A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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segunda-feira, novembro 23, 2009
BRASIL/IRÃ: DIPLOMACIA E ENERGIA
José Antonio Lima

Ahmadinejad acena para deputados em uma sessão do parlamento, em Teerã, em 15 de novembro. Informações sobre sua atuação nos anos 80 é nebulosa
O palácio do Itamaraty terá, nesta segunda-feira (23), um dos visitantes mais polêmicos de sua história. Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, chega ao país para encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião que coloca em xeque a política externa do governo federal, como mostra reportagem desta semana de ÉPOCA (para assinantes).
Ahmadinejad é conhecido mundialmente por promover um programa nuclear ameaçador, por defender aberrações históricas, como a ideia de que o Holocausto é um “mito”, e por pedir que Israel seja “eliminado das páginas da história”. Figura canhestra, ele chegou à presidência do Irã por ser o que é: ícone da face mais linha-dura da revolução islâmica que controla o país desde 1979.
De origem humilde, Ahmadinejad, nasceu em 1956, filho de um ferreiro, na pequena cidade de Aradan, no norte do Irã. Quando tinha apenas um ano, a família se mudou para Teerã e, em 1976, ele ingressou na universidade para cursar engenharia civil. Seu estilo messiânico e apocalíptico no trato da política externa é resultado da união de sua fé com suas experiências políticas.
Assim como boa parte dos líderes da Guarda Revolucionária (a tropa de elite das Forças Armadas do Irã), Ahmadinejad é um seguidor do xiismo Hojjatieh, que prega que o caos tomará conta do mundo antes da chegada do Mahdi, o 12º Imã, que virá para purificar o mundo. O engenheiro religioso Ahmadinejad teve sua personalidade forjada na Revolução Islâmica de 1979, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, e na guerra de oito anos entre o Irã e o Iraque (1980-88).
Os relatos sobre sua vida na década de 80 são conflitantes e nebulosos. Ahmadinejad teria integrado a Guarda Revolucionária e servido em missões secretas em Kirkuk, no Iraque. Outros registros apontam que Ahmadinejad jamais integrou a Guarda Revolucionária, mas que teria participado de milícias próximas a ela. Entre seus “feitos”, também sem comprovação, há a participação no sequestro de funcionários da embaixada americana nos Estados Unidos (em 1979), no assassinato de um líder curdo na Áustria (em 1989) e na perseguição ao escritor indiano Salman Rushdie, autor de Versos Satânicos.
No livro Ahmadinejad: The Secret History of Iran's Radical Leader (Ahmadinejad, a história secreta do líder radical do Irã), o jornalista iraniano Kasra Naji conta que o presidente do Irã emergiu da guerra como um político influente. Membro do Escritório para o Fortalecimento da Unidade (OSU, na sigla em inglês), um grupo ultra-conservador controlado pelo aiatolá Mohammad Beheshti, ligado a Khomeini, Ahmadinejad foi vice-prefeito das cidades de Maku e Hoy.
Aliado a clérigos da cidade sagrada de Qom e sempre próximo da Guarda Revolucionária, Ahmadinejad foi nomeado governador da província de Ardabil, na fronteira com o Azerbaijão, em 1993. Quatro anos depois, com a chegada do reformista Mohammad Khatami à presidência do Irã, Ahmadinejad foi afastado do governo de Ardabil.
Seu refúgio foi a universidade Elm-o Sanaat, onde começou a lecionar, até que, em 2003, com a ascensão de políticos radicais no parlamento municipal de Teerã, acabou nomeado para a prefeitura da cidade. Suas políticas conservadoras, antagônicas diante do que pregava a administração de seu antecessor, chamaram a atenção na capital. Ahmadinejad fechou restaurantes fast-food, proibiu que homens e mulheres pegassem o mesmo elevador em edifícios públicos e pediu que os homens usassem mangas compridas e barba nas ruas da cidade.
Após dois anos como prefeito, Ahmadinejad foi eleito presidente do Irã em 2005. Neste ano, foi reeleito, em uma votação marcada pela violência e por acusações de fraude, o que fez o ocidente acreditar que a revolução que ele representa começou a ruir. A rede de apoios que construiu em sua vida política, baseada especialmente no aiatolá Ali Khamenei, atual líder supremo do Irã e sucessor de Khomeini, fez com que Ahmadinejad conseguisse se manter forte no cargo.
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- »Teerã diz que Brasil e Irã têm mesma visão sobre energia nuclear
- »Por que esperar para desarmar o Irã?
