PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, maio 20, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] 'WAS IT GOOD FOR YOU?' (tradução: Fudis Brazil)

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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3o. MANDATO: "QUE QUE É ISSO, COMPANHEIRO???"

Sem Dilma, a carta de Lula 3.0 virá da rua


Autor(es): Elio Gaspari
Folha de S. Paulo - 20/05/2009


O silêncio dos dois candidatos tucanos à Presidência é hoje estímulo para o PT

A DOENÇA da ministra Dilma Rousseff acordou o fantasma de uma emenda constitucional que abra o caminho para Nosso Guia disputar nas urnas um terceiro mandato.
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Como sempre acontece, essas tempestades nascem na periferia. O projeto, que prevê um referendo popular, virá do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) e há uma semana a proposta foi trazida pelo sindicalista Paulo Vidal, que nos anos 70 antecedeu Lula na presidência dos metalúrgicos de São Bernardo. Nas suas palavras, com seu estilo:
"Imaginar pura e simplesmente que politicamente seria importante cumprir as normas constitucionais e tirar o Lula da Presidência, eu acho que todos nós temos que repensar isso. (...) A companheira Dilma que me desculpe."
(Num lance pérfido, Lula já contou que, durante a ditadura, "muitos companheiros presos disseram que Paulo Vidal era quem tinha dedado.
Eu, sinceramente, não acredito." Se não acreditasse, não deveria ter dito, sobretudo quando se sabe que na oficina de ourivesaria stalinista do mito de Nosso Guia, Vidal é colocado no papel de policial.)
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Se a candidatura da doutora Dilma Rousseff sair do trilhos, são fortes os sinais de que a carta petista será a emenda constitucional que permita a disputa do terceiro mandato. A manobra exige que até setembro três quintos do Congresso votem a favor da medida, para levá-la a um referendo. Pode-se antever dificuldades no Senado, que já negou essa maioria ao governo no caso da prorrogação da CPMF, mas uma coisa é certa: se a nação petista for para esse caminho, ela não se fará ouvir com maiorias parlamentares, virá com o ronco das ruas.
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A expressão "terceiro mandato" trai a abulia política em que se prostrou a oposição. O que Lula pode vir a pedir é o direito de disputar uma terceira eleição. A ideia de "mandato" pressupõe que, podendo disputar, ganhe na certa.
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O comportamento dos dois candidatos tucanos à Presidência da República diante da opção queremista (ecoando o "Queremos Getúlio" de 1945) é hoje estímulo para o PT. José Serra e Aécio Neves guardam obsequioso silêncio em relação ao assunto. Serra e o PSDB meteram-se numa camisa de força institucional. Um governador de São Paulo e um partido que simpatizam com uma reforma política capaz de criar o voto de lista por maioria simples ficam numa posição girafa se quiserem condenar um projeto de reeleição que vai buscar os três quintos exigidos para reformas constitucionais para que se realize um referendo.
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No caso do governador de Minas Gerais, chega a ser difícil entender por que ele condenaria a manobra queremista, capaz de levá-lo ao melhor do mundos. Primeiro porque a mudança permitiria sua própria reeleição (refrigério de que Serra já dispõe, caso não queira ir para outra disputa com Lula). Em 2014, Aécio Neves estará livre de seu principal adversário, que se chama José Serra, não Lula.
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É possível que Serra, Aécio e grão-tucanato deem pouca importância aos sinais de fumaça que saem da panela do Planalto. Em 1995, muita gente boa da oposição se recusava a acreditar que Fernando Henrique Cardoso mudaria a Constituição para se reeleger em 1998. Deu no que deu, colocando no colo dos tucanos a paternidade do instituto da reeleição.

EDUCAÇÃO: QUANTIDADE NÃO É QUALIDADE * (nunca foi, nunca será...)

Educação: o desafio da velocidade


Autor(es): Viviane Senna
O Globo - 20/05/2009

Dois séculos. Mais precisamente 247 anos é o tempo que levaria para o ensino público brasileiro alcançar o atual nível de performance escolar dos países desenvolvidos.

O número assusta, mas, para se chegar a ele, basta considerar os atuais índices de aprendizagem dos alunos brasileiros de 8ª série, por exemplo, em Língua Portuguesa, se comparados aos alunos dos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e a velocidade com que o Brasil vem avançando para reduzir o gap existente entre essas duas realidades.

Mantido o ritmo atual, chegaremos à média dos países da OCDE apenas no ano 2256.

No entanto, a boa notícia é que não precisamos esperar tudo isso. Estudo coordenado pelo economista Ricardo Paes de Barros, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e realizado pela equipe do IETS (Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade), demonstra que é possível acelerar, a cada ano, entre duas e oito vezes a atual velocidade brasileira nas taxas de desempenho escolar.

A pesquisa, realizada em 947 municípios (cerca de um quinto das cidades brasileiras), analisou a situação do ensino fundamental dessas cidades, entre 1999 e 2005.

O que Paes de Barros constatou é que, na taxa de aprovação, enquanto o Brasil cresceu, nesse período, 0,5 ponto percentual ao ano, esses municípios andaram 2,8 pontos percentuais, ou seja, foram seis vezes mais velozes que o ritmo anual brasileiro. Isso significa que, de 99 a 2005, a Educação daquelas redes avançou cerca de 30 anos.

Nas taxas de abandono, a velocidade é duplicada, o mesmo acontecendo para as de defasagem entre a idade e a série cursada pelo aluno.

Outro dado importante é que, há seis anos, a taxa de reprovação de 1ª a 4ª séries, no país, está estacionada em 13%. A média de redução na reprovação dos 947 municípios é de 1,2 ponto percentual ao ano, uma considerável melhora em um indicador que o Brasil está patinando sem sair do lugar.


Estes resultados mostram que há saídas para o nosso atraso secular. No caso dos quase mil municípios, a injeção de "combustível de qualidade" para que andassem mais rápido foi realizada por meio de uma verdadeira PPP (Parceria Público-Privada) da Educação: prefeitos e governadores assumiram um compromisso de acelerar a qualidade do ensino de suas redes; empresas assumiram a corresponsabilidade de fazer esses municípios avançarem numa questão tão estratégica como a Educação; e o terceiro setor deu a sua contribuição por meio da construção de um know how de ponta em Educação para ser utilizado em larga escala, em qualquer parte do país.

