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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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domingo, novembro 18, 2012

A HORA DO 'ÂNGELUS' 2: EXPERIÊNCIA PÓS-MORTE e OUTRAS


Algumas pessoas narram certas experiências vividas, segundo as quais a sua alma teria deixado o corpo e viajado pelo espaço, de tal modo que a pessoa viu o seu corpo estando fora dele. Isto é real, pode acontecer?
Bem, a Igreja Católica diz que somos formados de duas realidades unidas: corpo e alma; cuja separação significa a morte da pessoa. O Catecismo da Igreja explica que: “A unidade da alma e do corpo é tão profunda que se deve considerar a alma como a “forma do corpo” (Concílio de Viena, 1312: DS 902); ou seja, é graças à alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano vivo; o espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles forma uma única natureza” (§365).
Portanto, se a alma deixar o corpo, a pessoa experimenta a morte. Se esta voltar ao corpo, será então um caso de milagre de ressurreição, como Jesus fez com Lázaro, a menina Talita, o filho da viúva de Naim e outros casos.
Assim, não tem base teológica a afirmação de que algumas pessoas viveram a experiência de “sair do corpo”, e continuaram vivas. Isto pode ser devido a alguma sugestão ou algo que a ciência deva explicar.
No dia 24 de agosto de 2007, o jornal  “Folha de São Paulo”, publicou uma matéria sobre neurociência, sob o título “Realidade virtual faz pessoa se sentir “fora do corpo””  (Eduardo Geraque) sobre uma matéria publicada na Revista “Science”, onde se diz o seguinte:
“Você é você ou o seu avatar (representação virtual)? Ao depender dos experimentos apresentados hoje na revista “Science”, essa pergunta é cada vez mais pertinente. Dois grupos de pesquisa conseguiram iludir o cérebro a partir de estímulos visuais e fazer com que a pessoa real pensasse que era a virtual. O grupo liderado por Olaf Blanke, do Hospital Universitário de Genebra, conseguiu quebrar a ligação que existe entre a autoconsciência e o corpo físico a partir de um experimento até simples. Os voluntários, com óculos 3D, foram colocados diante de uma câmera. A imagem projetada para o ser real era das suas próprias costas. Uma caneta passou a ser pressionada, ao mesmo tempo, tanto na pessoa quanto na sua representação virtual. Os voluntários eram deslocados e então solicitados a voltar ao lugar onde estavam antes. E eles foram na direção do clone virtual”.
O estudo, diz o autor, prova que o conflito multissensorial fez os voluntários se sentirem no corpo virtual. Pelo menos mentalmente, eles se deslocaram “para fora do corpo”.
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“Isso mostra que o nosso sistema nervoso entende algumas coisas como real, mas que não aconteceram realmente”, disse à Folha o neurocientista Luiz Eugênio de Mello, da Unifesp.
“A outra pesquisa, do grupo de Henrik Ehrsson, do Instituto Karolinska, na Suécia, também fez a realidade virtual enganar o cérebro. O toque físico fez com que pessoas sentissem que estavam sentadas em um local diferente de uma sala”.
Portanto, a ciência começa a revelar que os ensinamentos da Igreja têm base científica, embora sejam apresentados apenas como princípios religiosos. Ninguém pode viver a realidade de sua alma deixar o seu corpo sem experimentar a morte.
Prof. Felipe Aquino
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http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/11/16/pode-a-alma-sair-do-corpo-e-voltar-a-ele/#more-3041

A HORA DO 'ÂNGELUS' [In:] MEDIUNIDADE E CIÊNCIA


Mente

Cientistas mapeiam a atividade cerebral de médiuns

Pesquisadores examinaram o cérebro de médiuns brasileiros e descobriram que áreas ligadas à linguagem tiveram atividade abaixo do esperado, o que poderia mostrar um estado de falta de foco e de perda da autoconsciência

cerebro arteOs médiuns mais experientes apresentaram redução na atividade de determinadas áreas do cérebro (iStockphoto)
A atividade cerebral em determinadas partes do cérebro dos médiuns diminui nas sessões de psicografia, revela um artigo científico publicado nesta sexta-feira na revista PLOS ONE. Realizado por pesquisadores da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, e da Universidade de São Paulo (USP), o estudo mapeou, por meio de tomografias, os cérebros de uma dezena de médiuns brasileiros enquanto eles psicografavam.
As áreas do cérebro que apresentaram redução no fluxo sanguíneo cerebral foram o hipocampo esquerdo, o giro temporal superior direito e regiões do lobo frontal, que são associadas ao raciocínio, planejamento, geração de linguagem, movimento e solução de problemas. Para os autores, entre eles Andrew Newberg, professor da Universidade Thomas Jefferson, e Julio Peres, professor do Instituto de Psicologia da USP, essa pouca atividade pode indicar falta de foco, de atenção e de autoconsciência durante as psicografias. O curioso, no entanto, é que a complexidade das cartas redigidas durante o transe da psicografia deveria estar relacionada com uma maior atividade nessas áreas do cérebro.
"Experiências espirituais afetam a atividade cerebral, e isso é conhecido. Mas a resposta cerebral à prática de uma suposta comunicação com um espírito ou uma pessoa morta recebeu pouca atenção científica. A partir de agora, novos estudos devem ser realizados", diz Newberg.

