PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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sábado, janeiro 31, 2009

EDITORIAL: ELEIÇÕES/SENADO (SARNEY vs. TIÃO VIANA)

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Foto: Sérgio Lima/Folha



O líder do PSDB, falou ao blog na madrugada deste sábado (31).
Disse que, com o tucanato, Tião Viana passou a ter “boas chances” de prevalecer no Senado.

Mas não pareceu preocupado com a hipótese de uma eventual vitória de José Sarney.

“Concluímos que não vale a pena ganhar com o Sarney”, afirmou.

De resto, disse que, diferentemente do DEM, o PSDB não sofre de “PTfobia”. Abaixo, a entrevista:



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- Sarney se disse perplexo. Havia um pré-acordo do PSDB com ele?
As conversas estavam avançadas.

- Por que a coisa desandou?
A negociação desandou quando o presidente Sarney foi mais evasivo do que o senador Tião Viana em relação às propostas que levamos para ambos. Percebemos que, ainda que ele assinasse, viraria letra morta.

- Por que?
As forças que compõem o entorno do presidente Sarney significam o establishment do Senado, tudo o que a gente quer mudar.

- Refere-se a Renan Calheiros?
O Renan e outros personagens, como o senador Gim Argello [PTB-DF]. E mais: a gente percebia que eles faziam pouca distinção entre o nosso partido e outros que não têm o peso simbólico do PSDB. Temos muito orgulho do que somos.

- O time de Sarney diz que ele se elege mesmo sem o PSDB.
Essa conversa de dizer que não precisam de nós é sinal de doença psicológica. Então por que negociavam conosco? São masoquistas? Deveriam, agora, estar mais tranquilos. Noto que não estão. Começam a soltar uma certa bílis. Fazem coisas que me estarrecem.

- Por exemplo.
O senador Gim Argello foi, como emissário do Sarney, ao Planalto. Não sei se é o melhor interlocutor. O Sarney já foi presidente da República. Deveria ter interlocutores mais consolidados. Eles põem o senador Wellington Salgado [PMDB-MG] pra falar contra nós. Bela pessoa. Liderou a tropa de choque do Renan. Há um método viciado em torno do Sarney. Ele não muda as linhas de direção da Casa. Está comprometido com elas.

- Em que momento concluíram que a negociação com Sarney era um equívoco?
A certa altura da conversa com eles eu disse ao Renan: por favor, liberem a gente. Não estamos avançando. Tenho certeza de que eles achavam que estávamos blefando.

- Quando fez essa observação?
No final dessa reunião penosa em que nós percebemos que, com Sarney, estaríamos colaborando para a manutenção da mesmice.

- Refere-se à reunião de quarta (28), com Sarney, Roseana e Renan?
Exatamente.

- Não o incomoda a divergência que se estabeleceu com DEM?
Todos sabem da relação fraterna que tenho com o Zé Agripino [Maia, líder do DEM]. Vejo ele dizendo que vão ganhar até sem nós.

- Lamentou que Agripino tivesse dito isso?
É a primeira vez que a gente diverge. Não tenho nenhuma vontade de ficar revendo os assuntos do Renan, mas o Zé Agripino foi tão duro com ele àquela altura. E percebemos que o Renan está voltando a mandar no Senado. Então, quando ele disse ‘vocês perdem’, me leva à reflexão. Primeiro não sei se perdemos. Segundo, pouco se me dá se perder.

- Como assim?
Decidimos que não queremos ganhar com eles. Se vamos ganhar com o Tião Viana é outra história. Acho que temos boas chances. Mas concluímos que não vale a pena ganhar com Sarney. Não queremos ganhar com aquele grupo.

- O sr. negociou com Renan por quatro semanas. O que mudou?
Eu me dei conta do equívoco que estávamos cometendo naquela última reunião, quando eu vi todos juntos. Percebi que estavávamos negociando com o establishment, que queríamos mudar. Não foi um sentimento só meu. O Sérgio [Guerra] também ficou incomodado.

- Restarão cicatrizes na relação com o DEM?
De minha parte não. Eu não manifestei nenhum incômodo pelo fato de eles terem fechado a negociação antes da gente. Temos muitas afinidades e uma lealdade recíproca. Mas quando há diferenças é preciso explicitá-las. Do contrário, teríamos de fazer uma fusão, o que não é o caso. Nossa aliança tem tudo para ser duradoura. Eles acabaram de ter uma demonstração de apreço do Serra, em São Paulo, na eleição do [Gilberto] Kassab.

- O DEM argumenta que não se deve apoiar um inimigo como o PT.
Respeito. Mas não vejo os outros como aliados. Entendo que nossos aliados no PMDB estão mais na Câmara do que no Senado. O que não nos impediu de conversar com o Sarney seriamente. Divergimos. Mas, no que depender de mim, a parceria com o DEM será mantida. Gosto muito deles. Gosto tanto que preferia não vê-los nessa foto. Preferia que estivessem na outra foto, conosco. Creio que, nessa questão do Senado, uma senhora chamada opinião pública não deve estar longe de nós. Mas sei que as contradições que o DEM tem com o PT são viscerais.

‘Vencemos o preconceito, não sofremos de PTfobia’


Arthur Virgílio disse que, para apoiar Tião Viana, candidato do PT, o PSDB venceu o preconceito que separa as duas legendas.


“Não sofremos de PTfobia”, disse.


- É fato que Sarney se negou a prover os cargos reivindicados pelo PSDB?
Isso é uma mentira. Eles dariam tudo o que a gente quisesse e mais o resto. Até porque um homem com a idade do presidente Sarney merecia estar dormindo a essa hora. Mas, preocupado, está bem acordado [Virgílio conversou com o repórter à 1h, já na madrugada deste sábado]. Então, isso é uma balela de baixo nível.

- Não negaram ao PSDB a comissão de Relações Exteriores?
Eles estavam buscando todas as fórmulas para nos contemplar. Buscavam uma maneira de não deixar mal o Garibaldi [Alves]. Também acho que ele não deve ficar mal. Foi um grande presidente do Senado. Merece uma comissão importante. Falaram em dar a comissão de Relações Exteriores para o ex-presidente Fernando Collor [PTB-AL]. Acho prematuro. No lugar dele, eu não postularia. Depois de tudo o que houve, a forma como ele deixou a presidência [da República]... Eu teria mais cuidado. Mas creio que não farão. A terceira escolha, pela proporcionalidade, é nossa. E podemos escolher a comissão de Relações Exteriores. Não há pecado em discutirmos quais comissões devem ser nossas. No pau, sem negociação, a gente tem, pelo tamanho da bancada, a terceira escolha. Vale para a Mesa e para as comissões.

- Não receia perder espaço com Tião Viana?
O Tião me perguntou: o que você acha que a bancada precisa para ser contemplada. Eu disse: nada. Basta que você cumpra os compromissos assumidos conosco. Nossas posições nós vamos buscar fazendo valer o princípio da proporcionalidade.

- Podem ficar sem a comissão de Economia, não?
Eu estava cheio de dedos quando telefonei para o Tasso [Jereissati, candidato do PSDB à comissão de Economia]. Queria dizer a ele que não era a hora de discutirmos a comissão de Economia. O Tasso nem deixou que eu completasse o raciocínio. Ele me disse: ‘Arthur, esse não é o nosso esquema’. O Tasso está constrangido. Tem amizade com o Sarney. Mas foi empurrado para essa negociação por nós. Ele tinha mais simpatia pelo Tião.