- »Não dá para entender por que Lula corteja o Irã
- »Irã testa mísseis e ameaça Israel
- »Negociar com o Irã é fazer sexo com quem o odeia
- »O muro ainda não está caindo no Irã
- »O levante do Irã
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105805-15227,00-QUEM+E+MAHMOUD+AHMADINEJAD.html
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BRASIL/EDUCAÇÃO: QUANDO O MENOS É MAIS...
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI105822-15228,00.html
Qual é o número ideal de alunos em uma sala de aula? Durante muito tempo, a pergunta foi motivo de discussão entre educadores. Agora, os senadores também entrarão no debate. Um projeto de lei que tramita no Congresso pretende estabelecer limites para o número de alunos por professor nas diferentes faixas etárias do ensino público. Em setembro, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta. No Senado, ela aguarda o parecer do relator Flávio Arns (PSDB-PR) antes de ser votada na Comissão de Educação.

Limitar o número de alunos por sala de aula pode ser uma maneira eficiente de melhorar o aprendizado e diminuir as diferenças de conhecimento dentro da mesma turma. Em outubro, a Universidade de Chicago fez uma pesquisa com 11 mil alunos do jardim da infância à 3ª série nos Estados Unidos. Os resultados comprovaram que classes com 13 a 17 alunos têm desempenho melhor do que turmas maiores em todas as disciplinas, com destaque para ciências e literatura.
Confira abaixo os limites previstos pelo MEC para os diferentes níveis da educação básica:
As recomendações que podem virar lei: | |
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Jardim da infância (de 3 a 4 anos) | Até 15 alunos por sala |
Pré-escola (de 4 a 5 anos) | Até 20 alunos por sala |
Ensino fundamental (1ª à 5ª série) | Até 25 alunos por sala |
Ensino fundamental (6ª à 9ª série) | Até 30 alunos por sala |
Ensino médio | Até 35 alunos por sala |
GOVERNO LULA/LULA/LULISMO [In:] ''DAS KAPITAL'' (O Filme)
Brasil
A construção de um mito
O filme Lula, o Filho do Brasil faz parte de um projeto de endeusamento do presidente, o que, às vésperas de uma eleição, entra na categoria de propaganda política. Lula tem uma bela história de vida, foi um líder sindical de resultados e é um presidente da República eficiente e amado, mas ele só tem a perder se se deixar transformar em mito vivo.
Clovis Cranchi/F4![]() |
NA VIDA REAL Lula foi um líder sindical carismático e pragmático que se encaixou à perfeição no projeto de distensão política do regime militar por ser da esquerda não marxista, não alinhada com o movimento comunista internacional e, por isso, tolerada |
Almeida Rocha/Folha Imagem![]() |
NA FICÇÃO O sindicalista Lula vira na tela um Gandhi magnânimo, infalível e incorruptível cuja bondade e sabedoria se combinam com uma visão de futuro privativa dos profetas |
Luiz Inácio Lula da Silva, o mais improvável dos presidentes brasileiros, já entrou na história antes de sair da vida. Lula, o filho do sertão pernambucano que comia feijão com farinha sob o árido sol de Garanhuns antes de se tornar engraxate nas ruas do Sul Maravilha, venceu. Dos sapatos chegou à fábrica de parafusos; do torno saltou para a avenida larga, longa e generosa da vida sindical, que o conduziu ao Partido dos Trabalhadores e à Presidência da República. Instalado no poder, Lula amargou escândalos, viu a dissolução ética de seu partido, observou de mãos atadas uma recessão econômica de quase dois anos que por pouco não paralisou seu governo. Mas, como não há males que durem, os escândalos foram varridos para debaixo do tapete e a recessão inicial cedeu, abrindo caminho para o crescimento econômico e a consequente onda de boa vontade com os governantes que ele traz. Com sua genuína devoção aos mais pobres e um carisma fenomenal, Lula chega às portas do seu último ano de governo com 80% de aprovação. A vida de Lula, como se vê, parece coisa de filme.
