PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, outubro 22, 2010

XÔ! ESTRESSE [In;] ''CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER..."

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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AGRESSÕES À JOSÉ SERRA [In:] ''VALE A PENA VER DE NOVO"

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Fonte: youtube.
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LARANJA/SUCO CONCENTRADO [In:] MERCADO ''ESPREMIDO''

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Indústrias procuram novos mercados para o suco do Brasil



Autor(es): Inaldo Cristoni | Para o Valor, de São Paulo
Valor Econômico - 22/10/2010

Exportações: Campanha prevê ações para vender mais na China, que consome menos de 100 mil toneladas

A indústria brasileira de suco de laranja quer reduzir os efeitos da concorrência de outros tipos de bebidas, que está tirando fatias importantes de seu mercado. O setor viveu seus anos de glória - nas palavras de Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR - principalmente entre as décadas de 1980 e 1990, mas desde 2003 se depara com a queda ou estagnação do consumo no exterior.

Segundo Lohbauer, que dirige a entidade criada no ano passado para representar Cutrale, Citrosuco, Citrovita e a LD Commodities, os quatro maiores produtores em operação no Brasil, a demanda por outros tipos de bebidas, como águas aromatizadas, isotônicos, energéticos, refrigerantes ou sucos de outras frutas está em crescimento.

Dependente do mercado internacional, já que exporta 98% de toda a produção, o setor decidiu agir. "Estamos fazendo um trabalho de comunicação institucional no mundo inteiro sobre os benefícios do suco de laranja. Mas, como vendemos uma commodity, e não um produto na prateleira, dependemos dos engarrafadores e varejistas internacionais", explica.

Para essa iniciativa, o setor conta com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O passo seguinte será definir as ações, que devem ser colocadas em prática a partir do próximo ano, para fazer com que os europeus e americanos, principalmente, voltem a tomar o suco de laranja brasileiro na mesma intensidade com que consumiam no passado. Christian vê a possibilidade de realizar um projeto-piloto, talvez na Alemanha, o maior consumidor individual do suco brasileiro.

Segundo o presidente da CitrusBR, trata-se de uma ação de longo prazo. "É muito difícil saber o efeito de uma campanha", assinala Christian, lembrando que os produtores dos Estados Unidos estão gastando US$ 30 milhões por ano em propaganda do suco de laranja e ainda não estão colhendo resultados expressivos.

Outra iniciativa é a busca de novos mercados, considerados ainda incipientes. Entretanto, o processo de prospecção é lento e demanda tempo para que os consumidores adquiram o hábito de tomar suco de laranja. Além disso, nesses países há também a concorrência de outras bebidas. De qualquer forma, a indústria brasileira está de olho na China, por exemplo, que atualmente consome menos de 100 mil toneladas do produto.

De acordo com Maurício Mendes, presidente da empresa de consultoria e informação em agronegócio AgraFNP, o consumo mundial de suco de laranja caiu de 2,7 bilhões de litros na safra 2003/2004 para 2,2 bilhões de litros na safra 2008/2009. A União Europeia adquire 70% da produção brasileira, com destaque para a Alemanha, França, Inglaterra e Espanha. Mas o consumo nesses mercados está estagnado. Já nos Estados Unidos, para onde são destinados 20% dos embarques brasileiros, o cenário é ainda mais crítico porque nos últimos dez anos houve uma queda de 25% na demanda.

Um dos motivos que colaboram para esse quadro é o preço do suco de laranja que, segundo Mendes, chega a ser até quatro vezes maior que o de algumas bebidas. Fatores climáticos, que interferem na safra, têm sido um dos responsáveis pelas oscilações do preço do produto no mercado internacional. No ano passado, por exemplo, houve excesso de oferta da fruta, e os preços do suco caíram para o consumidor final.

Em 2010, porém, o panorama é diferente. Os estoques acumulados da fruta foram desovados aos poucos e como houve queda de 19% na safra 2009/2010 da Flórida, maior produtor de laranja dos EUA, a escassez da fruta contribui para a alta do preço do suco. "Essa década foi de baixa remuneração ao produtor, o que contribuiu para uma diminuição na produção de laranja tanto no Brasil como nos Estados Unidos", afirma Mendes.

Para se ter ideia, o preço spot - que corresponde a aproximadamente 40% da laranja comercializada - girava em torno de R$ 3,50 a caixa no ano passado, enquanto nos contratos de médio e longo prazo, que representam cerca de 30% das vendas, o preço era de R$ 10,00 a caixa, em média. Este ano, o preço pago aos produtores (spot) subiu para R$ 15,00.

O setor enfrenta, ainda, o problema das doenças típicas da citricultura. Uma delas é o greening, que se faz presente nos pomares brasileiros e americanos desde 2004 e que tem grande poder devastação. Como ainda não existe cura, a forma de combate que se conhece hoje é a erradicação da planta contaminada.

Praticamente a totalidade dos pomares da Flórida está infectado pela doença, enquanto 38% dos laranjais de São Paulo - maior produtor nacional da fruta - foram atingidos, diz Christian. Por sinal, o ataque da doença nos Estados Unidos foi determinante para que a indústria brasileira mantivesse praticamente os mesmos volumes de exportação nos últimos anos, apesar da retração do consumo mundial.

De acordo com o presidente da CitrusBR, na última década o volume de embarques evoluiu de 1,2 milhão de toneladas para 1,4 milhão de toneladas. No ano passado, a indústria brasileira destinou 1,3 milhão de toneladas ao exterior, o que representou US$ 1,619 bilhão em negócios. Em volume houve um ligeiro acréscimo de 0,7% em relação a 2008, mas em valores, os embarques caíram 19% em relação ao ano anterior.

