A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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terça-feira, junho 26, 2012
PARAGUAI: SÓ PARA ENTENDER
ENTREVISTA-
Lugo diz que só milagre o leva de volta à Presidência
MENSALÃO. CONFORME HAVÍAMOS COMBINADO
Mensalão corre risco de ser adiado no STF
Cronograma do mensalão sob risco de adiamento |
Autor(es): DIEGO ABREU |
Correio Braziliense - 26/06/2012 |
Se o ministro Ricardo Lewandowski não entregar hoje o relatório sobre o caso, dificilmente o maior escândalo de corrupção da história do país começará a ser julgado em 1º de agosto, como previsto. Lewandowski reclama de pressões e promete concluir o documento até o fim da semana.
Revisor do caso, Lewandowski promete relatório até o fim da semana. Segundo Ayres Britto, o prazo é insuficiente para iniciar o julgamento na data prevista, 1º de agosto
A manutenção do cronograma do mensalão, com julgamento previsto para iniciar em 1º de agosto, está em risco. O revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, tem até hoje para finalizar o trabalho de revisão do processo para que o começo do julgamento não seja adiado. Por isso, ele foi pressionado em ofício enviado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto. Em resposta, Lewandowski confirmou que concluirá seu voto-revisor até o fim de junho, conforme havia se comprometido. Ele, porém, não indicou o dia em que anunciará o voto.
Na quinta à noite, Britto alertou o revisor do processo sobre a necessidade de liberar o trabalho de revisão até ontem para que a ação penal começasse a ser julgada logo no retorno do recesso do Poder Judiciário, que se estenderá ao longo de todo o mês de julho. Embora não tenha citado nominalmente o mensalão, Britto se referia a esse processo.
A Presidência do Supremo fixou a data de ontem como limite, mas o Correio apurou que, caso Lewandowski conclua o trabalho de revisão até hoje, o julgamento não precisará ser adiado, uma vez que o STF poderá publicar uma edição extra do Diário da Justiça com a inclusão do processo na pauta de 1º de agosto.
Lewandowski disse ter ficado surpreso com o ofício que recebeu do presidente do Supremo. O revisor criticou o fato de a mídia ter divulgado o teor do texto antes mesmo de ele tomar conhecimento do documento e observou que foram os próprios ministros do STF que fixaram o início do julgamento do mensalão para 1º de agosto, "sob a condição de o revisor liberar o processo até o fim de junho de 2012". A decisão foi tomada em sessão administrativa realizada no começo do mês, sem a presença de Lewandowski.
Defesa
No ofício, o ministro disse que tem "envidado todos os esforços possíveis" para não atrasar um só dia o julgamento. "Sempre tive como princípio fundamental, em meus 22 anos de magistratura, não retardar nem precipitar o julgamento de nenhum processo, sob pena de instaurar odioso procedimento de exceção", afirma Lewandowski. Ele acrescenta que o STF tem todas as condições de cumprir o calendário já estabelecido e que, considerada a decisão do plenário, a Suprema Corte detém a última palavra no que concerne à interpretação e ao alcance das normas regimentais para que o cronograma seja cumprido.
Conforme o regimento do Supremo, um julgamento só pode ocorrer depois de respeitados os prazos de 24 horas após a publicação da data, para o conhecimento das partes, e de mais 48 horas, para que a ação esteja habilitada a ser julgada em plenário.
Na hipótese de Lewandowski concluir hoje a revisão do processo e a data ser publicada até o fim do dia, as 48 horas começariam a ser contadas amanhã e terminariam na sexta-feira, último dia de trabalho na Corte antes do recesso do Judiciário. De acordo com a assessoria do Supremo, para que o julgamento seja iniciado no primeiro dia de agosto, é imprescindível que os prazos sejam cumpridos até esta sexta-feira, uma vez que eles ficam suspensos durante o recesso.
"Sempre tive como princípio fundamental, em meus 22 anos de magistratura, não retardar nem precipitar o julgamento de nenhum processo, sob pena de instaurar odioso procedimento de exceção"
Ricardo Lewandowski, relator do mensalão |
PETROBRAS. ALGO ERRADO ! (E não tem graça alguma!!!)
