PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, junho 17, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] MÁS INFLUÊNCIAS (3). ... Diga-me com quem andas (2)

...


















Homenagem aos chargistas brasileiros.
..

FHC ''BY'' FERNANDO HENRIQUE CARDOSO [In:] ''HAPPY BIRTHDAY, MR. PRESIDENT..." (*)

FHC, 80 anos e muito a dizer

FHC chega aos 80 sem medo de ser feliz



Autor(es): Denise Rothenburg e Ullisses Campbell
Correio Braziliense - 17/06/2011

Presidente da República de 1995 a 2002, Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos amanhã. O sociólogo voltou a ser destaque nos noticiários após iniciar uma cruzada pela descriminalização das drogas. Mas FHC ainda é um político influente e um acadêmico requisitado. "Faço palestras em quatro línguas, sem tradutor", avisa. Em entrevista aos repórteres Denise Rothenburg e Ullisses Campbell, ele relembra sua vida e fala até sobre namoro. Aproveita para criticar o PT, mas elogia Dilma.


Entrevista - Fernando Henrique Cardoso

Acadêmico requisitado, militante voluntário na discussão sobre descriminalização da maconha e assíduo no instituto que leva seu nome, o sociólogo e ex-presidente celebra o aniversário com um balanço de sua trajetória

São Paulo — Nas duas últimas semanas, não param de chegar pacotes embrulhados para presente no número 367 da Rua Formosa, no centro de São Paulo. Ali funciona o Instituto Fernando Henrique Cardoso, onde o ex-presidente despacha todas as tardes. No instituto, inspirado nas fundações americanas e mantido com recursos de empresas privadas e um naco da Lei Rouanet, para digitalização do acervo, a maior joia é o próprio FHC. Ele completa 80 anos amanhã com uma disposição de fazer inveja aos mais jovens. Escolhe entre uma ou outra conferência no exterior ("faço palestras em quatro línguas, sem tradutor"). Frequentemente, é consultado para falar sobre a descriminalização da maconha. De forma tímida, reserva espaço na agenda para

retomar a vida afetiva, três anos depois de se tornar viúvo. "Não namoro bastante porque seria ridículo um velho namorar assim." E não se furta a participar de discussões ligadas ao PSDB. Quando requisitado, diga-se. Na última quinta-feira, FHC mudou parte da rotina. Encastelado em função de uma gripe — "a saúde não é mais a mesma" —, recebeu a reportagem do Correio em seu apartamento de 300m² na rua Rio de Janeiro, no bairro de Higienópolis. Discorreu sobre vários temas nos 45 minutos de conversa. Separa Dilma do PT. "O PT é o rei da infâmia", diz. Dilma? "Ela me parece uma pessoa íntegra, menos leniente com desvios." Sobre a demissão de Palocci da Casa Civil, justo o principal ministro, diz que "são decisões difíceis, mas cabe aos presidentes tomá-las".

Qual a maior alegria política que o senhor teve ao longo da carreira?
Minha maior alegria pessoal foi ter sido eleito duas vezes presidente. Na verdade, a alegria política é que eu fiz muita coisa pelo Brasil. Quando você chega lá, ou faz muita coisa ou não faz nada. A minha alegria é que mudei muita coisa. A minha intenção é continuar fazendo coisas por aí.

Qual a maior tristeza política?
Não ter conseguido fazer tudo o que queria e tentado demais mexendo em várias coisas ao mesmo tempo, quando talvez não fosse a tática adequada. Mandei tantas reformas estruturais que foi difícil tocar. A verdade é que não dei folga ao Congresso. O tempo todo estávamos de rédea curta, trabalhando, e agenda, agenda, agenda. A reforma da Previdência: se eu tivesse me concentrado num ponto só, talvez tivesse sido mais eficaz do que assustar tanta gente, quando o que queríamos era salvaguardar o sistema previdenciário. Eu talvez devesse ter desvalorizado a moeda antes de 1999. O sistema nosso deixou de ser fixo, era flutuante, mas flutuava pouco. A certa altura mudei a política, mas poderia ter feito antes. Se tivesse, teria evitado a crise de janeiro de 1999.

Na época, o PT dizia que o senhor não mudou por conta da reeleição.
Não tem nada a ver com isso. O PT é o rei da infâmia. Imagina se àquela altura a questão central ia ser a reeleição? Até porque eu ia ganhar a eleição. Os efeitos da mudança da moeda só se fizeram sentir meses depois. O mercado foi quem tomou uma decisão por nós. Insistimos em não mudar porque a equipe estava convencida de que não deveria. Eu estava convencido de que era possível mudar. Só que precisava de gente. Não se muda sozinho, não é um ato de vontade, Havia muita resistência na equipe. Tive que tirar o Gustavo Franco (à época, presidente do Banco Central). Eu gostava muito dele. Se ele tivesse ido para o governo depois de começar a flexibilizar, teria sido melhor. Nunca esteve em cogitação a relação entre câmbio e reeleição. Isso é invenção do PT. Outra invenção: as reformas pararam por causa da reeleição. Ora, reeleição foi em um mês, janeiro de 1997, e toda a população queria, tanto que ganhei. Quem é que não queria? Os candidatos a presidente da República e seus partidos, Lula, Maluf e alguns até do meu partido.

O senhor acha que a reeleição está consolidada no Brasil ou prefere um mandato de cinco anos?
Acho que está consolidada. Precisa ser aperfeiçoada com maior restrição ao uso da máquina. Mas é difícil. Fui candidato e não usei a máquina. No pleito de 2010, não era reeleição e o Lula usou. Não dá para reinventar a roda. Os sistemas que têm dado certo são os de reeleição. Para a construção de uma obra, quatro anos não são suficientes. Nem mesmo cinco. Já seis eu acho muito.

O senhor vai inaugurar um portal. Esse meio de comunicação já se consolidou como instrumento político?
No Brasil, ainda não é como nos outros países, mas é uma força e acho que está se consolidando. A nossa sociedade se modernizou. As pessoas se modernizaram e as instituições políticas, não. Há um descasamento entre a vida na sociedade e a vida política. O Congresso vai para um lado e a sociedade, para o outro. Tirar do Congresso o debate foi uma contribuição negativa do governo Lula. As grandes questões são decididas sem debate. Quem decidiu a expansão das usinas nucleares? Ou a mudança na lei do petróleo? E a construção do trem-bala? Pode ser certo tudo isso, mas não foi debatido.

