PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, abril 12, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] DISK-ENTREGA

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BRASIL/MERCADO DE TRABALHO [in:] ''HOMO-MACHINE''

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Educação e trabalho


Autor(es): Marcio Pochmann
Valor Econômico - 12/04/2012
 

A partir do último quartel do século XX, com alterações significativas no conteúdo e nas condições de produção e gestão em rede das empresas, novos requisitos à formação para o trabalho foram introduzidos, cada vez mais distantes do tradicional sistema de educação e formação profissional herdado da sociedade urbano-industrial. O avanço da economia de serviços, assentada na disseminação do trabalho imaterial, exige uma profunda transformação no atual sistema de formação para que o ensino superior seja universalizado e a educação se torne um ativo para a vida toda.
Ao contrário do problema do analfabetismo rudimentar reinante nos séculos XIX e XX, tem destaque atual o analfabetismo funcional, imposto pela mudança técnica e informacional. Nesse sentido, expandem-se as ocupações que utilizam maior informação e exigem o exercício de atividades multifuncionais, geralmente aquelas sustentadas pelas exigências de maior escolaridade e qualificação profissional ao longo da vida laboral.
O avanço da economia de serviços exige uma profunda transformação no atual sistema de formação
Isso, por si só, não corresponde, necessariamente, à garantia da elevação do nível geral de emprego, nem mesmo à melhor qualidade das condições de trabalho. A inserção nacional na Divisão Internacional do Trabalho determina cada vez mais a estrutura do sistema produtivo que exerce, por sua vez, pressão interna sobre o nível quantitativo e qualitativo das ocupações.
No caso da distribuição ocupacional nas economias capitalistas percebe-se a trajetória de longa duração iniciada com a transição das ocupações no setor primário (agropecuário) para os empregos na manufatura até atingir, mais recentemente, o trabalho generalizado no setor terciário. Com o movimento de redução relativa do emprego no setor industrial, ganha cada vez maior destaque as ocupações nos serviços.
Mesmo o intenso crescimento do setor terciário não tem sido suficiente para compensar a queda na participação relativa das ocupações nos setores industrial e agropecuário, o que faz presente o excedente da força de trabalho expresso pelo desemprego. Neste contexto, a reorganização em curso do trabalho material para o imaterial pressupõe uma profunda reflexão a respeito da formação profissional ao longo do século XXI. Com os avanços da nova economia da tecnologia, os sistemas de formação educacional e formativos para o exercício do trabalho heterônomo herdados da sociedade urbano-industrial tornam-se cada vez mais antiquados.
Por força do avanço do trabalho imaterial, a condição de trabalho pressupõe cada vez mais a alteração profunda do ciclo de vida e de estudo. Isso porque as condições tradicionais de coesão social encontram-se fraturadas, com padrão familiar fortemente superado por arranjos monoparentais e a extensão do individualismo sobrepondo a sociabilidade mecânica.
Na sociedade pós-industrial, o conhecimento torna-se estratégico na inserção e configuração das novas trajetórias ocupacionais portadoras de maior articulação da vida com o estudo e trabalho. Sobre o resgate da formação profissional não cabe partir da mera reprodução do passado, mas de sua reinvenção nos termos necessários à reorganização da vida e trabalho em plano superior ao atualmente existente.
Com isso, a educação deixa de ser algo centrado nas fases precoces da vida (crianças, adolescente, jovens e alguns poucos adultos), como no passado, para ser algo necessário ao longo da vida. Ao invés da separação do tempo de inatividade com o tempo de trabalho presente na sociedade urbano-industrial, chega-se cada vez mais à transição do tempo da inatividade com a atividade pelo trabalho imanente do conhecimento.
Para haver educação comprometida com o ciclo completo da vida (infância, adulto e velhice), cuja expectativa aproxima-se dos 100 anos de idade, os sistemas de formação profissional precisam incorporar cada vez mais os pressupostos do diálogo desenvolvidos pelo conjunto dos atores sociais. Novas formas de produção e de reorganização do trabalho não existem sustentavelmente sem uma base recorrente de educação e formação profissional.
O resgate da educação e da formação profissional deve compreender o saber como elemento central do rearranjo básico entre os atores sociais, como a postergação do ingresso no mercado de trabalho e a conexão alongada da qualificação educacional para os segmentos populacionais envelhecidos. Sem isso, o processo de metamorfose no trabalho tende a obstaculizar as possibilidades de universalização das oportunidades da sociedade fundadas no conhecimento.
Na atual transição do sistema de formação para o trabalho da sociedade urbano-industrial para pós-industrial, o entendimento entre os atores sociais relevantes torna-se a condição necessária para maior eficiência alocativa dos meios de produção regulados pelo Estado. Da mesma forma, reveste-se de extrema importância a possibilidade de compartilhar os novos ganhos de produtividade com patamar de civilidade superior ao do século XX.
Marcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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PT/DEM [In:] COM QUE CPI EU VOU, ... P´RÁ ''PIZZA'' QUE VOCÊ ME CONVIDOU ???