PETROBRÁS QUER NOVOS REAJUSTES DA GASOLINA
AÇÕES CAEM 9% E PRESIDENTE DA PETROBRÁS DIZ QUE VAI INSISTIR EM NOVOS REAJUSTES DA GASOLINA |
Autor(es): SABRINA VALLE, SERGIO TORRES |
O Estado de S. Paulo - 26/06/2012 |
A Petrobrás quer novos reajustes nos combustíveis, para igualar os preços com os do mercado externo. Ao detalhar o plano de negócios 2012-2016, a diretoria mostrou que a alta da gasolina (7,83%) e do diesel (3,94%) autorizada pelo governo não compensou a defasagem - e as ações da empresa caíram cerca de 8%, fazendo o Ibovespa recuar 2,95%. A Petrobrás defendeu reajuste de 15% para financiar expansão de 5,2% nos investimentos, previstos agora em US$ 236,5 bilhões até 2016. A renúncia fiscal para que o reajuste já autorizado não chegasse ao consumidor atingiu R$ 420 milhões. A Petrobrás cortou a meta de produção em 14% para 2020 e usou a obra da refinaria Abreu e Lima, três anos atrasada e hoje quase dez vezes mais cara que o previsto, como exemplo a ser evitado
A Petrobrás deixou claro ontem que continuará brigando por reajustes nos combustíveis e pela paridade dos preços de seus produtos com os praticados no mercado internacional. Em apresentação para detalhar o plano de negócios 2012-2016, a diretoria mostrou que os reajustes da gasolina (7,83%) e do diesel (3,94%) autorizados pelo governo e em vigor desde ontem não compensaram integralmente a defasagem de preços.
A apresentação da diretoria ontem mostrou que desde janeiro de 2011 a Petrobrás vem perdendo com o não repasse de preços. "Este é um fundamento do plano do qual não se abriu mão. O reajuste de agora nos colocou mais próximos do alvo, mas o alvo continua sendo a meta da empresa", disse o diretor Financeiro, Almir Barbassa, dizendo que novos reajustes seriam esperados para o médio e longo prazos.
Apesar de ter elevado em US$ 14 bilhões os investimentos em exploração e produção, a empresa reduziu em 14% as metas de produção no Brasil para 2020. "Foi com muito realismo que definimos a curva de produção a partir de 2012", alegou a presidente da companhia, Graça Foster. Em encontro com investidores, ela ressaltou que "não é possível considerar milagres na hora que se tem uma demanda tão forte".
Os argumentos em torno de futuros reajustes e de metas mais realistas para a produção não conseguiram impedir o baque no desempenho das ações. O aumento de preços, que passou a vigorar ontem nas refinarias - e que não chegará ao consumidor - foi considerado insuficiente e tardio pelos investidores. As ações com direito a voto (ON) da companhia desabaram 8,33% e as preferenciais, 8,95%, arrastando o Ibovespa para uma baixa de 2,95%.
Segundo fontes do Estado, a companhia defendeu no plano de negócios reajuste de 15% nos combustíveis para financiar um aumento de 5,2% em seus investimentos, previstos agora em US$ 236,5 bilhões até 2016. "O controlador aprovou o plano e o primeiro item é a paridade de preço", afirmou Graça Foster: "É fundamental que estejamos discutindo no conselho a nossa capacidade de investimento frente à pressão de caixa da companhia."
O governo, que usa os investimentos crescentes da Petrobrás para estimular a economia do País, abriu mão integralmente da arrecadação de R$ 420 milhões mensais da Cide, zerando o tributo, de forma a conceder o maior reajuste possível sem repasse de preço ao consumidor.
A apresentação do primeiro plano sob o comando de Graça imprimiu o estilo de gestão da executiva: centralização de poderes, planos mais factíveis e maior rigor no cumprimento de metas. Graça reconheceu que há oito anos as metas vêm sendo descumpridas. Metas que considerou ousadas demais. Deixou claro que metas de produção e aprovação de investimentos passarão por ela.
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MOSQUETEIROS
Por absolvição, Demóstenes tentou negociar renúncia
Demóstenes propôs renúncia em troca de absolvição no plenário do Senado |
Autor(es): JOÃO DOMINGOS |
O Estado de S. Paulo - 26/06/2012 |
O senador Demóstenes Torres procurou, pessoalmente ou por meio de emissários, figuras-chave do Senado para oferecer a própria cabeça em troca da absolvição e da manutenção de seus direitos políticos. Ele propôs, sem sucesso, tirar licença por 120 dias e depois renunciar, se os senadores com influência sobre os colegas não trabalhassem pela cassação
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) tentou uma última aposta para assegurar seus direitos políticos e, assim, ter a chance de se candidatar em eleições futuras. Pessoalmente ou por intermédio de emissários, ele procurou nas últimas semanas algumas figuras-chave do Senado, como o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP); o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), para oferecer a própria cabeça em troca da absolvição.