Mas essas questões foram debatidas no Congresso.
Muito pouco. Sobre petróleo, por exemplo, só se debateu a distribuição dos royalties. E tudo em regime de urgência, urgentíssima ou medida provisória. O debate amorteceu em função da prosperidade, que é evidente, da possibilidade de o governo dar mais benesses, inclusive ao próprio Congresso.

O senhor falou em prosperidade. Isso significa que a presidente Dilma e o PT podem ficar no governo por mais tempo que os quatro anos? Como a oposição vai construir um discurso capaz de quebrar essa onda?
Essa onda (de prosperidade) no mundo está arrefecida. Você não tem a situação que tinha há dois anos para o Brasil. Agora teremos que enfrentar problemas mais complicados. Há um tremendo deficit de infraestrutura. Portos, aeroportos, estradas. E falta dinheiro. O governo vai ter que tomar medidas. A primeira ideia que tiveram (sobre a concessão dos aeroportos) achei boa. Eu tenho que dizer com franqueza: a Dilma tem me surpreendido.

Em que pontos ela o surpreendeu?
Por exemplo, todo mundo diz que a Dilma é uma pessoa agressiva. Comigo não foi de forma alguma.

E na parte administrativa? Ela agiu certo ao demitir o ministro Palocci?
Ainda é cedo para julgar. São decisões difíceis, mas cabe aos presidentes tomá-las.

Qual a sua opinião sobre repassar a administração dos aeroportos à iniciativa privada?
É bom que se faça. É corajoso. Isso requer que as agências reguladoras funcionem.

E como vê essas agências? Certa vez, o senhor disse que criou esses mecanismos de forma a deixar o Estado mais leve, a infraestrutura seria tocada pela iniciativa privada.
Exatamente, desde que as agências controlassem o bem do consumidor, com fidelidade aos contratos. As agências não deveriam ser politizadas. A Agência Nacional do Petróleo foi anulada. Hoje, a Petrobras reina sozinha. A ANP está cheia de pessoal do PCdoB e do PT. Agência não é para isso. Na questão dos aeroportos, é bom que a agência tenha vigor para fazer concessão. O setor privado vai sempre puxar para interesse próprio. O Estado tem que estar presente para que não haja distorção.

A Dilma lhe enviou uma carta elogiosa.
Vi com prazer. Ela foi generosa. Reconheceu o que o antecessor costumava dizer que não era assim.

Algumas notas dizem que o senhor está magoado com o Lula. É verdade? Ainda espera uma ligação dele para cumprimentá-lo pelo aniversário?
Não estou magoado. Ele nunca me ligou por aniversário algum. O Lula e eu, quando estamos juntos, nos damos bem. Agora, ele deve ter algum problema psicológico, tem dificuldade em fazer gestos comigo.

A interlocutores, ele disse ter mágoa em função das campanhas, críticas em tom agressivo.
Isso não. Uma vez o Lula foi lá me ver, no Palácio, quando eu era presidente. Ele tinha perdido a eleição, em 1998. Depois que fui reeleito. Cristovam Buarque presenciou a conversa. Uma certa hora, eu disse: "Ô Lula, nunca vi você na tevê me atacando porque não queria ficar com raiva de você". E era verdade, eu não via. O pessoal da máquina dizia que eu tinha que ver. Eu não via porque ele era agressivo. Outra vez, estávamos no Alvorada, eu, Ruth, ele e Marisa. Falamos de novo sobre isso e ele, "Ah, mas pessoalmente...", e eu disse. "Então você depende: tendo gente na frente, pode dizer qualquer coisa, né?". Não tenho mágoa do Lula. Conheço o estilo. Não é que me doa. Mas, do ponto de vista do Brasil, ex-presidente é bom que tenha uma relação civilizada. Infelizmente, não pude ter uma relação mais civilizada com o Lula.

A carta que Dilma lhe mandou, alguns viram como ponte entre governo e PSDB. Que interpretação o senhor faz?
Primeiro, acho que é uma coisa pessoal. E não é o primeiro gesto. Fui convidado para o almoço do Obama e ela me tratou bastante bem e vice-versa. Em segundo lugar, acho que ela entendeu que era melhor a distensão de um clima crispado. Mas acho que para aí. Não acho que ela queira brigar com Lula.

Uma leitura possível é que ela quer acabar com o clima de guerra entre PT e PSDB?
De alguma maneira, essa coisa cansou, porque é falsa. Os projetos são meio parecidos.

Onde PSDB e PT se afastam? É a disputa pelo poder pura e simples?
É essencialmente a disputa pelo poder. Dizem que um é de esquerda e o outro é conservador. Não é verdade. Não tem nada disso. Um é privatista, outro não. Não é verdade, está se vendo aí (questão dos aeroportos). Um não liga para o povo o outro liga, também não é verdade, e por aí vai. O que discrepa? O PT mantém uma certa visão de partido, Estado e sociedade que é diferente do PSDB. O PT ainda acredita que o melhor para o país é que um partido, eles, ocupe o Estado e que o Estado mude a sociedade. O PSDB não vai nessa direção. É mais republicano, no sentido de separar mais. Não quero com isso tirar o mérito do governo Lula, do que fez de expansão dos programas sociais. Sendo ele um líder sindical, tendo uma base ligada a esse setor, tem mais facilidade de atender aos reclamos do que outros governos. Agora, os programas sociais todos começaram no meu governo. Do Luz no Campo, distribuição de livros, as bolsas.

