PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, outubro 05, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] CADA UM NA SUA...

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Assentados ajudam a destruir a Amazônia

O Globo - 05/10/2011
 

Os assentamentos ainda são um dos maiores vilões do desmatamento na floresta amazônica. Em 2004, levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que as comunidades de assentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) respondiam por pelo menos 15% da área destruída na Amazônia Legal. Não há sinais de melhora nessa radiografia nos últimos sete anos. Ao contrário. Em 2008, 11 assentamentos do Incra apareciam num relatório do Ministério do Meio Ambiente entre os cem maiores desmatadores da região. Mais grave ainda, áreas distribuídas a famílias de assentados ocupavam as seis primeiras colocações da lista. Na mesma época, o ministério divulgou um dado aterrador, oriundo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): em apenas trinta dias, o ritmo de devastação na Amazônia subira 133%. Boa parte deste total se devia à ação predatória de assentados pelo Incra.
Em 2009, o próprio Incra divulgou um documento mostrando que os assentamentos de reforma agrária haviam contribuído, no ano anterior, com 21% do desmatamento na Amazônia Legal. No início deste ano, documento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reforçou advertências anteriores de que essa equivocada política de distribuição de terras é um dos principais entraves para as ações de contenção do avanço sobre a floresta.
A situação é particularmente crítica no Pará (cujos assentamentos respondem por 51% do total desmatado) e em Mato Grosso (com 22%, e onde estão as 11 áreas de reforma agrária incluídas na lista negra do Meio Ambiente). São bem conhecidas as causas do avanço da destruição na Amazônia. Esse processo é fruto de uma equação na qual se juntam a concentração de lotes, decorrente da pressão de madeireiras e especuladores sobre os donos de áreas distribuídas pelo Incra, pouca eficiência da política de assentamento do órgão (com ineficazes ações de planejamento, insuficientes linhas de créditos e carência de apoio técnico às famílias beneficiadas) e desvirtuamento do princípio da reforma agrária. As terras, distribuídas a assentados de baixa renda, quase invariavelmente são desviadas para destinações predatórias contra a floresta - a pecuária e a agricultura (responsáveis pelo aumento do número de queimadas, uma das mais agressivas formas de destruição da mata nativa), e a exploração não racional da madeira.
A discrepante visão de um mesmo problema por órgãos da União - o Meio Ambiente e o Incra - produziu em 2008 um choque de interesses em Brasília. Pressões e trocas de acusações de um lado e de outro expuseram as contradições de um governo em que se digladiam grupos com os mais diversos interesses, e que produziu um equivocado modelo de assentamentos. Nele, são visíveis os prejuízos para o meio ambiente, e não há avanços substanciais no que diz respeito a superar históricas demandas fundiárias, uma vez que as famílias beneficiadas, cedendo a pressões econômicas, acabam se desfazendo de seus lotes e voltando à condição de sem-terra. São inquestionáveis evidências de que é necessário rever tal política.

Produção de alimentos derruba indústria

Autor(es): r Francine De Lorenzo e Diogo Martins
Valor Econômico - 05/10/2011
 


A produção industrial de alimentos já dá sinais de recuo frente ao agravamento da crise no exterior e ao aumento da inflação no mercado doméstico. Desde fevereiro, a produção do setor está desacelerando no acumulado de 12 meses, chegando a agosto com queda de 0,5% frente aos 12 meses anteriores, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apenas entre julho e agosto, a retração da indústria de alimentos foi de 4,6% na série com ajuste sazonal. O segmento foi o que mais contribuiu para a queda de 0,2% na produção industrial no período. Segundo o IBGE, a fraca produção de alimentos derivou, principalmente, da dificuldade na exportação de produtos como açúcar, suco de laranja e carnes bovinas. "O menor volume de exportações de carne bovina brasileira decorre do embargo expedido pelo governo russo, enquanto suco de laranja e açúcar refletem a queda na demanda internacional", explica o gerente de Coordenação da Indústria do IBGE, André Luiz Macedo.
O professor do Ibmec, Paulo Pacheco, diz que no caso do açúcar houve a influência da antecipação da safra de cana-de-açúcar. "Esse fator não deverá se repetir nos próximos meses. Já no que se refere à carne, não estão descartados novos entraves", avalia, acrescentando que o desaquecimento na produção de alimentos deve persistir, mas não são esperadas novas quedas bruscas como a de agosto.
O avanço da inflação, na análise do economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza, foi um importante fator para a queda da produção industrial entre julho e agosto. "Veremos se haverá uma tendência de diminuição do consumo, e consequentemente da produção, acompanhando a evolução da massa salarial e do crédito", afirma.
Em agosto, os produtos agropecuários no atacado tiveram alta de 1,64% frente a julho, segundo o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), enquanto no varejo o aumento foi de 0,80%. No mesmo período, o preço dos alimentos subiu 0,72% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em agosto, a retração de 0,2% da produção industrial em relação a julho com ajuste sazonal foi resultado de uma queda na mesma proporção em bens intermediários e de um recuo de 1,3% em bens de consumo. Na direção contrário, o setor de bens de capital produziu 0,9% mais. No acumulado do ano, a indústria cresceu 1,4% sobre 2010.
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Deboche dos mensaleiros

