescimento de 18,8% na receita líquida de 2010. De R$ 158 bilhões em 2009, os ganhos subiram para R$ 190 bilhões no ano passado. A receita líquida somada das empresas no ranking Valor 1000 passou de R$ 1,7 trilhão para R$ 2,06 trilhões.

"A rentabilidade em 2010 só não foi maior, porque aumentou o nível de endividamento das companhias, que precisaram investir para fazer frente à demanda aquecida do mercado interno", explica Marcio Torres, responsável pela área de crédito e de avaliação de risco de grandes empresas da Serasa Experian.

O cenário econômico favorável de 2010 fez com que as empresas da região Sudeste aumentassem de 75,3% para 79,6% sua participação no total da receita líquida das mil maiores companhias que atuam no país. A região Sudeste concentra 65,4% das mil maiores empresas do ranking de Valor 1000. As companhias localizadas em São Paulo registraram faturamento líquido de R$ 938,3 bilhões, representando 57,3% da receita da região Sudeste e 45,59% da receita do ranking.

As mudanças nos hábitos de consumo provocadas pelo aumento da renda beneficiaram as empresas de alimentos da região. Apesar do forte crescimento da produção e das vendas de automóveis, o setor de veículos e peças teve sua fatia reduzida de 15,25% para 10,1%.

No ranking das 50 maiores empresas da região Nordeste, o número de representantes do comércio varejista subiu de cinco para dez. As empresas do varejo na região registraram receita líquida de R$ 11,5 bilhões. Esse crescimento é resultado do impacto da entrada da classe C no mercado, beneficiando também o setor de serviços - cuidados pessoais, higiene e beleza - além da construção civil.

Para a maioria das empresas campeãs de Valor 1000, o momento é de cautela, mas não de paralisia. "Numa hora como essa, acompanhamos mais de perto o desempenho das vendas, o controle de estoques e avaliamos com mais rigor os investimentos. Mas não mudamos os planos de abrir 33 lojas em 2011", diz o diretor-presidente da Lojas Renner, José Galló.

A principal medida de gestão apontada pelas empresas para enfrentar o quadro ainda agudo de crise é melhorar o perfil de endividamento. A JBS, depois de registrar prejuízo de R$ 180,8 milhões no primeiro trimestre de 2011, vai cortar pela metade os investimentos previstos para 2012 e reduzir o grau de alavancagem. Para evitar riscos com a variação cambial, a Diagnósticos da América (Dasa) transformou em reais a dívida líquida de US$ 250 milhões, reduzindo o prazo de vencimento de 2018 para 2016. "Nossa receita não é em moeda estrangeira", explica Marcelo Barboza, presidente da empresa.

A décima-primeira edição de Valor 1000 traz como principal inovação a análise dos balanços consolidados das empresas. Ao todo, do ranking das 1.000 maiores, 402 companhias estão classificadas de acordo com esse critério. A nova forma de análise dos balanços é coerente com a mudança em curso da legislação contábil brasileira, cujo objetivo é alcançar a convergência com o padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), adotado pela Comunidade Europeia e um conjunto importante de países, entre eles Japão, China e Índia.

"No caso das empresas de capital aberto, o balanço consolidado reflete de forma mais clara as demonstrações financeiras e a adesão ao padrão internacional", diz William Volpato, coordenador do Valor Data. Para as companhias de capital fechado, a análise do balanço consolidado permite acompanhar passo a passo o estágio de aderência às novas normas.

Essa transição começa a ser acompanhada pelo leitor, a partir de agora e torna realístico o cotejo entre o universo empresarial brasileiro e o internacional. "Numa economia globalizada, que ganha complexidade e dinamismo a cada dia e, volta e meia, é surpreendida por crises, o acesso a balanços mais transparentes e informativos é cada vez mais decisivo para todos os agentes do mercado", afirma Amador Rodriguez, diretor de captação de dados da Serasa Experian.

O anuário "Valor 1000" também traz um panorama completo do setor financeiro, com a classificação dos cem maiores bancos. Os números mostram que as instituições financeiras souberam aproveitar o crescimento do crédito para conseguir ganhos substanciais. A alteração mais destacada no quadro classificatório é o salto do BTG Pactual da 11ª para a 8ª posição. A instituição incorporou, no ano passado, a sua controladora, a BTG Pactual Investimentos, e finalizou a aquisição da Coomex, a maior comercializadora de energia do país.


GOVERNO DILMA/BASE ALIADA [In:] ÁLCOOL - GASOLINA = POLUIÇÃO ''DESACELARADA''

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Governo reduz de 25% para 20% mistura de álcool na gasolina

Mistura de álcool na gasolina cairá para 20%


utor(es): Karla Mendes
O Estado de S. Paulo - 30/08/2011

Medida anunciada pelo ministro Edison Lobão entrará em vigor a partir de 1º de outubro e será mantida por tempo ""indeterminado""


O governo vai reduzir de 25% para 20% a proporção da mistura de álcool anidro na gasolina a partir de 1.º de outubro. O anúncio foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. "Nós temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e olhando para o próximo ano também porque verificamos que a safra do próximo ano não será muito melhor do que a atual. Então temos que tomar providência desde logo", justificou Lobão.

O novo porcentual da mistura de álcool na gasolina valerá por tempo "indeterminado", segundo o ministro. "Depois calibraremos, verificando a resolução, no momento em que acharmos que há segurança para suspendermos", afirmou.

Além dessa medida de "segurança" contra desabastecimento do mercado e para inibir preços abusivos, Lobão ressaltou que medidas complementares já anunciadas, como o financiamento da estocagem, também serão adotadas.