Lula, o Filho do Brasil, a cinebiografia que estreará nos cinemas no começo do próximo ano, é o primeiro filme de ficção sobre a vida do presidente. A LC Barreto, responsável pelo projeto, enviará 500 cópias ao circuito comercial – o maior lançamento da história do cinema brasileiro. As centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, planejam projetar a fita para espectadores das áreas mais pobres do país. Os trabalhadores sindicalizados poderão comprar ingressos subsidiados a 5 reais. As estimativas mais conservadoras indicam que, somente nas salas comerciais, 5 milhões de pessoas assistirão ao longa. É pouco diante do que se seguirá. O DVD do filme será lançado no dia 1º de maio, feriado do trabalhador. Em seguida, a Rede Globo levará a fita ao ar, editada como uma minissérie. Ao final, se essa ambiciosa estratégia de distribuição funcionar, Luiz Inácio, o homem que fez história, dará um salto rumo a Luiz Inácio, o mito. Esse mito paira acima do bem e do mal, mas estará dizendo o que é certo e o que é errado na campanha eleitoral de 2010. Por fazer parte de um projeto de beatificação do personagem com vista a servir de propaganda eleitoral disfarçada de entretenimento na próxima campanha, Lula, o Filho do Brasil parece coisa de marqueteiro.
Antes mesmo de ser lançado em rede comercial, o filme está agitando os bastidores da política. Assessores envolvidos na campanha presidencial de Dilma Rousseff, a candidata escolhida pelo governo para suceder Lula, veem na película um poderoso instrumento eleitoral, capaz de fazer diferença na luta petista para se manter no poder. O otimismo não é gratuito. Os estrategistas do Planalto receberam pesquisas que demonstram a capacidade de transferência de votos do presidente Lula. Ou seja, se Lula mantiver a popularidade em alta, Dilma será largamente beneficiada. A população faz uma ótima avaliação de Lula e se dispõe a votar em um candidato que mantenha os principais programas do petista. Lula é o maior cabo eleitoral do país. Quase 20% dos eleitores votam em seu candidato, independentemente de quem seja (veja o quadro). A grande dificuldade de Lula é que boa parte do eleitorado não conhece Dilma nem a associa ao presidente. Por isso ela segue a léguas de distância de José Serra, do PSDB, o líder das pesquisas. Para reverter esse quadro, Lula conta com o crescimento da economia, que pode atingir até 5% do PIB em 2010, e a consequente perspectiva de que os eleitores sigam sua orientação e votem em quem ele indicar. O filme é visto como um fator estimulante nesse processo de transferência.
Celso Junior/AE![]() |
AVANT-PREMIÈRE A primeira-dama Marisa Letícia e as atrizes do filme: o lançamento em Brasília foi disputado, mas os aplausos do público foram apenas discretos |
Se como cinema o filme é fraco, como propaganda e negócio tem tudo para dar certo. O apelo emocional da obra pode agradar ao público que chorou com 2 Filhos de Francisco, a história de superação dos irmãos Zezé di Camargo e Luciano. Há elementos em abundância para provocar chororô – nisso se percebe a maestria de Fábio Barreto, que apresenta ao espectador um Lula plano, sem meios-tons, cujas carnes se tornam reais apenas no sofrimento da perda da mulher grávida, ou no êxtase ao comandar as massas nos comícios sindicais. Qualquer sentimento que pudesse torná-lo mais humano, como a raiva pelo abandono do pai ou a inveja de quem tinha o que ele desejava, perde-se na produção artificial do mito, do messias que sofre, persevera e está destinado a conduzir o povo até a terra prometida (veja o quadro). O Lula de Fábio Barreto não é somente um herói sem defeitos; é um herói iluminado. Barreto faz de tudo para mostrá-lo assim, inclusive omitindo ou atenuando a verdadeira história do presidente (veja o quadro). O Lula de Barreto usa inverossímeis frases de efeito ("Homem não bate em mulher!") para impedir que o pai bata na mãe ou para desafiar a polícia autoritária do regime militar ("Cadeia foi feita para homem") – embora na vida real algumas dessas passagens jamais tenham ocorrido.
Fotos Celso Junior/ AE; Dida Sampaio/ AE![]() |
EFEITOS ESPECIAIS O ministro Franklin Martins acredita que a mitificação precoce de Lula pode ajudar a campanha de Dilma Rousseff |
Os bastidores do projeto revelam que essas opções não foram meramente artísticas. Houve estreita colaboração entre os produtores do filme e a equipe de Lula. Em 2003, logo após adquirir os direitos da biografia oficial do presidente, Luiz Carlos Barreto obteve o aval do presidente para tocar o longa. Políticos próximos a Lula afirmam, sob a condição de anonimato, que o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, teve influência decisiva na definição do esquema de captação de recursos. Antes da edição final, Barreto viajou para Brasília pelo menos duas vezes para exibir o filme a políticos próximos ao Planalto. A primeira sessão aconteceu há três meses. Participaram ministros, como Paulo Bernardo, do Planejamento, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e deputados, como João Paulo Cunha e Ricardo Berzoini, da cúpula do PT. Os petistas, depois da exibição, acharam as músicas incidentais muito pouco dramáticas e sugeriram acrescentar músicas populares, que seriam mais facilmente assimiláveis – no que foram prontamente atendidos.
