PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, novembro 23, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ''ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR?"





[Homenagem aos chargistas brasileiros];
...

BRASIL/IRÃ: DIPLOMACIA E ENERGIA

Quem é Mahmoud Ahmadinejad?


O presidente do Irã, que chega nesta segunda-feira (23) ao Brasil, representa a face mais rígida da revolução islâmica que controla o país desde 1979.

José Antonio Lima
Vahid Salemi / AP
LINHA DURA
Ahmadinejad acena para deputados em uma sessão do parlamento, em Teerã, em 15 de novembro. Informações sobre sua atuação nos anos 80 é nebulosa

O palácio do Itamaraty terá, nesta segunda-feira (23), um dos visitantes mais polêmicos de sua história. Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, chega ao país para encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião que coloca em xeque a política externa do governo federal, como mostra reportagem desta semana de ÉPOCA (para assinantes).

Ahmadinejad é conhecido mundialmente por promover um programa nuclear ameaçador, por defender aberrações históricas, como a ideia de que o Holocausto é um “mito”, e por pedir que Israel seja “eliminado das páginas da história”. Figura canhestra, ele chegou à presidência do Irã por ser o que é: ícone da face mais linha-dura da revolução islâmica que controla o país desde 1979.

De origem humilde, Ahmadinejad, nasceu em 1956, filho de um ferreiro, na pequena cidade de Aradan, no norte do Irã. Quando tinha apenas um ano, a família se mudou para Teerã e, em 1976, ele ingressou na universidade para cursar engenharia civil. Seu estilo messiânico e apocalíptico no trato da política externa é resultado da união de sua fé com suas experiências políticas.

Assim como boa parte dos líderes da Guarda Revolucionária (a tropa de elite das Forças Armadas do Irã), Ahmadinejad é um seguidor do xiismo Hojjatieh, que prega que o caos tomará conta do mundo antes da chegada do Mahdi, o 12º Imã, que virá para purificar o mundo. O engenheiro religioso Ahmadinejad teve sua personalidade forjada na Revolução Islâmica de 1979, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, e na guerra de oito anos entre o Irã e o Iraque (1980-88).

...

Os relatos sobre sua vida na década de 80 são conflitantes e nebulosos. Ahmadinejad teria integrado a Guarda Revolucionária e servido em missões secretas em Kirkuk, no Iraque. Outros registros apontam que Ahmadinejad jamais integrou a Guarda Revolucionária, mas que teria participado de milícias próximas a ela. Entre seus “feitos”, também sem comprovação, há a participação no sequestro de funcionários da embaixada americana nos Estados Unidos (em 1979), no assassinato de um líder curdo na Áustria (em 1989) e na perseguição ao escritor indiano Salman Rushdie, autor de Versos Satânicos.

No livro Ahmadinejad: The Secret History of Iran's Radical Leader (Ahmadinejad, a história secreta do líder radical do Irã), o jornalista iraniano Kasra Naji conta que o presidente do Irã emergiu da guerra como um político influente. Membro do Escritório para o Fortalecimento da Unidade (OSU, na sigla em inglês), um grupo ultra-conservador controlado pelo aiatolá Mohammad Beheshti, ligado a Khomeini, Ahmadinejad foi vice-prefeito das cidades de Maku e Hoy.

Aliado a clérigos da cidade sagrada de Qom e sempre próximo da Guarda Revolucionária, Ahmadinejad foi nomeado governador da província de Ardabil, na fronteira com o Azerbaijão, em 1993. Quatro anos depois, com a chegada do reformista Mohammad Khatami à presidência do Irã, Ahmadinejad foi afastado do governo de Ardabil.

Seu refúgio foi a universidade Elm-o Sanaat, onde começou a lecionar, até que, em 2003, com a ascensão de políticos radicais no parlamento municipal de Teerã, acabou nomeado para a prefeitura da cidade. Suas políticas conservadoras, antagônicas diante do que pregava a administração de seu antecessor, chamaram a atenção na capital. Ahmadinejad fechou restaurantes fast-food, proibiu que homens e mulheres pegassem o mesmo elevador em edifícios públicos e pediu que os homens usassem mangas compridas e barba nas ruas da cidade.

Após dois anos como prefeito, Ahmadinejad foi eleito presidente do Irã em 2005. Neste ano, foi reeleito, em uma votação marcada pela violência e por acusações de fraude, o que fez o ocidente acreditar que a revolução que ele representa começou a ruir. A rede de apoios que construiu em sua vida política, baseada especialmente no aiatolá Ali Khamenei, atual líder supremo do Irã e sucessor de Khomeini, fez com que Ahmadinejad conseguisse se manter forte no cargo.

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BRASIL/EDUCAÇÃO: QUANDO O MENOS É MAIS...

Projeto de lei quer limitar número de alunos por sala


Especialistas afirmam que a medida pode melhorar o aprendizado, principalmente para alunos que têm dificuldades


Danilo Venticinque

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI105822-15228,00.html


Qual é o número ideal de alunos em uma sala de aula? Durante muito tempo, a pergunta foi motivo de discussão entre educadores. Agora, os senadores também entrarão no debate. Um projeto de lei que tramita no Congresso pretende estabelecer limites para o número de alunos por professor nas diferentes faixas etárias do ensino público. Em setembro, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta. No Senado, ela aguarda o parecer do relator Flávio Arns (PSDB-PR) antes de ser votada na Comissão de Educação.