Autor(es): Renato Alves
Correio Braziliense - 05/10/2011
 
Construtora de Lavras (MG) arrematou em leilão judicial uma casa na QL 10 do Lago Sul com 862 metros quadrados de área construída, em que cada tijolo foi pago com dinheiro de contratos de informática do Governo do Distrito Federal. O imóvel luxuoso pertencia a Durval Barbosa, o delator do maior escândalo político da capital.
A mansão foi a leilão para ressarcir parte do prejuízo causado pelo esquema de corrupção que vigorou no DF por 10 anos. Avaliada pelos peritos judiciais em R$ 4,3 milhões, valia mais, segundo corretores. No entanto, a empreiteira de Minas Gerais pagou R$ 3,5 milhões.
O terreno, uma ponta de picolé, fica ao lado da casa em que Durval viveu com a família antes de se separar de Fabiani Barbosa Rodrigues, em 2009. A intenção do casal era ampliar a residência com uma área para festas, a ponto de a obra ter sido embargada pela Administração Regional do Lago Sul, por configurar uma extensão ilegal da casa.
Para alguns, o confisco e a venda da mansão de Durval podem trazer um sentimento de justiça, pois voltou aos cofres públicos parte dos recursos desviados. Mas está longe de Durval e toda a gente denunciada por ele receber uma punição à altura dos crimes cometidos. Somente o homem que gravava políticos e empresários responde a 23 ações penais movidas pelo Ministério Público, nas quais foram acusadas 35 pessoas por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e dispensa ilegal de licitação.
Durval se autoincriminou na delação premiada e já está condenado a penas que somam mais de 15 anos de prisão. Mas não passou um dia atrás das grades. Ele tem recorrido e, em alguns casos, por causa da redução da pena, tem conseguido a prescrição. A estimativa do MP é que Durval tenha movimentado mais de R$ 2,7 bilhões, entre 1999 e 2006.
Durval, os homens e as mulheres filmados e citados por ele nos processos debocham de todos nós a cada vez que saem de suas mansões em carros importados, com roupas, joias e sapatos das grifes mais famosas do mundo, para almoçar, jantar ou malhar nos mais caros restaurantes e academias da cidade. Gente que impediu o atendimento médico básico a muito cidadão e milhares de crianças de sonharem com um futuro diferente do miserável lugar onde vivem, ao desviar para seus bolsos, meias, pastas e cofres o dinheiro dos impostos pagos com nosso honesto trabalho.
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RIO VAI DOBRAR INDENIZAÇÃO PARA REMOVER MAIS FAVELAS

COFRE ABERTO PARA AS REMOÇÕES
Autor(es): agência o globo:Emanuel Alencar
O Globo - 05/10/2011
 
Prefeitura quase dobra valor de indenizações pagas por imóveis no caminho de obras
A prefeitura vai pagar até R$77 mil pelas casas de famílias retiradas de área de risco ou que tenham que deixar suas residências devido a obras da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 ou relacionadas a projetos de urbanização. O ressarcimento financeiro foi aumentado porque muitas pessoas desapropriadas não querem ser reassentadas pelo programa Minha Casa Minha Vida. Criado por decreto publicado ontem pelo prefeito Eduardo Paes, o benefício Compra Assistida vai pagar pelos imóveis quase o dobro (92,5% a mais) do teto máximo de R$40 mil que a Secretaria municipal de Habitação vinha pagando nesses casos desde fevereiro de 2008. O teto do metro quadrado pago a quem só quer receber o dinheiro também foi reajustado, de R$600 para R$780.
Os novos imóveis podem estar no asfalto ou em favelas em processo de regularização. A principal exigência é que as casas não estejam em áreas de risco ou de preservação ambiental. Calculado por técnicos da Secretaria de Habitação, o valor estabelecido para a compra assistida poderá variar de acordo com o tamanho e o padrão do imóvel. Para receber o valor máximo, o imóvel tem que ser avaliado por técnicos da prefeitura entre R$59,5 mil e R$62 mil. O município vai acompanhar todo o processo de compra da nova casa e, caso seja necessário, pode pagar a diferença, até o teto máximo de R$77 mil, para facilitar o fechamento do negócio.
Valores superam
o do Minha Casa
O secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, disse que o decreto ajustou a tabela prefeitura ao mercado imobiliário das comunidades. Ele explicou que é preciso dar opções para os moradores que não desejam ser reassentados nas áreas indicadas pelo governo.
- Essa é uma realidade das favelas cariocas. O teto da indenização supera o valor máximo do custo de construção de uma casa popular pelo programa Minha Casa, Minha Vida (R$64 mil) - disse Bittar.
A nova tabela foi divulgada num momento em que a prefeitura pretende aumentar as remoções na região da Barra e de Jacarepaguá devido ao programa de macrodrenagem das lagoas da região. Os imóveis que estiverem na faixa marginal de proteção terão que ser retirados.
Nas últimas operações de remoção, as queixas sobre valores eram frequentes. Aconteceram, por exemplo, na retirada de casas de favelas às margens da Avenida das Américas para as obras de implantação do BRT Transoeste, corredor exclusivo para ônibus que ligará a Barra da Tijuca a Campo Grande e Santa Cruz.
Os moradores comprovadamente carentes da Vila Autódromo serão os primeiros beneficiados com os novos valores. Como O GLOBO informou ontem, a comunidade vizinha ao futuro Parque Olímpico do Autódromo e da Cidade do Rock será reassentada na Estrada dos Bandeirantes. Procurada pelo GLOBO, a Procuradoria Geral do Município não informou qual será o destino de famílias de classe média que vivem à beira da lagoa, cuja remoção é alvo de uma briga judicial desde 1993.
O decreto reajustou a tabela para os moradores que preferem receber indenizações em dinheiro: o metro quadrado de um imóvel de bom padrão passou de R$600 para até 780. O valor varia conforme a natureza da construção, se está perto de linhas de transporte e dispõe de rede de esgoto.
As medidas também podem ser adotadas pelo governo estadual. A coordenadora do governo do estado para o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) das Favelas, Ruth Julberg, disse que o assunto será levado à assessoria jurídica.
- Por enquanto, o estado ainda usa os valores estabelecidos em 2008 - disse. - Esta foi uma decisão tomada pela prefeitura.
Especialistas avaliam que a nova tabela é uma medida necessária para acompanhar a escalada de valorização dos imóveis, uma realidade tanto na cidade formal quanto na informal. Autor do plano diretor do PAC Rocinha, o arquiteto Luiz Carlos Toledo vê as correções com bons olhos:
- Na Rocinha, a experiência nos mostrou que os valores de indenização muito baixos eram um empecilho à política de regularização fundiária. Existe um mercado informal, dentro da favela. Há uma defasagem que deve ser corrigida - afirma.
Projetista especializado em habitação popular, Jorge Mario Jáuregui também acha a iniciativa positiva por buscar um valor justo tanto para o morador quanto para o poder público:
- Mas é preciso uma política consistente para que os moradores não voltem a ocupar áreas de risco.
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NO JUDICIÁRIO, MAIS DE 4.800 PODEM TER SUPERSALÁRIO