Com a recuperação, a expectativa é terminar o exercício de 2010 com volume de exportação muito próximo ao do ano passado. Mas em termos de valores deve superar a marca de US$ 2 bilhões. Mesmo assim, Mendes, da Agro FNP, acha pouco provável que a participação do suco de laranja no ranking das exportações do agronegócio seja superior ao índice de 2,8%, registrado em 2009. Segundo ele, a capacidade de expansão do mercado e das áreas de plantio para soja, carne e álcool é superior.

ELEIÇÕES 2O1O/ESTATÍSTICAS [In:] A VOLTA DOS MORTOS VIVOS *

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Brechas para fraudes e falsas estatísticas


Correio Braziliense - 22/10/2010

É paradoxal. O Brasil tem talvez o sistema eleitoral mais moderno do mundo. Quase 112 milhões de eleitores foram às urnas em 3 de outubro. No mesmo dia, os brasileiros tomaram conhecimento dos candidatos eleitos e dos que ficaram para o segundo turno. Acompanhado com lupa por observadores nacionais e estrangeiros, o pleito só mereceu elogios. Nenhuma suspeita de irregularidade pairou sobre os procedimentos adotados.

Um fato, porém, chamou a atenção. A abstenção, embora se tenha aproximado das ausências de 2006 (18,12% contra 16,76%), não corresponde à divulgada. A razão: entre as 24.610.296 faltas, estão computadas as de pessoas mortas há até sete anos. Parece história surrealista de Gabriel García Marquez. Mas não é.

Na relação há óbitos recentes, como o do maestro Sílvio Barbato, vítima do voo da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009, e do artista plástico Athos Bulcão, falecido em 31 de julho de 2009. Há, também, óbitos ocorridos há mais tempo. É o caso do diplomata Sérgio Vieira de Mello, morto em 2003; do escritor Fernando Sabino, finado em 2004; e do governador Miguel Arraes, desaparecido em 2005.

Vale lembrar que vivemos na era da informática. A ciência, que contribui para pôr o Brasil na vanguarda mundial no tocante ao sistema de votar, não é capaz de acelerar procedimentos bem mais simples. Ao que parece, a falha não se deve à falta de leis. A legislação determina que, a cada dia 15, os cartórios de registro civil comuniquem à Justiça Eleitoral os óbitos do mês anterior. Com base na informação, os títulos devem ser cancelados.

Não é, porém, o que ocorre. Na prática, o enredo é outro. Sem fiscalização eficaz (seja dos cartórios, seja da Justiça Eleitoral), os mortos são computados como eleitores — aptos, portanto, a votar como qualquer cidadão em pleno gozo dos direitos. Além de falsear as estatísticas, a displicência abre brecha para fraudes. Entre elas, o uso irregular do documento.
Manter atualizado o Cadastro Nacional de Eleitores constitui requisito indispensável para a lisura da eleição. O inventário regular dos que entram na relação e dela saem constitui informação da qual o país não pode abrir mão. Negligenciar o censo corresponde a maquiar dados. O estágio de desenvolvimento do país não avaliza tal procedimento.
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(*) Título de filme.
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ALCOOLDUTO [In:] ''ÊTA NÓI$'' !

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Alcoolduto une Petrobras, Cosan e Copersucar



Autor(es): Mônica Scaramuzzo e Fabiana Batista | De São Paulo
Valor Econômico - 22/10/2010

Logística: Empresas estruturam acordo de participação de até 20% para cada uma, e aporte total de US$ 2 bilhões.

O principal projeto do alcoolduto criado para escoar o etanol do Centro-Oeste do país até São Paulo, enfim, deverá sair do papel. Grandes grupos sucroalcooleiros, como Cosan e Copersucar, vão se unir à Petrobras para colocar em prática o empreendimento, que terá investimentos superiores a US$ 2 bilhões, apurou o Valor.

Originalmente criado pela petrolífera brasileira, o alcoolduto foi desenhado para escoar a produção de etanol de Senador Canedo (GO) até Paulínia (SP). No meio do caminho, grandes grupos sucroalcooleiros também anunciaram projetos paralelos para transportar etanol por dutos.

O mais estruturado, o da Uniduto, companhia que reúne grandes usinas como Cosan e Copersucar, decidiu unir forças com a estatal para viabilizar o projeto, que mal saiu do papel desde que foi anunciado há cinco anos. Procuradas, as duas empresas não se pronunciaram.

Sem mencionar nomes, o gerente de logística da Petrobras, Eduardo Autran, que está à frente desse projeto, confirmou que a estatal está negociando com outros "players importantes" da indústria de álcool para constituir uma sociedade para desenvolver um sistema integrado de logística para etanol, que inclui dutovia, mas não se restringe a ela. Outros modais, segundo ele, integram a negociação, entre eles, a hidrovia e a ferrovia.

Autran informa que a Petrobras ficará com 20% da nova sociedade, cujas negociações devem ser concluídas até o fim deste ano, conforme prevê o executivo. Uma fonte familiarizada com a negociação afirmou que as outras empresas privadas integrantes não poderão ter fatia maior que a da estatal.

A saída da trading japonesa Mitsui do projeto, que participava do bloco da PMCC, em parceria com a Petrobras e a construtora Camargo Corrêa, acelerou a união do setor privado e da estatal. "Parecia óbvio que os projetos de alcooldutos existentes fossem se convergir. Começamos a conversar e as negociações, ainda no início, já dão mostras da grande dimensão que esse empreendimento poderá tomar", afirmou outra fonte que também participa das conversações.