Segundo o ministro, os parâmetros das linhas de financiamento com "favorecimento" aos produtores estão em fase de considerações finais do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão, segundo Lobão, é de que as medidas sejam anunciadas nos próximos dias. O ministro da Fazenda também participou da reunião, além dos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Na semana passada, o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, disse que o Brasil deve ter dificuldades na produção de álcool nos próximos dois anos. "Nós vamos viver nos próximos dois anos dificuldades na produção do álcool no Brasil", afirmou o executivo, em audiência pública no Senado.

Gabrielli observou, no entanto, que não se trata de um problema de estoque, e sim de produção de cana-de-açúcar, tendo em vista um "movimento particular" no setor, pois os investimentos do setor privado não cresceram, a safra do Brasil de 2009 foi ruim e houve ainda quebra de safra na Índia, que é um dos maiores exportadores de açúcar do mundo.

MP. O etanol entrou no radar do governo em abril, quando foi editada a Medida Provisória 532, que alterou a margem de álcool na gasolina para 18% a 25%. O patamar anterior variava entre 20% e 25%.

Na prática, a medida prevê que, no caso de os preços aumentarem acima do esperado - como ocorreu no início do ano - o governo lance mão da estratégia de reduzir a mistura e aumentar a oferta de etanol no mercado.

A MP também autoriza que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passe a regular o setor, agindo diretamente na fiscalização das usinas. O objetivo é evitar o risco de faltar o combustível e conter a alta constante do produto durante a entressafra.

Isso porque a medida dá ao etanol o status de "produto estratégico" para o governo.

GOVERNO DILMA/BASE ALIADA [In:] POUPAR É PRECISO...

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DILMA QUER ECONOMIZAR MAIS R$ 10 BI

GOVERNO QUER POUPAR PARA CORTAR JURO


utor(es): Lu Aiko Otta/BRASÍLIA
O Estado de S. Paulo - 30/08/2011

Promessa de economia adicional de R$ 10 bi leva investidores do mercado financeiro a elevarem aposta em redução da Selic pelo BC


Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que define a taxa de juros básica do País, o governo anunciou ontem que vai economizar R$ 10 bilhões acima do previsto, elevando a meta de resultado das contas públicas deste ano para R$ 127,9 bilhões. O esforço será concentrado na União, que perseguirá um saldo positivo de R$ 91,8 bilhões, em vez dos R$ 81,8 bilhões fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A medida abre espaço para cortar os juros, segundo informou a presidente Dilma Rousseff em reuniões separadas com sindicalistas e com o Conselho Político, logo pela manhã. Se a redução virá já, porém, é outra história.

Ao poupar mais, o governo, que é um grande comprador, diminui a pressão sobre os preços dos produtos, facilitando o combate à inflação. Com preços mais baixos, o Banco Central pode reduzir os juros.

No início do dia, quando não havia detalhes sobre a medida, o mercado financeiro chegou a trabalhar com uma chance de 68% de corte da taxa de juros Selic já na reunião que começa hoje e termina amanhã. Porém, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esclareceu que a redução virá "quando o Banco Central entender que é possível", as apostas recuaram para 50%. Ainda assim, estavam acima dos 40% registrados na sexta-feira.

O objetivo do governo é evitar que a atividade econômica do Brasil caia drasticamente, na esteira do que vem ocorrendo na Europa, EUA e Japão. "Se vier uma situação pior para a economia brasileira, o Banco Central estará em condições de reagir com políticas monetárias mais expansionistas", disse o ministro. "Queremos que se faça mais política monetária e menos política fiscal." Ou seja: diferentemente do que foi feito em 2008 e 2009, a ordem agora é ativar a economia via corte de juros, e não pela redução nos impostos e aumento do gasto público.

Mais suave. A expectativa é que, com isso, a taxa de crescimento do PIB fique entre 4% e 4,5% em 2011. "Queremos que dessa vez seja mais suave do que em 2008 e 2009", disse Mantega. Foi uma afirmação na linha adotada por Dilma na reunião com os sindicalistas. "Vocês não vão ver nenhuma política tradicional de combate à recessão", garantiu ela, ao reafirmar compromisso com o reajuste do salário mínimo em 2012, que será da ordem de 13%.

A julgar pelos dados das contas públicas até julho, a medida anunciada ontem pelo governo não exigirá nenhum sacrifício. Isso porque a arrecadação vem tendo um desempenho muito acima do esperado este ano.

Só em junho e julho, ingressaram no caixa R$ 9 bilhões apenas com o recolhimento de atrasados após o início de operação do Refis da Crise. Graças à arrecadação forte, o setor público já alcançou, em sete meses, perto de 80% da meta para o ano./


''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

30 de agosto de 2011

O Globo


Manchete: Estado investiu o mínimo no bonde que matou cinco

Secretário diz estranhar que motorneiro não tenha levado veículo para oficina

Dados do Sistema de Acompanhamento Financeiro (Siafem) mostram que, entre 2007 e 2010, o Estado do Rio empenhou apenas 7% dos gastos previstos na "revitalização, modernização e integração" dos bondinhos de Santa Teresa. O governo também deixou de aplicar 14% dos recursos destinados à "manutenção das atividades operacionais e administrativas" da empresa Central, vinculada à Secretaria estadual de Transportes. Questionada, a secretaria não informou quanto aplicou em manutenção no período. O secretário Júlio Lopes disse estranhar que o motorneiro Nelson Correa não tenha levado o bonde para a oficina, após uma pequena colisão horas antes da tragédia que matou 5 e feriu 57 pessoas. O governador Sérgio Cabral passou o dia no Espírito Santo e não comentou o acidente. (Págs. 1 e 14 a 16)