Foi correto juntar todas as bolsas no Bolsa Família?
Já havia uma tendência. Era uma questão técnica. As bolsas surgiram como uma proposta do Banco Mundial, hostilizada pelo PT e por muita gente. Depois, houve um movimento de criar um fundo para combate à fome, que o ACM capitaneou. Era dar comida. Isso não é correto do ponto de vista de políticas sociais gerais. Em certas situações extremas, sim, dar comida. Fora disso, tem que dar emprego, instrução ou auxílio transitório. Usamos a educação primeiro, fizemos a Bolsa Escola. E no Ministério da educação, tivemos um problema tremendo: quem iria receber a bolsa? Não queria que fosse por influência política. Criamos então o cartão da cidadania, que copiei do Marconi Perillo, que já fazia em Goiás. A mãe de família e não o homem ia lá sacar o dinheiro. Minha intenção era não politizar as bolsas, não fazer populismo. Quando começou a ideia de integrar — tinha Bolsa Escola, alimentação, vale-gás e tirar criança do trabalho forçado. Cada ministério olhava para o objetivo da bolsa. Ao juntar tudo, complica, cria uma burocracia nova, que não tem o mesmo interesse específico. Por isso, eu tinha resistência a juntar todas. Mas, tecnicamente, a CEF já estava fazendo os procedimentos porque é mais econômico. O que o governo Lula fez, além de juntar tudo, foi a apropriação política da bolsa, o populismo. E perdeu o objetivo. Aliás, o Fome Zero, sob esse ponto de vista, era melhor porque queria ensinar a pescar e não dar o peixe. Por que fui para a Bolsa Escola? Porque o objetivo é educação. O que liberta é o trabalho.

E a política externa? Está correta essa estratégia multifacetada do governo?
Está correta e eu comecei, ou melhor, o Sarney começou e depois seguimos. Não é verdade que era só Estados Unidos. No meu discurso de posse, como chanceler, eu disse que tinha que ir para a Ásia. E fui. Fui ao Japão, à Índia, à China, o primeiro a ir à Malásia. África também fomos. O PT gosta de dizer que começou a história. Já estávamos nessa direção. A diferença do Lula é que ele queria obter uma cadeira no Conselho de Segurança.

O senhor não acha isso correto?
Não vai haver essa cadeira porque não está havendo a mudança. Vamos ter uma cadeira lá, um dia. Mas não agora. O que eles fizeram? Abriram embaixadas. Isso custa caríssimo. Com o objetivo de obter essa cadeira, que não obtiveram. Boa parte das viagens e de apoios em países menores não foi outro senão político, de um protagonismo que não funcionou.

E em relação à ampliação de gestão do FMI, do Banco Mundial?
Acho corretíssimo. Não fiz outra coisa que não fosse pedir isso. Acho que será a médio prazo. Estava lendo um artigo de Ricardo Lagos. Mostra que há uma aceleração desse processo. Quando havia reunião do G-7, eu mandava cartas pedindo a regulação financeira. Apoiei a taxação de fluxos de capitais. Na reunião que tivemos na chamada governança progressiva, em Florença, com vários líderes internacionais, defendi essa tese e não foi aceita. A China cresceu e puxou todos os países.

Como é a vida de ex-presidente? O que o senhor faz no dia a dia?
Fico em casa pela manhã. Trabalho no computador, leio, escrevo. Nada pela manhã é voltado para o lazer. Almoço em casa e, à tarde, vou para o Instituto (Fernando Henrique Cardoso). Recebo gente, tem reuniões, seminários e não sei mais o quê.

No que o senhor se ocupa?
Logo que deixei a Presidência, resolvi desencarnar. Viajei, fui para a França com a Ruth, sem segurança alguma. Andávamos de metrô como pessoas normais. Voltei à vida comum. Depois fomos para os Estados Unidos e eu ficava na biblioteca do Congresso, lendo e escrevendo o livro A arte da política. Também andava de metrô. A Embaixada do Brasil nos oferecia um carro e eu recusava. Queria levar uma vida normal. Só quando era assunto oficial da Embaixada eu aceitava o carro. Nos Estados Unidos, assumi uma posição na Universidade de Brown conhecida como professor-at-large que, em tese, é um professor que faz o que quer, mas eu acabava dando aula magna, seminários e atendia alunos de graduações, o que eu adorava fazer. Fui convidado para a Universidade de Harvard, mas recusei. E olha que estava sem dinheiro. Foi aí que eu descobri que podia ganhar dinheiro falando.

Por falar em estar sem dinheiro, de onde vem essa sua fama de pão-duro?
Realmente tenho essa fama. Não sei de onde vem. A verdade é que eu saí da Presidência e fiquei sem dinheiro. Por causa disso, não era e nem sou consumista.

Hoje o senhor tem investimentos financeiros, dinheiro guardado?
Hoje, sim. Mas quando deixei o governo não tinha nada. Presidente da República não tem salário de aposentado. Assim que saí do governo eu sobrevivia com salário de aposentado da Universidade de São Paulo. Mas eu e a Ruth nunca tivemos aperto de dinheiro. Como professores universitários, levamos uma vida de classe média confortável.

A população tem na figura do presidente uma imagem de pessoa poderosa e com dinheiro. Não é?
Realmente tem essa imagem, mas não corresponde à realidade. Para você ter uma ideia, para eu comprar o apartamento em que moro hoje, tive de vender dois e ainda assim a soma não era suficiente. A editora Record me antecipou um dinheiro de um livro que eu ia escrever e assim consegui comprá-lo.

A fama de pão-duro então é injusta?
Não sei. Só sei que não gosto do ato de tirar o dinheiro do bolso. Se for para pagar com cartão, não ligo. Mas se for com dinheiro vivo, complica. Não gosto de dinheiro.

Como pesquisador, como o senhor vê essa polêmica dos documentos secretos?
Tenho uma explicação difícil de acreditar. No último dia do meu governo, 31 de dezembro de 2002, assinei uma pilha de documentos e decretos que alguém havia levado ao gabinete. Era uma pilha de decretos e assinei. Não tem nesse documento o nome do ministro Pedro Parente nem do general Cardoso, então tem boi na linha. Dois anos depois deu aquela confusão. A verdade é que nunca fui pressionado por nenhuma instituição nesse sentido, nem pelos militares nem pelo Itamaraty. A assinatura adveio de um equívoco e não porque esse ou aquele órgão me alertou.

Mudando de assunto, como o senhor está vendo essa briga dentro do PSDB que parece não ter fim?
Não é possível que o PSDB não aprenda com a história. Governamos São Paulo e Minas, os dois estados mais populosos e mais ricos. Ao unir São Paulo e Minas, temos chances boas de ganhar a eleição presidencial. Temos que ter a capacidade de unir esses dois estados.

O senhor se propõe a fazer essa unidade?
Eu não, já chega.