Essas ações estão focadas não em boas intenções, mas em resultados eficazes, comprovados por uma avaliação externa e de impacto como a pesquisa de Ricardo Paes de Barros e equipe.

O know how construído está traduzido em programas educacionais como Acelera Brasil, Se Liga, Gestão Nota 10 e Circuito Campeão. Soluções que, conforme o estudo relata, comprovam que é possível, assim como Ayrton Senna, acelerar e fazer o Brasil ganhar essa corrida.

VIVIANE SENNA é presidente do Instituto Ayrton Senna.

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(*) Basta verificar as "pérolas" contidas nas respostas dos alunos, nas avaliações do ENEM.

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N.B.: É possível obter os resultados por escolas, municípios, estados. E compará-los.

http://mediasenem.mec.gov.br/enemMediasEscola/

http://www.enem.inep.gov.br/

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GOVERNO LULA (BC vs. BB): MEIRELLES vs. MANTEGA

MANTEGA DEFENDE JURO ALTO DO BB E CULPA BC
MANTEGA ENGOLE JURO ALTO DO BB


Autor(es): Eduardo Rodrigues e Gustavo Paul
O Globo - 20/05/2009
Um almoço com o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi suficiente para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aceitasse as explicações para a alta de juros do BB após a troca de seu comando, em abril, por ordem do presidente Lula. Mantega disse que o novo comando do BB "não merece puxão de orelhas" e, pelo contrário, vem fazendo um bom trabalho. E justificou-se: os dados do Banco Central, que apontam a subida das taxas, são truncados.


O Senado americano aprovou, por larga maioria, lei que impede administradoras de cartões de crédito de subir os juros de forma abusiva.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve ontem o primeiro encontro de trabalho com o recém-empossado presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, e cobrou explicações para o aumento, entre os dias 14 de abril e 5 de maio, dos juros médios praticados pela instituição federal nas quatro modalidades de crédito para consumidores acompanhadas semanalmente pelo Banco Central (BC). A evolução das taxas do BB foi mostrada ontem pelo GLOBO.

Bendine assumiu a presidência do BB no dia 23 de abril com a missão de forçar a queda dos juros cobrados pelo banco. Ele substituiu Antonio Lima Neto, que entrou em rota de colisão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Fazenda e o BC por não ceder à pressão para uma redução mais agressiva das taxas no auge da crise, entre outubro e dezembro.

- É claro que eu cobrei explicações. Nós almoçamos juntos, e enquanto eu almoçava ele explicava - afirmou o ministro.

Mas Mantega aceitou as explicações de Bendine:

- Não foi necessário dar puxão de orelha, porque eles merecem elogios. O desempenho da nova equipe é muito bom. O Banco do Brasil está expandindo crédito e cobrando juros mais baixos do que os outros líderes do sistema. Eles estão cumprindo os objetivos que estabelecemos.

Segundo o ranking do BC, a taxa média mensal do cheque especial subiu de 7,92%, em 15 de abril, para 7,98% em 5 de maio. Já a do crédito pessoal passou de 2,31% para 2,52%. O custo do financiamento de veículos aumentou de 1,65% para 1,79%.

O único item acompanhado que não aumentou sistematicamente desde 15 de abril, quando estava em 2,09% mensais, foi a taxa da aquisição de bens. Chegou a 2,66% no encerramento de abril, mas recuou a 2,52% na primeira tomada de maio.

Câmara aprova cadastro positivo

Para Mantega, os dados divulgados pelo BC são truncados e abordam apenas algumas linhas de financiamento enquanto, na verdade, as taxas do BB estariam em queda. O ministro lembrou que a instituição cobra juros menores que outros grandes bancos do mercado (com exceção da Caixa), oferece prazos mais longos para pagamento e tem expandido o volume de crédito em um ritmo maior do que os concorrentes. Mas disse que a cobrança sobre a direção continuará:

- Ainda não é tanto quanto eu gostaria. Eu gostaria que eles aumentassem (o volume das concessões) e baixassem mais ainda as taxas correntes.

Coube a Bendine dar uma explicação técnica sobre discrepância entre o ranking do BC e a trajetória dos juros praticados pelo BB. Ele garantiu que o BB não aumentou os juros em nenhuma modalidade em 2009. O banco opera com taxas mínimas e máximas em cada linha, mas a taxa cobrada de cada tomador é calculada com base no histórico individual e nas condições do contrato. Após afirmar que não contesta o ranking, argumentou que a média ponderada das operações publicada pelo BC não leva em conta uma série de variáveis, como prazos dos contratos, perfil de risco e a linha de crédito:

- Ampliamos os prazos de financiamento de uma série de linhas. Com prazo mais dilatado, é natural que o impacto dos juros seja maior do que se você tomar em um prazo mais curto.

Além disso, o aumento na média dos juros cobrados também seria reflexo de um crescimento no número de empréstimos para pessoas com maior risco de inadimplência.

A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, disse ontem, no XXI Fórum Nacional, que os bancos públicos são aliados fundamentais do governo no combate à crise. Ela lembrou que a Caixa já reduziu os juros cinco vezes este ano e garantiu que as taxas"vão continuar caindo, como o spread (diferença entre os juros pagos pelos bancos ao captarem recursos e o que é cobrado do cliente)".

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem por 307 a 79 votos o projeto que cria o Cadastro Positivo de consumidores, um banco de dados que centralizará as informações dos bons pagadores do país. Enviado pelo governo em setembro de 2005, o texto é considerado pela equipe econômica uma ferramenta importante para redução dos juros e do spread no país.

Com esse cadastro, bancos e financeiras poderão medir o grau de endividamento total do consumidor e seu histórico de pagamento, pois todos os financiamentos concedidos serão registrados. Para valer, o projeto ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Lula.

