PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] "... E FOI DE CINZAS SEU ENXOVAL" *

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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(*) Maria, Carnaval e Cinzas (Roberto Carlos).
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MST & STF: dinheiro público & movimentos sociais ("sic")

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Gilmar Mendes reage contra MST


Autor(es): Luiz Orlando Carneiro
Jornal do Brasil - 26/02/2009

Presidente do STF critica repasses públicos para movimento e cobra providências do MP

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, fez ontem severas críticas ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e outros "movimentos sociais" – e indiretamente ao Executivo e ao Ministério Público – por conta das últimas invasões em massa de fazendas no Pontal de Paranapanema (SP) e do assassinato de quatro seguranças de uma fazenda em São Joaquim do Monte (PE). O ministro afirmou:

A lei é muito clara. Não pode haver dinheiro público para subsidiar tais movimentos, que agem contra o Estado de direito. Dinheiro público para subsidiar ilicitude é ilicitude.

A lei a que se referiu Gilmar Mendes foi a que, em 2001, modificou o Estatuto da Terra (Lei 4.504/64), a partir de uma medida provisória editada no governo Fernando Henrique. Em 2004, o STF rejeitou ação de inconstitucionalidade proposta pelo PT e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), contra a MP, que determinou que imóveis rurais invadidos por movimentos sociais envolvidos em conflitos agrários e fundiários só podem ser vistoriados, para fins de reforma agrária, dois anos depois de desocupados. Além disso, impede o repasse de recursos públicos para entidade, organização, pessoa jurídica, movimento ou sociedade que, de algum modo, contribuir para a invasão de imóveis rurais ou bens públicos.

– Os movimentos sociais devem ter toda a liberdade para agir, manifestar, protestar, mas respeitando sempre o direito de outrem – disse o presidente do STF. - É fundamental que não haja invasão da propriedade privada ou pública, e a Justiça tem meios e modos para dar uma resposta serena, mas firme, ao que está ocorrendo.

O ministro Gilmar Mendes admitiu que decisões judiciais de reintegração de posse não vem sendo cumpridas, mas insistiu:

– É preciso que a Justiça dê a resposta adequada, que o Ministério Público tome as providências cabíveis, inclusive para verificar se não está havendo financiamento ilícito dessas instituições – alertou.

Indagado sobre se estaria havendo leniência do governo com o MST e movimentos afins, o presidente do STF respondeu:

– Não vou falar sobre isso. Só estou dizendo que há uma lei que proíbe o governo de subsidiar esses movimentos. O que se sabe é que termômetro jurídico sinaliza que há excessos e é preciso repudiá-los, e cabe ao MP pôr fim a essa situação.

O Palácio do Planalto não se pronunciou sobre as declarações do ministro.

MST & RAINHA: UM FAVO SEM MEL

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Rainha recua e diz que áreas serão desocupadas


Autor(es): SÍLVIA FREIRE, BRENO COSTA E
JOSÉ MASCHIO
Folha de S. Paulo - 26/02/2009

Um dia após o governo de São Paulo cancelar reunião com movimentos de sem-terra da região do Pontal, oeste paulista, o líder José Rainha Jr. anunciou um recuo nas invasões.

Ele diz que as 21 áreas invadidas por sem-terra (17, segundo a Polícia Civil) desde sábado serão desocupadas como "gesto de diálogo" com o governo.

O secretário da Justiça, Luiz Antonio Marrey, anunciou anteontem o rompimento das negociações com os sem-terra depois da onda de invasões.
"É a primeira vez que recuamos sem determinação judicial", disse o sem-terra ontem.

Antes do anúncio de Rainha, que está desautorizado desde 2006 pelo MST a agir em nome do movimento, a União Democrática Ruralista, irritada com a Polícia Militar, ameaçou processar o Estado de São Paulo pelas invasões.

A argumentação do presidente da UDR, Luiz Antônio Nabhan Garcia, é que a PM não agiu preventivamente contra as invasões, mesmo sabendo que estavam programadas.
Garcia se baseia em declarações de líderes do MST em 9 de fevereiro, durante invasão do Itesp (Instituto de Terras de São Paulo), em Presidente Prudente. Na ocasião, o grupo de Rainha anunciou a intenção de invadir 20 fazendas no feriado. Rainha promove o chamado "Carnaval vermelho" desde 2007, como forma de pressionar o governo paulista a agilizar a reforma agrária.

O comandante de policiamento na região de Presidente Prudente, coronel Homero de Almeida Sobrinho, diz, sem citar números, que o policiamento foi reforçado após o alerta. Mas diz que é pouco para evitar invasões de quem está predisposto a "praticar ações ilícitas".

Garcia, que representou criminalmente ontem contra líderes do MST no Ministério Público, diz que aguardará as investigações e o relato de danos por parte de fazendeiros para, uma vez constatada omissão policial, ingressar com ação por danos materiais e morais.

Paraná
O MST mudou de tática no Paraná e, em vez de invadir, acampou ontem próximo a três fazendas: Porta do Céu, em Florestópolis (norte do PR), de 1,8 mil hectares e de propriedade do grupo Atala, e nas fazendas Guairacá, de 5,8 mil hectares, e Pininga, 1,4 mil hectares. Estas duas ficam no distrito de Lerroville, em Londrina (378 Km de Curitiba). Segundo o MST, 190 famílias participaram da ação.

Em nota, a superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Paraná informou que as duas fazendas em Lerroville estão em processo de aquisição para reforma agrária.

O coordenador do MST no Paraná, José Damasceno, disse que as propriedades não foram invadidas porque o Incra já as está negociando. A PM de Londrina informou manter equipes monitorando os sem-terra.

O grupo Atala deve entrar nesta semana na Justiça com pedido de interdito proibitório, recurso que impede invasões.

