PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, junho 05, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] 5 DE JUNHO. DIA DO MEIO AMBIENTE

........








[Homenagem aos chargistas brasileiros].
......

AGÊNCIAS REGULADORES [In:] ''JANELAS DE OPORTUNIDADES"


Lula pode ditar maioria em agências
Lula ainda pode trocar 21 diretores de agências


Autor(es): Daniel Rittner
Valor Econômico - 05/06/2009

A 19 meses de seu término, o governo Lula ainda poderá trocar a maioria dos diretores de três das dez agências, favorecendo a manutenção de um ambiente regulatório alinhado com suas ideias. Essa "janela" é vista por muitos petistas e partidos aliados como uma oportunidade para assegurar o comando dos órgãos reguladores em um eventual governo tucano e acomodar afilhados em cargos teoricamente imunes a demissão por mudança de linha política.

Ao todo, haverá 21 oportunidades para novas indicações. Ao mesmo tempo em que estes cargos deverão ser preenchidos com maior rapidez que em outros momentos, o projeto de lei que regulamenta as agências está parado no Congresso, e os empresários sentem a interferência política crescente em decisões do setor.

Os diretores, por lei, têm mandato fixo e só podem ser exonerados após processo administrativo. A duração dos mandatos varia de acordo com a agência, mas é de quatro ou cinco anos. Lula poderá renovar a maioria dos cargos nas agências responsáveis pelos setores de energia elétrica (Aneel), aviação civil (Anac) e saúde suplementar (ANS). Também indicará o sucessor do petista José Machado na presidência da ANA, agência que coordena a gestão compartilhada dos recursos hídricos.

A maior abertura de vagas ocorrerá na Aneel, onde quatro dos cinco diretores encerram seus mandatos até agosto de 2010. O comando da agência de energia elétrica ficou livre com a saída do engenheiro Jerson Kelman, em janeiro deste ano. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aproveitou para substituí-lo por seu ex-chefe de gabinete e secretário-executivo na pasta de Minas e Energia, Nelson Hubner.

Dilma também bancou a indicação do economista Bernardo Figueiredo à direção-geral da ANTT, que regula a área de transportes. Sua chegada à agência foi bem recebida pelo setor, que o conhece. Ele pertenceu aos quadros técnicos da Rede Ferroviária Federal e da Siderbrás, atuou como número 2 da associação de concessionárias de ferrovias e foi diretor da estatal Valec antes de chegar à Casa Civil, onde coordenou a revisão dos estudos para o leilão de sete lotes de estradas federais em 2007.

Até o fim do governo, Lula poderá indicar, além dos quatro diretores da Aneel, cinco nomes para a ANS, três para a Anac, dois para a Anvisa - incluindo o sucessor de Agnelo Queiroz, ex-deputado federal e ex-ministro do Esporte, possível candidato do PT ao governo do Distrito Federal -, dois para Anatel, dois para ANA, um para a Antaq, um para a ANTT e um para a ANP. Se quiser, também poderá deixar encaminhada a substituição do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, que já foi reconduzido ao cargo e cujo mandato vai terminar em janeiro de 2011.

Segundo diretores e ex-diretores de agências, que falaram ao Valor em conversas reservadas, a postura do governo em relação aos órgãos reguladores foi mudando desde 2003. Hoje as agências têm mais autonomia, houve concursos públicos em quase todas elas para melhorar o quadro de pessoal e ficou mais clara a separação de funções com os ministérios aos quais estão vinculadas. Uma das reclamações que perduram diz respeito ao enfraquecimento das agências em momentos de maior exposição e vulnerabilidade, como após o acidente com o avião da TAM em Congonhas e o risco de racionamento vivido no início de 2008.

"De forma geral, as agências têm melhorado", avalia o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do projeto de lei 3.337, encaminhado ao Congresso pelo governo em 2004. A proposta era uniformizar as regras de funcionamento dos órgãos reguladores e definir a relação delas com o Executivo. Após inúmeras discussões, um texto final foi apresentado em 2007 pelo deputado licenciado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Ele assumiu uma secretaria municipal no Rio e Barros assumiu a relatoria. O parlamentar disse que manterá a base do relatório anterior e distribuirá o texto na próxima semana.

O deputado manteve a retirada dos contratos de gestão - por meio dos quais o governo estabeleceria metas para as agências - e não criou regras novas para a demissão de diretores, como se cogitou após a troca de comando na Anac. "Aquilo foi superado."

TECNOLOGIA [In:] "TEMPOS MODERNOS" II [HAL 9000]*

A MÁQUINA CONTRA O HOMEM
MÁQUINAS QUE VENCEM HOMENS


Autor(es): Marcelo Ambrosio
Jornal do Brasil - 05/06/2009

Especialistas questionam sistema de controle do Airbus

A queda do avião da Air France fez subir o tom do debate sobre a confiabilidade da tecnologia. Para especialistas, uma pane no sistema de controle computadorizado, projetado para substituir o piloto, passou a neutralizar a capacidade do ser humano de sair de situações de alto risco. As críticas ao modo como a Air France tem conduzido o repasse das informações obrigaram o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a defender a companhia aérea em sua visita ao Rio: "Não estamos escondendo nada". O governo do Brasil informou que tentará negociar as indenizações para as famílias dos 53 brasileiros que estavam a bordo.