PT QUER ABAFAR MENSALÃO COM A CPI DO CACHOEIRA


OPERAÇÃO ABAFA MENSALÃO
Autor(es): Maria Lima
O Globo - 12/04/2012

Presidente do partido diz que investigação vai acabar com farsa
O presidente do PT, Rui Falcão, associou a CPI do Cachoeira, defendida pelo partido para investigar conexões criminosas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a uma operação para desviar o foco do mensalão – que será julgado este ano Supremo Tribunal Federal. Num vídeo postado no site do PT, Falcão convocou centrais sindicais e partidos a se mobilizarem contra o que chamou de "operação abafa" que tentaria impedir investigações sobre Cachoeira e parlamentares de várias siglas, como DEM, PPS e do próprio PT. "A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão", afirmou. No Congresso, governistas trabalham para assegurar o comando da CPI e impedir que a comissão fuja do controle, atingindo aliados. A oposição, com PSDB à frente, fala em investigação sem limites.
Para presidente do PT, CPI do Cachoeira é oportunidade para esclarecer "farsa"

A estratégia antes negada publicamente pela maioria dos petistas, - de usar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de Carlinhos Cachoeira para desviar o foco e neutralizar o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) - foi admitida ontem pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. Em vídeo de quase dois minutos postado ontem à tarde no site oficial do partido, Falcão conclama centrais sindicais e partidos políticos que defendem o combate a corrupção, além de movimentos populares, a fazerem uma mobilização contra o que chamou de "operação abafa" que visaria a impedir a realização da investigação da CPMI, que já envolve parlamentares de seis partidos, inclusive do PT.
No vídeo, pela primeira vez, Falcão cita a intenção de desmascarar, na CPMI, aqueles que, segundo o presidente do PT, são os autores do que ele chama de "farsa do mensalão", PSDB e DEM. As declarações foram criticadas pela oposição e até por setores mais moderados do PT.
Falcão começa sua fala dizendo que está em operação "uma verdadeira operação abafa, uma tentativa de setores políticos e veículos de comunicação que tentam, a qualquer custo, impedir que se esclareça plenamente toda a organização criminosa montada por Carlinhos Cachoeira em conluio com o senador Demóstenes Torres, que já se afastou com DEM na tentativa de isolar o partido do escândalo".
Em seguida é específico sobre o mensalão:
- A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT, se mobilizem para impedir a operação abafa, e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes - conclama Falcão.
No vídeo, ele ataca o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mas não faz nenhuma menção ao envolvimento do governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz - que teve seu nome citado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como interessado num suposto encontro com Cachoeira, o que Agnelo nega.
- Nós queremos que uma CPI possa apurar todos os vínculos desse senador (Demóstenes) e vários políticos de diferentes partidos com o jogo do bicho, com contrabando, com informações privilegiadas sobre operações da policiais. É um esquema que chega ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que tenta colocar todo mundo na vala comum. Esta semana mesmo ele disse que em Goiás todo mundo tinha relações com Carlinhos Cachoeira - diz Falcão.
Vídeo não cita petistas envolvidos com bicheiro
O presidente do PT não citou também o suposto envolvimento do deputado Rubens Otoni (PT-GO) e do subchefe de assuntos federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, outro petista histórico em Goiás, com o bicheiro goiano:
Falcão encerra o vídeo com um apelo final:
- CPI do Demóstenes para esclarecer seus vínculos com a corrupção e com os políticos corruptos!
O senador Jorge Viana (PT-AC) mostrou preocupação, temendo que a declaração de Falcão e a vinculação com o mensalão contaminem a credibilidade da CPMI
- Essa CPMI é suprapartidária e não tem essa característica de ser um partido contra outro. Ela não pode estar vinculada ao tema do mensalão. Esse é um problema que nós no PT temos uma versão, e o Brasil tem outra. A CPMI tem origem em pessoas que nos acusavam, mas eu defendo que a gente não dê à oposição o mesmo tratamento que recebemos dela no inicio. O presidente do PT tem outras missões a cumprir - disse Viana.
Na oposição, houve reação à fala de Falcão:
- É um esforço para evitar o óbvio: a condenação dos culpados, que já foram inocentados pelo PT. Se a sociedade se mobilizar, vai ser para exigir a condenação - disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
Para o ex-petista e líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), negar o mensalão e usar a CPI para desviar o foco do julgamento é um exercício de ficção:
- É um delírio completamente artificial. Estou assustado com essa tentativa que é até infantil de tão precária, de tão frágil. Desde que surgiram as primeiras evidências do mensalão, setores do PT ficaram indignados e nunca negaram sua existência.
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IDELI SALVATTI/CONGRESSO [In:] ''DEU ÁGUA'' NESSAS RELAÇÕES



Câmara convoca Ideli para explicar lanchas da Pesca


Ideli terá de explicar lanchas da Pesca
Autor(es): EUGÊNIA LOPES
O Estado de S. Paulo - 12/04/2012
 

