PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, fevereiro 19, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] O DIA DO FICO

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2010 [In:] ´TÁ BOM DESTE ''TAMANHO'' ???

DILMA É PARA 2 MANDATOS, DIZ LULA

''EU NÃO IRIA ESCOLHER ALGUÉM PARA SER VACA DE PRESÉPIO''


Autor(es): Vera Rosa,
Tânia Monteiro,
Rui Nogueira,
João Bosco Rabello e
Ricardo Gandour
O Estado de S. Paulo - 19/02/2010

O presidente Lula negou que tenha escolhido Dilma Rousseff como candidata presidencial com o objetivo de tentar voltar ao poder em 2014. “Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio”, afirmou Lula em entrevista exclusiva ao Estado. “Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara.” Para o presidente, uma eventual gestão Dilma não será mais à esquerda do que o seu governo, mas afirmou que as diretrizes do programa petista podem ser mais “progressistas”: “O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender”. No entanto, disse considerar importantes os investimentos estratégicos do Estado, que incluem criar “uma megaempresa de energia no País”. O presidente manifestou preocupação com a divisão da base aliada em Estados como Minas, onde PT e PMDB não selaram aliança. “Imaginar que Dilma possa subir em dois palanques é impossível.” Na entrevista, Lula defendeu o senador José Sarney, criticou o ex-presidente FHC e falou das enchentes em São Paulo, mas poupou o governador José Serra, provável adversário de Dilma - que o presidente definiu como uma mulher “sem ranço, sem mágoa e sem preconceito” na política.

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''REI MORTO, REI POSTO'' - ''Não faz o seu sucessor quem está pensando em voltar quatro anos depois. Aí prefere que ganhe o adversário, que não é o meu caso. Eu já tive a graça de Deus de governar este país oito anos''

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Na véspera de participar do 4.° Congresso Nacional do PT, que amanhã sacramentará a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que a herdeira do espólio petista, se eleita, deverá ficar dois mandatos no cargo. Em entrevista ao Estado, Lula negou que tenha escolhido Dilma com planos de voltar ao poder lá na frente, disputando as eleições de 2014.


"Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio", afirmou o presidente. "Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara." A dez meses da despedida no Palácio do Planalto, Lula disse que o ideal é deixar as "corredeiras da política" seguirem o seu caminho. "Quem foi eleito presidente tem o direito legítimo de ser candidato à reeleição", insistiu. "Eu tive a graça de Deus de governar este país oito anos."

Uma eventual gestão Dilma, no seu diagnóstico, não será mais à esquerda do que seu governo. Ele admite, no entanto, que, no governo, ela vai imprimir "o ritmo dela, o estilo dela". Na sua avaliação, porém, diretrizes do programa de governo de Dilma, que o PT aprovará hoje, podem conter um tom mais teórico do que prático.

"Não há nenhum crime ou equívoco no fato de um partido ter um programa mais progressista do que o governo", argumentou. "O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender." Questionado se concorda com a ampliação do papel do Estado na economia, proposta na plataforma de Dilma, Lula abriu um sorriso. "Vou fazer uma brincadeira: o único Estado forte que eu quero é o Estadão", disse, numa referência ao jornal. Mais tarde, no entanto, destacou a importância de investimentos estratégicos por parte do Estado. "Quero criar uma megaempresa de energia no País."

O presidente manifestou preocupação com a divisão da base aliada em Estados como Minas, onde o PT e o PMDB até agora não conseguiram selar uma aliança. "Imaginar que Dilma possa subir em dois palanques é impossível", comentou. "O que vai acontecer é que em alguns Estados ela não vai poder ir."

Bem-humorado, Lula tomou uma xícara pequena de café e afirmou que Dilma não vai sentir sua falta como cabo eleitoral quando deixar o governo, em março. "Eu estarei espiritualmente com ela", brincou. Ele defendeu o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deu estocadas no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falou da chuva em São Paulo, mas poupou o governador José Serra (PSDB), provável adversário de Dilma.

Nem mesmo a língua afiada do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), porém, fez Lula desistir de convencer o antigo aliado a não concorrer à Presidência. "É preciso provar que o santo Lula está errado", provocou.

Na entrevista ao Estado, em agosto de 2007, perguntamos se o sr. já pensava em lançar uma mulher como candidata à sua sucessão. Sua resposta foi: "No momento em que eu disser isso, uma flecha estará apontada para esse nome, seja ele qual for." Naquela época, o sr. já tinha decidido que seria a ministra Dilma? Quando o sr. decidiu?

Quando aconteceram todos os problemas que levaram o companheiro José Dirceu a sair do governo, eu não tinha dúvida de que a Dilma tinha o perfil para assumir a Casa Civil e ajudar a governar o País. Na Casa Civil ela se transformou na grande coordenadora das políticas do governo. Foi quase uma coisa natural a indicação da Dilma. A dedicação, a capacidade de trabalho e de aprender com facilidade as coisas foram me convencendo que estava nascendo ali mais do que uma simples tecnocrata. Estava nascendo ali uma pessoa com potencial político extraordinário, até porque a vida dela foi uma vida política importante.

Mas a escolha da ministra só ocorreu porque houve um "vazio" no PT, como disse o ex-ministro Tarso Genro, com os principais candidatos à sua cadeira dizimados pela crise do mensalão, não?

Não concordo. Não tinha essa coisa de "principais candidatos". Isso é coisa que alguém inventou.

José Dirceu, Palocci...

Na minha cabeça não tinha "principais candidatos". Estou absolutamente convencido de que ela é hoje a pessoa mais preparada, tanto do ponto de vista de conhecimento do governo quanto da capacidade de gerenciamento do Brasil.

Naquele momento em que sr. chamou a ministra de "mãe do PAC", na Favela da Rocinha (Rio), ali não foi apresentada a vontade prévia para fazer de Dilma a candidata?

Se foi, foi sem querer. Eu iria lançar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na verdade, antes da eleição (de 2006). Mas fui orientado a não utilizar o PAC em campanha porque a gente não precisaria dele para ganhar as eleições. Olha o otimismo que reinava no governo! E o PAC surgiu também pelo fato de que eu tinha muito medo do segundo mandato.

Por quê?

Quem me conhece há mais tempo sabe que eu nunca gostei de um segundo mandato. Eu sempre achei que o segundo mandato poderia ser um desastre. Então, eu ficava pensando: se no segundo mandato o presidente não tiver vontade, não tiver disposição, garra e ficar naquela mesmice que foi no primeiro mandato, vai ser uma coisa tão desagradável que é melhor que não tenha.

O sr. está enfrentando isso?

Não porque temos coisas para fazer ainda, de forma excepcional, e acho que o PAC foi a grande obra motivadora do segundo mandato.

O sr. não está desrespeitando a Lei Eleitoral, antecipando a campanha?

Não há nenhum desrespeito à Lei Eleitoral. Agora, o que as pessoas não podem é proibir que um presidente da República inaugure as obras que fez. Ora, qual é o papel da oposição? É criticar as coisas que nós não fizemos. Qual é o nosso papel? Mostrar coisas que nós fizemos e inaugurar.

Mas quem partilha dessa tese diz que o sr. praticamente pede votos para Dilma nas inaugurações...

Eu dizer que vou fazer meu sucessor é o mínimo que espero de mim. A grande obra de um governo é ele fazer seu sucessor. Não faz seu sucessor quem está pensando em voltar quatro anos depois. Aí prefere que ganhe o adversário, o que não é o meu caso.

Há quem diga que o sr. só escolheu a ministra Dilma, cristã nova no PT, com apenas nove anos de filiação ao partido, porque, se eleita, ela será fiel a seu criador. Isso deixaria a porta aberta para o sr. voltar em 2014. O sr. planeja concorrer novamente?