EMBRAER [In:] EMPREGABILIDADE: ASAS DE ÍCARO

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Embraer nega pedido de Lula


Autor(es): Daniel Pereira e Mariana Flores
Correio Braziliense - 26/02/2009

Diretores da empresa descartam recontratações e afirmam que corte de 4,2 mil pessoas será mantido

O governo não conseguiu reverter as 4,2 mil demissões anunciadas pela Embraer na semana passada. Ontem, diretores da empresa disseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o corte será mantido devido à redução de 30% na demanda por aviões até 2012, nos mercados interno e externo, e à perspectiva de queda na receita — a previsão para este ano caiu de US$ 6,5 bilhões para US$ 5,5 bilhões. Lula, que marcou a conversa para cobrar explicações, considerou a justificativa “lógica”, segundo relato de um ministro, mas fez questão de ressaltar que não concordava com o fechamento dos postos de trabalho. O presidente insiste na tese de que as empresas ganharam muito dinheiro nos últimos anos. Por isso, teriam reserva em caixa para blindar os trabalhadores dos efeitos nefastos da crise ao menos por um período.


O presidente da Embraer, Frederico Curado, no entanto, culpa o desaquecimento do mercado internacional pelas dispensas. Os países desenvolvidos, de acordo com ele, respondem por mais de 90% da demanda da companhia. “Só poderíamos voltar atrás se houvesse uma retomada das encomendas, o que não está previsto a curtíssimo prazo”. A previsão é que a empresa leve de dois a três anos para recuperar as encomendas, o que descarta a possibilidade de reverter as demissões por férias coletivas, informou Curado. O empresário, no entanto, descartou que sejam feitas novas dispensas.


Além de discordar das demissões, Lula deixou clara a sua insatisfação com o fato de não ter sido avisado previamente da medida. Presente à reunião, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, também reclamou do que chamou de “fato consumado”. O Palácio do Planalto queria ter tido a oportunidade de aparecer em público como mediador de uma tentativa de acordo entre a Embraer e os empregados. Se isso ocorresse, mesmo que o acerto não fosse selado, o governo poderia usar o episódio como prova de seu empenho para preservar e estimular o emprego. “Quando a Embraer precisa do governo, bate às portas do Planalto”, disse um ministro, referindo-se a linhas de financiamento e programas de expansão para novos mercados. “Quando lida com uma dificuldade que estourará no colo dos trabalhadores, não procura o governo.”


Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, declarou que Lula não sabia de antemão das demissões, anunciadas na última quinta-feira. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência entoou o mesmo discurso. Em conversa com o Correio, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, admitiu que numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), na segunda-feira da semana passada, um líder sindical alertou os presentes para a “perspectiva de demissões na Embraer”. Também ouviram o aviso, dado em meio a um turbilhão de outras informações, os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e do Banco Central, Henrique Meirelles. Coutinho e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participaram da reunião de ontem na qual o governo reafirmou não ter sido informado previamente dos cortes na empresa.

Só poderíamos voltar atrás se houvesse uma retomada das encomendas. O que não está previsto a curtíssimo prazo

Frederico Curado, presidente da Embraer

ELEIÇÕES 2010: GOVERNO LULA, LULA e "LULISMO"

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A longa campanha de Lula


Nas Entrelinhas
Correio Braziliense - 26/02/2009


Se a população estiver satisfeita com o trabalho do presidente, sua candidata terá grandes chances de vitória

A polêmica mais recente entre governo e oposição é a discussão sobre se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria ou não fazendo campanha antecipada por sua candidata, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A oposição recorreu até à Justiça Eleitoral. O governo jura não estar fazendo nada além de sua obrigação. Se Dilma inaugura obras é porque administrou sua realização, diz Lula.

Discursos à parte, todo mundo sabe a verdade. O presidente está completamente empenhado na construção da candidatura de sua ministra. Mas, cá para nós. Alguém esperava algo diferente? É a regra imutável do jogo político. Quem está no governo faz campanha com as armas que ele oferece. Quem está na oposição denuncia.

É importante separar as coisas. Quais movimentos são de campanha eleitoral e quais são de governo, mesmo com reflexos políticos. Aliás, qualquer ato de governo tem repercussões políticas, favoráveis ou não. Vamos pegar como exemplo a confusão mais recente, envolvendo o encontro nacional de prefeitos. O governo organizou um festão. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, entre outros órgãos públicos, montaram lá suas barraquinhas para oferecer serviços. O evento custou alguns milhões de reais, numa conta difícil de fechar, pelas contradições do governo.


Montou-se um cenário lindo. Os oradores falavam tendo como fundo uma imensa imagem da bandeira do Brasil. Dilma foi a estrela da festa e garantiu fotos com todo o jeito de candidata presidencial. O governo anunciou aos prefeitos a possibilidade de renegociar em longuíssimo prazo débitos com a Previdência Social. “É campanha eleitoral”, gritou a oposição. Em parte, é. Mas é muito mais. A dívida renegociada chega aos R$ 14 bilhões. Atribuir um ato dessa monta apenas a um afago aos prefeitos é simplificar demais as coisas.

Lula está preocupado com a crise econômica e aposta nos investimentos públicos como arma para manter a economia funcionando. As prefeituras são parte importante desse investimento. Ao permitir o parcelamento das dívidas com a Previdência, ele tenta manter os municípios com folga para aplicar em obras. Obviamente, não vê nenhum problema se a decisão fizer felizes milhares de prefeitos, boa parte deles capaz de ajudar a montar o palanque de sua candidata em 2010.

O erro não é ver intenção política nos movimentos do governo e sim reduzir tudo a essa dimensão. Mais uma vez, vale usar o exemplo das prefeituras. No fim de 2008, em outra medida para enfrentar a crise econômica internacional, o governo federal reduziu as alíquotas de diversos impostos. O objetivo anunciado era deixar mais dinheiro no bolso da classe média, ao custo de perda de arrecadação tributária. O baque no caixa da União refletiu em redução no repasse de verbas federais a estados e municípios. Contas da oposição apontam um prejuízo acima de R$ 1 bilhão nas transferências para prefeituras em 2009.