O percurso da Uniduto Logística, empresa criada em 2008 e que reúne 80 usinas associadas, ligadas a dez grandes grupos produtores de etanol, previa a construção de um corredor dutoviário de 612,4 quilômetros, interligando 46 municípios do Estado até o terminal portuário, com capacidade para escoar 16,6 bilhões de litros de álcool por ano. Entre os principais associados estão, além dos já citados, o grupo São Martinho, Santa Cruz, São João e a Bunge.

Segundo fontes próximas às negociações, os dois projetos se fundirão, mas o traçado original, de Goiás a Paulínia, deverá se manter. A partir de Paulínia, havia expectativa de que o combustível seria escoado até Ilha D"Água (RJ), em dutos adaptados de outros combustíveis da Petrobras. Agora, esse pedaço a partir de Paulínia será repensado.

Os dois projetos de dutovia para etanol, o da Uniduto e o da PMCC, já preveem a integração com modais hidroviário e ferroviário, modelo que deve ser estendido para a nova sociedade.

Anunciado em meados de 2004, o alcoolduto da Petrobras começou a ser desenhado para facilitar o escoamento do etanol até os portos, uma vez que as exportações estavam em ascensão. Com expectativa de embarques superiores a 5 bilhões de litros/ano, marca só alcançada em 2008, o projeto começou a perder espaço por conta do recuo das vendas externas.

No entanto, o crescimento do consumo no mercado interno (os projetos incluem distribuição no mercado doméstico) voltou a colocar o empreendimento em pauta, uma vez que várias usinas, estimuladas pelo boom de investimentos do setor, começaram a construir projetos "greenfields" (construção do zero) no país fora do Estado de São Paulo - principal polo produtor de cana no país.

Entre os maiores projetos "alcooleiros" está o da antiga Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco), que foi comprada pela ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, no primeiro semestre deste ano. Somente desse polo "ex-Brenco" são quatro usinas alcooleiras que, quando concluídas, vão produzir mais de 1,2 bilhão de litros, nos estados do Centro-Oeste.

Além das usinas, a ETH também trouxe da Brenco um projeto de alcoolduto. Antes da fusão, a Centro-Sul Transportadora Dutoviária, já havia sido criada pela Brenco para implantar o duto entre Alto Taquari (MT) e o porto de Santos.

Os estudos de pré-engenharia mostravam que esse duto poderia se encontrar com o duto projetado pela PMCC na altura da Serra do Mar (SP). Segundo fontes ouvidas pelo Valor, a ETH, neste momento, não participa das negociações com a Petrobras, embora tenha interesse na integração. Procurada, a ETH não se pronunciou.

BRASIL/EMPREGO [In:] UM PAÍS DE ''BARNABÉs''

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EMPREGO CRESCE MAIS NO SETOR PÚBLICO

Emprego cresce mais no setor público



Autor(es): Claudia Safatle, Chico Santos e Rafael Rosas | De Brasília e do Rio
Valor Econômico - 22/10/2010

Os dados mais recentes do mercado de trabalho mostram que o setor privado - especialmente os segmentos produtivos - perdeu fôlego na oferta de emprego e no aumento dos rendimentos. Depois do forte primeiro trimestre, a participação privada está mais moderada e o setor público ganhou importância. Entre março e setembro foram criados 534 mil novos empregos nas seis principais regiões metropolitanas do país, situação que fez a taxa de desemprego bater recorde de baixa e cair a 6,2% em setembro. Dessas vagas, 55% foram abertas pela administração pública, nas três esferas de governo.

Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de setembro, divulgados ontem pelo IBGE, comparados aos resultados da PME de março, mostram que a administração pública criou 291 mil vagas, enquanto a indústria foi responsável pela abertura de 137 mil novos postos de trabalho; os serviços, 43 mil; e o comércio, 7 mil. Curiosamente, o setor da construção civil, um dos mais aquecidos do país e grande empregador de mão de obra de menor qualificação, fechou 67 mil vagas desde março. Ainda com base nos dados de setembro sobre março, a massa salarial teve crescimento de 7,2%, puxada pelo aumento de 15,6% na administração pública.

Claudia Safatle


Governos geram mais emprego que setor privado

Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de setembro, divulgados ontem pelo IBGE, comparados aos resultados da PME de março, apontam para um fato instigante: foi a administração pública (excluídas as empresas estatais) nas três esferas de governo - federal, estadual e municipal - a responsável pelo maior número de postos de trabalho abertos no país e, também, pelo forte aumento da massa salarial.

Confrontando os dados de setembro com os de março - mês em que começou a aparecer uma mudança de tendência nas apurações da PME, a administração pública criou 291 mil vagas. A indústria foi responsável pela abertura de 137 mil novos postos de trabalho; os serviços, 43 mil; e o comércio, 7 mil.

Curiosamente, o setor da construção civil, um dos mais aquecidos do país e grande empregador de mão de obra de menor qualificação, destruiu 67 mil vagas no mês passado, em relação aos empregos gerados em março. Eram 1, 706 milhão de empregos em março e esses caíram para 1, 639 milhão em setembro, segundo a pesquisa do IBGE que abrange as seis regiões metropolitanas

Construção civil perde fôlego, segundo o IBGE

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados esta semana, corroboram com essa tendência. Ele faz uma radiografia da situação do mercado de trabalho em todo o território nacional, e não só nas regiões metropolitanas. As últimas informações do cadastro (com ajuste sazonal) já indicavam que a economia gerou menos emprego em setembro deste ano do que em setembro de 2008, mês em que eclodiu a crise financeira global. A indústria abriu 25 mil empregos novos no mês passado, menos da metade dos 57 mil postos de março; a administração pública manteve o mesmo ritmo de contratação, 82 mil; e a construção civil perdeu fôlego, caindo de 32 mil para 19 mil vagas em março e setembro, respectivamente.