Olha, somente quem não conhece o comportamento das mulheres e somente quem não conhece a Dilma pode falar uma heresia dessas. Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio. Não faz parte da minha vida nem no PT nem na CUT. Eu já tive a graça de Deus de governar este país oito anos. Minha tese é a seguinte: rei morto, rei posto. A Dilma tem de criar o estilo dela, a cara dela e fazer as coisas dela. E a mim cabe, como torcedor da arquibancada, ficar batendo palmas para os acertos dela. E torcendo para que dê certo e faça o melhor. Não existe essa hipótese .

O sr. não pensa mesmo em voltar à Presidência?

Não penso. Quem foi eleito presidente tem o direito legítimo de ser candidato à reeleição. Ponto pacífico. Essa é a prioridade número 1.

O sr. não vai defender a mudança dessa regra, de fim da reeleição com mandato de cinco anos?

Não vou porque quando quis defender ninguém quis. Eu fui defensor da ideia de cinco anos sem reeleição. Hoje, com a minha experiência de presidente, eu queria dizer uma coisa para vocês: ninguém, nenhum presidente da República, num mandato de quatro anos, concluirá uma única obra estruturante no País.

Então o sr. mudou de ideia...

Mudei de ideia. Veja quanto tempo os tucanos estão governando São Paulo e o Rio Tietê continua do mesmo jeito. É draga dali, tira terra, põe terra. Eu lembro do entusiasmo do Jornal da Tarde quando, em 1982, o banco japonês ofereceu US$ 500 milhões para resolver aquilo. A verdade é que, para desgraça do povo de São Paulo, as enchentes continuam. Eu não culpo o Serra, não culpo o Kassab e nenhum governante. Eu acho que a chuva é demais. No meu apartamento, em São Bernardo, está caindo mais água dentro do que fora. Choveu tanto que vazou. Há dias o meu filho me ligou, às duas horas da manhã, e disse: "Pai, estou com dois baldes de água cheios." Eu fui a São Paulo no dia do aniversário da cidade e disse que o governo federal está disposto a sentar com o governo do Estado, com o prefeito, e discutir uma saída para ver se consegue resolver o problema, que é gravíssimo. Não queremos ficar dizendo: "Ah, é meu adversário, deu enchente, que ótimo". Quem está falando isso para vocês viveu muitas enchentes dentro de casa.



"Quero criar no País uma megaempresa de energia"


Pelas diretrizes do programa do PT, um eventual governo Dilma Rousseff parece que será mais à esquerda que o seu...

Eu ainda não vi o programa, eu sei que tem discussão. Mas conheço bem a Dilma e, como acho que ela deve imprimir o ritmo dela, se ela tomar uma decisão mais à esquerda do que eu, eu tenho que encarar com normalidade. E, se tomar uma posição mais à direita do que eu, tenho que encarar com normalidade. Tenho total confiança na Dilma, de que ela saberá fazer as coisas corretas para este país. Uma mulher que passou a vida que a Dilma passou - e é sem ranço, sem mágoa, sem preconceito - venceu o pior obstáculo.

A experiência de poder distanciou o sr. do pensamento mais utópico do PT, não?

Veja, o PT que chegou ao poder comigo, em 2002, não era mais o PT de 1980, de 1982.

Não era porque houve a Carta ao Povo Brasileiro...

Não é verdade. Num Congresso do PT aparecem 20 teses. Tem gosto para todo mundo. É que nem uma feira de produtos ideológicos. As pessoas compram o que querem e vendem o que querem. O PT, quando chegou à Presidência, tinha aprendido com dezenas de prefeituras, já tínhamos as experiências do governo do Acre, do Rio Grande do Sul, de Mato Grosso do Sul... O PT que chegou ao governo foi o PT maduro. De vez em quando, acho que foi obra de Deus não permitir que eu ganhasse em 1989. Se eu chego em 1989 com a cabeça do jeito que eu pensava, ou eu tinha feito uma revolução no País ou tinha caído no dia seguinte. Acho que Deus disse assim: "Olha, baixinho, você vai perder várias eleições, mas, quando chegar, vai chegar sabendo o que é tango, samba, bolero." O PCI italiano passou três décadas sendo o maior partido comunista do mundo ocidental, mas não passava de 30%. Eu não tinha vocação para isso. E onde eu fui encontrar (a solução)? Na Carta ao Povo Brasileiro e no Zé Alencar. Essa mistura de um sindicalista com um grande empresário e um documento que fosse factível e compreensível pela esquerda e pela direita, pelos ricos e pelos pobres, é que garantiu a minha chegada à Presidência.

Mesmo assim, o sr. teve de funcionar como fator moderador do seu governo em relação ao partido...

E vou continuar sendo. Eu não morri.

Mas a Dilma poderá fazer isso?

Ah, muito. Hipoteticamente, vocês acham que o PSTU ganhará eleição com o discurso dele? Vamos supor que ganhe, acham que governa? Não governa.

As diretrizes do PT, que pregam o fortalecimento do Estado na economia, não atrapalham?

Quero crer que a sabedoria do PT é tão grande que o partido não vai jogar fora a experiência acumulada de ter um governo aprovado por 72% na opinião pública depois de sete anos no poder. Isso é riqueza que nem o mais nervoso trotskista seria capaz de perder.

Os críticos do programa do PT dizem que o Estado precisa ter limites como empreendedor. Por que mais Estado na economia?

Vou fazer uma brincadeira: o único Estado forte que eu quero é o Estadão (risos). Não existe hipótese, na minha cabeça, de você ter um governo que vire um governo gerenciador. O governo tem dois papéis e a crise reforçou a descoberta deste papel. O governo tem, de um lado, de ser o regulador e o fiscalizador; do outro lado, tem de ser o indutor, o provocador do investimento, que discute com o empresário e pergunta por que ele não investe em tal setor.

Por que é preciso ressuscitar empresas estatais para fazer programas como a universalização da banda larga? O governo toca o Luz Para Todos com uma política pública que contrata serviços junto às distribuidoras e não ressuscita a Eletrobrás.

Mas nós estamos ressuscitando a Eletrobrás. O Luz Para Todos só deu certo porque o Estado assumiu. As empresas privadas executam sob a supervisão do governo, que é quem paga.

Não pode fazer a mesma coisa com a banda larga?

Pode. Não temos nenhum problema com a empresa privada que cumpre as metas. Mas tem empresa privada que faz menos do que deveria. Então, eu quero, sim, criar uma megaempresa de energia no País. Quero empresa que seja multinacional, que tenha capacidade de assumir empréstimos lá fora, de fazer obras lá fora e fazer aqui dentro. Se a gente não tiver uma empresa que tenha cacife de dizer "se vocês não forem, eu vou", a gente fica refém das manipulações das poucas empresas que querem disputar o mercado. Então, nós queremos uma Eletrobrás forte, para construir parceria com outras empresas. Não queremos ser donos de nada.

A banda larga precisa de uma Telebrás?

Se as empresas privadas que estão no mercado puderem oferecer banda larga de qualidade nos lugares mais longínquos, a preço acessível, por que não?

Mas precisa de uma Telebrás?

Depende. O governo só vai conseguir fazer uma proposta para a sociedade se tiver um instrumento. Não quero uma nova Telebrás com 3 ou 4 mil funcionários. Quero uma empresa enxuta, que possa propor projetos para o governo. Nosso programa está quase fechado, mais uns 15 dias e posso dizer que tenho um programa de banda larga. Vou chamar todos e quero saber quem vai colocar a última milha ao preço mais baixo. Quem fizer, ganha; quem não fizer, tá fora. Para isso o Estado tem de ter capacidade de barganhar.

O sr. teme que o PSDB venha na campanha com o discurso de gastança, de inchaço da máquina, que o seu governo contratou 100 mil novos servidores?

Vou dar um número, pode anotar aí: cargos comissionados no governo federal, para uma população de 191 milhões de habitantes. Por cada 100 mil habitantes, o governo tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 e a Prefeitura de São Paulo tem 45.

Deixar o governo de Minas para o PMDB de Hélio Costa facilita a vida de Dilma junto à base aliada?