Fotos Beto Barata/AE e Alan Marques/Folha Imagem![]() |
SONOPLASTIA O ministro Paulo Bernardo (à esq.) e o presidente do PT, Ricardo Berzoini: sugestões até para a trilha sonora do filme |
A construção de um mito dentro de um regime democrático é coisa raríssima. Na política, o mito costuma surgir em estados ditatoriais, nos quais o exercício da crítica é proibido. Foi o caso de Stalin, na União Soviética, ou de Benito Mussolini, na Itália. Nesses países, assim como em Cuba de Fidel Castro ou na Alemanha de Hitler, a arte – e, em particular, o cinema – foi controlada pelo estado totalitário, numa tentativa de moldar o imaginário social em torno de um projeto de poder. O Brasil, claro, não se encaixa nessa categoria. Diz o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília: "No Brasil, a criação de um mito dentro de um regime democrático é uma situação inédita. Desde Getúlio Vargas não há um fascínio tão perigoso com um líder carismático". Lula já entrou na história, mas é cedo para dizer em qual categoria – se na dos líderes populistas ou na dos estadistas.
Como dizer não?
AmBev – Em 2005, o BNDES destinou 319 milhões de reais para a empresa de bebidas. Camargo Corrêa – A construtora participa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tendo recebido, em 2008, 102,7 milhões de reais. CPFL Energia – O controle da distribuidora de energia está dividido entre a Camargo Corrêa, o BNDES e fundos de pensão de estatais. EBX – Os empréstimos feitos pelo BNDES às empresas de Eike Batista ultrapassam 3 bilhões de reais só neste ano. GDF Suez – A empresa faz parte do consórcio responsável pelas obras da hidrelétrica de Jirau e recebeu do BNDES empréstimo de 7,2 bilhões de reais. Grendene – O BNDES aprovou, em 2008, financiamento de 314 milhões de reais para a aquisição total do controle acionário da Calçados Azaléia pela Vulcabrás dos mesmos controladores da Grendene. Hyundai – Em 2007, o governo federal deu uma mãozinha para a implantação da fábrica da montadora em Goiás. Neoenergia – O Banco do Brasil e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) detêm, juntos, 61% da companhia. Em 2008, o BNDES aprovou crédito superior a 600 milhões de reais para a construção de usinas pelo grupo. OAS – Foi uma das financiadoras da campanha de reeleição de Lula. Participa das obras do PAC, tendo recebido, em 2007, 107 milhões de reais. Odebrecht – Venceu em 2007, em parceria com a estatal Furnas, a licitação para a construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. O valor do investimento foi definido em 9,5 bilhões de reais, com 75% do total financiado pelo BNDES. Oi – O BNDES aprovou, na semana passada, financiamento de 4,4 bilhões de reais, o maior valor já concedido para uma empresa de telecomunicações. Desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT), bancos públicos já aprovaram empréstimos de mais de 11 bilhões de reais ao grupo Oi. O BNDES e a Previ têm participação no bloco de controle da companhia de telefonia. Volkswagen – Tem contrato com o governo para o programa Caminho da Escola para a renovação da frota de ônibus escolares. Em agosto, entregou o primeiro lote de 1 100 veículos, pelo qual recebeu 223 milhões de reais. |
Trailer
VEJA TAMBÉM |
• Quadro: Realidade e ficção |
• Quadro: Quem se enquadra? |
• Trailer |
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http://veja.abril.com.br/251109/a-construcao-de-um-mito-p-76.shtml
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RJ/COCO-VERDE: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO! (Saudade da campnha do ''Sujismundo'')
RUTH DE AQUINO

O verão elege musas e vilões. Às vezes injustamente. Na semana passada, no Rio de Janeiro, os barraqueiros receberam uma ordem: será ilegal vender coco na areia a partir de dezembro. Quase 60% do lixo recolhido nas praias são cocos-verdes – 20 mil cocos por dia. Cada um pesa em média 1 quilo. O “Comitê Gestor da Orla” informou que o coco é o maior detrito, o maior poluidor das praias. Coitado do coco. O maior poluidor das praias é o brasileiro, um povo sem a menor educação ambiental.