É importante lembrar, também, que o governo, no fim de março, eliminou uma série de incentivos fiscais concedidos no auge da crise financeira mundial - para a compra de automóveis novos, linha branca, móveis. E logo no mês seguinte, o Comitê de Política Monetária (Copom), fez o primeiro aumento da taxa de juros Selic do pós-crise: de 8,75% para 9,5% ao ano. Depois disso, o comitê anunciou outros dois aumentos de juros : para 10,25% em junho e para 10,75% em julho, interrompendo aí o ciclo de aperto monetário.

De lá para cá, a administração pública aumentou de 15,6% para 16,6% sua participação no estoque de ocupados no país, ao mesmo tempo em que no segmento privado a desaceleração da contratação e da produção já aparece, embora ainda não de forma muito visível.

Embora o período eleitoral seja marcado por uma legislação que restringe a contratação de mão de obra pelo setor público nos três meses que antecedem o primeiro turno, muitos desses postos de trabalho já haviam sido objeto de concursos. Os concursados foram sendo chamados a assumir as vagas ao longo dos meses. Os dados do IBGE, porém, não chegam a esse nível de detalhamento - se quem entrou foi por concurso ou por outras formas - assim como não é possível identificar as esferas de governo que mais contrataram.

Ainda com base nos dados de setembro sobre a performance de março, a massa salarial teve um crescimento de 7,2%. Também nesse caso, quem mais contribuiu para sustentar o crescimento foi a administração pública, onde o aumento da massa de salários foi de 15,6%. Fora dela, o aumento foi bem mais modesto: 4,5%. Na construção civil, os salários cresceram 3,9% em setembro sobre março; no setor de serviços, 2,8%; e no comércio, apenas 1,5%.

Esses indicadores sugerem que o crescimento econômico e, portanto, a oferta de emprego e aumento dos rendimentos estão ocorrendo, no setor privado, de forma bem mais moderada do que parece à primeira vista.

Se essa for a avaliação correta da conjuntura, certo está o Banco Central, que vem, desde junho, alertando para uma queda abrupta do nível de atividade econômica desde abril, que já teria levado o PIB para um crescimento abaixo do seu potencial. Tudo isso confirmado, seria mínimo o risco de descasamento entre oferta e demanda e, portanto, de um repique inflacionário à vista.

De qualquer forma, os dados da pesquisa de emprego do IBGE merecem uma análise acurada dos especialistas em mercado de trabalho e dos analistas econômicos, pois fornecem indícios de que a política fiscal é que está produzindo empregos e renda em ritmo muito além do que o motor do crescimento - o setor privado - consegue.

MERCADO DE AÇÕES [In:] VALE QUANTO PESA

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Bolsa cai e ação da Vale custa o dobro da Petrobras


Bolsa cai e ação da Vale custa o dobro da Petrobras


Autor(es): Bruno Villas Bôas, Emanuel Alencar e Aguinaldo Novo
O Globo - 22/10/2010


O dólar comercial subiu ontem 1,61%, para R$1,702, em dia marcado por temores de novos aumentos na taxação de investidores estrangeiros, além de reações às medidas do governo que vedaram aos estrangeiros chances de fugirem do pagamento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos em renda fixa e margens de garantia de contratos no mercado futuro de dólar. Com a valorização, a moeda atinge o maior patamar em mais de duas semanas. O Banco Central (BC) retirou de circulação US$150 milhões em dois leilões de compra de dólares no mercado à vista.

O pessimismo dos investidores estrangeiros se refletiu na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Seu principal índice, o Ibovespa, fechou em queda de 1,07%, aos 69.652 pontos.

As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras encerraram o pregão valendo a metade de uma ação PNA da Vale, o que não acontecia desde janeiro de 1993, há mais de 17 anos, segundo histórico da Economatica. Uma ação PN da Petrobras valia ontem R$24,16, enquanto a ação da Vale era negociada a R$48,33.

Segundo analistas, essa relação entre ações da Petrobras e Vale era de um para um menos de anos atrás, antes das primeiras informações sobre a capitalização da companhia.

- A taxação do IOF é ruim e prejudicial aos investidores estrangeiros. Traz preocupação de que o governo possa adotar novas taxações. O dia foi de fuga de investidores da Bovespa - disse Paulo Hegg, analista da Corretora Um Investimentos.

Mas o presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, disse ontem que o aumento do IOF não deve ser repetido nas operações com ações.

- Já houve uma manifestação do ministro (da Fazenda, Guido Mantega) de que a questão estava mais no mercado futuro - disse ele. - Eu não posso afirmar que eles não vão fazê-lo, mas tem sido claro nos nossos debates que não há essa intenção.

ELEIÇÕES 2010 [In:] AGRESSÕES AO CANDIDATO JOSÉ SERRA.

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Após acusações, médico vai processar Lula por crime contra honra


Redação SRZD | Eleições 2010 | 22/10/2010 08h33

O médico Jacob Kligerman avisou que decidiu interpelar judicialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por crime contra honra em razão das declarações feitas, nesta quinta-feira, de acordo com nota publicada na coluna de Ancelmo Gois no jornal "O Globo", desta sexta-feira.

O presidente acusou o médico, que é amigo de José Serra (PSDB), de ter participado de um fraude, quando atestou que o tucano haveria simulado uma agressão, no Rio de Janeiro.