A aliança com o PMDB de Minas independe da candidatura ao governo de Estado. O Hélio Costa tem me dito publicamente que a candidatura dele não é problema. Ele propõe o óbvio, que se faça no momento certo um estudo e veja quem tem mais condições e se apoie esse candidato. Acho que os companheiros de Minas, tanto o Patrus Ananias quanto o Fernando Pimentel se meteram em uma enrascada. Estava tudo indo muito bem até que eles transformaram a disputa entre eles em uma fissura muito ruim para o PT. Como a política é a arte do impossível, quem sabe até março eles conseguem resolver o problema deles.

A desistência da pré-candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) facilitaria a vida de Dilma?

O Ciro é um companheiro por quem tenho o mais profundo respeito. Eu já gostava do Ciro e aprendi a respeitá-lo. Um político com caráter. E, portanto, eu não farei nada que possa prejudicar o companheiro Ciro Gomes. Eu pretendo conversar com ele, ver se chegamos à conclusão sobre o melhor caminho.

Ele diz que o "santo Lula" está errado.

É preciso provar que o santo está errado. É por isso que eu quero discutir.

O sr. ainda quer que ele seja candidato ao governo de São Paulo?

Se eu disser agora, a minha conversa ficará prejudicada.

O senador Mercadante pode ser o plano B?

Não sei. Alguém terá de ser candidato.

O Ciro tem dito que a aliança da ministra Dilma com o PMDB é marcada pela frouxidão moral.

Todo mundo conhece o Ciro por essas coisas. Mas acho que ele não disse nada que impeça uma conversa com o presidente.

O que se teme no Temer? Ele é o nome para vice?

O Michel Temer, neste período todo que temos convivido com ele, que ele resolveu ficar na base e foi eleito presidente da Câmara, tem sido um companheiro inestimável. A questão da vice é uma questão a ser tratada entre o PT, a Dilma e o PMDB.

O sr. não teme que Dilma caia nas pesquisas após sair do governo?

Ela vai crescer.

Mas sozinha?

Ela nunca estará sozinha. Eu estarei espiritualmente ao lado dela (risos).

Há quem tenha ficado assustado com a foto do sr. abraçando o Collor, depois de tudo o que passou na campanha de 1989.

O exercício da democracia exige que você faça política em função da realidade que vive. O Collor foi eleito senador pelo voto livre e direto do povo de Alagoas, tanto quanto foi eleito qualquer outro parlamentar. Ele está exercendo uma função institucional e merece da minha parte o mesmo respeito que eu dou ao Pedro Simon, que de vez em quando faz oposição, ao Jarbas Vasconcelos, que faz oposição. Se o Lula for convidado para determinadas coisas, não irá. Mas o presidente tem função institucional. Portanto, cumpre essa função para o bem do País e, até agora, tem dado certo. Fui em uma reunião com a bancada do PT em que eles queriam cassar o Sarney. Eu disse: muito bem, vocês cassam o Sarney e quem vem para o lugar?

O sr. acha que o eleitor entende?

O eleitor entende, pode entender mais. Agora, quem governa é que sabe o tamanho do calo que está no seu pé quando quer aprovar uma coisa no Senado.

O governo depende do Sarney no Senado? O único punido até agora foi o Estado, que está sob censura.

O Sarney foi um homem de uma postura muito digna em todo esse episódio. Das acusações que vocês (o jornal) fizeram contra o Sarney, nenhuma se sustenta juridicamente e o tempo vai provar. O exercício da democracia não permite que a verdade seja absoluta para um lado e toda negativa para o outro lado. Perguntam: você é contra a censura? Eu nasci na política brigando contra a censura. Exerço um governo em que eu duvido que alguém tenha algum resquício de censura. Mas eu não posso censurar que os Poderes exerçam suas funções. Eu não posso censurar a imprensa por exercer a sua função de publicar as coisas, nem posso censurar um tribunal ou uma Justiça por dar uma decisão contrária. Deve ter instância superior, deve ter um órgão para recorrer.

O sr. e o PT lideraram o processo de impeachment de Collor e nada, então, se sustentou juridicamente porque o STF absolveu o ex-presidente. O sr. está dizendo que o jornal não deveria publicar as notícias porque não se sustentariam juridicamente? Os jornais publicam fatos...

Não quero que vocês deixem de publicar nada. Minha crítica é esta: uma coisa é publicar a informação, outra coisa é prejulgar. Muitas vezes as pessoas são prejulgadas. Todos os casos que eu vi do Sarney, de emprego para a neta, daquela coisa, eu ficava lendo e a gente percebia que eram coisas muito frágeis. Você vai tirar um presidente do Senado porque a neta dele ligou para ele pedindo um emprego?

O caso da neta é o corporativismo, o fisiologismo, os atos secretos...

O que eu acho é o seguinte: o DEM governou aquela Casa durante 14 anos e a maioria dos atos secretos era deles. E eles esconderam isso para pedir investigação do outro lado. É uma coisa inusitada na política.

O sr. acha que os fatos do "mensalão do DEM", no Distrito Federal, são fatos inverídicos também?

No DEM tem um agravante: tem gravação, chegaram a gravar gente cheirando dinheiro.

No mensalão do PT tinha uma lista na porta do banco com o registro dos políticos indo pegar a mesada...

Vamos pegar aquela denúncia contra o companheiro Silas Rondeau, que foi ministro das Minas e Energia. De onde se sustenta aquela reportagem dizendo que tinha dinheiro dentro daquele envelope? Como se pode condenar um cara por uma coisa que não era possível provar?

O sr. tem dito, em conversas reservadas, que quando terminar o governo, vai passar a limpo a história do mensalão. O que o sr. quer dizer?

Não é que vou passar a limpo, é que eu acho que tem coisa que tem de investigar. E eu quero investigar. Eu só não vou fazer isso enquanto eu for presidente da República. Mas, quando eu deixar a Presidência, eu quero saber de algumas coisas que eu não sei e que me pareceram muito estranhas ao longo do todo o processo.

Quem o traiu?

Quando eu deixar a Presidência, eu posso falar.

Por que é que o seu governo intercede em favor do governo do Irã?

Porque eu acho que essa coisa está mal resolvida. E o Irã não é o Iraque e todos nós sabemos que a guerra do Iraque foi uma mentira montada em cima de um país que não tinha as armas químicas que diziam que ele tinha. A gente se esqueceu que o cara que fiscalizava as armas químicas era um brasileiro, o embaixador Maurício Bustani, que foi decapitado a pedido do governo americano, para que não dissesse que não havia armas químicas no Iraque.

O sr. continua achando que a Venezuela é uma democracia?

Eu acho que a Venezuela é uma democracia.

E o seu governo aqui é o quê?

É uma hiper-democracia. O meu governo é a essência da democracia.

ELEIÇÕES 2010 [In:] CIRO GOMES. ''CUMPANHÊRO'' OU ADVERSÁRIO ?

Na TV, Ciro confirma disputa à Presidência

Autor(es): Roldão Arruda
O Estado de S. Paulo - 19/02/2010

Deputado diz ser o melhor para continuar o governo Lula

EM CENA - Estilo decidido, elogios a Lula e recado para Dilma





No programa gratuito do Partido Socialista Brasileiro (PSB), apresentado ontem à noite em rede nacional de TV, o deputado federal Ciro Gomes (CE), fez questão de explicitar duas mensagens políticas. A primeira foi a confirmação de que está presente, com os dois pés, na corrida sucessória para a Presidência da República. A segunda foi um recado para a pré-candidata petista, Dilma Rousseff. Disse que ninguém é melhor que ele para dar continuidade ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nada foi explícito, porque a legislação eleitoral ainda não permite fazer campanha. Mas os sinais estavam lá, bem claros. Escolhido para fazer a apresentação do programa, no lugar do presidente do partido, Eduardo Campos (PE), Ciro entrou em cena, com seu estilo decidido, elogiando o governo.