- Por que a decisão de apoiar Tião Viana foi tomada em Recife?
Havia uma reunião programada do Sérgio [Guerra] com o Tasso, que voltava do exterior. Eles conversariam com o Jarbas Vasconcelos [senador dissidente do PMDB, pró-Tião]. Eu disse ao Tasso, pelo telefone: Dessa vez o Jarbas está certo. E ele: ‘Não me diga que você acha isso! Arthur, a opinião pública deseja que a gente marche com o projeto do Tião’. Eu estava em Brasília. Ele falou: ‘Vem pra cá’. Eu fui. Chegamos a um entendimento em cinco minutos.

- Entre os tucanos, o sr. era o mais envolvido com a opção Sarney, não?
É verdade. Eu dizia: não tem lógica, em princípio, a gente apoiar o PT. Só que me convenci de que não dava. O senador Renan é líder do PMDB. Temos de dialogar com ele. Mas me dei conta de que a moldura que ele montou não era a minha. Na reunião com eles, fiquei inquieto. Depois, chego no meu gabinete e encontro uma carta do senador Tião Viana. Uma resposta à nossa pauta de reivindicações. Adorei a resposta. Gostei muito. Demonstrou consideração. Faço o quê? Finjo que não recebi?

- O Sarney se negara a subscrever?
Não quis subscrever, embora dissesse que concordava com as linhas gerais.

- Como foi o seu contato com a Roseana Sarney?
Liguei pra ela, pra informar da nossa decisão. Disse: Olha, Roseana, já tive problemas de relacionamento com seu pai. Não tenho mais. Falei que a reunião que tivemos com eles foi definitiva pra mim. Disse que eu não era o único que estava amargurado.

- Os demais integrantes da bancada foram ouvidos?
Sim. Telefonamos para todos eles. Alguns disseram que iam votar em Sarney contrariados. O senador Álvaro [Dias, PR] discrepou, mas disse que seguirá o partido. O senador Papaleo [Paes, AP], que tem uma situação peculiar no Amapá, também divergiu.

- O time de Sarney diz que terá pelo menos quatro votos do PSDB. Procede?
Acho muito difícil ter traição do nosso lado. É melhor eles cuidarem da horta deles. Isso demonstra uma certa preocupação e muita insegurança.

- A divergência do senador Papaleo será acatada?
Pra mim ele disse que seguiria o partido. Depois, em público, disse que votará em Sarney. Não gostei do método. Vou buscar os votos da minha bancada. Houve concordância. Quero 12 dos 13 votos. Se puder convencer o Papaleo eu o farei.

- Ao optar por Tião Viana, os srs. esqueceram 2010?
Fomos bem entendidos pela bancada. Não houve diferenças.

- Serra e Aécio foram consultados?
O Sérgio Guerra havia conversado com eles antes. Mas nós, no Senado, conquistamos uma posição muito boa. Respeitamos os nossos governadores e o presidente Fernando Henrique. Mas a bancada opera com autonomia. Não há hierarquias entre nós. Isso ficou muito claro na votação da CPMF. E os nossos candidatos à sucessão presidencial minimizaram os efeitos eleitorais desse processo do Senado.

- Não é contraditório que o PSDB vote num candidato do PT?
Nosso partido tem espírito público. Não quero dizer que outros, como o DEM, não tenham. Digo que nós temos. A ponto de apoiar uma pessoa do PT por entender que é o melhor para o Senado. Talvez o PT possa fazer uma autocrítica sobre a atitude deles em relação a nós. Quem sabe possamos estabelecer um diálogo de nível mais alto. O Tião é meu amigo. Mas não era ele que estava em jogo. Era o PT. Vencemos o preconceito. Não sofremos de PTfobia. No segundo turno contra o Collor, votei no Lula. Teríamos feito composição com Lula em 94 se ele não tivesse cometido a tolice de desancar o Plano Real. O vice dele talvez fosse o Tasso Jereissati. Hoje, divergimos de detalhes da forma como ele governa. O que não nos impede de exercitar nosso espiríto público.

- Acha que Sarney, se eleito, faria mal ao Senado?
Não digo que ele queira fazer mal ao Senado. Ele disse a nós uma frase forte: ‘Não vou enodoar a minha biografia’. Não tenho dúvida de que foi sincero. Mas é preciso analisar as condições: a base dele não quer mudança nenhuma. Que me perdoem eles. Mas essa não é a minha praia. Tentam nos espicaçar. Quanto mais insistirem nessa linha, mais eu irei esmiuçar as razões que nos levaram a pular fora.


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Escrito por Josias de Souza


Folha Online.


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sexta-feira, janeiro 30, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] ''... NEW AGE ...quack! quack! quack! ''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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FÓRUNS: O "SPOTLIGHT" E AS VERDADES DE CADA TABLADO

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Os palcos de Lula e Putin


Duas figuras originárias do comunismo, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, e seu colega chinês, Wen Jiabao, dominaram a cena em Davos, no primeiro dia da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, na quarta-feira.
A Rússia é membro do Grupo dos 8 (G-8), ao lado das 7 maiores economias capitalistas.
A China tomou o lugar da Alemanha como terceira maior economia do mundo, mantendo ainda hoje uma combinação muito particular entre o velho centralismo e os novos e bem-sucedidos compromissos com a economia de mercado. Os dois encontraram nessa pequena cidade alpina um bom palco para discutir a recessão global, condenar a permissividade financeira, propor soluções para a superação da crise e mostrar, sem bravatas, por que vale a pena levar em conta seus pontos de vista e investir nos seus países. Nenhum deles pronunciou a palavra soberania, talvez por não terem dúvidas sobre a autodeterminação de seus países. Apenas tiveram de se privar da companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empenhado em afirmar a relevância do Brasil no alegre Fórum Social Mundial de Belém.

Sem levantar cartazes nem gritar palavras de ordem, Vladimir Putin e Wen Jiabao foram inclementes na condenação dos erros políticos que facilitaram a criação da bolha financeira e depois, como consequência, a maior crise do pós-guerra, ou, segundo alguns, dos últimos setenta anos. Foram capazes também de argumentar tecnicamente, ao analisar as soluções adotadas pelos governos e ao propor alternativas. Putin realçou, por exemplo, a importância da limpeza dos balanços das instituições financeiras, com a eliminação - dolorosa mas indispensável, segundo ele - dos ativos tóxicos.

Cada um, à sua maneira, defendeu a regulação dos mercados como indispensável à segurança da economia. Mas Putin julgou necessária uma advertência: os governos cometerão um erro perigoso se não souberem limitar a intervenção na economia, levados por uma "fé cega na onipotência do Estado". Esse erro, afirmou, foi cometido pelos governantes soviéticos. Uma das consequências foi o baixo poder de competição da economia soviética. "Esse erro nos custou muito caro e estou certo de que ninguém quer vê-lo repetido."

Mas a intervenção, segundo Putin, já está indo longe demais. A ação dos governos, a partir da crise, está erodindo "o espírito da livre empresa, incluído o princípio de responsabilidade pessoal dos empresários, dos investidores e dos acionistas por suas decisões".

O Estado russo, pode-se argumentar, ainda participa de grandes empreendimentos industriais e tem ajudado os bancos afetados pela crise. Quando confrontado com essa objeção, ele tem respostas prontas. A Rússia, segundo ele, não faz nada muito diferente, nesse campo, do que se faz em muitos países da Europa Ocidental, onde há uma forte presença do setor público em certos setores, como o de energia e o da indústria aeronáutica. Mas é preciso, insiste o primeiro-ministro, discernir os setores onde a atuação do Estado pode ser útil à construção de uma economia competitiva, sem controlar e sem regular mais do que o necessário. O Estado russo participa de duas das quinze principais empresas do setor petrolífero e o mercado está aberto ao capital privado nacional e estrangeiro. Na ação anticrise, argumenta, o objetivo deve ser o aperfeiçoamento dos mecanismos do mercado, não a sua eliminação.