Para o Ministério da Fazenda, com essa ferramenta em mãos, os bancos vão disputar os bons clientes, oferecendo taxas menores, jogando-as para baixo. Segundo o relator do projeto, deputado Maurício Rands (PT-PE), a medida resolve uma distorção do sistema brasileiro de proteção ao crédito, que usa apenas dados negativos como parâmetro. Instituições como Serasa e Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC) oferecem ao mercado de crédito e de varejo informações se um indivíduo ou firma está ou não com uma dívida em atraso.

- Na prática, os bons pagadores acabam pagando pelos maus devedores - disse Rands.

O projeto também disciplina o cadastro negativo, que é o banco de dados dos maus pagadores. O registro de uma pessoa como má pagadora, por exemplo, deverá ser comunicado previamente. A notificação tem que ser feita via AR (aviso de recebimento). Ou seja, o consumidor terá que assinar um documento dos Correios antes de ser incluído no cadastro negativo.

No cadastro positivo, o consumidor deverá autorizar expressamente a inclusão de seu nome.

FUSÕES E AQUISIÇÕES: UM ''GAROTO'' NO ''NINHO'' DO CADE...

É hora de ver se o País é sério, reage Zurita
"Ou o Brasil é um país sério, ou não", diz Zurita


Autor(es): Juliana Elias
Gazeta Mercantil - 20/05/2009

"As regras antitruste têm que ser iguais para todos. Ou o Brasil é um país sério, ou não é", afirmou ontem o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, ao comentar a união entre a Sadia e a Perdigão e a submissão do negócio ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Nestlé, que adquiriu a concorrente capixaba Garoto em 2002, foi uma das poucas empresas a ter um processo de fusão negado pelo Cade, por ferir os direitos de livre concorrência - mesmo julgamento de que depende agora a criação definitiva da Brasil Foods.

Definida dois anos depois da negociação, a decisão do Cade reprovou a união e determinou a venda da Garoto. As duas empresas aguardam até hoje o resultado de recurso da empresa suíça na Justiça pelo direito à fusão.

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Alvo de uma das poucas proibições determinadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em um ato de concentração entre empresas, a fabricante de alimentos Nestlé assiste atenta à união entre a Sadia e a Perdigão. Em 2004, dois anos após comprar a concorrente Garoto, por R$ 600 milhões, a companhia suíça teve a fusão negada pelo órgão regulador, que determinou a venda integral da fabricante de chocolates.

Ainda unidas, mas administradas separadamente, as duas empresas aguardam até hoje o resultado de uma série de recursos da Nestlé na Justiça pelo direito à fusão e pelo atraso na decisão do Cade em relação ao negócio. "Eu entendo que se trata de um momento pontual e difícil, de uma empresa que passou por problemas de gestão, e que deve ser levado com cuidado", disse ontem o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, durante encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. "Mas as regras antitruste têm que ser iguais para todos. Ou o Brasil é um país sério, ou não é."

Maior empresa de alimentos do mundo, de origem suíça, a Nestlé se destacou de outros casos de fusão e aquisição de proporções semelhantes no País, que tiveram restrições mais brandas - caso da Antarctica e Brahma, ambas nacionais, e da compra da Palmolive pela norte-americana Colgate, que tiveram de se desfazer de marcas ou ativos para poderem seguir unidas no País.

Segundo Zurita, quando a Nestlé comprou a Garoto, a participação de mercado total que passaram a ter era de 47%, ante 33% da concorrente mais próxima. A união da Sadia à Perdigão, se aprovada pelo Cade, criará uma gigante de alimentos que, dependendo do segmento, chega a ter 85% de participação.

O maior problema, destacou o presidente da Nestlé, está no sistema brasileiro de julgamento dos atos de fusões e aquisições, que, diferente de outros países, ocorre após a realização da operação. Discussão levantada há anos no órgão do Ministério da Justiça, as mudanças nos procedimentos seguem paralisadas, também há anos. "Há muitas empresas que se inibem em negociar com medo de ter a operação recusada depois, e de perder o investimento", disse.

No caso da Nestlé, este não seria mais o problema. Se a Justiça decidir pela venda da Garoto, sua atual dona devolverá ao mercado uma empresa muito mais valiosa. A receita da fabricante de chocolates, quando foi comprada, estava na faixa dos R$ 520 milhões, e encerrou 2008 a R$ 1,7 bilhão. "Foi uma batalha difícil, mas conseguimos fazer a empresa crescer e se tonar exportadora. Os investimentos se pagaram em quatro anos e meio."

Novas aquisições

Com um plano de dobrar de tamanho até 2012, a Nestlé segue investindo, ampliando suas instalações e buscando novas oportunidades. Está negociando a compra de pelo menos duas novas empresas ainda este ano, sendo que uma delas deve ser anunciada nos próximos dias, adiantou Zurita.

Os investimento aprovados para este ano são de R$ 350 milhões, que vão para ampliação de capacidade e modernização, excluída a verba calculada para novas aquisições. Para este ano, calcula um crescimento de 8%, sobre os R$ 13,5 bilhões que faturou em 2008.

BRASIL FOODS [In:] ''BNDES'' ou ''CADE'' ?

MEGAFUSÃO DEVE CONTAR COM CAPITAL DO BNDES
BNDES ADMITE PARTICIPAR DA BRASIL FOODS


Autor(es): CRISTIANE BARBIERI
Folha de S. Paulo - 20/05/2009

Fusão entre Sadia e Perdigão cria a maior empregadora do país; banco estatal deve ajudar nova empresa a se capitalizar.

Perdigão fica com 68% da BRF, e a Sadia, com 32%; mercados dos EUA e da China são focos da expansão internacional da companhia.

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o banco estatal deve comprar ações da recém-criada Brasil Foods na oferta que a companhia pretende realizar para captar R$ 4 bilhões no mercado. É a primeira vez que o banco admite a possibilidade de entrar no capital da empresa, resultante da fusão entre Perdigão e Sadia.

