PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, fevereiro 20, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] "... MAIS DE MIL PALHAÇOS" *

\o/





[Homenagem aos chargistas brasileiros].
:(
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(*) MÁSCARA NEGRA [Zé Keti / Hildebrando P. Matos].

Quanto riso, ah, quanta alegria/Mais de mil palhaços no salão/O Arlequim está chorando pelo amor da Colombina/No meio da multidão/Foi bom te ver outra vez/Ta fazendo um ano/Foi o carnaval que passou/Eu sou aquele Pierrot/Que te abraçou e te beijou meu amor/A mesma máscara negra que esconde seu rosto/Eu quero matar a saudade/Vou beijar-te agora/Não me leve a mal,/Hoje é carnaval/".
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http://www.vagalume.com.br
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CONGRESSO NACIONAL & CUSTO BRASIL ("Esse Carnaval vai longe...")

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Senado discute aumentar salário para acabar com verba extra


Autor: Adriana Vasconcelos
O Globo - 20/02/2009

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-PR) apresentou proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue a verba indenizatória, mas em contrapartida equipara o subsídio de senadores e deputados federais, hoje em R$16.512.09, ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de R$24,5 mil.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu o fim da verba indenizatória paga mensalmente a cada parlamentar mediante comprovação de gastos. Mas foi cauteloso antes de se posicionar sobre a PEC. Sarney planeja submeter o assunto à Mesa Diretora do Senado logo depois do carnaval.

- Não sei se é a melhor forma. Temos que encontrar um meio de acabar com a verba indenizatória, que tem criado discussões e problemas. Mas não sei se será esse o meio, não posso dar minha opinião, tenho que ouvir os colegas. Mas também acho que temos de aceitar pensar num caminho - afirmou Sarney, após receber o vice-presidente da China, Xi Jinping.

Independentemente da proposta de equiparação dos vencimentos dos parlamentares aos dos ministros do STF, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que está disposto a participar de qualquer discussão séria sobre o fim das verbas indenizatórias. Esta semana, ele comunicou à Casa sua decisão de abrir mão do benefício.

- A minha (verba indenizatória) já acabou. Independentemente do aumento ou não dos nossos subsídios, abri mão da minha. Embora ache que um senador não é menos coisa do que um ministro do Supremo - afirmou o líder tucano.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que subscreveu a PEC de Mozarildo Cavalcanti, elogiou a iniciativa do colega.

- Sou favorável a tudo que facilite a vida da gente.

ELEIÇÕES 2010: "ALÁ, MEU BOM ALÁ..." *

...
Esse carnaval vai longe


O Estado de S. Paulo - 20/02/2009

O carnaval é o período consagrado à folia em que as coisas não são o que parecem, mas foi muito antes da inauguração do reinado de Momo que, sob o signo da fantasia, da farsa, do disfarce, em suma da carnavalização, começou a ganhar ritmo a campanha pela sucessão presidencial de 2010. Desfila nas ruas, desde o ano passado, com o samba-enredo composto pelo sempre folgazão - no bom sentido, evidentemente - Luiz Inácio Lula da Silva, o bloco da pré-candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na sua roupagem mais vistosa, é a "mãe do PAC", agraciada pelas lantejoulas com que o cordão do lulismo exalta as suas virtudes maternais, o zelo incansável pela sublime missão que abraçou de nutrir o crescimento do Brasil. É também a "sacerdotisa do serviço público", na barroca declamação do senador José Sarney, promovido por ela, em retribuição, a "presidente para sempre do Brasil".


Um dos momentos altos da festa, que também pode ser comparada a um baile para uma debutante só, foi a consagração da ministra no recente Encontro Nacional com os Novos Prefeitos e Prefeitas. A quermesse política foi promovida em Brasília exatamente com aquela finalidade. Custou a bagatela de R$ 1,85 milhão em dinheiro público, que só muito relutantemente o Planalto admitiu ter gasto, depois de ser apanhado barateando a verdade em reportagem deste jornal. Peça importante do faz-de-conta é a teatral indignação do presidente Lula diante dos tépidos protestos da oposição sobre o caráter eleitoral das andanças de Dilma - que ainda tem muito a caminhar até o eleitor comum aprender a reconhecê-la, deixando, por exemplo, de chamá-la de Vilma, como ouviu ao incursionar, há pouco, ao semiárido nordestino (onde só faltou dizer que o sertanejo é antes de tudo um forte).

Ainda agora, reunido com o seu Conselho Político, Lula anunciou, como se necessário fosse, que ela continuará a viajar pelo País para acompanhar o andamento das obras do PAC. "Ela é a gerente do PAC. Tem não apenas o direito, mas a obrigação de acompanhar inaugurações e fiscalizar o andamento das obras", arrazoou Lula, fingindo que não a despacha para dar andamento à obra eleitoral que concebeu e da qual é o principal pilar, para uma plateia de leais operadores que fingiam acreditar no que escutavam. A ministra, por sua vez, já provou que aprende depressa. Aprendeu, entre outros predicados, a sintonizar com a predileção por metáforas do arquiteto do seu empreendimento político. "Fui para a cozinha fazer o prato e é natural que esteja presente na hora de servir", argumentou dias atrás, esquecida, porém, de que, segundo as estatísticas do PAC, há pouco a servir e muito ainda à espera de ir ao fogo.

