PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, dezembro 27, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] PIJAMAS e HAVAIANAS ...

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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DELFIN NETTO [In:] DA DITADURA MILITAR AO POPULISMO (Vida longa para o novo rei!!!)

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Entrevista - Delfim Netto


Autor(es): Luciano Pires
Correio Braziliense - 27/12/2010

E AGORA, DILMA?


Maestro da política econômica no período recente em que a economia brasileira mais cresceu, o milagre econômico dos anos 1970, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto agora olha para o futuro. Principal conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) está mais do que otimista em relação à expectativa de o Brasil entrar, enfim, no clube dos países mais ricos.

“O caminho está aberto para que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências”, aposta. Tanta certeza vem da superação das dificuldades em duas áreas cruciais, que interromperam a trajetória em outras ocasiões: o fornecimento de energia e o financiamento externo.

Na visão de Delfim, o passaporte para o mundo desenvolvido é o petróleo do pré-sal. Mas, para chegar lá, o governo deve estimular investimentos privados em infraestrutura, diminuir o ritmo de expansão das despesas públicas e reduzir a taxa real de juros a 2% ou 3% por ano, ensina o economista. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Correio.

O Brasil tirou tudo o que poderia do cenário global favorável até o surgimento da crise econômica?
Até 2008, o Brasil se beneficiou de ventos favoráveis vindos do exterior, com o crescimento da economia mundial e o aumento das transações comerciais. Embora não tenhamos praticado uma política de comércio exterior capaz de tirar proveito de todo esse crescimento, recebemos o bônus da valorização dos produtos agrícolas e dos minerais. Mesmo sem ter reduzido os juros ao nível necessário para evitar a sobrevalorização do real, a combinação de preço e quantidade dos produtos minerais e da agropecuária garantiu uma balança comercial positiva e o acúmulo de reservas suficiente para acabar com o problema da dívida externa.

Como o país pode aproveitar esse momento único em que a maior parte da população entra em idade produtiva?
Dominamos a tecnologia que viabiliza a exploração dessa riqueza enorme que são as reservas de petróleo do pré-sal. Essa é uma janela de oportunidades para a jovem população que começa a entrar no mercado de trabalho. A extração do óleo e do gás vai exigir muito trabalho e enorme volume de recursos. Não há dúvida sobre a viabilidade dos investimentos, mas o grosso do retorno só vai maturar lá por 2017. O importante do pré-sal é que ele afasta a ameaça das crises que no passado abortaram o processo de desenvolvimento brasileiro: o estrangulamento na oferta de energia e as interrupções do financiamento externo, crises derivadas da dependência das importações de petróleo.

Os entraves energéticos para o crescimento estão superados?
O Brasil deu um outro grande passo no governo Lula ao quebrar as resistências à construção de hidrelétricas na Região Amazônica, iniciando o processo de reconstituição da matriz energética de fontes renováveis estupidamente interrompido há duas décadas.

Que problemas estão no horizonte?
Como em todo processo de desenvolvimento, há problemas que se renovam e precisam ser enfrentados desde agora para não comprometer as gerações futuras. Em 2030, nós seremos 216 milhões de habitantes e teremos que oferecer trabalho de boa qualidade para 150 milhões de homens e mulheres entre 16 e 65 anos. Quem pode oferecer esses empregos é o setor industrial, complementado pelos serviços. Não podemos continuar na dependência só da exportação de produtos agrícolas e minerais.

Qual deve ser o papel do Estado?
Ele deve ser indutor do desenvolvimento. Os governos não podem abrir mão da estabilidade monetária, devem manter vigilância constante para que as despesas de custeio cresçam sempre menos que o PIB e reduzir paulatinamente a relação dívida pública/PIB. Com isso, estarão dando a um Banco Central autônomo a musculatura para participar do objetivo de reduzir a taxa real de juros interna aos níveis da praticada no exterior, algo como 2% ou 3% reais ao ano, sem perder as condições de controle da inflação. Os governos não podem continuar errando na sustentação de uma taxa de juros vexaminosa, como se a economia brasileira tivesse sido vítima de uma deformidade sem retorno.

O que faz um Estado indutor?
Estado indutor significa estimular os investimentos privados e manter um comportamento amigável em relação aos setores produtivos de modo a cooptar empreendedores para participar do esforço de construção e reconstrução da infraestrutura física do país, notadamente nas áreas de transportes, onde já existe estrangulamento da atividade econômica. Deve incentivar também a participação em programas de expansão da oferta de energia e de aumento da capacidade logística no interior do país.

