PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, junho 21, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] PAU BRASIL ''AND IVORY''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros e à Seleção Brasileira].
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ELEIÇÕES 2010 [In:] FICHA LIMPA: SANEAMENTO BÁSICO

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Ficha Limpa vai pegar, diz presidente do TSE

"Pode ter certeza que a lei vai pegar"


Autor(es): Felipe Recondo
O Estado de S. Paulo - 21/06/2010

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, avisa: "O eleitor pode ter certeza de que a Justiça Eleitoral aplicará a Lei da Ficha Limpa com o máximo rigor. Ela vai pegar, pois corresponde ao desejo manifestado pela sociedade brasileira de moralização dos costumes políticos." O ministro afirma não ver possibilidades de o Congresso alterar a lei para as próximas eleições. E diz que a lei pode tirar do cenário político "aqueles que têm um passado reprovável e os que pretendem ocupar um cargo eletivo apenas para benefício próprio".

O eleitor pode esperar de fato que políticos com ficha suja estarão fora das eleições ou a Justiça eleitoral será flexível? Em suma, a lei vai pegar?

A lei complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) é bastante clara ao declarar inelegíveis para qualquer cargo aqueles que se encontrem nas situações nela contempladas. O pronunciamento do TSE foi bastante incisivo no sentido de que ela se aplica integralmente às eleições gerais deste ano, alcançando inclusive condenações pretéritas. O eleitor pode ter certeza de que a Justiça Eleitoral aplicará a Lei da Ficha Limpa com o máximo rigor. Ela vai pegar, pois corresponde ao desejo manifestado pela sociedade brasileira de moralização dos costumes políticos.

O senhor acha o Congresso pode mudá-la para as próximas eleições?

A grande maioria dos políticos é constituída por pessoas idealistas, trabalhadoras e honestas. Apenas uma pequena minoria - embora bastante conspícua - de políticos ímprobos é que será alcançada pela Lei da Ficha Limpa. Não creio que o Congresso irá revogá-la ou abrandá-la, mesmo porque ela foi aprovada por uma ampla maioria na Câmara e no Senado.

Que efeito essa lei vai provocar na cultura política nacional?

Eu espero que essa lei contribua para afastar do cenário político aqueles que têm um passado reprovável e os que pretendem ocupar um cargo eletivo apenas para benefício próprio, atraindo, em contrapartida, candidatos que possuam real vocação para servir o bem comum.

A lei permite que o candidato que tiver o registro negado concorra às eleições mesmo assim. Não corremos o risco de ter uma eleição sub judice?

Isso já acontece com a legislação eleitoral vigente. O candidato com registro indeferido, que tenha obtido uma liminar na Justiça, pode prosseguir com a campanha, mas por sua conta e risco. Nada mudou substancialmente quanto a esse aspecto.

Como garantir que a lei gere o mesmo efeito em todo o País? Não há risco de ela ser aplicada de formas distintas pelos TREs?

O TSE é a instância máxima no tocante à interpretação da legislação eleitoral. O seu pronunciamento sobre o tema deve pautar a ação de todos os TREs e juízes eleitorais, bem como a dos candidatos e partidos políticos em todo o País.

Há riscos de o STF suspender a eficácia da lei para estas eleições?

Qualquer questão constitucional pode ser submetida à apreciação do Supremo. Lembro, contudo, que o TSE baseou-se em precedentes do próprio STF, o qual, ao pronunciar-se sobre a lei complementar 64/1990 (Lei das Inelegibilidades), que dispunha sobre matéria semelhante, decidiu por sua aplicabilidade imediata.

CORREÇÃO SALARIAL/GASTOS PÚBLICOS [In:] ''FESTA NO INTERIOR" II

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Na gandaia dos gastos

Correio Braziliense - 21/06/2010


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na semana passada que dava por encerrada a temporada de aumentos para o funcionalismo. Tendo em vista a pressão do calendário eleitoral e o confessado empenho em eleger a sucessora, a ex-ministra Dilma Rousseff, o aviso é um alívio. Mas, o freio pode ter vindo tarde demais. O próprio Lula capitulou ante o reajuste de 7,72% aos aposentados que ganham acima do salário mínimo. Em seguida, sancionou um aumento de 15% a 38% para servidores da Câmara dos Deputados, percentuais que nem de longe guardam relação com os índices de inflação que o próprio governo, por meio de severa política monetária, tem conseguido manter abaixo dos 5% nos últimos anos.

São decisões que não sinalizam outra coisa que não seja a alegre complacência com o gasto público. Tiveram o efeito de animar os gastadores de plantão no Congresso Nacional, mais preocupados em garantir a volta às confortáveis poltronas que ocupam. Contas nacionais e superavit fiscal são palavrões que, parece, lhes soam incompreensíveis e distantes. Enquanto o presidente vetava o fim do fator previdenciário, irresponsabilidade festivamente aprovada nas duas casas legislativas, o senador Paulo Paim (PT-RS) comemorava a aprovação de mais uma de suas demagogias previdenciárias. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou a indexação do reajuste de todas as aposentadorias ao valor do salário mínimo, operação que deve representar um gasto de R$ 85 bilhões ao Tesouro, além do rombo de R$ 50 bilhões projetado para este ano para o INSS.

Não foi à toa que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não se conteve ao ser informado da decisão do Senado, afirmando que “agora tudo virou uma gandaia”. Nem a proibição constitucional de qualquer indexação ao salário mínimo inibiu os senadores, que aceitaram a criação de um disfarce, um drible na norma constitucional. Aprovaram a indexação fantasiada de Índice de Correção Previdenciária (ICP). O detalhe é que esse novo indexador leva em conta o valor do salário mínimo vigente à época da aplicação. Dizendo-se acostumado com as lamentações de falta de dinheiro do governo, o senador Paim fez caridosa concessão: a diferença poderá ser paga em cinco anos.

