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quarta-feira, agosto 19, 2009
DILMA vs. LINA: ATOS, FATOS e VERSÕES...
PEDIDO DE DILMA FOI ‘INCABÍVEL’, DIZ LINA
LINA DIZ QUE DILMA FEZ PEDIDO ''INCABÍVEL'' |
Autor(es): Renato Andrade |
O Estado de S. Paulo - 19/08/2009 |
A ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira reafirmou ontem, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no final de 2008, e recebeu pedido para "agilizar" a fiscalização sobre Fernando Sarney, principal administrador das empresas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). É "incabível", declarou. Lina voltou a dizer que Erenice Guerra, secretária executiva da Casa Civil, foi à Receita avisar que Dilma queria vê-la. Deu mais detalhes sobre o encontro no Palácio do Planalto, como o nome do motorista que a levou ao local e do assessor que a ajudou na pesquisa, em computador da Receita, após a audiência com a ministra. Dilma, além de afirmar que não interferiu na fiscalização da Receita, vem negando enfaticamente que tenha chamado a ex-secretária e se reunido com ela. No dia 10, em Natal, a ministra afirmou: "A reunião privada, a que ela se refere, eu não tive." No dia seguinte, em Mossoró, desafiou: "Não estamos na Idade Média, em que se prova a veracidade de alguma coisa por ênfase. A gente não afirma, a gente prova." Erenice negou, em nota oficial, ter encontrado com Lina na Receita. A ex-secretária garantiu aos senadores que não precisa "de agenda para dizer a verdade" e colocou-se à disposição para acareação com Dilma. Rebateu críticas e disse que não mentiu. "Não mudo a verdade no grito, não preciso de agenda para dizer a verdade e a mentira não faz parte da minha biografia." No ponto que mais interessou à base aliada, Lina afirmou que não se sentiu "pressionada" pela ministra, mas que a solicitação foi "descabida" e "não pode haver ingerência política na administração tributária". Lina entendeu assim o pedido da ministra Dilma: "Eu interpretei que era para dar um tratamento célere, para resolver as pendências e encerrar a fiscalização." De volta ao prédio da Receita, ela contou que consultou os dados sobre a fiscalização e decidiu não tomar nenhuma iniciativa, já que o processo corria em segredo de Justiça e a Receita já havia acelerado as investigações por ordem de um juiz. MENTIRA Os governistas saíram do depoimento considerando que a dúvida sobre a existência ou não da reunião perdeu importância. Agora, alegam, o mais importante é que Lina admitiu não ter sofrido pressão política para cancelar ou aliviar as investigações. Senadores da base governista deixaram o plenário da CCJ convencidos de que Lina mentiu. "Como é que alguém tem um encontro com a ministra Dilma e não sabe o dia, a hora?", indagou Wellington Salgado (PMDB-MG). "Eu acho que o que houve foi um grande mal-entendido. Essa questão morre com essa audiência", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Apesar de insistir que não se lembrava da data do encontro, Lina reiterou que foi levada ao Planalto, numa tarde de dezembro, por um dos motoristas que atendem o órgão, chamado Warley. Disse ter entrado pela garagem do palácio, se identificado com a segurança, passado pelo detector de metais e subido sozinha em um elevador até o quarto andar, onde fica o gabinete de Dilma. "Encontrei com a Erenice no corredor e fui para uma sala onde estavam duas pessoas, um homem e uma mulher", disse Lina, confirmando informação dada em entrevista no início do mês ao jornal Folha de S. Paulo. "O encontro foi rápido, não durou mais de 10 minutos, falamos algumas amenidades e depois ela me pediu para agilizar a fiscalização do filho do Sarney." ------------ |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
19 de agosto de 2009
O Globo
Manchete: Ex-secretária confirma reunião e aceita acareação com Dilma