Se for para ser simplista, é só tratar os dois casos separadamente. Ao ajudar os prefeitos, Lula estaria tentando cooptá-los para a campanha de Dilma. Antes, ao reduzir impostos, estaria tentando agradar a classe média e puxar seus votos para Dilma. O governo, por seu lado, jura estar fazendo apenas sua obrigação ao enfrentar a crise econômica. Como já vimos, não é só isso.

A verdade está numa combinação dos dois fatores. Lula é um presidente militante. Faz política o tempo todo. Mas isso não significa que ele não governe. Ou que todas as suas decisões tenham apenas caráter eleitoreiro.

Dilma é a candidata do governo. É justo que sua avaliação esteja colada à da administração Lula. Se a população estiver satisfeita com o trabalho do presidente, sua candidata terá grandes chances de vitória. Se Lula errar na administração da crise e a economia desandar, Dilma pagará o preço.

A oposição faz a sua parte ao tentar limitar os movimentos do presidente. Fora do período de campanha eleitoral, a disputa entre quem está no governo e na oposição é desigual. O governo ocupa espaços no noticiário ao lançar projetos. Conta com verba para propaganda e canais institucionais de divulgação, como o programa semanal de Lula, transmitido por centenas de emissoras de rádio pelo Brasil. É assim no plano federal. Também nos governos estaduais, inclusive os administrados pelo PSDB. No fundo, é tudo parte do jogo. Inclusive essa polêmica.

SÉRGIO NAYA: "R.I.P." ( "sic")

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O paraíso fiscal de Naya em Minas


Informe JB
Jornal do Brasil - 26/02/2009

O empreiteiro e ex-deputado federal Sérgio Naya figurou como segundo titular de uma conta aberta na agência do Bradesco em Leopoldina (MG), a 30 km de sua terra natal, Laranjal, onde foi sepultado semana passada. Para driblar a Justiça – que bloqueou seus bens – usou como titular um ex-eleitor de Laranjal. Apesar de cercado pela toga, Naya não teve problemas para abrir a conta corrente, há aproximadamente seis meses. Disse no banco que nela entrariam entre R$ 3 milhões e R$ 6 milhões. Naya foi esperto. Na condição de segundo titular, ficava oculto e poderia retirar seu nome da conta a qualquer momento. Mas do Coaf ninguém escapa. Se movimentou este montante, a Fazenda interceptou e o investigou. E deve saber de onde vem o dinheiro.

No Rio, a construtora do ex-deputado, a Sersan, foi proibida de erguer qualquer prédio depois do desabamento do Palace 2. Foi barrado pela Lei Municipal 2.765/1999, de iniciativa do então vereador Otávio Leite (PSDB).

Esta lei gerou filhote em Brasília, onde anos depois a Câmara Distrital aprovou ideia semelhante, de autoria do deputado distrital Rodrigo Rollemberg (PSB).

Dono do mundo

Nos tempos de bonança, dono de hotéis e edifícios país afora, um hobby de Naya era voar nos seus helicópteros por cidades de Minas, seu reduto eleitoral, jogando doces e dinheiro para a população.

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Charge: Erasmo..
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GOVERNO LULA [In:] DEMISSÕES, CORTES EM SALÁRIOS? "ISSO É SÓ UMA MAROLINHA..."

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AUMENTAM ACORDOS PARA CORTAR SALÁRIO
ACORDOS DE REDUÇÃO DE JORNADA AFETAM 90 MIL


Autor(es): Cibelle Bouças, Sérgio Bueno, Vanessa Jurgenfeld,
Marli Lima, César Felício e Carolina Mandl
Valor Econômico - 26/02/2009
O mercado de trabalho apresentou em fevereiro um aumento significativo de trabalhadores demitidos em massa ou que tiveram a sua renda reduzida em troca da manutenção do emprego, embora no setor automotivo empresas tenham começado a rever acordos.
Anna Carolina Negri/Valor
Sergio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: reversão do cenário no setor automotivo ainda depende das vendas de caminhões e ônibus

Cálculo do Valor, que leva em consideração os anúncios feitos por empresas e sindicatos, revela que o número de trabalhadores que tiveram a sua renda reduzida em função de acordos de redução de jornada e salário, licença ou suspensão temporária dos contratos praticamente triplicou em fevereiro, totalizando 90.163 pessoas, contra 31.553 em janeiro. Em dezembro, o número de atingidos ficou em 2.020, se for considerado que os 32 mil envolvidos acordos de redução de jornada não tiveram o salário reduzido. Além dos setores que sofrem os efeitos do agravamento da crise internacional desde o fim de 2008, também fizeram acordos empresas dos setores agrícola, de alimentação, borracha e aviação.

O total de demissões em massa (considerando os cortes de pelo menos 100 pessoas por empresa) também aumentou, totalizando 9.454 até o momento, contra 6.791 em janeiro. Os cortes envolvem empresas de grande porte e que fazem parte de uma longa cadeia produtiva, como Embraer, AGCO, Dana e Nilza e todas informaram em comunicados que, em função da queda nas vendas, também fariam ajustes em suas encomendas.

A maioria dos sindicatos consultados considera positivos os resultados de fevereiro, pois os acordos, embora tenham provocado redução na renda, garantiram emprego para mais de 90 mil trabalhadores. Além disso, nos setores automotivo e de autopeças, dez empresas decidiram encurtar o prazo das férias coletivas ou das licenças, definidas em acordo, devido à melhora nas vendas de veículos até fevereiro. Os riscos de novas demissões no médio prazo, justamente em função desses cortes na renda e na produção, porém, ainda preocupam os sindicalistas.

"Estamos enfrentando uma crise de confiança e ainda é difícil dizer até onde irá o problema", avalia o diretor da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Jairo Carneiro. Ele calcula que há mais de 20 empresas do setor metal-mecânico negociando acordos como redução de jornada com e sem corte de salários, programas de demissão voluntária e suspensão de contratos de trabalho - agora principalmente com empresas de médio porte. Desde outubro, 3,5 mil dos 200 mil metalúrgicos gaúchos perderam o emprego.