>

As discussões em torno da queda do A330 da Air France e as dificuldades na busca aos destroços no Atlântico estão perdendo terreno para um debate em torno da confiabilidade da tecnologia. Afinal, que influência a filosofia dos Airbus, baseada primariamente na pilotagem por computadores, teve na interrupção do voo AF447, cuja degradação é a única parte conhecida da tragédia? Para muita gente, uma pane inesperada em um sistema projetado para substituir o piloto passou a ser um perigoso fator de neutralização da capacidade insuperável do ser humano de achar saídas novas em situações de crise. Especialistas ouvidos pelo Jornal do Brasil no Brasil e na França se dividem quando o assunto é o que fazer, ou não, com esse modelo daqui para a frente.

O clamor em torno de uma revisão integral desse sistema cresceu especialmente após a divulgação do alerta de segurança da agência de segurança aérea da Europa para problemas com o controle computadorizado. Em outubro do ano passado, um A330 da australiana Qantas teve problemas com o ADIRU, o centro nervoso do jato. Como se tivesse vida própria, o equipamento inventou uma pane inexistente e reagiu mergulhando duas vezes sem controle até ser dominado.

Reação

As suspeitas levaram o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a reagir contra a hipótese de um recall do Airbus A330, a retirada de operação para uma revisão. Koucher garante que o Airbus – fabricado por um consórcio europeu no qual a França é um dos principais acionistas – é seguro. Pode ser, mas há ressalvas: para o especialista em segurança de aviação e investigação de acidentes, comandante Douglas Machado, a questão é da definição operacional:

– Nos Airbus, a prioridade do controle é da segurança do projeto. São 30 km de fios em cada jato.

Isso significa, por exemplo, que enquanto nos outros jatos manobras pouco usuais são acompanhadas de alarmes de alerta, no caso do controle por computador o automatismo impede esse tipo de reação.

– É o avião que monitora o piloto – completa Machado.

Um exemplo dramático ocorreu no acidente com o A320 em Congonhas, em 2007. Na ocasião, como o piloto deixou uma das manetes de potência em aceleração mínima, o computador central entendeu que deveria proteger o voo e entrou em ação, bloqueando o funcionamento dos spoilers (freios aerodinâmicos nas asas) e dos freios dos trens de pouso. Acidente similar já havia ocorrido com outro A320 em Taipé, Formosa, quase à mesma época. Felizmente, todos a bordo do vôo TNA536, da Transasia, se salvaram. Ambos os incidentes despertaram a mesma discussão, mas o assunto acabou esquecido.

Procurados pelo JB, representantes do sindicato dos pilotos da França reagiram com firmeza às suspeitas. "Computadores sempre podem ser desligados e os pilotos tem instruções de como desconectar tudo e voar no básico. Estão ali para tornar voos longos mais confortáveis, mas se necessário um A330 pode ser comandado da mesma forma que um Cessna", responde, de Paris, o comandante Cedric Maniez, vice-presidente da União dos Pilotos Comerciais da França e habilitado para o A330 e o A340.

A diferença está justamente nesse tempo de reação. Diferentemente das aeronaves comuns, no sistema automatizado o comandante precisa domar o computador, como os australianos fizeram, antes de procurar o que fazer. E esse tempo pode ter sido tudo que a tripulação do AF447 não pôde ter diante das circunstâncias.

– O piloto é a Maria ali, tem de resolver tudo. Mas nesse caso o jato é autosuficiente – define o comandante Machado, ressalvando que os parâmetros de segurança do A330 são bons. – Um modelo precisa ter 10 milhões de horas de voo para ser consolidado, e esse tem.

Em defesa da tecnologia, há que se levar em conta um dos únicos pousos bem sucedidos na água realizados até hoje, o feito pelo A320 da USAirways no Rio Hudson, há alguns meses. Ali, depois de perder as duas turbinas em choques com gansos, o comandante não tinha tempo ou energia elétrica para voar, desativou os computadores e conduziu o jato como um planador até pousar suavemente, dentro do possível, nas águas geladas. As condições gerais do jato, no entanto, eram melhores. E a tecnologia o impediu de afundar, ao selar todas as aberturas do casco.

Indenizações: Tarso propõe ajuda às famílias

Ministro quer mediar acordos com empresa aérea

Brasília

O ministro da Justiça, Tarso Genro, revelou ontem que o governo vai tentar intermediar com a companhia Air France as indenizações para as famílias dos brasileiros que estavam a bordo do voo 447. Tarso afirmou que, em até 45 dias, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, ligada ao ministério, entrará em contato com os familiares das vítimas propondo que elas participem da Câmara de Indenizações. Existe a possibilidade, no entanto, de que o Ministério da Justiça aguarde o pedido de ajuda das famílias para intervir no processo. Segundo informações do próprio ministério, somente se requisitada a intermediação poderia ser feita.