O governo não pode apenas lamentar o trabalho de barrar com vetos esse tipo de iniciativa que elege o autor e desgasta o papel de defensor da racionalidade e do equilíbrio financeiro. Deve assumir a culpa por não ter liderado, com toda a popularidade de Lula, uma maratona de reformas que dariam fim ao sofrimento dos aposentados e ao combustível dos demagogos. Sim, há dinheiro para os aposentados, mas a sociedade terá de ser chamada a decidir de que parte dos gastos públicos ele será retirado. É a mesma dúvida em relação à assistência médico-hospitalar prestada pelo sistema público e aos investimentos em infraestrutura para garantir o crescimento da economia e a geração de empregos. As alternativas são o endividamento, que no passado foi responsável por nos roubar duas décadas, ou o aumento de impostos (que nos levam 38% de tudo que produzimos). A escolha parece óbvia e o eleitor tem a oportunidade de cobrar posicionamento e compromisso de quem lhe pede o voto.

AQUECIMENTO DA ECONOMIA [In:] ''FESTA NO INTERIOR"

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ESTADOS VÃO BATER RECORDE DE RECEITAS COM O AQUECIMENTO DA ECONOMIA

MERCADO INTERNO AJUDA CAIXA ESTADUAL


Autor(es): Luciana Otoni, de Brasília
Valor Econômico - 21/06/2010

Contas públicas: Arrecadação de ICMS cresceu acima do recolhimento de impostos federais

O ritmo forte de consumo e mudanças na legislação tributária aumentaram a receita com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e deverão levar vários Estados a registrar recorde de arrecadação. A esses dois fatores somam-se a substituição de tecnologia nas indústrias, com a consequente tributação de itens de maior valor agregado, e a cobrança do imposto sobre a produção vendida no mercado interno e que antes era destinada à exportação.

Entre janeiro e abril, a arrecadação do ICMS aumentou em taxas de dois dígitos nas cinco regiões do país e atingiu, em âmbito nacional, R$ 84,5 bilhões, 18,6% acima do contabilizado em igual período de 2009. Se considerada a variação do IPCA, o crescimento real foi de 13%. Os Estados estão recuperando receita em velocidade superior à da União, cujas receitas cresceram 16,5% no mesmo período (em termos nominais) e 11% (descontada a inflação).
Foto Destaque

O ICMS possui a maior arrecadação entre os impostos e contribuições do intrincado sistema tributário brasileiro, superando a do Imposto de Renda, que ao fim de abril havia gerado R$ 70,9 bilhões.

Por sua capilaridade e abrangência, o ICMS é um termômetro do nível de atividade. A arrecadação, que estava elevada no primeiro semestre de 2008, antes da crise financeira global, recuou nos meses subsequentes. A reação ocorreu no último trimestre de 2009 e desde então a cobrança avança em níveis expressivos.

Dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) mostram que as taxas reais de aumento da arrecadação foram maiores no Norte e Nordeste. No Norte, a arrecadação passou de R$ 4 bilhões nos primeiros quatro meses de 2009 para R$ 4,6 bilhões, acréscimo de 15,9%, já descontada a inflação. O destaque ficou com Amazonas, cuja receita somou R$ 1,7 bilhão. O Estado, que possui um polo de fabricação de eletroeletrônicos, foi um dos primeiros a perder receita durante a crise. "Pela característica da nossa produção, fomos um dos primeiros a sentir os efeitos negativos. Mas fomos, também, um dos primeiros Estados a reagir porque a maior parte da nossa produção é destinada ao mercado interno", avalia Thomaz Afonso Queiroz, secretário-executivo de Receita da Secretaria da Fazenda do Amazonas.

A atividade econômica do Estado não se resume à Zona Franca de Manaus e conta, também, com receita proveniente da província petrolífera de Urucum. Queiroz informa que a tendência é o Amazonas registrar taxas elevadas de expansão da receita devido à fabricação, no Estado, de eletroeletrônicos de maior valor agregado e com tecnologia avançada.

A Zona Franca de Manaus está, por exemplo, substituindo a produção de televisores tradicionais pelos de tela plana. "Nossa resposta, em termos do ICMS, é diferente de outros Estados. Iremos registrar aumentos de arrecadação porque, além do maior ritmo de crescimento, há uma substituição tecnológica em curso nas nossas indústrias", acrescentou.

No Sul, as receitas aumentaram 10,5% em termos reais até abril. No Rio Grande do Sul, o montante arrecadado passou de R$ 4,8 bilhões para R$ 5,6 bilhões, como resultado direto do maior ritmo da atividade industrial e dinamismo do setor de serviços. O secretário de Fazenda do Estado, Ricardo Englert, informa que a inclusão dos segmentos de material de construção, eletroeletrônicos e eletrodomésticos nos acordos de substituição tributária geraram ganhos de R$ 50 milhões ao mês. "Nesses casos, o recolhimento do ICMS passou a ser feito pelos fabricantes e pelos atacadistas e isso diminuiu a sonegação", comenta.

O secretário menciona um terceiro fator: parte da produção destinada à exportação (que não era tributada de ICMS) está sendo vendida no mercado interno, o que também contribui para reforçar os cofres estaduais. De acordo com Englert, esse desvio dos embarques para o mercado doméstico está ocorrendo principamente no segmento alimentício.

No Nordeste, a receita com o imposto estadual registrou alta real de 15,5%. Maior economia da região, a Bahia recolheu R$ 696 milhões a mais entre janeiro e maio, acréscimo que elevou a receita com o ICMS para R$ 3,8 bilhões no primeiro quadrimestre. "O aquecimento da atividade econômica, o aumento do consumo de combustíveis e o aquecimento do comércio representaram a superação da crise", afirma o secretário de Fazenda da Bahia, Carlos Martins.

Ele lembra que, para a maioria dos Estados, a cobrança do imposto sobre combustíveis e contas de energia e telefone representa 50% da arrecadação. Em alguns Estados deve-se acrescentar a esse grupo a receita com a venda de veículos. Com isso, ressalta Martins, a economia aquecida e o maior consumo de bens duráveis e semiduráveis repercutem diretamente no caixa dos governos estaduais.

Na Bahia, o secretário destaca o desempenho do varejo. A participação do comércio tem se tornado mais relevante após o aumento do poder de compra das classes C e D. O Estado se beneficiou também de mudança na legislação. Um acordo de substituição tributária com São Paulo e Minas, reduziu a evasão e reforçou os cofre.

Martins, que representa os secretário de Fazenda no Confaz, comenta que a arrecadação dos Estados se manterá elevada, mas deverá mostrar taxas menos vistosas. "A partir deste mês deveremos observar uma expansão mais moderada em consequência da desaceleração do ritmo de expansão do PIB."