Também é preciso, segundo o primeiro-ministro russo, evitar a tentação das medidas populistas e dos gastos imprudentes na realização das ações anticrise. "O inchaço irresponsável do déficit orçamentário e a acumulação de dívida pública podem ser tão destrutivos quanto as aventuras no mercado de ações." Este é um lembrete precioso, quando o velho estatismo ameaça reaparecer, triunfante, prometendo a redenção do mundo sobre as ruínas do mercado. Esse risco é particularmente sensível na América Latina e o presidente Lula não parece decidido a resistir à tentação de retomar as bandeiras dos anos 50. A distância entre Davos e Belém não é apenas geográfica. É principalmente histórica e é explicável, em grande parte, por uma singular incapacidade de aprender com a experiência. Os emergentes nostálgicos dos anos 50 fariam bem em reler os sábios conselhos de Putin todas as noites antes de apagar a luz.
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090130/not_imp315316,0.php
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BELÉM/FÓRUM MUNDIAL SOCIAL [In:] "VIVA! VIVA! VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA..."

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Passeata une defensores da maconha


No sábado, 31, um movimento deve chamar atenção no Fórum Mundial Social. É a passeata pela legalização da maconha. A caminhada, que acontecerá no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia, faz parte dos preparativos para a 'Marcha da Maconha', uma versão brasileira da 'Marijuana Global March', que existe desde 1999 e que, no primeiro fim de semana de maio, leva os defensores da legalização da maconha para as ruas de vários países.

A programação no FSM começará às 12 horas, na Tenda Mundo Livre, dentro do Acampamento da Juventude, na Ufra. Serão três horas seguidas de debates sobre a legalização das drogas e uma oficina sobre como organizar a 'Marcha da Maconha' nas cidades brasileiras. A partir das 15 horas, os adeptos da causa saem em passeata pela Ufra.

'Queremos descriminalizar a droga e propor um debate sério sobre a legalização de todo o ciclo de produção da maconha, desde o plantio, passando pela comercialização e o uso', afirmou Renato Cinco, do Movimento Nacional pela Legalização da Maconha. Ele explica que a primeira 'Marcha da Maconha' no Brasil ocorreu em 2002 e que, no ano passado, foi realizada simultaneamente em onze cidades brasileiras.

A intenção, segundo ele, não é fazer apologia ao uso de drogas. 'A proibição traz efeitos mais nocivos do que a própria droga. O comércio ilícito só incentiva a violência. Queremos a maconha seja utilizada não só para consumo, mas também para seu uso medicamentoso e ambiental', argumentou. Ele disse também que é preciso rever a legislação de drogas no mundo.

Mais de cem litros de chá alucinógeno vão ser distribuídos hoje na UFPA

Chá do sacramento, vinho das almas, ayahuasca ou apenas chá do Santo Daime - como é mais conhecido - será distribuído hoje, a partir das 18 horas, no Espaço Intereligioso da Universidade Federal do Pará (UFPA). O ritual de distribuição do chá conclui o trabalho iniciado ontem pela professora Maria Betânia de Albuquerque, que estuda a religião amazônica há dez anos. Betânia proferiu, ontem à tarde, uma palestra sobre a educação através da religião do Santo Daime. O ritual de hoje é aberto ao público participante do Fórum Social Mundial (FSM). O ayahuasca, segundo ela, é contraindicado somente para quem usa remédios controlados.

'Não há restrições com relação a idade ou sexo da pessoa. Até mulheres grávidas podem participar do ritual, porém elas receberão uma dosagem menor da bebida', ressalta Maria Betânia. Ela sugere também que os interessados em participar do ritual se abstenham de sexo e álcool durante todo o dia de hoje. 'É sugerido que não se consuma álcool e alimentos gordurosos e faça sexo. Tudo para que a pessoa esteja com o corpo e mente purificados para receber a bebida sagrada', explica a professora.

Os adeptos do Santo Daime não consideram a bebida como alucinógena e referem-se ao chá como sendo 'enteógeno' , palavra que significa 'gerador da divindade interna'. Maria Betânia define os efeitos da bebida como 'ativadores de estações da mente'. Segundo ela, 'o ayahuasca aguça os sentidos e amplia a percepção de mundo de quem participa do ritual. A pessoa passa a conhecer seu interior e entra em contato com as verdades que estava buscando', disse.

Hoje, serão distribuídos pouco mais de 100 litros da bebida sagrada dos daimistas.

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http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=396861
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BELÉM/FÓRUM SOCIAL MUNDIAL: ''O PONTO G'' DA ESQUERDA

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Lula encontra Evo, Chávez e Lugo e diz que ''deus mercado quebrou''

Leonencio Nossa, BELÉM


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou ontem, ao participar do Fórum Social Mundial, na capital paraense, que governo não deve ceder a pressões por cortes de gastos nas áreas social e de infraestrutura para enfrentar a crise financeira.

A declaração foi feita em meio à polêmica gerada pela ampliação do programa Bolsa-Família ao mesmo tempo em que o governo anuncia um congelamento de gastos do Orçamento de 2009 que pode chegar a R$ 37 bilhões.

Aos ativistas reunidos em Belém - e aos outros quatro presidentes latino-americanos participantes do evento -, Lula disse que os países ricos não têm lições a oferecer no combate à crise que provocando aumento do desemprego e queda na produção em praticamente todo o mundo.

"Eles (os países ricos) tinham a solução para todos os nossos problemas e diziam o que tínhamos de fazer. Parecia que eles eram infalíveis e nós, incompetentes. Mas Deus escreve certo por linhas tortas, porque o ''deus mercado'' quebrou", ironizou.

"Eles diziam que tínhamos de fazer ajuste fiscal, cortar gasto, fazer choques de gestão e mandar trabalhadores embora. É hora, na verdade, de investirmos, de colocarmos dinheiro nos setores produtivos", acrescentou Lula, aproveitando a ocasião para falar do plano de seu governo de promover a construção de 1 milhão de casas populares nos próximos dois anos.

O Fundo Monetário Nacional, uma das organizações internacionais mais criticadas pelos grupos participantes do fórum, foi alvo de ironias por parte do presidente. "Agora espero que o FMI diga para o nosso querido Obama como ele tem de consertar os Estados Unidos e que diga para os outros países ricos como eles têm de consertar a crise."

Lula fez uma retrospectiva de sua participação no fórum desde o primeiro encontro, em Porto Alegre, em 2001. Ressaltou que os organizadores e participantes do evento sempre fizeram sugestões na área financeira e econômica contrárias às apresentadas por especuladores e pelo chamado Consenso de Washington, que aplicava, nas suas palavras, cartilhas muito rígidas aos países pobres, inibindo o crescimento econômico.

"A gente dizia que outro mundo era possível", afirmou, se referindo ao slogan do fórum. "Agora dizemos que outro mundo é necessário e imprescindível."

O presidente ressaltou a necessidade de discutir a formação de "uma nova ordem econômica" mundial e destacou a importância do G-20 - grupo que reúne os chamados países emergentes - como palco desse debate. "O G-20 tem de discutir o controle do mercado financeiro."

Ao criticar a falta de regulação financeira internacional e as teses de diminuição do papel do Estado, Lula afirmou: "É o Estado que não prestava para nada que está colocando bilhões de dólares para consertar a economia. Agora eles fecharam a boca, porque quebraram por pura especulação."

Observado pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Rafael Correa, do Equador, e Fernando Lugo, do Paraguai, disse que a eleição deles representa uma nova correlação de forças no continente.

CRISE

Lula pretende aproveitar o fórum - e o público amplamente simpático às teses que defende - para destacar que seu governo promoveu e incentivou um importante mercado de consumo, formado por pessoas de baixa renda, que hoje contribui para amenizar os efeitos da crise econômica no País. Esse mercado foi levantado por programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, segundo destacou Lula em tópicos preparados antes do encontro, a cujo teor o Estado teve acesso.