A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reafirmou, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, ter recebido da ministra Dilma Rousseff pedido para agilizar a investigação do Fisco sobre empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Entendi como ingerência desnecessária e descabida", disse Lina. A ex-secretária repetiu a versão de que o pedido teria sido feito por Dilma num encontro no fim de 2008 - a oposicionistas, teria dito que foi em 19 de dezembro. A oposição quer uma acareação entre Lina e Dilma, e a ex-secretária disse que aceita. Lina não apresentou provas de que o encontro teria ocorrido e alfinetou o presidente Lula: "Não preciso de agenda para dizer a verdade." A ministra, que nega o pedido e o encontro, evitou aparições públicas - embora o Ministério das Cidades tenha informado que ela inaugurara obras do PAC com Lula no Rio. Na CPI da Petrobras, os governistas rejeitaram 68 requerimentos para convocar autoridades - inclusive Lina Vieira. (págs. 1, 3 a 5, Merval Pereira e Miriam Leitão)
'Certamente no Planalto deve ter a filmagem, eu entrando no quarto andar e entrando na sala. Eu não sou fantasma, está registrado'
Lina Vieira, ex-secretária da Receita
Foto legenda: Lina Vieira ao depor na CCJ: "Não preciso de agenda para dizer a verdade"
Charge Chico: Edilmologia (segundo Lina Vieira)
Agilizar
Fazenda se desmente sobre ida de Erenice ao ministério
Serra, de volta à oposição
Gas e Fard, as novas legendas
Remédios só fora do alcance de clientes
ANJ denuncia 31 agressões à imprensa
Só 0,5% do PIB vai para os transportes
Talibãs não dão trégua às eleições (págs. 1 e 28)
À moda da casa
Em meio aos protestos que correm o país contra o arquivamento das investigações sobre o senador José Sarney, o "Jornal do Senado" publicou uma receita que parece ter sido criada à moda da Casa: a "pizza fingida", com pão dormido e claras em neve no lugar da massa. A Secretaria de Comunicação do Senado explicou que a receita era parte de uma matéria sobre aproveitamento de alimentos. Em São Paulo, o Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP distribuiu aos estudantes 40 "pizzas Sarney" – com a cara do presidente do Senado e um bigode feito de aliche. No Conselho de Ética da Casa, o PT, pressionado pelo Planalto, deve ajudar a enterrar as investigações sobre Sarney. Em mais uma defesa de Sarney, o presidente Lula citou governantes vítimas do que chamou de "oba-oba do denuncismo" - como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor. (págs. 1 e 8)
Foto legenda: Estudantes de Direito da USP" distribuem e comem pizzas com bigode de aliche
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lina vê 'ingerência descabida' de Dilma e reafirma encontro
Em depoimento de cinco horas no Senado marcado por bate-bocas entre governistas e oposição, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reafirmou que foi chamada para um encontro reservado com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff - que nega a reunião e não comentou o depoimento.
Lina classificou como "ingerência desnecessária e descabida" o pedido que diz ter recebido de Dilma para agilizar investigação do fisco sobre a família de José Sarney. A ex-secretária não levou provas nem forneceu a data exata da audiência.
"Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade", afirmou. Lina citou duas novas testemunhas, acrescentou detalhes à descrição do encontro no Planalto e aceitou uma acareação com Dilma, sugerida pela oposição.
O Planalto não forneceu dados sobre visitas, alegando questão de segurança.
Os senadores governistas tentaram intimidar a ex-secretária, acusando-a de prevaricação, mas festejaram ao ouvir que ela não se sentiu pressionada por Dilma. (págs. 1 e Brasil)
FERNANDO RODRIGUES
Espectro da mentira ronda ministra
O depoimento da ex-secretária da Receita serviu mais à oposição do que ao governo. Lina não mostrou provas definitivas, mas relatou o episódio em minúcias.
Para debelar a crise, basta ao Planalto desmontar esses detalhes. Negar o encontro, para Dilma, não basta. A não ser que prefira conviver com o espectro da mentira. (págs. 1 e A2)
Foto legenda: A ex-secretária da Receita Lina Vieira presta depoimento, que durou cinco horas, no Senado
Eletrobrás tem prejuízo de R$ 2 bi
A alta da moeda brasileira em relação ao dólar fez subir os custos com compra e venda de energia de Itaipu.
No mesmo período do ano passado, a estatal registrou lucro de R$ 143 milhões.