CONGRESSO NACIONAL/MEIO AMBIENTE [In:] INIMIGOS DA FAUNA/FLORA

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CONGRESSO QUER LIBERAR A MOTOSSERRA

Combustível para a motosserra


Autor(es): Vinicius Sassine
Correio Braziliense - 21/06/2010

Modificação do Código Florestal Brasileiro permitirá o desmatamento de 80 milhões de hectares, área equivalente a 138 vezes o tamanho do DF


Um detalhe despercebido no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que modifica o Código Florestal Brasileiro autoriza o desmatamento de 80 milhões de hectares de vegetação nativa, caso a nova regra definida no texto final do parlamentar entre em vigor. O cálculo das possíveis perdas em razão dessa alteração específica da lei, a que o Correio teve acesso, foi concluído pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no fim da semana passada. Os 80 milhões de hectares — equivalentes a 138 territórios do tamanho do Distrito Federal (DF) — são áreas preservadas que não precisariam entrar no cálculo das reservas legais nas propriedades rurais, por meio de um mecanismo definido por Aldo Rebelo sem qualquer alarde.

Defendido pela bancada ruralista na Câmara e atacado pelos ambientalistas, o novo Código Florestal exime propriedades rurais de até quatro módulos fiscais(1) de definirem reservas que não podem ser desmatadas. É essa medida, somada à diminuição dos espaços de áreas de preservação permanente (APPs), a que mais vem despertando polêmica e reações contrárias ao relatório final de Rebelo. Uma outra regra, porém, passou incólume às críticas até agora porque não foi detalhada no voto de Aldo, mas está presente na redação final da nova lei.

Propriedades com mais de quatro módulos fiscais poderão excluir esses quatro módulos do cálculo da reserva legal. Assim, por exemplo, uma fazenda de 10 módulos instalada no cerrado, precisará preservar 20% da vegetação — como prevê a lei para reserva legal nesse bioma — sobre seis módulos apenas. Nos outros quatro, o desmatamento estaria autorizado.

A primeira projeção mostrou 180 milhões de hectares vulneráveis. Um refinamento dos dados levou aos 80 milhões de hectares que passariam a ser alvo de novos desmatamentos. “Nas grandes propriedades rurais, 100% das áreas equivalentes a quatro módulos fiscais ficariam vulneráveis. Esse é um risco bastante preocupante, já que se disponibilizam novas áreas para desmatamento legal”, afirma o diretor do Departamento de Florestas do MMA, João de Deus Medeiros, responsável pelos cálculos.

O voto do deputado Aldo Rebelo no relatório final sobre as alterações do Código Florestal detalha as razões para se exigir reserva legal somente de propriedades com mais de quatro módulos fiscais e reafirma a permanência dos percentuais já exigidos pela lei — 80% das florestas na Amazônia Legal, 35% das áreas de savana ou de campo na mesma região, e 20% nos outros biomas brasileiros. O texto, porém, não traz nenhuma referência à exclusão dos quatro módulos do cálculo da reserva legal nas grandes propriedades, o que só aparece na redação da nova lei. O primeiro parágrafo do artigo 14 faz a seguinte especificação, ao detalhar em seguida as percentagens: “A reserva legal exigida observará os percentuais mínimos em relação à área no imóvel que exceder a quatro módulos fiscais”.

Agropecuária
Ao Correio, Aldo Rebelo disse que o relatório em discussão na Câmara não autoriza novos desmatamentos nas propriedades rurais, mesmo com a definição de regras mais brandas para reservas legais e APPs. “Os proprietários não terão autorização para se desfazer do que têm. Na verdade, eles não ficarão obrigados a recompor essas áreas.” Segundo o deputado, a preservação será reforçada pela “moratória” de novos desmatamentos, também prevista no novo Código Florestal. A retirada de mata nativa para a agropecuária ficaria proibida por cinco anos, prorrogáveis por mais cinco, conforme decisão de cada estado. “A vegetação nativa é intocável”, sustenta Aldo.

1 - Medidas
Os módulos fiscais são unidades de medida de propriedades rurais definidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conforme a realidade de cada município brasileiro. As dimensões variam em cada região do país. O MMA levou em conta essas diferenças para calcular o tamanho das áreas de vegetação que ficarão vulneráveis à devastação, caso passe a valer a regra que exclui quatro módulos fiscais do cálculo das reservas legais nas grandes propriedades.

Devastação ainda maior

Além dos 80 milhões de hectares calculados pelo MMA, referentes às áreas de quatro módulos fiscais nas grandes propriedades, outros espaços preservados ficariam ameaçados com o novo Código Florestal, segundo estudo da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP).

O relatório de Aldo Rebelo permite que APPs sejam incluídas no cálculo de reservas legais, diferentemente do que é praticado hoje (no cerrado, por exemplo, são 20% para reserva legal e 10% para APPs). Somente essa inclusão deixaria vulneráveis mais 65 milhões de hectares de mata nativa. Há ainda as áreas preservadas das pequenas propriedades rurais, de até quatro módulos, que ficariam dispensadas de definir reservas legais.

Para se ter uma ideia, somente as áreas passíveis de novos desmatamentos em razão das novas regras para o Código Florestal são maiores do que todas as unidades de conservação e terras indígenas existentes no país. Outros 104 milhões de hectares já estão desprotegidos pela atual legislação. São áreas onde o desmatamento pode ser autorizado pelo poder público. Em APPs, o deficit de vegetação — que deveria estar preservada por força da lei — é de 44 milhões de hectares e, em reservas legais, de 43 milhões, conforme o estudo da USP.

Um exemplo dessa situação é o que ocorre na região do Vale do Araguaia e da cidade de Rio Verde, em Goiás. O Ministério Público (MP) do estado mapeou, com ajuda de imagens de satélite, a situação das propriedades rurais nas duas regiões, com o objetivo de identificar o desrespeito a reservas legais e APPs em áreas por onde a pecuária e a agricultura avançam.