Todos se indignaram com a prefeitura, que estaria violando a tradição carioca de beber água geladinha de coco à beira-mar. A tradição, tanto nas praias quanto nos parques, em todos os Estados, é espalhar imundície por onde se anda. No Rio, a mesma multidão que quer se refrescar com coco junto ao mar deixa nas areias, aos domingos, até 180 toneladas de lixo.
É tudo o que se pode imaginar. Garrafas, latas, saquinhos plásticos, palito de churrasco, fralda descartável, luvas (para passar água oxigenada nos pelos do corpo!) e muito mais. A casca do coco leva dez anos para se decompor na natureza. Os sacos e copos de plástico, de 200 a 450 anos.
Acho admirável o desempenho da Comlurb, companhia municipal de limpeza urbana no Rio. Como é árduo o trabalho dos garis para tornar invisível a sujeirada que todos – madames, celebridades, atletas, favelados, jovens e velhos – largam para trás! Quem caminha muito cedo na praia, antes da chegada dos garis, vê a areia coalhada de detritos. É vergonhoso.
A proibição da venda de cocos na areia (prestem atenção, é só na areia, porque os quiosques no calçadão poderão vender) foi destaque em colunas, reportagens e sites. Pouco se falou sobre o resto do choque de ordem praieiro. Camarão no espeto e queijo coalho na brasa não poderão ser vendidos na areia. Botijão de gás, churrasqueira, aparelhos elétricos ou de som e recipientes de vidro estão entre os barrados da praia. Só o coco despertou protestos.
Acho inacreditável alguém se atrever a dizer que deixa lixo na praia porque não há contêineres suficientes na areia ou no calçadão. Em primeiro lugar, há. É só andar alguns metros. Um coco é pesado para levar até o calçadão? Dá preguiça? Imaginem 20 mil cocos diariamente. Junto com os cocos, as famílias – mesmo as educadas em colégios de elite – também abandonam os canudos de plástico. Por que, em países civilizados, os usuários levam saquinhos para as praias (especialmente as desertas, sem contêineres)? Para tomar conta de seu próprio lixo.
Aconteceu uma cena insólita recentemente no Rio. Uma motorista jogou lixo pela janela do carro e uma pedestre arremessou o lixo de volta para dentro do carro, gritando: “Este lixo é seu!”. Foi aplaudida. Existe um despertar de consciência. Mas ainda é uma minoria. Mesmo alguns dos que aplaudem a militante talvez sujem a praia. Sem perceber que é a mesma falta de civilidade.
Eu gostei da medida da prefeitura. Por ter despertado um debate. Não por achar que vai mudar alguma coisa. Por si só, é uma medida inócua, que apenas reduz o trabalho braçal dos garis. Às vezes penso numa medida mais radical. Parar de limpar por uns dois dias a praia. Só para a gente se olhar no espelho turvo. Claro que vão culpar a prefeitura: “Pô, ninguém limpa isso?”. Alguém uma hora vai dizer: “E quem sujou isso?”. Fomos nós.
Sem educação ambiental no currículo das escolas desde o primeiro ano, nossas crianças repetirão os vícios dos pais. Com campanhas maciças do governo pela televisão, quem sabe nossos filhos nos repreenderão quando cometermos crimes contra o meio ambiente?
Não sei se nossos sujismundos são os mesmos cidadãos preocupados com o aquecimento global, com a poluição, com os bueiros entupidos que provocam enchentes. Não sei se são os mesmos cidadãos preocupados com o fim das geleiras, com o desmatamento da Amazônia, com as metas que o Brasil vai apresentar em Copenhague no início de dezembro.
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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI105806-15230,00.html
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
23 de novembro de 2009
O Globo
Manchete: Lula admite que palanques duplos podem prejudicar Dilma
O presidente Lula admitiu ontem que as disputas regionais entre seus aliados e a dificuldade para costurar palanques únicos nos estados causarão problemas para a candidatura à Presidência da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "É sempre muito complicado, parece fácil colocar no papel, muito simples teorizar, mas, na prática, você não tem como fazer dois discursos pedindo votos para dois candidatos diferentes", disse Lula, após votar ontem, ao lado de Dilma, nas eleições internas do PT. Dilma defendeu a participação de envolvidos no mensalão no novo diretório do partido. (págs. 1 e 3)
Um conto natalino: Dilma inventa apagão em árvores
Ao comparar os problemas de abastecimento de energia enfrentados hoje e no governo FH, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sofreu um apagão: disse que em 2001 e 2002, devido ao racionamento, as árvores de Natal, como a da Lagoa Rodrigo de Freitas, não foram iluminadas. Só que, nesses dois anos, a árvore permaneceu acesa. (págs. 1 e 4)
Rio reúne melhores e piores índices do país
Foto legenda: Protesto ecumênico contra Ahmadinejad
Ancelmo Góis: Paes vai liberar coco na areia da praia (págs. 1 e 10)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lula cobra alianças nos Estados para eleger Dilma
Num recado para o PT e seus aliados fazerem concessões nas alianças estaduais em benefício da virtual candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, nas eleições de outubro de 2010, "deve prevalecer o projeto nacional".