Na Serra, mais dispensas de licitação

Dois decretos publicados ontem prorrogam por mais 90 dias o estado de calamidade pública nos sete municípios da Região Serrana castigados pelas fortes chuvas de 12 de janeiro. Na prática, as prefeituras e o próprio estado ficam autorizados a contratar empresas para a reconstrução das cidades sem licitação até 26 de novembro. (Págs. 1 e 21)


Na Saúde, ranking da inoperância

Um levantamento da Câmara do Rio revela o tempo em que cada tomógrafo ficou fora do ar nas quatro principais emergências de hospitais do Rio nos últimos oito meses - Souza Aguiar (82 dias), Salgado Filho (74 dias), Lourenço Jorge (62 dias) e Miguel Couto (47). (Págs. 1 e 19)


Na lei Seca, um é exonerado

O estado exonerou ontem o subsecretário de Governo da Região Metropolitana, Alexandre Felipe Mendes, que atropelou quatro pessoas, matando uma. Foi demitida também servidora que autorizou o uso de reboque da Operação Lei Seca para retirar o carro do atropelador. (Págs. 1 e 17)


Contra crise, governo vai poupar mais R$ 10 bi

O governo economizará mais R$ 10 bi este ano. O aumento do superávit ajuda a enfrentar o agravamento da crise mundial, economizando receitas extras que têm entrado no caixa. Isso permitiria baixar juros e elevar investimentos, mantendo o crescimento econômico. (Págs. 1, 23, Miriam Leitão e editorial "Medidas corretas")


Apagão de dados também na Educação

O Brasil não sabe quantos professores faltam em cada região e para quais disciplinas. Também não há controle sobre o uso dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. (Págs. 1 e 3)


Araguaia: encontrada nova ossada

O grupo que procura corpos de guerrilheiros do Araguaia achou este mês nova ossada, que está sob análise de peritos. Na área foram encontrados, há alguns anos, restos mortais de outros dois combatentes. (Págs. 1 e 5)


Mulher e filhos de Kadafi fugiram para a Argélia

Em mais um sinal da derrocada do regime do ditador líbio, Muamar Kadafi, sua mulher e três de seus filhos fugiram ontem para a vizinha Argélia, onde entraram pelo deserto. O Conselho Nacional de Transição reagiu e exige que os parentes de Kadafi sejam enviados de volta à Líbia, mas o governo argelino é próximo ao ditador, tornando improvável o repatriamento. Um dos fugitivos é Mohammed, filho de Kadafi que comandava as Forças Armadas. Próximo a Sirta, Deborah Berlinck relata os preparos para o ataque à cidade do ditador. (Págs. 1, 31 e 32)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Dilma quer usar 'extra' de R$ l0 bi para pagar juros

Planalto acha que medida abrirá caminho para reduzir custo do dinheiro

O governo decidiu aproveitar arrecadação extra de R$ 10 bilhões prevista para 2011 e pagar parcela maior dos juros da dívida pública. Gastos programados serão mantidos, disse o ministro Guido Mantega; a ideia é segurar novas despesas.

Na avaliação do Planalto, a medida deixará o país mais preparado para a possibilidade de uma nova recessão nos EUA e na Europa e abrira espaço para que o Banco Central possa diminuir a taxa básica de juros da economia, hoje de 12,5%. (Págs. 1 e Poder A4)

Análise

Faltou explicar como garantir a meta em 2012, com pressões por gastos maiores, avalia Valdo Cruz. (Págs. 1 e A8)

Familiares de Gaddafi fogem da Líbia, onde luta continua

A mulher e três dos oito filhos do ditador líbio, Muammar Gaddafi , fugiram para a Argélia. A informação foi dada pelo governo argelino, um dos únicos na região a ainda apoiar o ditador.

O comunicado não fala sobre o paradeiro de Gaddafi. A Casa Branca disse acreditar que ele ainda esteja na Líbia. Em Sirte, o combate continua, e os rebeldes esperam ajuda de Trípoli para tomar a cidade. (Págs. 1 e Mundo A12)

Foto legenda: Minha História: Diplomacia do fuzil

Diplomata especialista em América Latina, Sala Jomaa desertou, aprendeu a usar armas e luta 'com razão e coração' contra Gaddafi. (Págs. 1 e Mundo A13)

Justiça cumpre 16% das decisões de 1ª instância

De cada 100 decisões da Justiça de primeira instância ou juizados especiais em 2010, só 16 foram executadas. O restante engrossou a fila de processos que levam mais de um ano para serem resolvidos, diz o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Em 2009, menos de 14% das decisões eram cumpridas. O maior problema está na cobrança de dívidas. (Págs. 1 e Poder A10)

Parentes de Lu Alckmin estão sob investigação

Uma empresa de familiares de Lu Alckmin, mulher do governador Geraldo Alckmin (PSDB), é suspeita de ter fraudado documentos para recolher R$ 4 milhões a menos a Prefeitura de SP.