Na área de nascentes do Rio Araguaia, em Mineiros, 249 das 384 fazendas (64,8%) não averbaram as reservas legais. Em Rio Verde, um dos maiores produtores de soja do país, das 3.970 propriedades, 1.666 (42%) não se preocuparam em averbar as reservas. “Os donos podem estar explorando propriedades inteiras, o que é ilegal. O MP vai notificar todos eles”, afirma a promotora Sandra Garbelini. (VS)


Guerra entre os estados

A possibilidade de os estados decidirem sobre a redução de até 50% das faixas mínimas de áreas de preservação permanente (APPs), como prevê o novo Código Florestal, pode gerar uma “guerra ambiental” entre as unidades federativas: vence quem fizer menos exigências a empreendimentos econômicos interessados em se instalar no local. Mais do que isso, a transferência da União para os estados da responsabilidade de editar normas ambientais e ampliar a fiscalização esbarra nas dificuldades estruturais das Secretarias de Meio Ambiente.

No estado do Amazonas, por exemplo, 70 analistas ambientais são responsáveis por 5 mil processos em um ano. O estoque de ações em que são analisados pedidos de licença ambiental chega a 10 mil, segundo informação apurada em audiência realizada no estado para a elaboração do relatório sobre o novo Código Florestal. Em Goiás, a Secretaria de Meio Ambiente tem um servidor concursado para cada quatro comissionados, “sem qualificação necessária”, conforme constatação do Ministério Público (MP) do estado.

A falta de estrutura dos órgãos ambientais, inclusive do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é apontada no voto final do deputado Aldo Rebelo, relator do novo Código Florestal. “Há muitos conflitos de competência entre os órgãos ambientais, o que acaba por prejudicar os proprietários das terras”, cita o relatório.

PF/PT/ESPIONAGEM [In:] ''SHERLOCK'S'' e ARAPONGAS...

Chapéu

Ordem para espionar

Delegado da Polícia Federal depõe no Congresso e confirma que foi convidado por pessoas contratadas pelo PT para montar um grupo de espionagem ilegal contra adversários e inimigos internos.


Sofia Krause e Gustavo Ribeiro
Fotos Dida Sampaio/AE e Lúcio Távora/Folha Imagem
TIRO CERTO
O delegado Onézimo Sousa e o tucano Eduardo Jorge (à dir.), que teve os sigilos fiscal e bancário quebrados clandestinamente.

Não houve os tradicionais embates entre representantes do governo e da oposição, não houve tentativas de desqualificar a testemunha nem a criação de teorias conspiratórias extravagantes. O delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa compareceu na semana passada ao Senado, onde prestou depoimento sereno à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional. Ele contou aos parlamentares detalhes da reunião com integrantes da pré-campanha presidencial da ex-ministra Dilma Rousseff na qual ele foi convidado a participar de um grupo que tinha o objetivo de espionar o candidato tucano José Serra, como revelou VEJA no início do mês. Deputados petistas que estavam no plenário elogiaram o delegado, principalmente depois que ele confirmou que no encontro não havia ninguém filiado ao PT. Além disso, ao tomar conhecimento do caso, a própria candidata do partido já havia dito que desconhecia e desautorizava investidas desse nível contra adversários. O jornalista Luiz Lanzetta, que era o responsável pela área de comunicação da campanha e articulou a reunião com o grupo de arapongas, foi afastado de suas funções. No final, os petistas consideraram o caso encerrado – reduzindo tudo a uma atrapalhada tentativa de espionagem patrocinada por pessoas contratadas pelo partido, mas sem ligações oficiais com o PT. Caso liquidado?

Não fosse por alguns buracos surgidos no campo de força da versão petista que preserva a cúpula da campanha, seria mesmo um caso para arquivo. Um desses buracos se deve à reportagem do jornal Folha de S.Paulo segundo a qual a campanha do PT reuniu clandestinamente dados protegidos por sigilo fiscal e bancário do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Ex-secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge sempre esteve na mira dos petistas. A reportagem narra que a "equipe de inteligência" da campanha de Dilma Rousseff tem em seu poder cópias de depósitos bancários e das últimas declarações de imposto de renda do ex-secretário. VEJA apurou que as declarações em questão cobrem de 2005 a 2009, inclusive uma retificação feita na última delas, por causa de um erro de digitação na declaração do ano anterior. A suspeita é que os documentos teriam sido obtidos dentro da própria Receita Federal. Há ainda guardado no comitê petista, de acordo com o jornal, um conjunto de papéis sobre as investigações do caso Banestado – um gigantesco esquema de lavagem de dinheiro que foi investigado por uma CPI do Congresso, em 2003, e que envolveria partidos políticos.

Os inquéritos do caso Banestado morreram de desidratação, mas existe a suspeita de que os petistas queiram ressuscitá-lo, como uma forma de criar um clima de desconfiança em relação ao principal adversário de Dilma Rousseff – na crença de que não basta a um político ser honesto, ele também tem de parecer honesto. VEJA apurou que, em março passado, o delegado da Polícia Federal José Castilho Neto procurou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para lhe contar que havia sido sondado por colegas do Ministério da Justiça sobre a possibilidade de ele voltar a Brasília e retomar as investigações do caso Banestado. "Recebi um telefonema perguntando se eu tinha disponibilidade para retomar essa investigação", conta o policial. "Quando me sondaram, eu não falei nem que sim nem que não. Fiquei aguardando um convite formal da Polícia Federal, mas não houve retorno", conta. No início do mês, logo depois de VEJA ter revelado a existência do grupo de espionagem, o delegado voltou a ligar para o senador: "Lembra quando eu te procurei?... Era isso que eles estavam querendo que eu fizesse!", disse, referindo-se ao conteúdo da reportagem que mostrava a tentativa do comitê petista de formar um grupo para espionar o candidato José Serra. O delegado, que até dias atrás ocupava o cargo de assessor de segurança do governo do Paraná, não quis revelar a identidade de quem fez a sondagem, mas confirmou que é uma pessoa "bem colocada no Ministério da Justiça".