O presidente também pretendia abordar na visita a Belém o problema da devastação da Amazônia. Em um dos tópicos do documento, ele destacou que é preciso um modelo de preservação sustentável da floresta. A área ambiental do governo, segundo avaliações do próprio Palácio do Planalto, é uma das mais deficientes da gestão Lula. Desde 2003, o governo não conseguiu apresentar uma política concreta para o setor.

O discurso de Lula foi feito no final da noite no seminário A América Latina e o Desafio da Crise Financeira Internacional. O presidente foi o último a discursar. Antes do seminário, contudo, Lula se reuniu com Chávez, Correa, Morales e Lugo, no Hotel Hilton. O encontro foi a portas fechadas.
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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090130/not_imp315439,0.php
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AMAZÔNIA LEGAL: A "LEGALIZAÇÃO" DO FÓSFORO

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Amazônia sofreu destruição de 17% em cinco anos, diz ONU


- Um relatório prestes a ser divulgado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005.

A informação foi noticiada pelo jornal francês Le Monde na quinta-feira, e foi confirmada à BBC Brasil pelo Pnuma.

Segundo o jornal, durante este período foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores - o equivalente ao território da Venezuela.

A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, mas os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pela Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru.

'Irreversível'

"A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao Le Monde.

Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal.

"O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma.

A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, que "vivem uma situação de grande pobreza". "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse.

O Le Monde conclui o artigo citando que o Pnuma pede um maior envolvimento internacional para ajudar financeiramente os países que abrigam a floresta, e cita como possível caminho o Fundo Amazônia, que prevê o investimento de fontes estrangeiras para desenvolver projetos que combatem o desmatamento.

O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia.
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BBC Brasil. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,amazonia-sofreu-destruicao-de-17-em-cinco-anos-diz-onu,315495,0.htm
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DAVOS & BELÉM: TORRE DE BABEL

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OUTRO MUNDO

Fernando Gabeira

Rio de Janeiro. Quando estava preso, Affonso Romano me visitou e disse que achava que nossa visão revolucionária tinha muito de religioso. Naquele momento, estranhei. Mais tarde, lendo a conferência de George Steiner, "Os Sonhadores do Absoluto", percebi que havia afinidades. Sobretudo nessa certeza em determinar o sentido do homem, em sonhar com um mundo completamente novo, inclusive com um homem novo.
No meio da década de 60, no bar Degrau, disse para Bolívar Lamounier que, como Sartre, achava o marxismo o horizonte intelectual insuperável de nosso século. "Bobagem do Sartre", respondeu diante do copo de chope. Também estranhei. Sartre era o filósofo.
Tinha muitas reações de estranheza diante dos livros de Isaiah Berlin. Ele escreveu numa revista "Encounter" financiada pelo governo americano. Era considerado da CIA. A qualidade de sua obra me conquistou. Além de entender a Revolução Russa, achou bem no romantismo alemão as raízes revolucionárias. Homem novo? Sentido da história? Todas essas grandes ideias passam por sua análise fria, liquidificadora.

Leio agora sobre a Europa. Deu um grande salto no pós-Guerra. Um a um, os partidos social-democratas se livraram das certezas da história, contentando-se com o aumento do poder de consumo, a maior liberdade das pessoas, uma estabilidade democrática. Vista retrospectivamente, foi uma extraordinária conquista.

Nesse momento de crise, em vez de outro mundo, peço um mundo melhor. É o caminho para abordar a economia e a degradação ambiental. Uma vez foi tentada uma conferência entre os dois fóruns, Davos e Porto Alegre. Um caos. Cada um falava a sua língua. Não conseguiram se entender. Se houver outro mundo, ou, mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses?
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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz3001200905.htm
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ELEIÇÕES/SENADO: FAÇAM SUAS APOSTA$ III

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Elza Fiuza/Br

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O PSDB optou por apoiar a candidatura do petista Tião Viana (AC) à presidência do Senado.

O líder tucano Arthur Virgílio (AM) já comunicou a decisão ao candidato petista.

Deu-se num telefonema disparado pouco antes das 22h desta quinta.

Antes, Virgílio discara para Roseana Sarney (MA), filha e coordenadora da campanha de José Sarney (PMDB-AP), o rival de Tião.

A deliberação do PSDB foi tomada em reunião realizada no Recife (PE), na casa de Sérgio Guerra (PE), presidente do partido.

Além de Virgílio e Guerra, participou do encontro o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Os outros senadores tucanos foram consultados pelo telefone. Exceto Mário Couto (PA). Em viagem ao exterior, Couto não foi localizado.

Há pouco, o senador Arthur Virgílio confirmou ao blog: "Nossa decisão está tomada. Apoiaremos o senador Tião Viana..."

"...Fizemos a opção que consideramos melhor e mais adequada para o Legislativo..."

"...O senador Tião Viana se comprometeu conosco a aprofundar uma agenda de reformulação do funcionamento do Legislativo".

Ouvido pelo repórter, Tião disse que “o elo” do entendimento que celebrou com o tucanato “foi a carta-compromisso do PSDB”, que, na véspera, subscrevera e respondera.

“O PSDB me informou que não reivindica nada além disso”. E quanto aos cargos na mesa diretora e nas comissões do Senado?

Tião responde: “Esse assunto, o PSDB me informou que vai tratar dentro do que está previsto nas regras da proporcionalidade das bancadas.”

Sob a aparência de despredimento, o tucanato almeja pelo menos três cargos: a primeira vice-presidência do Senado e o comando das comissões de Economia e de Relações Exteriores.

São posições que, na véspera, Tião dissera aos tucanos que conseguiria prover.

A decisão do PSDB representa um inédito racha no bloco partidário que faz oposição a Lula no Senado.

Horas antes, o DEM formalizara o apoio a Sarney. Esperava-se que o tucanato fosse no mesmo rumo.

Mas as relações da cúpula tucana com Sarney haviam saído dos trilhos já na quarta, conforme noticiado aqui.

Embora lamente a opção do parceiro, José Agripino Maia (RN), o líder do DEM, disse que a parceria com o PSDB não sofrerá abalos.

"Nossas convergências são permanentes e nossas divergêncis são pontuais", afirmou Agripino.

O PSDB dispõe de 13 votos no Senado. Noves fora o risco de pelo menos duas traições, ao migrar para Tião o tucanato injeta ânimo numa candidatura que Lula abandonara à própria sorte.

Os aliados de Sarney sustentam que, mesmo sem o PSDB, o morubixaba peemedebista já disporia de votos suficientes para prevalecer em plenário. A ver.

De perceptível, por ora, apenas a sensação de que, vitaminado pelo PSDB, Tião Viana voltou ao jogo.

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Escrito por Josias de Souza. Folha Online.
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ELEIÇÕES/SENADO: FAÇAM SUAS APOSTA$ II

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Reunida nesta quinta (29), a bancada de senadores do DEM ratificou algo que seu líder, José Agripino Maia (RN) já negociara: o apoio a José Sarney (PMDB-AP).

Assim, Sarney ganha 14 votos potenciais. A votação é secreta. Pode haver traição. Mas os senadores ‘demos’ assumiram o compromisso de respeitar a posição partidária.

Agripino vinha negociando o apoio a Sarney desde o final do ano passado. Numa fase em que o candidato ainda dizia que não iria à disputa.

O líder ‘demo’ dialogava com o próprio Sarney e com o centro-avante dele, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Formalizado o apoio, Agripino justificou a decisão do partido com o discurso antipetista que caracteriza o DEM.

"O senador Sarney é um homem de diálogo, não é petista, não tem alinhamento com o Executivo...”

