PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sábado, setembro 15, 2012

EDITORAL [In:] 'BRAZIL BIG BOSS'


Veja: Lula era o chefe do mensalão




Reportagem diz se basear em declarações de Marcos Valério
Dinheiro total movimentado pelo esquema teria chegado a R$ 350 milhões
Do ponto de vista jurídico, o efeito pode ser nulo. O processo do mensalão está em fase de julgamento e não serão mais acrescentadas provas. Do ponto de vista político, a reportagem da revista “Veja” desta semana pode ter grande impacto na reta final das eleições municipais, sobretudo nas grandes cidades nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse direto, junto com o PT, em garantir vitórias para alavancar a sigla em 2014.
Entre outras, eis algumas das informações divulgadas por “Veja”:

1) “O caixa do PT foi de R$ 350 milhões” – o valor anotado no processo formal é de R$ 55 milhões. Mas Marcos Valério afirmaria que esse montante seria subestimado. O caixa total do mensalão seria bem maior: “Da SMP&B [uma de suas agências de publicidade] vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA”.

2) Lula seria o chefe, junto com José Dirceu: segundo informação que “Veja” atribui a Marcos Valério, empresários se reuniram em várias ocasiões com o então presidente da República para combinar contribuições não declaradas ao PT. A contabilidade informal ficava com o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares.
Frase em “Veja” atribuída a Valério: “Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava”.

3) Valério e Lula no Palácio do Planalto: Outra frase em “Veja” atribuída a Valério: “Do Zé [Dirceu] ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. Trata-se de referência à confirguração das salas no Palácio do Planalto.
E mais: “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”.

4) Contato era Paulo Okamotto: outra frase atribuída a Valério: “Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto”. E mais: “O papel dele era tentar me acalmar”. Okamotto é um amigo antigo de Lula, que hoje trabalha com o ex-presidente no Instituto Lula.
Segundo a reportagem, quando Valério foi preso uma vez pós-mensalão, a mulher do publicitário, Renilda Santiago, foi a São Paulo para falar com Okamotto e pedir que dessem um jeito de soltar o marido. Okamotto teria reagido de maneira brusca, segundo relato atribuído a Valério: “Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando.”

5) Delúbio dormia no Palácio da Alvorada: frase atribuída por “Veja” a Valério: “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro”.

6) Dinheiro do Rural teve aval de Lula e de Dirceu: mais Valério, segundo a revista: “O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?”. Segundo a reportagem, a decisão do Banco Rural de dar dinheiro emprestado ao PT teria sido um favor direto ao governo Lula. “Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: ‘Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT’? O que um dono de banco ia responder?”. Sobre José Augusto Dumont (morto em 2004), que presidiu o Rural, “Veja” diz que Valério falou: “O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: ‘Pra você eu não empresto’. Eu respondi: ‘Vai lá e conversa com o Delúbio’ (…) Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?”

Em resumo, a reportagem da revista “Veja” fala que teve acesso a “revelações de parentes, amigos e associados” de Marcos Valério, o empresário e publicitário que teria sido o operador do esquema do mensalão, descoberto em 2005.
Segundo a revista, “o publicitário começa a revelar os segredos que guardava –entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo”. Esse foi sempre um dos grandes pontos de interrogação do mensalão: Lula sabia ou não sabia? Ao final, o ex-presidente acabou sendo poupado e não foi incluído como réu na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República.
Marcos Valério é um dos réus e o que deve pegar o maior número de anos de prisão pelos delitos cometidos. “Veja” faz uma conta e afirma que os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato, evasão de divisas e formação de quadrilha podem dar a Valério mais de 100 anos de reclusão.
A revista colocou um trecho da reportagem em seu site.

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Mensalão

Marcos Valério envolve Lula no mensalão

Diante da perspectiva de terminar seus dias na cadeia, o publicitário começa a revelar os segredos que guardava - entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo

Rodrigo Rangel
NO INFERNO - O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo
NO INFERNO - O empresário Marcos Valério, na porta da escola do filho, em Belo Horizonte, na última quarta-feira: revelações sobre o escândalo (Cristiano Mariz)
Dos 37 réus do mensalão, o empresário Marcos Valério é o único que não tem um átimo de dúvida sobre o seu futuro. Na semana passada, o publicitário foi condenado por lavagem de dinheiro, crime que acarreta pena mínima de três anos de prisão. Computadas punições pelos crimes de corrupção ativa e peculato, já decididas, mais evasão de divisas e formação de quadrilha, ainda por julgar a sentença de Marcos Valério pode passar de 100 anos de reclusão. Com todas as atenuantes da lei penal brasileira, não é totalmente improvável que ele termine seus dias na cadeia.
Apontado como responsável pela engenharia financeira que possibilitou ao PT montar o maior esquema de corrupção da história, Valério enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com o partido. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade por crimes que não praticou sozinho e manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas. Valério guarda segredos tão estarrecedores sobre o mensalão que ele não consegue mais guardar só para si - mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos a quem ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel.
Feita com base em revelações de parentes, amigos e associados, a reportagem de capa de VEJA desta semana reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente Lula no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura agora que já foi condenado pelo STF. Assinada pelo editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, a reportagem tem cinco capítulos - e o primeiro deles pode ser lido abaixo:


"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais"

"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais"


Leandro Martins/Futura Pres
O CHEFE:  Segredo guardados por Valério põem o ex-presidente Lula no centro do esquema do mensalão
O CHEFE: Segredo guardados por Valério põem o ex-presidente Lula no centro do esquema do mensalão
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. Valério diz que pelas arcas do esquema passaram pelo menos 350 milhões de reais. "Da SMP&B vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA", afirma o empresário. Esse caixa paralelo, conta ele, era abastecido com dinheiro oriundo de operações tão heterodoxas quanto os empréstimos fictícios tomados por suas empresas para pagar políticos aliados do PT. Havia doações diretas diante da perspectiva de obter facilidades no governo. "Muitas empresas davam via empréstimos, outras não." O fiador dessas operações, garante Valério, era o próprio presidente da República.
Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava". Valério diz que, graças a sua proximidade com a cúpula petista no auge do esquema, em 2003 e 2004, teve acesso à contabilidade real. Ele conta que a entrada e a saída de recursos foram registradas minuciosamente em um livro guardado a sete chaves por Delúbio. Pelo seu relato, o restante do dinheiro desse fundão teve destino semelhante ao dos 55 milhões de reais obtidos por meio dos empréstimos fraudulentos tomados pela DNA e pela SMP&B. Foram usados para remunerar correligionários e aliados. Os valores calculados por Valério delineiam um caixa clandestino sem paralelo na política. Ele fala em valores dez vezes maiores que a arrecadação declarada da campanha de Lula nas eleições presidenciais de 2002.

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