Moacyr Lopes Jr./Folha Imagem
Nildemar Secches (à esquerda) e Luiz Furlan exibem camisa do Corinthians com logo da nova empresa durante anúncio da fusão
,
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) confirmou ontem, pela primeira vez, que injetará recursos para financiar a fusão entre Sadia e Perdigão, que dará origem à Brasil Foods (BRF).
Embora Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan, copresidentes do conselho da BRF, tenham dito ontem que esperam não precisar da ajuda do banco estatal para financiar a empresa, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, confirmou que participará do processo, mesmo que "nossa participação venha a ser mínima".
Assim, o BNDES deve ajudar as três grandes empresas brasileiras (Sadia, Votorantim Celulose e Aracruz) que tiveram pesadas perdas na crise por causa de operações financeiras atreladas ao dólar, classificadas como especulativas e muito criticadas pelo governo, incluindo o presidente Lula.
Num primeiro momento, no entanto, a BRF diz que prescindirá da injeção de capital do banco. Segundo Secches, houve conversas com o BNDES e interesse por parte do banco no negócio, mas não compromisso.
"O BNDES entrará como um participante normal do mercado de capitais", diz Furlan, ex-ministro do governo Lula.
"Nós, que somos clientes antigos das linhas tradicionais de financiamento do banco, continuaremos a usá-las."
A expectativa é que a BRF não precise da injeção de recursos do BNDES porque deve ser capitalizada via mercado. Com endividamento de R$ 10 bilhões, a BRF pretende fazer um lançamento de ações no valor de R$ 4 bilhões, até meados de julho, para reduzir a relação entre geração de caixa e dívida.
"A disposição dos atuais acionistas é subscrever pouco mais de R$ 1,8 bilhão, o que significa que quase metade dessa operação já está colocada", diz Secches. "Como ela está bem demandada, poderíamos aumentar a emissão, mas nos pareceu que os R$ 4 bilhões eram adequados para dar folga a nossos projetos de expansão."
Tais projetos devem fazer com que a BRF, que se tornou a maior empregadora do país (com 116 mil funcionários), eleve sua receita líquida anual de R$ 22 bilhões para R$ 30 bilhões no curto prazo, conforme anunciado ontem. Só a Sadia deve inaugurar quatro fábricas no Brasil nos próximos meses.
Conforme previsto, a Perdigão ficou com 68% da BRF, e a Sadia, com 32%. A área financeira da Sadia (o banco e a corretora Concórdia) foi transferida para uma terceira empresa e ficará com as famílias Fontana e Furlan, da Sadia. Dos 11 conselheiros, 3 serão indicados pela Sadia, 5 pela Perdigão e os outros serão independentes.
O maior acionista individual da BRF passará a ser a Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, com cerca de 12% de participação. Os Fontana e Furlan terão participação um pouco menor.
O negócio passará agora pelo crivo das autoridades regulatórias. Sadia e Perdigão continuarão funcionando de maneira independente até o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência).
Segundo Furlan, não haverá demissões no chão de fábrica. "A Brasil Foods vai crescer e empregar mais gente", diz ele.
A venda de fábricas da Sadia e investimentos que tinham sido suspensos por conta do endividamento serão revistos. A empresa, que pretende ser a maior exportadora de carnes processadas do mundo, quer também aumentar exportações, principalmente para EUA e China.
"A BRF vai lutar pela abertura do mercado americano", diz Secches. "Estamos dispostos a qualquer acordo de reciprocidade porque agora temos uma empresa de porte para jogar em condições de igualdade."
Para Furlan, as empresas brasileiras vivem um momento mais favorável do que as estrangeiras. Além de o mercado local estar aquecido, as empresas dos EUA não têm mais do que 20% de suas receitas provenientes do exterior.

Evento ganha piadas e tom futebolísticos

A camiseta do Corinthians com o logotipo da Brasil Foods (BRF), dada pelo copresidente da empresa Nildemar Secches ao outro copresidente e ex-ministro Luiz Fernando Furlan, foi exemplar único. Mas fez parte das muitas comparações futebolísticas feitas durante o lançamento da empresa.
"É do tamanho certo, hein? Ah, é grande porque é do Ronaldo? Então vai dar sorte para nós também", brincou Furlan, nos moldes do ex-chefe Lula.
Ao falar da resistência que ele e Secches enfrentarão tanto na Sadia quanto na Perdigão, com relação à fusão, outra comparação veio à tona. "Mostraremos a todos que não vamos mais jogar campeonatos regionais, mas mundiais", afirmou Furlan.
Secches, chamado por Furlan de "cristão recém-convertido" ao Corinthians, entrou na brincadeira: "Estamos dispostos a qualquer acordo de reciprocidade [com os EUA]. Agora temos tamanho para jogar em casa e na do adversário." O patrocínio do Corinthians, no entanto, continua com a Batavo. Jogo com a camisa da BRF, por enquanto, está descartado.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

20 de maio de 2009

O Globo

Manchete: Mantega defende juro alto do BB e culpa BC

Um almoço com o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi suficiente para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aceitasse às explicações para a alta de juros do BB após a troca de seu comando, em abril, por ordem do presidente Lula. Mantega disse que o novo comando do BB "não merece puxão de orelhas" e, pelo contrário, vem fazendo um bom trabalho. E justificou-se: os dados do Banco Central, que apontam a subida das taxas, são truncados.

O Senado americano aprovou, por larga maioria, lei que impede administradoras de cartões de crédito de subir os juros de forma abusiva. (págs. 1, 19 e 24)

E Meirelles prevê mais desemprego...