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http://www.sidneyrezende.com/noticia/105673+apos+acusacoes+medico+vai+processar+lula+por+crime+contra+honra
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ELEIÇÕES 2O1O/Segundo turno [In:] ''AINDA ASSIM RESTA A INTENÇÃO: AGREDIR''

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Brincadeira tem hora



22 de outubro de 2010 | 0h 00

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo


Em primeiro lugar, o presidente Luiz Inácio da Silva é a última pessoa com autoridade moral para falar em farsas ou em "mentira descarada", visto que é protagonista da maior delas: a falácia segundo a qual recebeu uma "herança maldita" e que estabilidade econômica, a abertura do Brasil para o mundo, o crescimento e a entrada de milhões do mercado consumidor deve-se exclusivamente ao seu governo.

Há pouco seu governo inteiro junto com sua candidata à Presidência produziram "mentiras descaradas" ao repudiarem as denúncias de que havia na Receita quebras de sigilo fiscal de adversários políticos e que um esquema de tráfico de influência e corrupção estava montado a partir da Casa Civil.

Lula também se precipitou ao atribuir as quebras de sigilo a uma "briga de tucanos". Baseava sua tese no fato de o mandante ser repórter do Estado de Minas sem saber que à época Amaury Ribeiro estava em férias a serviço de outrem.

O presidente da República dá razão ao antecessor que o chama de "chefe de uma facção", quando escolhe insuflar a violência no lugar de contribuir para apaziguar os ânimos.

É o que faria um estadista.

Justiça se faça, Lula não ficou só em sua tentativa de ridicularizar o episódio. Muitos na imprensa partiram para ironias, achando um exagero a reação de José Serra atingido, afinal, só por "uma bolinha de papel".

Foram duas imagens captadas em dois momentos diferentes, comprovou-se ao longo do dia. Mas, ainda que o candidato tucano tenha feito drama, continuam sendo inaceitáveis os ataques de militantes contrariados com a passagem do tucano pelas ruas de Campo Grande (RJ). Brincar com isso é má-fé, tratar como banal a violência eleitoral e, sobretudo, não entender o valor em jogo.

Impedir um ato de campanha com tumultos é violência. Bem como foi violência atirar um balão cheio de água sobre o carro onde estava a candidata Dilma Rousseff ontem em Curitiba. O balão não a atingiu, mas poderia ter atingido. Ainda assim resta a intenção: agredir.

O presidente da República condenará uma violência, mas aprovará a outra? Ou dirá que estava apenas condenando o "teatro" do adversário? Nisso não é crítico autorizado.

É partícipe e mesmo condutor de uma caminhada em direção ao retrocesso: a nos tornarmos permissivos com o uso da violência na política, assim como já estamos no rumo de revogar a integralidade do preceito do livre pensar.

Ovos da serpente. É assim que começa: a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou projeto de um conselho para atuar entre outras funções no "exercício fiscal sobre a prática da comunicação".

Em Goiás, a TV Brasil Central, do governo do Estado, não pode entrevistar adversários políticos.

O projeto de controle da mídia foi iniciativa de uma deputada estadual do PT cearense, aprovado por unanimidade, e ainda precisa passar pelo crivo do governador Cid Gomes.

A censura foi denunciada, num gesto inédito, ao vivo pelo jornalista Paulo Beringhs, proibido de entrevistar o candidato ao governo Marconi Perillo (PSDB), chamado no dia anterior de "mau caráter" pelo presidente Lula em palanque.

Liberdade e luta. Já que Chico Buarque puxou o assunto ao manifestar seu encanto com o fato de o governo Lula "não falar fino com Washington nem falar grosso com Bolívia e Paraguai", vamos ao fato: o governo brasileiro não deveria é falar fino com ditaduras.

Aliás, o mundo da cultura, que sofreu pesadamente os efeitos da durindana local, nos últimos anos não se incomodou - se o fez não foi em voz alta - com a maleabilidade das vértebras do presidente Lula diante de tiranos.

A complexidade das relações exteriores não cabe em um jogo de palavras. Já a condenação aos crimes das ditaduras às quais o Brasil se dobra para espanto do mundo requer apenas dois atributos: coerência e solidariedade.

Independentemente da opinião eleitoral.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

22 de outubro de 2010

O Globo

Manchete: Coordenador de Dilma 'roubou' dados de sigilo, acusa jornalista
Informações seriam destinadas a grupo de 'inteligência' da campanha da petista

Acusado de ser o mandante da quebra de sigilo fiscal de tucanos e pessoas ligadas a José Serra, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior disse à Policia Federal que o coordenador de comunicação da campanha petista, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), furtou dados sigilosos de seu computador e entregou-os à campanha de Dilma Rousseff. Falcão nega as acusações. Em depoimento à PF no dia 15 de outubro, Amaury disse que os dados seriam utilizados por um grupo de inteligência que estava sendo preparado pela pré-campanha petista. O jornalista afirma que, quando o furto aconteceu, estava hospedado no apartamento do responsável pela administração de gastos da campanha petista. Segundo investigadores da PF, Amaury teria dito que levantava as informações para se contrapor a uma investigação de serristas sobre, Aécio Neves - mas isso não consta no depoimento de 15 de outubro. Amaury hoje é funcionário da TV Record. (Págs. 1 e 3 a 9)

Eleições 2010: Imagens desmentem ‘indignação’ de Lula

Serra foi atingido duas vezes por objetos lançados por petistas durante tumulto no Rio; presidente acusou-o de fingir