O que ajuda a dar credibilidade a esse conjunto de informações é que os precedentes são negativos para o PT. A formação de equipes encarregadas de bisbilhotar a vida de adversários foi testada com sucesso pelo partido em 2002 e reeditada em 2006, quando o grupo, que ficou conhecido como "aloprados", foi preso em flagrante tentando comprar um dossiê fajuto contra Serra, candidato ao governo de São Paulo. A turma que se reuniu agora no comitê de Dilma também teve uma passagem nebulosa na última campanha municipal. Em 2008, na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, o jornalista Luiz Lanzetta assessorava o candidato Marcio Lacerda, que concorria à sucessão com o apoio do então prefeito, Fernando Pimentel. O ex-jornalista Amaury Ribeiro, apontado como parceiro de Lanzetta no caso da espionagem contra Serra, trabalhava como repórter do jornal Estado de Minas. Dois dias antes do segundo turno das eleições, quando Marcio Lacerda e o peemedebista Leonardo Quintão se enfrentariam nas urnas, Amaury Ribeiro publicou uma notícia destruidora sobre o adversário do cliente de Lanzetta. Baseada em documentos da CPI do mesmo Banestado, a reportagem denunciava que Quintão e familiares haviam enviado ilegalmente dinheiro ao exterior.

A revelação acabou com as pretensões eleitorais do candidato. O peemedebista foi obrigado a desmarcar compromissos de campanha e passou as 48 horas anteriores à eleição tentando se explicar. Com a ajuda da reportagem de Amaury, Quintão perdeu a disputa para Lacerda, o cliente de Lanzetta. Tempos depois, em conversas reservadas com amigos, Quintão afirmou ter descoberto que a denúncia fazia parte de um dossiê produzido pela equipe comandada por Lanzetta – num roteiro em que aparecem os mesmos personagens de agora. Procurado, Quintão se negou a falar sobre o assunto. Informou, por meio de sua assessoria, que as denúncias abalaram sua família e que não gostaria de falar a respeito. Ele acrescentou que só descobriu que a história era produto de um dossiê eleitoral muito tempo depois de ter sua candidatura fulminada.

Fotos José Cruz/Ag. Senado e Joedson Alves /AE
TIRO ERRADO
Luiz Lanzetta, que idealizou o grupo de arapongas, e o delegado José Castilho, que também foi sondado para participar: "Era isso que eles estavam querendo que eu fizesse!".

Com reportagem de Fernando Mello
VEJA.

ELEIÇÕES [In:] COM QUE VICE, EU VOU ?

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Os 21 vices de Serra

O tucano José Serra já bateu um recorde nessa eleição: até agora, ele já teve pelo menos 21 nomes citados como possíveis candidatos a vice em sua chapa. A definição desse posto é um dos maiores mistérios da atual disputa. Durante meses, apoiadores de diversas tendências pressionaram Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, para ocupar a vaga. Enquanto Aécio recusava, pelo menos outros 20 nomes foram citados em algum momento por correligionários de Serra em entrevistas, discursos ou bastidores vazados à imprensa.

A indefinição começa a irritar aliados. Nos últimos dias, representantes do DEM passaram a reclamar publicamente o direito de indicar o vice, caso a recusa de Aécio permaneça. Em resposta, o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) chegou a dizer que o não lançamento do vice era uma “estratégia eleitoral”.

Na lista dos 21 já cotados como vice, 9 são filiados ao PSDB, 7 são do DEM, 1 do PPS, 1 do PP, 1 do PMDB, 1 do PV e 1 sem partido (ex-DEM). Quase metade da lista é composta por senadores. Dos 20 nomes, 6 são mulheres. Há ainda 3 Josés -os xarás de Serra- e 3 membros da família Neves. Confira, em ordem alfabética:

(por Ricardo Mendonça)

1) Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais

Ninguém recebeu tanta pressão para ser vice quanto ele. Durante todo o tempo, Aécio resistiu. Primeiro porque queria ser ele mesmo o cabeça da chapa. Depois porque passou a avaliar que o melhor para si é sair candidato ao Senado. Com alternativa, Aécio já sugeriu outros três nomes mineiros: Itamar Franco, Tasso Jereissati e Pimenta da Veiga.

2) Álvaro Dias, senador (PSDB-PR)

Sua postura é cautelosa. Não descarta, nem demonstra interesse explícito em ocupar o posto de vice. Há alguns dias, passou a dizer que Serra deveria ter “carta branca” para escolher o vice. O fato de ser do Paraná, Estado onde Serra já vai bem nas pesquisas, não ajuda a fortalecer seu nome.

3) Andréa Neves, irmã de Aécio

Como o assédio a Aécio nunca funcionou, alguns chegaram a sugerir o nome de sua irmã. Andréa também é política (cuida da comunicação do governo mineiro), também é de Minas, carrega o sobrenome Neves e ainda tem a vantagem de ser mulher. Mas ela não se desincompatibilizou a tempo e a proposta nunca foi levada a sério.

4) Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba

O tucano sempre foi um dos campeões de aprovação no ranking de prefeitos. Mas Richa trabalhou o tempo todo para ser candidato a governador. Hoje, é o favorito na disputa local.

5) Demóstenes Torres, senador (DEM-GO)

Junto com Agripino, Aleluia e Kátia Abreu, é uma das opções oferecidas pelo DEM. Sua principal marca nacional é a oposição às cotas para negros nas universidades, o que, do ponto de vista eleitoral, pode ser uma desvantagem.

6) Francisco (Neves) Dornelles, senador (PP-RJ)

Tio de Aécio, foi um dos mais cotados durante todo o período. O principal benefício para o PSDB seria a aliança com o PP, o que renderia mais tempo na TV. A proposta, porém, pedeu força desde a última rodada de pesquisas, que mostrou crescimento de Dilma. O PP tende a ficar com o PT ou, na melhor das hipóteses para Serra, neutro.

7) Itamar Franco, ex-presidente da República (PPS-MG)

Ele tem a vantagem de ser de Minas, mas seu comportamento às vezes mercurial pode trazer problemas. Como já foi presidente, seria uma voz com muita autoridade institucional na chapa. Além disso, o PPS não exige a vaga de vice. Interessado em voltar para o Senado, Itamar rejeitou a oferta assim: “Os serristas podem estar tranquilos, pois não sou e nem serei a pessoa para compor tal chapa.”