Sem a presença de Demóstenes, o Conselho de Ética iniciou na noite de ontem a sessão de votação do relatório de Humberto Costa (PT-PE), que pediria a cassação do mandato do colega senador.
Nos bastidores da Casa, a fórmula apresentada por Demóstenes aos interlocutores foi esta: ele tiraria licença do cargo por 120 dias - o que pode ser feito sem que o suplente venha a assumir o posto - e depois renunciaria ao mandato, desde que os senadores que têm lideranças sobre os colegas não trabalhassem pela cassação. Enquanto isso, Demóstenes os procuraria, um a um, para dizer que não tem mais condição de permanecer no Senado. E pediria a absolvição no plenário, onde a votação é secreta. Se absolvido, garantiria seus direitos políticos e depois renunciaria.
Nos recados, Demóstenes fez chegar aos senadores uma sensação de arrependimento, de que fora enganado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durante os últimos anos. Com isso, achava que poderia convencer seus ainda pares de que mereceria o perdão, com a garantia da renúncia ao mandato - a perda dos direitos políticos só ocorre quando há a cassação ou o acusado renuncia quando o processo já está aberto. Demóstenes contava com a decisão do Conselho de Ética pela cassação, que decidiria esse capítulo na noite de ontem, mas lutaria pela absolvição em plenário. Desse modo, garantiria os direitos políticos.
Resistências. A negociação deu errado porque houve resistências por parte dos que foram procurados. Aécio Neves teria respondido com um sonoro não a Demóstenes, sob o argumento de que se sentiu traído pelo colega goiano. Em maio do ano passado, Demóstenes pediu a Aécio que indicasse Mônica Beatriz Silva Vieira, prima do contraventor, para o cargo de diretora regional da Secretaria de Assistência Social em Uberaba. Aécio atendeu ao pedido e Mônica foi nomeada.
Conforme as informações de senadores, Demóstenes chegou a ir a São Paulo atrás de Sarney, quando o presidente do Senado estava internado no Hospital Sírio-Libanês. Mas Sarney não o recebeu. Demóstenes teria feito a viagem de Brasília a São Paulo de carro, por ter receio de passar pelo constrangimento de tomar um avião e ser reconhecido pelos passageiros.
Depressão. Durante o período em que planejou oferecer o pescoço em troca dos direitos políticos, Demóstenes passou por períodos de depressão, segundo alguns senadores que estiveram com ele. Tomou muitos remédios, teve dificuldades para dormir e costumava entoar versos da canção Tudo passará, do cantor Nelson Ned.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Prado, o Kakay, defensor de Demóstenes, disse que as informações que circulam no Senado, de que seu cliente ofereceu a renúncia em troca dos direitos políticos, não correspondem à verdade. "Isso nunca ocorreu. Seria contraditório, porque a luta do senador é para assegurar a manutenção de seu mandato no julgamento pelo plenário do Senado", disse o advogado.
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FESTANÇA !
CONSELHO DE ÉTICA PEDE CASSAÇÃO DE DEMÓSTENES
DEMÓSTENES PERDE NO CONSELHO DE ÉTICA |
Autor(es): JOÃO VALADARES |
Correio Braziliense - 26/06/2012 |
Em relatório de 79 páginas, o senador Humberto Costa (PT-PE) acusou o parlamentar goiano de quebra de decoro e recomendou a cassação de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Os 15 integrantes do Conselho de Ética do Senado presentes à sessão aprovaram o parecer por unanimidade. Humberto acusou Demóstenes de pôr o mandato a serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira e de mentir em plenário quando negou ter qualquer envolvimento com o esquema criminoso do contraventor. Para a defesa de Demóstenes, as escutas que flagraram o parlamentar em conversas com Cachoeira são ilegais. O senador ainda acredita que pode salvar o mandato. Para isso, aposta tudo na votação secreta no plenário.