QUADRO DE SERVIDORES DO JUDICIÁRIO COM SUPERSALÁRIO PODE CRESCER 840%
Autor(es): IURI DANTAS
O Estado de S. Paulo - 05/10/2011

Estimativa parcial mostra quantos servidores seriam beneficiados com vencimento acima do teto

A proposta do Judiciário para elevar os vencimentos de servidores pode fazer com que o número de funcionários que recebem os chamados “supersalários" - acima do teto do funcionalismo, hoje em R$ 26.700 - salte dos atuais 512 para 4.814. O número é de levantamento da Anata (associação de funcionários do Judiciário) em 8 dos 50 tribunais do País. A proposta de reajuste consta do projeto de lei 6.613, que prevê correção média de 54% para analistas e 56% para técnicos, dependendo do estágio da carreira em que o servidor se encontra. Como o projeto eleva de forma linear o salário, os servidores que recebem os chamados "penduricalhos", como funções comissionadas e gratificações, ultrapassariam o teto do funcionalismo. "Se esses dados forem confirmados, é absolutamente inviável aprovar esse projeto de lei", avaliou o deputado Cláudio Puty (PT-PA), que preside a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, onde está o projeto.


A proposta do Judiciário para elevar os vencimentos de servidores pode aumentar em pelo menos 840% o número de funcionários que recebem os chamados supersalários - acima do teto do funcionalismo (hoje de R$ 26,7 mil). Segundo levantamento da Associação Nacional dos Analistas, Técnicos e Auxiliares do Judiciário e do Ministério Público da União (Anata), saltaria de 512 para 4.814 o número de servidores com contracheque mensal acima do teto, que é o salário de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nos oito tribunais com dados disponíveis para esse tipo de cálculo.
A proposta de reajuste consta do projeto de lei 6.613, que prevê correção média de 54% para analistas e 56% para técnicos, dependendo do estágio da carreira em que o servidor se encontra. Como o projeto eleva de forma linear o salário, os servidores que recebem "penduricalhos", como funções comissionadas e gratificações, superariam o teto.
"Se esses dados forem confirmados, é absolutamente inviável aprovar esse projeto de lei," avaliou o deputado Claudio Puty (PT-PA), que preside a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, onde está o projeto. "Acho pouco provável que o Executivo não faça um acordo com o Judiciário, mas não nos termos dessa lei. A tendência é que a proposta seja alterada."
A Anata fez o levantamento em apenas oito dos cerca de 50 tribunais instalados no País, o que sugere que os servidores com supersalários, caso o projeto venha a ser aprovado, pode atingir número superior aos 4.814 encontrados. O Judiciário tem cerca de 120 mil servidores, de acordo com o levantamento.
A associação verificou dados do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, dos Tribunais Regionais Federais da 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª Regiões, do Tribunal Eleitoral do Paraná e do Tribunal do Trabalho de Minas Gerais.
A amostra se limita a essas cortes porque só elas seguem as regras do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para divulgação dos gastos com folha de pagamento. As demais, segundo a Anata, usam outros critérios, impedindo na prática o monitoramento das despesas, afirmou Alexandre Melchior, analista do TRE de Santa Catarina. "O projeto foi encaminhado ao Congresso antes de os tribunais publicarem os gastos. A gente imaginava que o número de distorções era grande, mas vimos que era muito pior."
O texto prevendo aumento para os servidores corre em paralelo ao dos ministros do Supremo, que negociam com o Congresso a elevação dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil. Mesmo com o novo teto, o número de servidores com supersalários continuaria elevado, segundo a Anata.
Para o presidente da Comissão de Finanças, os dados exigem do Congresso a regulamentação do teto do funcionalismo, para evitar que o salário de qualquer servidor ultrapasse o limite. "Vemos com bons olhos se o governo tomar essa iniciativa, mas vou propor aos membros da comissão que apresentemos conjuntamente um projeto para controlar isso," disse Puty.
Subsídio. Os servidores da Anata defendem mudanças na forma de cálculo do reajuste do Judiciário e do Ministério Público da União. Em vez de aumento linear, querem aumento do subsídio pago aos funcionários, o que eliminaria os penduricalhos. A mesma fórmula já é adotada por servidores da Polícia Federal e da Receita Federal, por exemplo.
O Ministério do Planejamento é favorável, em tese, a esse modelo, por tornar mais claro a forma como o servidor é compensado pelo trabalho.

