A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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terça-feira, maio 04, 2010
GOVERNO LULA [In:] O ESTADO SOU EU
O ''sequenciamento'' de Lula
O Estado de S. Paulo - 04/05/2010 |
Para atrair multidões às festas do 1.º de Maio, centrais sindicais promovem sorteios, contratam cantores populares e animadores carismáticos. É bem verdade que o fazem sobretudo com dinheiro alheio, desembolsado por estatais como Petrobrás, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e espertas empresas privadas. Ainda assim, em retrospecto, pode-se argumentar que o gasto foi em ampla medida desnecessário. Afinal, quem conta com um dos maiores artistas de palanque do mundo, o presidente Lula, no auge da forma, tem sucesso assegurado, com a vantagem de que ele não cobra cachê ? apenas pede votos. Desde que ascendeu ao Planalto, esta foi a primeira vez que Lula resolveu abrilhantar os shows do sindicalismo cujos resultados, por sinal, podem ser medidos pelo número de companheiros premiados com empregos na máquina federal. Mas este não é um ano igual aos outros. Em 2010, a prioridade confessa do presidente, "a coisa mais importante do meu governo", como não se pejou de dizer no congresso do PT, é fazer da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff a sua sucessora. Para tanto, ele irá a todos os palanques que estiverem disponíveis e aos muitos mais que continuarão a ser erguidos somente com essa finalidade. Trata-se, invariavelmente, de uma operação em dois tempos encadeados. Um é o da autolouvação, encarnada no mote do "nunca antes na história deste país". O exemplo da hora é o de sua fala no espetáculo da Força Sindical, o primeiro dos quatro a que compareceu no sábado. "Eu duvido que em alguma parte do mundo um presidente depois de sete anos teve coragem de ir a um ato encarar os trabalhadores", vangloriou-se. O segundo tempo é o da pregação da continuidade, agora rebatizada de "sequenciamento", como disse no evento da CUT, logo se voltando para a candidata, num tom que escancarou a relação hierárquica entre criador e criatura: "Dilma, você ouviu o que eu disse?" Ele se dá a requintes de atrevimento quando desmoraliza em sequência a legislação eleitoral, fazendo campanha antecipada com os meios ao alcance do seu cargo, pelo que já foi multado duas vezes ? outro ineditismo de Lula. "Quero que quem venha depois, e vocês sabem quem eu quero, saiba que vai ter de fazer mais e melhor", discursou na festa da Força, como se a omissão do nome não servisse de deixa para o coro entrar com o hit da temporada, "olê, olê, olá, Dilmaaa, Dilmaaa". Em outro momento, lembra que "a legislação não me permite falar de candidatos" ou que "só posso falar de candidato depois de julho". É uma fraude rudimentar. Lula age como o jogador que passa uma rasteira no adversário e de imediato ergue as mãos em sinal de inocência. Já no pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, que antecedeu as comemorações do Dia do Trabalho, ele saiu-se com isso: "Algo me diz que este modelo de governo está apenas começando. Algo me diz, fortemente, em meu coração, que este modelo vai prosperar. Sabe por quê? Porque este modelo pertence ao povo brasileiro, que saberá defendê-lo e aprofundá-lo, com trabalho honesto e decisões corretas." O problema de Lula é que a sua escolhida não tem se mostrado capaz de induzir parcelas crescentes do eleitorado a tomar as tais "decisões corretas". A dependência do padrinho-presidente só aumenta a propensão dele para o vale-tudo. A citação do nome é o de menos. O que a lei visa a coibir, em defesa do princípio da oportunidade de igualdades entre os candidatos, é a subordinação das instituições políticas aos interesses eleitorais dos seus titulares e partidos. Isso inclui o chamado capital simbólico dos ocupantes de funções executivas: não é por deter o recorde brasileiro de popularidade política que Lula desfrutaria de uma atenuante para os seus delitos; ao contrário, a exploração eleitoral do seu prestígio agrava a transgressão. A oposição pode ficar rouca de tanto protestar. Mas ou o Tribunal Superior Eleitoral aplica ao presidente sanções proporcionais ao seu desdém pelas regras do jogo ou contribui para o escárnio. |
ELEIÇÕES 2O1O [In:] FICHA LIMPA
Maiores chances para a aprovação da ficha limpa
Valor Econômico - 04/05/2010 |
. No plenário, será votado o requerimento de urgência para a proposta de iniciativa popular encampada pela Comissão Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades reunidas no Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apoiado por mais de 1,6 milhão de eleitores. Se o requerimento for aceito pela maioria dos deputados, o projeto estará pronto para ser votado, mesmo sem ter sido votado na Comissão de Constituição e Justiça. Aprovado pelo plenário, irá à votação do Senado - e só então, se tiver também a maioria dos votos dos senadores, estará fechada a porta da política para candidatos com pendências na Justiça.