Quais as amarras que podem impedir a entrada no clube de nações desenvolvidas?
Impedimento, na realidade, eu não vejo. Nem mesmo as crises externas daqui em diante, por causa da superação das restrições energéticas e de balanço de pagamentos. Na crise atual, o governo Lula deu uma enorme demonstração de clarividência. Teve a intuição que faltou ao resto do mundo e acertou na mosca: de nada adianta acudir o sistema financeiro se não salvar o emprego e o mercado consumidor. O correto para salvar a economia era manter o trabalhador no emprego e consumindo e não entupir o caixa dos bancos.

Qual a perspectiva de crescimento do Brasil?
O desenvolvimento é um processo em que se resolve um problema e se criam dois. A perspectiva de crescimento é muito favorável porque removemos as duas restrições de que falei. O caminho está aberto para que o PIB cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências. Vejo com enorme otimismo o modo como a presidente Dilma Rousseff organizou o núcleo da sua equipe e, mais ainda, pelas diretrizes enunciadas que demonstram a noção clara das necessidades do Brasil e dos nossos limites.


Água, luz e saneamento

Victor Martins

Mesa farta, eletrodomésticos de última geração, carro na garagem. Tudo isso já faz parte do dia a dia da maior parte das quase 61 milhões de famílias brasileiras, graças à maior oferta de emprego, ao aumento da renda e à oferta maciça de crédito. Mas a cobrança sobre a presidente eleita, Dilma Rousseff, será enorme. Com a mudança no perfil dos lares, que estão ficando cada vez menores, a pressão por habitação e serviços básicos como energia elétrica, coleta de esgoto e lixo, água encanada e planejamento urbano ganhará dimensões nunca vistas.

A busca por conforto será incessante. Além de empurrar o setor público contra a parede, pois, com carteira assinada, os futuros trabalhadores exigirão melhor retorno dos impostos que pagarão, a indústria terá que desenvolver produtos que atendam a um público mais exigente, consciente da preservação do meio ambiente e com gastos cada vez mais diversificados. Famílias menores, por exemplo, gastam menos com alimentação dentro de casa. Priorizam o lazer, viagens, cultura, educação privada e tecnologia.

Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2008, as casas com mais de cinco pessoas recuaram de 32% para 21% do total e as com até duas foram de 22% para 31%. Consequentemente, as despesas encolheram e o poder de compra cresceu. Esse, por sinal, é parte do bônus demográfico, população entre 15 e 64 anos, que será maioria nos próximos 20 anos.

Passado esse bônus, o Brasil será um país mais velho, com outros tipos de demanda — por isso, a necessidade de usar o auge da população produtiva para acumular as riquezas que serão consumidas pelas próximas gerações. Esse público mais velho já dá sinais de seu poder. Até 2020, eles serão 18 milhões de consumidores de planos de saúde, medicamentos, consultas, exames laboratoriais, viagens e tudo o que resultar em bem-estar.

“O consumo no Brasil só aqueceu os motores nos últimos anos, com o aumento do poder aquisitivo, graças ao controle da inflação. Nos próximos 20 anos, a máquina estará funcionando a pleno vapor”, diz Paulo Carramenha, diretor da Consultoria GfK. “Se, hoje, qualquer aumento da massa de consumidores faz a diferença, imagine daqui a duas décadas?”, indaga. Portanto, para não destruir a máquina do consumo ou mesmo enferrujá-la, Dilma Rousseff terá que ir muito além do assistencialismo e de políticas populistas.

DILMA PRESIDENTE [In:] O FANTASMA DA ÓPERA

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Professor de presidentes



Autor(es): Rubem Azevedo Lima
Correio Braziliense - 27/12/2010


O presidente Lula anunciou, em entrevista, sua decisão de ajudar Dilma a ser presidente. Ele também revelou ter ensinado o presidente Obama a atuar nos EUA: “Se você não fizer as coisas na hora correta, daqui a um ano essa crise estará nas tuas (sic) costas, porque a crise é o Bush”.

E atenção, brasileiros: sobre essa ajuda, Lula, nada modesto, disse que “vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para Dilma, vai ser bom para todo mundo, se eu ensinar como um presidente tem de se portar”. Registrou tais declarações, na Folha de S.Paulo, o repórter Kennedy Alencar.

No mesmo jornal e no mesmo dia, Fernando Rodrigues, em sua coluna, mostrou que isso custa caro. Para se promover, em oito anos, Lula elevou o gasto em sua publicidade dos R$ 555,4 milhões, do primeiro ano de mandato (2003), a R$ 1,085 bilhão, em 2006. Não se sabe quanto ele terá gasto até o fim deste mês, ao deixar o governo.