“...O senador Tião [Viana] é integrante do PT, que já detém o Executivo. Ter a presidência da República e do Congresso é um pouco demais".

Curiosamente, ao declarar-se “neutro” na disputa, Lula facilitou a progressão de Sarney.

Hoje, o candidato apoiado pelo DEM parece mais conveniente ao Planalto do que o rival petista Tião Viana.

Confirmando-se a eleição de Sarney, o DEM beliscará, entre outras posições, dois dos cargos mais cobiçados do Senado.

Acomodará Heráclito Fortes (DEM-PI) na primeira secretaria. É uma espécie de prefeitura do Senado, que gere um orçamento de mais de R$ 2 bilhões.

Para a cadeira de presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) vai o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

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Escrito por Josias de Souza. Folha Online.
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ELEIÇÕES/SENADO: FAÇAM SUAS APOSTA$

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José Cruz/ABr


A adesão do PSDB à candidatura de Tião Viana (PT-AC) levou o comando da campanha de José Sarney (PMDB-AP) a se debruçar sobre a máquina de calcular.


Os senadores são contados em 81. Bastam 41 para eleger o presidente. Antes do gesto do tucanato, o time de Sarney estimava que ele prevaleceria sobre Tião com cerca de 55 votos.


Refeitas as contas, estima-se agora que, mesmo sem o suporte do tucanato, Sarney ainda dispõe de pelo menos 46 votos –cinco além do necessário.


Se as contas da tropa de Sarney estiverem corretas, Tião Viana colecionaria no plenário apenas 35 votos, já computados os tucanos.

Mas a contabilidade de Tião não bate com a de Sarney. O candidato do PT, tido como morto no início da semana, exibia na noite passada ânimo renovado.


Em privado, Tião dizia aos correligionários que, tonificada pelo PSDB, sua planilha de votos somava 38 senadores –três aquém do que necessita.

Como sói acontecer em períodos pré-eleitorais, somando-se os votos que Sarney imagina ter com os votos que Tião acha que terá chega-se a um número implausível.


Senão vejamos: 46 de Sarney + 38 de Tião = 84 votos. Como só há 81 senadores, estão sobrando na soma três eleitores. Alguém mente. Ou se ilude.


De concreto, tem-se apenas a constatação de que o movimento do PSDB produziu um notável estreitamento da diferença que separa Tião Viana de José Sarney.

Por ora, é possível dizer: 1) Tião livrou-se da derrota por goleada; 2) O petista tem até domingo (1) para virar os votos que lhe faltam –três, pelas suas contas; seis, pela aferição de Sarney.


Parece pouco. Mas não é coisa fácil de se obter em três dias. A eleição está marcada para a próxima segunda-feira (2), às 10h.

Na reunião em que o PSDB decidiu migrar de Sarney para Tião, o tucano Tasso Jereissati (CE) fez uma previsão aos colegas Arthur Virgílio (AM) e Sérgio Guerra (PE).

Tasso disse que, submetido a uma contabilidade apertada, Sarney desistiria de concorrer à presidência do Senado até domingo (1).


Em seus diálogos privados, um redivivo Tião Viana fazia a mesma aposta. Afirmava que seu rival não jogaria a biografia numa eleição de resultado incerto.

O blog ouviu na noite passada dois integrantes do alto comando de Sarney. Riram-se do vaticínio de Tasso e de Tião. Disseram que Sarney irá, sim, à sorte dos votos.


Brasília terá um final de semana elétrico. Coordenador da própria candidatura, Tião Viana, em contato com os colegas, leva sua lábia às raias do paroxismo.

A partir deste sábado (31), Tião vai dispor da ajuda de Jarbas Vasconcelos (PE). Dissidente do PMDB, Jarbas virá do Recife para Brasília. Só para auxiliar o petista.


Aparentemente avesso à idéia de renúncia insinuada nas predições de Tasso e de Tião, Sarney terceirizou a tarefa de cabalar votos.

Serve-se dos bons préstimos da filha, Rosena Sarney (PMDB-MA), e do ex-quase-senador-cassado Renan Calheiros (PMDB-AL).

Reconduzido à liderança do PMDB, Renan tornou-se uma espécie de centro-avante da candidatura Sarney. Tião Viana lhe inspira os instintos mais primitivos.

De volta à vitrine, Renan fará o que for necessário para impor um revés a Tião. O jogo, que parecia jogado, ganhou nova dinâmica na noite passada.


Rifado por Lula, o petista Tião Viana foi como que ressuscitado –suprema ironia!— pelo PSDB, adversário potencial do petismo e do Planalto na sucessão de 2010.

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Escrito por Josias de Souza, Folha Online.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

30 de janeiro de 2009

O Globo

Manchete: Crise já provoca medo de nova onda protecionista
Pacote americano pode criar barreiras a produtos europeus e brasileiros

O Fórum Econômico, de Davos, foi marcado por alertas de que uma nova onde de protecionismo ameaça o mundo diante do agravamento da crise financeira. A Comissão Européia disse que vai contestar cláusula do pacote americano que proíbe a compra de ferro e aço estrangeiros - como europeus e brasileiros - para projetos de infraestrutura financiados com recursos do Tesouro. O pacote de Obama será votado em breve no Senado. Em Belém, no Fórum Social, os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai) celebraram o 'colapso do neoliberalismo de Davos'. Greve na França levou um milhão às ruas. (págs. 1, 19 a 22 e Merval Pereira)

BNDES dará socorro direto a montadoras

O BNDES pode liberar recursos para ajudar montadoras no Brasil. Hoje, o presidente do banco reúne-se com representantes do setor. A Ford teve prejuízo de US$ 14,5 bilhões em 2008, o maior em 105 anos de história. (págs. 1 e 24)

É grave a crise: até FMI pede empréstimo

O Fundo Monetário Internacional está negociando um empréstimo de US$ 100 bi do Japão e deve fazer seu primeiro lançamento de bônus pra reforçar o caixa e enfrentar a crise global. (págs. 1 e 20)

STF ouvirá Itália sobre caso Battisti

O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, ouvirá o governo da Itália antes de decidir se concede liberdade a Cesare Battisti. O ministro Tarso Genro, que concedeu refúgio a Battisti, disse que a Itália ainda está fechada nos anos de chumbo e que o Brasil fez a pacificação política em relação à ditadura. (págs. 1 e 4)

Federais têm professores que ganham R$ 383

As universidades federais pagam R$ 383 por mês (menos que o mínimo) para professores substitutos de medicina, enfermagem e outras áreas. Eles trabalham 20 horas semanais. "É uma das fragilidades do sistema. Como vamos contratar profissionais competentes e dedicados com esse salário?", critica o reitor. (págs. 1 e 8)

As mulheres de Obama

O presidente dos EUA assina sua primeira lei, que facilita indenizações por discriminação salarial de mulheres. (págs. 1, 25 a 27 e editorial "Poder inteligente")

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Folha de S. Paulo


Manchete: O governo quer comprar e revender casa popular

Medida para aquecer mercado atingiria quem ganha de R$ 1.200 a R$ 2.200

Por meio de licitação, o governo quer comprar casas de construtoras e refinancíá-las pela Caixa Econômica Federal. A medida é parte de pacote que deve ser fechamento na semana que vem. Os financiamentos beneficiaram quem tem renda mensal entre R$ 1.200 e R$2.200. O governo quer a construção de 1 milhão de moradias até 2010 em todo o pacote habitacional. Para quem recebe no máximo R$ 1.200 por mês, já existe financiamento subsidiado. O plano prevê a redução de impostos da área de construção. Os principais objetivos d pacote são manter aquecido o mercado de construção civil e atender a uma faixa de renda que não consegue financiamento a juros subsidiados nem pode arcar com os que já existem. A empresas pediram de R$ 1.500 a R$ 1.600 por metro quadrado, mas o presidente Lula achou caro. Os estudos envolvem unidades de 40 metros quadrados, 60 metros quadrados e 80 metros quadrados. Nas planilhas mostradas ao governo, constatou-se que 40% dos custos se referem a taxas, impostos, seguros e “spread”. (Págs. 1 e B1)