Alckmin não falou. Os donos da empresa não foram localizados. (Págs. 1 e Poder A11)


Plano de saúde pagará ao SUS por tratamento caro

A Agência Nacional de Saúde Suplementar vai passar a cobrar dos planos de saúde procedimentos de alta complexidade (como quimioterapia) que seus usuários façam no SUS. Hoje, apenas a internação é passível de ressarcimento pelos planos. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Editoriais

Leia "Um pequeno passo", sobre a decisão do governo de aumentar a meta de superávit, e "Corregedoria ameaçada", acerca de projeto na Assembleia. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Dilma quer economizar mais R$ 10 bi

Meta para contas públicas deste ano sobe para R$ 127,9 bilhões, e cresce a expectativa do mercado sobre redução de juros agora

O governo anunciou que economizará R$ 10 bilhões acima do previsto, elevando a meta das contas públicas do ano para R$ 127,9 bilhões. A medida permite cortar os juros, disse a presidente Dilma Rousseff a sindicalistas e a seu Conselho Político, mas Guido Mantega (Fazenda) afirmou que isso acontecerá "quando o Banco Central entender que é possível". O Comitê de Política Monetária do BC fará reunião sobre juros hoje e amanhã. A expectativa do mercado sobre queda da taxa neste momento cresceu. O esforço anunciado será concentrado na União, que quer saldo positivo de R$ 91,8 bilhões, em vez dos R$ 81,8 bilhões fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias. (Págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)

Análise: Celso Ming

Equilíbrio é tudo. (Págs. 1 e B2)

Presidente cobra contenção

Dilma pediu a seu Conselho Político que barre, no Congresso, propostas que elevem despesas. (Págs. 1 e Nacional A4)

Mulher e três filhos de Kadafi fogem para a Argélia

A Argélia informou ontem que a segunda mulher do ditador líbio, Muamar Kadafi, e três de seus filhos, além de outros familiares, estão em Argel. Segundo um diplomata argelino, Kadafi não estava entre eles e não há ordem de captura do tribunal internacional contra nenhum integrante do grupo. Mas os rebeldes disseram que pediriam à Argélia a extradição dos parentes de Kadafi para que sejam "julgados pelos tribunais líbios". Uma das mulheres deu à luz no caminho, disse o diplomata argelino, mas mãe e filho passam bem. (Págs. 1 e Internacional A13)

Foto legenda: Floresta apodrecida

Em Iaras (SP), madeira avaliada em R$ 10 milhões apodrece em lotes de assentados. A venda deveria ser feita por leilão, o que não ocorreu. (Págs. 1 e Nacional A10)

SP embarga 21 prédios por fraude

A Prefeitura de São Paulo embargou a construção de mais 21 prédios que estariam envolvidos em esquema de fraude no pagamento de taxa. Há edifícios de alto padrão. (Págs. 1 e Cidades C1)


Metade dos adolescentes de 13 a 15 anos já comprou cigarro

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer revelam que metade dos adolescentes entre 13 e 15 anos já comprou cigarro, embora a venda para menores seja proibida. Em algumas capitais, o índice ficou muito acima da média: 96,7% em Maceió, 89,9% em Fortaleza e 88,9% em Salvador. (Págs. 1 e Vida A16)

Mistura de álcool na gasolina cairá para 20% (Págs. 1 e Economia B6)


Jornais crescem e buscam receitas digitais (Págs. 1 e Economia B14)


Governo do Rio culpa condutor do bonde

Segundo o secretário de Transportes, Júlio Lopes, o motorneiro, com 35 anos de experiência e um dos cinco mortos no acidente, usava veículo que precisava de reparos. (Págs. 1 e Cidades C5)


Alexandre Padilha e Roberto Tykanori

Crack: solução é acolher

Qualquer proposta que se paute em apenas uma forma de ação ou um tipo de serviço está fadada ao fracasso. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)


Dora Kramer

Ilegal legitimado

O instituto da medida provisória se transformou em instrumento de abuso do Executivo e no maior sinal da subserviência do Legislativo.(Págs. 1 e Nacional A8)


Notas & Informações

Bons modos no orçamento

O compromisso do governo com um pouco mais de controle orçamentário é bem-vindo. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Fazenda faz pressão para BC baixar juros

O ministro Guido Mantega voltou à ofensiva na queda de braço que trava com o Banco Central (BC) pela redução da Selic, a taxa básica de juros da economia, hoje em 12,5% ao ano. Ele, que vive sendo cobrado pelo BC para cortar gastos, anunciou ontem que o governo vai apertar o cinto, sim: fará uma economia de R$ 10 bilhões ainda este ano e usará o dinheiro para pagar os juros da dívida do país, que em 2011 vai aumentar de R$ 117,8 bilhões para R$ 127,8 bilhões. A medida abre espaço para que o BC comece a reduzir a taxa de juros, a mais alta do mundo, já na reunião de amanhã do Comitê de Política Monetária. Combinados, o corte na Selic e o freio na gastança pública poderão deixar o Brasil menos vulnerável que em 2008 ao agravamento da crise internacional. Naquele ano, para evitar o pior, o governo se viu obrigado a injetar uma montanha de dinheiro na economia como forma de estimular o crédito, a produção e o consumo. (Págs. 1, 10 a 13 e Visão do Correio, 16)

Foto legenda: Capital da inflação

Os supermercados de Brasília são uma armadilha para o bolso. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostra que os estabelecimentos têm os preços mais altos do país, em uma lista com 104 produtos líderes de venda. Ana Rita Strauss protesta: "Muita gente ganha três ou quatro salários mínimos e tem família para sustentar. Não dá para comprar tudo com esses preços". (Págs. 1 e 23)

Eleições 2012: PSD tem o registro contestado na Justiça

Quatro ações apresentadas ao TSE questionam o registro do Partido Social Democrático, comandado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O DEM e o PTB estão entre os autores dos protestos no tribunal. Há denúncias de fraudes na assinatura de eleitores e de uso da máquina pública da capital paulista. (Págs. 1 e 5)