Com a ajuda da base, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem a convocação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para explicar as denúncias de irregularidades, publicadas pelo Estado, na compra de lanchas pelo Ministério da Pesca
Deputados aliados votaram em comissão da Câmara pela convocação da ministra para falar sobre denúncias envolvendo sua antiga pasta

Com a ajuda da base aliada, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem a convocação da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para explicar as denúncias de irregularidades na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, publicadas pelo Estado há duas semanas.
Insatisfeitos com a demora na liberação de verbas orçamentárias e no preenchimento de cargos de segundo escalão e com a decisão do Palácio do Planalto de apoiar a criação da CPI do Cachoeira, deputados aliados resolveram votar a favor da convocação da ministra, derrotando o governo por oito a sete na comissão. A data do depoimento da ministra - que é obrigada a comparecer - ainda não foi marcada.
A vitória da oposição só foi possível porque cinco deputados da base governista - dois do PP, dois do PR e um do PMDB - votaram pela convocação de Ideli.
"Foi uma derrota apertada e equivocada. Tivemos parlamentares da base do governo que votaram a favor da convocação, o que identifica um problema político. Foi também um problema de quórum porque deputados do PMDB foram embora da sessão", lamentou o vice-líder do governo, Odair Cunha (PT-MG).
"Eu diria que foi uma mistura de vacilo, cochilo do governo com a insatisfação da base aliada", resumiu o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), autor do requerimento de convocação.
Em nota divulgada ontem pelo Ministério das Relações Institucionais, Ideli negou qualquer envolvimento com irregularidades na compra das lanchas. Ao garantir não ter relações com a Intech Boating, a ministra argumentou que nos cinco meses em que esteve à frente da Pesca "não assinou e não firmou nenhum novo contrato ou convênio".
"Devido aos deveres intrínsecos ao cargo, executou os contratos e convênios sobre os quais não recaíam quaisquer vetos dos órgãos fiscalizadores", diz a nota. A ministra afirmou ainda que sua campanha ao governo de Santa Catarina não foi beneficiada com doações da Intech Boating.
Troca. A convocação de Ideli foi aprovada depois que a Comissão de Fiscalização e Controle desistiu de votar requerimento de convocação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Por interferência do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que foi pessoalmente à comissão, o pedido para arguir Padilha não foi votado.
Em troca, o líder garantiu que o ministro da Saúde irá comparecer na semana que vem à comissão para explicar as denúncias envolvendo um ex-assessor do ministério e hospitais federais do Rio. A posição de Alves irritou, no entanto, os peemedebistas, que preferiram se retirar da comissão e não votaram a convocação de Ideli, permitindo a vitória da oposição.
Há 13 dias, o Estado revelou que em 2009 o Ministério da Pesca comprou 28 lanchas-patrulha. O valor do contrato chegou a R$ 31 milhões. Parte da conta, cerca de R$ 5,2 milhões, foi paga já na gestão de Ideli, no início do ano passado. A pedido do ministério, o dono da fabricante das lanchas, a  Intech Boating, doou R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que bancou 81% dos custos da campanha de Ideli ao governo do Estado.
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Ideli é convocada a se explicar sobre lanchas

Ideli terá que explicar compra de lanchas
Autor(es): Isabel Braga
O Globo - 12/04/2012
 

A Comissão de Fiscalização da Câmara convocou a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para explicar irregularidades na compra de 28 lanchas por sua antiga pasta, a Pesca. A fabricante doou ao PT-SC em 2010, quando Ideli disputou o governo.
Com votos de deputados governistas, comissão da Câmara consegue convocar ministra, que já vive crise em sua pasta

