PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, abril 06, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] PRÉ-''MUNIÇÃO"

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[Homenagem aos chargistas brasileiros];
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ELEIÇÕES 2010 [in:] ''CANDIGATA'' (nada ''CÂNDIDA'')

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A candidata afia as “garras”

Autor(es): Ivan Iunes e Tiago Pariz
Correio Braziliense - 06/04/2010


Liberta de limitações impostas pelo cargo no governo, Dilma Rousseff usa convenção do PR para tratar oposição como “lobos” e “anti-Lula”

Lula Marques/Divulgação
Ovacionada pelos aliados, Dilma tratou os rivais tucanos como responsáveis por falir o país


A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vestiu ontem, pela primeira vez, um discurso claro de campanha, sem as limitações antes impostas pelo posto de ministra da Casa Civil. No primeiro compromisso como candidata em tempo integral, apostou em uma fala improvisada, pontuada por frases agressivas contra o PSDB, que lança no fim de semana José Serra como concorrente ao Palácio do Planalto.

O marketing petista aproveitou a cerimônia de posse do novo presidente do PR, Alfredo Nascimento. O alvo preferido foi Serra, tachado indiretamente de “lobo em pele de cordeiro”. A toada reforçou as diferenças entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os adversários, denominados de “anti-Lula”.

Escoltada pelos pesos pesados do PR, entre eles o ex-governador fluminense Anthony Garotinho, Dilma discursou pouco mais de 40 minutos para uma claque especialmente preparada. O grupo foi composto por assessores parlamentares, cerca de 100 cabos eleitorais importados pelo PR do Mato Grosso e até judocas infantis, atendidos por um projeto assistencial da periferia do Distrito Federal.

Pé-frio

“Os que quebraram o país estão sob pele de cordeiro, mas logo mostram a patinha (1)de lobo: criticam, ameaçam acabar com o PAC, com o Bolsa Família e até com a política econômica. Como vão continuar o que Lula fez se passaram sete anos e meio criticando o governo? Antes de mais nada, eles são os anti-Lula”, disparou a pré-candidata. Em seu discurso de saída do governo de São Paulo, Serra apresentou-se como o único capaz de carregar a bandeira da ética e com habilidade para levar o país no pós-Lula.

O primeiro discurso oficial de pré-candidata foi elaborado para ser marcante, com intenção de rotular o adversário e atacar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “Sorte a gente tem, não queremos um azarado, um pé-frio dirigindo o país”, afirmou a petista para logo disparar: “Quem quebrou o nosso povo, quem privatizou o Brasil, quem deixou o salário achatado não pode voltar”. A pré-candidata fez questão ainda de taxar o governo tucano de excludente. “Não podemos deixar os que sempre governaram para os ricos voltarem para excluir os pobres”, alfinetou.

A campanha traçou como estratégia tentar desmistificar a aura de bom administrador de José Serra. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Dilma jogou a crise energética de 2001 no colo do ex-governador paulista, lembrando que ele foi ministro do Planejamento de Fernando Henrique.

Embora estivesse recheado de figurões do PR, a posse de Alfredo Nascimento à frente da legenda não contou com dois protagonistas de peso do partido. Acusado pela Justiça de envolvimento com o escândalo do mensalão, o deputado Valdemar Costa Neto (SP), novo secretário-geral do PR, não compareceu, mas foi devidamente ovacionado pela claque. O ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi também não apareceu.


1 - Patinhas para lá
As alfinetadas de Dilma não passaram despercebidas na oposição. Presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra argumentou que a candidata petista adota a mentira como prática, um estilo, segundo ele, adotado como padrão pelo PT desde 2006. “O povo já conhece essas mentiras, esse terrorismo. Não vai cair neles novamente. Patinhas para cá, patinhas para lá não merece resposta”, afirmou Guerra, em nota divulgada pelo partido.