Após 22 dias, Correios faz acordo e encerra greve

Após 22 dias, Correios faz acordo e encerra greve
Autor(es): agência o globo: Geralda Doca
O Globo - 05/10/2011
 

Acordo no TST põe fim à greve dos Correios, que durou mais de 20 dias
Não houve avanço nas negociações com bancários e petroleiros preparam paralisação

BRASÍLIA e SÃO PAULO. Os funcionários dos Correios devem voltar ao trabalho amanhã, depois de 22 dias de paralisação geral. Ontem, representantes da categoria e da estatal fecharam acordo sobre os termos do reajuste salarial, em audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Foi estabelecido um reajuste de 6,87%, retroativos a agosto, para cobrir as perdas com inflação e um aumento linear de R$80, a partir deste mês. Segundo a empresa, este valor, que será incorporado aos salários, representa um ganho real de 9,9% para os carteiros. Enquanto isso, os bancários vão para o décimo dia de greve e os petroleiros se preparam para greve nacional, que pode começar na próxima semana.
Hoje, os 35 sindicatos dos Correios realizarão assembleias em todo o país, mas o comando do movimento vai orientar os trabalhadores a aprovar o acordo celebrado entre as partes e com isso, pôr fim à greve. Assim que a metade das entidades se manifestar, as atividade voltarão ao normal, aos poucos.
Os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta somente deverão ser aceitos a partir de amanhã, segundo a estatal. A empresa informou que a paralisação causou atrasos em 147 milhões de cartas e encomendas e que ainda não se sabe quando a situação será normalizada. O prejuízo estimado sobre o faturamento é de R$20 milhões por dia.
O acordo celebrado permitiu a compensação, por parte dos trabalhadores, da maioria dos dias parados (15 dias), durante sábados e domingos, até maio de 2012. Os seis dias que foram descontados do contracheque serão devolvidos em folha suplementar imediatamente. Eles só serão descontados a partir de janeiro até dezembro, sendo o equivalente a meio dia parado por mês.
Dez mil metalúrgicos
fizeram manifestação
O TST passou a mediar o conflito na última sexta-feira, quando a direção da empresa entrou com pedido para que a Justiça suspendesse a greve por se tratar de serviço essencial e instaurasse processo de dissídio coletivo no Tribunal. A liminar para acabar com a paralisação foi negada pela vice-presidente do TST, Cristina Peduzzi.
Já os bancários, em greve há mais de uma semana, enviaram ontem carta à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) cobrando a retomada nas negociações do acordo coletivo da categoria. No início da noite, a Fenaban alegou não ter conhecimento da carta e nenhum encontro havia sido agendado. A greve dos bancários já mobiliza cerca de 32 mil trabalhadores. O silêncio dos bancos, segundo os sindicalistas da confederação dos bancários, tem ajudado a ampliar a paralisação, que ontem atingiu 8.328 agências e 21 prédios administrativos.
Os bancários, que iniciaram a greve no dia 27 de setembro, reivindicam 12,8%, e os bancos ofereceram 8%.
Também em campanha salarial, dez mil metalúrgicos de várias empresas das regiões sul e oeste da capital paulista participaram ontem de um ato de mobilização para a campanha salarial, cuja data base é em novembro.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAiS


05 de outubro de 2011
O Globo

Manchete: Rio vai dobrar indenização para remover mais favelas
Prefeitura aumenta tabela de valores para diminuir resistência de moradores

A prefeitura aumentou de R$ 40 mil para R$ 77 mil o teto de ajuda para a compra de uma nova moradia para as famílias que hoje vivem em áreas de risco nas favelas ou cujas casas estejam no caminho de obras. O ressarcimento foi aumentado diante da recusa a indenizações ou remoções. O decreto baixado pelo prefeito Eduardo Paes também reajusta a tabela das indenizações em dinheiro, de até R$ 600 para até R$ 7800 metro quadrado, para imóveis com benfeitorias e bem localizados. Para especialistas, a medida acompanha a valorização imobiliária nas favelas, mas é preciso mais rigor na fiscalização para evitar a reocupação desordenada. (Págs. 1, 15 e 16)