Imagens do tumulto de anteontem no Rio mostram que José Serra foi atingido duas vezes por manifestantes petistas: primeiro, por uma bolinha de papel, de acordo com imagens do SBT e da Record; e, 15 minutos depois, pelo que seria um rolo de adesivos. Então Serra pôs as mãos na cabeça e encerrou a caminhada. O presidente Lula, citando somente as imagens da Record e do SBT, classificou de "farsa" a reação do tucano. E comparou-o ao goleiro chileno, que, num jogo com a seleção brasileira, em 1989, fingiu ter sido atingido por um foguete: "Vocês assistiram a uma mentira mais grave que a do Rojas." O programa do PT também divulgou a versão do SBT. Em Curitiba, moradores jogaram balões com água e uma bandeira contra o caminhão da candidata Dilma. Ela não se feriu. (Págs. 1, 12 e 13 e Merval Pereira)

Foto legenda: A bolinha de papel atinge Serra durante tumulto provocado pelos militantes petistas; 15 minutos mais tarde, o candidato pôs as mãos na cabeça depois de ser atingido novamente, agora por um rolo de adesivos. (Pág. 1)

Ancelmo Gois
Acusado de participar de uma farsa, o médico Jacob Kligerman, que atendeu Serra, vai processar Lula por crime contra a honra. (Págs. 1, 24 e 25)

Erenice é multada por citar Serra em blog do Planalto. (Págs. 1 e 15)

Cartas revelam que traficantes planejam atacar UPPs (Págs. 1 e 21)

EUA, China, Alemanha e Japão são vilões da guerra cambial global (Págs. 1 e 29)

Desemprego no país é o menor em 8 anos, e renda aumenta 6,2% (Págs. 1 e 31)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Vantagem de Dilma sobre Serra sobe a 12 pontos
Considerando os votos válidos, petista varia 2 pontos para cima e tucano, 2 para baixo, aponta o Datafolha

Dilma Rousseff (PT) estancou a perda de votos iniciada no final de setembro, subiu e agora está 12 pontos à frente de José Serra (PSDB) na disputa pelo Planalto, revela o Datafolha. Em votos válidos(excluídos brancos, nulos e indecisos), a petista tem 56%, e o tucano, 44%.

A petista variou dois pontos para cima, e o tucano, dois para baixo. O levantamento mostra ainda que Dilma subiu de 23% para 31% entre os eleitores de Marina Silva (PV) no primeiro turno; Serra caiu de 51% para 46%. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos.

Por regiões, Dilma subiu de 60% para 65% no Nordeste e obteve empate técnico com Serra no Sudeste (44% a 43%). Dizem-se totalmente decididos sobre o voto 88%, e 10% cogitam mudar de opinião. (Págs. 1 e Poder)

Análise
IDH baixo é vetor do voto, escreve Vinicius T. Freire. (Págs. 1 e A7)

Agressões e atritos mostram um acirramento de ânimos

Numa demonstração de que os ânimos estão mais acirrados na campanha, Dilma Rousseff (PT) quase foi atingida por dois balões cheios d'água em Curitiba. No dia anterior, José Serra (PSDB) foi agredido no Rio.
O presidente Lula acusou Serra de ter simulado a agressão. O tucano reagiu, disse que o que houve no Rio "não foi nada leve" e afirmou que o presidente, ao falar em "farsa", dá "cobertura a atos de violência".

Imagens feitas pela Folha mostram que Serra foi atingido por um objeto circular e transparente na zona oeste do Rio. (Págs. 1, A12 e A14)

Análise
Presidente não está demonstrando bom-senso, escreve Eliane Cantanhêde. (Págs. 1 e A14)

Foto legenda: Balão d'água estoura perto de cartaz de Dilma Rousseff durante evento em Curitiba (PR). (Pág. 1)

Cenas mostram que Serra foi atingido em dois momentos

Foto legenda: No vídeo do SBT, tucano é atingido por algo que parece uma bolinha de papel.

Foto legenda: Vídeo do repórter da Folha feito cerca de 15 min depois, com a confusão instaurada

Para o perito Ricardo Molina, o 1º objeto tem forma indefinida e bate atrás da cabeça. (Pág. 1)

O 2º é arredondado, com circunferência central e bate na região superior e frontal. (Pág. 1)

Deputado do PT furtou dados, acusa jornalista

Em depoimento à PF, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. disse "ter certeza" de que Rui Falcão, coordenador de imprensa da campanha de Dilma Rousseff (PT), copiou de seu computador dados de pessoas ligadas ao candidato tucano José Serra.

Amaury admitiu ter encomendado informações sobre tucanos, depois incluídas em dossiê que circulou na pré-campanha de Dilma.

Em nota, Rui Falcão, deputado estadual licenciado, negou
"terminantemente" as acusações. (Págs. 1 e A8)

Boa notícia: 3 regiões do país atingem o pleno emprego, diz IBGE

Em setembro, o desemprego nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro recuou para níveis considerados de pleno emprego, com a demanda próxima da oferta (4,1%, 4,9% e 5,3%).

Nas seis regiões metropolitanas que o IBGE pesquisa, o desemprego caiu a 6,2%, o menor em oito anos. (Págs. 1 e B5)

Força Aérea não cumpre meta de contratar controladores

A Aeronáutica não cumpriu meta, fixada em 2008, de chegar a este ano com 4.000 controladores de voo; hoje, há 3.114 em atividade.