O projeto Ficha Limpa foi entregue ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), em 29 de setembro de 2009. Propunha a exclusão das eleições daqueles condenados em primeira instância por crimes de racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de dinheiro público. Andou penosamente pelos corredores do Congresso, enfrentando ações protelatórias e má vontade da parcela de parlamentares que pode ser excluída do processo político caso seja aprovada. A última manobra ocorreu na quarta-feira, quando os deputados Régis de Oliveira (PSC-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Ernandes Amorim (PTB-RO), Maurício Quintela Lessa (PR-AL) e Vicente Arruda (PR-CE) pediram vistas ao relatório apresentado pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). O pedido adiou a votação na comissão. Régis de Oliveira afirmou que o pedido de vistas não era uma ação para retardar o exame do projeto pelo plenário, mas uma "medida de cautela" para exame da constitucionalidade do relatório de Cardozo. O relatório, no entanto, trilhou o caminho do bom senso. Não existiam razões para "medida de cautela". Cardozo, jurista respeitado e parlamentar reconhecido pela luta contra a corrupção na política, conseguiu chegar a bom termo nas questões que tinham forte resistência dos parlamentares e tornavam a proposta objeto de divergências quanto a sua constitucionalidade. A principal delas é a declaração de inelegibilidade das pessoas condenadas em primeira instância do texto original. O argumento contra essa determinação era o de que a lei proposta não respeitaria a presunção de inocência prevista no texto constitucional - pela Carta Magna, esse é um direito do cidadão até o trânsito em julgado da sentença, isto é, o julgamento definitivo. O MCCE sustenta, em parecer assinado pelos juristas Aristides Junqueira, Celso Antônio Bandeira de Mello, Emmanuel Girão, Fábio Konder Comparato, Fátima Aparecida de Souza Borghi, Fernando Neves da Silva e João Batista Herkenhoff, entre outros, que a inelegibilidade não é a pena a uma condenação em primeira instância, mas uma medida preventiva - uma medida administrativa, portanto. O candidato, ao resolver o seu problema com a Justiça, teria sua elegibilidade restabelecida. No grupo de trabalho que analisou inicialmente o texto da lei proposta pelo MCCE, o relator Índio da Costa (DEM-RJ) havia instituído a inelegibilidade após condenação colegiada - isto é, em segunda instância. Cardozo adicionou a isso a possibilidade de o político manter a sua candidatura mediante um efeito suspensivo à condenação em segunda instância, concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), para manter a sua candidatura, mas, nesse caso, o julgamento do réu em instância superior teria de ser imediato. O próprio representante do MCCE, Chico Whitaker, considerou a solução de Cardozo satisfatória - para Whitaker, os culpados de fato não teriam interesse em conseguir o efeito suspensivo, pois isso abreviaria o prazo do julgamento definitivo da questão. O relatório de Cardozo também introduziu, no texto original, a inelegibilidade para o condenado por doação ilegal de campanha, para os PMs que incorrerem nos crimes previstos na lei e para os juízes que tiverem sido punidos com aposentadoria compulsória. O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara, considerou que as alterações "mantêm o espírito do projeto". Se aprovada, a proposta poderá ser um instrumento importante de profilaxia da vida política brasileira. Até agora, a única lei de iniciativa popular vigente, também articulada pelo MCCE e aprovada há dez anos, trouxe ganhos fantásticos para a democracia. Segundo dados divulgados recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram convocadas pelo menos 100 eleições suplementares às de 2008 para substituir prefeitos cassados por abuso do poder político ou econômico no processo eleitoral. As entidades da sociedade civil que se mobilizam na cruzada de moralização da política estão cumprindo um papel no aperfeiçoamento das instituições políticas do país. É preciso, no entanto, muita pressão para convencer parlamentares a votar contra os seus próprios interesses. A mobilização deverá ser mantida nos próximos meses, até que o projeto seja definitivamente aprovado e sancionado pelo presidente da República. |
ELEIÇÕES 2O1O [In:] O VALE TUDO (II)
Por Reinaldo Azevedo

Serra e o cigarro - Portal G-1 faz o certo e “corrige a correção”
Correção: discurso de Serra em SC
O G1 errou ao informar na reportagem “Durante evento evangélico, Serra pede orações para enfrentar batalhas”, publicada no sábado (1º), que o pré-candidato do PSDB à Presidência fez uma comparação entre fumantes e ateus.
O erro estava no quinto parágrafo da reportagem, que já foi corrigida.
A notícia foi escrita com informações do site ClicRBS. Nesta segunda (3), o ClicRBS publicou a seguinte correção: “Diferentemente do que informou este site na reportagem ‘José Serra participa de encontro religioso em Santa Catarina’’ (01/05/2010 - 20h39min), o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), não se referiu a fumantes como pessoas ’sem Deus’. Na verdade, o discurso do político não relacionou diretamente o fumo com a religião. Em um primeiro momento, Serra citou passagens bíblicas à multidão reunida em Camboriú e disse que a frase ‘Que tenham vida, e a tenham em abundância’ está ligada à qualidade de vida e não apenas a ações para prolongar a vida das pessoas. Em seguida, citou programas desenvolvidos nas gestões dele frente ao governo de São Paulo e ao Ministério da Saúde, entre eles o de combate ao fumo. O texto foi corrigido”.
REVISTA VEJA.
ARRUDA/PF/PT [In:] A CAIXA PRETA DE PANDORA
ACUSAÇÕES DE DURVAL ATINGEM PT E DOIS ARRUDISTAS
DURVAL TURBINA O ROLO COMPRESSOR | ||||||||
Autor(es): # Ana Maria Campos e Lilian Tahan | ||||||||
Correio Braziliense - 04/05/2010 | ||||||||
As denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa não têm fim. Ele já prestou mais de 20 depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal, mas toda vez que diz algo sobre o suposto esquema de corrupção instalado na capital do país provoca suspeitas de novos envolvidos na suposta distribuição de propina em troca de apoio ao governo de José Roberto Arruda. Na última quinta-feira, o colaborador da Operação Caixa de Pandora apontou mais dois deputados que seriam beneficiários de vantagens: Dr. Charles (PTB) e Batista das Cooperativas (PRP). E ainda mirou o PT. Disse, sem apontar nomes, que o partido também “tem os seus pecados” na ex-administração de Arruda. Durante duas horas e meia, Durval prestou depoimento na última quinta-feira à vice-presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa, Érika Kokay (PT), nas dependências da Polícia Federal (PF). Convidado pela comissão para falar como testemunha do processo por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Eurides Brito (PMDB), Durval, ao responder a questionamentos da distrital petista, ampliou o foco. Disse que no suposto esquema de mensalão Dr. Charles tinha tratamento diferenciado em relação a outros deputados. Recebia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil por mês para apoiar o governo. Batista também tinha relação especial, segundo Durval. Além do mensalão, o distrital do PRP tinha outros interesses e era “recebedor, beneficiário de muita coisa”. Érika Kokay quis saber por que até o momento o envolvimento de Dr. Charles e Batista das Cooperativas não havia sido apontado no Inquérito nº 650, em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durval garantiu que novidades sobre essas acusações ainda virão à tona. O relatório final da Polícia Federal sobre as buscas e apreensões feitas durante a Operação Caixa de Pandora ainda não está concluído, tampouco a denúncia que a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, responsável pelo caso, deverá apresentar contra Arruda e vários deputados distritais. “Estão nas ações. Não se preocupe. Eu falei naquele dia (depoimento à CPI da Codeplan) que isso é um rolo compressor. Ele vem devagar, vem amassando tudo, vem destruindo tudo”, afirmou Durval. Insinuações Durante o depoimento, Durval lamentou ter apoiado Arruda, mas disse que Érika Kokay não poderia se vangloriar de não tê-lo apoiado e insinuou que integrantes do PT teriam mantido relações promíscuas com o governo Arruda. Durval disse ainda que Érika tem um “passado limpo”, mas outros petistas, não. O ex-presidente do PT-DF Chico Vigilante teria ficado sabendo na casa do jornalista Edson Sombra, amigo e companheiro de Durval nas denúncias da Operação Caixa de Pandora, sobre “os pecados” de petistas. E teria chorado. “Ele sabe. Ele confia em mim. Ele confia em mim. Ele confia no Sombra”, disse Durval. Vigilante confirmou que tem ido à casa de Sombra, na Asa Norte, inclusive para almoçar, o que aconteceu, por exemplo, na última sexta-feira, quando comeram galinha cabidela. Mas nega que tenha se abalado ou tomado conhecimento de qualquer denúncia relacionada a seu partido. “Se tem uma coisa que não me comove é corrupção. Corrupto não é meu amigo e nem é protegido por mim. Se houver algum petista envolvido, serei o primeiro a pedir a sua expulsão”, sustentou Vigilante. “Vou pedir à direção do PT que exija de Durval os nomes de petistas envolvidos. Não se pode jogar uma suspeição assim sobre o partido. Quero saber quem são os pecadores”, acrescentou. Sombra não quis comentar o teor da conversa com Vigilante. Respostas Dr. Charles negou que tenha recebido qualquer quantia de Durval. Ele considerou as acusações do ex-secretário de Relações Insticuionais “hilárias”. Disse que na gestão Arruda mantinha uma conduta que desagradava o governo. “Votei contra várias matérias, assinei a favor da criação das CPIs e do BRB. Então, não faz o menor sentido falar que recebia dinheiro para colaborar com o governo”, alegou. Dr. Charles disse que vai processar Durval por calúnia e difamação “mesmo se ele tivesse falado que eu fiquei com oito centavos”. Batista das Cooperativas afirmou ter em mãos um atestado expedido pelo ex-ministro Fernando Gonçalves, ex-relator do Inquérito nº 650 do STJ, de que ele não está sob investigação. Em nota, Batista afirmou que a Coordenadora da Corte Especial do STJ, Vânia Maria Soares Rocha, emitiu certificado onde, em pesquisa realizada no processo, foi encontrada apenas uma vez a palavra Batista e esta não se refere ao distrital. “Sinto-me isento de qualquer acusação que venha a sofrer por parte do senhor Durval Barbosa. Vejo com estranheza o crédito que a imprensa tem dado a este senhor”, afirmou Batista. O tamanho da propina
Entre janeiro de 2003 e novembro de 2009, quando foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa admitiu ter recebido R$ 160 milhões em propinas para o esquema supostamente comandado pelo ex-governador José Roberto Arruda. Desse montante, R$ 60 milhões teriam sido desviados da Codeplan, de contratos com empresas de informática, durante o último mandato do ex-governador Joaquim Roriz, hoje no PSC. Já no governo Arruda, o valor teria chegado a R$ 100 milhões. Com o depoimento prestado à deputada Érika Kokay, relatora do processo de possível quebra de decoro de Eurides, Durval confessou ter recebido o dinheiro pessoalmente. “Passou pela sua mão?”, questionou a petista. “Pela minha mão”, confirmou Durval. O ex-secretário de Relações Institucionais do GDF disse que pagava alguns integrantes do suposto esquema, como a deputada Eurides Brito, Fábio Simão (ex-chefe de gabinete de Arruda) e o distrital Benício Tavares, todos do PMDB, a pedido do ex-governador. Ele negou que o pagamento feito em 2006, em que Eurides aparece em vídeo colocando o dinheiro na bolsa, tenha sido feito por recomendação de Roriz, como sustenta a peemedebista. Durval contou que prestava contas a Arruda e disse que ele tinha o controle de tudo. “O negócio era estruturado, devidamente organizado, descentralizado, mas integrado”, descreveu. “Era uma organização criminosa, que funcionava com chefia, com time, funcionava com tudo”, acrescentou. De acordo com Durval, no governo Arruda, Fábio Simão deixou de ser beneficiário de mesada, como supostamente ocorria no governo Roriz, e se tornou operador. A própria Eurides teria passado a receber por outra fonte, o ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel. Durval voltou a denunciar pagamento de propina para aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) e citou Eurides, relatora setorial do projeto, como uma das prováveis beneficiadas. Disse que empresários pagaram duas vezes. Uma vez para os distritais e outra para o governo. E explicou: “Ali tinha criação de algumas áreas, tinha a junção de alguns terrenos e mudanças de gabarito, tudo ao mesmo tempo, tinha uma loucura”. (AMC) Mais denúncias Leia trechos do depoimento que o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa concedeu à deputada Érika Kokay, relatora do processo que analisa possível quebra de decoro de Eurides: (...) Durval – Apoiei o Arruda. Érika – O valor mensal... Durval – Infelizmente. Érika – Pois é. Eu não apoiei, não. Felizmente. Esse valor mensal de trinta mil reais que a deputada Eurides Brito... Durval – Mas não se vanglorie muito, que têm pecados fortes dentro de seu partido, tá. Érika – Meu partido? Durval – Não se vanglorie muito. Cuide de você, porque você eu conheço. Você eu sei que... Você tem sua vida limpa. Eu inclusive andei mandando uns recados pra você, mas têm muitos pecados dentro do seu partido. Inclusive nesse governo. Érika – Nesse governo Arruda? Durval – Positivo. Érika – Mas quem é o pecador? Durval – Em outra oportunidade, se eu tiver oportunidade. Não nessa. Érika – Mas me fale um negócio. Olha que eu enfartei. Oh, esse... Durval – Pergunte ao Chico. O Chico saiu lá do Sombra... chorando. Érika – O Chico Vigilante? Durval – Hum-hum. Érika – Ela sabe dessa história. Durval – Ele sabe. Ele confia em mim. Ele confia em mim. Ele confia no Sombra. Érika – Ave Maria! Esse valor mensal de trinta mil reais que a deputada Eurides recebia é... período que já foi falado. Eu vou ler outro trecho aqui do inquérito... (…) Érika – Quais eram os deputados que recebiam? Benedito… Durval – Aí eu não sei. Érika – Aqueles que estão no inquérito. Durval – É. Eu acho que… Érika – Aqueles… São oito, dez. Durval – São oito, mas eu acredito que mais, mais deputados recebiam, porque para dar uma quantia de seiscentos mil... se bem que o Dr. Charles recebia oitenta, cem mil. O Rôney também recebia uns oitenta. Não sei por que a diferença. Mas eles recebiam diferenciado. Érika – Eles recebiam de quem? Durval – E o Batista também recebia. Érika – E por que não aparecem essas… Durval – Aparece. Aparece. Apareceu… Érika – Apareceu onde? Durval – Tá nos inquéritos… é porque ainda tá sigiloso. Érika – Mas já apareceu? Durval – Já apareceu. Érika – O Batista… e quem é o outro? O Charles… Durval – O Batista, o Charles, o Rôney recebiam diferenciados. Érika – Eles recebiam e o Rôney… Por que eles recebiam? O senhor não sabe? Durval – Não sei. Érika – Eles recebiam de quem esses três? Durval – Eu vi aparecer no Domingos, no Maciel, e Fábio Simão, Omézio Pontes. (…) Durval – Pdot. Agora você vai dizer que, com aquela qualificação do Batista das Cooperativas, você acha que ele não estava dentro? Um camarada venal igual àquele? Érika – Ele recebia dinheiro também, mensalmente? Durval – Vai mais fundo. Érika – Ahn? Durval – Vai mais fundo. Érika – No… Ele tem aparecido na questão das cooperativas, tal. Durval – E como recebedor, beneficiário de muita coisa, tá? Érika – Ave Maria! Durval – Acho que ninguém fica sem…
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] O VALE TUDO

SERRA, OS ATEUS E O CIGARRO - INVENÇÃO DE REPÓRTER DA RBS PÕE NA BOCA DE SERRA PALAVRAS QUE ELE NÃO DISSE. É UM TROÇO ESCANDALOSO!
Tenho chamado a atenção aqui, dia após dia, para a militância sub-reptícia nos grandes meios de comunicação. O petismo e o petralhismo na Internet são o que são. O leitor sabe o que vai encontrar. O problema é quando a militância que não ousa dizer seu nome consegue emplacar uma mentira. Ela pode acabar, como foi o caso, na primeira página de um jornal importante como O Globo.
Segundo a RBS — e a falsidade foi parar no Globo — Serra teria dito em seu discurso a evangélicos:
“A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois adoece e, mesmo assim, continua fumando. Assim, é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não O procura.”
Fumantes e ateus ficaram indignados. E teriam razão nos dois casos. O que uma coisa tem a ver com Outra. OCORRE QUE ESSA FALA NUNCA EXISTIU. TRATA-SE DE UMA MENTIRA. Serra referiu-se, sim, ao cigarro em seu discurso no encontro com os evangélicos. Disse o seguinte:
Nós combatemos o tabagismo, o cigarro. Por quê? Porque faz mal a saúde. Mas eu dizia: ‘Não é apenas para prolongar a vida das pessoas, é para que tenham uma melhor qualidade de vida, porque aquele que fuma, quando fica doente por causa disso, fica às vezes anos com problemas de saúde, inclusive problemas de paralisia, não pode andar, sofre com doenças do pulmão’. Ou seja, vivem, mas vivem mal.
Infelizmente, fumo — so tabaco!!! Já critiquei aqui o excesso de restrições impostas aos fumantes em São Paulo. Diversos estados seguiram a mesma trilha. Fumante embora, indago: o que há de errado com FALA REAL de Serra? Nada! Ouvi o áudio — estou tentando um modo de torná-lo disponível aqui. O discurso do pré-candidato tucano segue abaixo.
A BRUTAL DISTORÇÃO SERÁ CORRIGIDA? ESPERO QUE SIM. A PESSOA QUE ESPALHOU A MENTIRA VAI RECEBER O TRATAMENTO QUE SE DEVE DISPENSAR AOS MENTIROSOS?
Íntegra do discurso de Serra aos evangélicos.
Volto em seguida.
Conforme Jesus ensinou, quando você entra numa casa, numa cidade, deve saudar a todos e a todas com a paz do senhor.
Eu queria agradecer muito ao convite que me foi feito pelo nosso presidente, pastor Cesino Bernardino, para vir aqui no dia de hoje. Queria também cumprimentar todas as autoridades, homens e mulheres que são da vida pública aqui presentes, através do governador do Estado de Santa Catarina, nosso Leonel Pavan. Eu vou começar fazendo uma citação, de Lucas, que tem muito a ver com essa organização de missionários. No Cap. 10 Vers. I, Lucas no diz: “Depois disso, o senhor designou outros 70, e os enviou ,de dois em dois ,para que o precedessem em cada cidade e lugar onde ele estava falando, e lhes fez a seguinte advertência: ‘A Seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua Seara’”.
É interessante lembrar dessas palavras de Jesus, porque, no Brasil, o impulso fundamental para esta ação de missionários foi dada em dois. Duas pessoas que chegaram da Suécia a Belém do Pará, em 1910. Eram os missionários, o ideal dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Chegaram em Belém em 19 de novembro de 1910. E Santa Catarina fez história no evangelismo nacional, porque em 1923, um deles, missionário Gunnar Vingren, teve informações, lá em Belém, de que em Santa Catarina havia o movimento pentecostal em andamento. Foram dois que vieram ao Brasil, como os pregadores de Cristo. Ele veio aqui para o Sul e, aqui chegando, encontrou o trabalho iniciado pelo Pastor André Bernardino da Silva, pioneiro da Assembléia de Deus em Santa Catarina. E o que vejo hoje desse congresso, liderado pelo Pastor Cesino, é a preocupação em fazer missionários para a evangelização no Brasil e no mundo. Eu sei que o trabalho extraordinário não só no campo espiritual, mas o relevante serviço prestado na área social que os Gideões têm realizado.