De forma surpreendente, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, abandonou ontem o discurso da política monetária e disse estar preocupado com a taxa de desemprego no país. No segundo semestre, disse, a crise global fará o número de desempregados subir e voltar aos níveis de 2007. Na véspera, o governo comemorara a criação de 106 mil vagas em abril, o triplo do registrado no mês anterior. De acordo com o IBGE, a taxa média de desemprego em 2007 foi de 9,3%. No ano seguinte, em 2008, caiu para 7,9%. Em março deste ano, o último dado disponível, ficou em 9%, após atingir o menor patamar histórico, de 6,8%, em dezembro passado. (págs. 1 e 19)

Foto legenda: Henrique Meirelles: situação deve voltar ao nível de 2007

Foto legenda: Lucrando com a desgraça alheia

O empresário Ismael Evelson Ratzkob, de 37 anos, que foi preso ontem por vender donativos enviados, ano passado, para atingidos pelas chuvas em Santa Catarina. Cerca de 400 mil peças de vestuário foram apreendidas em galpões de Ratzkob. Cada peça era vendida de R$ 1 a R$ 5. Servidores da prefeitura estariam envolvidos no desvio. (págs. 1 e 11)

Morador de rua também terá Bolsa Família

O Bolsa Família será concedido a 600 mil moradores de rua, acampados da reforma agrária e habitantes de áreas remanescentes de quilombos. O primeiro grupo será dispensado das contrapartidas exigidas pelo programa, como manter crianças na escola e participar de projetos de capacitação. Para o ministro Patrus Ananias, é preciso reduzir entraves burocráticos. (págs. 1 e 11)

MP quer punir Cesar com inelegibilidade

A perda dos direitos políticos por oito anos e o ressarcimento, com multa, de R$ 1 bilhão são os objetivos do MP na ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito Cesar Maia, secretários e gestores da Cidade da Música. (págs. 1 e 13)

Egípcio admite queimar livros 'metaforicamente'

Apoiado pelo Brasil para dirigir a Unesco, o ministro da Cultura egípcio, Farouk Hosni, disse que, quando ameaçou queimar livros israelenses, foi em sentido figurado: "Disse que queimaria, mas não pretendia que acontecesse. Foi um uso metafórico”. (págs. 1 e 4)

Dilma reduzirá ritmo e Lula vai acelerar

Com a redução do ritmo de trabalho da ministra Dilma Rousseff por causa do tratamento contra o câncer linfático, o presidente Lula ocupará o espaço dela em eventos públicos, principalmente os do PAC -vitrine da candidatura da ministra. (págs. 1, 8 e Elio Gaspari)

Colômbia terá votação sobre 3º mandato

O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, conseguiu uma vitória no caminho para o terceiro mandato: o Senado aprovou referendo sobre o tema, a se realizar em três meses. (págs. 1 e 29)

China investe US$ 10 bi na Petrobras

Em viagem à China o presidente Lula acertou investimentos de US$ 12 bi - desses, US$ 10 bi vão para a Petrobras. Em Brasília, PT e PMDB não se entendem sobre quem terá a presidência e a relatoria da CPI da estatal. (págs. 1, 3, 25 e Merval Pereira)

Previ será o maior acionista da Brasil Foods

Sadia-Perdigão concentra mercado

O fundo de pensão do Banco do Brasil, Previ, será o maior acionista individual da Brasil Foods (BRF), a gigante de alimentos que nasce com a compra da Sadia pela Perdigão. A Previ terá pelo menos 12% do capital total da nova empresa. A companhia será a 10ª maior de alimentos nas Américas e representará forte concentração do setor no país. Ela terá 84% do mercado de massas, 64,8% de pizzas prontas e 71,3% de carnes congeladas. (págs. 1, 21e 22, Míriam Leitão e Negócios & Cia)

Charge Chico

Entreouvido naquele país que parece um presunto:
- É ... Estamos fundidos!

Cai presidente do Parlamento britânico (págs. 1 e 28)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Megafusão deve contar com capital do BNDES

Banco público pode ajudar empresa resultante da união Sadia-Perdigão

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou que o banco estatal deve comprar ações da recém-criada Brasil Foods na oferta que a companhia pretende realizar para captar R$ 4 bilhões no mercado.

É a primeira vez que o banco admite a possibilidade de entrar no capital da empresa, resultante da fusão entre Perdigão e Sadia.

Desde a eclosão da crise, é o terceiro caso em que o BNDES ajuda empresas que tiveram pesadas perdas: em janeiro, emprestou R$ 600 milhões para a fusão entre Votorantim Celulose e Aracruz, que, como a Sadia, perderam mais de R$ 2 bilhões com derivativos cambiais.

No anúncio da criação da Brasil Foods, seus copresidentes disseram que esperavam não precisar da ajuda do banco oficial. (págs. 1 e Dinheiro)

Mauro Zafalon: Concentração pode ter sido antecipada, mas era inevitável

A união entre Sadia e Perdigão é uma concentração inevitável. Pode ter sido antecipada por problemas trazidos pela crise global, mas cedo ou tarde iria acontecer.

A concentração dá grande poder de compra e de venda às duas empresas. Do lado do consumo, o poder de venda delas poderá levar o Cade a exigir participação menor em alguns setores. (págs. 1 e B3)

Foto legenda: Com a casa nas costas

Integrante do MST desocupa área da fazenda em Serrana, na região de Ribeirão Preto (SP), em reintegração de posse; sem-terra e trabalhadores rurais promoveram manifestações em 12 Estados e pediram melhoria de condições de trabalho no campo (págs. 1 e A11)

Dilma deve sair hoje de hospital após inflamação nos músculos

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve receber hoje alta do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde foi internada na madrugada de ontem após sentir fortes dores nas pernas.

Boletim do hospital apontou uma miopatia (inflamação muscular), que pode ter sido efeito colateral da terapia contra o câncer. Os médicos devem adicionar ao tratamento substâncias que evitem novas crises. (págs. 1 e A6)

Obama manda cortar 30% da poluição de carros até 2016

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou plano para tornar automóveis mais eficientes e para reduzir uso de combustíveis. É a primeira norma federal do país no combate a gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A intenção é cortar em 30% a poluição causada pelos carros até 2016. Será exigido padrão mínimo de consumo de 15,1 km/litro - hoje a média é de 10,6 km. (págs. 1 e A16)

Câmara aprova cadastro sobre bons pagadores

Após seis anos em discussão, a Câmara aprovou o cadastro positivo, nome atribuído a bancos de dados com informações sobre bons pagadores. Para governo e instituições financeiras, a medida vai ajudar a reduzir o custo dos empréstimos.