Em sua introdução ao maquiavelismo, Lula atribui todos os males ao antecessor. Foi o que fez na lição gratuita a Obama, quando não contou ter copiado algumas coisas de FHC. De qualquer modo, os EUA podem não estar em condições de torrar bilhões de dólares para ajudá-lo. Quanto a Dilma, não é certo que ela queira gastar o mesmo para reeleger-se ou para elegê-lo, impondo ao país a queima de recursos que farão falta à educação, à saúde, à segurança e às obras públicas.

No caso da aula que deu a Barack Obama, Lula conseguiu uma façanha: furou os WikiLeaks de Julian Assange, ao divulgar o teor da lição gratuita dada ao presidente dos EUA. Com certeza, tal indiscrição agravou a situação política interna do amigo americano, que chamou Lula de o “cara”, ao conhecê-lo.

Foge às regras políticas revelar, um deles, o que dois falam em particular, sobre questões públicas. Isso põe o outro sob ataque do que há de pior à sua volta. Faltou a Lula consideração pelo aluno. Dilma que se cuide. Professor e quase ex-presidente, por favor: dê um tempo. Seus disparates o popularizam, mas deseducam e acabam cansando.

BRASIL/INDUSTRIZALIAÇÃO [In:] A HORA E A VEZ DA CRIATIVIDADE ...

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A hora e a vez das indústrias criativas



Autor(es): Helena Severo
O Globo - 27/12/2010

As indústrias da criatividade ocupam, hoje, lugar de destaque em vários países do mundo. Fala-se, inclusive, de um ciclo "virtuoso" das cidades criativas. No Brasil, o assunto pode ganhar lugar de destaque na agenda nacional com as perspectivas abertas pela mudança de governo e, mais adiante, pela realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Nos Estados Unidos de há muito percebeu-se a importância desse segmento capaz de mobilizar, direta ou indiretamente, cifras que superam resultados de tradicionais setores da economia. O mesmo ocorre na Europa, onde países como a França e a Espanha investem pesadamente em infraestrutura cultural visando, principalmente, à indústria do turismo. Dados recentes publicados pelo jornal "El País" revelam que, desde a década de 90, o governo espanhol aplica, em cultura, algo em torno de três bilhões de euros anuais. Os resultados são alentadores. Para não ir muito longe, basta lembrar que o turismo responde, hoje, pela segunda fatia do PIB espanhol. Na França, estatísticas mostram que, para cada euro aplicado na área, cinco retornam através do turismo.

Mas a grande novidade sobre o assunto veio da Inglaterra, no fim da década de 90, com a ascensão do New Labor, de Tony Blair. Reconhecendo a crescente importância das chamadas creative industries para a economia inglesa, o então primeiro-ministro instituiu um ambicioso programa de incentivos às atividades que têm origem "na criação e na habilidade individual e que geram emprego e renda através da exploração da propriedade intelectual". Publicidade, arquitetura, mercado de artes e antiguidades, artesanato, moda, design, cinema, software em geral e lazer interativo, artes cênicas, editoração, televisão e radio constituem os setores-chave das creative industries, com as quais se relacionam, direta ou perifericamente, outras áreas como turismo, hotelaria, museus, galerias de arte e gastronomia.

O sucesso do programa inglês foi tão grande que tanto Gordon Brown como David Cameron trataram de manter as indústrias criativas no topo da agenda política de seus governos. Além de apresentarem sucessivos planos com o objetivo de transformar o Reino Unido em centro mundial dessas indústrias, os três primeiros-ministros ingleses vêm desenvolvendo esforços no sentido de ampliar esta política para várias cidades do pais.

No Brasil, diversos levantamentos revelam o imenso potencial das indústrias criativas, mesmo levando em conta que nossas pesquisas utilizam um conceito menos amplo que na Europa e nos Estados Unidos. Dados recentes mostram que o setor movimenta anualmente cerca de oito bilhões de reais, o que corresponde aproximadamente a 1% do PIB nacional. Não é pouco, principalmente levando-se em conta que, em nossas burocracias públicas, este assunto jamais chegou a ser tratado como uma prioridade.

Tanto em plano nacional como regional, o reconhecimento da importância dessas indústrias pode introduzir, entre nós, um novo paradigma de desenvolvimento econômico. Para que isto ocorra é necessário que a sociedade seja mais bem informada e que os governos demonstrem sensibilidade e vontade política em relação ao tema.

Do ponto de vista governamental, especialistas recomendam a adoção de medidas como a criação de uma agência que regule a atividade e funcione como pólo de articulação entre agentes públicos e privados. Recomenda-se, também, a concessão de incentivos fiscais que beneficiem investimentos na área, assim como institucionalização de um fundo que alie empréstimos, capital de risco e financiamento de projetos, capaz de alavancar negócios que necessitem ganhar escala.