Algumas empresas, porém, mudaram a estratégia em fevereiro. Foi o caso da John Deere, que em janeiro anunciou a demissão de 502 funcionários em Horizontina e, após negociar com o sindicato, decidiu oferecer um programa de demissão voluntária aos 1.650 empregados remanescentes da unidade para substituir pelo menos em parte dos demitidos. A Zamprogna, fabricante de tubos, perfis e chapas de aço adquirida pela Usiminas, também concordou em abrir um programa de demissões para afastar 241 funcionários. A Guerra, que produz reboques e semi-reboques rodoviários também decidiu antecipar 10 dias das férias coletivas de 1.800 funcionários.

Os acordos fechados no Rio Grande do Sul incluíram a redução de jornada em empresas como Randon (implementos rodoviários e autopeças), Marcopolo (ônibus), MWM International (motores) e GKN (autopeças). Na semana passada, a Gerdau também fechou acordo para suspensão do contrato de trabalho em três unidades.

No Paraná, no ABC Paulista e em Minas Gerais, as montadoras e empresas de autopeças também optaram por acordos que garantissem o emprego. Em função da melhora nas vendas de veículos, no mês, a Ford suspendeu férias coletivas de 350 em Taubaté; a Volkswagen renovou os contratos de 106 temporários em São Bernardo do Campo; a Renault cancelou a suspensão de contratos de 500 funcionários e a Fiat com as 14 empresas de autopeças de Betim fez um acordo garantindo estabilidade dos empregados até 10 de março.

Para os sindicatos, porém, as decisões das montadoras não são suficientes para projetar um fim breve para a crise no emprego. No Paraná, enquanto a Renault prepara-se para reconvocar os empregados, a Volvo voltou a dar férias coletivas a 1 mil trabalhadores para ajustar a produção de caminhões e motores e criou um banco de horas, para compensação até dezembro de 2010. No fim de 2008, a Volvo demitiu 430 empregados da fábrica de Curitiba (PR), cortou turnos de produção e deu férias coletivas.

Em São Paulo, os acordos de redução de jornada com redução de salários também se multiplicaram, totalizando 20 acordos que envolveram 10,7 mil trabalhadores, segundo levantamento do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Em janeiro, o sindicato concluiu acordos com quatro empresas, que atingiram 5,6 mil trabalhadores. Para o presidente do sindicato, Miguel Torres, a melhora nas vendas de veículos anima, mas não é suficiente para reverter o cenário atual. "A crise no setor automotivo começou em outubro e demorou para chegar onde chegou. A retomada não vai ser rápida", avalia. Conforme Torres, o número de empresas solicitando acordos para reduzir jornada e salários ainda supera 120 e cresce o número de empresas de autopeças de pequeno porte, com menos de 150 funcionários.

No ABC, a redução das férias coletivas pelas montadoras animou empresas como a de autopeças Fiamm e a Prensas Schuler a também rever suas decisões - a primeira cancelou a redução de jornada de trabalho e a última, substituiu a demissão de 180 por um programa de demissões voluntária. "Houve recuperação nas vendas das montadoras, que voltaram a encomendar autopeças. Mas é preciso que haja melhora nas vendas de caminhões e nas exportações para que se confirme a reversão definitiva do cenário", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Em Minas Gerais, a reversão também é lenda. "Há sinais de retomada da produção [da Fiat], o que reforça a posição nossa de não aceitarmos a flexibilização dos contratos", comentou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Marcelino da Rocha. Além do acordo de estabilidade fechado entre o sindicato, a Fiat e 14 empresas de autopeças, a Proteco (que também fornece à Fiat) substituiu uma proposta de licença remunerada por férias coletivas.

Em Santa Catarina, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, Genivaldo Ferreira, dos 18 mil trabalhadores que o sindicato representa, 12 mil fizeram acordos de férias coletivas ou redução de jornada. No setor plástico da cidade, dos 20 mil trabalhadores, 5 mil foram diretamente afetados ou por demissão ou por licença remunerada.

Na indústria de cerâmica de Campo Largo (PR), também houve melhora nas vendas em fevereiro e as negociações de redução de jornada foram canceladas, segundo o o presidente do sindicato dos trabalhadores do município, Paulo Andrade.

FUNDO DE PENSÃO DE FURNAS [In:] "BROTERS IN WAR"

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MINISTRO FALA EM BANDIDAGEM NO FUNDO DE PENSÃO DE FURNAS
"É UMA BANDIDAGEM COMPLETA"


Autor(es): Gerson Camarotti
O Globo - 26/02/2009

Lobão ataca diretoria de fundo de pensão de Furnas, mas depois Lula veta mudança


O presidente Lula mandou adiar a mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas que administra um patrimônio de R$6,3 bilhões. A reunião para destituir o atual presidente estava marcada para hoje. Horas antes de ouvir a ordem de Lula, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendera a mudança e atacara duramente a atual diretoria. "Eles alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é lazer uma grande safadeza", dissera Lobão ao GLOBO. O PMDB pressionava pela mudança, o que o ministro nega.

Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi adiada por tempo indefinido qualquer mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão dos funcionários de Furnas. A decisão foi tomada no fim da tarde de ontem, depois de reunião, no Planalto, entre Lula e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB). Horas antes, porém, o ministro defendera a mudança no fundo e fizera pesadas acusações à atual diretoria:

- Eles (a atual diretoria do fundo) fizeram uma alteração no estatuto para ampliar o mandato por um ano. Além disso, eles podiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Não há motivação política. O que há é incompatibilidade entre a direção do Real Grandeza com a direção de Furnas. Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é fazer uma grande safadeza. Que coisa é essa? Por isso, tem que ter a mudança - dissera Lobão ao GLOBO, antes da audiência com Lula.

Segundo assessores do Planalto, houve forte pressão nos últimos dias dos sindicatos ligados às estatais do setor energético para evitar a substituição do atual comando do fundo. As críticas a uma possível ingerência política do PMDB no fundo causou desconforto no gabinete presidencial.