A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) sofreu mais um revés ontem: por 8 votos a 7, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou a convocação da ministra Ideli Salvatti para falar sobre irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na compra de 28 lanchas pelo Ministério da Pesca. A empresa Intech Boating, fabricante das lanchas, contribuiu com recursos para a campanha do PT em Santa Catarina nas eleições de 2010, quando Ideli concorreu ao governo do estado.
A oposição contou com votos e ausências de deputados governistas para aprovar o requerimento. O resultado surpreendeu o Palácio do Planalto, que já vinha administrando desde o início da semana uma outra crise envolvendo a ministra Ideli: as relações de um assessor direto seu, Olavo Noleto (subchefe de Assuntos Federativos), com Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia e número dois no esquema de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Para enfrentar os ataques, Ideli se socorreu da empresa de comunicação Entrelinhas, de São Paulo, especializada em "gerenciamento de crises". Desde a semana passada, profissionais da empresa têm assessorado a ministra. Segundo a SRI, a empresa foi contratada "em caráter pessoal, diante da crescente demanda de imprensa, nos últimos dias, acerca de assuntos que extrapolam a atuação da ministra à frente da SRI".
Sobre a convocação para falar na Câmara, Ideli, que foi ministra da Pesca nos primeiros meses do governo Dilma Rousseff, disse, em nota à imprensa, que comparecerá à comissão para dar "todos os esclarecimentos que forem necessários". Afirma que não era ministra quando foi feita a licitação questionada pelo TCU, mas senadora. E que, à frente do Ministério da Pesca, não assinou novos contratos, mas cumpriu os já existentes.
Também negou ter relações com a empresa e afirmou que a sua campanha para o governo de Santa Catarina, em 2010, "não foi beneficiada com doações da Intech Boating".
Governo crê em insatisfações isoladas
Na Câmara, o vice-líder do governo, Odair Cunha (PT-MG), tentou explicar o cochilo dos governistas:
- É uma convocação absurda, mas ela vem. Estou atrás dos reais motivos (da aprovação do requerimento) e prefiro confiar no que estão me justificando. Foi ato isolado, insatisfações isoladas e não rebelião da base.
Autor do requerimento, o deputado tucano Vanderlei Macris (SP) diz que cobrará da ministra explicações sobre a compra por R$ 31,1 milhões das 28 lanchas, que estão inoperantes, além das doações para a campanha de Ideli. E alfineta o governo:
- Vários pagamentos à empresa foram feitos na gestão da ministra no Ministério da Pesca. Ela não procurou saber por que estavam subutilizadas? A ministra foi leniente.
A decisão do governo de manter Noleto no posto, a partir de suas explicações de que não tem ligações com o bicheiro Cachoeira, não convenceu o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), que formalizou ontem no Planalto pedido de detalhes do telefonema entre o assessor de Ideli e Garcez.
- As informações são necessárias já que o próprio ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, confirmou ao jornal O GLOBO que Noleto conversou com Garcez sobre um possível apoio do senador Demóstenes Torres à candidatura de Dilma Rousseff, em 2010. Na prática, um assessor direto do Planalto recorreu a um bicheiro para reforçar a campanha do PT - provocou Bueno.
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SENADO/DEMÓSTENES [In:] TUDO SE TORNARÁ N´UMA ''MAROLINHA''



ALIADOS TEMEM QUE CPI DO CACHOEIRA VIRE TSUNAMI



A RESSACA DA CPI
Autor(es): » JÚNIA GAMA » ERICH DECAT » GABRIEL MASCARENHAS » PAULO DE TARSO LYRA
Correio Braziliense - 12/04/2012

As apurações sobre o envolvimento de parlamentares com o esquema criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira correm o risco de se resumir ao processo no Conselho de Ética para cassar Demóstenes Torres (GO). Isso porque senadores e deputados governistas se deram conta, menos de 24 horas após anunciarem com estardalhaço a criação de uma CPI mista, de que uma investigação desse porte pode causar estragos imprevisíveis dentro e fora do Congresso. Uma saída, defendida pelo PT, seria limitar os trabalhos às denúncias baseadas na Operação Monte Carlo. Mas a oposição não aceita. Quer ampliar o foco e destrinchar também as relações de empresas do bicheiro com o governo federal.
Escutas apontam supostas ligações com o governador do DF.

Com receio de uma investigação muito ampla, deputados e senadores tentam definir o foco da comissão parlamentar mista de inquérito para apurar os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira

Menos de 24 horas depois de anunciar, com estardalhaço, a criação de uma CPI mista para investigar os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, deputados e senadores começaram a procurar caminhos para diminuir o estrago que uma investigação desse tipo pode causar no Congresso. A estratégia passa por dois caminhos. O primeiro é garantir, com base em um precedente legislativo, que o Conselho de Ética do Senado tenha acesso ao inquérito que corre em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal, o que tornaria desnecessária a criação da CPI.
A outra alternativa seria restringir o foco dos trabalhos, para evitar destrinchar as relações de empresas privadas com o governo federal. No início da noite de ontem, uma reunião de emergência foi convocada na Câmara para afinar o texto do requerimento de criação da Comissão. O PT bateu o pé e só aceitava investigar as denúncias baseadas na Operação Monte Carlo, de 2009, porque os fatos já seriam conhecidos. Já a oposição quer uma investigação mais ampla das atividades de Carlinhos Cachoeira, o que poderia envolver diretamente empresas contratadas para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Próximo das 22h, um texto provisório foi divulgado. O documento afirmava que a CPI investigaria, em um prazo de 180 dias, "práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, mas sem prejuízo de aditamentos de fatos novos que se liguem, intimamente, ao objeto central, particularmente a existência de um esquema de interceptações e monitoramento de conversas telefônicas". Valeu a tese mais ampla, por enquanto.
No Senado, mais cedo, um grupo de petistas deu início à operação "abafa" para justificar um recuo. A alegação é de que, em 2001, o Conselho de Ética teve acesso a escutas da Polícia Federal que estavam sob segredo de Justiça no processo contra o então senador Luiz Otávio (PPB-PA), indiciado por crime contra o sistema financeiro. "Se o conselho tiver acesso a essas conversas, isso será um fato novo. Com a questão de ordem atendida, dá para recuar", aponta um petista do grupo que trabalha para abafar o caso.
"Imaturidade"
Alguns integrantes do partido acusam o líder do PT na Casa, Walter Pinheiro (BA), de ter levado a questão para o lado pessoal ao insistir na criação da CPI. Ele se defende. "Os deputados do PT caíram em cima de mim quando o Senado manteve a cautela em relação a Demóstenes. Ameaçaram recorrer à Executiva nacional para nos pressionar. Fui bombardeado até pelo Twitter, acusado de não ter pulso firme", justificou Pinheiro.
Apesar do impasse, o sentimento é de que a instalação da CPI mista é irreversível uma vez que tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), quanto da Câmara, Marco Maia (PT-RS), assumiram publicamente o compromisso de criação do colegiado. "A maioria do nosso grupo achava que era blefe. O governo achou que não toparíamos e nós achamos que o governo não iria topar. É uma imaturidade enorme, ninguém queria ficar com o ônus de se recusar a fazer uma CPI", aponta o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