Agência O Globo
ATENÇÃO
Além de ser mais silenciosas, salas menores permitem que o professor conheça melhor as dificuldades de cada aluno


Se for aprovado, o projeto tornará obrigatórias as recomendações do Ministério da Educação (MEC), definidas em 1999 nos Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil. “Apesar de estabelecer os parâmetros, o MEC não tem poder constitucional para forçar os Estados e municípios a reduzir as turmas”, afirma Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC.


Embora as médias nacionais estejam próximas dos parâmetros do MEC, alguns Estados têm médias superiores às recomendadas. Em Alagoas, por exemplo, turmas da 6ª à 9ª série têm quase 37 alunos – sete a mais do que o recomendado para a faixa etária. No Amazonas, a diferença é ainda maior: as salas de aula da 1ª à 5ª série do ensino fundamental têm em média 34,7 alunos, enquanto o MEC recomenda apenas 25.

Limitar o número de alunos por sala de aula pode ser uma maneira eficiente de melhorar o aprendizado e diminuir as diferenças de conhecimento dentro da mesma turma. Em outubro, a Universidade de Chicago fez uma pesquisa com 11 mil alunos do jardim da infância à 3ª série nos Estados Unidos. Os resultados comprovaram que classes com 13 a 17 alunos têm desempenho melhor do que turmas maiores em todas as disciplinas, com destaque para ciências e literatura.


Segundo os pesquisadores, os mais beneficiados foram os estudantes que tinham dificuldades de aprendizado nessas duas áreas. Nas salas menores, todos os alunos se saíram melhor, mas a diferença entre as maiores e as menores notas diminuiu muito. A longo prazo, a distância entre os melhores e os piores alunos tende a ser ainda menor.


Especialistas brasileiros ouvidos por ÉPOCA dizem que os resultados da pesquisa se aplicam ao sistema de ensino do Brasil. “Em salas muito grandes, o aluno carrega a dificuldade ao longo do ano. Às vezes o professor até percebe, mas não tem condições de ajudar”, afirma a professora Ângela Soligo, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp. As especialistas afirmam que as salas de aula com menos alunos são mais silenciosas, o que ajuda na concentração dos alunos. As tarefas fora da sala de aula também são beneficiadas com as turmas menores. “Com menos alunos por sala, há momentos de atenção mais individualizada”, diz a pesquisadora da Letícia Nascimento, da Universidade de São Paulo. Os professores têm mais tempo para se dedicar à correção de cada trabalho ou prova, podendo conhecer melhor as deficiências de cada estudante.


Confira abaixo os limites previstos pelo MEC para os diferentes níveis da educação básica:

As recomendações que podem virar lei:

Jardim da infância (de 3 a 4 anos)

Até 15 alunos por sala

Pré-escola (de 4 a 5 anos)

Até 20 alunos por sala

Ensino fundamental (1ª à 5ª série)

Até 25 alunos por sala

Ensino fundamental (6ª à 9ª série)

Até 30 alunos por sala

Ensino médio

Até 35 alunos por sala

GOVERNO LULA/LULA/LULISMO [In:] ''DAS KAPITAL'' (O Filme)

Brasil

A construção de um mito

O filme Lula, o Filho do Brasil faz parte de um projeto de endeusamento do presidente, o que, às vésperas de uma eleição, entra na categoria de propaganda política. Lula tem uma bela história de vida, foi um líder sindical de resultados e é um presidente da República eficiente e amado, mas ele só tem a perder se se deixar transformar em mito vivo.


Diego Escosteguy e Otávio Cabral
Clovis Cranchi/F4
NA VIDA REAL
Lula foi um líder sindical carismático e pragmático que se encaixou à perfeição no projeto de distensão política do regime militar por ser da esquerda não marxista, não alinhada com o movimento comunista internacional e, por isso, tolerada
Almeida Rocha/Folha Imagem
NA FICÇÃO
O sindicalista Lula vira na tela um Gandhi magnânimo, infalível e incorruptível cuja bondade e sabedoria se combinam com uma visão de futuro privativa dos profetas



Luiz Inácio Lula da Silva, o mais improvável dos presidentes brasileiros, já entrou na história antes de sair da vida. Lula, o filho do sertão pernambucano que comia feijão com farinha sob o árido sol de Garanhuns antes de se tornar engraxate nas ruas do Sul Maravilha, venceu. Dos sapatos chegou à fábrica de parafusos; do torno saltou para a avenida larga, longa e generosa da vida sindical, que o conduziu ao Partido dos Trabalhadores e à Presidência da República. Instalado no poder, Lula amargou escândalos, viu a dissolução ética de seu partido, observou de mãos atadas uma recessão econômica de quase dois anos que por pouco não paralisou seu governo. Mas, como não há males que durem, os escândalos foram varridos para debaixo do tapete e a recessão inicial cedeu, abrindo caminho para o crescimento econômico e a consequente onda de boa vontade com os governantes que ele traz. Com sua genuína devoção aos mais pobres e um carisma fenomenal, Lula chega às portas do seu último ano de governo com 80% de aprovação. A vida de Lula, como se vê, parece coisa de filme.