PSDB vai apoiar candidato do PT no Senado

Depois de frustradas as negociações com o PMDB, a cúpula do PSDB resolveu apoiar a candidatura de Tião Viana (PT-AC) á presidência do Senado. O anuncio dos tucanos reforça a campanha do petista, que vinha sendo esvaziada desde que José Sarney (PMDB-AP) decidiu entrar na disputa. (Págs.1 e A7)


TVs têm beneficio fiscal em troca de programa nacional

Novo artigo da Lei do Audiovisual dá ás TVs que comprarem eventos esportivos ou filmes estrangeiros incentivo fiscal para a produção de programas nacionais, relata Laura Mattos. O imposto sobre a compra dos “enlatados” é abatido. Emissoras já procuram obter o incentivo. (Págs.1 e E1)


Fernando Gabeira: É muito difícil fóruns como esses contribuírem para um mundo novo

A visão revolucionaria tem muito de religiosa. Sobretudo na certeza em determinar o sentido do homem, em sonhar com um mundo completamente novo. Uma vez foi tentada uma conferência entre os fóruns de Davos e Porto Alegre. Um caos. Cada um falava a sua língua. Não conseguiram se entender. Se houver outro mundo, ou mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses? (Págs. 1 e A2).
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O Estado de S. Paulo


Lula diz que governo não aceita cortar gastos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo não deve ceder à pressão por cortes de gastos para enfrentar a crise financeira. Durante o voo de Brasilia a Belém, onde participaria do Fórum Social Mundial, ele avaliou que, em momentos difíceis, o governo deve agir de maneira oposta. "O mais importante não é corte de gastos e choque de gestão", disse. "A gente não precisa de lição dos países ricos." (págs. 1 e A4)

Frase-Presidente Lula

"O importante é proteger os desprotegidos e garantir a renda e o emprego do trabalhador"

Os palcos de Lula e Putin

A distância entre Belém e Davos não é só geográfica. É histórica. Os nostálgicos dos anos 50 fariam bem em reler os conselhos dados por Putin no Fórum Econômico. (págs. 1 e A3)

BC admite 'contração' e indica novo corte de juro

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetâria (Copom) do Banco Central reconhece que o consumo deixou de pressionar a inflação. "Há sinais de que, depois de um longo período de expansão, a demanda doméstica teria passado a exercer influência contracionista sobre a atividade econômica", diz o texto. O tom adotado no comunicado reforçou a expectativa de que o BC continue a cortar a taxa de juros. (págs. 1 e B4)

Janeiro tem deflação no índice dos alugueis

A inflação medida pelo IGP-M caiu 0,44% em janeiro. Foi a menor taxa desde setembro de 2005. (págs. 1 e B4)

Berlusconi, em protesto, cancela visita ao Brasil

Diante do desgaste das relações bilaterais provocado pelo caso Cesare Battisti, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou sua visita ao Brasil, prevista para fevereiro, segundo informou fonte da chancelaria italiana. Em entrevista à revista IstoÉ, Battisti admite que pegou em armas e fez assaltos, mas nega que tenha executado inimigos. (págs. 1 e A10)

Guerra de banqueiros nos tribunais de NY

Conhecidos no mundo das finanças pela atuação agressiva, o ex-banqueiro Ezequiel Nasser e o banco americano Merrill Lynch estão brigando na Justiça de Nova York. Cinco fundos da família Nasser alegam ter sido induzidos pelo Merril Lynch a fazer maus negócios e cobram US$ 612 milhões a título de ressarcimento de perdas e indenização. Já o banco americano afirma ter levado um calote de Nasser, de quem quer receber agora US$ 78 milhões. (págs. 1 e B7)

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Jornal do Brasil

Manchete: Juros do BC devem cair a 9% este ano
Crise pode levar Selic ao menor nível da História

A taxa básica de juros (Selic), definida pelo Banco Central, vai cair mais depressa ao longo deste ano. Especialistas ouvidos pelo JB projetam, até dezembro, um índice de 9% - se confirmado, será o menor patamar da História. Mas advertem que o BC demorou a interpretar os sinais de recessão. A tendência de corte foi confirmada ontem, com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A desaceleração da economia ajuda a queda. No ano passado, a indústria teve o pior trimestre dos últimos 10 anos: desabou 17 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2007. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)

Governo ameaça fechar faculdades com ensino ruim

O Ministério da Educação determinou a aplicação de medidas cautelares contra três cursos de medicina cujo ensino é de má qualidade. Dois são do Rio: a Universidade Severino Sombra, em Vassouras, e o Centro de Ensino Superior de Valença. As duas instituições tiveram os vestibulares suspensos, e se não melhorarem até junho poderão ser fechadas. (pág. 1 e País, pág. A10)

Sociedade Aberta - Paulo Skaf

É possível reduzir a jornada e os salários para garantir fôlego e empregos. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta - Lucio de Brito Castelo Branco

Para sociólogo, o Brasil é o paraíso dos bandidos e dos torturadores. (págs. 1 e A7)

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Correio Braziliense

Manchete: “A briga está boa”
Dizendo-se ainda “entrincheirado” em favor da construção da Praça da Soberania na Esplanada e sentindo-se estimulado pela polêmica, arquiteto escreve texto, manda ao Correio e desqualifica os críticos, citando o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal. Ao defender o monumental obelisco em frente à Rodoviária, Oscar Niemeyer se permite uma velada e raríssima crítica ao projeto urbanístico de Lucio Costa, o Plano Piloto - segundo ele,“dividido entre pobres e ricos, os primeiros em seus apartamentos confortáveis (…), os outros esquecidos pelas cidades-satélites”. A respeito do debate, o Palácio do Buriti informou que o assunto não será tratado na reunião do governador José Roberto Arruda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para o início de fevereiro. (págs. 1 e 21)

Obama tira Irã do Eixo do Mal

Jornal inglês revela, e Casa Branca não desmente, que diplomatas norte-americanos preparam carta destinada ao Irã. Seria um documento de reaproximação, possivelmente endereçado à população. Autoridades iranianas reagem com otimismo à novidade. (págs. 1 e 16)

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Valor Econômico

Manchete: Itaipu e térmicas trazem reajuste maior de energia
Os efeitos da rápida desvalorização do real ante o dólar ainda vão chegar aos consumidores de energia elétrica. Quase 40% do reajuste estimado para o ano pelo Comitê de Política Monetária, de 8%, virá da energia de Itaipu, que é dolarizada e afetará as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, o faturamento de algumas distribuidoras aguentará o choque da redução do consumo de seus clientes industriais, que já começou em dezembro e tende a se acentuar neste trimestre.

Dos 8% de reajuste previstos pelo Copom, cerca de três pontos percentuais corresponderiam à variação do dólar da energia de Itaipu, segundo o diretor-geral interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana. A agência autorizou reajuste de 8,7% a partir deste mês. E toda a escalada do dólar que não for imediatamente para as contas - os reajustes para as distribuidoras são feitos uma vez por ano, ao longo do exercício - será remunerada pela Selic.