Negócios suspeitos: Amizade no gabinete da mulher de Negromonte

A prefeita de Glória (BA), Ena Vilma, casada com o ministro das Cidades, tem como secretária particular a irmã do dono da Jair Serviços e Construções, empresa desconhecida na região e que já venceu licitações no município. Segundo o Correio apurou, no endereço onde deveria funcionar a empresa vive uma família de classe média. (Págs. 1 e 2)

Concurso: TCU abre 70 vagas

A seleção é para o cargo de auditor, com salário inicial de R$ 11.256,83. As provas serão em 29 de outubro. (Págs. 1 e 13)

Gasolina: Menos álcool na mistura

Para garantir o abastecimento de etanol e evitar a alta de preço, o governo vai reduzir a adição de 25% para 20%. (Págs. 1 e 15)

Tabagismo: Cigarro perde espaço no DF

A cidade é a segunda menor no país em consumo de tabaco e o número de ex-fumantes supera a média nacional. (Págs. 1 e 8)

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Valor Econômico


Manchete: Empresas já notam sinais de desaceleração

Os primeiros sinais de desaquecimento da economia, como resultado da crise internacional, começam a ser percebidos pelas empresas de diversos setores, de forma mais marcante entre os grandes exportadores. Além da preocupação com a redução da demanda, é generalizada a apreensão quanto à intensidade e à duração da crise em si - e, portanto, com os danos que ela poderá causar à economia brasileira. Esse cenário pôde ser constatado em conversas com executivos que comandam as melhores entre as maiores empresas do país - premiadas ontem na solenidade do anuário "Valor 1000".

"Nos últimos meses, a desaceleração é evidente na indústria de embalagens", informou Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. Ele lembra que o setor é um indicador importante do nível de atividade industrial. Para o executivo, os efeitos da crise sobre o Brasil vão depender se a correção dos problemas na Europa irá ocorrer de forma organizada ou não. (Págs. 1, A4 e A5)

Setor químico vai investir US$ 25 bilhões

As indústrias químicas e petroquímicas vão, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015, como parte dos planos de expansão da cadeia para atender a demanda crescente no mercado interno. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento - boa parte do restante, de US$ 16,1 bilhões, já foi aprovado e deverá ser aplicado nos próximos meses. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Química, em um universo de mais de 50 empresas. Os investimentos, porém, ainda não serão suficientes para reverter o déficit do setor, segundo empresários e especialistas ouvidos pelo Valor. (Págs. 1 e B10)

Aperto fiscal antes do corte de juros

O governo aumentou o superávit primário deste ano em R$ 10 bilhões, elevando o saldo consolidado do setor público para R$ 127,89 bilhões. Com isso, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, haverá um reforço da meta fiscal em cerca de 0,25% do PIB, decorrente do excesso de receita.

A decisão partiu da convicção da presidente Dilma Rousseff de que "se a política fiscal permitir, os juros vão cair". A determinação da presidente reforça a opção pela mudança no perfil da política econômica para o enfrentamento da crise externa, que passa a ter como principal objetivo criar as condições para a redução dos juros. O esforço fiscal passa a ser pré-condição para o corte da taxa Selic. (Págs. 1 e A3)

Mercado só vê receita adicional congelada, mas aprova

Apesar de ressalvas como a de que não houve corte efetivo de despesas, mas um congelamento dos recursos adicionais arrecadados, o mercado financeiro aprovou o aumento da meta de superávit fiscal. A reação mais evidente foi o impulso dado à Bolsa de Valores, que fechou em alta de 2,83%, diante da percepção de que a medida contribui para a redução dos juros.

Para especialistas, o detalhamento das contas governamentais mostra que, embora o grande impacto esteja vindo do aumento grandioso das receitas, o esforço fiscal da União neste ano também se sustenta em moderação das despesas, especificamente dos investimentos. De janeiro a julho, os investimentos federais totalizaram R$ 24,5 bilhões, 2,4% menos que no mesmo período do ano passado. As despesas correntes (como aposentadorias, gastos com pessoal e custeio da máquina) avançam em ritmo mais fraco que em 2010, mas ainda aumentam em velocidade superior a dois dígitos. (Págs. 1, A16 e D2)

Renault estuda ampliação da fábrica no PR

A Renault negocia com o governo do Paraná investimentos em dois projetos, a expansão da fábrica localizada em São José dos Pinhais e a ampliação da área de engenharia. A montadora opera em três turnos desde junho, tem o Brasil como um de seus mercados prioritários e deve encerrar o ano com a produção muito próxima de sua capacidade instalada. O valor dos investimentos poderia chegar perto de R$ 1 bilhão. O governo paranaense está disposto a oferecer a extensão dos incentivos fiscais já concedidos à fábrica para os novos projetos, como disse o secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, antes de reunião, em Paris, entre o governador Beto Richa (PSDB), o presidente-executivo do grupo Renault, Carlos Tavares, e o presidente da subsidiária brasileira, Jean-Michel Jalinier. (Págs. 1 e B)

CCR reunirá ativos aeroportuários de construtoras e mira leilões no Brasil (Págs. 1 e B8)


Condor reavalia estratégias

Depois de uma aquisição no setor de higiene em 2004 e do investimento, em 2008, em uma nova fábrica de creme, gel e anti-séptica bucal em Suape (PE), a Condor revê a estratégia, paralisa a produção e busca vender a unidade. (Págs. 1 e B4)