Em dois anos, 560 militares deixaram a função. Sindicato da categoria aponta baixo salário e condições de trabalho como culpados por evasão. A FAB nega risco à segurança de voos. (Págs.1 e B1)

Editoriais

Leia "Descontrole", sobre a campanha eleitoral; e "Superbactéria", que comenta casos de contaminação por microrganismo resistente a antibióticos. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Petista ligado a Dilma furtou dados contra Serra, diz jornalista
Amaury Ribeiro Jr., que pagara pela quebra de sigilo fiscal, acusa Rui Falcão

Integrante do comando da campanha da petista Dilma Rousseff, o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) foi acusado pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior de furtar o dossiê com dados fiscais violados de tucanos e familiares do presidenciável José Serra. Ribeiro Júnior foi quem encomendou e pagou diretamente pela violação de sigilo na Receita. Em depoimento à Polícia Federal, o jornalista disse que Falcão "copiou" o conteúdo de sua investigação contra os tucanos então armazenado num computador pessoal que estava num flat pago pelo próprio PT para Ribeiro Júnior ficar em Brasília. (Págs. 1 e Nacional A4)

Rui Falcão nega tudo

O deputado negou “terminantemente” ter furtado dados do computador do jornalista Amaury Ribeiro Júnior e reafirmou que a campanha petista não faz dossiês. (Págs. 1 e Nacional A4)

Lula diz que agressão a tucano foi uma 'farsa'

O presidente Lula qualificou de “mentira descarada” a reação do candidato José Serra (PSDB), agredido por petistas durante evento no Rio. Para o tucano, Lula está "dando cobertura a atos de violência". Em Curitiba, Dilma Rousseff (PT) também foi hostilizada. (Págs. 1 e Nacional A4)

Serra, candidato
"A principal autoridade da República dá cobertura a atos de violência". (Pág. 1)

ANJ critica proposta de controle da mídia no CE

O diretor executivo da Associação Nacional de Jornais, Ricardo Pedreira, classificou de “obscurantista e autoritária" a proposta de criação do Conselho de Comunicação do Estado no Ceará. O conselho, aprovado pela Assembleia cearense, deverá formular a política estadual de comunicação, exercendo funções consultivos, normativas, fiscalizadoras e deliberativas. "Quem deve controlar veículos de comunicação deve ser a sua audiência. Não cabe a nenhum órgão do Estado exercer este papel", defendeu Pedreira. (Págs. 1 e Nacional A16)

EUA querem impor limites a saldo comercial de outros países

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, propôs acordo sobre "normas" de política cambial para países. A ideia é estabelecer metas numéricas “sustentáveis” para superávits e déficits comerciais. A proposta enfrenta resistências. As disputas cambiais que ameaçam se transformar em guerra global estarão no centro do encontro de representantes das 20 maiores economias do mundo, a partir de hoje na Coreia do Sul. (Págs. 1 e Economia B1)

Passaporte e visto para EUA seguem com problemas

O agendamento para a emissão de passaporte continua problemático em São Paulo. Conseguir data nos postos de atendimento da Polícia Federal é um jogo de azar - muitos desistem ou são obrigados a mudar os planos de viagem. A PF diz que a procura aumentou 40% em um ano. Por R$ 400, porém, despachantes tiram o documento em uma semana. A obtenção de visto para os EUA é outro drama: a espera passa de 100 dias. (Págs. 1 e Cidades C3)

Lua tem mais água do que se pensava

Resultados de missão da Nasa feita há pouco mais de um ano mostram que há mais água na Lua do que os cientistas imaginavam. Em apenas uma cratera, calcula-se que haja quase 4 bilhões de litros. (Págs. 1 e Vida A24)

Desemprego cai para o menor nível desde 2002 (Págs. 1 e Economia B4)

Sindicato ataca Cristina por morte de militante (Págs. 1 e Internacional A19)

Dora Kramer: Brincadeira tem hora

O presidente dá razão ao antecessor que o chama de "chefe de facção" quando escolhe insuflar a violência no lugar de apaziguar os ânimos. (Págs. 1 e Nacional A6)

Notas & Informações

Uma questão de caráter

Na reta final da campanha a baixaria se generaliza. E a responsabilidade do presidente é maior. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Emprego cresce mais no setor público

Os dados mais recentes do mercado de trabalho mostram que o setor privado - especialmente os segmentos produtivos - perdeu fôlego na oferta de emprego e no aumento dos rendimentos. Depois do forte primeiro trimestre, a participação privada está mais moderada e o setor público ganhou importância. Entre março e setembro foram criados 534 mil novos empregos nas seis principais regiões metropolitanas do país, situação que fez a taxa de desemprego bater recorde e baixa e cair a 6,2% em setembro. Dessas vagas, 55% foram abertas pela administração pública, nas três esferas de governo.
Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de setembro, divulgado ontem pelo IBGE, comparado aos resultados do PME de março, mostram que a administração pública criou 291 mil vagas, enquanto a indústria foi responsável pela abertura de 137 mil novos postos de trabalho; os serviços, 43 mil; e o comércio, 7 mil. Curiosamente, o setor da construção civil, um dos mais aquecidos do país e grande empregador de mão de obra de menor qualificação, fechou 67 mil vagas em março. Ainda com base nos dados de setembro sobre março, a massa salarial teve crescimento de 7,2% puxada pelo aumento de 15,6% na administração pública. (Págs. 1, A2 e A3)

Empresas tocam projeto de alcoolduto de US$ 2 bi

Grandes grupos sucroalcooleiros, como Cosan e Copersucar, vão unir forças à Petrobras para fazer deslanchar o principal projeto de alcoolduto do país, criado para escoar etanol do Centro-Oeste até São Paulo. O investimento deverá superar US$ 2 bilhões.