8) Jarbas Vascolcelos, senador (PMDB-PE)

O ex-governador de Pernambuco é uma espécie de curinga de Serra. Se o PMDB tivesse fechado aliança com o PSDB, seria um dos favoritos para ocupar o posto de vice. Como isso não ocorreu, Jarbas acabará sendo mais útil para Serra como candidato a governador. Mesmo sabendo que a missão será dura – enfrentar o favorito Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição – Jarbas topou.

9) José Agripino, senador (DEM-RN)

Sempre foi um dos mais cotados entre os aliados. A presença de Agripino na chapa solidificaria a aliança com o DEM e contemplaria a necessidade de ter um representante do Nordeste na chapa. Agripino, porém, carrega a imagem negativa desde que tentou “acusar” Dilma Rousseff de ter mentido enquanto estava sendo torturada durante a ditadura. Agora ele diz que não quer a vaga de vice.

10) José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)

Citado recentemente como opção pelo senador José Agripino, Aleluia respondeu de forma enfática, mas pouco conclusiva: “Não fui contatado por ninguém, convidado por ninguém, sondado por ninguém. Trato da minha campanha para deputado federal”, afirmou. Não recusou, nem disse que toparia.

11) José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal (ex-DEM)

Até ser preso, acusado de corrupção no caso que ficou nacionalmente conhecido como o “mensalão do DEM”, foi um nome bem cotado para ocupar o posto. Há até um vídeo no YouTube em que Serra brinca com a careca de Arruda e com a hipótese de tê-lo como vice. O escândalo o afastou totalmente de qualquer articulação política.

12) Kátia Abreu, senadora (DEM-TO) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura

Ela quer. Já disse estar “pronta para aceitar a missão”. Na avaliação de alguns, entretanto, sua imagem tão fortemente associada aos interesses dos grandes latifundiários mais atrapalha do que ajuda. Kátia já foi “agraciada” por ONGs com o Troféu Motosserra, símbolo da agressão ao meio ambiente. Seria um problema numa disputa em que uma das concorrentes, Marina Silva (PV), dá grande ênfase ao tema.

13) Marco Maciel, senador (DEM-PE)

Vice do tucano Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos presidenciais (1995 a 2002), seria uma espécie de garantia de tranqulidade para Serra. Maciel é um dos homens mais discretos da política, mas não tem potencial de agregar muitos votos. Também não demonstrou qualquer interesse em voltar ao Palácio do Jaburu.

14) Marina Silva, senadora (PV-AC)

Antes de oficializar sua própria candidatura à presidência, seu nome apareceu na imprensa como possível vice de Serra. Puro devaneio. A conversa não durou uma semana.

15) Marisa Serrano, senadora (PSDB-MS)

O fato de ser mulher poderia agregar algum valor positivo à chapa, mas seu nome é muito pouco conhecido. Além disso, Serra já tem um desempenho razoavelmente bom no Mato Grosso do Sul mesmo sem ela na chapa.

16) Patrícia Amorim, presidente do Flamengo

É o nome mais inusitado da lista. Ex-nadadora, atual vereadora do Rio de Janeiro pelo PSDB, preside o clube mais popular do país. Seu nome foi citado dias atrás em notinhas. Ela é de um Estado em que Serra enfrenta dificuldades, mas sua presença na chapa poderia provocar mais estranheza que benefícios.

17) Paulo Souto, ex-governador da Bahia (DEM)

É do nordeste, onde Serra precisa se fortalecer. Mas assim como Jarbas Vasconcelos em Pernambuco, tende a ajudar mais sendo candidado a governador. Irá disputar contra o petista Jaques Wagner, candidato à reeleição.

18) Pimenta da Veiga, ex-ministro

Ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-ministro das Comunicações no governo FHC e ex-presidente do PSDB, passou alguns anos afastado da política. Dificilmente agregaria votos, mas a chapa pelo menos teria um representante da política mineira. Seu nome foi sugerido há poucos dias por Aécio e outros representantes do PSDB de Minas.

19) Sérgio Guerra, senador (PSDB-PE)

O presidente do PSDB sempre é citado como opção diante das negativas constantes de Aécio. Guerra, na verdade, é um dos responsáveis pela articulação que escolherá o vice. Se tudo der errado, ele poderá assumir a tarefa. Tem a confiança de Serra e é bem aceito por todo PSDB.

20) Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE)

Também foi citado como opção por Aécio e outros tucanos importantes, mas sempre negou enfaticamente o interesse em ocupar o posto. Seu plano é ser candidato a senador novamente.

21) Valéria Pires, ex-vice governadora do Pará e mulher do deputado federal Vic Pires (DEM-PA)

Tem tudo para ser batizada como “solução Sarah Palin”: mulher bonita, conservadora e de um Estado distante do centro político. Ela era do PFL, foi para o PSDB, mas depois voltou para o DEM. Sua escolha facilitaria acordo entre as siglas e fortaleceria campanha na região Norte.

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http://colunas.epoca.globo.com/bocadeurna/2010/06/17/os-21-vices-de-serra/

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

21 de junho de 2010

O Globo

Manchete: BB começa hoje a vender ações para se capitalizar

Pequeno investidor pode comprar os papéis a partir de R$ 1 mil

O Banco do Brasil inicia hoje o seu processo de capitalização, para levantar no mercado R$ 9,7 bilhões. O objetivo é expandir a oferta de crédito e fazer aquisições. O BB permitirá que os pequenos investidores, brasileiros ou estrangeiros, comprem até R$ 560 milhões em ações do banco. A reserva dos papéis vai até o dia 28, e poderá ser feita a partir de R$ 1 mil. (págs. 1 e 19)

Câmara pressiona por mais gastos

Deputados correm para aprovar, antes do recesso parlamentar, em julho, o fim da cobrança dos inativos, criada em dezembro de 2003. A medida aumentaria em pelo menos R$ 2 bilhões o rombo da Previdência e deixaria ao governo, mais uma vez, o ônus do veto: arriscar a imagem diante dos aposentados, em ano eleitoral. (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Faculdades estão mais baratas

Valores chegam ao menor nível em dez anos devido à concorrência e à estagnação no ingresso de novos alunos

Concorrência acirrada e estagnação na entrada de novos alunos derrubaram as mensalidades das universidades particulares ao menor nível em dez anos.

De 1999 a 2009, o valor nominal médio caiu 31% - de R$ 532 para R$ 367-, aponta levantamento do Semesp (sindicato das universidades particulares de SP) em todo o país. No período, a inflação acumulada pelo INPC chegou a 104,3%.