A divulgação do balanço, que deveria ter sido feita até o dia 15, foi adiada por "problemas operacionais". (págs. 1 e B1)
Gil afirma que há chance de ser vice de Marina
Ex-ministro da Cultura de Lula e filiado ao PV, Gil disse ter "muita vontade" de conversar com Marina. (págs. 1 e A9)
Nas vésperas da eleição, ataque do Taleban em Cabul mata 8
Para não afastar eleitores das urnas, o governo proibiu a transmissão de notícias sobre atos de violência. (págs. 1 e A12)
Números do governo indicam queda nos casos da gripe suína
Para o governo, pode ser "indicativo preliminar" de recuo, mas os dados não estão totalmente atualizados. Em SP, exames diários em hospitais particulares diminuíram de 140 a 50. (págs. 1 e C4)
Remédios sem receita terão de ficar longe do consumidor
Também foi proibida a venda de produtos como brinquedos, pilhas e sorvetes nos estabelecimentos, que têm 180 dias para se adequar às normas. (págs. 1 e C9)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Pedido de Dilma foi 'incabível', diz Lina
Frase
"Não mudo a verdade no grito, não preciso de agenda para dizer a verdade"
Lina Vieira
Ex-secretária da Receita
Foto legenda: Palavra - Lina Vieira durante depoimento aos senadores: ex-secretária da Receita se dispôs a participar de acareação com a ministra
Construção puxa alta e emprego tem melhor mês no ano
O mercado de trabalho registrou em julho a abertura de 138,4 mil novos empregos com carteira assinada. Foi o melhor saldo líquido mensal entre contratações e demissões do ano. Embaladas pelas obras públicas e pela expansão do mercado imobiliário, as empresas da construção foram as que mais contrataram - o saldo foi de 32,1 mil postos. Já na indústria as contratações chegaram a 17,3 mil, mas, no acumulado do ano, as demissões ainda prevalecem. O total de vagas abertas em julho elevou em 0,43% o estoque de empregos formais, para 32,4 milhões. (págs. 1, B1 e B3)
'Estado' sob censura há 19 dias: ANJ busca garantia jurídica contra censura
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) pedirá a colaboração de entidades como a OAB na tentativa de convencer o STF a firmar jurisprudência, com efeito vinculante, para impedir que juízes façam censura prévia no País. O ponto a ser superado, de acordo com a ANJ, é encontrar o melhor tipo de ação que preserve a liberdade de expressão sem interferir no poder dos magistrados. O Estado está impedido de publicar notícias que envolvam o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP). (págs. 1 e A7)
MP que ajuda prefeituras é aprovada com 'contrabandos'
Eleições: Críticos pedem saída de Meirelles
Procurador critica Mendes
Farmácia tem de manter remédio atrás do balcão
Atentados matam 36 às vésperas da eleição afegã
Foto legenda: Violência - Afegão carrega menino ferido em atentado em Cabul
Notas e Informações: Esperneio desarticulado
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Jornal do Brasil
Manchete: Sexo em risco
Estudo do Ministério da Saúde mostra que mais de 10 milhões de brasileiros já apresentaram algum sintoma de doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas como DSTs. Enquanto 99% das mulheres procuraram tratamento com um médico, um em cada quatro homens recorreu a farmácias para automedieação. Segundo a pesquisa, os homens têm 31,2% mais risco de ter DSTs do que as mulheres. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Lina Vieira depõe contra Dilma sem provas no Senado
Remédios ficarão atrás do balcão
Informe JB
Editorial
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Correio Braziliense
Manchete: R$ 12.413,65
O Ministério do Planejamento abrirá concurso para contratar mais 100 analistas da carreira de políticas públicas e gestão governamental, considerada a elite do Executivo federal e uma das mais cobiçadas por concurseiros de todo o país. O edital será publicado até fevereiro do ano que vem. E não é apenas a boa remuneração que atrai. O cargo está aberto a profissionais com graduação em qualquer área de conhecimento e os futuros servidores poderão trabalhar em diferentes órgãos da administração pública direta ou indireta. Prova do interesse pela carreira é que no dia 30 deste mês, 9.418 candidatos farão provas para 100 oportunidades para especialistas desse quadro, com o mesmo salário. (págs. 1 e 12)
A receita do PT para salvar Sarney
Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça, Lina Vieira seguiu o roteiro antecipado na véspera ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). A ex-secretária da Receita confirmou o encontro com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e disse estar disposta a uma acareação. Mas nem a oposição vê condições de convocar a ministra para se manifestar sobre o assunto. (págs. 1 e 2 a 4)
Talibãs lançam onda de terror
Exploradores da gripe suína
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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