Após votar na eleição do PT, ele disse que divergências na base aliada nos Estados não podem criar "impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos apoiando sua candidatura".
Declarou, porém, ser preciso "levar em conta as realidades locais, porque os interesses locais são legítimos".
Lula e Dilma apoiam a candidatura do ex-senador José Eduardo Dutra a presidente do PT. Dutra é o provável eleito. O resultado deve sair até amanhã.
O ex-ministro José Dirceu deve voltar a ocupar cargo no comando do partido. A ex-prefeita Marta Suplicy defendeu a volta dos envolvidos no mensalão: "O PT tem que parar de ficar ajoelhado no milho". (págs. 1 e Brasil)
Visita ao Brasil do presidente iraniano é indesejável
Especial para a Folha
É desconfortável recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura.
O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados meses, participantes de protestos são brutalizados por fascistas. (págs. 1 e A3)
38 poluidoras deram R$ 61 mi para campanhas
Dos 719 políticos que receberam esses recursos, mais da metade são dos Estados, como governadores e deputados estaduais. (págs. 1 e A15)
Empresas fazem exaltação nacionalista em comerciais
Cotidiano: Em SP, Sting reúne público de 14 mil, sobre a lama (págs. 1 e C9)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Lula já admite dois palanques para Dilma
Depois de votar na eleição para o comando do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a ministra Dilma Rousseff poderá apoiar mais de um candidato aliado nos Estados em 2010. Lula afirmou que disputas entre PT e PMDB não podem prejudicar a campanha de Dilma à Presidência. "O importante é que, se houver divergência na base aliada nos Estados, isso não seja impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos." A ministra disse considerar
"normal" a volta de petistas envolvidos no mensalão, como José Dirceu, a postos importantes na direção do partido. (págs. 1 e A4)
Brasil quer Irã em acordo nuclear
O governo enfrenta hoje uma prova de fogo na política externa. Lula recebe seu colega iraniano Mahmoud Ahmadinejad e vai reiterar a posição de que o país tem direito à tecnologia nuclear, mas deve aceitar os limites do acordo de Viena. A visita provocou protestos. No Rio, 800 pessoas saíram às ruas para condenar o iraniano por negar o Holocausto. Lula disse ontem que sua intenção é "conversar sobre a paz". (págs. 1, A6 e A7)
Foto legenda: Protestos em Ipanema - Cartão vermelho para Ahmadinejad
Pessoa física domina 30% dos negócios na Bolsa de SP
Energia: Sting apoia Raoni contra Belo Monte
Fuvest tem questões sobre gripe suína e crise mundial
Fornecedora de merenda admite fraude
Link: Um 'museu' de grandes novidades
Amazônia: Cai a emissão de CO2 por desmate
Notas e Informações: Novo Castro, mesma Cuba
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Jornal do Brasil
Manchete: Desperdício do Fla, alegria de Bota e Flu (pág. 1)
Menos feridos, mais letalidade
Lula admite Dilma em dois palanques
YouTube para todo mundo ler
Coisas da política
Outras páginas
Editorial
Sociedade Aberta
Secretaria Especial dos Direitos Humanos
A proposta iguala o segmento LGBT aos outros. (págs. 1 e A7)
Sociedade Aberta
Astrônomo
O clima e os eventos políticos e econômicos. (págs. 1 e A10)
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Correio Braziliense
Manchete: Senado aprova mudanças em concursos públicos
Lula prevê dois palanques para Dilma em 2010
A vez de Minas no Festival de Brasília (págs. 1 e Diversão & Arte, capa e páginas 3 a 5 e 10)
Freira sob ameaça no Jequitinhonha
Agentes da Abin desconfiam do Irã (págs. 1 e 14)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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