Lula, o Filho do Brasil, a cinebiografia que estreará nos cinemas no começo do próximo ano, é o primeiro filme de ficção sobre a vida do presidente. A LC Barreto, responsável pelo projeto, enviará 500 cópias ao circuito comercial – o maior lançamento da história do cinema brasileiro. As centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, planejam projetar a fita para espectadores das áreas mais pobres do país. Os trabalhadores sindicalizados poderão comprar ingressos subsidiados a 5 reais. As estimativas mais conservadoras indicam que, somente nas salas comerciais, 5 milhões de pessoas assistirão ao longa. É pouco diante do que se seguirá. O DVD do filme será lançado no dia 1º de maio, feriado do trabalhador. Em seguida, a Rede Globo levará a fita ao ar, editada como uma minissérie. Ao final, se essa ambiciosa estratégia de distribuição funcionar, Luiz Inácio, o homem que fez história, dará um salto rumo a Luiz Inácio, o mito. Esse mito paira acima do bem e do mal, mas estará dizendo o que é certo e o que é errado na campanha eleitoral de 2010. Por fazer parte de um projeto de beatificação do personagem com vista a servir de propaganda eleitoral disfarçada de entretenimento na próxima campanha, Lula, o Filho do Brasil parece coisa de marqueteiro.

Antes mesmo de ser lançado em rede comercial, o filme está agitando os bastidores da política. Assessores envolvidos na campanha presidencial de Dilma Rousseff, a candidata escolhida pelo governo para suceder Lula, veem na película um poderoso instrumento eleitoral, capaz de fazer diferença na luta petista para se manter no poder. O otimismo não é gratuito. Os estrategistas do Planalto receberam pesquisas que demonstram a capacidade de transferência de votos do presidente Lula. Ou seja, se Lula mantiver a popularidade em alta, Dilma será largamente beneficiada. A população faz uma ótima avaliação de Lula e se dispõe a votar em um candidato que mantenha os principais programas do petista. Lula é o maior cabo eleitoral do país. Quase 20% dos eleitores votam em seu candidato, independentemente de quem seja (veja o quadro). A grande dificuldade de Lula é que boa parte do eleitorado não conhece Dilma nem a associa ao presidente. Por isso ela segue a léguas de distância de José Serra, do PSDB, o líder das pesquisas. Para reverter esse quadro, Lula conta com o crescimento da economia, que pode atingir até 5% do PIB em 2010, e a consequente perspectiva de que os eleitores sigam sua orientação e votem em quem ele indicar. O filme é visto como um fator estimulante nesse processo de transferência.

Celso Junior/AE
AVANT-PREMIÈRE
A primeira-dama Marisa Letícia e as atrizes do filme: o lançamento em Brasília foi disputado, mas os aplausos do público foram apenas discretos


Na terça-feira da semana passada, VEJA esteve na primeira exibição pública do filme, que abriu o tradicional Festival de Cinema de Brasília. Numa demonstração da comoção que o longa deve causar, teve gente, de político a porteiro, que implorava por convite na frente do Teatro Nacional, onde aconteceu a projeção. Havia cerca de 1 400 pessoas no teatro, entre ministros, deputados, senadores, sindicalistas, burocratas do governo e jornalistas. Marisa Letícia, a primeira-dama, compareceu ao evento e foi assediada como celebridade. Havia gente em cadeiras improvisadas, gente nas escadas, gente no chão. Lula, o Filho do Brasil é uma novela com duas horas de duração. Em matéria de lágrimas, funciona. Em matéria de apuro estético, constrange. Como obra de arte, portanto, é uma irretocável peça de propaganda. Não poderia ser diferente: é um projeto concebido exatamente com esse propósito. Dirigido por Fábio Barreto, o filme inspira-se na biografia homônima – e oficial – do presidente, escrita pela jornalista Denise Paraná e editada pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.

Se como cinema o filme é fraco, como propaganda e negócio tem tudo para dar certo. O apelo emocional da obra pode agradar ao público que chorou com 2 Filhos de Francisco, a história de superação dos irmãos Zezé di Camargo e Luciano. Há elementos em abundância para provocar chororô – nisso se percebe a maestria de Fábio Barreto, que apresenta ao espectador um Lula plano, sem meios-tons, cujas carnes se tornam reais apenas no sofrimento da perda da mulher grávida, ou no êxtase ao comandar as massas nos comícios sindicais. Qualquer sentimento que pudesse torná-lo mais humano, como a raiva pelo abandono do pai ou a inveja de quem tinha o que ele desejava, perde-se na produção artificial do mito, do messias que sofre, persevera e está destinado a conduzir o povo até a terra prometida (veja o quadro). O Lula de Fábio Barreto não é somente um herói sem defeitos; é um herói iluminado. Barreto faz de tudo para mostrá-lo assim, inclusive omitindo ou atenuando a verdadeira história do presidente (veja o quadro). O Lula de Barreto usa inverossímeis frases de efeito ("Homem não bate em mulher!") para impedir que o pai bata na mãe ou para desafiar a polícia autoritária do regime militar ("Cadeia foi feita para homem") – embora na vida real algumas dessas passagens jamais tenham ocorrido.