Sem mencionar nomes de parceiros, o gerente de logística da Petrobras, Eduardo Autran, que está longe do empreendimento, confirmou que a estatal negocia com outros "players importantes" da indústria de álcool para constituir uma sociedade que vai desenvolver um sistema integrado de logística para o etanol, que além do alcoolduto envolve os modais ferroviário e hidroviário.

Segundo Autran, a Petrobras ficará com 20% da nova sociedade, cujas negociações devem ser concluídas até o fim do ano. As, empresas privadas não poderão ter participação maior que a da estatal. (Págs. 1 e B12)

Foto legenda: Dormentes de plástico

Rogerio Igel, presidente da Wisewood, primeira fabricante de dormentes de plástico feitos com lixo reciclado, negocia com investidores para aumentar a produção no país. (Págs. 1 e B1)

Juros futuros e títulos do Tesouro sentem efeitos do IOF

Enfim, o mercado financeiro levou a sério a determinação do governo de conter o processo de valorização do real frente ao dólar. Depois das mudanças na taxação do capital externo, investidores reagiram à demonstração do Banco Central de que vai fechar as brechas e impedir que os estrangeiros escapem do imposto. Em reação, os juros futuros de longo prazo dispararam na BM&F, o Tesouro diminuiu a oferta de títulos prefixados no leilão e não vendeu os papéis mais longos (NTN-F) com vencimento em 2021, os preferidos pelos estrangeiros. No mercado secundário, os prêmios das NTN-F cresceram.

O mercado entende que, se o ímpeto do estrangeiro diminuir, os juros terão motivos adicionais para subir, entre eles a perspectiva de encarecimento da rolagem da dívida pública e, no limite, dificuldade de financiamento do déficit em conta corrente, que vem se agravando. (Págs. 1, C1 e C2)

Dolarizado, Equador festeja guerra cambial

Os exportadores de rosas do Equador estão regozijantes: a cada dia tomam da Colômbia mais participação no mercado internacional. O motivo é que a moeda colombiana teve valorização recorde neste ano, aumentando os custos de suas exportações. Já o Equador agora surfa na dolarização.

As exportações não petroleiras do Equador, que incluem cacau, pescados e frutas, além das rosas, cresceram quase 11% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009. O setor de rosas espera fechar o ano com um crescimento de 13%. O presidente Rafael Correa dá "graças a Deus" pelo dólar fraco. E o setor privado não quer nem ouvir falar em abandonar a dolarização. (Págs. 1 e A13)

Governadores eleitos arregaçam as mangas

Com poder de pressão redobrado junto a prefeitos e líderes religiosos, os governadores eleitos saíram a campo para angariar votos em favor de seus candidatos à Presidência. Desde o fim do 1º turno, Geraldo Alckmin (PSDB) já visitou 44 cidades paulistas. A meta são os 4,8 milhões de votos que Marina Silva (PV) obteve no Estado. Junto com o senador eleito Aécio Neves, Antônio Anastasia (PSDB) precisará dobrar a votação de José Serra em Minas para que ela se iguale à sua. Do lado governista, Sérgio Cabral (PMDB) tem o desafio de reverter 1,5 milhão de votos que teve a mais que Dilma Rousseff no Rio. Eduardo Campos (PSB), reeleito em Pernambuco, tentará zerar os 20 pontos percentuais a mais que sua candidatura obteve em relação à de Dilma. (Págs. 1 e A12)

PIB da China cresce 9,6% no terceiro trimestre e inflação continua acima da meta (Págs. 1 e A13)

Atrás de votos, campanha eleitoral sobe ao púlpito (Págs. 1 e Eu Fim de Semana)

Previdência Social

A Previdência dos trabalhadores urbanos teve superávit de R$ 1,4 bilhão em setembro, pelo sétimo mês consecutivo. Incluído o setor rural, o número consolidado registrou déficit de R$ 40,1 bilhões. (Págs. 1 e A3)

Dinheiro para a Copa

O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social já confirmou financiamentos de R$ 2,2 bilhões para reforma e construção de estádios para a Copa de 2014. Seis Estados já foram ao banco em busca de recursos. (Págs. 1 e A4)

CNBB defende participação política

O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, afirma que a igreja tem direito de se manifestar sobre a eleição e que não cabe a entidade punir bispos que orientam seus fiéis a votar em determinado candidato. (Págs. 1 e A10)

Receita mira aço subfaturado

A Receita Federal adotou uma tabela de preços mínimos para 16 tipos de produtos siderúrgicos. Sobre esses valores, e não sobre o preço declarado pelo importador, incidirá o Imposto de Importação de 12%. (Págs. 1 e B7)

Dívida pública

A dívida mobiliária federal interna aumentou 0,64% em setembro, para RS 1,534 trilhão. A participação dos investidores estrangeiros encerrou o mês passado em novo recorde de R$ 154,1 bilhões. (Págs. 1 e C2)

Empréstimo sindicalizado recua

Mercado de eurobônus a todo vapor reduz interesse de empresas brasileiras por empréstimos sindicalizados. Até agora, foram fechados USS 8,6 bilhões em empréstimos no ano, queda de 40% ante 2009. (Págs. 1 e C8)

Ideias

Maria Cristina Fernandes

Pauta religiosa e corrupção expulsaram da campanha eleitoral a discussão sobre os rumos da política econômica. (Págs. 1 e A6)

Ideias

Ben Sangari

Por trás do esforço para a qualificação da mão de obra, há o desafio ainda maior da educação como um todo. (Págs. 1 e A14)
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RADIOBRAS.