Argumento semelhante foi usado em 2005 para aprovar a Lei de Falências, mas o custo do crédito continuou elevado. (págs. 1 e B7)

Candidato a chefe da Unesco admite tensão com Israel

Com a candidatura apoiada pelo governo brasileiro à direção da Unesco, o ministro egípcio da Cultura, Farouk Hosny, nega acusação de antissemitismo. Em entrevista a Claudia Antunes, admite relação tensa com autoridades de Israel. O brasileiro Márcio Barbosa se lançou ao cargo. (págs. 1 e A10)

Em SC, suspeito de comercializar donativo é preso

Um empresário foi preso sob suspeita de vender donativos enviados às vítimas das enchentes em Santa Catarina, que mataram 135 pessoas no ano passado.

Foram apreendidas 350 mil peças de roupa, além de calçados, alimentos e colchões. A advogada do suspeito não comentou. (págs. 1 e C3)

Dólar cai para a menor cotação desde outubro

O dólar voltou a se desvalorizar ontem e, com recuo de 1,97%, fechou a R$ 2,035, sua menor cotação desde outubro. O Banco Central atuou pelo oitavo dia seguido e comprou até US$ 150 milhões dos bancos no mercado à vista para recompor as reservas cambiais. O volume, porém, foi insuficiente para mexer com as cotações.

A depreciação do dólar se intensificou nesta semana, com a aceleração da entrada de recursos externos em busca de investimentos de risco. Diante disso, o mercado já se prepara para voltar a trabalhar com dólar comercial abaixo dos R$ 2. (págs. 1 e B5)

O PIB do Japão caiu 15,2% no primeiro bimestre de 2009, no pior resultado desde o início do levantamento, em 1965. (págs. 1 e B10)

Foto legenda: Campeões de visitação

Museu da Língua Portuguesa, que recebe 1.300 pessoas por dia e já é o mais visitado do Brasil, segundo a prefeitura de SP; aberto em outubro, o Museu do Futebol está em 2º na cidade (págs. 1 e C4)

Editoriais

Leia “Jogo de cena", que comenta batalha em torno de CPI; e “A burocracia das fusões", sobre Sadia/Perdigão. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Fundos de pensão e BNDES querem 44% da Brasil Foods

Participação de fundos pode subir de 26% para 35% e a do banco deve ir a 9%

Os fundos de pensão que controlam a Perdigão planejam, com participação do BNDES, comprar boa parte das ações a serem emitidas pela Brasil Foods, a companhia formada por Perdigão e Sadia. O negócio, cujo anúncio oficial foi feito ontem, criará a maior empresa de alimentos industrializados do País. O grupo terá oferta de ações até o final de julho, no valor de R$ 4 bilhões. A estratégia dos fundos de pensão depende do que vai acontecer com os acionistas da Sadia, mas, como proponentes da oferta, os sócios da Perdigão têm prioridade na subscrição dos papéis enquanto a criação da companhia não for formalizada. Pertencentes a estatais, esses fundos têm hoje 26% da Brasil Foods. Querem atingir 35% e esperam que o BNDES, com aporte de até R$ 1,5 bilhão, obtenha outros 9%, garantindo poder de mando na empresa. (págs. 1, B1 e B4)

Colunista: Celso Ming

Onde está a defesa da concorrência?

A fusão entre Perdigão e Sadia criará gigante com tendências à cartelização, mesmo com concorrência externa, e ao surgimento do monopsônio (comprador único). (págs. 1 e B2)

Foto legenda: Time misto - O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, e o da Sadia, Luiz Fernando Furlan, exibem camisa do Corinthians com a marca da nova empresa, a BRF

PMDB usa CPI para pressionar governo

Com a CPI da Petrobrás instalada, o PMDB deu ontem sinais de independência em relação ao Planalto. Com três dos 11 senadores titulares, o partido será o fiel da balança e quer usar a comissão para barganhar com o governo. Peemedebistas dizem rejeitar a ideia de uma CPI "chapa branca", com governistas na presidência e na relatoria. Além disso, a base aliada não se entendeu ainda sobre a estratégia para a CPI. (págs. 1 e A4)

FHC nega ideia de vender Petrobrás

O ex-presidente Fernando Henrique negou que o PSDB queira privatizar a Petrobras. O PT acusa a oposição e prepara vários atos em defesa da estatal. (págs. 1 e A4)

Pagamento de bolsa do ProUni atrasa até 4 meses

Bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) esperam até quatro meses, a cada semestre, para receber o beneficio. Segundo o MEC, o atraso ocorre porque o pagamento é feito só depois que todas as faculdades terminam o vestibular. Muitos alunos precisam tomar empréstimos bancários para seguir estudando. (págs. 1 e A20)

Frase
"Todo semestre ocorre atraso. Fiquei duas semanas com R$ 1,79 na conta" Pâmella Aguiar
Estudante de Medicina em SC

Presidente da Câmara britânica anuncia saída

O presidente da Câmara dos Comuns da Grã-Bretanha, o trabalhista Michael Martin, anunciou sua renúncia; pressionado pelo escândalo dos gastos de parlamentares. Ele disse que vai deixar o cargo em 21 de junho: O primeiro-ministro Gordon Brown rejeitou um novo pedido dos conservadores para antecipar as eleições. (págs. 1 e A17)

Donativos para SC eram vendidos em brechó

Ismael Evelson Ratzkob, dono de um brechó em Rio Negrinho (SC), foi preso ontem em flagrante. Ele admitiu à polícia que pegava na cidade de Ilhota produtos doados para atingidos pelas enchentes e os vendia até por R$ 1. A polícia apreendeu várias toneladas de alimentos e 330 mil peças de roupa no galpão ao lado do brechó. (págs. 1 e C5)

Dilma terá agenda mais leve durante tratamento

A internação em um hospital de São Paulo para tratamento de câncer no sistema linfático fará com que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, adote uma agenda mais leve de trabalho nos próximos meses. O presidente Lula telefonou da China para Dilma e pediu-lhe que dê prioridade à saúde. A ministra, no entanto, não pretende tirar licença. (págs. 1 e A6)

Notas & Informações: Sopro de otimismo

No cenário econômico, as coisas pararam de piorar, segundo os cautelosos. A atividade dará sinais de lenta recuperação dentro de alguns meses. Os mais animados olham para o início da reativação. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Apesar da crise, pobreza diminui