Fotos Celso Junior/ AE; Dida Sampaio/ AE
EFEITOS ESPECIAIS
O ministro Franklin Martins acredita que a mitificação precoce de Lula pode ajudar a campanha de Dilma Rousseff


"Queria fazer um melodrama", admite o diretor. O recorte temporal do filme é a primeira prova disso. O roteiro percorre a infância miserável de Lula em Garanhuns, acompanha a trajetória dolorosa do menino que é obrigado a trabalhar para comer e avança até o mergulho dele no mundo sindical. Mas para por aí. Tudo o que aconteceu na vida do presidente entre o começo dos anos 80 e a vitória em 2002 ficou de fora: a criação do PT, a atuação como deputado na Constituinte de 1988, as cinco campanhas presidenciais. Qualquer episódio que pudesse causar constrangimento ou contrariar a narrativa hagiográfica da vida de Lula sumiu da história. Barreto suaviza algumas características notórias do presidente e omite algumas passagens pouco edificadoras. Essas opções dramáticas servem para construir o mito, que sempre precisa de um passado idealizado, idílico, no qual o futuro se desenhe glorioso, rumo ao paraíso terreno – uma mentalidade que prosperou com força na ideia do "país do futuro", no decorrer do regime militar. O clímax triunfalista do filme, quando Lula se ergue sobre as massas, reforça precisamente esse projeto autoritário.

Os bastidores do projeto revelam que essas opções não foram meramente artísticas. Houve estreita colaboração entre os produtores do filme e a equipe de Lula. Em 2003, logo após adquirir os direitos da biografia oficial do presidente, Luiz Carlos Barreto obteve o aval do presidente para tocar o longa. Políticos próximos a Lula afirmam, sob a condição de anonimato, que o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, teve influência decisiva na definição do esquema de captação de recursos. Antes da edição final, Barreto viajou para Brasília pelo menos duas vezes para exibir o filme a políticos próximos ao Planalto. A primeira sessão aconteceu há três meses. Participaram ministros, como Paulo Bernardo, do Planejamento, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e deputados, como João Paulo Cunha e Ricardo Berzoini, da cúpula do PT. Os petistas, depois da exibição, acharam as músicas incidentais muito pouco dramáticas e sugeriram acrescentar músicas populares, que seriam mais facilmente assimiláveis – no que foram prontamente atendidos.

Fotos Beto Barata/AE e Alan Marques/Folha Imagem
SONOPLASTIA
O ministro Paulo Bernardo (à esq.) e o presidente do PT, Ricardo Berzoini: sugestões até para a trilha sonora do filme


Para minimizar a aparência de uma obra chapa-branca, os produtores foram orientados a não aceitar dinheiro público nem incentivos fiscais. Sem muito esforço, captaram patrocínios de dezoito empresas (veja o quadro abaixo), num total de 12 milhões de reais, uma fortuna para os padrões cinematográficos nacionais. Entre as companhias doadoras, há as que têm negócios diretos com o governo, as que têm interesses no governo e as que são controladas por instituições ligadas ao governo... Ouvidas por VEJA, as empresas explicaram que esse tipo de doação faz parte da política de incentivos culturais que cada uma delas desenvolve. Nada a ver com o perfil do biografado. O diretor de uma empreiteira, no entanto, contou a VEJA, reservadamente, o que de fato os atraiu. Segundo ele, os produtores deixaram claro que se tratava de um filme oficial, de interesse e "autorizado" pelo presidente da República. As empresas desembolsaram quantias que variaram de 500 000 a 1 milhão de reais. "Que empresa não iria querer participar? Isso ajuda a abrir várias portas no futuro. Ou, pelo menos, a não fechá-las", admite o funcionário.

A construção de um mito dentro de um regime democrático é coisa raríssima. Na política, o mito costuma surgir em estados ditatoriais, nos quais o exercício da crítica é proibido. Foi o caso de Stalin, na União Soviética, ou de Benito Mussolini, na Itália. Nesses países, assim como em Cuba de Fidel Castro ou na Alemanha de Hitler, a arte – e, em particular, o cinema – foi controlada pelo estado totalitário, numa tentativa de moldar o imaginário social em torno de um projeto de poder. O Brasil, claro, não se encaixa nessa categoria. Diz o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília: "No Brasil, a criação de um mito dentro de um regime democrático é uma situação inédita. Desde Getúlio Vargas não há um fascínio tão perigoso com um líder carismático". Lula já entrou na história, mas é cedo para dizer em qual categoria – se na dos líderes populistas ou na dos estadistas.

Como dizer não?