BR amplia investimentos

A Petrobras Distribuidora (BR) vai investir R$ 2,2 bilhões até 2015, mais que o dobro do valor destinado ao plano de negócios anterior, do período 2010/14. Os aportes incluem oito novas bases de tancagem. (Págs. 1 e B9)

Exportação de açúcar diminui

As exportações brasileiras de açúcar neste mês vão ficar muito abaixo dos volumes de agosto de 2010. A expectativa de uma grande safra mundial 2011/12, que começa em setembro, levou ao adiamento das compras, à espera de preços menores. (Págs. 1 e B14)


Barreiras à carne nos EUA

Produtores e entidades de consumidores dos EUA preparam uma dura campanha para evitar que o país abra seu mercado à carne bovina brasileira. A alegação de riscos sanitários esconde o temor da concorrência do maior exportador mundial. (Págs. 1 e B14)


Insatisfação bancária

Pesquisa com milhares de clientes de bancos no Brasil, EUA, Reino Unido, Canadá e China mostra que os brasileiros têm o menor índice de satisfação com os serviços e o atendimento oferecidos. (Págs. 1 e Cl3)


Fundos imobiliários disparam

O boom da construção civil e o interesse dos investidores por aplicações em imóveis fizeram mais do que dobrar as ofertas de fundos imobiliários neste ano. Até agosto, foram registradas 25 ofertas na CVM, que somaram R$ 4,6 bilhões. (Págs. 1, D1 e D2)


Demanda já abarrota Juizados

Criados há dez anos para agilizar o acesso à Justiça, os Juizados Especiais Federais também já estão sobrecarregados. Só no ano passado receberam 1,3 milhão de processos, que agora também se arrastam por anos. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Delfim Netto

Após um cavalar esforço fiscal e monetário, o problema nos EUA, agora, é dar emprego a 25 milhões de pessoas. (Págs. 1 e A2)


Ideias

Ligia Paula Pires Pinto Sica

A representação de interesses legítimos perante os órgãos estatais não é só válida e licita, mas desejável. (Págs. 1 e A15)

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segunda-feira, agosto 29, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] "TÔ PODENO..." *

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(*) Bordão de personagem televisiva.
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GOVERNO LULA/LULA by JOSÉ NÊUMANNE PINTO

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“O que sei de Lula” – José Nêumanne Pinto revela o que há por trás do mito





O jornalista, comentarista de rádio e TV, escritor e poeta José Nêumanne Pinto conheceu Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 1975, pouco depois de este haver assumido a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Desde então, tem mantido contato profissional e pessoal – de início, mais estreito, depois limitado ao noticiário – com o personagem que ele considera o maior líder político do Brasil em todos os tempos.

Nos últimos meses do segundo mandato do ex-dirigente sindical e do Partido dos Trabalhadores na Presidência da República, Nêumanne resolveu escrever seu testemunho, com o qual pretende esclarecer o que fez dele o primeiro representante autêntico do homem do povo no poder mais alto. “O que sei de Lula” relata episódios inéditos, como a reunião de Lula com um emissário do Planalto no governo Figueiredo, o major Gilberto Zenkner, que tinha montado a rede de espionagem do Exército contra a guerrilha do PCdoB no Araguaia, no apartamento do jornalista Alexandre von Baumgarten, vítima de um atentado em alto mar, cuja autoria foi atribuída à chamada “comunidade de informações”. E acompanha a trajetória do menino retirante do sertão de Pernambuco à Praça dos Três Poderes à luz de fatos reais, e não da poeira mitológica com que se tentou cobrir, ao longo dos últimos 36 anos, a verdade histórica, posta a serviço da doutrinação ideológica.

O Lula que emerge das páginas deste livro não é o socialista que trocou a revolução pela carreira política de sucesso na democracia, mas sim um gênio da comunicação que conseguiu falar diretamente à alma e ao coração do homem comum, com sua experiência de convívio com a fome, a humilhação e o desemprego. Admirador declarado de Mahatma Gandhi e de Adolf Hitler, como confessou a um entrevistador à época em que liderava os metalúrgicos do ABC em greves que ajudaram a derrubar a ditadura militar no Brasil, tornou-se amigo de revolucionários como o cubano Fidel Castro e chegou a ser publicamente elogiado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, que o chamou de “o cara”.

O texto deste livro acompanha as mudanças da “metamorfose ambulante”, expressão inspirada na canção do roqueiro Raul Seixas que o próprio líder adotou para se definir, que começou se negando a participar da campanha pela anistia dos exilados, proposta pelo general Golbery do Couto e Silva, e terminou levando ao poder um dos mais notórios deles, o ex-líder estudantil José Dirceu. “Nêumanne escreve porque esteve lá, diante do evento que estava sendo gerado. É irretorquível, portanto, o caráter conservador de Lula e de sua turma. Não dá, depois das páginas deste livro, para tagarelar em ‘esquerdês’ no caso do gárrulo presidente”, escreveu o filósofo e professor de ética Roberto Romano.

O profissional de televisão José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, definiu o livro como “fascinante na forma de narrar, no conteúdo sólido e na construção precisa e detalhada do personagem. Transcende ao Lula. É uma aula de política brasileira”. Segundo o cientista social Leôncio Martins Rodrigues, “neste livro, Nêumanne nos dá uma contribuição extraordinária para entendermos as idas e vindas de quem se definiu como metamorfose ambulante.