Mesmo sendo este um programa de caráter nacional, o Rio de Janeiro é, sem dúvida, a cidade brasileira que reúne condições estratégicas mais favoráveis para se transformar num pólo de referência destas. A presença, aqui, de importantes instituições culturais e científicas e a expectativa das Olimpíadas de 2016 reforçam a aproximação do Rio do status de cidades como Paris, Londres e Barcelona, onde a excelência em criatividade já é entendida como âncora do desenvolvimento econômico.



HELENA SEVERO é cientista social.

DILMA PRESIDENTE [In:] O NOVO ''GOLBERY'' ?

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Transição: Palocci, o discreto conciliador de Dilma

O discreto homem forte da Esplanada


Autor(es): Denise Rothenburg e Ivan Iunes
Correio Braziliense - 27/12/2010

O futuro ministro da Casa Civil é considerado um político de poucas palavras e ações diretas. Homem forte do governo, será o responsável pelas decisões macropolíticas.


Dono de um estilo conciliador e figura de confiança absoluta da presidente eleita, Antônio Palocci terá função estratégica na definição de macropolíticas para o governo de Dilma Rousseff

“Quero você na Vice-Presidência do Banco do Brasil”, disse o presidente Lula ao deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), que saiu do encontro todo contente, disposto a aceitar o cargo. Dias depois, Magela receberia um telefonema do então coordenador-geral da transição, Antônio Palocci, convidando-o para uma conversa. “Sei que o presidente convidou você para vice do Banco do Brasil, mas falei com ele e precisamos de alguém talentoso para fazer acontecer o Banco do Povo. Seu nome é o ideal (…).” Foi assim que Palocci, numa única conversa, deslocou Magela de uma das vice-presidências do BB, onde queria ver pessoas mais afeitas ao mercado, para o chamado Banco do Povo.

O episódio, durante a formação do segundo escalão do governo Lula, é apontado por vários integrantes do PT como revelador da forma de atuar do futuro ministro da Casa Civil. Palocci não bate de frente nem briga por pequenas coisas. Libriano de 4 de outubro — completou 50 anos este ano — é tido por seus companheiros de partido como detentor de um estilo conciliador, capaz de levar o interlocutor a fazer o que ele deseja sem deixar transparecer que saiu ganhando no episódio. Quem melhor o definiu essa semana foi o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que, numa conversa com amigos, declarou: “Palocci é política pura”.

Devanir resumiu numa frase a área em que Palocci se sente melhor atuando. Tanto é que, inicialmente, queria ficar na secretaria-geral da Presidência, deixando todas as atribuições administrativas palacianas a cargo da Casa Civil. Assim, estaria dedicado à macropolítica estratégica do governo, como gostaria. Ocorre que Dilma não abriu mão de tê-lo na Casa Civil. Durante a composição do ministério, a presidente eleita não dispensou a presença de Palocci no cargo que ela própria ocupou. Mesmo na campanha, era sempre ele o convidado a acompanhá-la no carro. Na primeira imagem depois de ser eleita, quando saiu de casa para discursar em um hotel, lá estava Palocci a acompanhá-la no veículo. Para muitos, um gesto marcante da importância que ela dá às avaliações do ex-ministro da Fazenda de Lula.

Palocci é considerado um político de poucas palavras e de ação direta. Talvez por isso, tenha sido o único colaborador de Dilma presente em todas as conversas com os partidos aliados e tendências petistas. Era ele quem, geralmente, introduzia os assuntos: “Bem, a presidenta os chamou aqui porque deseja saber se o senador Alfredo Nascimento é o nome que o PR escolheu para ocupar o Ministério dos Transportes”, perguntou ele à cúpula partidária, líderes, deputados e senadores chamados a chancelar a nomeação. Diante da concordância geral, passava a palavra para Dilma.

Permanência
No caso do PCdoB, foi ele quem terminou convencendo Dilma a manter Orlando Silva no Ministério do Esporte, como forma de conciliar o interesse do partido, uma vez que a Autoridade Pública Olímpica enfrenta dificuldades para ser aprovada não apenas no Congresso Nacional, mas também pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Orlando esteve discretamente com Palocci no domingo anterior ao anúncio de sua permanência no cargo. No Congresso e entre futuros e atuais ministros, ninguém duvida que Palocci ficará com a macropolítica enquanto o futuro ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Luiz Sérgio (PT-RJ), cuidará do dia a dia com os parlamentares, leia-se, emendas ao Orçamento.