Na sua leitura, por que o Serra perdeu a eleição?
Por muitos fatores. O mais importante é que o Lula tem muita popularidade e jogou com a máquina, fez uma vasta aliança e teve recursos infindáveis. Tudo isso é verdade e conta. A gente tinha chance de ganhar.

O PSDB tem algum mea-culpa a fazer?
Sempre tem, não só do Serra, mas de todo o partido. O PSDB nunca foi forte em deixar uma marca e trabalhar essa marca. O partido erra ao esconder os benefícios das nossas gestões. Esconde a mim. Mas não estou disputando eleição, nem sou personalista para ir lá e brigar. Acontece que eu já passei da idade dessas coisas. Isso é um erro do ponto de vista do partido. A meu ver, o PSDB também errou ao não politizar as questões.

A violência no campo foi um problema acentuado em seu governo e, 16 anos depois, ainda persiste, principalmente no Pará. Esse tipo de barbárie não tem solução?
Na época do massacre de Eldorado dos Carajás, fui pessoalmente responsabilizado e acusado por PT e MST. O governador do Pará na época, Almir Gabriel, foi processado. Agora, que morreram camponeses e sindicalistas, ninguém acusou o Lula e a Dilma.
A verdade é que, apesar de o Brasil ter um PIB não sei de que tamanho, não é um país civilizado completamente. Não é um país em que a cidadania exista pra valer.

O senhor disse que os partidos pequenos se organizam para usufruir de cargos do governo e que o Lula fez a política do toma lá da cá com o Congresso para governar. O senhor acha que a Dilma vai cair nessa armadilha?
Não, porque me parece que a Dilma é uma pessoa íntegra.
Ela tem sido mais resistente nessa questão, mas é lógico que há limites para essa resistência. Não sei qual é a tese dela. Ela parece menos leniente com desvios.

O senhor defendia de maneira velada a descriminalização do uso da maconha quando era presidente e agora passou a defender abertamente. O senhor acha que o Brasil realmente está preparado, inclusive na questão da saúde pública, para lidar com o usuário e as consequências que o uso contínuo dessa droga acarreta?
O uso de todas as drogas faz mal, inclusive o cigarro, o álcool e a maconha. Todas as drogas fazem mal. Acho que temos que ter sempre campanha de prevenção. A meu ver, acho que até o uso do álcool deveria ser regulado no Brasil. Queria deixar claro que a minha posição não é do "libera geral". A minha posição é: não basta pôr na cadeia. O problema é que não há receita geral que dê certo no Brasil. Sempre uso o seguinte exemplo: gosto de vinho, tomo quase todas as noites no jantar. Se tomar no almoço, prejudica o meu trabalho. Se eu pedir uma taça de vinho pela manhã, me levem para o hospital, pois estou doente. O mesmo vale para a maconha. Se a pessoa fumar o dia inteiro, vai ter problemas psicológicos.

O senhor está viúvo há três anos e é um homem bastante admirado pelas mulheres. Como está o seu coração? Já refez a vida afetiva?
Evidentemente, sou um ser humano. Mas isso não quer dizer que tenha alguém efetivamente, que vá casar e tal. Não penso nisso. Aos 80 anos, me casar seria uma temeridade. Além disso, tenho uma família forte e muito ligada a mim. Agora, evidentemente, me relaciono com muitas pessoas. Não namoro bastante porque seria ridículo um velho namorar assim. Não me incomodo em ser admirado de longe pelas mulheres. De perto, vamos devagar porque o santo é de barro e, nesse caso, o santo sou eu.

Agora que o Lula é ex-presidente e começou a dar palestras para sobreviver, assim como o senhor faz, já deu para sentir a concorrência do petista nesse mercado?
Imagina. Eu dou muitas palestras pelo mundo. Não tem uma semana que não receba até três convites para dar palestras fora do Brasil. Todas muito bem remuneradas e algumas até recuso. Eu dou palestra em quatro línguas, não preciso de tradutor. Não existe concorrência. Hoje, não faço mais tantas palestras porque não preciso de dinheiro. Passei a ser muito restritivo.

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(*) Um ''clássico'' na voz de Marilyn Monroe.

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GOVERNO DILMA/GOVERNO MILITAR [In:] ARQUIVO MORTO (Ops!!!)

MILITARES APOIAM DILMA PARA MANTER SIGILO ETERNO

DEFESA DO SIGILO ETERNO


Autor(es): agência o globo:Roberto Maltchik
O Globo - 17/06/2011



Segredo de textos por tempo indeterminado é apoiado por ministério e, pela 1ª vez em público, por Collor


O Ministério da Defesa manifestou apoio ontem ao projeto original do governo que mantém o sigilo eterno de documentos oficiais considerados ultrassecretos. A mesma posição foi defendida, pela primeira vez publicamente, pelo ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL). No início da semana, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, anunciou que o governo não concordava mais com a alteração da Câmara que limita o sigilo no máximo a 50 anos.

A assessoria do ministro da Defesa, Nelson Jobim, esclareceu que, se o governo mudar de posição, ele a seguirá. No Congresso, as Forças Armadas e o Itamaraty são os principais atores do lobby em favor do texto que não determina prazo fixo para que os textos ultrassecretos saiam do cofre. Mas o assessor parlamentar da Defesa e ex-deputado José Genoino defende o texto aprovado pela Câmara, que limita o sigilo a 50 anos. Esta semana, Jobim afirmou que, no atual estágio da discussão, não há posição da Defesa, mas, sim, decisão do governo:

- A posição é cumprir a posição que for tomada. Acompanhamos o projeto na fase inicial, concordamos com o projeto inicial. Havendo modificações, concordaremos com elas.

Dentro e fora do governo, Dilma é pressionada para voltar atrás e chancelar um mecanismo limitador de prazo, mesmo para documentos de altíssima confidencialidade. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse ao GLOBO que continuará agindo para o governo não ceder à pressão. O debate no Congresso será ampliado. Daqui para frente, as negociações serão conduzidas pelo ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL).

- O presidente Collor está tratando desse assunto e negociando com as pessoas. Havia presunção de unanimidade em relação ao projeto (da Câmara). O projeto deixou de tramitar em regime de urgência - disse Sarney.