"Sob a liderança extraordinária do presidente Lula, o Brasil conquistou grandes avanços", afirmou. "Pela primeira vez o governo federal dedicou a atenção e os recursos necessários para atender o nosso povo que mais precisa. E assim nasceram, por exemplo, a política de aumento real do salário mínimo, a ampliação do crédito popular e o Bolsa-Família."

Na opinião de Ciro, as mudanças foram possíveis graças, sobretudo, à vontade do presidente Lula, que muitas vezes teria sido abandonado por amigos e aliados. Mas nunca por ele, ex-ministro da Integração Nacional do governo: "Eu e o meu partido sempre estivemos firmes ao lado desse projeto liderado por Lula, principalmente nos momentos mais difíceis."

Feito esse alinhamento com Lula, que, segundo pesquisas de opinião pública, tem um índice pessoal de aprovação em torno de 80%, Ciro enfatizou que o desafio do País agora é "consolidar as conquistas" e encarar as tarefas que ainda precisam ser cumpridas. Dito isso, apresentou o PSB, representado por ele, como "a opção do futuro", com boas ideias para "preservar o legado de Lula".

Além de tentar arrebatar a bandeira de Dilma, apresentada como sucessora oficial de Lula, o ex-ministro também criticou o tom de plebiscito que o PT tenta imprimir à disputa presidencial. "Esse clima de Corinthians e Palmeiras, de Fla-Flu partidário, que leva o cidadão e eleitor a votar no partido A com medo do partido B e não pelas suas propostas, e vice versa, é ruim para o Brasil e muito arriscado para o projeto que estamos construindo", disse.

No papel de mestre de cerimônias, Ciro apresentou as experiências de governo conduzidas pelo PSB em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Falou de São Paulo apenas de maneira indireta, lembrando que, uma vez que a Região Nordeste cresce num ritmo superior à média nacional, diminui o número de pessoas que saem de lá em busca de emprego no Sul e Sudeste.

No fim, disse que, entre olhar para o passado e elogiar o presente, prefere encarar o futuro. Em outras palavras: se vê como terceira via.


FRASES

Ciro Gomes
Deputado (PSB-CE)

"Sob a liderança extraordinária do presidente Lula, o Brasil conquistou grandes avanços"

"Pela primeira vez o governo federal dedicou a atenção e os recursos necessários para atender o que nosso povo mais precisa"

"O desafio agora é olhar para a frente e preparar o nosso país para as enormes tarefas que ainda temos de cumprir"

ELEIÇÕES 2010 [In:] CONGRESSO DO PT. ''PRESS OUT !!! "

Entre companheiros

Autor(es): Agencia O Globo/Maria Lima e Cristiane Jungblut
O Globo - 19/02/2010



BRASÍLIA. Em sua primeira aparição no 4° Congresso Nacional do PT, ontem, a ministra da Casa Civil e presidenciável do PT, Dilma Rousseff, defendeu os pilares da atual política externa do Brasil, principalmente a maior aproximação com os países vizinhos e com nações da África e da Ásia. Discurso apropriado para os mais de 130 delegados de partidos de esquerda do mundo inteiro, inclusive os comunistas e socialistas de Cuba, China, Coreia do Norte, Bolívia e Venezuela, entre outros.

No encontro fechado para a imprensa, tanto Dilma como o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, defenderam o fortalecimento da política externa de Lula.

— A política externa brasileira tem que tender mais para os vizinhos da América Latina e também para África e Ásia, mantendo a parceria que a gente já tem com os outros blocos dos Estados Unidos e da Europa — disse Dilma.

No seminário organizado pelo secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, participaram ainda representantes de partidos de esquerda, ou alinhados, de Alemanha, Arábia Saudita, Camarões, Angola, Egito, El Salvador, Equador, Espanha e Estados Unidos.

Uma das representantes da Venezuela transmitiu a Dilma o apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
No primeiro dia do congresso do PT, Dilma se reúne a portas fechadas com aliados estrangeiros

Dilma foi ovacionada pelos delegados e representantes de mais de 30 países. Na saída, disse que ficou “comovida” com o tratamento recebido no primeiro dia do encontro do PT. Sorridente, disse que sua estratégia como ministra será mantida até a desincompatibilização, no fim de março, quando assumirá totalmente a condição de candidata.

Por enquanto, disse, não muda nada: — Até lá, vou manter o mesmo tipo de atividade que mantenho. Estou a um mês da desincompatibilização.

No sábado, serei pré-candidata.

A lei diz que tem que haver uma convenção e que ela se dê num prazo limite (no fim de junho).

Um delegado do México quis saber se a ministra tinha se decepcionado com o governo de Barack Obama nos EUA. De acordo com um parlamentar, Dilma afirmou que ainda era cedo para esse tipo de avaliação e destacou o papel importante do presidente americano para a América Latina e o mundo.

Coordenador de campanha de Dilma, Marco Aurélio Garcia reagiu às críticas da oposição e da mídia à política de Lula e às propostas do PT para o programa de governo. Numa referência ao ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, Marco Aurélio foi aplaudido quando disse que a mídia achava natural um chanceler brasileiro ser obrigado a tirar os sapatos para entrar nos EUA.

— Há certos críticos que em certos momentos fazem menções e avaliam que nossas políticas são condescendentes com nossos vizinhos da América Latina. Dizem que ficamos nos aproximando desse índio da Bolívia, do cura do Paraguai e do louco da Venezuela — disse Marco Aurélio no encontro fechado, segundo um petista.

Em entrevistas, o secretário também defendeu os textos a serem aprovados no encontro e negou que sejam de sua autoria as teses mais radicais do partido: — É um programa que lembra os tempos atuais, não tem nada aí que seja uma ruptura com o que o governo Lula realizou. Estamos olhando para o futuro. A imprensa inventa as coisas para depois desconstruir. Prefiro a imprensa dizendo mentiras do que a imprensa calada — disse Marco Aurélio, acrescentando: — A Dilma já é muito conhecida no exterior. Com o tempo, ela vai virar “a cara”.

ELEIÇÕES 2010 [In:] A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM *

Dirceu terá papel oficial na campanha de Dilma

Dirceu: Terei papel oficial na campanha da Dilma

Autor(es): Agencia O Globo/Maria Lima,
Gerson Camarotti e
Cristiane Jungblut
O Globo - 19/02/2010

Cassado e sob investigação do STF por causa do mensalão do PT, o ex-deputado José Dirceu foi um dos mais assediados no congresso do partido, aberto ontem, e disse que vai ter função formal na campanha da candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff. “Agora serei do Diretório Nacional (do PT). Vou ter um papel oficial na campanha da Dilma”, disse ele. Deputado cassado vira estrela no congresso do PT e faz releitura de escândalos: Mensalão para mim não é corrupção



BRASÍLIA. Alijado oficialmente da vida pública desde dezembro de 2005, quando seu mandato de deputado foi cassado pela acusação de ser mentor do maior escândalo de corrupção do governo Lula, o ex-ministro José Dirceu desfilou ontem no 4° Congresso Nacional do PT reabilitado. Ele está prestes a assumir uma função de articulação na campanha da presidenciável petista, Dilma Rousseff.

Disse que estará nos palanques do PT este ano porque não está na clandestinidade.

— Antes não era do Diretório Nacional. Agora serei. Vou ter um papel oficial na campanha da Dilma, mas ainda não sei o que é — afirmou.

Bronzeado e mais magro, Dirceu foi o mais requisitado ontem de manhã, enquanto Dilma e outros petistas participavam de seminário sobre questões internacionais.

Ele posou para fotos com militantes, conversou com dirigentes petistas.

Perguntada se Dirceu seria bem-vindo ao seu palanque, Dilma afirmou: — Ele é um dirigente do partido e, como tal, será considerado.

Sem dúvida (será bem-vindo).

Todos os dirigentes do PT, todos os militantes do PT serão bem-vindos, até porque deles eu dependo para me eleger.