Contagiada pela prosódia lulista, diz também, tentando fazer ironia, que "este governo tem a mania de falar com o povo e tem gente que não gosta". É quase isso, mas não é isso. Na realidade, o chefe deste governo tem, mais do que a mania, a calculada obsessão de falar ao povo - tirando todo o proveito possível do seu inigualável talento para produzir vibrantes monólogos em série que arrebatam as audiências mesmerizadas, porque a lógica do espetáculo é levá-las a se identificar com o dono do palanque. Mas a pré-candidata não está longe da verdade quando acusa a oposição de "judicializar" a atividade do governo, ao comentar as três representações protocoladas na quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo PSDB e o DEM, que acusam o presidente e a ministra de crime eleitoral. A iniciativa é apenas uma forma de sair da penumbra e bater o bumbo. Mas não levanta a arquibancada.

Os queixosos sabem que é praticamente impossível caracterizar a ilicitude da deslavada mobilização do governo Lula em favor de Dilma, sob a fantasia de ação administrativa. É que a peculiar legislação brasileira diz quando pode começar a propaganda, proíbe a sua antecipação, mas não define o que é campanha eleitoral. Além disso, uma coisa é configurar o chamado uso da máquina em municípios e Estados de baixa densidade política, outra é fazer o mesmo no plano federal. Sem falar que o presidente da República e sua gente são mais espertos do que as autoridades provinciais em pôr a rodar os seus carros alegóricos sem dar margem a serem desmascarados - literalmente - pela Justiça Eleitoral. Eis por que esse carnaval irá longe.
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(*) Allah-la-ô. [Haroldo Lobo e Nássara].

"Allah-la-ô, ô ô ô, ô ô ô ô/Mas que calor, ô ô ô, ô ô ô (bis)/Atravessamos o deserto do Sahara/
O sol estava quente, queimou a nossa cara (ESTRIB.)/Viemos do Egito / E muitas vezes nós tivemos que rezar/Allah-Allah-Allah, meu bom Allah/Mande água pra Ioiô / Mande água pra Iaiá/Allah, meu bom Allah/".

http://letras.terra.com.br/marchinhas/783800/

POLÍTICA & POLÍTICOS II: "NÃO GRITE" ! NINGUÉM TE OUVIRÁ !!!

\o/
Sobra algum?


Clóvis Rossi
Folha de S. Paulo - 20/02/2009

Um dia, o leitor acorda e vê o título: "Governador da Paraíba é cassado". Pensa: bom, depois de 509 anos, começa a ser combatida a corrupção na política.

Mal tem tempo de ser feliz, pois logo descobre que o substituto do governador cassado, o até então senador José Maranhão (PMDB), responde a oito processos no TSE. Para fechar o círculo, fica também sabendo que o substituto de Maranhão no Senado, Roberto Cavalcanti (PRB), enfrenta pelo menos duas ações penais na Justiça, sob acusação de ter causado prejuízos aos cofres públicos.

Calma que, para fechar o círculo, ainda entram as duas grandes estrelas do tucanato no momento, Aécio Neves e José Serra. A reação de Serra seria hilária, não fosse ridícula. "Causa estranheza a celeridade do processo" [o que derrubou Cássio Cunha Lima], palpitou o governador paulista.

Celeridade, cara pálida? O rapaz cometeu, segundo a Justiça, um crime eleitoral em 2006, usufruiu durante dois anos e dois meses do produto de seu crime (o governo do Estado da Paraíba) e Serra ainda acha que o processo foi célere? Queria o quê? Que a Justiça tardasse mais dois anos antes de decidir cassá-lo, para que pudesse concluir o mandato na mansidão a que os políticos se habituaram, quaisquer que sejam as acusações e processos a que respondam?

Aécio não foi muito mais feliz. Sua frase: "Não conheço obviamente a profundidade das acusações que levaram à perda do seu mandato, mas eu conheço o trabalho e a correção do governador Cássio".

Se não conhece a "profundidade" das acusações, como pode jurar pela "correção" do correligionário cassado? Se o cassado fosse de outro partido, mereceria a mesma absolvição plena e irrecorrível? Depois ainda reclamam do descrédito dos políticos.

POLÍTICA & POLÍTICOS: "NÃO GRITE" ! NINGUÉM TE OUVIRÁ !!!

\o/
Não sobra um, meu irmão


Eliane Cantanhede
Folha de S. Paulo - 20/02/2009

O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), foi cassado sob a acusação de distribuir 35 mil cheques nominais no ano em que disputava a reeleição.
Seu sucessor, José Maranhão (PMDB), responde a nada menos que 8 processos, sendo que 2 são por suspeita de compra de votos e podem dar em nova cassação. E o sucessor do sucessor no Senado, Roberto Cavalcanti (PRB), também está sendo processado por corrupção na Justiça Federal. É uma teia sem fim.
Cunha Lima ainda tem duas chances de recurso, uma à presidência do próprio TSE e outra ao Supremo, mas Maranhão não perdeu tempo. Nem bem assumiu, já deu uma canetada botando para fora uns mil funcionários herdados do antecessor. Provavelmente, não por moralização, mas por retaliação -e para dividir a boquinha com a sua própria turma.
Já Cavalcanti não é bobo nem nada: ganhou o mandato de senador e, de brinde, o foro privilegiado. Entrou mudo para sair calado. Se sair. A depender da tradição do Supremo, ele pode ir ficando tranquilo, cumprindo o mandato que seria de Maranhão, que agora cumpre o mandato que seria de Cunha Lima, que... está a ver navios, mas já pode voltar a se candidatar.
Coitado do povo paraibano. Mas a Paraíba não está isolada, muito pelo contrário. Governador processado é o que não falta, e um deles está para ser encaçapado a qualquer momento: Jackson Lago (PDT), do Maranhão. Se cair, sobe Roseana Sarney (PMDB).
Ou seja: o PMDB já tem o maior número de governos, de prefeituras e de cadeiras no Congresso, acaba de ganhar as presidências da Câmara e do Senado e três comissões importantes na Câmara e deve ficar com mais dois Estados: a Paraíba, de Maranhão, e o Maranhão, de Roseana. Assim mesmo, complicado.
Mas o pior é que o partido não ganhou, mas está levando. E o eleitor não tem para onde correr.