Por unanimidade, integrantes do colegiado aprovam o relatório que pede a cassação do mandato do senador goiano. Processo segue agora para Comissão de Constituição e Justiça, antes de ir ao plenário
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) sofreu, na noite de ontem, a primeira derrota na cruzada empreendida para tentar salvar o mandato. Como já era esperado, os 15 integrantes do Conselho de Ética do Senado aprovaram, por unanimidade, em votação nominal e aberta, o relatório de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), que pede a cassação do parlamentar goiano por quebra do decoro parlamentar. A sessão, que teve início às 18h30, durou cinco horas. Demóstenes, que disse querer ser julgado pelo que fez e não pelo que falou, era o braço político da organização criminosa chefiada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, que se encontra preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Em 79 páginas bem fundamentadas, recheadas de citações de juristas, filósofos e pensadores diversos, o relator deixou claro que o investigado colocou o mandato a serviço do esquema de jogos ilegais, pagamentos de propina e lavagem de dinheiro.
Agora, o relatório segue para apreciação e votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que sejam observados os aspectos constitucionais e jurídicos. O prazo para análise é de cinco sessões deliberativas no Senado. Se houver entendimento entre os líderes, todas as sessões podem ocorrer no mesmo dia, antecipando assim a votação secreta no plenário. Em seu voto, o relator disse que não era crível que Demóstenes Torres tenha alegado desconhecer a folha corrida do seu interlocutor (Carlinhos Cachoeira).
No relatório, Humberto Costa fez um resumo de todos os deslizes cometidos por Demóstenes. "Ele admitiu que o contraventor pagava as contas de seu aparelho de rádio-celular Nextel, que nomeou como servidora em seu gabinete parlamentar, a pedido de Cachoeira, uma pessoa com residência fixa em Anápolis, e que intercedeu para que uma pessoa, também a pedido de Cachoeira, fosse nomeada em órgão público estadual em Minas Gerais." Humberto Costa lembrou que "um estafeta de Cachoeira comprou para ele, nos EUA, por encomenda, um som no valor de 27 mil dólares, além de cinco garrafas de vinho francês, que adquiriu por 18 mil dólares uma mesa na Argentina, e que o bicheiro pagou os serviços de queima de fogos da festa de formatura de sua esposa".
O relator afirmou que a alegação de Demóstenes de que "teria jogado verde" ao informar Cachoeira sobre uma operação policial é fantasiosa. "Seria necessário um esforço hercúleo de boa-fé para crer que alguém inteligente e perspicaz como Demóstenes precisasse desse tipo de expediente para confirmar o que era de conhecimento público, sobretudo os que conviviam com Cachoeira."
Loterias
O senador pernambucano citou, no documento, vários trechos de diálogos travados entre Demóstenes e o bicheiro, e, com isso, desmontou todas as justificativas dadas pelo político goiano. "É simplesmente patética a declaração do representado, em um dos diálogos, sobre a aprovação do já discutido projeto de lei que regularizaria as loterias estaduais. "Vou fazer o que você quer". Nos diálogos, há expressões equivalentes a essa. Evidenciam uma humilhante subalternidade de um senador da República aos interesses de Carlos Augusto de Almeida Ramos."
O parecer atesta que a ligação entre o bicheiro e o senador goiano engloba doações não declaradas de campanha e repasse de verbas do contraventor diretamente para Demóstenes. "Não deixa qualquer dúvida de que a pessoa referida no trato dos R$ 20 mil é o senador Demóstenes. O fato central é que houve uma transação entre Gleyb (membro da quadrilha) e Cachoeira que envolvia Demóstenes."
A defesa de Demóstenes Torres insistiu na mesma tecla. Durante os 30 primeiros minutos da sessão, alegou que as provas são ilegais e que o senador foi investigado de forma irregular, uma vez que tem foro privilegiado.
Os próximos passos
O relatório será encaminhado hoje à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que sejam verificados os aspectos constitucionais e jurídicos.
O prazo de análise é de cinco sessões deliberativas no plenário do Senado. Isso não significa que sejam necessários cinco dias para a aprovação. Se houver acordo de líderes, todas as sessões podem ser realizadas no mesmo dia.
Após tramitação na CCJ, o relatório segue para votação em plenário. Ao contrário do Conselho de Ética, a votação será secreta.
Um bloco de senadores defende que a votação seja realizada já na próxima semana. O recesso parlamentar tem início em 17 de julho.
Três depoimentos na CPI do Cachoeira
A CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com servidores públicos e empresários vai ouvir hoje Luiz Fiúza Gouthier, ex-assessor do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO); Écio Antônio Ribeiro, suspeito de ser um laranja do esquema do contraventor; e Alexandre Milhomen, arquiteto que teria reformado a casa vendida por Perillo. Os depoimentos terão início às 10h15. Amanhã, a comissão tomará os depoimentos de Jayme Rincón, tesoureiro da campanha de Perillo; Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador; e o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que disse ter recebido recursos de empresas fantasmas na campanha de Perillo, em 2010. |
CAMARADA!!!