Na câmara, o governo reúne parentes das vítimas, representantes da empresa aérea, a seguradora envolvida e integrantes do Ministério Público Federal. A ideia é acelerar o pagamento das indenizações. No encontro, a SDE propõe um valor inicial para as negociações, levando em consideração decisões do Superior Tribunal de Justiça em situações semelhantes. Pela previsão do governo, com a medida, as indenizações podem sair em até três meses. O valor proposto pelo governo em alguns casos chega a ser 30% superior ao proposto pelas seguradoras. A secretária de Direito Econômico, Mariana Tavares, explicou, no entanto, que as indenizações deverão ser tratadas de forma individual.

– É possível criar a câmara, mas esse é o momento de respeitarmos o luto das famílias. Estamos acompanhando junto com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a prestação do dever de assistência e no momento adequando, se as famílias assim desejarem, estaremos a disposição – disse Tavares.

A Câmara de Indenizações já foi utilizada anteriormente pelo governo em tragédias aéreas com vítimas brasileiras. Uma das situações foi o acidente com o voo 3054 da TAM que se chocou contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e pegou fogo, causando a morte de 199 pessoas. A câmara foi responsável pelo acordo para o pagamento de indenização de 59 famílias das vítimas. Segundo Archelal Xavier, da associação de vítimas do voo 3054 da TAM, esse apoio do governo é importante.

– Enquanto por um lado as famílias e crianças estão chorando, do outro lado, existem negociadores especialistas tentando derrubar e diminuir o valor das indenizações – observou Xavier. A associação de vítimas do voo da TAM esteve ontem em Brasília, reunida com Tarso, justamente para tratar detalhes das indenizações.

Auxílio

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, recomenda aos parentes dos passageiros do acidente com o A330 da Air France, que se unam e escolham um curador, ou responsável, para auxiliá-los nos procedimentos necessários ao pagamento de indenizações e a outros processos que surjam daqui para a frente. Segundo ele, o curador é importante para resolver tarefas como dar entrada nos processos e acompanhá-los, sobretudo na Justiça.

– Os parentes mais próximos, herdeiros e sucessores, não devem aceitar qualquer tipo de acordo proposto pela companhia aérea sem ouvir seu advogado. É comum apresentarem um termo de acordo, mas as circunstâncias exigem a análise por um profissional alheio ao choque emocional – alertou Tardin.

----------------------

(*)

HAL 9000 (Heuristically programmed ALgorithmic computer, ou Computador Algorítmico Heurísticamente Programado em tradução livre) é um personagem ficcional da série Odisséia Espacial, de Arthur C. Clarke, e foi imortalizado pela adaptação cinematográfica feita por Stanley Kubrick do primeiro volume da mesma, 2001: A Space Odyssey, de (1968).

www.pt.wikipedia.org

www.adorocinema.com.br

----------------

OBAMA/EUA/MUÇULMANOS: UM NOVO COMEÇO (?)

OBAMA QUER NOVA RELAÇÃO COM MUNDO MUÇULMANO
OBAMA PROPÕE A ISLÃ FIM DE "DESCONFIANÇA"


Folha de S. Paulo - 05/06/2009

Em discurso no Cairo, presidente ressalta contribuições de muçulmanos à humanidade e reconhece erros dos EUA

Democrata cita Corão várias vezes, destaca fato de ter antepassados islâmicos e não usa palavra "terrorismo" ao oferecer "novo começo"

No Egito, presidente americano propõe fim da "desconfiança mútua"

Em discurso no Cairo, o presidente dos EUA, Barack Obama, propôs um "recomeço" na relação dos americanos com o mundo muçulmano e defendeu pôr fim à "desconfiança mútua" para pacificar o Oriente Médio.

Citando o Alcorão, Obama defendeu a existência da ""Palestina"", criticou o expansionismo de Israel e reconheceu que todo país,
"incluindo o Irã", tem direito a um programa nuclear civil.

O presidente também destacou pela primeira vez seu sobrenome Hussein (o bom, em árabe) e detalhou os laços de sua família com o islã.

Obama ainda atacou extremistas, sem usar o termo "terrorismo", e cobrou dos palestinos que renunciem definitivamente à violência.

As reações à fala de Obama evidenciaram as divisões no Oriente Médio. Israel a chamou de "importante", mas não comentou o pedido de congelamento dos assentamentos na Cisjordânia.

A Autoridade Nacional Palestina disse tratar-se de "importante passo". Para o Irã, a mensagem é insuficiente e tem de se traduzir em ações. Grupos como o Hizbollah afirmaram não ver "mudança real".