Lula, o Filho do Brasil foi patrocinado e apoiado por um grupo de empresas, a maioria delas com negócios com o governo, que doou 10,8 milhões de reais

AmBev – Em 2005, o BNDES destinou 319 milhões de reais para a empresa de bebidas.

Camargo Corrêa – A construtora participa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tendo recebido, em 2008, 102,7 milhões de reais.

CPFL Energia – O controle da distribuidora de energia está dividido entre a Camargo Corrêa, o BNDES e fundos de pensão de estatais.

EBX – Os empréstimos feitos pelo BNDES às empresas de Eike Batista ultrapassam 3 bilhões de reais só neste ano.

GDF Suez – A empresa faz parte do consórcio responsável pelas obras da hidrelétrica de Jirau e recebeu do BNDES empréstimo de 7,2 bilhões de reais.

Grendene – O BNDES aprovou, em 2008, financiamento de 314 milhões de reais para a aquisição total do controle acionário da Calçados Azaléia pela Vulcabrás dos mesmos controladores da Grendene.

Hyundai – Em 2007, o governo federal deu uma mãozinha para a implantação da fábrica da montadora em Goiás.

Neoenergia – O Banco do Brasil e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) detêm, juntos, 61% da companhia. Em 2008, o BNDES aprovou crédito superior a 600 milhões de reais para a construção de usinas pelo grupo.

OAS – Foi uma das financiadoras da campanha de reeleição de Lula. Participa das obras do PAC, tendo recebido, em 2007, 107 milhões de reais.

Odebrecht – Venceu em 2007, em parceria com a estatal Furnas, a licitação para a construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. O valor do investimento foi definido em 9,5 bilhões de reais, com 75% do total financiado pelo BNDES.

Oi – O BNDES aprovou, na semana passada, financiamento de 4,4 bilhões de reais, o maior valor já concedido para uma empresa de telecomunicações. Desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT), bancos públicos já aprovaram empréstimos de mais de 11 bilhões de reais ao grupo Oi. O BNDES e a Previ têm participação no bloco de controle da companhia de telefonia.

Volkswagen – Tem contrato com o governo para o programa Caminho da Escola para a renovação da frota de ônibus escolares. Em agosto, entregou o primeiro lote de 1 100 veículos, pelo qual recebeu 223 milhões de reais.

Ai, Jesus...

A trajetória de Lula é, de fato, dramática e admirável. Mas o filme de Fábio Barreto carrega tanto nos aspectos míticos que a vida do presidente acaba se parecendo com a hagiografia de Cristo


O NASCIMENTO
Lula nasce no árido sertão pernambucano, de paisagem que lembra a da desértica Judeia. Sua mãe (Glória Pires) dá à luz em um catre. Não há animais rodeando a manjedoura para aquecer o bebê, porque em Garanhuns não faz frio, mas a pobreza da família é comparável à de José e Maria. Na falta dos Reis Magos, é a mãe, Dona Lindu, quem desempenha a função. "Seu nome vai ser Luiz Inácio!", exclama ela, em tom profético, ao segurar o filho pela primeira vez
Divulgação

Divulgação
A INICIAÇÃO
Jesus foi muito influenciado e encorajado, na pregação de sua mensagem, por seu irmão Tiago. Lula também contou com uma figura semelhante: seu irmão Frei Chico, no filme chamado de Ziza, que o iniciou na vida espiritual – corrija-se, na vida sindical


O SERMÃO DA MONTANHA
A cena do célebre comício no estádio de Vila Euclides, em 1979, faz uma alusão clara à pregação em que todos compreendiam as palavras de Jesus, não importa que idioma falassem ou quão distantes estivessem d’Ele. No filme, as palavras de Lula vão sendo transmitidas de um operário para outro – não havia sistema de som no estádio –, e assim reverberam entre a multidão como uma litania
Nelson Antoine/AP

Antonio Ledes

O MARTÍRIO
Jesus foi preso pelos romanos depois da Santa Ceia e de sua noite no Jardim das Oliveiras; Lula foi preso depois de liderar uma greve de 41 dias. Conduzido pelas ruas de Jerusalém com a cruz às costas, Jesus foi açoitado pelos soldados mas venerado por parte da multidão; libertado apenas para ir ao enterro de sua mãe, Lula chegou e saiu, humilhado, em uma viatura policial – mas foi saudado pelos companheiros, que gritavam em coro: "Solta o Lula! Se não soltar, a gente vai parar!".


A RESSURREIÇÃO
Jesus Cristo ressuscitou e subiu aos céus no terceiro dia após sua morte. Lula teve de esperar um pouquinho mais pelo milagre – mas o filme faz questão de retratá-lo como tal, um milagre, ao fundir a imagem de Lula deixando o cemitério em um carro de polícia à cena real do presidente desfilando de Rolls-Royce, com Marisa Letícia, no dia da posse de seu primeiro mandato
Marcello Junior/ABR


Com reportagem de Sofia Krause e Gustavo Ribeiro


Trailer


VEJA TAMBÉM





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http://veja.abril.com.br/251109/a-construcao-de-um-mito-p-76.shtml
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RJ/COCO-VERDE: ADMIRÁVEL MUNDO NOVO! (Saudade da campnha do ''Sujismundo'')

O coco-verde, vilão do verão?