Após a reunião, Lobão disse que a decisão de adiar a mudança no comando do fundo foi tomada para que haja tranquilidade para examinar os fundamentos tanto da diretoria de Furnas como dos funcionários. A queda-de-braço é em torno de um patrimônio de R$6,3 bilhões gerido pelo fundo, que tem 12.500 filiados, sendo 6.500 aposentados e pensionistas.

- Qualquer mudança no Real Grandeza está adiada por tempo indefinido. Só retomaremos o assunto quando houver segurança sobre uma posição. Os funcionários fazem alegações de um lado, e a direção de Furnas, de outro. Por isso, temos que encaminhar uma solução com tranquilidade - disse o ministro. Ele afirmou que um dos problemas alegados por Furnas é que o fundo não vem prestando informações solicitadas pela estatal.

A decisão política contra a mudança no fundo terá, no entanto, que passar por um processo regimental. O presidente de Furnas vai orientar seu conselheiro a retirar a proposta de troca. Mas essa proposta, de acordo com o regimento da fundação, terá que ser ainda aprovada pelo conselho. Ou seja: Lula vetou politicamente a mudança, mas a reunião terá que ocorrer, seguindo a lei.

Comando de Furnas queria a mudança

Antes da reunião com Lula, Lobão negou ter havido qualquer influência política do PMDB do Rio - comandado pelo deputado Eduardo Cunha - pela mudança no fundo. Ele ressaltou que o Real Grandeza é patrocinado por Furnas e Eletronuclear. E que a destituição da atual diretoria é uma decisão dos atuais conselheiros.

- Não tenho participação nessa decisão. Mas ouvi as alegações e concordei - dissera Lobão.

Segundo ele, o mandato da atual diretoria deveria ter sido encerrado em outubro do ano passado, mas disse que o atual comando do Real Grandeza alterou o estatuto em 2008, prorrogando seu mandato por um ano. Lobão afirmou ainda que a alteração abriu a possibilidade de reeleição por mais quatro anos, com cláusula proibindo a reeleição da próxima diretoria, que só poderia ficar quatro anos.

O tom do ministro das Minas e Energia foi repetido pelo presidente de Furnas, Carlos Nadalutti Filho. Em nota, antes da decisão de Lula, ele afirmou que a direção do fundo de pensão alterou o estatuto para prorrogar o próprio mandato em um ano e dois meses, numa tentativa de "perpetuação no poder". De acordo com o presidente de Furnas, as informações sobre as aplicações financeiras da fundação e sobre o balanço de 2009 não foram repassadas à direção de Furnas, apesar dos pedidos.

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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

26 de fevereiro de 2009

O Globo

Manchete: Ministro fala em bandidagem no fundo de pensão de Furnas

Sem clima para reunião, Lula adia mudança no Real Grandeza

O presidente Lula mandou adiar a mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas que administra um patrimônio de R$6,3 bilhões. A reunião para destituir o atual presidente estava marcada para hoje. Horas antes de ouvir a ordem de Lula, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendera a mudança e atacara duramente a atual diretoria. "Eles alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é lazer uma grande safadeza", dissera Lobão ao GLOBO. O PMDB pressionava pela mudança, o que o ministro nega. (págs. 1 e 3)


STF: repasses para o MST são ilegais

O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que os repasses para movimentos de sem-terra que invadem propriedades são tão ilegais quanto as ocupações. (págs. 1 e 4)

CPF é vendido na internet por até R$ 2,5 mil

Anúncios gratuitos na internet prometem CPFs "limpos" por até R$ 2.500 (parcelados em duas vezes). Uma versão mais barata de "faça você mesmo" sai por R$ 5. O serviço é ilegal. (págs. 1 e 28)

Itaú Unibanco lucra menos na crise

O lucro do Itaú Unibanco caiu para R$ 7,8 bi no ano passado, contra R$ 8,47 bi em 2007. Com a crise, o grupo, que teve gastos na fusão, elevou as reservas para a inadimplência. (págs. 1 e 21)

CIA informará Obama sobre economia

O presidente dos EUA receberá relatórios diários sobre economia redigidos por espiões da CIA, que analisam os efeitos da recessão no cenário internacional. (págs. 1, 29 e Míriam Leitão)

Bancos terão 6 meses para obter capital

O presidente do Fed, Ben Bernanke,disse que bancos americanos terão seis meses para buscar capital privado. Se não conseguirem, poderão se candidatar a recursos públicos. (págs. 1, 24 e 25)

Colômbia: juízes culpam governo por grampos

Num duro golpe para o governo Uribe, a Suprema Corte de Justiça da Colômbia anunciou que vai denunciar o serviço secreto à OEA e à ONU por escutas telefônicas de juízes. (págs. 1 e 30)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Faculdade privada perde aluno e quer auxílio do BNDES

Para instituições, crise e desemprego são responsáveis pela queda; especialistas veem problemas estruturais.

Levantamento feito pelo Semesp (sindicato das escolas particulares) indica que 41,5% das universidades privadas de São Paulo terão neste ano um número menor de novos alunos em relação a 2008. Para o setor, a queda é reflexo da crise e do aumento do desemprego. “Nosso alunado é formado em sua maioria por alunos-trabalhadores. Quando há desemprego, tendem a desistir”, diz Hermes Figueiredo, presidente do Semesp.

Especialistas apontam outros problemas: má qualidade de cursos e oferta de vagas superior à demanda. Para atenuar os efeitos da crise, as instituições vão pedir ao BNDES linha de crédito especial, com recursos públicos e juros inferiores aos cobrados pelo mercado. O MEC irá recomendar que empréstimos só sejam dados a escolas com boas notas nas avaliações. (págs. 1 e C3)

Embraer projeta cenário difícil por até 3 anos e mantém cortes

A Embraer confirmou, em reunião com o presidente Lula, a demissão de 4.200 funcionários e disse que não planeja recontratar nos próximos dois ou três anos. A companhia avaliou que a situação econômica continuará ruim no período, sem retomada de encomendas, e que não era viável adotar medidas menos drásticas como férias coletivas. (págs. 1 e B3)

Verba-pública para sem-terra é ilegal, afirma Gilmar Mendes

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou as invasões de terra e disse que o financiamento público a quem promove essas ações é ilegal. Para Mendes, a sociedade tolera invasões “por razões diversas como um certo paternalismo, mas isso não é compatível com a Constituição nem com o Estado de Direito”. O governo federal não quis comentar. (págs. 1 e A4)

Editoriais

Leia “Brechas eleitorais”, que defende transparência no financiamento de campanhas e “Uribe e o 3° mandato”.