Num discurso histórico em que citou várias vezes o Corão, o presidente Barack Obama apresentou ontem propostas para selar um "novo começo" nas relações entre os EUA e o mundo muçulmano. Obama defendeu pôr fim à "desconfiança mútua" como forma de pacificar o Oriente Médio

Discursando na Universidade do Cairo, Egito, Obama saudou a plateia com o tradicional salam alekum (em árabe, a paz de Alá esteja convosco) e rompeu vários tabus na tentativa de conquistar o 1,5 bilhão de muçulmanos mundo afora, alvo da fala endereçada ao vivo por rádios e TVs por satélite. "Este ciclo de desconfiança e discórdia precisa acabar", disse Obama ante cerca de 3.000 pessoas no auditório da universidade. A fala, que durou 55 minutos, foi interrompida várias vezes por aplausos e até por um grito de "nós te amamos".
"Vim até aqui em busca de um recomeço entre os EUA e os muçulmanos, que seja baseado em interesse e respeito mútuos e na [ideia] de que os EUA e o islã não são excludentes", afirmou o presidente, que prometeu combater "os estereótipos negativos do islã".
Obama levantou bandeiras caras a todos os muçulmanos. Ele defendeu o direito de existência da "Palestina", criticou o expansionismo israelense e o passado colonialista do Ocidente, reconheceu o direito de todas as nações, "incluindo o Irã", de ter um programa nuclear civil e citou várias passagens do "Corão sagrado" que exaltam a paz e a tolerância.
Num claro esforço para romper com a retórica incendiária e confrontativa de seu antecessor George W. Bush, Obama destacou os vínculos históricos entre os americanos e o islã. O democrata lembrou que o Marrocos foi o primeiro país a reconhecer os EUA e afirmou que a maioria dos 7 milhões de muçulmanos americanos têm educação e renda maior que a média da população.
O discurso do Cairo foi considerado um marco pelo fato de Obama ter destacado pela primeira vez seu sobrenome "Hussein" (em árabe, o bom) e detalhado claramente os laços de sua família com o islã. "Sou cristão, mas meu pai vem de uma família queniana que inclui gerações de muçulmanos", disse Obama, que enumerou algumas das contribuições islâmicas à modernidade, como a invenção da álgebra e da bússola magnética.
Em outro divisor de águas, o democrata tornou-se o primeiro presidente americano a admitir em exercício a participação da CIA no golpe que derrubou o governo iraniano do nacionalista Mohammed Mossadegh, em 1953, em represália à sua decisão de nacionalizar a indústria petroleira do país. Foi a primeira vez que a Casa Branca ajudou a derrubar um governo no Oriente Médio. O caso alimenta até hoje a desconfiança de Teerã em relação a Washington.

Raízes profundas
O aceno de Obama tinha o objetivo de amenizar o ressentimento de muitos muçulmanos em relação aos EUA. As raízes do antiamericanismo muçulmano remontam ao início do século 20, quando os EUA apoiavam as potências que colonizavam países na África, Ásia e Oriente Médio. O endosso dos EUA à criação, em 1948, de Israel -que expulsou milhões de palestinos de suas casas- acirrou a animosidade. Desde então, a Casa Branca tornou-se o maior fornecedor de armas e dinheiro ao Estado judaico.
A contrariedade com a aliança israelo-americana ajudou a fomentar o extremismo nacionalista e religioso no Oriente Médio árabe. O antagonismo se refletiu no estereótipo do terrorista islâmico, presente em muitos filmes americanos. O espectro do choque das civilizações, nome de um livro do americano Samuel Huttington que se tornou referência entre pensadores conservadores, ganhou força com os ataques do 11 de Setembro.
Aos atentados da Al Qaeda sucederam a prisão de Guantánamo, a invasão do Iraque e as torturas em Abu Ghraib. Na busca por denominadores comuns, Obama citou sete focos de tensão com o mundo muçulmano (veja quadro acima), entre eles o extremismo de uma "pequena mas potente minoria" -ele não usou a palavra "terrorismo" nenhuma vez. Ele cobrou dos palestinos que renunciem definitivamente à violência, "que não leva a nada", e sugeriu uma parceria com "todos aqueles que rejeitam a morte de homens, mulheres e crianças inocentes".

MINISTÉRIOS/MINISTROS/GOVERNO LULA [In:] ''DADDY COOL"


O pai da algazarra


Folha de S. Paulo - 04/06/2009

No atrito de ministros com Carlos Minc, do Meio Ambiente, se exibe estilo paternal e protelatório do presidente Lula