RUTH DE AQUINO
Revista Época
RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro
raquino@edglobo.com.br

O verão elege musas e vilões. Às vezes injustamente. Na semana passada, no Rio de Janeiro, os barraqueiros receberam uma ordem: será ilegal vender coco na areia a partir de dezembro. Quase 60% do lixo recolhido nas praias são cocos-verdes – 20 mil cocos por dia. Cada um pesa em média 1 quilo. O “Comitê Gestor da Orla” informou que o coco é o maior detrito, o maior poluidor das praias. Coitado do coco. O maior poluidor das praias é o brasileiro, um povo sem a menor educação ambiental.

Todos se indignaram com a prefeitura, que estaria violando a tradição carioca de beber água geladinha de coco à beira-mar. A tradição, tanto nas praias quanto nos parques, em todos os Estados, é espalhar imundície por onde se anda. No Rio, a mesma multidão que quer se refrescar com coco junto ao mar deixa nas areias, aos domingos, até 180 toneladas de lixo.

É tudo o que se pode imaginar. Garrafas, latas, saquinhos plásticos, palito de churrasco, fralda descartável, luvas (para passar água oxigenada nos pelos do corpo!) e muito mais. A casca do coco leva dez anos para se decompor na natureza. Os sacos e copos de plástico, de 200 a 450 anos.

Acho admirável o desempenho da Comlurb, companhia municipal de limpeza urbana no Rio. Como é árduo o trabalho dos garis para tornar invisível a sujeirada que todos – madames, celebridades, atletas, favelados, jovens e velhos – largam para trás! Quem caminha muito cedo na praia, antes da chegada dos garis, vê a areia coalhada de detritos. É vergonhoso.

A proibição da venda de cocos na areia (prestem atenção, é só na areia, porque os quiosques no calçadão poderão vender) foi destaque em colunas, reportagens e sites. Pouco se falou sobre o resto do choque de ordem praieiro. Camarão no espeto e queijo coalho na brasa não poderão ser vendidos na areia. Botijão de gás, churrasqueira, aparelhos elétricos ou de som e recipientes de vidro estão entre os barrados da praia. Só o coco despertou protestos.

Dizem que o brasileiro adora praia. Eu acho que detesta. Ninguém trata tão mal algo que adora

Acho inacreditável alguém se atrever a dizer que deixa lixo na praia porque não há contêineres suficientes na areia ou no calçadão. Em primeiro lugar, há. É só andar alguns metros. Um coco é pesado para levar até o calçadão? Dá preguiça? Imaginem 20 mil cocos diariamente. Junto com os cocos, as famílias – mesmo as educadas em colégios de elite – também abandonam os canudos de plástico. Por que, em países civilizados, os usuários levam saquinhos para as praias (especialmente as desertas, sem contêineres)? Para tomar conta de seu próprio lixo.

Aconteceu uma cena insólita recentemente no Rio. Uma motorista jogou lixo pela janela do carro e uma pedestre arremessou o lixo de volta para dentro do carro, gritando: “Este lixo é seu!”. Foi aplaudida. Existe um despertar de consciência. Mas ainda é uma minoria. Mesmo alguns dos que aplaudem a militante talvez sujem a praia. Sem perceber que é a mesma falta de civilidade.

Eu gostei da medida da prefeitura. Por ter despertado um debate. Não por achar que vai mudar alguma coisa. Por si só, é uma medida inócua, que apenas reduz o trabalho braçal dos garis. Às vezes penso numa medida mais radical. Parar de limpar por uns dois dias a praia. Só para a gente se olhar no espelho turvo. Claro que vão culpar a prefeitura: “Pô, ninguém limpa isso?”. Alguém uma hora vai dizer: “E quem sujou isso?”. Fomos nós.

Sem educação ambiental no currículo das escolas desde o primeiro ano, nossas crianças repetirão os vícios dos pais. Com campanhas maciças do governo pela televisão, quem sabe nossos filhos nos repreenderão quando cometermos crimes contra o meio ambiente?

Não sei se nossos sujismundos são os mesmos cidadãos preocupados com o aquecimento global, com a poluição, com os bueiros entupidos que provocam enchentes. Não sei se são os mesmos cidadãos preocupados com o fim das geleiras, com o desmatamento da Amazônia, com as metas que o Brasil vai apresentar em Copenhague no início de dezembro.