Quando no governo de São Paulo, eu, através da sanção ao Projeto de Lei votado na Assembléia Legislativa e aprovado, instituí, em São Paulo, o dia dos Gideões Missionários de Última Hora do Estado de São Paulo. Mais ainda, Pastor Cesino: nós instituímos também o dia da Expocristã, da literatura do evangelho, que é vasta no nosso país, no Estado de São Paulo, em 2 de setembro. Faz parte do calendário oficial do Estado de São Paulo, e eu decidi isso depois de visitar essa feira em 2007, me dando conta da enorme importância que tem para a leitura do nosso povo a ação dos evangélicos. Através da leitura da Bíblia é que todos os fiéis são introduzidos no momento em que se aproximam de uma igreja evangélica.
Num tempo em que os governos, as ações, lutam contra a pobreza, a violência, o terrorismo, os problemas sociais em geral, vocês estão aqui trabalhando para um mundo melhor, para que haja paz entre os povos. Que Deus abençoe todos e todas que hoje estão nesse grande congresso. Trabalhando juntos, nós vamos fazer do Brasil uma das principais nações do mundo. Vamos fazer do Brasil um país de todos e de todas.
Me lembro de uma outra citação de Cristo, agora de João… Dizer: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir. Eu vim de Jesus para que tenham vida e tenham essa vida em abundância”. O que significa isso? Que não se trata, através das nossas ações ,apenas de prolongar a vida. Trata-se de ter qualidade de vida. Isso é fundamental. É preciso viver , e é preciso viver bem e cada vez melhor. Essa é uma mensagem de Jesus Cristo. E olha, o trabalho que os missionários fazem está voltado a essa direção: para as crianças, para os idosos, para todas as pessoas, que vivam através de [ininteligível] assistência médica, mas que vivam melhor. Este para mim sempre foi um princípio de vida, na vida privada e na vida pública. Me lembro quando fui ministro da Saúde, ou agora como governador de São Paulo. Nós combatemos o tabagismo, o cigarro. Por quê? Porque faz mal a saúde. Mas eu dizia: “Não é apenas para prolongar a vida das pessoas, é para que tenham uma melhor qualidade de vida”. Porque aquele que fuma, quando fica doente por causa disso, fica, às vezes, anos com problemas de saúde, inclusive problemas de paralisia, não pode andar, sofre com doenças do pulmão. Ou seja, vivem, mas vivem mal. Da mesma maneira, nós fizemos muitas outras coisas nos setores desamparados.
É o caso do deficiente, algum tipo de pessoas com algum tipo de deficiência física. São mais de 20 milhões no nosso país. Pois nós criamos uma rede de reabilitação. Para quê? Para que o deficiente físico possa ser mais cidadão ou mais cidadã. Ele está vivendo, mas ,muitas vezes, encostado. Por quê? Porque não consegue se inserir na sociedade. Então nós fizemos um trabalho que nunca foi feito, de auxílio de reabilitação do deficiente, que ele tenha acesso aos equipamentos públicos e aprenda a viver com a deficiência que tem. Que não é capaz de esconder todas as capacidades que ele também ele carrega consigo.
A isso foi, tirando seguro desemprego do papel para ajudar os desempregados. Fizemos os medicamentos genéricos, para ter medicamentos mais barato e seguro para a população. Enfim, até eu digo porque estou gripado, e também posso me vacinar gratuitamente, até em produção da vacina da gripe no Brasil gratuitamente para aqueles que têm mais de 60 anos. Aqui, provavelmente, só eu, né, pastor, é que posso tomar. Nenhuma mulher, com muita exceção, pode tomar gratuitamente, provavelmente só eu que tomo. Mas estas são ações que para mim mostram a essência do que deve ser o trabalho na vida pública, que é servir ao próximo, é buscar a nossa felicidade, proporcionando felicidade às outras pessoas.
E essa é a essência do trabalho dos Gideões. Daí, o nosso encontro, daí a nossa identidade, daí o fato de quem eu aqui venho para procurar inspiração e ganhar energia para essa batalha. Convencido de que nós vamos fazer mais, que podemos fazer mais e melhor, para essas pessoas que precisam. Olha, eu me lembro que Deus, no dia em que Salomão chegou a ser rei, [Salomão] narrou um sonho, conversou com Deus no sonho.
E Deus lhe disse: “O que você quer? Tudo o que você quiser, eu te darei”. Ele disse: “Eu só quero uma coisa: sabedoria”. Sabedoria. E Deus disse: “Você não quer riqueza, você não quer prestígio, você não quer matar os seus inimigos, você quer sabedoria, e isso você terá”.
E o que eu queria pedir a todos e a todas aqui é que orem, rezem a Deus por mim, no sentido de que ele me dê mais sabedoria para enfrentar a batalha e as lutas que nós temos por diante, voltadas para o progresso do nosso país como um todo. Voltadas aos mais necessitados, voltadas à solidariedade. Por isso, eu me permito pedir que orem por mim para que Deus me dê mais sabedoria. Muito obrigado!
Encerrohttp://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''LÍNGUA SECA''
Nordeste no exterior
Autor(es): Agencia O Globo/ Maria Lima |
O Globo - 04/05/2010 |
Ao falar de filme que trata de retirantes, Dilma comete gafe
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''MINHA GAROTA; MINHA MÃE-MÃE!!!" *
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OS CINCO ELEMENTOS
Virou moda, principalmente entre os simpatizantes do PT, comparar a eleição deste ano com a de 1994, quando o maior cabo eleitoral da disputa foi o então recém-lançado Plano Real. Com enorme popularidade e 100% associado à imagem de Fernando Henrique Cardoso, o plano econômico que derrubou a inflação também aniquilou as pretensões petistas. Lula teve dificuldade para formar um discurso viável de oposição e acabou perdendo no primeiro turno. Agora, de acordo com a tese (ou esperança) de alguns, os papéis estariam invertidos: o cabo eleitoral que esbanja popularidade é o próprio Lula, engajado na campanha de Dilma Rousseff. Quem teria dificuldade para formar um discurso viável, portanto, seria o PSDB e seu candidato, José Serra. O final, de acordo com esse raciocínio, tende a ser favorável a Dilma. Faz sentido?