Segundo o pepista, José Serra esteve duas vezes em sua casa para negociar apoio, mas a conversa não deu certo.
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) recebeu a Folha ontem em seu escritório para mostrar as fotos de seu calendário com autoridades internacionais, como o papa João Paulo 2º e os ex-presidentes americanos George Bush e Bill Clinton.
Falou também da já célebre imagem com o ex-presidente Lula em sua casa e do apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, à prefeitura. Um resumo da conversa:
A foto
O que teve foi o seguinte: a mídia toda foi furada, inclusive aFolha. Publicavam sempre que o PP já estava fechado com o PSDB. Mas eu nunca fui consultado. Mandei aviso à imprensa de que, naquele dia, anunciaria em minha casa o nome de quem iria apoiar.
Quando abriu o portão, [os jornalistas] encontraram a mim e ao Lula. [rindo] Se sentiram provavelmente desinformados. Caiu o mundo.
Mas não caiu mundo nenhum. Em 2002, nós apoiamos o Lula [para presidente] e o [José] Genoino [candidato a governador de SP] no segundo turno. Em 2004, apoiei a Marta [Suplicy, candidata a prefeita].
Marta Suplicy
Ela não reclamou do meu apoio [em 2004], ficou feliz da vida. Nunca ouvi ela falar mal de mim. Mas eu entendo a Marta. Ela julgava que seria candidata a prefeita [neste ano]. Se fosse, ela teria sido agraciada com nosso apoio.
Apoio a José Serra
O Serra esteve em casa duas vezes -uma delas, há três semanas, com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que é meu amigo. Conversamos sobre tudo. Mas não deu certo [o acordo com o PSDB]. O Serra é bem vindo na minha casa dez vezes. Mas eu não sou eu, eu sou um partido. Tem deputados federais, estaduais, vereadores.
Gabriel Chalita
Da mesma maneira o Chalita [candidato do PMDB a prefeito] é bem vindo. Ele almoça em casa, janta em casa, está sempre comigo em Brasília. O Chalita é amigo da gente.
Lula constrangido
Fechado o acordo com o PT, fizemos um almoço em casa, algumas pessoas compareceram. E o Lula foi convidado. Constrangido? Ao contrário, ele estava alegre e feliz. Eu que inibi o presidente, 'não fala, presidente', por causa do problema na garganta.
Antigos adversários
Quem mudou? O Lula assumiu em 2003 sob a desconfiança de que era um Fidel Castro brasileiro. Achava que ele tinha que ter estágio no governo brasileiro até para o povo se decepcionar com ele. Mas, da maneira que exerceu a Presidência, diria que ele está à minha direita. Eu, perto do Lula, sou comunista.
Eu não teria tanta vontade de defender os bancos e as multinacionais como ele defende. Quando ele tira imposto dos carros, tira da Volkswagen, da Ford, da Mercedes. Quando defende sistema bancário, defende quem? Os banqueiros.
Eu, Paulo Maluf, industrial, estou à esquerda do Lula. De modo que ele foi uma grata revelação do livre mercado, da livre iniciativa.
Dilma e Alckmin
Em 2014, a minha chapa vai ser Dilma [Rousseff] para presidente e Geraldo Alckmin para governador. Ela está sendo uma excepcional presidente, além de todas as expectativas. E Alckmin está sendo muito bom governador.
Somos parte do governo federal, através do Ministério das Cidades, e aqui em São Paulo, com dois diretores da CDHU [companhia habitacional]. Na Assembleia Legislativa, votamos com o governador. Acabou a eleição, o que interessa é que haja governabilidade.
Apoio aos tucanos
Apoiei o [Mario] Covas no segundo turno [ao governo em 1994]. Ele foi lá, na sede do PPB, pedir apoio. E ganhou por diferença tão pequena que, se eu estivesse do outro lado, perdia. Em 1998, apoiamos FHC, que teve 51%. Se não fosse meu apoio, ia para o segundo turno contra o Lula.