Dizem que o brasileiro adora praia. Eu acho que detesta. Ninguém trata tão mal algo que adora.
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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI105806-15230,00.html
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

23 de novembro de 2009

O Globo



Manchete: Lula admite que palanques duplos podem prejudicar Dilma

Presidente afirma ser difícil pedir votos para candidatos diferentes

O presidente Lula admitiu ontem que as disputas regionais entre seus aliados e a dificuldade para costurar palanques únicos nos estados causarão problemas para a candidatura à Presidência da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "É sempre muito complicado, parece fácil colocar no papel, muito simples teorizar, mas, na prática, você não tem como fazer dois discursos pedindo votos para dois candidatos diferentes", disse Lula, após votar ontem, ao lado de Dilma, nas eleições internas do PT. Dilma defendeu a participação de envolvidos no mensalão no novo diretório do partido. (págs. 1 e 3)

Um conto natalino: Dilma inventa apagão em árvores

Ao comparar os problemas de abastecimento de energia enfrentados hoje e no governo FH, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sofreu um apagão: disse que em 2001 e 2002, devido ao racionamento, as árvores de Natal, como a da Lagoa Rodrigo de Freitas, não foram iluminadas. Só que, nesses dois anos, a árvore permaneceu acesa. (págs. 1 e 4)

Rio reúne melhores e piores índices do país

Os contrastes vistos no dia a dia do Rio de Janeiro se refletem claramente nos indicadores socioeconômicos. Enquanto o estado ocupa o segundo lugar do país no ranking de população com mais anos de estudo, aparece na 18ª colocação em um serviço básico: abastecimento de água. O Rio tem ainda a terceira maior taxa de mortalidade do Brasil, ficando atrás apenas de Pernambuco e Paraíba. (págs. 1 e 13)

Foto legenda: Protesto ecumênico contra Ahmadinejad

Manifestantes de vários credos e cores se reúnem em Ipanema em protesto contra o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega hoje ao Brasil. (págs. 1 e 17)

Ancelmo Góis: Paes vai liberar coco na areia da praia (págs. 1 e 10)


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Folha de S. Paulo


Manchete: Lula cobra alianças nos Estados para eleger Dilma

Após votar nas eleições do PT, ele pede prioridade ao 'projeto nacional'

Num recado para o PT e seus aliados fazerem concessões nas alianças estaduais em benefício da virtual candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, nas eleições de outubro de 2010, "deve prevalecer o projeto nacional".

Após votar na eleição do PT, ele disse que divergências na base aliada nos Estados não podem criar "impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos apoiando sua candidatura".

Declarou, porém, ser preciso "levar em conta as realidades locais, porque os interesses locais são legítimos".

Lula e Dilma apoiam a candidatura do ex-senador José Eduardo Dutra a presidente do PT. Dutra é o provável eleito. O resultado deve sair até amanhã.

O ex-ministro José Dirceu deve voltar a ocupar cargo no comando do partido. A ex-prefeita Marta Suplicy defendeu a volta dos envolvidos no mensalão: "O PT tem que parar de ficar ajoelhado no milho". (págs. 1 e Brasil)

Visita ao Brasil do presidente iraniano é indesejável

José Serra
Especial para a Folha

É desconfortável recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura.

O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições fraudulentas
. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados meses, participantes de protestos são brutalizados por fascistas. (págs. 1 e A3)

Merenda escolar em SP continua com falhas após novos contratos

Relatórios de fiscalização revelam que persistem problemas na merenda escolar da rede municipal de SP. As falhas incluem alimentos vencidos e a presença de pombos nos refeitórios. Os problemas foram flagrados neste semestre, após a gestão Gilberto Kassab (DEM) assinar novos contratos de fornecimento. A prefeitura diz estar mais rigorosa e que falhas são "pontuais". (págs. 1 e C1)

38 poluidoras deram R$ 61 mi para campanhas

Um grupo de 38 indústrias que emitem grande quantidade de gases-estufa doou R$ 60,8 milhões a candidatos nas eleições de 2006.

Dos 719 políticos que receberam esses recursos, mais da metade são dos Estados, como governadores e deputados estaduais.
(págs. 1 e A15)

Empresas fazem exaltação nacionalista em comerciais

Ambev, GM, Bradesco, Vale e Embratel criaram publicidade enaltecendo o momento do país. Elas afirmam que não há objetivo político. (págs. 1 e A8)

Cotidiano: Em SP, Sting reúne público de 14 mil, sobre a lama (págs. 1 e C9)


Editoriais

Leia "Mais altos e gordos", que analisa novo perfil físico dos brasileiros; e "Não há atalho no câmbio', sobre real valorizado. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Lula já admite dois palanques para Dilma

Presidente diz que racha do PT com PMDB não pode prejudicar a ministra e, em alguns Estados, a tendência será apoiar dois candidatos

Depois de votar na eleição para o comando do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a ministra Dilma Rousseff poderá apoiar mais de um candidato aliado nos Estados em 2010. Lula afirmou que disputas entre PT e PMDB não podem prejudicar a campanha de Dilma à Presidência. "O importante é que, se houver divergência na base aliada nos Estados, isso não seja impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos." A ministra disse considerar
"normal" a volta de petistas envolvidos no mensalão, como José Dirceu, a postos importantes na direção do partido. (págs. 1 e A4)

Brasil quer Irã em acordo nuclear

Lula tentará convencer Ahmadinejad a aceitar limites do pacto de Viena

O governo enfrenta hoje uma prova de fogo na política externa. Lula recebe seu colega iraniano Mahmoud Ahmadinejad e vai reiterar a posição de que o país tem direito à tecnologia nuclear, mas deve aceitar os limites do acordo de Viena. A visita provocou protestos. No Rio, 800 pessoas saíram às ruas para condenar o iraniano por negar o Holocausto. Lula disse ontem que sua intenção é "conversar sobre a paz". (págs. 1, A6 e A7)