Saiba mais

PSICOGRAFIA
Habilidade atribuída a médiuns de escrever mensagens ditadas por espíritos, estabelecendo uma espécie de elo entre o mundo terreno e o espiritual.
HIPOCAMPO
São estruturas localizadas nos lobos temporais do cérebro humano responsáveis pelas memórias de curto e longo prazo. A relação entre seu tamanho e capacidade, no entanto, ainda não está clara. A região atua também no sistema de navegação espacial e na ativação de hormônios que respondem a situações de estresse, adaptando o corpo.
De acordo com o espiritismo, os médiuns, quando psicografam, recebem mensagens de espíritos de pessoas mortas. No Brasil, o mais conhecido dos médiuns foi o mineiro Chico Xavier (1910-2002), que produziu mais de 400 livros.
Para comparar o nível de atividade cerebral durante as psicografias, os cientistas aplicaram exames nos médiuns enquanto eles escreviam textos sem estar em estado de transe. 
Experiência — A redução da atividade no lobo frontal ocorreu em níveis diferentes nos participantes. Eles foram separados entre médiuns experientes e iniciantes, sendo que o tempo de exercício da atividade variava de 5 a 47 anos. Para os noviços, a atividade no lobo posterior foi consideravelmente mais intensa. De acordo com os pesquisadores, isso pode indicar um maior esforço para tentar atingir com sucesso o estado de transe.
Outra questão levantada pela pesquisa é a complexidade dos textos produzidos. Uma análise mostrou que o conteúdo das cartas psicografadas era mais complexo do que as redigidas para outros fins. "Particularmente, os médiuns mais experientes produziram um material mais complexo, o que na teoria deveria requerer mais atividade nos lobos temporal e frontal. Mas este não foi o caso", escrevem os estudiosos. O conteúdo das cartas psicografadas, por exemplo, envolvia princípios éticos e abordava questões de espiritualidade e ciência.
Uma das hipóteses para esse fenômeno, segundo os pesquisadores, é que, ao reduzir a atividade do lobo frontal, outras partes do cérebro sejam acionadas, aumentando o nível de complexidade. "Enquanto as razões exatas para isso são ainda desconhecidas, nosso estudo sugere que há uma correlação neurofisiológica envolvida", afirma Newberg.
Essa correlação, no entanto, não é, absolutamente, um indicativo de uma suposta conexão com o mundo espiritual, ou algo do gênero. O mesmo fenômeno observado no cérebro dos médiuns ocorre com o cérebro de pianistas, por exemplo. Enquanto eles estão aprendendo a tocar e é preciso se concentrar em cada nota musical, o cérebro é ativado. Mas às medida que se tornam experts e tocar não requer mais tanta concentração, o cérebro não produz tanta atividade. "Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica", diz Newberg.

"O estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais" 

Andrew Newberg
Diretor de Pesquisa no Myrna Brind Center of Integrative Medicine da Universidade Thomas Jefferson

Por que houve essa diferença na atividade cerebral de acordo com a experiência dos médiuns?
Eu acho que isso reflete como o cérebro pode ser treinado para uma tarefa particular — um efeito de treino. Por exemplo: quando uma pessoa começa a aprender a tocar piano, ou outro instrumento musical, ela precisa, a princípio, focar em aprender cada nota — presumivelmente ativando o cérebro. Mas, na medida em que ela se torna um expert, o cérebro fica mais eficiente e pode até diminuir sua atividade, uma vez que tocar torna-se uma coisa fácil, que pode ser feita sem pensar. Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica.
O que a redução da atividade em certas partes do cérebro sugere?
Neste caso, o estudo sugere que áreas que normalmente funcionam quando estamos escrevendo ou realizando outras tarefas cognitivas, de certa forma, desligam quando a pessoa entra em estado de transe. Isso é consistente com a experiência (dos médiuns) segundo a qual eles não estão no comando da prática e do que estão escrevendo. Quando a atividade do lobo frontal diminui, a pessoa não sente que está realizando uma tarefa, e sim que essa tarefa está sendo feita para ela.
Qual a relação entre experiências espirituais e a atividade cerebral?
As experiências espirituais são muito diversificadas e incluem processos cognitivos, emocionais, de percepção e de comportamento. Dependendo do tipo de experiência, nós vemos diferentes maneiras no modo como o cérebro responde. Para a psicografia, o lobo frontal diminui sua atividade porque o transe faz com que eles sintam que não estão escrevendo.
Na opinião do senhor, qual a maior contribuição do estudo?
Eu acho que o estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais. Também nos leva a pensar se os médiuns de fato estão conectados a um reino espiritual, ou se simplesmente estão usando seus cérebros para construir essas experiências. Esse estudo não nos dá uma resposta definitiva. Mas traz muita coisa para pensarmos.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-mapeiam-a-atividade-cerebral-de-mediuns-brasileiros