Sinopses anteriores:  
12 de abril de 2012
O Globo

Manchete: PT quer abafar mensalão com a CPI do Cachoeira
Presidente do partido diz que investigação vai acabar com farsa

O presidente do PT, Rui Falcão, associou a CPI do Cachoeira, defendida pelo partido para investigar conexões criminosas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a uma operação para desviar o foco do mensalão – que será julgado este ano Supremo Tribunal Federal. Num vídeo postado no site do PT, Falcão convocou centrais sindicais e partidos a se mobilizarem contra o que chamou de “operação abafa” que tentaria impedir investigações sobre Cachoeira e parlamentares de várias siglas, como DEM, PPS e do próprio PT. “A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão”, afirmou. No Congresso, governistas trabalham para assegurar o comando da CPI e impedir que a comissão fuja do controle, atingindo aliados. A oposição, com PSDB à frente, fala em investigação sem limites. (Págs. 1, 3 a 10, Merval Pereira e editorial “todos correm riscos na CPI de Cachoeira”)

Foto-legenda: O fantasma do Senado

O painel registra presença de Demóstenes: ele entrou por uma porta lateral e saiu sem ser visto. A Sarney, avisou que não renuncia. (Págs. 1 e 4)
Para PF, governador do DF era chamado de ‘01’
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), teria tentado negociar encontro com Carlinhos Cachoeira. Em conversa com o bicheiro, o araponga Dada diz que o “01” está querendo falar com ele. Para a Polícia Federal, trata-se do governador do DF. (Págs. 1 e 10)
Ideli é convocada a se explicar sobre lanchas
A Comissão de Fiscalização da Câmara convocou a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para explicar irregularidades na compra de 28 lanchas por sua antiga pasta, a Pesca. A fabricante doou ao PT-SC em 2010, quando Ideli disputou o governo. (Págs. 1 e 12)
Aloprado volta à política e se candidata no ABC
Um personagem do caso dos aloprados volta à cena política como candidato a vereador pelo PT em São Caetano (SP): Hamilton Lacerda, suspeito de, em 2006, entregar a outros dois homens R$ 1,7 milhão. O dinheiro compraria um dossiê contra tucanos. (Págs. 1 e 11)
STF deve liberar hoje aborto de anencéfalos
Com o placar de 5 votos a favor e um contra, o Supremo Tribunal Federal retomará hoje o julgamento da descriminalização do aborto de fetos anencéfalos. Apenas o ministro Ricardo Lewandowski votou contra a ação e outros quatro ministros ainda não se manifestaram. Religiosos fizeram protestos. (Págs. 1, 14 e 15)
Fim do imposto sindical divide as centrais
Maior central sindical do país, com 22 milhões de filiados e 30 anos de vida, a CUT volta a defender o fim dos imposto sindical. Todas as outras centrais lutam para manter a receita. (Págs. 1 e 23)
Bancos lucram mais e pedem imposto menor
Os 25 grandes bancos brasileiros lucraram R$ 49,4 bilhões no ano passado. Apesar de serem o setor mais lucrativo do país, querem cortar imposto para baixar juros. (Págs. 1 e 24)
E-mails expõem mazelas do Souza Aguiar
Uma troca de e-mails entre médicos do Hospital Souza Aguiar, mostrada pelo “Jornal das Dez” da Globonews, revela a rotina de mazelas do serviço público de saúde. (Págs. 1 e 17)
Foto-legenda: A batalha da Praça Quinze
O anexo da Alerj, que deve ser demolido, e o prédio espelhado da Bolsa de Valores, que o governo desapropriou para acomodar a sede do Legislativo. Donos do imóvel protestam e dizem que não custará menos de R$ 500 milhões – valor de 166 UPAs. (Págs. 1 e 16)
EUA: promessa síria de trégua já não basta
Apesar dos esforços diplomáticos de última hora e a promessa de trégua do governo sírio – que, segundo os opositores, matou mais 97 pessoas ontem -, a expectativa para o cumprimento do cessar-fogo, hoje, era baixa. Segundo a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, a promessa síria já não é o bastante: “Assad tem pouca ou nenhuma credibilidade.” (Págs. 1 e 31)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Gravação da PF indica pagamento de propina no DF
Escutas do caso Cahoeira sugerem que empresa pagava comissão em troca de negócio com o governo Agnelo (PT). (Pág. 1)
Câmara convoca Ideli para explicar compra de lanchas (Págs. 1 e Poder A7)