Estudo revela que investimentos públicos evitaram aumento da miséria

A crise financeira internacional não impediu que 316 mil brasileiros saíssem da linha de pobreza entre outubro de 2008 e março deste ano nas seis maiores regiões metropolitanas do país - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador - segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Esta é a primeira vez, desde o colapso econômico do início dos anos 80, quando o Ipea iniciou a pesquisa, que o instituto registra queda do número de pobres no país em períodos de turbulência financeira. O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, afirma que a ampliação do Bolsa Família; o reajuste do salário mínimo em fevereiro deste ano, que passou de R$ 415 para R$ 465; a redução da taxa básica de juros em 3,5 pontos percentuais desde janeiro; e o aumento dos gastos do governo, com o objetivo de manter a economia aquecida, foram fundamentais para o resultado. (págs. 1 e Economia A18)

PIB crescerá só 0,7% em 2009

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, envia hoje ao Congresso proposta de ajuste do Orçamento que prevê aumento do Produto Interno Bruto de 0,7% em 2009. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinha anunciando crescimento de 2%. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

No ES, menores infratores sem direitos humanos

Alertados de que um menor estava sendo espancado na Unidade de Internação Socioeducativa de Vitória, membros do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente foram ao local e encontraram o caos entre os internos. Falta de acesso a tratamento de saúde, à educação, ao contato familiar e aos objetos mínimos necessários à higiene e asseio pessoal são apenas algumas das violações dos direitos humanos que ocorrem por lá. (págs. 1 e País A7)

Confronto antes de a CPI começar

O clima não é dos mais amenos no Senado com a sinalização dos governistas de que desejam a presidência - seria do PMDB - e também a relatoria da CPI da Petrobras. A empresa assinou acordo de financiamento de US$ 10 bilhões com a China, a quem fornecerá 150 mil barris de petróleo por dia este ano. (págs. 1, País A4 e A5 e Economia A17)

ONU abandona 21 refugiados

Refugiados palestinos que chegaram ao Brasil em 2007 por um programa de reassentamento acusam a ONU de abandono: houve corte de ajuda financeira, aulas de português e até assistência médica. (págs. 1 e Internacional A23)

Gripe suína não impede viagens

A gripe suína provocou queda de 70% nas viagens para o México e de 15 % para os EUA. Mas a procura por outros destinos, como Europa, cresceu. Dá para viajar tranquilo, desde que se tomem cuidados como lavar as mãos com álcool e evitar aglomerações. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Sociedade Aberta

Pedro de Camargo Neto
Presidente da Abipecs

Burocracia chinesa ainda impede abertura à carne suína brasileira. (págs. 1 e A17)

Sociedade Aberta

José Luiz Niemeyer dos Santos
Cientista político

Candidato mais pragmático é a segunda opção de Lula para 2010. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta

Gripe suína
Especialistas em saúde explicam como parceria social conseguiu limitar a propagação do vírus. (págs. 1 e A24)

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Correio Braziliense

Manchete: Onde a saúde pede socorro

Os Hospitais Universitários Federais enfrentam dois males graves: a falta de profissionais e a escassez de recursos. Um relatório elaborado pelo Ministério da Educação ao qual o Correio teve acesso revela que essas unidades de atendimento fecharam mais de 10 mil leitos em todo o país. O documento aponta também um déficit de 30 mil servidores. Responsável por 70% da verba que custeia os hospitais universitários, o MEC defende maior participação da pasta da Saúde, além da contratação de pessoal e valorização salarial dos funcionários. Apesar das dificuldades, as equipes médicas cumprem rotinas importantes, como tratamento contra o câncer. O aposentado Bernardo Aguiar, acompanhado da mulher, Maria de França, veio do Piauí para se submeter a sessões de quimioterapia no HUB. “Me considero um privilegiado”, diz. (págs. 1 e 10)

Crise moral: As caronas amigas do senador Efraim

Carro oficial posto à disposição do ex-primeiro-secretário Efraim Morais (DEM-PB) é flagrado levando parentes ao aeroporto e ao salão de beleza. Questionado, congressista alegou até ter usado o filho deputado em serviço de contínuo. (págs. 1 e 2)

Gigante nacional: Dúvidas na trilha da Brasil Foods

Perdigão incorpora Sadia, muda de nome e torna-se uma das maiores empresas do mundo no ramo de alimentação. Mas especialistas advertem que gigantismo pode trazer prejuízos ao consumidor no Brasil e reações de importadores nos outros países. (págs. 1 e Tema do Dia, 13 e 14)

Crime na internet: Aumenta o cerco a pedófilos do Orkut

Ministério Público paulista consegue autorização para quebrar o sigilo de mais 690 perfis de usuários da rede de relacionamentos. Eles são investigados por terem, em algum momento, abrigado fotos ou vídeos de crianças em situações pornográficas. (págs. 1 e 12)

Emprego: Oi promete contratar 2,5 mil

Presidente da companhia que incorporou a Brasil Telecom confirma call center no DF em 12 meses. (págs. 1 e 18)

No ritmo: Oficina da UnB integra crianças

Grupo espanhol BlauKamara ensaia com meninos, alguns portadores de Down, em curso da universidade. (págs. 1 e 32)

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Valor Econômico

Manchete: Transportadoras querem mudar licitação de linhas

As grandes empresas de ônibus querem mudanças na licitação de 1.475 linhas rodoviárias para transporte interestadual de passageiros e afirmam que sem elas há risco de "colapso' na prestação dos serviços. Diante das acusações de falhas nos estudos técnicos, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANIT) cogita adiar a disputa, prevista inicialmente para 2008 e já postergada uma vez para o segundo semestre de 2009.