NUMA TIRADA característica, o presidente Lula tratou de minimizar os atritos que, durante sua viagem à América Central, voltaram a indispor o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com outros integrantes do governo e com lideranças ruralistas.
"Toda vez que o pai sai de casa", explicou o presidente, "a meninada faz mais algazarra do que deveria". Adiantou que logo seriam superadas as divergências entre Carlos Minc e diversos colegas seus de ministério -como, por exemplo, Reinhold Stephanes, da Agricultura, Alfredo Nascimento, dos Transportes, e a "mãe do PAC", Dilma Rousseff.
Seria o caso de dizer, em tom jocoso, que o ministro há de se sentir um bocado órfão, com efeito, se tem de lidar com um "pai" como Lula e uma "mãe" como Dilma Rousseff.
É que tiradas retóricas e meias-medidas não ocultam o fato de que a proteção ao ambiente está longe de constar entre as prioridades do governo.
Sem dúvida, a importância do agronegócio e da mineração na geração de emprego e divisas para o país, assim como a urgente necessidade de investimento em transportes e energia, constituem dados objetivos da atual conjuntura.
Embora seja possível conciliá-los com uma estratégia ambiental efetiva, a tarefa está longe de ser simples, e não será resolvida por meio do crônico pendor presidencial para a acomodação política e para o improviso.
A "algazarra" a que Lula se refere não começou, de resto, com a sua viagem aos países centro-americanos. As vocalizações do ministro Carlos Minc já vinham alcançando registros de grande estridência antes da ausência de Lula no cenário doméstico.
Repete-se, em outro estilo, a situação contraditória que marcou a passagem de Marina Silva pela pasta do Meio Ambiente. No plano internacional, e para acalentar alguns setores da opinião interna, convém ao governo Lula ostentar em seus quadros um nome claramente identificado com a causa ambiental -desde que isso não represente empecilho aos interesses de nenhum outro setor.
A lógica de Lula é evitar conflitos e manter as aparências, seguindo o batido figurino varguista que faz o presidente sobrevoar os conflitos da sociedade em pose paternal e protelatória -coisa que sua metáfora sobre a "algazarra da meninada" exemplifica com clareza.
Soma-se a isso o confronto entre a ideia ultrapassada de desenvolvimento a qualquer preço e uma atitude doutrinária exacerbada, militante mesmo, presente em alguns escalões inferiores da administração, a qual tende a boicotar por princípio qualquer projeto de infraestrutura importante para o país.
É o bastante para que a "algazarra" continue, dentro ou fora do governo. Não diminuirá com as admoestações de Lula, mas sim com ações resolutas de Estado, à altura de uma sociedade contraditória e madura o suficiente para dispensar a tutela paternalista e a rebeldia midiática de quem quer que seja.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?..."

05 de junho de 2009

O Globo

Manchete: Cresce mistério sobre tragédia: destroços não são do avião

Após 5 dias, há mais dúvidas que explicações sobre desaparecimento de Airbus

A Aeronáutica afirmou ontem à tarde que os destroços recolhidos no Oceano Atlântico não são do Airbus 330, voo 447, da Air France, apesar de ter dito o contrário durante todo o dia. A peça mais importante enviada para análise, um pallet, espécie de engradado para transporte de carga, é de madeira, material não usado pelo avião. A Rádio Europe 1, em seu site, afirmou que os primeiros destroços localizados pela FAB, na terça-feira, também não foram identificados por especialistas franceses como partes do Airbus. Foi o ministro da Defesa, Nelson Jobim, quem anunciou naquele dia que o material, não fotografado e nem recolhido, seria do avião. No Rio, oceanográficos dizem que é comum encontrar lixo na área vasculha pelas equipes. O mistério do sumiço da aeronave cresceu. Um piloto espanhol que voava no mesmo horário e em rota próxima disse ter visto um clarão, em trajetória descendente, onde o avião teria sumido.

Um culto ecumênico na Igreja da Candelária em homenagem às vítimas reuniu mais de 500 pessoas, entre parentes e amigos dos passageiros. Estiveram presentes o chanceler Celso Amorim, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. De Paris, veio o ministro Bernard Kouchner, das Relações Exteriores. O presidente Lula cancelou sua participação em nova missa, hoje, no Rio. (págs. 1 e 12 a 16)

Foto legenda: Mão estendida

Encapuzados e armados, militantes do Hamas assistem pela TV ao discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, aos muçulmanos. No Cairo, ele atacou os assentamentos judaicos e considerou intolerável o sofrimento dos palestinos. (págs. 1 e 30)

ONGs denunciam retrocesso ambiental

ONGs ambientalistas acusaram o governo federal e o Congresso de promover o desmonte da legislação ambiental. Senadores do PT querem o veto de trechos da MP aprovada anteontem que, segundo eles, estimula a grilagem. O ministro Carlos Minc, em novo ataque a ruralistas, disse que estão atrás da "picanha do Carlinhos", mas assegurou que fica no cargo. (págs. 1 e 3)

Só falta ele

Quinto ministro de Brown renuncia

O ministro do Trabalho, James Purnell, deixou o governo britânico pedindo a renúncia do premier Gordon Brown. Quinto ministro a renunciar, ele defendeu a saída de Brown como única esperança para os trabalhistas fazerem frente aos conservadores. (págs. 1 e 29)

Charge Chico: E na CPI renânica

- Por que a gente não chama logo a Mônica Velloso para a presidência?

Editorial

Mais importante que o futuro de Minc é saber se o Estado entende o que é meio ambiente. (págs. 1 e 6)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Obama quer nova relação com mundo muçulmano

No Egito, presidente americano propõe fim da 'desconfiança mútua'

Em discurso no Cairo, o presidente dos EUA, Barack Obama, propôs um "recomeço" na relação dos americanos com o mundo muçulmano e defendeu pôr fim à "desconfiança mútua" para pacificar o Oriente Médio.