Roseana usa jato de empresário para viagem oficial aos EUA (Pág. 1)

Governo paulista suspende compras da PM sob suspeita (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Projeto aprovado por deputados endurece lei seca (Pág. 1)

Supremo deve aprovar hoje aborto de feto sem cérebro (Pág. 1)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Grampo indica que Agnelo, o '01', procurou Cachoeira
Investigação da PF sugere aproximação do governador petista com o contraventor que atuava no DF

Escutas telefônicas dentro da Operação Monte Carlo sugerem que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), pediu reunião com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Queiroz negava ter tido qualquer encontro com Cachoeira, acusado de chefiar máfia que tinha negócios com o governo do DF. Nas gravações da Polícia Federal, um aliado de Cachoeira o avisa que foi procurado por funcionário do governo do DF, que disse que o '01' queria falar com ele. De acordo com a PF, '01' era a forma como os aliados de Cachoeira se referiam a Agnelo - o que o governador nega. (Págs. 1 e Nacional A4, A6 e A7)

Alcance da CPI assusta

Integrantes do PT e do PMDB demonstraram arrependimento pelo apoio à CPI que investigará as ligações políticas de Carlinhos Cachoeira. (Págs. 1 e Nacional A4)
Câmara convoca Ideli para explicar lanchas da Pesca
Com a ajuda da base, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou ontem a convocação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para explicar as denúncias de irregularidades, publicadas pelo Estado, na compra de lanchas pelo Ministério da Pesca. (Págs. 1 e Nacional A10) 
Votos no STF apontam apoio a aborto de anencéfalo
Em julgamento iniciado ontem, cinco ministros do Supremo Tribunal Federal reconheceram o direito ao aborto de fetos anencéfalos. A sessão será retomada hoje. Vão votar Carlos Ayres Britto, que já se manifestou a favor desse direito, e outros três ministros. Por enquanto, apenas Ricardo Lewandowski votou contra. Confirmado o resultado, toda mulher grávida de anencéfalo poderá procurar um hospital público para antecipar o parto. Não terá de ir à Justiça, como ocorre hoje. (Págs. 1 e Vida A22)

Marco Aurélio Mello
Relator do processo no Supremo

"Aborto é crime contra a vida. Tutela-se a vida em potencial. No caso do anencéfalo não existe vida possível" 
Síria promete cessar-fogo, com ressalvas
O Ministério da Defesa da Síria comunicou ontem que pretende iniciar um cessar-fogo a partir das 6 horas de hoje (zero hora em Brasília), informa o enviado especial a Damasco, Lourival Sant'Anna. Mas o governo se reservou o direito de retaliar caso rebeldes ataquem as forças leais ao regime. (Págs. 1 e Internacional Al2) 
Inadimplência faz bancos de montadoras frearem crédito
Com a alta da inadimplência, os bancos de montadoras já projetam um ano com crescimento menor do crédito para financiar a compra de veículos. "Está mais difícil aprovar novos empréstimos", afirma Marcos Ferreira, do Banco Volkswagen. A Anfavea se queixou ontem ao governo de que o setor bancário não está atendendo a demanda por crédito. (Págs. 1 e Economia B1 e B3) 
Previ quer investir em aeroportos e varejo (Págs. 1 e Economia B15)

Estudante invade escola e fere três na Paraíba (Págs. 1 e Cidades C1)

ONU é alvo de crítica pela 'amplitude' da Rio+20 (Págs. 1 e Vida A24)

Foto-legenda: Temporal leva caos a SP
Carros ficam ilhados na esquina das Avenidas Francisco Matarazzo e Pompeia (zona oeste) durante temporal que logo tomou SP e causou congestionamento de 225 km por volta das 19h, o maior do ano na cidade. (Págs. 1 e Cidades C5)
Dora Kramer
Gatos pardos

Não está claro se o empenho na realização da CPI para investigar as armações ilimitadas das organizações Cachoeira é para explicar ou para confundir. (Págs. 1 e Nacional A6) 
Notas & Informações
O STF contra a guerra fiscal

Se editar súmula, o Supremo poderá contribuir para o fim dessa prática desastrosa. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Aliados temem que CPI do Cachoeira vire tsunami
As apurações sobre o envolvimento de parlamentares com o esquema criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira correm o risco de se resumir ao processo no Conselho de Ética para cassar Demóstenes Torres (GO). Isso porque senadores e deputados governistas se deram conta, menos de 24 horas após anunciarem com estardalhaço a criação de uma CPI mista, de que uma investigação desse porte pode causar estragos imprevisíveis dentro e fora do Congresso. Uma saída, defendida pelo PT, seria limitar os trabalhos às denúncias baseadas na Operação Monte Carlo. Mas a oposição não aceita. Quer ampliar o foco e destrinchar também as relações de empresas do bicheiro com o governo federal.