FAT [In:] O GORDO ("fat") EMAGRECEU...

...
FALTA DINHEIRO NO FAT PARA AMPLIAR SEGURO-DESEMPREGO


Autor: Ribamar Oliveira
O Estado de S. Paulo - 20/02/2009

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não tem condições financeiras para custear as despesas decorrentes de uma ampliação do seguro-desemprego para até dez parcelas, segundo avaliação da área técnica do governo. Essa ampliação, cuja possibilidade foi admitida no início do mês pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, teria de ser bancada com recursos adicionais do Tesouro ou pela redução ou eliminação dos empréstimos do FAT ao setor produtivo.

Por causa da crise, as centrais sindicais reivindicam o aumento das parcelas do seguro-desemprego, que hoje é pago em até cinco meses. Para custear a ampliação para até sete parcelas aos trabalhadores dos setores mais afetados pela crise, já decidida pelo governo no início deste mês, a lei permite que o FAT lance mão, por semestre, de até 10% de suas reservas técnicas, que hoje estão em torno de R$ 11 bilhões.

O FAT paga o seguro-desemprego, o abono salarial e destina recursos para a qualificação profissional e para empréstimos aos setores produtivos (os chamados "depósitos especiais"), com o objetivo de aumentar a oferta de empregos. O Fundo é mantido com recursos das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor (Pasep). A avaliação técnica é que o FAT está à beira do colapso, pois as despesas estão crescendo em ritmo mais acelerado do que as receitas.

No dia 11, o Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) liberou uma linha especial de crédito de R$ 200 milhões para capital de giro de agências de veículos usados. O segmento foi o que sofreu o maior impacto da atual crise no setor automotivo e a linha foi mais uma medida do governo para tentar conter o aumento do desemprego.

A nota técnica 89/2008, elaborada pela coordenação-geral de recursos do FAT, órgão ligado à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério do Trabalho, informa que o programa vai apresentar em 2010, pela primeira vez em sua história, um déficit operacional de R$ 497,2 milhões. Ou seja, as despesas serão maiores que todas as receitas resultantes das remunerações das aplicações. A nota diz que o déficit será crescente e atingirá R$ 4,3 bilhões em 2012.

Esse "rombo" anual terá de ser coberto pelo Tesouro ou pela devolução pelos bancos dos "depósitos especiais". As projeções da nota técnica foram feitas antes da decisão de pagar o seguro-desemprego em até sete parcelas e com base numa previsão de crescimento da economia de 3% este ano e de 4% em 2010.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, nega que o FAT vá enfrentar dificuldades para financiar a ampliação das parcelas do seguro-desemprego, mesmo que seja para dez meses. "Eu diria que este ano dá sim, pois o Fundo tem um patrimônio de R$ 160 bilhões." Mas ele admite que podem ocorrer problemas no futuro. "É claro que, se o desemprego se agravar muito e a ampliação das parcelas for generalizada, para todos, haverá dificuldades."

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), no acórdão nº 1.817, de agosto de 2008, recomendaram que o Codefat estabeleça medidas para evitar o déficit. O TCU considerou ser de "extrema gravidade" a situação apresentada pelo Fundo.

A Constituição determina que 40% da receita do PIS e do Pasep sejam destinados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que usa os recursos no financiamento de projetos destinados a criar empregos. Além disso, as receitas do PIS e do Pasep são reduzidas em 20% por conta da DRU (mecanismo de Desvinculação das Receitas da União), antes de serem destinadas ao FAT.

O ministro do TCU, André Luis de Carvalho, constatou que o crescimento das despesas e a diminuição das receitas do FAT decorrem de questões estruturais, como o aumento real do salário mínimo, a elevação do emprego formal e a incidência da DRU sobre a arrecadação. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, a estimativa da área técnica é de que as receitas do FAT crescerão 61,2% de 2007 a 2012, enquanto as despesas aumentarão 96,9% no mesmo período.

A solução mais simples seria a redução das despesas com o seguro-desemprego e o abono salarial. Mas o governo descarta essa hipótese. Outra saída seria elevar as alíquotas do PIS e do Pasep, mas, como a sociedade não aceita mais o aumento da carga tributária, o governo está discutindo alternativas.

Nos bastidores, Lupi trava uma queda de braço com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que o governo aceite eliminar os 20% da DRU sobre o PIS e o Pasep. Lupi quer também alterar a contabilidade do Fundo para lançar como investimento, e não despesas, os 40% dos recursos destinados ao BNDES. Com isso, Lupi diz que o FAT seria superavitário.