Citando o Alcorão, Obama defendeu a existência da ''Palestina'', criticou o expansionismo de Israel e reconheceu que todo país, "incluindo o Irã", tem direito a um programa nuclear civil.

O presidente também destacou pela primeira vez seu sobrenome Hussein (o bom, em árabe) e detalhou os laços de sua família com o islã.

Obama ainda atacou extremistas, sem usar o termo "terrorismo", e cobrou dos palestinos que renunciem definitivamente à violência.

As reações à fala de Obama evidenciaram as divisões no Oriente Médio. Israel a chamou de "importante", mas não comentou o pedido de congelamento dos assentamentos na Cisjordânia.

A Autoridade Nacional Palestina disse tratar-se de "importante passo". Para o Irã, a mensagem é insuficiente e tem de se traduzir em ações. Grupos como o Hizbollah afirmaram não ver "mudança real". (págs. 1 e Mundo)

Sérgio Dávila
Pode parecer concessão, mas é estratégia

Obama avançou algumas casas sobre Bin Laden na luta por corações e mentes dos muçulmanos. Sem rodeios, tratou de temas espinhosos.

O presidente, porém, criticou a intolerância religiosa e a opressão, à mulher. O que pode parecer concessão é na verdade estratégia. (págs. 1 e A13)

Mudança de velocidade no voo do Airbus é investigada

O Birô de Investigações e Análises, órgão que investiga acidentes aéreos na França, apura a possibilidade de que o Airbus da Air France que desapareceu no oceano Atlântico no domingo tenha se rachado devido a mudanças bruscas de velocidade.

O birô confirmou a informação do jornal ''Le Monde" de que mensagens automáticas do avião apontavam incoerência nas velocidades.

A FAB afirmou ontem que o primeiro objeto retirado do mar nas buscas não pertencia à aeronave. (págs. 1 e Cotidiano)

Foto legenda: Homem chora durante ato multirreligioso que levou cerca de mil pessoas à igreja da Candelária (centro do Rio) em homenagem às vitimas do acidente com o Airbus

Barbara Gancia: Espero que alguém tenha envolvido menino nos braços (págs. 1 e C2)

Após dois meses, depósito supera saque da poupança

Após dois meses em que houve mais saques que depósitos, a poupança teve saldo positivo em maio, de R$ 1,881 bilhão. No total do ano, as contas voltaram ao azul.

Até o mês passado, resgates superaram depósitos nos fundos atrelados a juros e nos papéis de renda fixa.

Para o governo, o crescimento da caderneta de poupança não significa que haja abandono dos fundos.

Especialistas aconselham que não se mexa nas aplicações até novas regras de tributação da poupança e de fundos de investimento entrarem em vigor. (págs. 1 e B1)

Fazenda defende fim de imposto menor para carro

O Ministério da Fazenda vai defender que não seja renovada a redução de impostos para veículos e eletrodomésticos em vigor hoje.

Para a área, econômica, a melhora no crédito e no cenário externo basta para evitar queda brusca nos negócios desses setores. (págs. 1 e B5)

Nova marginal Tietê terá custo de R$ 1,3 bilhão

As obras de ampliação da marginal Tietê vão custar R$ 1,3 bilhão e devem começar em 15 dias. Em cada sentido, serão construídas três novas faixas para os automóveis. O empreendimento, que prevê quatro novas pontes, deverá ser concluído em setembro de 2010. (págs. 1 e C12)

Editoriais

Leia "Luz no ambiente", que defende atualização do Código Florestal; e "Obama no Cairo", sobre novo discurso. (págs. 1 e A2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Obama propõe aliança com mundo islâmico

Presidente dos EUA defende parceria contra o extremismo

O presidente dos EUA, Barack Obama, em visita ao Egito, propôs ontem uma aliança com os muçulmanos para trabalharem juntos contra o extremismo radical e pela paz no Oriente Médio e na Ásia Central. Defendeu um diálogo "baseado no interesse e no respeito mútuos”. Em discurso na Universidade do Cairo, Obama não poupou temas polêmicos, como os assentamentos israelenses, com humilhações impostas aos palestinos. Mas lembrou que ações extremistas do Hamas, com
“disparos de foguetes contra crianças dormindo", não produzem resultados. Em referência direta ao Irã, disse que é do interesse da comunidade internacional impedir "uma corrida nuclear no Oriente Médio" e, em crítica a ações da Al-Qaeda, ressaltou que “aquele que mata um inocente é como se tivesse matado toda a humanidade". Ao longo do discurso, entremeado de aplausos, Obama citou vários trechos do Alcorão, sagrado para os muçulmanos. (págs. 1 e A16)

Foto legenda: História - Obama e a Esfinge: discurso com trechos do Alcorão

Muçulmanos esperam ação

No mundo islâmico, o discurso de Obama foi interpretado como sinal de boas intenções dos EUA. "O Império benevolente está de volta”, disse analista da TV Al-Jazira. Para os muçulmanos, porém, Obama terá de traduzir suas palavras em ações. (págs. 1, A16 e A17)