Luiz Sérgio é do grupo do deputado José Dirceu, com quem Palocci teve duras divergências quando era ministro da Fazenda. Dirceu e Aloizio Mercadante discordavam da política econômica de metas de inflação, juros altos e superavit primário elevado, uma cartilha seguida também pelos tucanos, que Palocci implantou no governo Lula. Também torceram o nariz quando Palocci chamou o tucano Henrique Meirelles para o Banco Central — o ex-banqueiro do Banco de Boston havia acabado de eleger-se deputado federal pelo PSDB-GO. Ironia do destino, foi de Palocci também o convite à mineira erradicada no Rio Grande Sul, Dilma Rousseff, para que fosse trabalhar na equipe de transição de Lula.

Em suas divergências com Dirceu, Palocci nunca partiu para o confronto direto — ao menos à luz do dia. Por temperamento e pela personalidade forte, porém reservada, raramente deixa o interlocutor saber de cara o que ele está pensando. Sempre quando fala é porque já decidiu. Depois de se envolver no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, fechou-se ainda mais em copas, a ponto de raramente falar com a imprensa. “Acredito que o Palocci deixou-se contaminar naquela ocasião pelos planos futuros, alimentados por Lula, e foi afoito. Agora, não alimenta as mesmas ambições de antes e volta ao governo mais maduro”, aposta um deputado petista eleito por São Paulo. Ao longo dos últimos anos, o caráter mais reservado foi vital para Palocci focar em sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF), diante do caso Francenildo. Não fosse o episódio, que ocorreu quando era o homem forte do governo e ministro da Fazenda, possivelmente seria ele e não Dilma o candidato ungido por Lula para sucedê-lo.

Quem é ele

Nome: Antônio Palocci Filho
Idade: 50 anos
Formação: médico
Cargos: Prefeito de Ribeirão Preto (1993-1996 e 2001-2002), ministro da Fazenda (2003-2006), deputado estadual (1990-1992), deputado federal (2007-2011) e futuro ministro da Casa Civil
Experiência política: Militou em correntes radicais de esquerda, como a Libelu, de orientação trotskista. Foi cofundador do PT-SP e chegou a presidir a legenda no estado entre 1997 e 1998. Deu o primeiro passo na vida política aos 28 anos, elegendo-se vereador. Aos poucos, abandonou a orientação ideológica inicial. Hoje, é considerado um nome de confiança no governo Dilma para o mercado e o setor empresarial. Jamais perdeu uma eleição.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

27 de dezembro de 2010

O Globo

Manchete: Câmaras vão inchar em 2013 com mais de 7,716 vereadores
Com criação de vagas e reajustes, a conta anual passará de R$ 2,1 bi

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios indica que, em 2013, o número de vereadores do país vai saltar dos atuais 51.992 para 59.708. As 7.716 novas vagas, a serem oferecidas já nas eleições municipais de 2012, serão justificadas pelo aumento populacional constatado pelo Censo 2010, do IBGE, e pela emenda constitucional que mudou o cálculo do tamanho das Câmaras. O aumento das vagas vai coincidir com o reajuste salarial para os vereadores de todo o país, num efeito cascata provocado pelo reajuste de 62% de deputados e senadores, este mês. (Págs. 3 e 4)

Vendas de fim de ano batem recorde

Após crescimento de 19% no faturamento, lojas e shoppings já começam liquidação

O comércio ainda não fechou as contas, mas já comemora o melhor Natal dos últimos anos. As previsões variam de 13% a 19% de aumento no faturamento. Lojas e grandes redes de varejo já antecipam a liquidação do estoque de Natal, mas a maioria das promoções começa no dia 6 de janeiro, com a promessa de descontos de até 70%. (Págs. 1 e 19)

Lula assina derrubada da Perimetral

O presidente Lula e o prefeito Eduardo Paes assinam hoje em Brasília, o contrato com a CEF de derrubada da Perimetral para as obras do Porto Maravilha. Lula quebrará uma maquete do viaduto para simbolizar a demolição. (Págs. 1, 14 e 15)

Aeronautas alertam para mais atrasos

O Sindicato Nacional do Aeronautas informa que atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos do país devem se intensificar a partir de hoje, devido ao excesso de jornada de trabalho da categoria na semana de Natal. A legislação do setor impede que as tripulações voem nessas condições. Ontem, 19,1% dos vôos saíram atrasados, segundo a Infraero. (Pág. 24)

Acidentes em estradas matam 91 no Natal

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, 91 pessoas morreram nas estradas federais no feriadão do Natal. O dia 24 foi o mais violento, com 47 mortes. Nos três dias houve 1.450 acidentes, com 1.097 feridos, e 122 motoristas foram presos pro embriaguez. (Págs. 1 e 9)