Dados do MEC mostram que, de 1999 a 2008, o número de instituições particulares de ensino superior subiu 123%. Mas, entre 2007 e 2008, o número de novos alunos avançou só 0,6%. (págs. 1 e C1)

No Nordeste, chuva mata 31 e tira de casa quase 90 mil

Tempestades que atingiram Pernambuco e Alagoas na última semana já deixaram 31 mortos e 90 mil desalojados ou desabrigados.

Alagoas está sob calamidade pública. Em União dos Palmares (a 81 km de Maceió), cerca de mil pessoas ainda não foram achadas.

Na região metropolitana de Recife, barreiras deslizaram. Em Palmares, a cheia do rio Una derrubou duas pontes da BR-l0l. (págs. 1 e C4)

Cláudio Ângelo

Moratória na caça às baleias precisa acabar. (págs. 1 e A2)

Sessão única de radioterapia pode tratar câncer

Uma só dose de radioterapia logo após a retirada do tumor é tão eficaz contra o câncer de mama quanto o tratamento convencional, que inclui 30 sessões. A conclusão é de um estudo inglês feito com 2.232 mulheres submetidas à cirurgia.

Se adotada, em larga escala, a técnica poderia reduzir a fila para a terapia. (págs. 1 e C9)

Brasil desiste de intermediar acordo com Irã

O Brasil decidiu interromper sua tentativa de mediar um acordo sobre o programa nuclear do Irã, disse o chanceler Celso Amorim em entrevista ao jornal "Financial Times". "Não vamos agir de forma proativa a não ser que sejamos chamados", afirmou. (págs. 1 e A13)

Aliado de Uribe vence com folga na Colômbia

Juan Manuel Santos, 58, foi eleito ontem presidente da Colômbia, informa a enviada Flávia Marreiro.

Santos, que foi ministro do governo do conservador Álvaro Uribe, obteve 69% dos votos, contra 27,5% de Antanas Mockus, candidato do Partido Verde. (págs. 1 e A12)

Editoriais

Leia "Precisa-se de babá", sobre ingerências do Estado na vida dos indivíduos; e "Política melhor", acerca da aplicação da lei da Ficha Limpa. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Brasileiro troca dívida em cheque especial por cartão

Hoje o limite da conta é fonte de 34% dos empréstimos realizados pelas famílias, ante 60% há dez anos

Após vários anos como principal linha de crédito dos brasileiros, o endividamento pelo cheque especial tem perdido espaço. Dados do Banco Central mostram que o uso dessa opção nunca foi tão baixo. O limite da conte é fonte de 34% dos empréstimos realizados pelas famílias, ante 60% ha dez anos. Os clientes vêm migrando para o cartão de crédito, que tem o maior juro entre as operadoras bancárias: 238,3% ao ano, ante 116,3% do cheque especial. Para a Federação Brasileira dos Bancos, a mudança no perfil de endividamento ainda não preocupa, mas "pode haver problema" se o ritmo persistir. Brasileiros têm hoje 586,6 milhões de cartões, média de três por habitante. (pág. 1 e Economia, págs. B1 e B3)

Negócios: Depois da fusão

Com a integração adiantada, o Itaú-Unibanco promete uma atuação agressiva para ampliar sua participação no mercado, e mira a internacionalização, diz o presidente do banco, Roberto Setubal. A meta é ser forte na América Latina até 2015.

Serra cobra desculpas de Dilma por dossiê

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que Dilma Rousseff (PT) deveria ter pedido desculpas e afastado assessores acusados de envolvimento na montagem de suposto dossiê contra ele. Durante gravação do programa Roda Viva, da TV Cultura, ele atribuiu a Dilma a fabricação do documento: "Não sei se ela tinha (conhecimento), mas ela é responsável. (pág. 1 e Nacional, pág. A4)

Ministro de Uribe é eleito na Colômbia

O candidato governista Juan Manuel Santos foi eleito ontem o novo presidente da Colômbia, informa a enviada especial Renata Miranda. Ex-ministro da Defesa de Álvaro Uribe, ele obteve 69% dos votos, com 96,7% das urnas apuradas, e vai assumir o cargo no dia 7 de agosto. (pág. 1 e Internacional, pág. A8)

Foto legenda: Boa vizinhança: Reatarcom Venezuela e Equador é desafio para Santos

Brasil desiste da mediação Irã-Ocidente

O chanceler Celso Amorim declarou ao jornal britânico Financial Times que, devido à aprovação das sanções da ONU, o Brasil não pretende mais adotar "uma posição proativa" como interlocutor das negociações entre as potências ocidentais e o país persa. (pág. 1 e Internacional, pág. A11)

Ficha Limpa vai pegar, diz presidente do TSE (pág. 1 e Nacional, pág. A7)

Fábio Giambiagi: Uma lei para os gastos públicos

Há um processo que precisa ser revertido: a despesa primária do governo central tem aumentado, mas a capacidade de investimento permanece limitada. (pág. 1 e Economia, pág. B2)

Notas & informações: O novo aeroporto

A concessão para empresas privadas pode evitar o caos aéreo no futuro próximo. (págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Falha da BP afeta aprovação da compra de ativos no país

Os bilionários problemas da BP nos Estados Unidos com o vazamento de petróleo no Golfo do México estão afetando o processo de transferência dos ativos da Devon no Brasil, adquiridos em março pela companhia britânica por US$ 7 bilhões. O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, admitiu ao Valor que a agência não tem pressa em aprovar a transferência dos ativos, que continuam sob responsabilidade da Devon. Segundo Lima, o objetivo é estudar "com calma" os dados apresentados pela BP de olho nos trabalhos de avaliação das causas do acidente nos Estados Unidos. Dois dos campos - Xerelete e Wahoo - estão no pré-sa1.