Destroços e óleo não são do Airbus, diz Aeronáutica

Jobim é criticado por antecipar conclusões

Os fragmentos achados anteontem no Atlântico, atribuídos pelo governo brasileiro ao Airbus A330 que caiu quando fazia a rota Rio-Paris, não são do avião. A informação é da Aeronáutica. Com base em suposições a respeito dos destroços e dos rastros, o ministro Nelson Jobim (Defesa) havia declarado que estava descartada a hipótese de explosão, o que gerou críticas na França. Ontem, Jobim alegou problemas de saúde e não apareceu. “Infelizmente, estamos sujeitos a encontrar objetos que não passam de lixo. Não vamos desistir, o trabalho continua", disse o brigadeiro Ramon Cardoso. (págs. 1, C1 e C3)

Culto no Rio lembra vítimas

Cerca de mil pessoas participaram de ato na Igreja da Candelária, com a presença do chanceler francês, Bernard Kouchner. (págs. 1 e C5)

Foto legenda: Homenagem - Parentes choram do lado de fora da Igreja da Candelária, onde ocorreu o culto ecumênico pelas vítimas do voo da Air France

Velocidade de voo não era a ideal

Revelação, feita pelo jornal francês Le Monde, foi confirmada pelo Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil. (págs. 1 e C4)

Minc ataca ruralistas, que o acusam de 'circo' eleitoral

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que está em conflito com colegas de ministério e com ruralistas, disse que está "firme, firmíssimo" no cargo. “Tremei, poluidores", afirmou, após audiência com o presidente Lula. O ministro voltou a atacar os ruralistas:
“Não vamos deixar essa turminha destruir nossos biomas". Para a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), Minc "está montando o circo para ganhar eleição". (págs. 1 e A4)

Crescimento da indústria é limitado por queda do dólar
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria teve seu terceiro crescimento seguido: de 78,8% em março para 79,2% em abril. Mas o setor sofreu queda de 1,9% nas vendas, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a abril de 2008, as vendas reais caíram 10,7%. Para a CNI, um dos motivos é a valorização de 4,7% do real ante o dólar, que reduz a receita das empresas exportadoras. (págs. 1 e B1)

Tiananmen: China não solta líderes da revolta

Vinte anos após o massacre, ainda há 30 dissidentes presos. (págs. 1 e A20)

Dora Kramer: De comum acordo

Último movimento de Aécio foi bem pesado e medido com Serra. (págs. 1 e A6)

Notas & Informações: Uma vitória da OEA

A revogação da suspensão de Cuba decidida pela OEA foi um "ato de estadistas", comentou Thomas Shannon, futuro embaixador dos EUA no Brasil. Mas o grande vitorioso foi a própria OEA. (págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: A máquina contra o homem

Especialistas questionam sistema de controle do Airbus

A queda do avião da Air France fez subir o tom do debate sobre a confiabilidade da tecnologia. Para especialistas, uma pane no sistema de controle computadorizado, projetado para substituir o piloto, passou a neutralizar a capacidade do ser humano de sair de situações de alto risco. As críticas ao modo como a Air France tem conduzido o repasse das informações obrigaram o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a defender a companhia aérea em sua visita ao Rio: "Não estamos escondendo nada". O governo do Brasil informou que tentará negociar as indenizações para as famílias dos 53 brasileiros que estavam a bordo. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A10)

Foto legenda: Lágrimas e fé - Cerca de mil pessoas participaram da cerimônia ecumênica em homenagem às vítimas do acidente, na Igreja da Candelária, no Centro do Rio. Grupo de parentes vai hoje ao Recife

CBF anuncia Rio como a ‘capital’ da Copa 2014

A CBF anunciou ontem oficialmente a criação da Cidade do Futebol, que ajudará o Rio a ser a capital da Copa de 2014. Além da final do torneio, a cidade também abrigará o centro principal de imprensa. Flamengo e Corinthians vão disputar em novembro, em território palestino, O Jogo da Paz. (págs. 1 e Esportes D3 e D8)

Obama ataca expansão de Israel contra palestinos

Em um dos mais aguardados de seus discursos, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou no Egito que busca “um novo começo” de seu país com os muçulmanos. Obama criticou a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e defendeu a criação do Estado Palestino. (págs. 1 e Internacional A21)

BC Europeu prevê retração maior

Maria Luiza Filgueiras
Frankfurt

O Banco Central Europeu decidiu injetar 60 bilhões de euros na economia. É uma reação à previsão de que, em 2009, o PIB da Europa cairá ainda mais: de 3,2% para 5,1 % negativos. (págs. 1 e Economia A18)

Sociedade Aberta

Marcelo Alevato
Psiquiatra

Quando pode vir a ser nociva a evolução tecnológica? (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta

Marcelo Szpilman
Biólogo marinho

Os tubarões próximos ao local dos destroços são diferentes. (págs. 1 e A6)

Sociedade Aberta

Paulo Skaf
Presidente da Fiesp

A educação consolida o direito essencial para a inclusão social. (págs. 1 e A20)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Manchete: Poupança volta a ser melhor negócio