É natural que analistas, estudiosos e mesmo nós, jornalistas, tentemos buscar semelhanças entre eleições. O exercício é quase irresistível, pois o que sempre está implícito nesse tipo de comparação é a sedutora promessa de antecipação do resultado da eleição. Fácil: se as circunstâncias de 2010 são semelhantes às situações de alguma eleição passada, o desfecho de 2010 só poderá ser parecido com o do passado.
O problema é que teses simples e apetitosas como essa costumam desmoronar com a mesma facilidade com que aparecem. Ainda que pescar semelhanças entre eleições possa parecer um exercício bem mais divertido, listar diferenças relevantes entre elas dá resultados bem mais promissores. Faltam seis meses para o dia da votação e, sem muita dificuldade, já é possível listar pelo menos cinco grandes elementos inéditos da atual disputa, o que a torna incomparável com qualquer outra. Alguns desses elementos são óbvios, já eram esperados há tempos. Outros, nem tanto. Listei esses cinco elementos para o consultor político Gaudêncio Torquato e pedi alguns comentários. Veja o que ele disse:
Primeiro Elemento: É a primeira eleição em 20 anos sem a presença de Lula entre os candidatos
“Se o Lula fosse candidato, já estaria eleito. Depois de disputar cinco eleições seguidas, Lula virou ponto de referência. Quando ele estava na disputa, o alinhamento já era automático, contra ou a favor, e o eleitor já nem olhava mais os currículos. Agora, sem Lula, isso muda. Suspeito que o eleitor ficará mais atento, vai comparar os perfis, vai se debruçar de forma mais apurada sobre as credenciais de cada um.”
Segundo Elemento: É a primeira vez que uma mulher disputa a Presidência de forma competitiva
“Este é um fato extraordinário: a condição feminina será examinada. O que Dilma disser terá sempre maior repercussão, pois como ela é mulher há mais vigilância. É por isso que, neste instante, ela está sendo muito observada. Querem ver se ela passa no teste, o que não ocorre com seu adversário. Eu diria que, a princípio, Serra leva vantagem nisso. Mas, por outro lado, se ela não escorregar muito, poderá despertar uma vontade nova no país, a vontade de experimentar uma mulher no poder.”
Terceiro Elemento: É a primeira vez que um presidente extremamente bem avaliado tenta fazer o sucessor
“Lula é o maior cabo eleitoral do país e isso ajuda muito a Dilma. Com mais de 70% de aprovação, Lula é o dono da flauta. E quem é dono da flauta dá o tom da orquestra, o tom da eleição. Lula não vai apitar para toda orquestra, claro, mas para boa parte da orquestra.”
Quarto Elemento: É a primeria vez que a classe média vai para a eleição na condição de grupo majoritário do país
“Eu formularia assim: pela primeira vez, um contigente de 30 milhões de eleitores terá o direito de votar a paritr de um patamar superior ao que estava na última eleição. É a turma que subiu da classe D para a classe C. O cara foi promovido, virou classe média. Não quer dizer que todos irão votar automaticamente na Dilma, mas esse fenômeno vai fazer diferença, principalmente no Nordeste, onde há a cultura do voto de gratidão: o sujeito vota naquele que melhorou sua vida.”
Quinto Elemento: É a primeira vez que o PMDB entra na disputa unido em torno de um peemidebista, o pré-candidato a vice de Dilma, Michel Temer
“Isso também é inédito. O PMDB hoje tem menos de 10% de racha. Nem Ulisses Guimarães conseguiu isso. É um partido capilarizado e eu acho que isso vai somar de verdade. Uma amostra dessa força foi quando Lula botou aquele balão de ensaio de lista tríplice. Nem isso quebrou a unidade do PMDB.”
(Nota: No fim de 2009, quando o noticiário associou o nome de Michel Temer à Operação Castelo de Areia, investigação da PF sobre a construtora Camargo Corrêa, Lula disse que o PMDB deveria apresentar uma lista tríplice de pré-candidatos a vice para que Dilma pudesse escolher, mas a ideia não prosperou).
Petistas buscam inspiração em Marta Suplicy para tornar Dilma popular

Brasília - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, fala durante ato promovido pelo PCdoB, em 8 de abril
Os responsáveis pela campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência usam o exemplo de Marta Suplicy para mostrar que dá para transformar a ex-ministra em uma candidata popular. “Nas primeiras campanhas da Marta ela saía para a rua com a Luiza Erundina (ex-prefeita de São Paulo pelo PT, hoje deputada federal pelo PSB) e se dava mal. Era uma socialite, não uma política. Mas isso mudou. Hoje a Marta abraça o povo, beija criança, ficou popular. Com a Dilma vai ser assim também”, diz um dos dirigentes da campanha de Dilma. “Ela é disciplinada e até julho estará bem melhor.” Dilma vem cometendo várias gafes, usa um vocabulário considerado sofisticado e técnico demais e se mostra pouco confortável ao microfone. Até o presidente Lula mostrou preocupação e a aconselhou a treinar entrevistas. Ela foi orientada a fazer discursos mais curtos e usar palavras compreensíveis a todos.