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Bancos reservam R$ 7 bi para se proteger de calotes

Cinco maiores instituições do País elevam provisão contra créditos duvidosos

Os cinco maiores bancos brasileiros aumentaram em quase R$ 7 bilhões, no último trimestre de 2008, as provisões adicionais para se proteger contra eventuais calotes. Esse dinheiro é classificado como adicional porque supera o montante que as instituições financeiras, por determinação do Banco Central, devem separar para cobrir créditos considerados de retorno duvidoso. O banco que fez a maior provisão adicional foi o Itaú-Unibanco, que reservou R$ 3,02 bilhões. "Achamos que era prudente reforçar o balanço, especialmente por causa do cenário incerto”, disse o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal. "O ajuste da economia mundial levará algum tempo e reduzirá o crescimento, aumentará o desemprego e a inadimplência." Os bancos públicos já tinham feito esse movimento preventivo. O Banco do Brasil reservou R$1,7 bilhão e a Caixa Econômica Federal, R$ 1,3 bilhão. Outros bancos privados fizeram provisões menores. O Bradesco separou R$ 697 milhões e o Santander Real, R$ 166 milhões. (págs.1 e B1)

Lula recebe Embraer e não pede revisão das demissões

Depois de se dizer indignado com as 4,2 mil demissões na Embraer semana passada, o presidente Lula se limitou ontem a ouvir as explicações dos dirigentes da empresa, em reunião no Planalto. Segundo o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o presidente não pediu a recontratação de funcionários porque entende que a questão é de demanda por aviões.
(Págs. 1 e E4.)

Frase
Frederico Curado
Presidente da Embraer "Não é problema do governo. É do mercado internacional".(Pág.1)

Furnas ameaça fazer greve contra pressão do PMDB

Funcionários de Furnas ameaçam entrar em greve por causa da pressão do PMDB pela troca de comando da Fundação Real Grandeza, que gerencia recursos previdenciários da maior geradora de energia do país. A direção de Furnas admitiu que a mudança foi "orientação" do ministro peemedebista Edison lobão (Minas e Energia). (págs. 1 e A4)

Maioria participa de agressão na escola

Pesquisa no Paraná indica que o bullying envolve 66% dos alunos. (págs. 1 e A17)

Estradas de SP têm mais acidentes

No primeiro carnaval com a lei seca em vigor, o número de acidentes aumentou 10% nas rodovias estaduais de São Paulo em relação ao ano anterior. Já o total de mortes nas estradas caiu 9,3%. Os números federais saem hoje. (págs. 1 e C4)

Notas e Informações - Um prudente otimismo

A recessão poderá terminar ainda neste ano, se houver alguma estabilidade no sistema financeiro, previu Ben Bernanke, do Fed. A indicação de um prazo relativamente curto para a retomada é animador. (págs. 1 e A3)

Derretimento da Antártida se acentua

O ritmo do fenômeno é mais rápido do que se supunha, diz a ONU. (págs. 1 e A18)

Fed: 6 meses de prazo para levantar capital

Bancos americanos em dificuldade terão seis meses para levantar capital privado, antes de receberem ajuda oficial. O programa de socorro preparado pelo governo Obama prevê que até abril os bancos sejam submetidos a simulações chamadas de "testes de estresse". Seus números serão projetados em dois cenários: o de retração de 2% nos EUA neste ano e o de retração de 3,3%. (págs. 1, B6 e B7)

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Jornal do Brasil

Manchete: Salgueiro derruba Beija-Flor

Depois de 16 anos de jejum, o Salgueiro consagrou-se campeão do Carnaval carioca e trouxe a festa da vitória de volta à Zona Norte. Pondo fim à possibilidade de a Beija-Flor tornar-se tricampeã, a escola tijucana recebeu nada menos que 32 notas 10 e fechou a contagem com 1 ponto à frente da rival. Nas ruas, o dia ainda foi de limpeza pesada. Mas o trabalho não termina: ontem, Quarta-Feira de Cinzas, mais blocos voltaram a sair, para alegria dos foliões resistentes, que enfrentaram calor forte para celebrar um pouco mais o reinado de Momo. (págs. 1, Tema do dia A2 a A7 e Cidade A12 e A13)

Brasil tira vagas dos japoneses

Mitsubishi vai transferir produção

Tentando fugir da turbulência japonesa, a montadora Mitsubishi vai transferir parte da produção para o Brasil. A meta é chegar a 50 mil novos veículos, produzidos a partir de abril em Goiás, e exportá-los para a América Latina. No P1analto, o presidente Lula e três ministros se reuniram com a cúpula da Embraer. Mas desistiram de pedir à empresa que reveja a decisão de demitir 4 mil funcionários. Criado para salvar empregos, o pacote da construção civil é visto como ousado por analistas. (págs. 1 e Economia A15)

Presidente do STF ataca MST

Irritado com invasões no Pontal de Paranapanema (SP) e mortes em Pernambuco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou os laços do governo com o MST: 'Não pode haver dinheiro público para movimentos que agem contra o estado de direito”. (págs. 1 e País A10)

Obama quer US$ 634 bi para a saúde

O esboço de orçamento do presidente Barack Obama muda prioridades do antecessor, George Bush. Entre outras alterações, põe US$ 634 bilhões na saúde. Ontem, a imprensa americana elogiou o discurso de Obama e valorizou sua promessa de tempos melhores. (págs. 1 e Economia A17)

Irã faz teste em usina nuclear

O Irã iniciou ontem testes em sua primeira usina nuclear, em Bushehr, apesar das pressões internacionais. Os EUA acusam o Irã de ter um programa de armas nucleares oculto, mas o governo iraniano sustenta que só produzirá energia para fins pacíficos. (págs. 1 e Internacional A21)