Uma antiga conhecida dos brasileiros ganha musculatura na disputa com outros tipos de investimento. Pelo segundo mês no ano, a caderneta de poupança teve mais depósitos do que retiradas e já recuperou as perdas acumuladas nos últimos quatro meses. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o saldo positivo em maio totalizou R$ 1,88 bilhão. O resultado indica a preferência do investidor em aplicações de até R$ 50 mil, que estão isentas do Imposto de Renda e das taxas de administração cobradas pelos bancos. Na avaliação de especialistas, o bom momento da poupança reflete uma recuperação geral do mercado financeiro após a crise deflagrada em outubro. “O dinheiro está fluindo mais e migrando de uma aplicação para outra, sempre em busca de rentabilidade”, acredita o economista Demétrius Lucindo. (págs. 1 e 14)

“Não há nenhuma esperança”

O presidente da Air France, Pierre Henri-Gourgeon, enviou uma dura mensagem às famílias das vítimas do voo AF-447. Disse ser impossível haver sobreviventes da tragédia. Uma das manchas de óleo e destroços encontrados pelas Forças Armadas não são, entretanto, do Airbus que desapareceu na noite de domingo. No Rio, ato ecumênico na Igreja da Candelária reuniu mil pessoas. (págs. 1 e Tema do Dia, 8 a 11)

Estelionato: Golpistas fingem ser juízes para extorquir

Quadrilhas de estelionatários se aproveitam do trabalho dos tribunais arbitrais — criados para desafogar o sistema judiciário — e pressionam as vítimas a cumprir supostas decisões em audiências. Os grupos usam até brasões da República para confundir. Ministério Público e OAB vão se unir para combater a fraude. (págs. 1 e 23)

25 vagas, salários de R$ 7,4 mil

Secretaria do GDF faz seleção na área de planejamento e tecnologia da informação. Do total de postos, 23 são para candidatos de quaisquer cursos. Inscrições vão até julho. (págs. 1 e 16)

CPI da Petrobras: Blindagem estatal

Como os diretores ligados ao PT e ao PMDB municiam os governistas para conter a oposição. (págs. 1 e 2)

Oriente Médio: Desafio a Obama

Proposta de uma nova relação entre EUA e o mundo islâmico tem ampla aceitação, mas sofre restrições no Irã e no Líbano. (págs. 1 e 20)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Limite para a queda dos juros opõe Fazenda e BC

O Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá, na reunião do dia 25, manter a meta de inflação em 4,5% para 2011. Será o sétimo ano consecutivo com a mesma meta. Desta vez, ao contrário do que ocorreu em 2007, o assunto não está sequer sendo objeto de grandes discussões entre Banco Central e Ministério da Fazenda. Por trás dessa aparente apatia está uma questão bastante delicada: para que nível deve ir a taxa Selic a partir de agora. Nessa área, persiste um enorme fosso entre a Fazenda e o BC.

Na opinião de fontes encarregadas de municiar de informações o Copom, que se reúne na próxima semana, a gordura que havia para cortar na taxa de juros já está acabando. "Agora, a política monetária tem que ser regida por sintonia fina", explica um assessor. Isso se justificaria porque o juro real, hoje na casa de 5% ao ano, já está aquém do que seria uma taxa de juros neutra (que não exerce influência sobre a oferta e a demanda da economia). (págs. 1, A2, C1 e C2)

Lula pode ditar maioria em agências

Até o fim de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda poderá trocar a maioria dos diretores de três das dez agências reguladoras, favorecendo a manutenção de um ambiente regulatório alinhado com suas ideias. Lula vai escolher a maior parte da diretoria em agências responsáveis pela energia elétrica (Aneel), aviação civil (Anac) e saúde suplementar (ANS). Também indicará o sucessor do petista José Machado na presidência da ANA, que coordena a gestão dos recursos hídricos. Ao todo, serão 21 indicações, vistas por petistas e partidos da base aliada como oportunidades para assegurar o comando em um eventual governo tucano e acomodar afilhados em cargos teoricamente imunes a demissões por mudanças políticas. (págs. 1 e A4)

Escalada da gripe no Chile e Argentina

Às vésperas da temporada de férias de julho, importante para o turismo - especialmente para as estações de esqui -, Chile e Argentina enfrentam uma escalada nos casos de gripe suína e estudam medidas excepcionais, como suspender as aulas nas escolas.

No Chile, havia ontem 369 casos confirmados, mas as autoridades trabalham com a possibilidade de já haver quase 4 mil pessoas contaminadas. Segundo Carlos Pérez, infectologista da Universidade Católica do Chile, para cada caso confirmado deve haver mais dez de contaminação. Na Argentina, são 147 casos confirmados, muito maior do que o número no Brasil, de 28. O Ministério da Saúde brasileiro diz que não tem advertências específicas a fazer para quem viaja para os países vizinhos mais afetados pela gripe nem faz restrições a essas viagens. Recomenda apenas que as pessoas devem prestar atenção às diretrizes das autoridades sanitárias de cada país. (págs. 1 e A11)
-------------------------------
http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
------------------