Governo negocia com Fifa criar Bolsa Torcedor na Copa (Págs. 1 e Caderno Esportes)

Um hospital tão doente quanto seus pacientes
Do diagnóstico ao tratamento, passando pelos efeitos colaterais, a Hospital do Fundão é um paciente em estado grave. Rachaduras de 8cm de largura fecharam o centro cirúrgico. Vistoria afastou desabamento, mas a unidade será monitorada. (Págs. 1 e 22)

Farra com Bolsa Pesca eleva gasto a R$ 1,3 bi
Com orçamento de R$ 1,3 bilhão este ano, o seguro-defeso é pago sem qualquer controle e fiscalização a pescadores - mas também a mortos, empresários e desempregados. Auditoria descobriu irregularidades em mais de 60 mil benefícios em apenas dois anos. O Ministério Público apura fraudes de norte a sul, inclusive o uso da chamada Bolsa Pesca - de um salário mínimo - como moeda eleitoral. (Págs. 1, 3, 4 e 9)

Brasil libera droga banida nos EUA
A Anvisa deu sinal verde para que a sibutramina, proibida nos EUA e na Europa, continue a ser vendida no país. A decisão ignorou parecer inicial da câmara técnica da Anvisa. A sibutramina eleva o risco de infarto e derrame. Três remédios emagrecedores foram proibidos. (Págs. 1 e 34)

Entrando de sola
Depois dos carros, a governo brasileiro impôs mais uma barreira contra produtos chineses. Agora é a vez dos calçados, que perderam as licenças automáticas de importação. O objetivo é barrar sapatos chineses que entrariam ilegalmente no Brasil a partir da Indonésia e do Vietnã. (Págs. 1 e 25)

Após 22 dias, Correios faz acordo e encerra greve (Págs. 1 e 31)


Crise do euro faz a 1ª vítima e quebra banco
Os mercados financeiros foram sacudidos ontem com a notícia de que a crise da dívida na zona do euro fez sua primeira vítima: o banco franco-belga Dexia, o 19º europeu em ativos. Com € 4,8 bilhões em títulos gregos, a Dexia quebrou e precisará de resgate. As bolsas caíram em Frankfurt (-2,98%), Paris (-2,61 %) e Londres (- 2,59%). O Dexia foi comparado ao Bear Stearns, o banco americano que estava quebrado em marco de 2008 e foi socorrido antes do agravamento da crise. (Págs. 1, 23 e 24)

Míriam Leitão

Os bancos estão desconfiando até da própria sombra e por isso os governos têm medo do pânico. (Págs. 1 e 24)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Para deputado, cada colega de SP tem um preço
Frase é de Roque Barbiere, que apontou venda de emendas na Assembleia; governo estadual diz que ele nunca denunciou

O deputado estadual Roque Barbiere (PTB) comparou a Assembleia de São Paulo a um camelódromo e disse ter alertado o governo do Estado para a existência de um esquema em que seus colegas negociariam emendas ao Orçamento com prefeitos e com empreiteiras.

"Isso é igual camelô, cada um vende de um jeito", afirmou durante entrevista. (Págs. 1 e Poder A4)

Acusado de desviar R$ 100 milhões, ex-diretor da Assembleia do PR alega insanidade, e Justiça suspende processos contra ele. (Págs. 1 e Poder A11)

Foto Legenda: Compaixão
Uma mulher somali que, com um balde, tentava apagar o fogo dos corpos calcinados chamou atenção na cena do atentado terrorista que matou mais de 70 em Mogadício; grupo ligado à Al Qaeda assumiu o ataque. (Págs. 1 e Mundo A17)



Ciência: Estudo da expansão do Universo da Nobel a trio dos EUA (Págs. 1 e C11)


Anvisa proíbe anfetaminas e restringe a sibutramina
A Anvisa proibiu o uso de inibidores de apetite do tipo anfetaminas (femproporex, mazindol e anfepramona), mas manteve a sibutramina, com regras mais restritas.

Para a agência, o risco trazido pelos anfetamínicos, aliado à falta de estudos sobre sua eficácia, desaconselha o uso dessas drogas.

O CFM (Conselho Federal de Medicina) promete ir à Justiça contra a decisão. (Págs. 1 e Saúde C10)

Correios fazem proposta, e fim da greve deve ser votado hoje
Os Correios e representantes dos funcionários chegaram a um acordo para encerrar a greve que já dura 21 dias e provocou o atraso na entrega de 147 milhões de cartas e encomendas.

Os 35 sindicatos da categoria vão se reunir hoje para decidir se ratificam o acordo, que prevê reposição da inflação de 6,87% e um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro. (Págs. 1 e Mercado B1)

Fernando Rodrigues: Juiz criminoso deve ir para cadeia, não só ser aposentado
Não há como ver normalidade quando quase nunca um juiz é punido. Quem comete crime não deve só ser aposentado. Tem de ser condenado e preso. (Págs. 1 e Opinião A2)

Prefeitura de SP fechará shopping Center Norte
O shopping Center Norte será interditado hoje por tempo indeterminado. Ontem, a Justiça cassou liminar que impedia o fechamento do local, localizado em área com presença de gás metano no subsolo. Para a prefeitura, há risco de explosão.