Dilma é conhecida pela dedicação e é de se supor que o treino melhore seu discurso. Mas na comparação com a ex-prefeita de São Paulo há uma diferença essencial. Antes de entrar para a política, Marta Suplicy já tinha uma carreira como comunicadora. Foi um dos destaques do programa TV Mulher, da Rede Globo, onde falava sobre sexo, um tabu na época. Dilma não tem esse traquejo, é uma técnica com pouca intimidade com câmeras e plateias. Mesmo assim, os petistas não demonstram preocupação. “Ela tem conteúdo, sabe todos os números do governo. Nós precisamos apenas melhorar a forma como ela comunica isso”, diz o dirigente da campanha. “O problema é quando acontece o contrário. Na eleição de 2002 para o governo de São Paulo, nosso candidato (José Genoino) era melhor de discurso. Mas ele dançou porque não conhecia o Estado como o Alckmin. O Alckmin é sem graça, mas dominava o assunto, sabia tudo sobre o Estado”.
Na estratégia petista, Dilma deve evitar polemizar com o candidato tucano. “Ela tem que parar com esse negócio de bater boca com o Serra, parar de chamá-lo de biruta de aeroporto. Quem deve mostrar que Serra é o anti-Lula é o PT, não ela. A candidata tem que falar sobre seu programa de governo”, diz o dirigente petista. A inexperiência como candidata faz com que ela se deixe pautar pela agenda do tucano. “Ele disse que vai criar um Ministério da Segurança? Ela não tem que comentar. Tem que dizer: ‘isso é proposta do meu adversário, não vou comentar. Minhas propostas são essas’”, diz o petista.
Enquadrar Dilma não é o maior problema da campanha. O difícil é segurar o presidente Lula, que estaria falando mais do que deve. “O que ele fala tem muita força, é nossa bomba atômica. Não podemos ficar usando o Lula à toa”, diz. A coordenação da campanha ainda se concentra em fazer Dilma ficar conhecida. “Muitos eleitores não sabem que ela é candidata. Dos que sabem, boa parte não a associa ao Lula.” Nessa conta, dizem os petistas, até mesmo o noticiário mais incômodo ajuda, pois cola nela o carimbo de “mulher do presidente”.
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REVISTA ÉPOCA.
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(*) Baseado em Cascata e Cascatinha (personagens televisivos).
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
04 de maio de 2010
O Globo
Manchete: Novas medidas fecham cerco aos traficantes na Zona Norte
A Polícia Civil deflagra hoje a Operação Abutre nas ruas da Zona Norte do Rio para prender traficantes que fugiram de favelas com UPP e estão assaltando motoristas e transeuntes na região. Além da sede do Bope, que vai funcionar numa unidade do Exército em Ramos, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e a Academia de Polícia poderão ser transferidas para um outro quartel desativado, em Guadalupe. A Secretaria de Segurança também está elaborando um decreto criando o Comando de Polícia Pacificadora, o que vai garantir a permanência das UPPs. (págs. 1 e 13 a 15)
Foto legenda: O quartel do Exército, perto do Piscinão de Ramos, entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, para onde o Bope será transferido
Esportes: Alerta vermelho para a Copa no Brasil
Três anos após ser escolhido como sede da Copa de 2014, o Brasil mal iniciou as obras de reforma ou construção de estádios nas 12 sedes. Irritado, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Johannesburgo, foi duro com o não cumprimento do cronograma, pois ontem era a data limite para início das obras: "O número de estádios em que a luz vermelha já está acesa é incrível. O Brasil não é pontual, o Brasil não está no rumo certo. Cada dia é importante porque há eleições no país e, nesse período, muito pouca coisa acontece; depois, temos o carnaval, e nada vai acontecer." A CBF admite até mudar algumas cidades se o atraso continuar até setembro.
E para a África do Sul, falta TV
A menos de 40 dias da Copa, empresas enfrentam problemas na fabricação de TVs devido à demora da Infraero em liberar peças importadas no Aeroporto de Manaus. O prejuízo passa de R$ 500 milhões. (págs. 1 e Economia, 21)
D. Marisa usa avião oficial para campanha
Do Nordeste para o Brasil
PT questiona verba pública pró-Serra
Serra não relacionou fumantes a ateus
Diferentemente do que foi divulgado pela agência RBS e publicado em vários jornais, inclusive O GLOBO, o tucano José Serra não se referiu a fumantes como pessoas sem Deus. (págs. 1 e 4)
'Porta-voz', Amorim explica discurso de Ahmadinejad
Socorro à Grécia é insuficiente, dizem analistas (págs. 1 e 19)
United e Continental criam maior empresa aérea do mundo (págs. 1 e 21)
Califórnia desiste de explorar petróleo no mar (págs. 1 e 28)
NY vê ligação externa com carro-bomba (págs. 1 e 26)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo quer estimular portador de HIV a ter filho
O Ministério da Saúde elabora documento em que estimula portadores de HIV que queiram ter filhos a fazer sexo desprotegido em condições específicas.
Segundo o texto, se o casal planejar a gravidez na melhor fase clínica do tratamento, o risco de transmitir o vírus é muito menor.
Isso inclui estar com a quantidade de vírus baixa e o total de células de defesa elevado, não ter doenças crônicas associadas nem infecções no trato genital. A relação deve ocorrer no dia do período fértil da mulher.
Após o sexo sem proteção, devem ser tomados cuidados para prevenir a doença.
Segundo as informações mais recentes do Ministério da Saúde, em 2008, aproximadamente 3.000 mulheres soropositivas engravidaram.
Documento da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2006 recomenda autoinseminação e outras técnicas de reprodução assistida para esses casos.
Para Andrea da Silveira Rossi, consultora do ministério, é necessário orientar as pessoas sem acesso a essas técnicas sobre formas seguras de engravidar, informam Fernanda Bassette e Gabriela Cupani.