Foto legenda: Protestos em Ipanema - Cartão vermelho para Ahmadinejad

Pessoa física domina 30% dos negócios na Bolsa de SP

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou em outubro o número recorde de 555 mil contas de investidores individuais. Eles já respondem por 30% do volume negociado. "As pessoas físicas são hoje a menina dos olhos para empresas, corretoras e outros agentes do mercado" diz o diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Para empresas, a visão de longo prazo do novo investidor ajudou a segurar o valor de suas ações durante a crise. (págs. 1, B1 e B3)

Energia: Sting apoia Raoni contra Belo Monte

Líder indígena disse que seu povo não foi ouvido sobre hidrelétrica no Rio Xingu. (págs. 1 e B7)

Fuvest tem questões sobre gripe suína e crise mundial

A primeira fase da Fuvest, realizada ontem em 109 locais, teve questões sobre gripe suína e crise econômica mundial. Candidatos a 10.797 vagas, a maioria na USP, reclamaram da dificuldade das perguntas de matemática e de física. A prova teve 90 questões de múltipla escolha de português, matemática, história, física, geografia, química, biologia e inglês. O índice de abstenção foi de 5,95% dos 128.144 inscritos, o maior desde o vestibular de 2006. (págs. 1 e A16)

Fornecedora de merenda admite fraude

A Coan, contratada pela Prefeitura de São Paulo, envolveu-se com laranjas, empresas de fachada e sonegação, diz o Ministério Público. (págs. 1, C1 e C3)

Link: Um 'museu' de grandes novidades

Ritmo acelerado de inovação e onipresença do digital no cotidiano trazem frescor à arte tecnológica. (págs. 1)

Amazônia: Cai a emissão de CO2 por desmate

Queimadas geram entre 2,5% e 5% do total de emissões de gases no País, diz Inpe. (págs. 1 e A14)

Notas e Informações: Novo Castro, mesma Cuba

A repressão sistemática aos críticos e dissidentes não arrefeceu com a substituição de Fidel por Raúl Castro. Tornou-se apenas menos ostensiva. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Manchete: Desperdício do Fla, alegria de Bota e Flu (pág. 1)


Menos feridos, mais letalidade

Há menos feridos por armas de fogo chegando aos hospitais públicos do Rio. Mas o dado não significa boa notícia: de acordo com o sindicato dos médicos, nos últimos cinco anos metade das vítimas atendidas nas ruas pelo Corpo de Bombeiros morreu no local. A explicação está no poderio bélico tanto de criminosos quanto de policiais. Com armas de maior calibre, as chances de sobrevivência dos baleados são quase nulas. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

Lula admite Dilma em dois palanques

A preferência do PT era pelo palanque único na campanha, mas o Planalto admite: em estados como Rio, Rio Grande do Sul, Bahia e Mato Grosso do Sul Dilma Rousseff terá de participar em mais de um. (págs. 1 e País A4)

YouTube para todo mundo ler

Duas novidades ampliam o interesse pelo YouTube. A primeira são as legendas automáticas, que entram em ação mesmo em vídeos não originalmente com o serviço. A segunda é uma ferramenta que permite a elaboração de legendas simplificadas. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Coisas da política

Sucessão é um rito com cardápio pronto. (págs. 1 e A2)

Outras páginas

Acidente ambiental, um ano de impunidade. (págs. 1 e A6)

Editorial

Lei contra a homofobia é assunto sério. (págs. 1 e A8)

Sociedade Aberta

Eduardo Santarelo
Secretaria Especial dos Direitos Humanos

A proposta iguala o segmento LGBT aos outros. (págs. 1 e A7)

Sociedade Aberta

Ronaldo de Freitas Mourão
Astrônomo
O clima e os eventos políticos e econômicos. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense


Manchete: Senado aprova mudanças em concursos públicos

Projeto garante a nomeação imediata de quem foi selecionado para o serviço público dentro do número de vagas previsto no edital. É uma proteção para o concurseiro. A Proposta agora vai para votação na Câmara (págs. 1 e 9)

Lula prevê dois palanques para Dilma em 2010

Presidente vota nas eleições internas do PT e admite que disputas regionais podem fazer com que a ministra apoie candidatos diferentes nos estados. No DF, a tendência é que aliado de Chico Vigilante deva comandar o partido. (págs. 1, 3 a 5 e 29)

A vez de Minas no Festival de Brasília (págs. 1 e Diversão & Arte, capa e páginas 3 a 5 e 10)



Freira sob ameaça no Jequitinhonha

Irmã Geraldinha encara o medo de morrer numa emboscada de jagunços no Vale do Jequitinhonha (MG) e segue na luta em favor de 85 famílias de sem-terra. (págs. 1 e 6)

Agentes da Abin desconfiam do Irã (págs. 1 e 14)


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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir

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