Educação: Rio tem o pior desempenho do Sudeste

Estudo do Todos pela Educação, que compara os resultados do Pisa, uma avaliação internacional da educação, mostra que, entre 2006 e 2009, o Estado do Rio perdeu sete pontos em leitura e teve a menor evolução da Região Sudeste em matemática e ciências. Ao todo, onze estados tiveram queda em relação a 2006 em uma ou mais disciplinas. O pior resultado é de Sergipe, que sofreu redução de 29 pontos em leitura, 26 em matemática e 24 em ciências. (Págs. 1 e 9)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Nova ministra diz que mulher não é obrigada a ter filho
Futura secretária da Mulher do governo Dilma afirma que essa é sua visão e que cabe ao Congresso definir políticas públicas

A futura ministra da Secretaria de Políticas para as mulheres, Iriny Lopes, 54, defendeu em entrevista a Johanna Nublat o respeito à decisão das mulheres sobre aborto. “Não vejo como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter.” Ela frisa que é posição pessoal e diz que cabe ao Congresso decidir sobre políticas públicas. O aborto foi um dos temas centrais da campanha presidencial. A então candidata Dilma Rousseff, que defendera o direito de escolha pela mulher, adotou posição mais cautelosa para agradar a católicos e evangélicos. A nova ministra é militante dos direitos da mulher e defendeu a descriminalização do aborto no 3º Congresso do PT, três anos atrás. Para Lopes, o governo precisa cumprir a legislação, que prevê o aborto em caso de risco à saúde:
“É o princípio que vai vigorar no próximo governo. É garantir atendimento a todas as mulheres que procurem a rede pública de saúde para casos relativos a essa gravidez”. A prioridade da pasta, de acordo com ela, será o combate à miséria. (Págs. 1 e C1)

Brasileiro está mais otimista com economia, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha revela que o brasileiro está mais otimista com a economia ao final dos oito anos de governo Lula. As expectativas sobre o poder de compra e o desemprego atingiram os melhores índices desde a chegada de Lula ao governo e superam os registrados ao final do governo FHC.

Para 46% dos entrevistados, o poder de compra vai aumentar – eram 36% há oito anos. E o desemprego vai cair, dizem 41%. (Págs. 1 e B3)

Foto Legenda: Bem na foto

Everton Conceição Santos 11, símbolo da reeleição de Lula, em 2006; ele diz que desde então sua vida melhorou: “Antes a gente só tomava chá e pão puro”. (Págs. 1 e A8)

Escassez de mão de obra já atinge o ‘chão de fábrica’

Com 5,7% de desemprego, menor índice já medido pelo IBGE, setores de serviços que dependem intensamente de mão de obra enfrentam a dificuldade de recrutar empregados até em níveis iniciais de carreira. Após escassez de engenheiros, profissionais de finanças e executivos causada pelo aquecimento, já faltam trabalhadores nas áreas de construção, telemarketing, supermercados, restaurantes e bancos. (Págs. 1 e B1)

Onda de frio cancela voos em aeroportos americanos

Uma onda de frio que levou fortes nevascas à Costa Leste dos EUA gerou o cancelamento de centenas de voos ontem, prejudicando a volta de milhares de pessoas que viajaram no Natal. Os aeroportos de Nova York tiveram de suspender mais de 1.400 voos ao longo do dia. De acordo com a Infraero, 3 dos 11 voos que deveriam decolar ontem do aeroporto de Guarulhos (SP) rumo aos EUA também foram cancelados. (Págs. 1 e A10)

Agencia antidrogas teria espionado para países aliados

Documentos vazados pelo site WikiLeaks sugerem que a DEA (Agência Americano Antidrogas, na sigla em inglês) se tornou um serviço de inteligência global. Segundo os papéis, governos como os do Paraguai e do Panamá pediram à DEA que espionasse adversários. A agência tem hoje 87 escritórios em 63 países. (Págs. 1 e A10)

Sindicatos detêm 43% da cúpula dos cargos de confiança

A presidente eleita, Dilma Rousseff, herdará a partir do dia 1º uma máquina federal com quase metade da cúpula dos cargos de confiança, sem concurso público, dominada por sindicalistas. Segundo estudo, 42,8% dos ocupantes desses postos são filiados a sindicatos. São 1.305 cargos dessa natureza, e a remuneração chega a R$ 22 mil mensais. (Págs. 1 e A4)

Editoriais

Leia “Tempo de escola”, sobre projeto para ampliar horas de ensino no país; e “Reforma necessária”, acerca de mudanças na gestão do setor público. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo admite que fronteiras do País estão vulneráveis
Ministério da Integração Nacional propõe 34 medidas para combater contrabando e narcotráfico