As empresas que terão suas receitas elevadas pelo reajuste são as que em 2008 tiveram revisões que diminuíram suas tarifas: CPFL, EDP Energias do Brasil, Celesc, Copel e Cemig. A AES Eletropaulo tem uma situação peculiar. O reajuste para sua área de concessão foi de pouco mais de 8%, a partir de julho de 2008. Na época, o dólar considerado foi de R$ 1,63. Como a energia de Itaipu representa 30% do que a empresa compra para distribuir, a elevação da moeda americana, cotada ontem a R$ 2,30, tem impacto maior no caixa da empresa do que em outras companhias. Todo esse gasto será integralmente repassado em julho, acrescido da remuneração da Selic. O diretor de regulação da AES, Ricardo Mourão, diz que essa devolução acontece ao longo dos 12 meses seguintes ao reajuste. Logo, o caixa não é recuperado de uma só vez, mas a Selic incide ao longo desse período.

Pesarão ainda nas tarifas a inflação passada - o IGP-M em torno de 8%, dependendo da data de reajuste da distribuidora -e a conta de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2008 por causa da manutenção das térmicas em funcionamento e que terá impacto de cerca de 1,5 ponto percentual a mais nos preços. O reajuste da Bandeirante Energia, em outubro, dá uma idéia da pressão sobre as tarifas, porque foi influenciado pelos mesmos fatores: 15%. (págs. 1 e B6)



Expectativa do governo sobre a crise piora

Os prognósticos do governo sobre a economia pioraram sensivelmente do fim do ano passado para cá. O ativismo do governo na produção de idéias e elaboração de medidas para enfrentar a crise e, com isso, minimizar a onda de desemprego que é esperada para os próximos meses pode ser um reflexo dessa deterioração das expectativas.

Já não se nega com a mesma veemência de antes a possibilidade de 2009 chegar mesmo a não ter crescimento algum. Isso não é esperado, mas não é impossível. O nível de dispersão das expectativas para o PIB vai de zero a 3%. Mesmo o rebate do crescimento de 2008 para 2009, calculado entre 1 % e 2%, não deve ocorrer. O mais provável é que o país possa crescer cerca de 2% neste ano. (págs. 1 e A2)

OMC suspeita de subsídio em juros do BNDES e BB

A Organização Mundial do Comércio (OMC) acaba de concluir relatório, que é feito a cada quatro anos, sobre a política comercial do Brasil no qual insufla a suspeita de que as taxas de juros cobradas pelos bancos oficiais, como BNDES e Banco do Brasil, carregam subsídios à produção e exportação. O estudo mostra que o papel do financiamento oficial no Brasil é mais importante do que em qualquer outro país em desenvolvimento, com juros que equivaleriam à metade dos praticados pelos bancos comerciais em 2008.

O documento, sigiloso, já foi entregue ao governo brasileiro. O crédito oficial foi o que mais causou debate entre os economistas da OMC na preparação do exame da política comercial do país. A pergunta era porque os juros continuam tão altos no Brasil e as taxas dos bancos oficiais, tão baixas em relação às do mercado. Ao Valor, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, rechaçou suspeitas de subsídios oficiais. Disse que há uma "deformação" na estrutura dos juros no país, porque a taxa de curto prazo é "extravagantemente elevada" e sempre foi assim desde o Plano Real. (págs. 1 e A3)

Previdência cobra R$ 458,9 milhões da Estácio de Sá

Maior empresa de ensino superior do país em número de alunos, a Estácio de Sá, do Rio, recebeu dois autos de infração da Receita Federal no valor de R$ 458,9 milhões, referentes a dívidas com o INSS. No centro da discussão está a validade do certificado de entidade beneficente que a Estácio possuiu até 2007 e que a isentava do pagamento de contribuições previdenciárias. O valor envolvido fez as ações caírem 6,6% no dia 22, quando a empresa divulgou a informação ao mercado. A Estácio diz que o risco de "perda" é remoto. Por isso, o valor não será provisionado no balanço.(págs. 1 e B1)

Empresas desistem do São Francisco

Mais duas empreiteiras, além da Camargo Corrêa, desistiram de sua parte nas obras de transposição do rio São Francisco. As construtoras LJA e Ebisa, que receberiam R$ 97,6 milhões para a instalação de estações de bombeamento, abandonaram o projeto alegando razões técnicas e financeiras. O Ministério da Integração Nacional recusou-se a aumentar o valor do contrato,e o consórcio formado pelas empreiteiras Gel e Tucuman, que ficou em segundo lugar na licitação, será convidado a assumir a tarefa.

Em uma reunião com as empresas envolvidas na obra, o ministro Geddel Vieira Lima dirá que não faltará dinheiro para o maior empreendimento do PAC com recursos exclusivamente orçamentários e vai exigir mais rapidez no andamento dos trabalhos. O projeto de integração das bacias hidrográficas do Nordeste é estimado em mais de R$ 6 bilhões, se forem levados em conta os investimentos feitos na revitalização do São Francisco.Geddel diz que não há riscos de atraso em função das desistências. Mas afirma que atrasos não serão tolerados, sob pena de rescisão contratual e substituição pelo Exército. "Eles (os empreiteiros) que tratem de fazer o serviço". (págs. 1 e A4)


Vale vende participação na Usiminas

Em uma operação que deve superar R$ 500 milhões, a Vale do Rio Doce deixará o capital da Usiminas. O negócio foi divulgado ontem pela Nippon Steel, que acertou a compra dos 5,9% de ações ordinárias que a Vale detinha na siderúrgica mineira. Os demais acionistas do bloco de controle - Votorantim, Camargo Corrêa e o Clube dos Empregados da Usiminas - têm preferência de compra, proporcionalmente a suas participações, Votorantim e Camargo Corrêa vão exercer o direito, segundo apurou o Valor, mas há dúvidas em relação ao clube dos empregados, dono de 10,1% das ações ordinárias da companhia.

A venda dos papéis da Vale não muda o equilíbrio de forças dentro do bloco de controle da Usiminas. (págs. 1, B1 e D2)

Deflação se aprofunda

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,44% neste mês, a taxa mais baixa desde setembro de 2005. Em dezembro, o recuo foi de 0,13%. Os preços ao consumidor subiram 0,75%, puxados por despesas típicas de início de ano. (págs. 1 e A6)

Aposta biotecnológica

O laboratório Cristália está investindo R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica voltada à produção de medicamentos biotecnológicos. A unidade deve entrar em operação em 2012, produzindo similares do hormônio do crescimento e do interferon. (págs. 1 e B7)

Foco na reposição

Com as exportações e as vendas para as montadoras em declínio, fabricantes de auto-peças voltam-se para o setor de reposição. A estimativa dos fabricantes é que o segmento fature R$ 1 bilhão a mais este ano, chegando a RS 10,6 bilhões. (págs. 1 e B7)

Fundos Imobiliários

A crise internacional e a perspectiva de queda dos juros internos podem criar um cenário favorável para os fundos imobiliários no país. No ano passado, apesar da crise, o retorno da maioria dos fundos listados em bolsa superou o CDI. (págs. 1 e D1)

Idéia

Armando Castelar: a crise oferece uma oportunidade histórica de se reduzir fortemente os juros básicos. (págs. 1 e Al3)

Idéias

César Felício: crise apanha quase todos os presidentes latino-americanos em momento de alta popularidade. (págs. 1 e A8)

FMI avalia emitir títulos de dívida para dobrar recursos contra crise (págs. 1 e C3)


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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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quinta-feira, janeiro 29, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] "... PE(r)RO NO MUCHO"

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2010/PLANALTO: "FAÇAM SUAS APOSTA$"

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Serra, Dilma, Aécio e Ciro

Kennedy Alencar

A sucessão presidencial de outubro de 2010 está distante, mas lances recentes apontaram tendências. O governador de São Paulo, José Serra, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, consolidam-se a cada dia como prováveis candidatos à Presidência do PSDB e do PT, respectivamente.