Sociedade Aberta

Fabiano Santos

O regime de Hugo Chávez diante da democracia. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta

Antonio Carlos Lemgruber

Como o Brasil reagiu à Crise de 1929. (págs. 1 e A16)

Sociedade Aberta

Adionél Carlos da Cunha

Saídas e partidas de Eugenio Sales e Jaime Câmara. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense

Manchete: Folia com Lei Seca: recorde de multas

Operação álcool zero bateu recorde de flagrantes nos cinco dias do feriadão de carnaval: 133 motoristas foram pegos alcoolizados ao volante, quatro vezes mais do que a média. PM promete manter o cerco para “mudar essa cultura”. (págs. 1 e 28)

Lula apela, mas Embraer não readmite

Alegando que a demanda por aviões caiu 30%, diretores da Embraer disseram ao presidente Lula que não voltam atrás na demissão dos 4,2 mil funcionários. Ele reclamou que não foi avisado da medida, mas o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, admitiu que um líder sindical alertou o governo. (págs. 1 e 19)

Ciclistas na mira de bandidos

Já acuados pela violência no trânsito, que matou 50 deles no DF, de janeiro a novembro de 2008, os ciclistas são afastados das vias e trilhas pela ação de ladrões. Alvos preferidos do crime são as bicicletas importadas, desmontadas para revenda. Para pedalar, grupos pedem escolta à PM.(págs. 1 e 25)

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Valor Econômico

Manchete: Aumentam acordos para cortar jornada e salário

Os acordos para redução de jornada e de salários multiplicaram-se em fevereiro e envolveram trabalhadores de um número maior de segmentos. Cálculo do Valor, que leva em consideração os anúncios feitos por empresas e sindicatos, revela que o número de trabalhadores que tiveram sua renda reduzida em função desses acordos, licenças ou suspensão temporária dos contratos praticamente triplicou em fevereiro, totalizando 90.163 pessoas, contra 31.553 em janeiro. Além dos setores que sofrem os efeitos do agravamento da crise internacional desde o fim de 2008, como o automobilístico, também fizeram acordos empresas dos setores agrícola, de alimentação, borracha e aviação.

O total das demissões em massa (considerando cortes de pelo menos cem pessoas por empresa) também aumentou, totalizando 9.454 até o momento, contra 6.791 em janeiro. Os cortes envolvem empresas de grande porte e que fazem parte de uma longa cadeia produtiva, como Embraer, AGCO, Dana e Nilza. Todas informaram em comunicados que, em função da queda nas vendas, também fariam ajustes em suas encomendas de insumos e componentes.

A maioria dos sindicatos consultados considera positivos os resultados de fevereiro, mesmo que os acordos tenham provocado redução na renda, garantiram a manutenção do emprego para mais de 90 mil trabalhadores. Além disso, nos setores automotivo e de autopeças, dez empresas decidiram encurtar o prazo das férias coletivas ou das licenças devido à melhora nas vendas de veículos em janeiro e fevereiro.

Sindicalistas também acreditam que a negociação têm trazido bons resultados. A John Deere anunciou a demissão de 502 funcionários em janeiro e, após discussões com o sindicato, ofereceu um programa de demissão voluntária aos 1.650 empregados da unidade de Horizontina para substituir pelo menos em parte as demissões.

Mesmo com a crise e o aumento do desemprego, categorias que têm data base em janeiro e fevereiro fecharam acordos com aumento real de salários, mas o movimento sindical não acredita que esta será uma conquista fácil nas negociações de 2009. (págs. 1 e A5)

Lula intervém na disputa para troca de diretoria do fundo Real Grandeza (págs. 1 e A12)

Máquinas usadas

O governo deve publicar portaria na próxima semana facilitando a importação de máquinas e equipamentos usados para a indústria. O prazo para emissão da licença de importação será reduzido e desburocratizada a prova de ausência de similar nacional. (págs. 1 e A3)

Juro real tem recorde de baixa

O juro real para 12 meses-diferença entre a taxa nominal para os próximos 360 dias e a projeção do IPCA para o mesmo período - caiu ontem a 6%, recorde histórico de baixa. Esse é o piso do custo do dinheiro no cálculo dos empréstimos bancários. (págs. 1 e C2)

Leilão muda cenário para energia livre

Há um novo cenário no mercado de energia livre. A tendência de queda dos preços no último trimestre de 2008 deu lugar a um aperto da oferta e provável alta.Isso deve ocorrer porque grande parte da energia que estava sobrando nas comercializadoras, geradoras e até nas grandes indústrias foi contratada na sexta-feira pelas distribuidoras no 9º leilão de ajuste realizado pelo governo.

As distribuidoras mostraram que a procura por energia arrefeceu, mas continua existindo. Dos cerca de 3.000 megawatts médios demandados no leilão anterior, para entrega neste ano, agora a procura foi de 1.800 MW e foram atendidas em cerca de 1.400 MW. Isso indica que se não houvesse a crise, o pais não geraria energia suficiente para atender o consumo, diz o sócio da comercializadora Tradener, Walfrido Victorino Ávila. (págs. 1 e B1)

Bancos de investimento têm queda de receita de até 60%

O colapso das ofertas de ações, o encolhimento das emissões de dívidas e a redução das fusões e aquisições vão derrubar as receitas dos bancos de investimento no Brasil em 2009. Não há dados oficiais, mas estima-se que as receitas, que variaram entre USS 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2008, caiam de 40% a 60%.

A queda se sobrepõe à forte redução ocorrida já no ano passado e o novo patamar de receitas não permite que todos os bancos tenham uma operação rentável. Inevitavelmente, haverá um redesenho do setor, que ficou pequeno para acomodar todas as instituições. Além das demissões em curso, espera-se que alguns estrangeiros deixem o mercado local. Na sexta-feira, houve cem demissões no Itaú BBA. Por conta das dificuldades na matriz, o holandês ING também cortou 25 dos seus 105 funcionários - e o enxugamento continua, inclusive com o desligamento do seu presidente.