"Não vamos decidir agora, em um momento de tensão e antes de ficarem prontos os estudos que vão dizer se os problemas no Golfo do México não resvalam para problemas maiores. Não temos pressa", explicou Lima. A criação de um fundo de US$ 20 bilhões para pagar indenizações nos EUA é outro fator que vai influenciar a decisão da agência de não se apressar a concluir a análise. "Queremos saber se ela terá sustentação financeira para assumir esses compromissos". (págs. 1, B9 e D4)

Petrobras faz parceria com a São Martinho

A Petrobras anuncia hoje nova investida em biocombustíveis. O Valor apurou que a estatal acertou as bases para uma associação com o grupo sucroalcooleiro paulista São Martinbo que beneficiará dois projetos fora do Estado de São Paulo. O apoio da Petrobras deve acelerar a conclusão da usina Boa Vista, já em operação em Quirinópolis (GO), e permitir a construção de um projeto novo (“greenfield”) na cidade vizinha, Bom Jesus de Goiás (GO). Com mais essa associação, a Petrobras passa a contar com participações em usinas que, no total, moem 30 milhões de toneladas de cana por safra, ainda a metade da capacidade da maior empresa do setor, a Cosan.

Há pouco mais de um mês, a Petrobras adquiriu, por R$ 1,6 bilhão, uma fatia de 45,7% da Açúcar Guarani, controlada pelo grupo francês Tereos. No caso da São Martinho, o aporte será de menor dimensão. (págs. 1 e B11)

Foto-legenda: Muitos Viagras

A patente do Viagra terminou ontem à meia-noite e a EMS e controladas correram para distribuir já hoje às farmácias quatro versões genéricas e quatro similares da droga, diz Waldir Eschberger, vice-presidente de mercado. Grandes laboratórios multinacionais disputarão este mercado. (págs. 1 e B8)

Depois da Copa, mais trabalho

A produção que deixou de ser realizada durante os jogos da seleção na Copa do Mundo será compensada ao longo do ano, em acordo entre empresas e funcionários. Em alguns casos, como da Usiminas, a produção não pode parar. Em outros, como na GM em São José dos Campos, os pr6prios funcionários optaram por trabalhar durante as partidas. A 80 km dali, na GM em São Caetano do Sul, os operários assistiram ao jogo de estreia em suas casas. Cerca de 400 veículos deixaram de ser fabricados.

O Brasil venceu ontem a Costa do Marfim por 3 a 1. (págs. 1 e A3)

Investimentos seguem o rumo da Cuiabá-Santarém

As obras de asfaltamento da rodovia BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, andam lentamente. O governo quer concluir metade da obra de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2010. Até agora, apenas 93 km dos 408 km contratados foram concluídos. Há buracos e poeira. Mesmo assim, a cobiça pela região já foi despeitada e muitas empresas planejam investir ali. O Valor acompanhou uma caravana que percorreu 1.300 km em três dias para ver as obras. Há planos de usinas, portos privados, fazendas e revendas. (págs. 1 e Al6)

GP vende Imbra por US$ 1 e tem perda de R$ 140 milhões

A GP Investiments fechou no fim de semana um contrato para repassar a rede de clínicas odontológicas Imbra a um novo controlador e encerrar um de seus piores negócios recentes.

Um ano e meio após comprar o controle da rede especializada em implantes dentários e de investir US$ 140 milhões, a GP entregou 78,9% do negócio pelo valor simbólico de US$ 1. Perdeu todos os recursos aplicados e se dispôs a emprestar a longo prazo R$ 40 milhões à Arbeit, a nova controladora. (págs. 1 e B4)

Estados vão bater recorde de receitas com o aquecimento da economia (págs. 1 e A4)

Para Amorim, Brasil sai chamuscado em mediação com Irã (págs. 1 e A2)

Mesmo com aporte do FGTS, grupo Rede busca recursos, diz Carmem (págs. 1 e B1)

Mercado em alta definição

Impulsionadas pela Copa do Mundo, as vendas de televisores LCD em alta definição (full HD) no paí chegaram a 800 mil aparelhos de janeiro a abril, metade do total do mercado. (págs. 1 e B2)

Voos restritos

Economia de escala baixa e problemas de infraestrutura nas cidades de menor porte reduzem a atuação das empresas aéreas regionais. Hoje, são 121 municípios atendidos, ante 169 em 1998. (págs. 1 e B4)

Investimentos da Sanofi

A Sanofi-Aventis, líder do varejo de medicamentos, investe para ampliar suas fábricas no Brasil e construir sua quarta unidade. A Medley, adquirida em 2009, será a marca de genéricos na América Latina. (págs. 1 e B8)

Agroamigo

Em cinco anos, o programa de micro-crédito rural do Banco do Nordeste e do Ministério do Desenvolvimento Agrário já financiou R$ 1,3 bilhão a mais de 700 mil agricultores, diz o presidente do BNB, Roberto Smith. (pág. 1 e Caderno especial)

Gargalos do biodiesel

Estudo do BNDES aponta fragilidades do programa brasileiro de biodiesel, como excesso de capacidade de produção que deve perdurar até 2018, e dependência da soja, fortemente ligada à cadeia alimentar. (págs. 1 e B12)

Benefícios da governança

Estudo do economista Alexandre Espírito Santo, diretor do curso de Relações Internacionais da ESPM-RJ, mostra que empresas com boas práticas de governança corporativa têm custo menor de capital. (págs. 1 e D1)

Corrida do ouro

A alta do preço internacional do ouro, impulsionada por investidores e fundos hedge em busca de proteção ou especulação, puxa o metal no mercado interno, com elevação de 16,13% no ano, ante 6,05% da bolsa. (págs. 1 e D2)

TOV cresce, mas lidera queixas

O crescimento acelerado da corretora TOV, que em pouco mais de um ano passou do 34º para o 9º lugar no ranking da BM&FBovespa, também colocou a instituição no topo das reclamações na CVM. (págs. 1 e D3)

'Refis' autárquico

Advocacia-Geral da União (AGU) prepara regulamentação para programa de parcelamento de dívidas com autarquias federais, como o INSS. O prazo para adesão terminará em 31 de dezembro. (págs. 1 e E1)

Ideias: Sergio Leo

Pré-acordo do algodão entre Brasil e EUA visa evitar atritos entre ambos e buscar temas para uma “agenda positiva”. (págs. 1 e A2)

Ideias: Luiz Werneck Vianna

Relógio da história atual do Brasil desandou; quando mais avança, mais volta e passado em busca de soluções. (págs. 1 e A6)

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RADIOBRAS.