Mais fraco no jogo tucano, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, não tem colecionado boas notícias políticas desde as eleições municipais de outubro do ano passado. Aécio recuou algumas casas no jogo de poder presidencial. E parece estar perdendo o bonde de eventual saída do PSDB para uma filiação ao PMDB.

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) passa por situação semelhante à de Aécio. Parece que já esteve mais próximo de viabilizar uma candidatura ao Palácio do Planalto com chance real de êxito.

As coisas mudam na política. Atestado de óbito de carreiras ou projetos políticos não são prudentes. No entanto, os passos dados por Serra e Dilma têm sido mais consistentes.

No PT, por exemplo, a única alternativa a Dilma é uma eventual cristianização de Dilma. Ou seja, lançá-la, mas abandoná-la se o projeto não emplacar. Não é esse o sinal dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele vai colocar a faca no dente para tentar elegê-la. Busca costurar alianças amplas para apoiá-la. E, obviamente, a gerência da crise econômica terá peso decisivo.

No PSDB, a maioria prefere Serra. Isso já foi dito a Aécio. Serra, aliás, tem feito belos lances de articulação política. Aécio, um craque em articulação, está em má fase desde o ano passado. O governador paulista se aproximou de Lula, tirando do colega mineiro o privilégio de oposicionista mais bem relacionado com o presidente.

Serra tenta amarrar setores do PMDB à sua candidatura. Como não há mais verticalização, no pior cenário para o tucano, o PMDB faria aliança nacional com Dilma, mas poderia se aliar a tucanos em disputas estaduais.

As eleições para as presidências da Câmara e do Senado estão mais ligadas aos interesses de Dilma e Serra do que de Aécio e Ciro.

Lula abandonou a candidatura de Tião Viana (PT-AC) ao comando do Senado. Está disposto a bancar acertos políticos que garantam os peemedebistas Michel Temer na presidência da Câmara e José Sarney no comando do Senado. Tudo para tentar atrair o PMDB para a eventual candidatura de Dilma.

Ironicamente, Temer é um peemedebista muito amigo de Serra. E Sarney poderá dever ao PSDB a consolidação de sua vantagem sobre Tião Viana. Serra, portanto, dará uma mão ao ex-presidente, que responsabiliza politicamente o tucano paulista pela operação da Polícia Federal que implodiu a candidatura presidencial de sua filha, Roseana, em 2002. Seria um gesto de aproximação que pode ser útil no futuro, apesar de Sarney ser o maior dilmista do PMDB.

O candidato de Ciro na Câmara é um azarão: Aldo Rebelo (PC do B-SP). A aliança congressual entre PSB, PDT e PC do B, o chamado bloquinho, vem se enfraquecendo.

Aécio já foi convidado por Temer a se filiar ao PMDB em duas ocasiões. Não deu o salto do trapézio sem rede. Barack Obama arriscou e beliscou. Política também é assim: tem de acreditar. Uma filiação de Aécio ao PMDB para tentar concorrer ao Planalto em 2010 fica mais complicada a cada dia.

Uma saída seria criar um novo partido com Ciro, mas é uma opção que pode soar como aventura. Não parece que Aécio vá deixar o PSDB, partido no qual caminha para ser derrotado por Serra. Entrar no pequeno PSB teria uma bela fragilidade: pouco tempo de TV. Grandes alianças políticas não andam disponíveis na praça para contentar quatro potenciais candidatos ao Palácio do Planalto.

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/kennedyalencar/ult511u493845.shtml

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FUTEBOL/ROBINHO [In:] ATACANTE COMO METÁFORA

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Pelé critica Robinho e diz que incidente fecha portas a brasileiros


da Folha de S.Paulo

A constante presença em confusões e casos policiais, como a acusação de estupro que agora envolve Robinho, vai acabar prejudicando a ida de atletas brasileiros para o exterior.

Quem diz isso é Pelé, que participou na quarta-feira de almoço no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, como parte da visita que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fará às cidades que pretendem abrigar partidas da Copa do Mundo de 2014.

"Coisas como estas me deixam triste", falou o ex-jogador após o evento do qual participou por ser relações públicas do Mundial que será no Brasil.

"Lutamos tanto para abrir as portas para as novas gerações, com tudo o que vocês sabem sobre a nossa conduta, que é triste ver um jogador expoente, que poderia dar exemplo, fazer isso não só com o futebol, mas com o próprio país", disse Pelé ao ser questionado sobre a polêmica envolvendo Robinho.

De acordo com o embaixador da Copa no Brasil, o mercado acabará fechando as portas para os jogadores do país. "Tem o caso do Robinho, do Adriano, do Ronaldo...vão fechar as portas", completou o ex-atleta.

A ascensão de Robinho, hoje jogador da seleção brasileira e um dos homens de confiança do técnico Dunga, contou com grande apoio de Pelé. Nas categorias de base do Santos, o atacante, mais caro jogador de futebol da Inglaterra atualmente, sempre foi pupilo do ex-craque.

"Naquela época, eu e o Manoel Maria [ex-jogador do Santos] dávamos conselhos ao Robinho, e ele ouvia", declarou Pelé. "Mas todo mundo pode mudar. Hoje ele é um adulto e fica mais difícil falar com ele. Acho até que sou um pouco responsável porque ele é cria minha", completou o ex-jogador.

O caso envolvendo o ex-santista veio a público quando Robinho, 25, foi levado a uma delegacia de West Yorkshire para prestar esclarecimentos sobre a acusação de uma jovem universitária de 18 anos que diz ter sido estuprada.

O crime aconteceu no começo do mês, em um clube noturno na cidade de Leeds, a pouco mais de 70 km de Manchester.

Segundo a assessoria de imprensa da polícia de West Yorkshire, o nome do homem que está sendo investigado não pode ser revelado. Mas a funcionária que conversou com a reportagem disse que após prestar esclarecimentos na delegacia, o suspeito deixou o local depois de pagar fiança. Segundo a assessoria da polícia, detalhes sobre o caso também não podem ser divulgados até sua conclusão.

O jogador brasileiro publicou nota em seu site oficial dizendo que de fato havia estado com a polícia como parte de uma investigação criminal, mas negava veementemente qualquer acusação de erro ou crime cometido.

Procurado pela reportagem, Chris Nathaniel, porta-voz de Robinho, afirmou que não podia dizer mais do que havia sido colocado na internet, já que o jogador do Manchester City faz parte de uma investigação e qualquer coisa que ele disser poderia prejudicá-lo no futuro.

"Robinho está bastante frustrado com tudo o que está acontecendo e quer muito que as pessoas saibam o que de fato ocorreu", falou Nathaniel.

"Infelizmente no momento ele não pode falar muito, mas assim que a investigação terminar ele certamente dará todos os detalhes sobre este caso."

De acordo com o porta-voz do jogador, a conclusão das investigações deve ocorrer dentro de quatro a oito semanas.

Na semana passada, Robinho, que é casado e tem um filho, deixou a concentração do Manchester City em Tenerife, na Espanha, e viajou às pressas para o Brasil. Na ocasião, o atacante alegou motivos pessoais para a viagem de emergência e retornou poucos dias depois.

Como não tivera autorização de sua equipe para deixar os treinos, Robinho foi multado pelo técnico Mark Hughes.

O Manchester City também não quis se envolver no caso e não revela o nome do atleta envolvido na investigação da polícia. Em sua página na internet, o clube diz que não irá emitir nenhuma declaração até a conclusão dos trabalhos da polícia.

Seleção

O técnico Dunga falou com Robinho e o manteve no grupo para o amistoso com a Itália, no dia 10. "Não tenho motivo para duvidar da palavra do Robinho. É um jogador com que pude contar sempre que precisei e mostra comportamento profissional exemplar", disse.

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u495638.shtml

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