Os tratamentos reprodutivos em clínicas custam muito caro, diz ela. (págs. 1 e C11)
Foto legenda: Feijoada eleitoral
Empreiteiras respondem por 68% do doado a grandes partidos
As construtoras repassaram 68% do que PT, DEM, PSDB e PMDB receberam. As principais financiadoras têm ou tiveram contratos milionários com governos. Para políticos e empresas, as doações são normais. (págs. 1 e A4)
Renata Lo Prete: PMDB pressiona PT para que apoie Hélio Costa em MG
Vice-presidente do STF defende imprensa livre
Segundo o ministro, a Constituição veta censura prévia pelo Estado, e decisões censórias são um fenômeno passageiro. (págs. 1 e A15)
EUA investigam ação externa em ataque frustrado
A Casa Branca elevou seu tom e classificou a ação como terrorismo. (págs. 1 e A17)
Fusão cria nova empresa líder na aviação global
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Empresa que poluir além do limite terá de pagar, prevê Fazenda
Estudo da Fazenda prevê que empresas que lançarem na atmosfera quantidade de carbono acima de um limite a set fixado pelo governo terão de comprar "títulos" no mercado brasileiro de redução de emissões, informa a repórter Marta Salomon. Esse novo mercado funcionará com certificados de redução de emissões de gases do aquecimento global, e os papéis também poderão ser comprados por investidores comuns. O estudo dá início à regulamentação das metas do clima. No final do ano passado, o governo anunciou cone entre 36,1% e 38,9% das emissões de carbono previstas para 2020, mas esses limites ainda não saíram do papel. O modelo em discussão pane da ideia de que haverá "tetos" de emissão de carbono para os diferentes setores da economia. Estão sujeitos a esse tipo de restrição os setores de geração de energia, transportes, indústria em geral e agronegócio. (págs. 1 e Vida A22)
Foto legenda: À espera da Guarda Nacional
EUA ligam ação em NY a complô internacional
Arsenal americano. Pela primeira vez, o governo dos EUA revelou o tamanho de seu arsenal nuclear: 5.113 ogivas. (págs. 1 e Internacional A16)
Continental e United criam a maior aérea do mundo
59 é o total de países que a nova empresa pode cobrir
Brasil tem problemas de liberdade de imprensa
Petrobras derruba a bolsa
Fifa critica atraso do Brasil para 2014
Estudante já pode pleitear crédito
Surge a maior empresa imobiliária do País (págs. 1 e Economia B10)
Rodeio de Jaguariúna é barrado na Justiça (págs. 1 e Cidades C3)
Emenda à MP 472 pode criar novo Refis (págs. 1 e Economia B6)
Martus Tavares: A lei que pegou
Notas & Informações: O êxito da LRF
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Correio Braziliense
Manchete: Faroeste candango: Polícia atira
Bandidos matam
Em Taguatinga, o comerciante Osvaldo da Silva tinha o hábito de depositar e sacar dinheiro em agências bancárias. Estava com R$ 4,5 mil em um pacote quando foi abordado por dois homens sobre uma moto. Segundo testemunhas, Osvaldo teria se negado a entregar o dinheiro. Levou dois tiros, morreu antes de conseguir atendimento no HRT. O crime aconteceu às 13h15, a 30 metros de um Posto Policial. (págs. 1 e 23)
Acusações de Durval atingem PT e dois arrudistas
Incêndio destrói 3 salas de cinema na Academia
Copa 2014: Fifa critica o Brasil por atrasos e falta de organização
Risco de dengue hemorrágica
EUA veem complô em carro-bomba
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Valor Econômico
Manchete: Pacote da exportação cria Eximbank e muda Simples
O pacote, que vem sendo negociado há cinco meses entre os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, aguarda apenas o aval do presidente Lula. O governo queria anunciá-lo no mês passado, mas houve divergências entre Mantega e Jorge. A preocupação era evitar gastos excessivos com incentivos. Uma das medidas será a redução do prazo para devolução de créditos de PIS-Cofins acumulados pelos exportadores. Hoje, esse prazo chega a até cinco anos. O novo limite deverá ficar entre 45 e 90 dias. (pág. 1)
Saldo do compulsório é de R$ 300 bi
O saldo já é nominalmente 20% maior que o existente em 2008, antes da crise. Os recolhimentos dispararam, confirmando, na terceira semana de abril, a reversão de uma das medidas adotadas a partir de outubro de 2008 para atenuar os efeitos da crise. Durante a fase de maior aperto, a liberação de recolhimentos compulsórios rondou R$ 100 bilhões, valor praticamente devolvido à autoridade monetária nos últimos dois meses. (págs. 1 e C1)
PDG compra Agre e desafia a líder Cyrela
A transação foi feita por meio de troca de ações. A relação foi de cerca de duas ações da Agre para cada ação da PDG. A nova empresa tem valor de mercado de R$ 8,8 bilhões, praticamente o mesmo que a Cyrela, sua principal concorrente e líder do mercado.
Com a compra da Agre, a PDG também passa a atuar em mercados onde não estava ou tinha participação muito pequena, como Norte e Nordeste. (págs. 1 e D2)
Totó, o banqueiro que virou Mitsubishi
Mesmo fora das corridas, Totó nunca se afastou dos automóveis. No ano passado, convenceu seus sócios do banco BTG Pactual a comprar uma participação na Mitsubishi. (págs. 1 e B8)
Petrobras reduz suas operações na Argentina
"Não é questão de sair. A estratégia é adequar o tamanho da Pesa (Petrobras Energia S.A., subsidiária argentina) às dimensões do mercado", explica Jorge Zelada, diretor da área internacional da Petrobras. A empresa, diz, tem uma estrutura "muito diversificada" em dois aspectos: geograficamente e nos segmentos de atuação. Boa parte dessa diversificação é uma herança da Perez Companc, que a Petrobras adquiriu em 2002.
Por meio da Pesa, a estatal detém ativos residuais na Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. Na Argentina, carrega ativos alheios ao setor de petróleo, como uma pequena hidrelétrica e participação na Edesur, distribuidora de energia elétrica de Buenos Aires. "Se no passado isso fez sentido, eu não vou entrar no mérito da questão", diz Zelada. (págs. 1 e B1)
Pior seca em cem anos afeta geração de energia hidrelétrica na China (págs. 1 e A11)
Recuperação da economia nos EUA começa a chegar aos salários (págs. 1 e B12)
Balança comercial
Campanhas virtuais
Commodities estratégicas
Carteira Valor
Investimento no exterior
Ideias
Situação do Brasil no índice de competitividade global não é lisonjeira se comparada à dos países asiáticos concorrentes. (págs. 1 e A2)
Ideias
É urgente complementar a regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal e ampliar seu alcance. (págs. 1 e A14)
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RADIOBRAS.