A direção do shopping não informou se vai recorrer da decisão. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Bulgária usa visita de Dilma para fechar negócios
O governo da Bulgária acredita que a visita da presidente Dilma Rousseff, que chegou ao país, vai gerar bons negócios com o Brasil.

"A visita irá mostrar aos empresários brasileiros que a Bulgária é um bom lugar para investir", disse o presidente Georgi Parvanov, em entrevista a Vaguinaldo Marinheiro. (Págs. 1 e Mundo A16)

Editoriais
Leia "Parceria nos trilhos", sobre plano do governo de SP para o transporte, e "Teto para valer", acerca de limite para salários de servidores. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: No Judiciário, mais de 4.800 podem ter supersalário
Estimativa parcial mostra quantos servidores seriam beneficiados com vencimento acima do teto

A proposta do Judiciário para elevar os vencimentos de servidores pode fazer com que o número de funcionários que recebem os chamados “supersalários" - acima do teto do funcionalismo, hoje em R$ 26.700 - salte dos atuais 512 para 4.814. O número é de levantamento da Anata (associação de funcionários do Judiciário) em 8 dos 50 tribunais do País. A proposta de reajuste consta do projeto de lei 6.613, que prevê correção média de 54% para analistas e 56% para técnicos, dependendo do estágio da carreira em que o servidor se encontra. Como o projeto eleva de forma linear o salário, os servidores que recebem os chamados "penduricalhos", como funções comissionadas e gratificações, ultrapassariam o teto do funcionalismo. "Se esses dados forem confirmados, é absolutamente inviável aprovar esse projeto de lei", avaliou o deputado Cláudio Puty (PT-PA), que preside a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, onde está o projeto. (Págs. 1 e Nacional A4)


Foto Legenda: Brasil e UE divergem sobre taxar transações
Dilma se encontra com o rei da Bélgica, Albert II, em Bruxelas; a presidente disse concordar com uma maior regulação sobre o fluxo global de capitais, mas criticou a proposta de taxação sobre transações financeiras, defendida por Alemanha e França e que deve entrar em vigor na Europa em 2014, "Não acho que isso resolve", afirmou Dilma, que disse não ser "juiz de decisões de outros países". (Págs. 1 e Economia B4)

Deputado diz que colegas na Assembleia de SP são "camelôs"
O deputado Roque Barbiere (PTB) disse que há colegas seus na Assembleia Legislativa paulista que são "iguais a camelô”, referindo-se à suposta venda de emendas. “Cada um tem uma maneira, cada um tem um preço", afirmou. Ele disse que não dará nomes nem com revólver na cabeça". (Págs. 1 e Nacional A10)

Outra agência de risco rebaixa Itália
Moody’s reduz rating da dívida, 15 dias após a Standard & Poor’s ter feito o mesmo

Após o fechamento dos mercados, a agência de risco Moody's rebaixou ontem a nota de crédito da Itália, de Aa2 para A2. É o segundo rebaixamento em 15 dias - em 19 de setembro, foi vez da Standard & Poor's. As bolsas europeias já haviam registrado queda com a informação de que o banco franco-belga Dexia poderia ser obrigado a fazer uma cisão, para expurgar perdas bilionárias. As autoridades anunciaram plano para socorrê-lo. (Págs. 1 e Economia B1)

Liminar cai e Prefeitura deve fechar Center Norte hoje
A Prefeitura deve fechar hoje o Shopping Center Norte. A decisão de cassar a liminar que mantinha o estabelecimento aberto foi tomada pelo mesmo juiz que a havia concedido. A justificativa é que o shopping não comprovou a inexistência do risco de explosão por acúmulo de gás. (Págs. 1 e Cidades C3)


Acordo deve encerrar greve dos Correios (Págs. 1 e Economia B9)


Emagrecedor é mantido pela Anvisa
Proibido em vários países, o emagrecedor sibutramina continuará sendo vendido no Brasil, mas sob novas regras, decidiu a Anvisa. Já os derivados de anfetaminas foram vetados. (Págs. 1 e Vida Al8)

Dora Kramer
Clube da luta

O PSDB hoje é uma confederação de emburrados sem rumo, cuja principal ocupação é dar vazão a ressentimentos mútuos. (Págs. 1 e Nacional A8)


Notas & Informações
A lição inoportuna de Dilma

A presidente aconselhou o premiê belga numa visita que requeria outro comportamento. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Dilma freia desmonte do BB em Brasília. Falta brecar a Caixa
Num encontro ontem com a bancada de senadores e deputados do Distrito Federal, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, afirmou que é inadmissível a transferência de diretorias do Banco do Brasil para São Paulo, movimento denunciado pelo Correio na semana passada. Segundo Gleisi, o esvaziamento da instituição na capital federal não será tolerado pela presidente Dilma Rousseff, que convocará o presidente do banco, Aldemir Bendine, para prestar esclarecimentos. Os parlamentares do DF também saíram do Palácio do Planalto com a garantia de que processo semelhante na Caixa Econômica Federal será contido. (Págs. 1 e 14)


Mensalidade escolar no DF subirá 12,5% (Págs. 1 e 33)