Em resposta ao TCU, o presidente do Codefat, Luiz Fernando de Souza Emediato, sugeriu medidas de ajuste, entre elas a alteração do critério de concessão do abono salarial. Hoje, os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos têm direito ao abono. Emediato propôs que o abono seja apenas para quem tem renda de um salário mínimo. A proposta daria uma economia de R$ 3 bilhões por ano. Emediato diz que essa medida foi discutida com as centrais sindicais no processo de negociação da proposta de recuperação do poder de compra do salário mínimo. Segundo ele, as centrais concordam.

NOVO PT [In:] VINHO, CHARUTOS & "ARMANI"

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O pragmatismo e a mutação petista


Autor: Zander Navarro
Gazeta Mercantil - 19/02/2009


- O período pós-constituinte tem sido fértil em novidades políticas, rejuvenescendo os processos de decisão e fazendo o Brasil, provavelmente, a mais democrática de todas as nações. Além disto, não obstante os pessimistas profissionais e seu uso oportunista do catastrofismo, ocorreram profundas alterações na estrutura de poder. E não foram sempre para pior.

Se o foco for o poder econômico, pode ser desalentador, pois uma brutal revolução na velha economia afastou os antigos capitães da indústria, substituídos por operadores financeiros, muitos meros marionetes do capital transnacionalizado. Mas, se analisado o poder político entranhado na ação governamental, nos partidos e na sociedade civil, o fenômeno mais promissor foi a emergência, inicialmente lenta, depois acelerada, do Partido dos Trabalhadores.

A data da virada é de fácil identificação, pois 1995 observou a entronização de José Dirceu e seu grupo, e os caminhos, desde então, foram a institucionalização e o gradual descolamento com o passado mais ideológico.

Anos depois, já integrante do clube dos grandes e comandando a nação, a sensação é que esta transição foi concluída e poucos reconhecem no partido atual as vísceras da agremiação dos heróicos anos iniciais, quando a rebelde recusa a tudo que fosse associado à ordem parecia ser a sua única marca. O que ocorreu? Simplificando ao extremo, creio serem duas as grandes mutações que o PT sofreu, mas ambas associadas a uma continuidade, e esta combinação gramsciana do "novo que quer nascer, mas impregnado do velho" produz inquietante ambigüidade.

Primeiramente, um processo social: o crescimento do partido desencadeou um amplo movimento de ascensão social para milhares, talvez dezenas de milhares de pessoas, dos militantes aos beneficiados pelas políticas organizadas pelo partido. Trata-se de um processo de mobilidade social sem precedentes na nossa história, oportunizando chances jamais sonhadas para, sobretudo, a classe média baixa ou os mais pobres. Acuado por esses novos interesses, o partido foi abandonando o vetor da "grande mudança".

Para aquele amplo contingente, manter a nova posição social se tornou o único norte, assim produzindo moderação e desideologizando o partido. A outra mutação diz respeito à formação da "vontade geral" do partido e se refere ao crescente raquitismo do debate interno. O PT, simplesmente, parou de pensar, liquidando as conversas que antes fermentavam idéias inovadoras e mantinham acesa a chama da mudança.

Se alguém duvidar, basta comparar as publicações petistas, pois sumiram os densos documentos analíticos do passado. Finalmente, a terceira grande característica indica preocupante continuidade, a qual contribui fortemente para embaralhar a ação partidária. Trata-se da persistência do "pensamento mágico", ou as bandeiras, palavras-de-ordem e o jargão subjacente a uma vaga, nunca definida, "transformação radical" que o partido, algum dia, operaria.

Esta continuidade é que explica porque setores petistas ainda recebem o conhecimento científico com desconfiança e até hostilidade, propõem fantasias políticas que causam perplexidade, ou ainda batem continência a ícones que nem mesmo a arqueologia marxista reconhece mais. Não há outro rincão planetário onde se invoque Trotsky, sem corar. É no campo petista onde vicejam idéias milenaristas de uma "sociedade alternativa", que ninguém, claro, jamais foi capaz de descrever. Mas tais subgrupos mobilizam adeptos e exercem influência, até mesmo elegendo representantes.

Assim, o espectro da irracionalidade ainda assombra o partido, mas as duas grandes mudanças citadas igualmente imobilizam-no. O resultado? Dominam hoje o pragmatismo, o cotidiano e as "coisas práticas". Desapareceram o futuro e a ideologia. O PT continuará na elite política, pois hoje conhece todas as armas para se manter neste grupo. Mas sua linhagem começa a se perder nas brumas da mesmice partidária brasileira.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

20 de fevereiro de 2009

O Globo

Manchete: Embraer alega crise sem precedentes e demite 20%

País teve o pior janeiro em dez anos: 101 mil vagas foram fechadas

No mais drástico enxugamento de pessoal de uma empresa brasileira desde o agravamento da crise internacional, em setembro de 2008, a Embraer, uma das maiores fabricantes de jatos comerciais do mundo, começou ontem a demitir mais de 4.200 funcionários, o que representa 20% de sua força de trabalho. As demissões devem atingir também as unidades na França, em Cingapura e nos EUA.