LANÇAMENTO NO RIO:
Terça-feira, 16 de agosto, a partir das 19h
Livraria da Travessa
Rua Visconde de Pirajá, 572/ Ipanema
Tel.: (21) 3205.9002

LANÇAMENTO EM SÃO PAULO:
Terça-feira, 23 de agosto, a partir das 19h
Livraria da Vila
Rua Fradique Coutinho, 915/ Vila Madalena
Tel.: (11) 3814.5811

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http://ucho.info/o-que-sei-de-lula-jose-neumanne-pinto-decifra-o-que-ha-por-tras-do-mito

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''link''...

http://youtu.be/vkhZ81tX32M



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BANCOS [In:] A CUTUCAR O LEÃO ...


29/08/2011 - 07h31

Banco infla calote para sonegar, afirma Receita




Os bancos estão declarando inadimplência maior do que a realmente verificada em suas carteiras de crédito como forma de pagar menos impostos, segundo apuração da Receita Federal. A informação é de Lorenna Rodrigues, em reportagem da Folha desta segunda-feira (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).


Editoria de Arte/Folhapress

As autuações a instituições financeiras por terem informado calote maior do que o observado pelo fisco somam quase R$ 200 milhões até julho deste ano --o valor já supera em 20% o total de notificações de todo o ano passado.

A expectativa é que as notificações (que incluem os valores dos impostos que deixaram de ser recolhidos, multas e juros) cheguem a R$ 600 milhões neste ano.

Os bancos negam que haja irregularidades e dizem que a Receita Federal vem mudando o entendimento do que pode ou não pode ser feito na contabilidade.

O diretor da Comissão Tributária da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Carlos Pelá, afirma desconhecer as razões pelas quais a Receita Federal vem autuando os bancos no caso de perdas por causa da inadimplência dos clientes.

Ele acredita que essa deve ser uma questão pontual, que não foi discutida no âmbito da federação.

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POVO JUDEU: (Livro) by SHLOMO SAND

A invenção do povo judeu

Marcos Guterman
O Estadão.

Um livro com o título acima acaba de sair no Brasil. Obra do historiador israelense Shlomo Sand, dedica-se a mostrar que o “povo judeu” que reivindicou e obteve um pedaço de terra ancestral é uma criação do movimento sionista do século 19, sem conexão com a realidade. Em resumo, ele diz que não há um “povo” judeu, mas judeus de diferentes origens, que se converteram à religião ao longo do tempo, sem relação nem remota com a Israel antiga – cuja existência é usada como justificativa para a fundação da Israel atual, estabelecendo a ideia de “retorno” a essa raiz.

Essa teoria de Sand já foi desmentida por diversos estudos genéticos, como mostra o New York Times. Há linha direta de ancestralidade entre boa parte dos judeus atuais e os que foram expulsos pelos romanos no ano 70 da Era Cristã. Uma das soluções que Sand oferece – a de que a maioria dos judeus do leste europeu, inclusive os líderes sionistas, descende dos khazares, povo de origem turcomana – já foi descartada como improvável, o que não impede que neonazistas e outros extremistas a utilizem largamente. Mas a discussão do “DNA judaico” desvia o foco do problema mais importante do livro.

A questão central é considerar que o povo judeu foi “inventado” no século 19 pelos sionistas. Não é verdade. É possível dizer que os judeus se tornaram “povo”, no sentido político do termo, no século 15, precisamente em 1492 – o ano de sua expulsão da Espanha. A partir desse momento, e com o zeloso trabalho da Inquisição, ficou claro aos judeus que, não obstante sua assimilação, eles permaneceriam sendo considerados judeus.

Ser judeu, portanto, a partir de então deixou de ser uma opção exclusivamente religiosa e passou a ser uma condição sanguínea, irrenunciável. É isso que está no centro da grande tragédia do povo judeu, a Shoah (Holocausto). Os judeus estavam perfeitamente integrados à sociedade alemã, e muitos nem sequer se viam como judeus, mas isso foi irrelevante no momento em que o Estado nazista considerou que o judaísmo não era uma religião, mas um traço nacional. Pode-se dizer, sem medo de errar, que quem “inventou” o povo judeu não foram os judeus, mas seus algozes.

É possível até especular que, se não fossem as perseguições, os judeus nem teriam necessidade de retornar a seu Lar Nacional, já que sua relação com a Israel bíblica se dava por meio de um livro, a Torá, e não de um pedaço de terra. Logo, a questão não é religiosa, mas obviamente política. A inteligência da sociedade das nações foi reconhecer a demanda dessa forma – e a escolha de Israel como lugar da realização foi natural, uma vez que a história do povo judeu começou ali e ali se manteve, com maior ou menor presença, durante três mil e tantos anos.

Mas Sand é somente mais um militante de extrema esquerda a criar “teorias” espertas para deslegitimar Israel, seguindo a ideia de que Israel representa a delinquência ocidental encravada no pobre mundo árabe, eterna vítima dos imperialistas. Seguindo a lógica de Sand, no entanto, pode-se argumentar que o “Estado Palestino” também está assentado num mito de origem, já que, como todos sabem, a “Palestina” reclamada pelos “palestinos” nada mais era do que parte da Síria. Isso não significa que eles não tenham direito a sua terra, mas, se mitos de origem deslegitimam reivindicações políticas, os “palestinos” teriam de ser incorporados à Síria ou à Jordânia.

O Estado palestino (agora sem aspas) é uma consequência natural da luta nacional palestina iniciada nos anos 60. É nisso que deve ser baseada a legitimidade de sua fundação, e não na desmoralização histórica de seus futuros vizinhos.