Em 2007, ano de ouro para o setor, só as receitas com emissões de ações ficou em R$ 2,4 bilhões. Em 2008, a cifra caiu para RS 700 milhões, ainda um patamar respeitável. As operações de renda variável vinham respondendo por 60% a 70% do faturamento dos bancos de investimentos, mas, em 2009 devem ser insignificantes. (págs. 1, Cl e C2)

Provisão para inadimplentes aumenta 48%

Os bancos brasileiros ficaram mais conservadores com a crise. Em 2008, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa cresceram 43% e somaram RS 37,6 bilhões. O saldo total das provisões fechou o ano em RS 56 bilhões, alta de 48%, segundo análise da Austin Rating com base nos balanços de 20 bancos que divulgaram resultados até agora, entre eles as maiores instituições financeiras do país.

Temendo aumento da inadimplência, os bancos fizeram reforços extras nas provisões, acima até dos padrões exigidos pelo Banco Central, destaca Erivelto Rodrigues, presidente da Austin.

O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, prevê que, neste ano, a inadimplência irá ultrapassar o pico histórico do início da década. O banco divulgou ontem lucro líquido consolidado pro forma de RS 10,004 bilhões em 2008, o maior já registrado por um banco brasileiro. (págs. 1 e C7)


Argentina taxa talheres de aço da Tramontina

Em meio às discussões sobre o crescente protecionismo comercial, a Argentina levantou uma nova barreira contra produtos do Brasil. A partir de hoje e durante quatro meses, talheres de aço inoxidável do Brasil e da China terão de pagar uma taxa adicional de 413% e 1.450%, respectivamente, para entrar em território argentino, confirmando uma medida preliminar anunciada em setembro.

A decisão, publicada ontem no Diário Oficial, é resultado de processo antidumping aberto em abril pela Secretaria do Comércio do Ministério da Economia a pedido da empresa Iteca. A Secretaria concluiu que é procedente o argumento da empresa de que as importações do Brasil e da China "causam dano" à indústria local. A medida atinge principalmente a brasileira Tramontina, que tem aproximadamente 20% do mercado.

O bloqueio aos talheres se soma a uma lista de barreiras levantadas pela Argentina aos produtos brasileiros nos últimos quatro meses, com processos antidumping contra têxteis e multiprocessadores e a inclusão de centenas de produtos em uma lista de importados que passam a ter inspeção mais rigorosa antes de entrar no país. (págs. 1 e A3)

Mitsubishi amplia linhas

A Mitsubishi vai transferir para o Brasil parte de sua produção de veículos para reduzir custos, elevados pela valorização do iene. Os modelos que serão fabricados na unidade da MMC em Catalão(GO) devem ser anunciados em 60 dias. (págs. 1 e B9)

Renegociação forçada

Em decisão inédita, a Justiça do Mato Grosso tomou obrigatória aos bancos a renegociação de dívidas de produtores rurais com programas de financiamento de investimentos, sem garantias adicionais, mediante o pagamento de 40% do débito. (págs. 1 e B12)

Apostas emergentes

Investimentos de “venture capital" (capital de risco) e "private equity" em empresas brasileiras irão continuar, apesar da crise global, afirma Chu Kong, sócio-fundador da Actis, que tem US$ 400 milhões destinados ao país. (pág.1)

Um sócio problemático para o Citi

O acordo para que o governo dos EUA aumente sua participação para 40% no Citigroup deve ser anunciado hoje. Mas a injeção de capital vai trazer uma série de novas complicações para os executivos do banco nova-iorquino.

Uma lei mexicana impede que qualquer instituição que tenha mais de 10% de participação de um governo estrangeiro opere um banco no país. Em consequência, alguns executivos do Citigroup temem que isso possa colocar a empresa sob pressão para vender parte ou toda sua participação no Banamex, o segundo maior banco do México em ativos, O Citigroup provavelmente vai lutar contra qualquer esforço externo para tirar o Banamex de suas mãos. (págs. 1 e C3)


'Expectativas racionais' são fonte da crise

Além de culpar Greenspan e a desregulamentação, os economistas deveriam olhar para si mesmos ao buscar as causas da crise. Uma razão, disse ao Valor o economista Roman Frydman, da Universidade de Nova York, foi a pretensão da corrente dominante que defendia a teoria das "expectativas racionais”, pela qual seria possível estimar com precisão preços de ativos e movimentos de mercados. "Isso se tornou um enorme negócio e fracassou", diz Roman, que defende o modelo que chama de "conhecimento imperfeito” no qual o conceito fundamental é o padrão histórico de preços. À medida que O preço de um ativo se distancia do padrão, cresce o risco e a necessidade de intervenção regulatória. (págs. 1 e Al2)

Terras agrícolas


O grupo argentino Calyx Agro, controlado pela Louis Dreyfus, e a Radar, controlada pela Cosan, negociam a compra de terras para expandir os negócios no Brasil. As duas empresas são exceções em um mercado praticamente parado por conta da crise global. (págs. 1 e Bl2)

Retomada dos multimercados

Os multimercados estão sendo destaque da indústria de fundos em fevereiro. Até o dia 19, a captação líquida somava R$ 2,4 bilhões, só inferior à da categoria poder público, que recebe aplicações de Estados e municípios. (págs. 1 e D2)

Crise global

O PIB do Reino Unido teve contração de 1,5% no último trimestre de 2008, após registrar queda revisada de 0,7% no período imediatamente anterior. Com dois trimestres consecutivos de retração, a economia britânica está oficialmente em recessão pela primeira vez desde 1991. (págs. 1 e Al4)

Retração do mercado de carros usados reduz a receita de locadoras como a Avis, diz Santos (págs. 1 e B4)


Ideias

Maria Inês Nassif : eleição não é só ataque a adversários, é a defesa de projetos políticos diferenciados. (págs. 1 e A11)

Ideias

Denise Neumann: demissões atingem o trabalhador qualificado. (págs. 1 e A2)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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