A noticia irritou o presidente Lula, que pretende chamar para uma conversa o presidente da empresa, Frederico Curado. Lula foi avisado previamente dos cortes, mas o governo não teve tempo para buscar uma alternativa. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e a BNDESPar têm participação no capital da Embraer. Recentemente, Lula tinha demonstrado desaprovação às 1.300 demissões na Vale, o que considerou "um absurdo".

Ontem, a Vale anunciou lucro de US$ 13,2 bilhões em 2008 - alta de 11,78% sobre 2007. No quarto trimestre, no entanto, o resultado despencou 72%, em dólar. Em janeiro, o país perdeu 101.748 vagas com carteira assinada, o pior resultado para o mês em dez anos. (págs. 1, 19 e 20)

Lula cria outra estatal, sua 10ª

Com uma empresa para semicondutores, Lula contabilizou a criação de 10 estatais. Há uma semana, anunciou a que cuidará do trem-bala. (págs. 1 e 21)

Aumento de crédito e operação com fundo de pensão elevam lucro do BB (págs. 1 e 20)

Justiça tem gastos de mais e juízes de menos

De 2004 a 2007, os gastos da Justiça com pessoal cresceram 31%. Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram, porém, que isso não diminuiu o congestionamento dos tribunais: na Justiça Estadual, 74% dos processos não foram julgados. Para cada 100 mil brasileiros, há seis juízes estaduais - cada um com cinco mil processos para analisar. (págs. 1 e 3)

Eletrobrás patrocinará escolas de samba no Rio. ( págs. 1, Flávia Oliveira, página 24)

Línguas em extinção

O Atlas das Línguas em Perigo no Mundo, apresentado pela Unesco, revelou que, das 6.700 línguas do planeta, 2.500 podem desaparecer até o fim deste século. É o caso do idioma indígena caixana, do Amazonas, falado por apenas uma pessoa, Raimundo Avelino, de 78 anos. (págs. 1 e 29)

Cesar deixou coleta de lixo mais cara

No apagar das luzes do governo Cesar, a Comlurb firmou contratos para novos caminhões de lixo, que somariam mais R$ 75,2 milhões até 2013. Para reduzir os custos, a prefeitura terá agora que renegociar os valores. (págs. 1 e 17)

Suíça: defesa de brasileira usará doença

O advogado de Paula Oliveira planeja usar na defesa o fato de a advogada ter lúpus, doença associada a distúrbios psicológicos. A Promotoria de Justiça de Zurique confirmou que Paula confessou ter mentido sobre o ataque. (págs. 1 e 4)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Embraer corta 20% dos funcionários

Empresa atribui demissões á crise global; Brasil perde 102 mil vagas em janeiro, pior resultado em dez anos

A Embraer anunciou a demissão de 4.200 empregados no Brasil, nos EUA, na França em Cingapura, cerca de 20% de seus 21,4 mil funcionários nesses países. A maioria dos cortes aconteceu no Brasil, sede da companhia –que não informou, no entanto, quantos foram os brasileiros demitidos. Em comunicados, a empresa, que é a quarta maior fabricante mundial de aviões, afirmou que as demissões são decorrência da “crise sem precedentes que afeta a economia global, em particular o transporte aéreo”. A maioria das receitas da Embraer vem de exportações, principalmente para EUA e Europa, os mercados mais afetados pela crise financeira global. Temo-se que o corte cause efeito em cascata e que fornecedores e parceiros da empresa também comecem a demitir. Segundo o Ministério do Trabalho, o país perdeu 101.748 vagas com carteira assinada em janeiro, no pior resultado do mês em dez anos. Desde novembro, foram cortados 797,5 mil postos de trabalho no mercado formal brasileiro. (Págs.1 e B1 e B3)

Crise reduz arrecadação em janeiro

O governo estima que deixou de arrecadar R$ 1 bilhão em janeiro por conseqüência direta da crise –quase 25% de toda perda de receita no mês. O restante vem de fatores conjunturais. Se comparado a janeiro de 2008, a queda foi de R$ 4,4 bilhões. Naquele mês, a receita arrecadou R$ 59,4 bilhões . Uma compensação de tributos da Petrobrás contribuiu para perda. (Págs. 1 e B7)

Sem provas, PSOL acusa tucanos de corrupção no RS

O PSOL afirmou ter tido acesso a fitas que mostram caixa dois na campanha do PSDB no RS e o envolvimento da governadora Yeda Crusius com desvio de dinheiro, do Detran, segundo o partido, o material foi entregue á Justiça Federal, que não confirmou. (Págs.1 e A4)

Lucro liquido da vale tem queda de 16% no 4º trimestre de 2008 (págs.1 e B6

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Falta dinheiro no FAT para ampliar seguro-desemprego

Fundo que governo planejava usar em programas anticrise terá rombo já em 2010

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não tem condições de custear a ampliação do pagamento do seguro-desemprego de 5 para 10 parcelas, como cogita o governo. Para bancar a ampliação, o FAT precisaria receber recursos do Tesouro ou reduzir empréstimos para o setor produtivo. Nota técnica da Coordenação-Geral de Recursos do FAT informa que o programa terá em 20lO, pela primeira vez, déficit operacional de R$ 497,2 milhões, revela o repórter Ribamar Oliveira.