Escutas apontam supostas ligações com o governador do DF (Págs. 1, 2 a 4 e 31)
Julgamento – STF: aborto de feto sem cérebro perto da aprovação
A votação para decidir se mulheres grávidas de fetos anencéfalos podem interromper a gestação foi suspensa ontem quando o placar estava em 5 a 1 a favor do aborto nesses casos. A sessão será retomada hoje às 14h. Em processos anteriores, dois dos quatro ministros que faltam cotar se declararam favoráveis à interrupção da gravidez. (Págs. 1, 12 e 13)
Até a bandeira do Brasil está fora da ordem
Mais importante símbolo nacional, a bandeira hasteada em frente ao Palácio do Planalto não cumpre as exigências estabelecidas em lei. Há falhas de proporções e de disposição das estrelas. Até o slogan Ordem e Progresso está fora do lugar. (Págs. 1 e 8)
Pilotos do Legacy livres de punição
Para entidade dos EUA, processo contra americanos que guiavam jato envolvido em acidente com avião da Gol, em 2006, prescreveu. A tragédia matou 154 pessoas. (Págs. 1 e 11)
Trânsito: Lei seca tem vitória parcial na Câmara
Multa para quem dirige alcoolizado sobe de R$ 957 para R$ 1,9 mil, mas ampliação de provas sobre embriaguez ainda é vista com ressalvas por especialistas. (Págs. 1 e 38)
Golpe contra a Receita no DF
Cerca de 1,5 mil funcionários públicos estão envolvidos num esquema de sonegação do Imposto de Renda. Eles são investigados por apresentar despesas falsas para obter gordas restituições. (Págs. 1, 14 e 15)
Patrimônio da Previ chega aos R$ 155 bilhões (Págs. 1 e 20)

MP investiga denúncias contra direção do Serpro (Págs. 1 e 6)

Servidores estão atolados em dívidas
O emprego estável deu à categoria o acesso fácil ao crédito. Mas a maioria exagerou nas compras e tomou muitos empréstimos. Há débitos de até R$ 600 mil. (Págs. 1 e 16)
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Valor Econômico

Manchete: União quer abrandar lei que disciplina renúncias fiscais
O governo pretende modificar dois artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei Complementar 101, e já comunicou essa intenção a seus líderes no Congresso. A primeira alteração dá mais flexibilidade ao governo para conceder incentivos tributários que impliquem renúncia de receitas, como no caso das desonerações, por exemplo. A segunda permite a mudança das condições financeiras dos contratos de renegociação das dívidas dos Estados com a União.

O Valor teve acesso à minuta do projeto de lei complementar que altera a LRF. A grande novidade é o interesse do governo em mudar o artigo 14, que não tem qualquer relação com os três temas que estarão na mesa de negociação com governadores e parlamentares - a 'guerra dos portos', nova partilha do ICMS do comércio eletrônico e a redução do custo financeiro das dívidas estaduais. (Págs. 1 e A2)
Suez negocia mais R$ 1 bi para Jirau
O grupo GDF Suez negocia com o BNDES um adicional de financiamento para a usina de Jirau e avalia a possibilidade de comprar a fatia da Camargo Corrêa no negócio. Os recursos serão destinados à expansão da hidrelétrica, que terá mais seis turbinas. O presidente da Suez no Brasil, Maurício Bähr, disse que a ampliação vai demandar pouco mais de R$ 1 bilhão. Para ele, os problemas de Jirau vão mudar a perspectiva que as empresas têm quanto a investimentos em novas usinas no país. "Teremos energia mais cara porque nenhum empreendedor vai imaginar que conseguirá fazer a obra dentro do cronograma". (Págs. 1 e B1)
Regras da Funai devem atrasar licenciamentos
A Fundação Nacional do Índio (Funai) criou regras que devem atrasar a concessão de licenças ambientais para obras de infraestrutura em terras indígenas. Pelas novas normas, o Rima - relatório simplificado de estudo do impacto ambiental - deve ser encaminhado às tribos afetadas "em linguagem acessível ou com tradução para línguas indígenas". Além disso, as comunidades poderão opinar sobre os futuros empreendimentos em consulta "prévia, livre e informada".

As exigências contrariam decisão tomada pelo governo, em outubro, de agilizar a análise socioambiental de grandes projetos de infraestrutura. "Há etapas e procedimentos novos. Isso pode acentuar a morosidade do processo de licenciamento, que já é lento", reclama o coordenador do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (Fmase), Marcelo Moraes. (Págs. 1 e A3)
Corte de juros pode não ser o último do ano
Há um certo consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará mais um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) na reunião da próxima semana, reduzindo-a para 9% ao ano. Mas há muitas dúvidas sobre onde estará a taxa no restante do ano. Uma hipótese que não deve ser descartada é a de o Comitê fazer uma parada não muito longa para avaliação. Depois disso, a taxa de juros pode até voltar a cair.