Collor se encontrou com Dilma

Collor esteve com Dilma para tratar da Lei de Acesso à Informação Pública. Segundo ele, a presidente "se mostrou sensibilizada com o assunto e disposta a encontrar uma solução". Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Collor fez ampla defesa do texto governista, revisado na Câmara. Apontou 11 pontos a serem refeitos.

- (É para) Evitar uma verdadeira oficialização do WikiLeaks - comentou, em referência ao site que divulgou dados secretos do governo americano. - As mudanças (da Câmara) podem gerar impacto danoso não só à administração pública, mas também à segurança de Estado e da sociedade.

Sobre o projeto do governo, Collor propôs três alterações: o estabelecimento de uma composição mais bem definida e a adoção de caráter consultivo da Comissão Mista de Reavaliação de Informações; o resgate da classificação de documentos "de natureza confidencial"; e a adoção das classificações pelo conteúdo do documento e não pelas autoridades envolvidas:

- Os componentes que envolvem o projeto constituem matéria de segurança de Estado e, portanto, de máxima relevância aos interesses nacionais, tema para o qual deve prevalecer salvaguarda de assuntos específicos.

Em Recife, o vice-presidente Michel Temer defendeu a manutenção do sigilo para textos ultrassecretos que digam respeito a segurança nacional, fronteira e relações internacionais.

- É preciso colocar a discussão nos parâmetros corretos. Não me refiro ao sigilo de todo e qualquer documento. Volto a dizer, só dos ultrassecretos. E, dentre estes, alguns poucos - ratificou Temer, no Simpósio Pernambucano sobre a Reforma Política.

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GOVERNO DILMA/PT [In:] ''... ALIÁS EU QUERIA DIZER QUE TUDO É PERMITIDO" *

Anistia põe o PT contra o governo

Lei da Anistia opõe Planalto e petistas


Autor(es): Tiago Pariz, Alana Rizzo, Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense - 17/06/2011

Partido critica o parecer da AGU contrário à revisão da lei. O veto ao debate sobre a punição dos agentes da ditadura que cometeram crimes comuns também foi contestado por juristas e pela OAB.


Governo

Partido e juristas lamentam a posição do Executivo, que não pretende voltar a discutir punições para os crimes cometidos durante a ditadura

O PT, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e juristas criticaram a decisão do governo de enterrar o debate sobre a revisão da Lei da Anistia. As entidades defenderam a punição dos agentes do Estado que cometeram crimes comuns — como tortura, homicídio, estupro e ocultação de cadáver — durante o regime militar.

O presidente do PT, Rui Falcão, defendeu a declaração da Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), favorável à punição de quem praticou crimes contra a humanidade no período de exceção. "A tortura, por todos os estatutos internacionais, é um crime imprescritível. Sem qualquer desejo de revanche ou de vingança, todas as violações de direitos humanos que ocorreram em qualquer período devem ser objeto de conhecimento público para que as gerações atuais e as futuras não permitam que, em nenhum momento, isso volte a ocorrer", afirmou ao Correio o presidente do PT. "É preciso apurar e responsabilizar aqueles que cometeram violações de direitos humanos em qualquer época."

Rui Falcão remete-se a uma posição histórica do PT favorável a passar a história do país a limpo. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) ecoou a visão do colega de partido. "O PT tem um laço histórico com os movimentos de direitos humanos e sempre defendeu que a verdade venha à tona. No que diz respeito à Justiça, quem cometeu crimes deve ser punido. Mas isso não significa nenhum revanchismo", endossou.

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, lamentou a decisão do governo e disse que a presidente Dilma Rousseff mudou de opinião, "negando toda a sua convicção pessoal". "Dilma repete a síndrome de nossos governantes que negam seu passado, que dizem que não leram o que assinaram ou pedem para esquecer o que escreveram", criticou o titular da entidade. "A OAB lamenta essa postura do governo brasileiro no sentido de não cumprir os tratados internacionais", consta de nota divulgada ontem pela OAB.

AGU
Conforme divulgado ontem pelo Correio, a Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou parecer contrário ao recurso da OAB encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Ordem dos Advogados pede que o Brasil se submeta ao pronunciamento da OEA e reabra o debate sobre a amplitude da Lei da Anistia, tema já apreciado pela Suprema Corte (leia Para saber mais). A AGU entendeu ser impossível retroagir um tratado internacional assinado depois da legislação de 28 de agosto de 1979, que perdoou todos os crimes relacionados às infrações políticas ou praticados por motivação política. A exceção é para quem foi condenado na época por terrorismo, assalto, sequestro ou atentado pessoal.

A posição atual da AGU diverge da primeira manifestação de Dilma Rousseff que, na época de ministra da Casa Civil, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal favorável à revisão. Segundo o documento atual, a Lei de Anistia não favoreceu os agentes públicos que cometeram crimes comuns durante o regime militar.


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(*) APENAS UM RAPAZ LATINOAMERICANO (Belchior).

... Até beijar você dentro do cinema, quando ninguém nos vê..."

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


17 de junho de 2011

O Globo


Manchete: Militares apoiam Dilma para manter sigilo eterno

Defesa, Itamaraty, Collor e Sarney defendem projeto; base está dividida

O Ministério da Defesa manifestou apoio ao projeto original do Planalto que mantém o sigilo eterno de documentos oficiais. No Congresso, as Forças Armadas e o Itamaraty comandam o lobby para retirar as limitações ao sigilo, que já haviam sido aprovadas na Câmara. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que apoiará o que for decidido pelo Planalto. O vice-presidente Michel Temer também defendeu a manutenção do segredo para documentos ultrassecretos. Mas a presidente Dilma Rousseff vai ser muito pressionada por entidades da sociedade civil a mudar de posição e, com isso, derrubar o sigilo eterno. Por outro lado, não quer contrariar aliados importantes como os ex-presidentes José Sarney (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL). Nas bancadas, não há consenso. Por enquanto, o Planalto tentará esfriar o debate sobre o tema, para evitar desgaste. (Págs. 1, 3 e 4)

O que teme Collor?
Um dos responsáveis pela mudança de posição do Planalto sobre o sigilo foi o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL), que se reuniu com Dilma para tratar do assunto. "Os componentes que envolvem o projeto constituem matéria de segurança de Estado", disse Collor. (Págs. 1 e 3)