O documento prevê que o rombo atingirá R$ 4,3 bilhões em 2012. Mantido com dinheiro das contribuições do PIS e do Pasep, o FAT custeia o seguro-desemprego e o abono anual para quem ganha até dois salários mínimos. Financia também cursos de qualificação profissional e faz empréstimos para projetos que ampliem a oferta de emprego. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirma que o FAT tem recursos para bancar a ampliação do seguro-desemprego ao menos neste ano. (págs. 1 e B1)

Embraer anuncia demissão de 4.200 trabalhadores

Corte atinge 20% do total de funcionários

A Embraer, empresa que teve mais de dez anos de crescimento contínuo, anunciou ontem 4.270 demissões, o equivalente a 20% de seu quadro de funcionários. Em carta, o presidente Frederico Fieury Curado disse que o corte na atividade industrial é de mais de 30%, "o que torna inevitável o ajuste na base de custos". A empresa reduziu em 13% a previsão de faturamento em 2009, para US$ 5,5 bilhões, porque os clientes não estão obtendo crédito. (págs. 1, B1 e B3)

101 mil vagas formais fecham

0 mercado de trabalho formal perdeu 101.748 postos em janeiro, primeiro resultado negativo para o mês desde 1999. O
número é mais grave porque janeiro é um mês em que normalmente há mais contratações que demissões. (págs. 1 e B4)

Notas e informações - Esse carnaval vai longe

Muito antes do carnaval, sob o signo da farsa, começou a ganhar ritmo a campanha presidencial de 2010. (págs. 1 e A3)

País vai produzir cristal de insulina

Fabricação do produto reduzirá custo de medicamento importado. (págs. 1 e A16, caderno Saúde)

Brasil abre embaixadas no Caribe e em Bangladesh

O Itamaraty vai abrir embaixadas em cinco países: Bangladesh, na Ásia, e os caribenhos Antígua, e Barbuda, São Vicente e 'Granadinas, Dominica e São Cristóvão e Neves. A decisão reforça a ideia de que o governo Lula quer ter hegemonia na América Latina e no Caribe, além de reforçar a presença na Ásia. Com os novos postos, são 35 as embaixadas abertas desde 2003. (págs. 1 e A11)

23 crianças molestadas em Catanduva vão a tratamento

Vinte e três crianças que tiveram contato com integrantes de uma rede de pedofilia em Catanduva (SP) iniciarão nos próximos dias tratamento com psicólogos e assistentes sociais, assim como seus pais e responsáveis. Calcula-se que pelo menos 47 crianças tenham sido abusadas. Também há relatos de uso de drogas. Os acusados de envolvimento no caso deverão ser chamados a depor na CPI da Pedofilia, no Senado. (págs. 1 e C1)

Explosão de barco mata 3 em Belém

Embarcação, sem licença, estava carregada com 600 botijões de gás. (págs. 1 e C4)

Argentina quer bispo que negou Holocausto fora do país

A Argentina deu dez dias para que o bispo inglês Richard Williamson deixe o país - ele vive na Grande Buenos Aires. Williamson é pivô de polêmica entre o Vaticano e os judeus, ao ter sido reabilitado pelo papa apesar de ter negado o Holocausto. Em nota, o governo disse que Williamson “agride a sociedade argentina, o povo judeu e a humanidade”. Se ele não sair, será expulso. (págs. 1 e A16)

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Jornal do Brasil

Manchete: Violência atravessa o samba

Chega a 57 o número de turistas vítimas de assalto, em dois dias

Depois do assalto a 13 turistas, quarta-feira em Copacabana, ontem foi a vez de 34 estrangeiros serem vítimas de um arrastão num albergue na Lapa. Além das perdas materiais, as vítimas foram amarradas e viram os bandidos ameaçarem explodir uma granada. Mais 10 turistas foram assaltados em São Conrado, num total de 57 em dois dias. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, em carta ao governador Sérgio Cabral, cobrou providências. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Criticados por Lula, BB e Vale batem recorde

O Banco do Brasil e Vale anunciam resultados recordes. O BB teve o maior lucro líquido da história do país: R$ 8,8 bilhões no ano passado. A mineradora também registrou o maior líquido já divulgado: R$ 21,279 bilhões. (págs. 1 e Economia A16)

Justiça estanca nos estados até 80,5% dos processos

"Regalias para desembargadores e construção de prédios desnecessários por tribunais" são algumas das causas apontadas para explicar a taxa de congestionamento de 80,5%, em 2007, verificada nos juízos estaduais de primeira instância pela pesquisa Justiça em números, o mais completo estudo já feito no país. Segundo o levantamento, existiam 67,7 milhões de processos em tramitação no Judiciário, a maior parte (54,8 milhões) concentrada na Justiça estadual (primeiro e segundo graus), que apresentou taxa média de congestionamento de 74%. (pág. 1 e País, pág. A6)

Sociedade aberta

- Alvaro Ciarlini: Relação processos/juiz é elevada no Brasil. (págs. 1 e A6)

- Raphael de Almeida Magalhães: E os juros do BC? Quando e quanto cairão? (págs. 1 e A16)

- Amotz Asa-El: Israelenses agora preferem a direita na política. (págs. 1 e A22)

Suíça confirma fraude de Paula

O Ministério Público de Zurique confirmou: Paula Oliveira confessou ter mentido sobre a agressão sofrida na falsa gravidez. A brasileira pode ser presa, mas seu advogado planeja usar como atenuante o fato de ela ter lúpus, mal capaz de gerar distúrbios psicológicos. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Bebedeira estimula surtos de violência