Um estudo do próprio governo alerta para a vulnerabilidade das fronteiras do Brasil ao contrabando e ao narcotráfico e expõe a carência de políticas públicas para a região, informa o repórter Marcelo de Moraes. O trabalho, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, propõe a adoção de 34 medidas. As propostas incluem desde os pedidos de reforço de efetivo policial e de capacitação de agentes, fiscais e outros profissionais para atuar em ações especiais até a criação de gratificações especiais para incentivar a ocupação dos postos de trabalho. A faixa de fronteira abrange 588 cidades, espalhadas por 11 Estados, envolvendo cerca de 10 milhões de habitantes. (Nacional/Págs. 1 e A4)

Foto Legenda: Ensaio geral em Brasília

Servidores, militares e policiais participam do ensaio geral da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, que foi representada por Juliana Rebelo, secretária de Relações Públicas do Senado; o presidente Lula descerá a rampa do Palácio do Planalto ao som do Tema da Vitória, música associada ás vitórias de Ayrton Senna na Fórmula 1. (Nacional/Pág. 1 e A6)

Gastos da União com terceirização crescem 85%

Os gastos com terceirizados do governo federal tiveram um salto de 85% no 2º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (até 2009), saindo de R$ 7,6 bilhões para R$ 14,1 bilhões, segundo relatório do Tribunal de Contas da União. “O que surpreendeu é que o gasto público de pessoal está crescendo, o número de funcionários também, o que levaria a se esperar que o gasto com terceirização caísse”, diz Mansueto Almeida Jr; economista do Ipea. (Economia/Págs. 1 e B1)

601,4 mil
– é o número de servidores do governo federal na ativa.

OEA afasta brasileiro de missão no Haiti

O representante especial da Organização dos Estados Americanos Ricardo Seitenfus, foi afastado de suas funções após ter criticado o trabalho da comunidade internacional. Diplomatas da OEA disseram que Seitenfus foi “destituído” por causa de uma entrevista que deu ao jornal suíço Le Temps. O brasileiro, que diz ainda não ter sido comunicado do afastamento, discorda e afirma que houve “longo processo de desgaste”. (Internacional/Págs. 1 e A10)

Gaza: Trauma de sobrevivente

Mona Samouni, de 12 anos tem mãos trêmulas. Ela perdeu pais, irmãos, avós – 48 parentes – na ofensiva israelense que deixou 1,4 mil palestinos mortos no final de 2008, informa a enviada especial Adriana Caranca. Na Faixa de Gaza, uma em cada três crianças tem estresse pós-traumático. (Internacional/Pág.s 1 e A12)

Pesquisa facilita diagnóstico de câncer de tireóide (Págs. 1 e A14)

José Roberto de Toledo: Caixa-preta do STF
Nova regra do STF apaga na internet o nome dos réus para preservar sua honra. Seria bonito, se não fosse obscurantista e discriminatório. (Nacional/Págs. 1 e A6)

Notas & Informações: O balanço negativo das comunicações

O ministério foi alijado de decisões especificas de sua área. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Avaliação de Tupi exige mais tempo
Na sexta-feira, a Petrobrás vai tornar oficial a maior descoberta já feita desde sua criação, em 1953. A estatal entregará à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a declaração de comercialidade de Tupi e Iracema, o que significa que a extração é economicamente viável nos dois reservatórios. A estimativa de que, juntos, eles tenham de 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente para exploração comercial não será confirmada pelo menos inicialmente. (Págs. 1 e A3)

Transferência de renda a famílias define era Lula

O expressivo aumento das transferências de renda para as famílias foi a principal característica do gasto público durante o governo Lula, que passaram de 6,8% do Produto interno Bruto em 2002 para 9% do PIB neste ano. Na prática, essas transferências – benefícios previdenciários e assistenciais, seguro desemprego, abono salarial e Bolsa Família – representam dinheiro que o governo coloca diretamente n a mão do cidadão. (Págs. A5 e A6)

Foto Legenda: Perda de competitividade

Câmbio, gargalos, logístios e custos altos de produção levaram a Usiminas a transferir para o México a produção de caminhões de coleta de lixo destinados à exportação, diz Cesar Moreira. (Págs. 1 e B8)