Incertezas sobre a continuidade das operações levaram muitas empresas do setor a estancar seus pianos de renovação de frota, paralisando as encomendas de ônibus novos às fabricantes de carrocerias, como Marcopolo e Busscar. De 2007 para cá, o ritmo anual de produção de ônibus interestaduais caiu de mil unidades - nível histórico de pedidos - para cerca de 400. (págs. 1 e A6)

Cartões de crédito na mira do governo

Em sua ofensiva contra o que considera oligopólio no mercado de cartões de crédito, o governo tentará convencer as acionistas de Visanet e Redecard a que eles próprios tomem a iniciativa de se desfazer de dois dos três negócios que controlam no mercado. Se a estratégia não funcionar, a Secretaria de Direito Econômico deverá denunciar, por prática monopolista, os contratos de exclusividade. Visanet e Redecard são credenciadores exclusivos no país das bandeiras Visa e Mastercard, respectivamente. Controlam ainda as outras duas fases da cadeia do setor: a prestação de serviços de rede (captura e processamento de transações e aluguel de terminais) e compensação e liquidação das operações financeiras resultantes do uso dos cartões. (págs. 1 e A2)

Campo pode ter um fundo garantidor

A agropecuária poderá contar com um fundo garantidor de crédito (FGC) de até R$ 15 bilhões para estimular a produção e elevar a oferta de crédito rural na próxima safra. Fundos semelhantes já foram criados para auxiliar o crédito imobiliário, as pequenas e médias empresas e as exportações, e o governo agora avalia a conveniência de formar um para o campo.

O Tesouro deve capitalizar o novo fundo ou oferecer garantias para sua constituição, mas não bancará 100% do risco das operações. O mecanismo aumentaria o volume de recursos a juros subsidiados pelo Tesouro e ajudaria a suprir a ausência de tradicionais financiadores da safra, como tradings e fornecedores de insumos. Ainda sem consenso na área econômica do governo, o novo fundo tem no Banco do Brasil um de seus grandes defensores. (págs. 1 e B12)

Foto legenda: Demanda interna

Após um primeiro trimestre fraco, sem novos projetos, o mercado de construções industriais começa a dar sinais de reaquecimento, com demanda concentrada no setor de bens de consumo, diz Carlos Betancourt, da Bracor, que fechou contrato para a nova fábrica da Colgate. (págs. 1 e B9)

O lento declínio de Juiz de Fora

Um dos símbolos do início da industrialização brasileira, Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, com 513,3 mil habitantes em 2007, vive um longo período de declínio econômico. Em 2006, seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita foi superado pela média do Estado. De 1999 a 2005, o PIB real do município cresceu apenas 3,9%, enquanto o de Minas avançou 22% e o brasileiro, 30,9%.

A cidade perde negócios por carências de infraestrutura e, nos últimos três anos, por incentivos fiscais agressivos do vizinho Estado do Rio. A Paraibuna Embalagens, uma das principais empregadoras da região, ao construir uma nova planta de papelão ondulado optou pelos 2% de ICMS cobrados em 37 municípios fluminenses, comparados às alíquotas de 12% e 18% de Minas, e levou para a pequena Sapucaia investimentos de quase R$ 40 milhões e 200 empregos iniciais. (págs. 1 e A14)

Fundos terão forte presença na Brasil Foods

A BRF Brasil Foods, anunciada oficialmente ontem, nasce com uma forte presença dos fundos de pensão que hoje comandam a Perdigão.

As fundações, com destaque para a Previ, fundo dos funcionários do Banco do Brasil, vão entrar com pelo menos R$ 1,8 bilhão na oferta de ações de R$ 4 bilhões que será realizada para reduzir o endividamento da nova companhia, estimado em R$15 bilhões. (págs. 1, D1, D2, D3 e D4)

Endividada, Infinity avalia vender ativos

Com dívidas de R$ 1 bilhão, a Infinity Bio-Energy apresentou ontem pedido de recuperação judicial. A empresa foi criada há pouco mais de três anos com recursos de investidores estrangeiros, aportou cerca de US$ 500 milhões de lá para cá e hoje é dona de cinco usinas sucroalcooleiras no país, localizadas no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

Para tentar se recuperar, a Infinity avalia vender ativos ou ceder participação a um novo sócio. (págs. 1 e B11)

Grandes bancos dos EUA querem antecipar a devolução de recursos públicos (págs. 1 e C11)


Redução da pobreza

Apesar da crise, 316 mil brasileiros, nas seis maiores regiões metropolitanas do país, ultrapassaram a linha de pobreza - rendimento inferior a meio salário mínimo - entre outubro do ano passado e março deste ano, segundo o Ipea. (págs. 1 e A2)

Recessão americana

A construção de casas novas nos Estados Unidos declinou 12,8% em abril, para uma taxa anualizada, ajustada sazonalmente, de 458 mil unidades. Os alvarás de construção, um indicativo da atividade no futuro, recuaram 3,3%, para uma taxa anualizada ajustada de 494 mil. (pág. 1)

Choque de oferta

A Agência Internacional de Energia alerta que a queda dos investimentos para produção de petróleo e gás natural em razão da crise internacional poderá levar a grandes altas nos preços desses produtos nos próximos anos. (págs. 1 e A11)

Lenovo em casa

A fabricante chinesa de computadores Lenovo estreia no segmento de máquinas para uso residencial no mercado brasileiro. A nova linha de produtos começou a ser vendida nas lojas Fnac e até o fim do ano chega a outras redes do varejo. (págs. 1 e B3)

Fora do radar

Pesquisa internacional da KPMG mostra que EUA, Índia, China e Canadá deverão concentrar os investimentos em energia eólica e solar em 2009. O Brasil, que realiza neste ano o primeiro leilão de energia eólica, não foi citado pelos investidores. (págs. 1 e B8)

Queda do milho

Os preços da soja e do milho têm comportamentos diferentes nesta safra. A soja sobe, beneficiada pela demanda chinesa, enquanto o milho cai, apesar da seca em importantes regiões produtoras, em razão dos estoques elevados. A exportação foi menor que a esperada em 2008. (págs. 1 e B12)

Ideias

Martin Wolf: a crise atual deixará um legado amargo, mas não será um divisor de águas na história. (págs. 1 e A13)

Ideias

Rosângela Bittar: PT vive uma fase de falta de rumos políticos, em que tudo parece dar errado. (págs. 1 e A7)

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