Estudo nos boletins de ocorrência feitos nas delegacias do DF em 2008 revela que grande parte das agressões, homicídios e estupros tiveram como autores pessoas que haviam bebido antes de cometer o crime. (págs. 1, 23 e 24)

Alento

DF terá primeira fábrica brasileira de insulina

Reunião entre Arruda e Lula decide pela implantação em Brasília, dentro de dois anos, da indústria que dará autossuficiência ao país na produção da substância. Notícia boa para 7 milhões de brasileiros.(págs. 1 e 26)

Desalento

Embraer põe Brasil na rota das megademissões

Fábrica de aviões manda 4 mil funcionários embora de uma só vez no mesmo dia em que foi anunciado o pior janeiro da história do mercado de trabalho brasileiro: 101 mil demitidos.(págs. 1 e 12)

943 vagas no governo

Ministérios da Integração, Justiça e Meio Ambiente vão abrir concursos para substituir terceirizados de níveis médio e superior. Salários variam de R$ 1,9 mil a R$ 2,8 mil iniciais. (págs. 1 e 16)

Foto legenda -O arquiteto do novo Mané Garrincha

Eduardo Castro de Mello projetou a arena com que o Distrito Federal sediará jogos da Copa do Mundo de 2014.Ontem,em audiência pública, ele garantiu: obras estarão prontas dentro de três anos. (págs. 1 e 36)

Brasileira confessa a farsa na Suíça

Polícia de Zurique confirma termos do depoimento prestado pela advogada Paula Oliveira. Ela admitiu ter se mutilado e difundido a falsa informação de um aborto após o ataque de neonazistas. Investigação continua para descobrir a causa do destempero.(págs. 1 e 20)

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Valor Econômico

Manchete: Citi coloca à venda fatia de R$ 2,5 bi na Redecard

Um dos bancos mais atingidos pela crise financeira nos Estados Unidos, o Citi deve colocar à venda no Brasil a participação de 17% que possui na Redecard, processadora de cartões de crédito e débito. O negócio pode render R$ 2,5 bilhões ao caixa do banco.

O Citi avalia as opções para se desfazer do ativo e pretende chegar a uma conclusão rapidamente. A Redecard é considerada um dos poucos negócios da filial brasileira cuja venda pode gerar valor para o banco e trazer alívio em meio às pesadas perdas com crédito. A companhia faz o credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões Mastercard e Diners no país, além de processar os pagamentos e realizar a liquidação financeira.

Uma das saídas mais prováveis é uma oferta pública do bloco de ações, já que os papéis se recuperaram nos últimos meses em relação a sua pior cotação, de R$ 17,68, registrada em outubro do ano passado. Ontem, a ação subiu 1,55% e fechou a R$ 26,71, praticamente equiparando-se ao valor da abertura de capital, realizada em julho de 2007, quando os investidores pagaram R$ 27 por ação.

Uma oferta pública neste momento representaria um grande teste para o mercado de ações brasileiro, que está fechado para operações desse tipo desde junho do ano passado.

O valor de mercado da Redecard está em quase R$ 18 bilhões e a fatia do Citi vale R$ 3 bilhões. No caso de uma oferta pública, no entanto, o banco deve oferecer um desconto sobre a cotação em bolsa e, com isso, arrecadar menos.

O Valor apurou que uma parte desses 17% interessa ao Itaú, que já detém 46,4% do capital da Redecard. Se comprar algo próximo a 5% das ações, o Itaú pode consolidar sua posição de controle. Hoje, Itaú e Citi fazem parte do bloco de controle, que originalmente também incluía o Unibanco. O Itaú ficou com a participação do Unibanco. O Citi informou que não comentaria “rumores de mercado" e o Itaú não respondeu ao pedido de entrevista.

Além de colocar um bom dinheiro em caixa com a venda das ações, o Citi também teria um efeito positivo em seu balanço. Os papéis da Redecard estão registra dos até hoje por seu valor patrimonial, que representa uma fração da cotação em bolsa. A sua venda, portanto, proporcionaria um grande lucro. (pág.1 )

Ideias

Maria Cristina Fernandes: ainda é cedo para se concluir que o PMDB vai compor chapa com Dilma Rousseff. (págs. 1 e All)

Ideias

Claudia Safatle: para o governo, Brasil está em processo de "descolamento" dos países emergentes. (págs. 1 e A2)

Ideias

Naércio Menezes Filho: as ideias mercantilistas caíram em desuso. (págs. 1 e A15)

Lucro recorde do BB

O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,944 bilhões no quarto trimestre do ano passado, mais que o dobro do resultado em igual período de 2007, graças ao maior crescimento da carteira de crédito desde 2000. Em 2008, o lucro foi de R$ 8,8 bilhões, uma alta de 74%. (págs. 1 e Cl2)

Demissões na Embraer

Depois de Boeing, Airbus e de sua principal concorrente, Bombardier, a Embraer também anunciou ontem a demissão de 4,2 mil empregados, equivalentes a 20% do pessoal, devido à queda na previsão de entregas de aeronaves neste ano. (págs. 1 e A4)

Perda de empregos

O estoque de empregos com carteira assinada no país diminuiu 0,32% em janeiro, com a eliminação de 101,7 mil postos de trabalho. Foi o pior resultado desde 1996. Além disso, há nove anos não havia perda de vagas em janeiro. (págs. 1 e A5)

Queda da arrecadação se acelera

A Receita Federal divulga hoje a arrecadação de janeiro. Motivo de apreensão no governo nos últimos dias, os números deverão mostrar queda nominal próxima de 1 % em relação a janeiro de 2008. Em termos reais, tomada como referência a inflação medida pelo IPCA, a redução chega a aproximadamente 6% na mesma comparação. Ainda assim, o resultado não é considerado ruim no Ministério da Fazenda. Por causa da crise, esperava-se queda maior.