A busca de Dirceu pelos holofotes e o aviso de que estará presente nos palanques de Dilma causou desconforto entre alguns petistas e integrantes do governo, que preferem atuação mais discreta do ex-ministro.

Mas Dirceu, à vontade, contou que só ano passado visitou 70 vezes os estados para resolver pendências do partido.

— Vou subir nos palanques e não vou tirar votos da Dilma não. Não vou ficar na clandestinidade.

Já fiquei dez anos na clandestinidade. Nunca fui de bastidor. Sempre tive uma atuação pública, sempre fui eleito. Se me convidarem e houver demanda, estarei sempre à disposição — disse Dirceu, afirmando que não há nada contra ele: — Em tudo o que fui julgado, já fui absolvido. Mensalão para mim não é corrupção, é financiamento de campanha com caixa 2.


Berzoini defende ação de Dirceu

O deputado Ricardo Berzoini, que está deixando a presidência do PT, também defendeu a presença de Dirceu no partido e na campanha eleitoral. Na avaliação dele, houve uma mudança na opinião pública, e Dirceu não trará inconvenientes eleitorais.

— Se analisarmos tudo o que ocorreu de 2005 para cá, veremos que houve um processamento da opinião pública.

As pessoas já separam o que é político do que jurídico.

De nossa parte, não há nenhum constrangimento.

Dirceu disse que se considera reabilitado pelo afeto e solidariedade dos companheiros, mas reconhece que o fantasma do mensalão só estará sepultado quando for julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), onde responde a processo como o chefe da “quadrilha” do escândalo.

— Ainda não está sepultado.

Quero ser julgado logo. Onde fui julgado, fui absolvido. Não há nada contra mim. Não sei por que ser condenado.

Dilma chegou ao encontro acompanhada do ex-senador José Eduardo Dutra, que assume hoje o comando nacional do PT. Chamou a atenção sua blusa azul piscina, que destoou de toda a decoração em vermelho, do chão ao teto, com milhares de estrelas espalhadas pelo Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

— Estou guardando o vermelho para sábado — respondeu a ministra, quando disseram que o azul era a cor dos tucanos.
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(*) Título de filme (... um tipo de jocosidade popular).
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ARGENTINA/INGLATERRA e BRASIL [In:] ''POR QUEM OS SINOS DOBRAM..." *

Argentina busca apoio internacional por Malvinas

Autor(es): Ariel Palacios
O Estado de S. Paulo - 19/02/2010

Governo de Cristina quer ajuda da ONU e do Grupo do Rio para impedir prospecções petrolíferas que Grã-Bretanha pretende fazer no arquipélago


A presidente Cristina Kirchner lançará na próxima semana uma ampla ofensiva para obter apoio de outros países na disputa que mantém com a Grã-Bretanha pela posse das Ilhas Malvinas. O conflito foi intensificado nos últimos dias pelo iminente início de exploração de petróleo no arquipélago - em posse dos britânicos desde 1833 - que a Argentina reivindica como parte de seu território. Em uma última tentativa de impedir as perfurações, Cristina pedirá respaldo para pressionar a Grã-Bretanha aos presidentes dos países do Grupo do Rio - entre eles o Brasil - que na segunda e terça-feira participarão de uma reunião no México.


Além do Grupo do Rio, o chanceler argentino, Jorge Taiana, se reunirá com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a quem pedirá que a organização internacional interceda na crise diplomática.

No fim de semana chegará às Malvinas a plataforma da empresa petrolífera Desire Petroleum para iniciar a perfuração a 160 quilômetros ao norte do arquipélago. Se a operação for bem-sucedida, será a primeira vez que petróleo jorrará nas ilhas, fato que, segundo analistas em Londres e Buenos Aires, entusiasmaria os moradores a buscar autonomia. Essa possibilidade, afirmam, poderia colocar a pique a reivindicação argentina sobre as Malvinas.

EXTRAÇÃO

Na semana passada, Cristina decretou que todos os navios que partam rumo às Malvinas terão de contar com autorização da Argentina. O motivo é impedir que insumos para a extração petrolífera cheguem às ilhas, elevando o custo da atividade. Mas especialistas afirmam que, apesar disso, a extração nas ilhas será lucrativa sempre que o preço do barril do petróleo seja superior a US$ 25 (atualmente está em US$ 77).

O analista de geopolítica Claudio Fantini, , autor do livro Os Deuses da Guerra, afirmou ao Estado que, com a medida, a presidente busca complicar a exploração que a Grã-Bretanha pretende fazer. Fantini ressalta que a medida produziria maior efeito se ela fosse acompanhada por decisões similares por parte do Uruguai e o Chile: "Se esses dois países também não cedessem seus portos, complicaria as coisas para a Grã-Bretanha."

O analista não acredita que a eventual descoberta de petróleo levaria os kelpers a aspirar a independência da Grã-Bretanha. "Mas, se isso acontecesse, complicaria tudo para a Argentina", afirma Fantini.

No entanto, o sociólogo Vicente Palermo, autor de Sal nas Feridas, sobre a Guerra das Malvinas, declarou ao Estado que "a política teimosa do governo e a cega obsessão de recuperar as ilhas acaba reforçando a desconfiança dos moradores das ilhas (denominados de kelpers) com a Argentina e complicam a reaproximação com as ilhas".

Ontem, o vice-chanceler argentino Victorio Taccetti afirmou que seu governo está tomando "medidas" para a defesa da soberania. Durante reunião no Parlamento Taccetti afirmou que a exploração de petróleo constitui um "ato unilateral de agressão" por parte da Grã-Bretanha.

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(*) Título de livro.

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BALANÇA COMERCIAL [In:] O PESO DA VENEZUELA (?)

Venezuela derruba exportação brasileira de frango


Autor(es): Alda do Amaral Rocha, de São Paulo

Valor Econômico - 19/02/2010


Uma forte queda nos embarques para a Venezuela, principalmente, derrubou as exportações brasileiras de carne de frango em janeiro. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), as vendas externas totais no mês somaram 233,3 mil toneladas, recuo de 15,09% sobre as 274,78 mil toneladas de janeiro de 2009. Em receita, a perda foi de 2,80%, saindo de US$ 414,180 milhões em janeiro de 2009, para US$ 402,588 milhões em igual mês este ano. "Houve queda forte nos volumes para a América Latina. A Venezuela, um grande mercado para o Brasil, está comprando menos", disse o presidente da Abef, Francisco Turra.

De fato, as exportações de carne de frango para o país governado por Hugo Chávez despencaram em janeiro. O recuo foi de 77,6%, de 28,7 mil toneladas em janeiro de 2009 para 6,425 mil toneladas em janeiro deste ano. O tombo foi similar na receita (77,7%), que saiu de US$ 51,939 milhões em janeiro do ano passado para US$ 11,573 milhões no primeiro mês de 2010.

A razão para a forte queda é que a Venezuela - onde o governo é responsável pelas importações - vinha adquirindo grandes volumes de frango até o fim de 2008 e início de 2009. Acabou ficando estocada e foi digerindo os volumes no decorrer de 2009, segundo uma fonte da indústria exportadora. Por isso, os números de janeiro são bem inferiores aos do mesmo mês de 2009.

Além disso, a queda dos preços do petróleo por conta da crise global também influencia, ainda que as cotações já tenham se recuperado. Como a maior parte das receitas da Venezuela vem do petróleo, o governo segurou as compras de frango no segundo semestre de 2009, o que se reflete nos embarques agora. Mas, diz a mesma fonte, o governo venezuelano se diz comprometido em não deixar faltar alimentos no país.

Enquanto a Venezuela tem decepcionado os exportadores, o Oriente Médio elevou os volumes comprados do Brasil. Foram 87,660 mil toneladas em janeiro, com alta de 2,5% sobre igual mês do ano passado. Em receita, o ganho foi mais expressivo: de 37,32%, para US$ 141,804 milhões.