Foto legenda: Collor: ex-presidente quer sigilo eterno

Ex-jogador Edmundo fica só 18 horas preso

Dezoito horas depois de ter sido preso na capital paulista - por envolvimento num acidente com mortes, no Rio -, o ex-jogador e comentarista esportivo Edmundo foi solto ontem à noite após conseguir habeas corpus, em decisão liminar. Em 1999 ele havia ficado 24 horas preso. (Págs. 1 e 21)

Foto legenda: Edmundo, cabisbaixo, na delegacia em que ficou detido, em São Paulo

Rodoviária vai acabar no Irajá

A Rodoviária Novo Rio não está no projeto de revitalização da Zona Portuária. A área do terminal dará lugar a duas rampas no Elevado do Gasômetro e a vias de mão dupla que vão desafogar o trânsito, informa Flávia Oliveira, na coluna Negócios & cia. A rodoviária se mudaria para um terreno do Dnit, vizinho ao Trevo das Margaridas, em Irajá. (Págs. 1, 26 e 27)

Crise da Grécia derruba Bolsas, e dólar sobe

Incertezas políticas na Grécia e temor de calote da dívida derrubaram as Bolsas globais. No Brasil, a Bovespa caiu 1,17% e o dólar subiu a R$ 1,610. O premier Papandreou alertou que há risco de a UE fracassar. (Págs. 1, 23 e editorial "Fragilidade grega testa a Europa")

Bolívia: Evo enfrenta greves e inflação alta

Pressionado por déficit público e inflação crescente - alimentos aumentaram 50% e a gasolina, 80% - o presidente da Bolívia, Evo Morales, enfrenta agora passeatas e greves, relata José Casado. (Págs. 1 e 30)

OIT aprova direitos de domésticas

A OIT aprovou normas que dão direitos iguais a empregados domésticos, como jornada de trabalho. No Brasil, é necessário mudar a lei trabalhista. (Págs. 1 e 25)

Começa seleção de pacientes para teste de célula de embrião contra cegueira (Págs. 1 e 32)


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Folha de S. Paulo


Manchete: Decisão do Senado dos EUA beneficia álcool brasileiro

Medida, que também terá de ser aprovada na Câmara, prevê cortar subsidio do governo ao etanol americano

O Senado dos EUA aprovou emenda que elimina subsídio ao álcool americano e tarifa sobre o produto importado, medidas que dificultam a entrada do combustível brasileiro no país.

É a primeira vez que cortes em incentivos e tarifas são aprovados em plenário. (Págs. 1 e Mercado)

Análise

Decisão dos senadores é um divisor de águas, escreve Patrícia Campos Mello. (Págs. 1 e Mercado B4)

Governo decide omitir gastos novos da Copa

O governo recuou da promessa inicial e não divulgará promessa mais na internet todos os gastos com obras e serviços para a Copa, relata Dimmi Amora. A medida vale para novos contratos, com valor estimado de R$ 10 bilhões.

Em ofício para o Tribunal de Contas da União, o Ministério do Esporte disse que a prestação de contas dependerá da "conveniência" do Executivo. (Págs. 1 e Poder A4)

Sigilo em orçamentos é "absurdo", disse procurador-geral. (Págs. 1 e Poder A6)

Foto legenda: Patrimônio nacional?

Escolhido patrono da Fundação Nemirovsky, José Dirceu vai buscar recursos para a entidade artística, que o define como 'patrimônio brasileiro'. (Págs. 1 e Mônica Bergamo E2)

foto legenda: O ex-ministro, ao lado de 'Antropofagia' (1929), de Tarsila do Amaral. (Pág. 1)

Haddad quer deixar o MEC e se candidatar a prefeito de SP

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse a dirigentes do PT que está disposto a ser candidato a prefeito de São Paulo, informa Vera Magalhães.

Sem fixar prazos, Haddad afirmou ainda que, mesmo que não dispute a eleição, planeja deixar o governo Dilma Rousseff por ter a sensação de que cumpriu a sua missão. Segundo ele, e hora de alguém com
"ideias novas" no MEC. (Págs. 1 e Poder A8)

STF pode julgar uso da maconha em culto, avalia Celso de Mello

Relator da ação que liberou as chamadas marchas da maconha, o ministro do STF Celso de Mello sugeriu que o tribunal analise o uso religioso da droga. Ele lembrou que igrejas como o Santo Daime têm permissão para usar psicotrópicos, como o chá de ayahuasca.

A permissão está vinculada a "liberdade de crença, de culto, de organização religiosa", disse. (Págs. 1 e Cotidiano C12)

Habeas corpus libera Edmundo após sua prisão em São Paulo (Págs. 1 e Cotidiano C5)


'Eu que vou acabar com vocês', diz Kassab a ex-aliado

O prefeito de SP, Gilberto Kassab, foi de surpresa ao gabinete do ex-aliado e ex-correligionário do DEM Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Social.

"Vocês querem acabar comigo, mas sou eu que vou acabar com vocês", disse Kassab, em referência as ações judiciais para atrasar o registro do PSD. (Págs. 1 e Painel A4)

Al Zawahiri, 59, assume a Al Qaeda e ameaça os EUA

Mais de seis semanas após a morte de Osama bin Laden por militares americanos no Paquistão, o número dois está oficialmente em seu lugar na Al Qaeda.

Em comunicados recentes, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, 59, atacou os EUA e elogiou revoltas no mundo árabe. O seu paradeiro é ignorado. (Págs. 1 e Mundo A14)

Aluguel residencial no país tem maior alta em 14 anos (Págs. 1 e Mercado B12)


Editoriais

Leia "Corrupção em campo", que critica novas regras para obras da Copa e da Olimpíada, e "Crédito para o BC", sobre o controle da inflação. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Fifa terá carta branca para definir gastos com obras da Copa

Entidade poderá exigir reajuste de contratos; medida também vale para Olimpíada

A Fifa e o Comitê Olímpico Internacional terão superpoderes na definição dos gastos com as obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. As duas entidades poderão exigir reajustes nos valores dos contratos das obras para os dois eventos que o Brasil abrigará. Os governos federal, estaduais e municipais brasileiros e as empresas responsáveis pelas construções não terão esse poder. A proposta está no texto básico de medida provisória, em tramitação na Câmara, que cria regras especiais de licitação para apressar a contratação da infraestrutura nos locais onde os dois eventos serão realizados. (Págs. 1 e Esportes E1)