Foto Legenda: Aonde eles vão levar o mundo?
A notícia de que o banco franco-belga Dexia está em vias de quebrar assombrou o planeta e reforçou um sentimento que domina o mercado: a pior de todas as crises está na ausência de uma forte liderança política. Líderes como Obama, Ângela Merkel, Zapatero e Sarkozy estariam desorientados diante do tsunami financeiro. “Temos um grande problema de governabilidade”, admitiu o presidente do Banco Central Europeu, o francês Jean-Claude Trichet. (Págs. 1, 10, 12 e 13)


Um alerta brasileiro
Bruxelas – Guardadas as proporções, imigrantes sem teto na capital belga remetem à imagem cunhada quatro décadas atrás para descrever o Brasil de então: Belíndia, uma nação que crescia como a Bélgica, mas continuava miserável como a Índia. Ontem, Dilma fez um alerta a europeus: evitem medidas recessivas. (Págs. 1, 2 e Coluna Entrelinhas, 4)


Educação: UnB entre as melhores do continente
A Universidade de Brasília é a quarta instituição de ensino superior do país e a 11ª da América Latina, segundo pesquisa. O aumento do número de docentes e de doutores contribuiu para a melhoria da qualidade. (Págs. 1 e 31)


AGU não quer eleição com verba pública
A Advocacia-Geral da União, órgão ligado ao governo, é contrária à proposta, defendida pelo PT e por Lula. (Págs. 1 e 3)


Enem abre consulta no site sobre os locais de prova (Págs. 1 e 27)


Novas regras para o uso de emagrecedores
Governo cria restrições e promete ampliar a vigilância, mas permite o comércio de inibidores de apetite feitos com subitramina. As drogas que têm anfetamina na composição estão proibidas. (Págs. 1 e 9)

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Valor Econômico

Manchete: Capital externo garante o aumento de investimentos
O capital estrangeiro aumentou seus investimentos no Brasil e deve ultrapassar a fatia destinada para esse fim pelo capital nacional em 2011. Os investimentos totais anunciados no Brasil durante o primeiro semestre somaram US$ 165,6 bilhões - equivalentes a 62% do total anunciado no ano passado. Se o ritmo for mantido, os investimentos divulgados podem ultrapassar a marca de 2010. Os dados são da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento (Mdic). O relatório consolida dados de novos projetos anunciados, mesmo que sejam executados ao longo de vários anos.

Em todo o ano passado, os investimentos com capital exclusivamente nacional representavam 66% do total. No primeiro semestre deste ano, essa participação caiu para 32,2%, enquanto o de origem exclusivamente estrangeira ficou em 56,1% - aumento expressivo em relação aos 23,1% registrados em 2010. A diferença, nos dois períodos, ficou com os projetos de capital misto. (Págs. 1 e A3)

Dependência do petróleo cresce no Rio
O dinheiro do petróleo permitiu que pequenas e médias empresas expandissem seus negócios na Região dos Lagos e no norte fluminense nos últimos anos. Mas tornou as economias locais, e sobretudo as prefeituras, muito dependentes do setor. No Estado do Rio, o petróleo também ganhou um peso importante nas finanças públicas (depois do ICMS, os royalties e participações especiais cobradas da atividade são a principal fonte de receita). As petroleiras consideram que o setor é hoje responsável por algo como 12% do Produto Interno Bruto (PIB). Sua fatia na Formação Bruta de Capital Fixo deve passar de 6,3% em 2001 para 14,7% em 2014, segundo André Sant'Anna, economista do BNDES. (Págs. 1 e A16)


Foto Legenda: Energia do lixo
A gestora de resíduos urbanos Haztec vai investir R$ 440 milhões em duas usinas de geração de energia a partir de lixo, diz Paulo Tupinambá. A tecnologia foi comprada da Holanda. (Págs. 1 e B8)
UE prepara ação para recapitalizar bancos
O custo do seguro contra calote do sistema financeiro na zona do euro suplantou os níveis vistos à época da quebra do Lehman Brothers, em 2008, e bateu recorde, indicando que os bancos do bloco nunca estiveram tão perto de um colapso. Os ministros da Fazenda da União Europeia estão examinando formas de coordenar a recapitalização das instituições financeiras após terem concordado ser urgentemente necessárias medidas para protegê-las.

Num sinal claro de que os governos dos países da UE estão se preparando para agir, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças da Alemanha, disse que Berlim poderia, se necessário, reativar os mecanismos de apoio acionados em 2008 para recapitalizar os bancos. Ele informou que todos os integrantes da zona do euro apresentarão planos de proteção a seus bancos na próxima reunião de ministros no fim do mês. (Págs. 1, C1 , C2 e C8)


Bolsa perde mais valor do que na crise de 2008
Para a bolsa brasileira, a crise atual é pior que a desencadeada pela quebra do Lehman Brothers. No ano, até setembro, houve perda no valor de mercado do Ibovespa de R$ 382,2 bilhões, ante os R$ 347,8 bilhões do mesmo período de 2008. É como se o índice tivesse perdido o valor equivalente aos quatro maiores bancos do país e três gigantes da siderurgia juntos -Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Gerdau, CSN e Usiminas. (Págs. 1 e D3)


Infraero relicita todas as lojas de aeroportos
Sob críticas dos atuais lojistas, a Infraero mudou a estratégia de exploração comercial dos principais aeroportos do país, com novos contratos que chegam a aumentar os aluguéis em até oito vezes. À medida que expiram, 5.244 espaços comerciais estão sendo relicitados. A possibilidade de renovação automática dos contratos foi abolida.