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''DURA LEX SED LEX'' , ''¿PERO NO MUCHO?'' II


Fronteiras entre a democracia e a moralidade

Autor(es): agência o globo:Denis Lerres Rosenfield
O Globo - 29/08/2011

Ademocracia caracteriza-se por regras que asseguram a pluralidade de opiniões. Toda tentativa de coibir a liberdade de imprensa e de expressão de modo geral termina por inviabilizar essa pluralidade que é sua condição mesma de existência.

O país tem convivido, nestes últimos anos, com uma série de iniciativas que tem como objetivo cercear essa mesma liberdade. O caso do "Estadão" é o mais notório, pois continua sob censura após uma decisão judicial. No entanto, o país tem crescido precisamente por ter uma imprensa livre, capaz de denunciar todos os desmandos e descalabros no tratamento da coisa pública. O atual governo já mudou vários ministros e a cúpula de vários ministérios graças à sensibilidade da opinião pública que erigiu a moralidade na política em princípio da vida republicana. Sua condição é a liberdade de imprensa.

Contudo, o caminho não tem sido fácil. No governo anterior, presenciamos diversas iniciativas mediante audiências públicas e conferências nacionais, como as de Comunicação e Cultura, que tinham como objetivo um controle do conteúdo jornalístico sob o manto de uma suposta "democratização dos meios de comunicação". No caso, a democratização, em uma deturpação evidente do seu sentido, teria o significado de controle desses mesmos meios de comunicação. Note-se o papel desempenhado por audiências públicas e conferências nacionais para, em nome da democracia, restringir uma condição mesma de sua existência que é a liberdade de imprensa e de expressão.

Tudo indica que o novo governo está agora trilhando um novo caminho, distinguindo a modernização da legislação do setor de comunicações, uma regulação que se faz necessária pelo avanço tecnológico das últimas décadas, e o controle de conteúdo. Não esqueçamos que a legislação atual, ou, melhor, as várias legislações datam dos anos 70 do século passado, quando a internet nem existia. Nossas regras do setor são anteriores à revolução digital.

Entretanto, muito menos atenção é dada a uma caracterização igualmente importante, a de que a democracia se define pela pluralidade de valores, pela coexistência, em seu seio, de várias noções do bem. Um bem maior apenas se situa acima de todos os demais, o de que a pluralidade de bens é um princípio que deve ser assegurado, sob pena de que as escolhas individuais de bens se inviabilizem. A liberdade de escolha é um valor que não é, nem pode ser, objeto de uma decisão "democrática".

Um pressuposto mesmo de uma sociedade democrática consiste em que cada cidadão possa escolher livremente o que considera como melhor para si, sem que o Estado lhe imponha um padrão de comportamento. A pluralidade de bens se situa na perspectiva mesma da escolha individual e não em um suposto bem que seria imposto pelo Estado. A condição da cidadania é que o indivíduo não seja servo, mesmo que a servidão possa ter uma aparência voluntária.

A contraposição que se estabelece aqui é entre o exercício da pluralidade de bens, exercido pelos cidadãos que se escolhem livremente, e uma forma de poder estatal que procura impor a cada um o que considera como sendo o bem coletivo. Nesse último caso, o bem supostamente coletivo terminaria usurpando progressivamente o bem individual.

O terreno é muitas vezes pantanoso, as fronteiras aparecem como de difícil delimitação, pois, dependendo do que esteja em questão, ocorre ou não a aquiescência dos indivíduos a um bem estatalmente imposto. Por exemplo, quando o governo estabelece regras que ditam como deve ser o comportamento individual em relação à saúde, pode ocorrer que as pessoas aceitem de bom grado essa diretriz, não se dando conta de que ela invade o que deveria ser uma prerrogativa estritamente individual.

Ocorre aqui um processo semelhante com o da liberdade de imprensa e dos meios de comunicação, a saber, a existência de audiências públicas ou mesmo eventualmente de conferências, tendo como objetivo regulamentar o comportamento individual.

No entanto, a iniciativa é mais insidiosa, pois feita em nome do bem dos indivíduos. Alguns caem na armadilha, muito frequentemente porque compartilham de algumas dessas iniciativas, como certas opções particulares relativas ao que cada um entende por bem ou por sua saúde mais especificamente. A imposição estatal do bem pode ser, então, percebida como se fosse fruto de uma escolha individual. Aqui reside o perigo.

Há, por assim dizer, uma coincidência entre uma ideia individual e uma certa iniciativa governamental. A imposição surge disfarçada de moralidade. O valor moral é o seu disfarce. Acontece, porém, que essa coincidência é ilusória, pois o "bem" compartilhado tem um fundamento distinto: um provém da esfera estatal, outro da liberdade de escolha individual.

Dito de outra maneira, uma sucessão de imposições governamentais, cada uma delas em acordo com certas ideias de comportamentos individuais, pode terminar inviabilizando a pluralidade das noções de bem. O pressuposto de ambas é completamente distinto, mesmo que isto apareça sob a forma aparentemente democrática e legal da audiência pública.

A opinião pública é mais naturalmente propensa a se insurgir contra restrições à liberdade de imprensa e de expressão do que contra restrições governamentais que impõem condutas em relação ao que cada um considera como sendo o seu próprio bem. O problema, porém, é de mesma natureza.

O risco consiste precisamente em que as fronteiras entre a democracia e a moralidade começam a se apagar, com o Estado se elevando à posição daquele que sabe aquilo que é melhor para o cidadão. O risco consiste em que o Estado se coloque como uma potência moral, destituindo os cidadãos de sua capacidade de discriminar racionalmente aquilo que é melhor para si.

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