O Copom indicou em março que reduziria a Selic para no máximo 9%, um pouco acima da mínima histórica de 8,75% ao ano. De lá para cá, porém, a desinflação da economia foi mais acentuada e surpreendeu tanto o mercado quanto o Banco Central. Isso pode ajudar a inflação a convergir mais rapidamente do que esperava o próprio Copom para a meta de 4,5% neste ano. (Págs. 1 e C3)
A CPI que todos apoiam e ninguém quer
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar as relações de parlamentares, governadores e integrantes do governo federal com o contraventor Carlinhos Cachoeira tem apoio em todos os partidos, mas não interessa a ninguém. A oposição teme que Cachoeira tenha feito acordo de delação premiada que preserve o PT e o governo.

Foram envolvidos na investigação da Polícia Federal os principais partidos de oposição, como DEM e PSDB, e integrantes do governo como assessores da ministra Ideli Salvatti e do governador Agnelo Queiroz (PT-DF). Enquanto a oposição tentar levar a crise ao centro do Executivo, o objetivo petista é usar a CPI para dividir atenções com o julgamento do mensalão. (Págs. 1 e A6)
Processos relevantes estão parados no Supremo
Vinte e seis anos após a edição do primeiro plano econômico brasileiro e mais de 550 mil ações sobre o assunto no Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu na pauta de julgamento de hoje recursos que discutem se os correntistas devem ser ressarcidos por perdas na correção da caderneta de poupança nas décadas de 80 e 90. Apesar da expectativa em torno do assunto, que há três anos aguarda um desfecho, a questão ainda não deve ser solucionada. O ministro Gilmar Mendes confirmou ao Valor que vai sugerir que se adie de novo o julgamento, após pedido formal do Banco Central.

A indefinição sobre os planos econômicos espelha um problema recorrente no Supremo nos últimos anos: processos de grande repercussão política, econômica e social estão parados nos gabinetes dos ministros ou entram e saem da pauta sem perspectiva de análise. "Há um problema de excesso de processos e de muita discricionariedade na escolha dos temas", afirma o advogado Luís Roberto Barroso. Há dois anos, quando assumiu a presidência da Corte, o ministro Cezar Peluso quis zerar a pauta do STF. Mas a ideia não foi para frente e hoje ainda se veem pautas com centenas de processos. (Págs. 1 e A16)
Importação chinesa de grãos bate recorde (Págs. 1 e B14)

Microsoft reforça área de software de negócios no país, diz Tatarinov (Págs. 1 e B3)

Projetos de R$ 21 bi para portos
Pedidos de empresas interessadas em receber autorizações do governo para operar terminais portuários de uso privativo já somam R$ 21 bilhões na Agência Nacional de Transportes Aquaviários. (Págs. 1 e A4) 
Governo prevê R$ 18 bi na banda larga
Estimativas oficiais apontam que as operadoras de telefonia deverão investir até R$ 18 bilhões em redes de banda larga até 2016 como resultado das medidas de desoneração anunciadas pelo governo. (Págs. 1 e B2) 
Cade limita CSN na Usiminas
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) não poderá indicar membros aos conselhos de administração e fiscal da Usiminas. (Págs. 1 e B7)
Santos precisa de até US$ 1,1 bi
Estudo aponta que o porto de Santos precisa de investimentos entre US$ 800 milhões e US$ 1,1 bilhão para eliminação de gargalos de infraestrutura e modernização de procedimentos. (Págs. 1 e B9) 
Avanço dos transgênicos
A área plantada com sementes transgênicas de soja, milho e algodão no Brasil deverá crescer 54% até a safra 2020/21 e totalizar 49 milhões de hectares, que deverão ser equivalentes a quase 90% da área ocupada com as três culturas. (Págs. 1 e B14)
Emissões de dívida aumentam
Companhias de todo o mundo emitiram US$ 850 bilhões em títulos de dívida no primeiro trimestre. Entre as brasileiras, as captações por meio da emissão de bônus somaram US$ 23 bilhões, alta de 70,4% em relação a igual período de 2011. (Págs. 1 e C3) 
Rio desapropria edifício da Bolsa
O edifício da antiga Bolsa do Rio, na Praça XV, que pertence à BM&FBovespa, será desapropriado pelo governo do Estado. O prédio vai abrigar a Assembleia Legislativa, cujas instalações atuais, o Palácio Tiradentes, serão transformadas em museu. (Págs. 1 e C9)
Diamond foca cadeia do petróleo
A Diamond Mountain, empresa de assessoria e investimentos com foco em infraestrutura, pretende levantar até R$ 3 bilhões no país e no exterior para investir em participações e financiar capital de giro a fornecedores da Petrobras. (Págs. 1 e Cl3) 
Ideias
Cristian Klein

Dificuldade da presidente Dilma Rousseff com a base governista teria relação com a crise de carreiras políticas no PT. (Págs. 1 e A6)
Ideias
Nelson Carlini

Retomada do setor naval é incontestável, mas equívocos precisam ser corrigidos para não se repetir a debacle dos anos 80. (Págs. 1 e A10)
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