Projeto de anistia anima os gestores de fortunas

A possibilidade de que os investidores tenham uma anistia para regularizar a situação de recursos não declarados mantidos no exterior está agitando o mercado de gestão de fortunas no país, como a expectativa é que boa parte desse dinheiro seja trazido de volta, abre-se um filão para os “private banks”. A maior preocupação dos clientes que tem recursos no exterior é a possibilidade de se tornarem alvos da Receita Federal no futuro. Outro receio é que, uma vez concedida a anistia e os recursos declarados, o governo venha a criar um imposto sobre fortunas – medida que teria sido cogitada no plano de governo de Dilma Rousseff. (págs. 1 e D3)

Dilma vai reforçar relação com a China, avisa Garcia

A presidente Dilma Rousseff vai dar grande importância às relações do Brasil com a China, informou ao Valor o assessor internacional do atual e do próximo governo, Marco Aurélio Garcia. Dilma irá à China em abril, quando haverá encontro dos Bric e planeja “multiplicar esforços com os chineses” para encontrar áreas de atuação conjunta e enfrentar os problemas bilaterais. (Págs. 1 e A7)

Empresas que investem no NE crescem mais

Nescafé existe praticamente no mundo inteiro. No Nordeste do Brasil, entretanto, ele é diferente. A Nestlé o adaptou ao gosto nordestino e o deixou mais suave. Outras empresas entre elas Danone e Schincariol, também desenvolveram produtos especiais para a região. E a estratégia deu certo. (Págs. 1 e B7)

Do ‘tijolão’ ao 3G, celular faz 20 anos no país

No fim de 1990, o então ministro de Infraestrutura, Oziris Silva, pegou um “tijolão” e ligou para o colega da Justiça Jarbas Passarinho, na primeira chamada por celular do país. Duas décadas depois, o Brasil soma 200 milhões de linhas móveis – mais de uma por habitante – e neste ano ultrapassou outra barreira, tornando-se a principal forma de acesso à internet no país, com 20 milhões de conexões, ante 12,8 milhões na banda larga fixa. “O celular ganhou importância política, econômica e social e familiar”, resume o presidente da Agencia Nacional de Telecomunicações, Ronaldo Sardenberg. (Págs. 1 e B2)

Após alcançar 47% do PIB neste ano, crédito deve perder ímpeto em 2011. (Págs. 1 e C7)

JBS negocia R$ 4 bi em debêntures
A JBS negocia com o BNDES uma emissão de debêntures conversíveis, no valor de R$ 4 bilhões, para substituir a emissão feita no fim de 2009, subscrita pelo banco. Também se desobriga da oferta de ações da JBS USA. (Págs. 1 e B12)

Teles apostam nos cinquentões

Operadoras de telefonia móvel fabricantes de celulares investem nos consumidores com mais de 50 anos para aumentar a receita com serviço de dados. (Págs. 1 e B3)

Infraestrutura portuária

A Constremac, divisão de construção da Copabo, vai investir R$ 45 milhões em novos equipamentos para obras portuárias, principal atividade do grupo. (Págs. 1 e B8)

Petrobrás foca mercado interno

O crescimento da economia brasileira levou a Petrobrás a rever seus planos na área de abastecimento. As duas refinarias previstas para a Região Nordeste, concebidas para exportação, serão voltadas para o mercado doméstico. (Págs. 1 e B9)

Algodão renasce em SP

Afetado nas últimas década por pragas, preços baixos e hegemonia da cana, o algodão volta a crescer em São Paulo, impulsionado pelos preços internacionais. A área mais que triplicou neste safra. (Págs. 1 e B12)

Bancos médios pagam mais

Crise do PanAmericano e aumentos do compulsório e do requerimento de capital para crédito de longo prazo à pessoa física elevam custos de captação para os bancos de pequeno e médio portes. (Págs. 1 e C1)

Receita mira grandes contribuintes

A Receita Federal vai acompanhar de perto 12.153 empresas no próximo ano, responsáveis por 70% da arrecadação tributária. Nesse grupo, figuram companhias dos setores financeiros, petrolífero, automotivo e de bebidas. Em 2010, foram alvo de fiscalização especial 10.568 companhias. O Fisco também examinará as contas de 5.140 pessoas físicas com renda e patrimônio elevados. Eles serão os primeiros a ser fiscalizados pela Delegação Especial dos Maiores Contribuintes Pessoa Física, que começará a funcionar nos próximos dias, em Belo Horizonte. Para 2011, a Receita estima uma arrecadação total de R$ 866 bilhões. (Págs. 1 e E1)

Idéias: Jairo Saddi

A simples presença de um dispositivo legal não determina a autonomia do BC, nas sua ausência pode ser pior. (Págs. 1 e A11)

Idéias: Cardenas, Carranza e Velasco

Para ser preponderante no processo decisório global G-20 tem de corrigir falha em relação aos países emergentes menores. (Págs. 1 e A11)
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