Dirigentes comemoram

O Regime Diferenciado de Contratações foi festejado pelos dirigentes da entidade. A Fifa pressionava o governo brasileiro e a CBF por maior rapidez nas obras. (Págs. 1 e Esportes E3)

Ministro se diz "triste" com prisão de sem-terra

Responsável no governo de Dilma Rousseff pela interlocução com os movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ficou "muito triste" e lamentou a prisão, pela Polícia Federal, do líder sem-terra José Rainha Júnior, ontem, em São Paulo. Rainha é acusado de desvio de dinheiro público destinado a programas de reforma agrária. Segundo Carvalho, a prisão “tumultua o processo de reforma agrária" e “a relação com os movimentos”. (Págs. 1 e Nacional A9)


Para governo, sentença da OEA não muda Lei da Anistia

Pela primeira vez, o governo Dilma Rousseff afirmou que a Lei da Anistia não permite a punição de envolvidos em crimes de tortura e violação de direitos humanos. A Advocacia-Geral da União reforçou o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que a anistia vale para todos os crimes cometidos na ditadura. Com isso, o governo reitera que o Brasil não precisa cumprir a sentença da Organização das Estados Americanos, que condenou o País por não punir os responsáveis por desaparecimentos na Guerrilha do Araguaia. (Págs. 1 e Nacional A4)

BC vê inflação melhor, mas teme crédito

Ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central divulgada ontem mostra melhora no quadro inflacionário, sem, no entanto, abandonar a preocupação com o crescimento da demanda de bens e serviços acima da capacidade de oferta, além dos possíveis excessos de aumentos nos salários e no crédito. O mercado aposta em mais uma elevação na Selic em julho, de 0,25 ponto porcentual, para. 12,50% ao ano. (Págs. 1 e Economia B1)

Petistas articulam CPI do PSD em São Paulo (Págs. 1 e Nacional A9)


Uso de antiviral contra gripe suína é ampliado (Págs. 1 e Vida A18)


Dora Kramer

Delito coletivo

O contrabando de R$ 8 bilhões na MP que beneficia ex-banqueiros falidos expõe as exorbitâncias do governo e do Congresso. (Págs. 1 e Nacional A6)

Washington Novaes

30 anos da lei ambiental

A questão central não resolvida pela lei está na carência de recursos para implantação de políticas e fiscalização eficiente. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

Sigilo para a bandalheira

No limite, o País ficará sem saber se a Copa custou menos ou mais do que o previsto - e por quê. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: Classe média fica mais perto da casa própria

Para turbinar o Minha Casa, Minha Vida, Conselho curador do FGTS aumenta de R$ 4,9 mil para R$ 5,4 mil a renda familiar máxima em financiamentos com juros anuais de 6%, contra a média de 10% praticada no mercado imobiliário. Famílias com rendimento de até R$ 3,1 mil terão subsídio para adquirir imóveis (Págs. 1 e 10)

FHC, 80 anos e muito a dizer

Presidente da República de 1995 a 2002, Fernando Henrique Cardoso completa 80 anos amanhã. O sociólogo voltou a ser destaque nos noticiários após iniciar uma cruzada pela descriminalização das drogas.Mas FHC ainda é um político influente e um acadêmico requisitado.“Faço palestras em quatro línguas, sem tradutor”, avisa.Em entrevista aos repórteres Denise Rothenburg e Ullisses Campbell, ele relembra sua vida e fala até sobre namoro.Aproveita para criticar o PT, mas elogia Dilma. (Págs. 1, 4 e 5)

“Minha maior alegria pessoal foi ter sido eleito duas vezes presidente. Na verdade, a alegria política é que eu fiz muita coisa pelo Brasil”

Foto legenda: Gentileza

Em campanha à reeleição, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu o apoio de Dilma e defendeu maior participação dos emergentes no órgão. (Págs. 1 e 3)

Anistia põe o PT contra o governo

Partido critica o parecer da AGU contrário à revisão da lei. O veto ao debate sobre a punição dos agentes da ditadura que cometeram crimes comuns também foi contestado por juristas e pela OAB. (Págs. 1 e 2)

Festa no apê

Imóveis do Senado usados irregularmente ficam com a União (Págs. 1 e 6)

MP da Copa: Para a PGR, gasto secreto é escândalo

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, qualificou como absurda a lei que reduz a transparência na prestação de contas de obras. Oposição quer mudar o texto aprovado pela Câmara. (Págs. 1 e 3)

Brasil avança nas células-tronco

Pesquisadores baianos realizam o primeiro experimento com um autotransplante de células-tronco. Em apenas seis semanas, paciente paraplégico recuperou parte dos movimentos das pernas. (Págs. 1 e 19)

O triunfo mais importante

Há quase 14 anos, o engenheiro Haroldo da Costa recebia um rim doado pela própria irmã. Agora, aos 45 anos, será o único representante de Brasília nos Jogos Mundiais de Transplantados, na Suécia. ( Págs. 1 e Super Esportes, 12 e 13)

EUA fazem mutirão para emitir vistos

Com o objetivo de reduzir o tempo de espera, Embaixada dos Estados Unidos concederá amanhã autorizações a 800 viajantes. (Págs. 1 e 28)

Defesa da maconha sem fazer apologia

Manifestações como a marcha prevista para amanhã em Brasília não podem incentivar o consumo, alertam juristas. (Págs. 1 e 7)

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Valor Econômico


Manchete: Onda conservadora nos EUA corta gastos e ajuda o Brasil

Políticos conservadores venceram duas importantes votações ontem no Congresso americano pelo corte de subsídios agrícolas. Foi o primeiro passo de um processo legislativo que poderá ser benéfico ao Brasil, com a eliminação de barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
No Senado, foi aprovada emenda que derruba os subsídios de US$ 0,45 por galão aos produtores americanos de etanol e também a tarifa de importação de US$ 0,54 por galão do produto. Para entrar em vigor, o dispositivo ainda precisa passar pela Câmara. (Págs. 1 e A4)