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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O Bolsa Família, que até o mês passado transferia no máximo R$ 306 por mês a uma mesma família, passou a pagar, neste mês, benefícios que chegam a R$ 1.332. A quantia foi repassada a uma única família formada por 19 pessoas, informa Demétrio Weber. A mudança é resultado do programa Brasil Carinhoso, lançado em maio pela presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de tirar da miséria famílias com crianças de até 6 anos e garantir uma renda média mínima de R$ 70 por pessoa nesse grupo, mesmo que, para isso, o repasse vá além do antigo teto do programa. Os dados foram solicitados pelo GLOBO com base na Lei de Acesso à Informação. De acordo com o ministério, apenas 1% dos repasses, ou cerca de 20 mil, são hoje superiores a R$ 325. Para o economista da FGV Marcelo Neri, a mudança é positiva por beneficiar famílias com mais crianças, mas é preciso acompanhar os resultados para, eventualmente, fazer ajustes. O pesquisador Rafael Osório, do Ipea, diz que o caso é uma exceção e lembra que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, só 2% das famílias hoje têm quatro ou mais filhos. (Págs. 1 e 5)
Na lista de possíveis sanções que a presidente Dilma levará ao Mercosul, sexta-feira, estão a suspensão de projetos de investimentos e da Tarifa Externa Comum (TEC). O objetivo é evitar que o impeachment de Fernando Lugo se transforme em um precedente perigoso na região. Enquanto o presidente Federico Franco dava posse ao novo Gabinete, o presidente cassado montou um governo paralelo. A Justiça arquivou o pedido de inconstitucionalidade feito por Lugo. (Págs. 1, 27, 28, Míriam Leitão e Merval Pereira)
O ministro do STF Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, se disse “estupefato” com as pressões que recebeu para devolver logo a ação e afirmou que tem até sexta-feira para concluir o trabalho.
A decisão deverá atrasar o julgamento em cinco dias. “Estou trabalhando noite e dia para cumprir o prazo, definido em plenário, de entregar no fim do mês.” (Págs. 1 e Poder A4)
O Senado aprovou na véspera a lei que regulamentou a cassação. (Págs. 1 e Mundo A11)
A Petrobrás quer novos reajustes nos combustíveis, para igualar os preços com os do mercado externo. Ao detalhar o plano de negócios 2012-2016, a diretoria mostrou que a alta da gasolina (7,83%) e do diesel (3,94%) autorizada pelo governo não compensou a defasagem - e as ações da empresa caíram cerca de 8%, fazendo o Ibovespa recuar 2,95%. A Petrobrás defendeu reajuste de 15% para financiar expansão de 5,2% nos investimentos, previstos agora em US$ 236,5 bilhões até 2016. A renúncia fiscal para que o reajuste já autorizado não chegasse ao consumidor atingiu R$ 420 milhões. A Petrobrás cortou a meta de produção em 14% para 2020 e usou a obra da refinaria Abreu e Lima, três anos atrasada e hoje quase dez vezes mais cara que o previsto, como exemplo a ser evitado. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Precisou que a hemorragia nas finanças da Petrobrás atingisse níveis críticos para que o governo concordasse com o reajuste dos combustíveis. (Págs. 1 e Economia B2)
Nos anos 30, Paul Valéry já previa com clareza o mundo que vivemos hoje. E Osama Bin Laden nos lembrou que a vida real é um mistério. (Págs. 1 e Caderno 2, D10)
Banco diz que emergentes devem tomar cuidado. (Págs. 1 e A3)
Ela sugeriu que a companhia costumava adquirir antecipadamente equipamentos de projetos ainda não aprovados em todas as fases, em uma crítica sutil à gestão anterior. Foi o que deu a entender quando se referiu a diversos projetos da empresa, incluindo refinarias. (Págs. 1, B1 e B7)
Até o mês que vem, será feita a licitação de um pacote de obras para contratação das empreiteiras que vão construir mais de 5,2 mil moradias em Altamira, o município mais afetado pela usina. As casas serão erguidas em três áreas, que somam entre 220 e 250 hectares. (Págs. 1 e B8)
Dedicada ao tráfego de dados, a 4G vai estimular a transmissão de conteúdo ao vivo - da novela ao jogo de futebol -, além do download de músicas e filmes que poderão ser baixados muito mais rápido para o celular. Os serviços na nuvem, com os quais o usuário pode armazenar seus arquivos e acessá-los via internet, também ganharão força. (Págs. 1 e D8)
A eurolândia precisa percorrer o caminho das federações bem-sucedidas, como os EUA no séc. XVIII e o Brasil no séc. XXI. (Págs. 1 e A2)
Raymundo Costa
Em algum momento da campanha, talvez não demore muito, Haddad terá de andar com as próprias pernas. (Págs. 1 e A10)