Parte desse avanço se deve ao aumento de quase 100% das vendas ao Iraque, que comprou US$ 15,846 milhões em janeiro.

De acordo com Turra, os preços médios na exportação em janeiro se recuperaram (alta de 15%) por causa da alta do dólar ante o real. Também houve reação de preços no Oriente Médio, Japão e Europa.

GOVERNO LULA/LULA [In:] ''A ESPERA DE UM MILAGRE" *

Após três meses, Lula não responde sobre mensalão

Lula silencia há 3 meses sobre mensalão

Autor(es): FLÁVIO FERREIRA
Folha de S. Paulo - 19/02/2010
STF reenvia ao presidente 33 questões do Ministério Público sobre processo, que estão na Casa Civil desde novembro

Procuradoria quer saber se petista foi informado sobre repasses do PT a aliados; não há prazo para resposta, mas Lula tem de se manifestar


Há mais de três meses o STF (Supremo Tribunal Federal) aguarda respostas do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a perguntas sobre o conhecimento dele dos fatos apontados na ação penal do mensalão e sua relação com os réus no processo. As questões foram elaboradas pelo Ministério Público Federal, que é o autor do processo em andamento no STF sobre a suposta compra de apoio de partidos e políticos pelo PT entre 2002 e 2005.
Lula, que não é um dos réus na ação penal, foi indicado como testemunha de defesa por dois dos acusados no processo, os ex-deputados federais Roberto Jefferson e José Janene. Suas respostas serão o primeiro depoimento formal do presidente sobre o caso.
Em novembro de 2009, Lula negou a existência do mensalão. "Foi uma tentativa de golpe no governo. Foi a maior armação já feita contra o governo", disse, em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV!
Ante a demora de Lula em responder ao questionamento da Procuradoria-Geral da República, o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo, reenviou as questões ao presidente no último dia 5.
Se não apresentar seu testemunho por escrito, Lula pode responder pelo crime de desobediência à ordem legal, segundo a assessoria do ministro.
A petição da Procuradoria-Geral da República com as questões sobre o mensalão foi recebida pela Casa Civil em 12 de novembro do ano passado.
A legislação não estabelece um prazo para envio das repostas, mas a demora não pode ser excessiva a ponto de atrapalhar o andamento do processo, segundo a assessoria de Barbosa.
No ofício endereçado a Lula, o Judiciário do DF, que faz a intermediação entre o STF e a Presidência, solicitou que o depoimento dele fosse enviado, "se possível", até 30 de novembro do ano passado, mas o prazo sugerido não foi atendido.
O questionário enviado ao presidente, a cuja íntegra a Folha teve acesso, possui 33 tópicos, alguns deles com várias questões sobre um mesmo fato.
Em um dos tópicos mais incisivos, o Ministério Público Federal perguntou quando Lula "teve conhecimento do repasse de recursos pelo PT para partidos político da base aliada do governo federal".
No documento, a Procuradoria indagou também se, antes da surgimento do escândalo do mensalão na imprensa, Lula conversou sobre o assunto com os petistas José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino, João Paulo Cunha e Sílvio Pereira, que exerciam cargos de direção no governo ou no partido quando o escândalo veio a público.
A Procuradoria também questionou se Lula conhece pessoalmente o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o suposto operador do mensalão, e se Valério já foi recebido pelo presidente na residência oficial da Granja do Torto. O Ministério Público chega a perguntar, no caso de uma resposta afirmativa sobre o contato entre os dois: "Marcos Valério foi apresentado como profissional de qual área?"
O presidente é indagado sobre repasses do PT ao PL na campanha de 2002, que teriam sido negociadas com o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), e sobre débitos com o publicitário Duda Mendonça -ambos são réus na ação do mensalão. A Procuradoria questiona se Delúbio Soares já "agendou ou intermediou reuniões de empresas" com Lula.
A assessoria da AGU (Advocacia-Geral da União) informou que o órgão recebeu na última sexta-feira ofício do STF com as questões do Ministério Público Federal, e as enviou à Presidência ontem.

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(*) Título de filme.

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BRAS-ILHA/PAULO OCTÁVIO [In:] ''SE É PARA O BEM DO TODOS ... DIGA AO POVO QUE FICO"

ELE JUROU SAIR...DESISTIU E FICOU.ATÉ QUANDO?

Sem renúncia. Por enquanto

Autor(es): ANA MARIA CAMPOS e
HELENA MADER
Correio Braziliense - 19/02/2010

Paulo Octávio anunciou a aliados e a parte da imprensa que deixaria o cargo, mas voltou atrás minutos depois e, em pronunciamento, disse que aguardaria mais alguns dias.

  • Monique Renne/CB/D.A Press
    Paulo Octávio: “Tomei a iniciativa de renunciar para ser um facilitador, mas decidi esperar um pouco mais”
    Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010. Data em que ninguém sabia ao certo quem estaria no comando do Distrito Federal no fim do dia. Com o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) preso e o interino, Paulo Octávio, em dúvida sobre permanecer ou não no Executivo, o presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), acreditou que assumiria o controle da capital do país. Não à toa. Paulo Octávio convocou uma solenidade para anunciar sua renúncia ao cargo, com a presença de todos os secretários que restaram no governo. Mas, na última hora, o governador recuou e anunciou que ficaria no cargo. Pelo menos por enquanto.

    No discurso, que pegou jornalistas e todo o meio político de surpresa, Paulo Octávio comunicou que decidiu continuar no cargo por insistência de aliados e da população. Ele havia sido aconselhado a renunciar pelo líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), com quem sempre contou como parceiro nos embates partidários. O senador chegou a anunciar no Twitter que deu o conselho ao correligionário. Paulo Octávio telefonou ao secretário de Transportes, Alberto Fraga, para garantir que iria embora e entregou uma carta de renúncia à deputada distrital Eliana Pedrosa (DEM). Ele também disse ao Correio que comunicara de manhã ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a impossibilidade de manter a governabilidade e que deixaria o Buriti. Mas não foi isso o que aconteceu.

    Em um púlpito montado no saguão do Palácio do Buriti, Paulo Octávio demonstrou que se apegou ao desejo de sua equipe para continuar nos cargos e em seu antigo sonho de comandar a capital do país, mesmo no momento da maior crise institucional da história. “Ouvi apelos de muitos partidos políticos, ouvi apelos de todos os secretários do governo, de uma imensa maioria da população brasileira, preocupada com o momento em que vivemos”, afirmou. Lá fora, uma manifestação de populares pedia a saída de Paulo Octávio, um dos investigados pelo Ministério Público Federal no inquérito da Operação Caixa de Pandora. “Mentira!”, gritou uma mulher, quando ele disse que atendia ao desejo da população.

    Autor do pedido de prisão preventiva de Arruda e de intervenção federal no DF, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não gostou das incertezas provocadas pelo vaivém de Paulo Octávio. Logo após saber que ele cogitara renúncia e voltara atrás, Gurgel afirmou que a indecisão reforça a tese da intervenção. Paulo Octávio chegou a tratar da entrega do cargo com Lula, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), ainda pela manhã. “Apesar de já ter carta de renúncia pronta, aguardo mais alguns dias, como recomendou Lula, para que possamos ter o quadro de decisões que a Justiça deverá apresentar na próxima semana” disse Paulo Octávio no pronunciamento.

    A declaração irritou o Palácio do Planalto, que negou categoricamente qualquer conselho do presidente Lula ao governador interino do DF (leia texto na página 27). Por conta da repercussão negativa, logo após o evento público, o Governo do Distrito Federal teve de divulgar uma nota para explicar a confusão. Na verdade, Paulo Octávio teria cometido um erro ao tratar do assunto de improviso.

    Dia tenso
    A expectativa em torno de um pronunciamento de Paulo Octávio começou cedo. Ele saiu da audiência com Lula e seguiu direto para o Palácio do Buriti. No Salão Branco, dezenas de jornalistas o aguardavam para uma coletiva. Após três horas de espera, quem subiu ao microfone para falar à imprensa foi o assessor de imprensa do GDF, André Duda.