Tempo adverso para ofertas de ações

Procuram-se investidores. Com a operação da empresa de petróleo Perenco, que ontem colocou seus papéis na rua, há no mercado sete ofertas de ações em andamento, num momento em que a bolsa não encontra compradores suficientes nem mesmo para os ativos existentes. São R$ 3,8 bilhões a R$ 5,8 bilhões em títulos novos a serem colocados - e o volume não inclui outras sete empresas que também estariam prontas para fazer suas ofertas antes das férias de verão no Hemisfério Norte, quando o mercado internacional fica esvaziado.
Ainda que todas as operações obtenham sucesso, as colocações nos sete primeiros meses do ano serão mais fracas que as do mesmo período de 2011 no volume total de captação. Até o momento, foram feitas 13 ofertas na BM&FBovespa - sete aberturas de capital e seis colocações subsequentes. Essas distribuições movimentaram R$ 11,6 bilhões. Considerando todas as companhias que já iniciaram os trabalhos de distribuição, a soma das operações pode chegar a 20 empresas, com giro de até R$ 17 bilhões. Em 2010, até julho, foram 8 estreias na bolsa e 7 colocações subsequentes, com movimento de R$ 23, 5 bilhões. (Págs. 1 e D1)

Muda regra para fundo imobiliário

Uma revisão das regras contábeis dos fundos imobiliários colocada ontem em audiência pública pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pretende tornar obrigatória a atualização do valor dos imóveis em carteira destinados à renda nas demonstrações financeiras anuais. A intenção é aumentar a transparência e padronizar a forma de contabilização. Hoje, segundo o gerente de Normas Contábeis da CVM, José Carlos Bezerra da Silva, os fundos têm a obrigação de reavaliar seus imóveis para renda anualmente, mas é decisão do administrador fazer o ajuste no balanço. (Págs. 1 e D3)

Advogados reagem à MP da Copa

Advogados e especialistas criticam o texto da Medida Provisória que adota o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para obras da Copa e da Olimpíada, aprovado na noite de quarta-feira na Câmara. O principal questionamento diz respeito à amplitude da MP, que abre brechas para que obras não relacionadas aos eventos possam ser beneficiadas pela flexibilização. "Não só estádios, mas estradas e até o trem-bala podem usar o RDC", diz o advogado Rodrigo Alberto Correa da Silva. Em nota, a União dos Auditores Federais de Controle Externo destaca que "é mais complicado, demorado e custoso resgatar recursos públicos que já foram aplicados indevidamente do que evitar que eles sejam gastos de maneira irregular". (Págs. 1 e A7)

Encomenda da Vale pode ir para China

Uma concorrência aberta pela Vale para a construção de embarcações fluviais, com um valor estimado pelo mercado em cerca de US$ 300 milhões, está preocupando a indústria naval nacional, que teme perder a encomenda para a China e a Argentina. A empresa lançou licitação internacional para contratar 128 barcaças e 8 empurradores, comboios que vão operar na hidrovia Paraná-Paraguai. No meio empresarial e no governo circulam informações segundo as quais a Vale poderá contratar as embarcações com chineses e argentinos, uma vez que as cotações dos estaleiros nacionais são mais elevadas. Consultada, a Vale negou que já tenha tomado uma decisão. (Págs. 1 e B1)

Sucesso econômico criou novos problemas

A economia brasileira passa por um momento de definições importantes que, certamente, vão influenciar a próxima década. Uma gama nova de problemas terá de ser enfrentada pelo governo e pelo setor privado, a maioria deles derivada do sucesso econômico dos últimos anos. Uma nova economia em um mundo diverso do que prevaleceu por muitas décadas exige uma nova agenda para encararmos com sucesso o futuro de nossa sociedade. Não perceber isso pode nos levar à perda de uma oportunidade histórica.
A inflação no Brasil neste início de governo Dilma, por exemplo, é um fenômeno complexo que precisa ser dissecado a partir de três grupos de forças autônomas. Algumas são de natureza interna e podem ser administradas por medidas de política econômica ao alcance do governo. Outras derivam de uma situação internacional especial, a respeito das quais pouco o governo pode fazer. Finalmente, pesam sobre a inflação de hoje alguns problemas de comunicação por parte dos novos dirigentes do Banco Central brasileiro que afetaram as expectativas inflacionárias. (Págs. 1 e A16)

Em meio a disputa, Casino "marca posição" e compra mais 3,3% do Pão de Açúcar (Págs. 1 e D5)


Emilio Botín, do Santander, é suspeito de evasão fiscal (Págs. 1 e C1)


H-Buster vai fabricar notebooks

A fabricante brasileira de equipamentos de som automotivo H-Buster inaugura em julho uma fábrica em Cotia (SP) para a produção de notebooks. A unidade terá 600 funcionários e capacidade para produzir 250 mil equipamentos por ano. (Págs. 1 e B3)

Guerra do Cacau

Criada há pouco mais de dois anos e hoje com 123 lojas (só uma própria), a rede de chocolaterias Brasil Cacau, do Grupo CRM, também dono da Kopenhagen, lança campanha para desafiar a líder Cacau Show. (Págs. 1 e B5)

Negócios em segurança

Referencia no segmento de sistemas aviônicos, AEL, subsidiária da Elbit Systems, de Israel, investe na ampliação de sua fábrica em Porto Alegre para atender novos contratos na área de segurança. (Págs. 1 e B10)

Pesa prepara sucessão

A Paraná Equipamentos (Pesa), revendedora da Caterpillar para a Região Sul do país, deve alcançar mais de R$ 1 bilhão em vendas neste ano. Em meio a uma reestruturação, a receita deve chegar a R$ 2,5 bilhões em cinco anos. (Págs. 1 e B10)

Defensivos biológicos da Basf

A multinacional alemã Basf está trazendo ao mercado brasileiro dois novos defensivos biológicos - sem o emprego de matérias-primas químicas em sua composição. Os focos são os segmentos de frutas e hortaliças. (Págs. 1 e B15)

Poli cria fundo para doações

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo inaugurou o primeiro fundo brasileiro para administrar doações de ex-alunos e empresas para a faculdade. A meta é dobrar o orçamento anual da Poli em dez anos. (Págs. 1 e C12)

Ideias

Assis Moreira

Os ministros de Agricultura do G-20 vão lançar plano de ação para combater a volatilidade nos mercados de commodities. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Maria Cristina Fernandes

A insegurança política do governo decorre da necessidade de cobrir com um cobertor mais curto uma base aliada mais ampla. (Págs. 1 e A6)

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