Um dos fatores que amenizaram o problema foi o comportamento das contribuições à Previdência. Graças ao crescimento da massa salarial, a receita previdenciária aumentou perto de 8% ante janeiro de 2008, com um crescimento real próximo a 2%. (págs. 1 e A6)

Madoff faz cair aplicação no exterior

As perdas causadas por Bernard Madoff afugentaram representantes de instituições financeiras internacionais que vinham regularmente ao Brasil oferecer aplicações no exterior. O interesse dos brasileiros em investir lá fora despencou, mas a situação revela que, apesar dos esforços fiscalizadores das autoridades, a venda ilegal de aplicações no exterior 'ainda é comum no país. Segundo a legislação, um gestor estrangeiro não pode divulgar os fundos. Mas essa é uma prática corriqueira, sobretudo quando se trata de clientes que têm grandes volumes para aplicar, procuram diversificação. O investimento em fundos no exterior é perfeitamente legal, desde que seja declarado à Receita Federal. (págs. 1 e D1)

Setor têxtil reduz compras da Ásia

Depois de três anos de aumento na importação de produtos e insumos, a indústria têxtil cortou encomendas na Ásia. Alguns fabricantes decidiram interromper completamente as compras no exterior e outros estão diminuindo o volume em razão da taxa de câmbio, que deixou menos atraentes os preços cobrados pelos asiáticos.

A maior parte das companhias reduziu importações de insumos como fios, fibras e filamentos têxteis, mas há casos em que os cortes atingiram produtos acabados e semiacabados. "Alguns asiáticos já reduziram os preços em 10% para nos manter como clientes, mas isso depois da desvalorização. Preferimos produzir alguns itens no próprio país a importar", afirma Marcello Stewers, diretor da Teka, que reduziu suas compras da região em 85%. A Buettner e Fiação São Bento, que compravam insumos, suspenderam as importações.

Pelos dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o volume de importações do setor em toneladas caiu 35,1% em janeiro ante o mesmo mês de 2008. Há recuos expressivos em fios (49,6%), fibras têxteis (33,4%), filamentos (48,3%), e linhas de costura (71,1 %). (págs. 1 e B1)

Risco dos países ricos mais que duplica

Os prêmios de risco de crédito dos países ricos mais que dobraram desde dezembro e se aproximam de 100 pontos básicos - estavam abaixo de 10 pontos antes da crise. No mesmo período, o risco-Brasil não subiu nem 6%. Esses indicadores revelam a percepção dos mercados sobre a probabilidade de não-pagamento da divida por um determinado país ou empresa. Para cada 100 pontos no risco-país as empresas ou governos pagam 1 ponto percentual a mais de juros em seus financiamentos.

A alta dos prêmios dos países ricos foi tão forte que o risco-EUA, o risco-Alemanha e o risco-Japão estão hoje bem acima dos níveis mínimos a que chegou o risco-Brasil em meados de 2007. O risco-EUA, que era de 7 pontos em 1º de maio do ano passado, chegou a 94 pontos no dia 17, um aumento de 170% na comparação com os 34,9 pontos do dia 12 de dezembro. Ontem, manteve-se elevado, mas caiu para 90 pontos.

O risco-Japão, de 11 pontos em maio, fechou ontem a 101,5 pontos. O risco-Alemanha, que se mantinha em 5 pontos, atingiu seu recorde histórico ontem: 85,6 pontos. O risco-Brasil fechou aos 362,8 pontos. (págs. 1 e C1)

Siderúrgicas americanas preparam ação de dumping contra o aço importado (págs. 1 e C3)

GM poupa a América do Sul

As operações da GM na América do Sul estão fora do plano da montadora de cortar 47 mil empregos no mundo. O reaquecimento do mercado doméstico ainda evitará a demissão de parte dos 1,6 mil operários da fábrica de São Caetano que estão em licença. (págs. 1 e B10)

Gerdau revê investimentos

A crise econômica que causou a maior queda do lucro trimestral na história da Gerdau - 67,1%, para R$3 11 milhões -levou o grupo a rever os investimentos. Os US$ 6,4 bilhões anunciados entre 2008/10 serão reduzidos a US$ 5 bilhões, até o fim de 2013. (págs. 1 e D10)

Skaf costura apoio eclético a candidatura

O presidente da Federação das indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, procura formar uma coligação que lhe permita disputar o governo paulista reunindo de comunistas a malufistas. A ideia é filiar-se até maio ao PSB e que a possível chapa inclua ainda PR e PP, obtendo cerca de sete minutos no horário eleitoral gratuito. Skaf tem mantido conversas com o chamado "bloco de esquerda" formado por PDT, PSB, PCdoB e PR.

O deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP paulista, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) participam diretamente da negociação, além de Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), da Força Sindical. Esse grupo acredita em uma disputa com políticos pouco conhecidos, talvez com exceção do ex-governador Geraldo Alckmin. (págs. 1 e A11)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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