O aumento médio tem sido de 200% nos contratos novos, diz o diretor comercial da Infraero, Geraldo Neves. O faturamento com áreas comerciais deve passar de R$ 947 milhões em 2010 para R$ 1,16 bilhão neste ano. (Págs. 1 e B1)


IOF transfere ao exterior o hedge de agropecuários
A taxação dos contratos de derivativos afetou o mercado de proteção cambial (hedge) de produtos agropecuários, transferiu ao exterior parte desses negócios e reduziu a influência do Brasil na formação dos preços internacionais de commodities agrícolas. Com esses argumentos, o Ministério da Agricultura tenta alterar, na Câmara dos Deputados, a Medida Provisória nº 539, para isentar as liquidações de câmbio de contratos agropecuários (boi, café, etanol, milho, soja) da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A BM&FBovespa também tem atuado nos bastidores para reforçar a necessidade de modificar o texto.

O cenário começou a ganhar forma em outubro de 2009, quando o governo decidiu cobrar IOF de 2% na entrada de capital estrangeiro para investimentos em renda fixa e variável. A partir daí, a liquidação de contratos de câmbio, inclusive originária de derivativos agropecuários, começou a perder terreno. A participação dos investidores não residentes caiu de quase 25% para menos de 4% no mercado agropecuário até setembro, segundo dados da BM&FBovespa enviados reservadamente ao governo. (Págs. 1 e B14)

Só isenção fiscal é insuficiente para sucesso do carro elétrico no Brasil (Págs. 1 e A3)


Europeus criticam protecionismo brasileiro (Págs. 1 e A4)


Empreendedorismo
O Brasil já conta com mais de 1,6 milhão dos chamados empreendedores individuais (EIs) e deve chegar a pelo menos 1,8 milhão até o fim do ano. Mas só isso não basta. Depois de obter o CNPJ, "é necessário capacitação para tornar os negócios mais competitivos", diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae. (Págs. 1 e Especial)


Expansão das vendas diretas
O mercado de vendas diretas movimentou US$ 132 bilhões no mundo no ano passado. Excluído o mercado chinês, que movimentou US$ 12,5 bilhões, o crescimento foi de 2,1% sobre 2009. (Págs. 1 e B4)


Nafta começa a perder espaço
A nafta começa a perder espaço nos investimentos de novas petroquímicas no Brasil. Os projetos em andamento estão focados em outras matérias-primas, como o gás natural e de refinaria ("offgas"), além do etanol. (Págs. 1 e B9)

Surpresa na licitação de sondas
Mesmo sem a parceria da Sete Brasil (que tem a Petrobras como acionista), a Ocean Rig fez a melhor proposta financeira para construção, no Brasil, de 21 sondas de perfuração que serão afretadas pela estatal. (Págs. 1 e B10)


Anadarko deixa o Brasil
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirmou ontem que a petroleira americana Anadarko vai deixar o país. Bancos já teriam sido contratados para negociar os ativos da empresa no Brasil, avaliados entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões. (Págs. 1 e B10)


Embarques de açúcar recuam
Do início da safra de cana, em maio, até setembro, o país exportou 13 milhões de toneladas de açúcar, 7% menos do que no mesmo período de 2010, e a perspectiva para o próximo ciclo também é de produção e embarques menores. (Págs. 1 e B13)


Exportações de carne
As exportações brasileiras de carne bovina devem ultrapassar US$ 5 bilhões neste ano. O valor é cerca de 4% superior ao registrado no ano passado. Em volume, porém, a queda deverá ser expressiva, entre 15% e 20%, segundo a Abiec. (Págs. 1 e B13)

Bonduelle colhe a primeira safra
A francesa Bonduelle se prepara para comercializar sua primeira "safra" de ervilhas frescas produzidas no Brasil, produto inédito no país, onde o consumo é basicamente de ervilhas reidratadas. (Págs. 1 e B14)


Crise aperta bancos pequenos
Os bancos brasileiros de pequeno e médio portes têm US$ 10,4 bilhões em dívida no exterior e 27% desse total, ou US$ 2,8 bilhões, vencem entre este ano e 2013, segundo a Moody's, que prevê dificuldades de financiamento para essas instituições. (Págs. 1 e C8)


BTG entra na Vivere
De olho na expansão do crédito habitacional, o BTG Pactual comprou uma participação de 30% na Vivere Brasil, empresa de gestão digital de contratos de financiamentos imobiliários. (Págs. 1 e C8)

Ideias
Martin Wolf

Zona do euro exige ajuste crível que restaure a saúde das economias mais fracas, do contrário se desagregará. (Págs. 1 e A15)


Ideias
Fabio Giambiagi

A tese de que a economia cresceu mais com Lula porque o mínimo subiu mais implica um problema de lógica elementar. (Págs. 1 e A15)

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