    Ele anunciou que não haveria entrevista e disse que Paulo Octávio divulgaria apenas uma nota sobre a sua conversa com o presidente Lula. Questionado pelos jornalistas, Duda negou a possibilidade de um afastamento. “Não tem carta, não tem renúncia”, afirmou o assessor de imprensa. “Ele (Paulo Octávio) está despachando no 11º andar do Buriti, está trabalhando”, acrescentou. Passadas mais três horas, toda a imprensa voltou a se reunir para aguardar o pronunciamento, que começou às 17h05.

    Na Câmara Legislativa, os deputados esperavam com interesse o discurso de Paulo Octávio. Muitos distritais assistiram a tudo pela TV. Desde a véspera, Wilson Lima já considerava certa a sua posse no Palácio do Buriti. Arruda ainda é governador, mas os deputados não acreditam na volta do chefe do Executivo, preso há uma semana na Superintendência da Polícia Federal (PF).

    No Buriti, Paulo Octávio disse que fica no GDF, ao menos por enquanto. O recuo de Paulo Octávio também repercutiu na Câmara Legislativa. No fim da tarde, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se reuniu extraordinariamente e decidiu aceitar três pedidos de impeachment contra Paulo Octávio, que agora vão tramitar com outros três contra o governador afastado José Roberto Arruda. Assim como o governador afastado tentou, o interino busca estratégias para permanecer na função no ano do cinquentenário da capital. “Estou fazendo tudo por Brasília, sem nenhuma vaidade. Tomei a iniciativa de renunciar para ser um facilitador, mas decidi esperar um pouco mais”, afirmou Paulo Octávio ontem ao Correio, às 22h45.
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    "QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

    19 de fevereiro de 2010

    O Globo


    Manchete: Paulo Octávio não renuncia e amplia crise de poder no DF

    Vice diz que decidiu ficar a pedido de Lula, mas se desmente após Palácio negar

    Após redigir três cartas de renúncia, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), recuou e disse que permanecerá no cargo, que ocupou depois da prisão do titular, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), investigado sob suspeita de comandar o mensalão no DF. Paulo Octávio alegou que mudou de ideia graças ao apoio de correligionários e a uma suposta recomendação do presidente Lula, com quem se reunira de manhã. Mas se desmentiu após o Planalto negar qualquer apelo de Lula. Paulo Octávio vem sendo abandonado pelo DEM diante da suspeita de que estaria envolvido com o mensalão, embora não apareça nos vídeos que flagraram o pagamento de propina. Arruda fica preso pelo menos mais uma semana, até que o STF decida sobre o pedido de habeas corpus. A CCJ da Câmara Legislativa do DF aprovou a admissibilidilde dos pedidos de impeachment de Paulo Octávio e Arruda. (págs. 1, 3, 4 e Merval Pereira)

    Foto-legenda: O que a China não queria ver e a imprensa não viu

    Sob forte protesto da China, o presidente Barack Obama recebe o Dalai Lama na Casa Branca, num encontro de uma hora, que, ao contrário do habitual, não pôde ser acompanhado pela imprensa. A Casa Branca divulgou a foto e um comunicado defendendo a identidade do Tibete. Segundo a nota, o presidente e o Dalai Lama concordam sobre “a importância de uma relação positiva e cooperativa entre os EUA e a China”. (págs. 1 e 34)

    Foto-legenda: Perdendo a cabeça

    O ex-presidente do governo espanhol José Maria Aznar responde com gesto obsceno a vaias de estudantes, após chamar o sucessor, Zapatero, de “piromaníaco”. (págs. 1 e 35)

    Dirceu terá 'papel oficial' na campanha de Dilma

    Cassado e sob investigação do STF por causa do mensalão do PT, o ex-deputado José Dirceu foi um dos mais assediados no congresso do partido, aberto ontem, e disse que vai ter função formal na campanha da candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff. “Agora serei do Diretório Nacional (do PT). Vou ter um papel oficial na campanha da Dilma”, disse ele. (págs. 1 e 9)

    A velha-guarda vermelha

    Num discurso aplaudido por convidados socialistas e comunistas de mais de 30 países, como Cuba, China, Coreia do Norte e Venezuela, a ministra Dilma Rousseff fez sua primeira aparição no congresso do PT e defendeu maior aproximação com países vizinhos. (págs. 1 e 9)

    Emprego foi recorde no mês passado

    O país abriu 181.419 vagas com carteira em janeiro, no melhor saldo para o mês desde 1992. A indústria também se recuperou, mas ainda precisa gerar 157 mil postos para zerar o que perdeu desde 2008. (págs. 1 e 25)

    União protege assassino de João Hélio

    Um dos condenados pela morte do menino João Hélio, arrastado pelas ruas, foi solto e incluído num programa de proteção do governo federal. O jovem cumpriu três anos de medida socioeducativa. (págs. 1 e 23)

    Carnaval teve 13% a mais de mortes nas BRs (págs. 1 e 10)


    Obituário: O último chefe

    Primeiro chefe do SNI em governo civil e seu último comandante, o general Ivan de Souza Mendes morreu no Rio, aos 87 anos. (págs. 1 e 14)

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    Folha de S. Paulo


    Manchete: Arruda e governador interino têm ação de impeachment no DF

    Após dizer que renunciaria, Paulo Octávio anuncia que ficará no cargo à espera de decisão da Justiça

    A Câmara Legislativa do Distrito Federal abriu processos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), preso há oito dias sob a acusação de tentar subornar uma testemunha, e contra Paulo Octávio (DEM), governador interino desde a prisão de Arruda.

    Também investigado pela Polícia Federal, Paulo Octávio anunciou que permanecerá no cargo para esperar as decisões da Justiça na próxima semana, depois de ter dito a seus aliados que renunciaria. O governador interino deve se desfiliar do DEM. Ele e Arruda negam as acusações de corrupção. (pág. 1 e Brasil)

    Foto-legenda: Ensino no chão

    Alunos de escola estadual na zona sul de SP se sentam no chão, sobre pedaços de papelão, devido à falta de carteiras no primeiro dia de aula; segundo a gestão José Serra, as chuvas na cidade provocaram atraso na entrega de cadeiras, mesas e armários. (págs. 1 e C6)

    Divergência no Enem ameaça vagas de alunos em faculdades

    Estudantes acima de 18 anos que usaram o Enem para substituir o antigo supletivo podem ficar sem vaga no ensino superior.

    Os alunos precisam de um certificado - emitido pelo governo estadual com base em informações federais - que equivale ao diploma de conclusão do ensino médio. (págs. 1 e C7)

    BC dos EUA dá passo para aumentar taxa básica de juros

    Na primeira alta desde 2006, o banco central dos EUA anunciou o aumento da taxa de redesconto, cobrada de empréstimos emergenciais a bancos.

    Ela subiu 0,25 ponto, para 0,75%. Em agosto de 2007, quando estourou a crise imobiliária americana, essa taxa estava em 6,25%. (págs. 1 e B8)

    Vinicius Torres Freire: Medida é pá de cal na crise bancária iniciada em 2007

    O Fed deu um bom sinal de que chegou o momento de a política monetária voltar ao normal. Os bancos não quebraram e alguns já estão fortes e sacudidos, graças ao dinheiro dos contribuintes. A alta da taxa de redesconto é uma espécie de pá de cal na crise bancária iniciada em 2007. (págs. 1 e B4)

    Após três meses, Lula não responde sobre mensalão

    Desde 12 de novembro o Supremo Tribunal Federal aguarda respostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conhecimento dele dos fatos apontados na ação penal do mensalão.

    O Ministério Público dividiu as questões em 33 tópicos. A Advocacia-Geral da União informou que recebeu na sexta-feira passada ofício do STF e o enviou à Presidência ontem. (págs. 1 e A11)

    Dinheiro

    Aumento de capital da Petrobras deve somar US$ 75 bi em junho. (págs. 1 e B3)

    Editoriais

    Leia “Números em debate”, sobre governos FHC e Lula; e “Crédito universitário”, acerca de verbas para faculdades. (págs. 1 e A2)

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    O Estado de S. Paulo


    Manchete: Dilma é para 2 mandatos, diz Lula

    Em entrevista ao Estado, o presidente afirma que não vai tentar voltar ao poder em 2014

    O presidente Lula negou que tenha escolhido Dilma Rousseff como candidata presidencial com o objetivo de tentar voltar ao poder em 2014. “Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio”, afirmou Lula em entrevista exclusiva ao Estado. “Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara.” Para o presidente, uma eventual gestão Dilma não será mais à esquerda do que o seu governo, mas afirmou que as diretrizes do programa petista podem ser mais
    “progressistas”: “O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender”. No entanto, disse considerar importantes os investimentos estratégicos do Estado, que incluem criar “uma megaempresa de energia no País”. O presidente manifestou preocupação com a divisão da base aliada em Estados como Minas, onde PT e PMDB não selaram aliança. “Imaginar que Dilma possa subir em dois palanques é impossível.” Na entrevista, Lula defendeu o senador José Sarney, criticou o ex-presidente FHC e falou das enchentes em São Paulo, mas poupou o governador José Serra, provável adversário de Dilma - que o presidente definiu como uma mulher “sem ranço, sem mágoa e sem preconceito” na política. (págs. 1 e A5)

    Foto-legenda: Aliados políticos

    Em seu gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil, Lula falou sobre política externa: “O Irã não é o Iraque; eu acho que a Venezuela é uma democracia”.

    Reeleição: “Nunca gostei de um segundo mandato. Achava que poderia ser um desastre.”

    Maturidade: “Se eu ganho em 1989, ou fazia uma revolução, ou caía no dia seguinte.”

    Peso do Estado: “O governo tem de ser regulador, mas também o indutor de investimentos.”

    Paulo Octávio fica no governo do DF

    Com a carta de renúncia pronta, o governador em exercício do DF, Paulo Octávio, afirmou ontem que permanecerá no cargo, à espera de uma posição do STF. Ele disse que foi aconselhado pelo presidente Lula. O Planalto negou e Octávio voltou atrás. A Câmara Legislativa abriu processo de impeachment contra José Roberto Arruda. (págs. 1 e A10 e A11)

    BNDES pode ter R$ 40 bi para financiar máquinas

    O governo estuda injetar até R$ 40 bilhões do Tesouro para renovar a linha de crédito subsidiada do BNDES para compra e exportação de bens de capital. A linha foi criada em 2009 para enfrentar a crise, e a Fazenda avalia que ela eleva a taxa de investimento industrial. (págs. 1 e B1)

    Irã prepara carga nuclear para mísseis, afirma AIEA

    Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que vem afirmando Teerã. (págs. 1 e A12)

    Assassino de João Hélio é solto e ganha proteção

    Envolvido na morte do menino João Hélio, de 6 anos, arrastado por 6 km após roubo de carro no Rio em 2007, E. L., de 18 anos, foi libertado e incluído em programa de proteção a adolescentes ameaçados de morte. Na época do crime, ele era menor. L. e a família receberam novas identidades. (págs. 1 e C3)

    Classe alta sabe menos sobre vacinas

    Pobres se interessam mais pelos efeitos da imunização, diz estudo. (págs. 1 e A18)

    Notas e informações

    A Rússia endurece com o Irã

    Pela primeira vez, Moscou se alinhou com o Ocidente na condenação ao Irã. (págs. 1 e A3)

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    Jornal do Brasil


    Manchete: Paulo Octávio, o vice, diz que sai mas fica

    Sob pressão por todos os lados, o governador interino do DF, Paulo Octávio (DEM), convocou a imprensa para apresentar em grande estilo sua renúncia, mas no meio do caminho mudou de ideia. Embora o partido pressione por sua saída, haja pedidos de impeachment tramitando na Câmara Legislativa e as investigações da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora o incluam, Paulo Octávio acabou desistindo, mesmo depois de avisar a aliados que renunciaria. Após aparecer ao lado de 30 assessores no Palácio do Buriti, afirmou que aguardaria decisão do STF sobre uma intervenção federal no governo de Brasília. (pág. 1 e País, pág. A6)

    Proteção a assassino de João Hélio causa indignação

    Ezequiel Lima, de 18 anos, um dos assassinos do menino João Hélio, a quem arrastou por quilômetros com um carro, está solto e sob proteção oficial após cumprir três anos de pena socioeducativa. A liberdade e o benefício causaram indignação, não só pela barbárie do crime mas por Ezequiel ter tentado matar um agente e fugir da instituição. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

    Intercâmbio para exterior, um negócio em expansão

    Empresas de intercâmbio que operam no Brasil preveem crescimento de 40% no número de pessoas que buscam estudo ou trabalho temporário no exterior. No ano passado, cerca de 90 mil brasileiros viajaram com o objetivo de, principalmente, aperfeiçoar um segundo idioma. Eventos que reúnem agências de intercâmbio esperam receber um público 25% maior que o de 2009. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

    Mossad: hora das explicações

    Inglaterra, Alemanha, França e Irlanda exigem explicações de Israel sobre os passaportes falsos usados no assassinato de um dirigente do Hamas em Dubai, crime atribuído ao Mossad. Onze membros do comando que assassinou Mahmoud Abdel Raouf al-Mabhouh tinham passaportes britânicos e irlandeses; além de um francês e um alemão. (pág. 1 e Internacional, pág. A20)

    Coisas da política

    Da Justiça, do Estado e do estatuto de Brasília. (págs. 1 e A2)

    Informe JB

    Bingos voltam ao jogo no Congresso. (págs. 1 e A4)

    Anna Ramalho

    Por onde andará Rodrigo Maia, do DEM? (págs. 1 e A16)

    Editorial

    O Rio e o teste dos turistas no Carnaval. (págs. 1 e A10)

    Sociedade aberta

    Ricardo Bemhard – diplomata

    O programa nuclear iraniano e suas razões morais. (págs. 1 e A11)

    Sociedade aberta

    Gilson Oarani Filho – sociólogo e professor da Facha

    Ilhas Malvinas são dos argentinos. (págs. 1 e A21)

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    Correio Braziliense


    Manchete: Ele jurou sair... Desistiu e ficou. Até quando?

    Em apenas algumas horas, Paulo Octávio irritou o presidente Lula, contrariou a cúpula do DEM, desorientou aliados governistas e surpreendeu a todos os que esperavam a renúncia. Após dar sinais claros, pela manhã, de que se afastaria do GDF, anunciou à tarde que continua à frente do Buriti enquanto a Justiça não se pronunciar sobre a prisão de Arruda. Paulo Octávio tenta sensibilizar os meios políticos a fim de obter apoio. Mas, investigado no escândalo da propina, tem dificuldade em montar um governo, está minado na Câmara Legislativa e é rejeitado pelo partido. Para evitar a expulsão do Democratas, vai entregar o pedido de desfiliação. (págs. 1 e 25 a 27)

    Câmara acolhe pedidos de impeachment

    Por unanimidade nas duas votações, a Comissão de Constituição e Justiça aceitou os pedidos de impeachment contra José Roberto Arruda e Paulo Octávio. Aliados são maioria na comissão especial que vai analisar ações contra o governador afastado. (págs. 1 e 29)

    Wilson Lima posou de governador

    Uma hora antes do discurso de Paulo Octávio, o presidente da Câmara já contava com a renúncia do governador em exercício. Às 16h, em entrevista ao Correio, Lima antecipou as primeiras medidas de sua administração e até cogitou morar na residência oficial do GDF, em Águas Claras. (págs. 1 e 28)

    Mais regras para crianças nos carros (págs. 1 e 11)


    Calor no DF faz a alegria do comércio (págs. 1 e 35).
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    http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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