Os que quebraram o país estão sob pele de cordeiro, mas logo mostram a patinha de lobo: criticam, ameaçam acabar com o PAC, com o Bolsa Família e até com a política econômica;
Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
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Sombra a tucanos

A cúpula da campanha de Dilma Rousseff marcou para sábado um evento de contraponto ao lançamento da candidatura de José Serra (PSDB), também agendado para o dia 10. A disputa dos holofotes com os tucanos terá a presença do presidente Lula. Oficialmente, ainda não há local definido, mas os assessores petistas estão se preparando para realizar o ato no Rio de Janeiro.

Ainda é necessário compatibilizar a agenda da petista com a de Lula. No mesmo dia, haverá um encontro estadual do PR que formalizará a intenção de lançar Anthony Garotinho ao Palácio das Laranjeiras. A direção petista não quer que o evento de confronto com Serra fique na esteira do ex-governador fluminense, que pressiona pela participação da ex-ministra.

Script

Garotinho seguiu o roteiro oficial e jurou não contar com a participação da ex-ministra no ato do PR regional. Afirmou apenas ter feito um convite através do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse haver pouca chance de o ato ser no Rio. “Tem 90% de chance de não ser. Queremos fazer um evento light”, afirmou. O próprio ex-governador sugeriu, em tom de brincadeira, que o encontro de Dilma deveria ser feito em São Paulo. “Se fosse eu, faria no estado do Serra”, disse.

Mas nem tudo é sintonia entre Garotinho e o PT. O ex-governador continua pressionando por tratamento isonômico no estado, sem privilégios a Sérgio Cabral (PMDB), que tem apoio dos petistas. Ele disse ter definido, ao fim da posse da nova direção do PR, a participação de Dilma durante comícios de campanha no Rio. “Acertamos que ela estará nos dois palanques, em comícios, e vai pedir votos para os dois”, antecipou. O presidente do PT negou o acerto. “Queremos o apoio do Garotinho, mas ainda precisamos discutir os procedimentos nos estados onde haverá palanque duplo”, sustentou Dutra. (TP e II)


Resgate à mineirice

Juliana Cipriani

Dilma inicia hoje em Minas Gerais um aquecimento para a corrida presidencial. A petista escolheu duas cidades administradas pelo PMDB — Ouro Preto e São João del-Rei — para o primeiro dia de visita aos mineiros após deixar o ministério. Amanhã estará em Belo Horizonte. Além da aproximação com o PMDB no segundo maior colégio eleitoral do país, a agenda prevê a participação dos dois pré-candidatos petistas ao governo de Minas, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de Dilma. São dois dias de atividade, com direito a almoço e jantar com lideranças e empresários, parada para momento religioso e homenagens aos principais personagens da história política do estado.

Além de suprapartidário, o roteiro está sendo chamado pelo partido de afetivo. O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, além de peemedebista, é ex-colega de escola da ministra. Nascida na capital mineira, Dilma tem procurado resgatar os laços com o estado em sua pré-campanha. Depois de conceder entrevista a jornalistas na Câmara Municipal da cidade, hoje, a ex-ministra vai até o Memorial da Inconfidência, no qual colocará uma coroa de flores em homenagem aos que lutaram pela Inconfidência Mineira. Em seguida, almoça com prefeitos em um tradicional restaurante do município. Dilma vem de Brasília em avião fretado também pago pelo PT. Segundo Reginaldo Lopes, tudo será pago com arrecadação própria do partido.

CUBA: GUILLERMO FARIÑAS HERNÁNDEZ

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Entrevista - Guillermo Fariñas

Autor(es): Rodrigo Craveiro
Correio Braziliense - 06/04/2010

Ele já tem em mente os preparativos para sua despedida. Deseja que o ex-presidente polonês Lech Walesa deposite flores sobre sua tumba. Também quer que Willy Chirino, músico cubano exilado em Miami, visite seu túmulo e cante Ya viene llegando la libertad (Já vem chegando a liberdade). “Hoje, que meu povo vive iludido, eu me sinto inspirado, e um som estou cantando, anunciando a todos os meus irmãos que nosso dia já vem chegando”, afirma a letra da música. O jornalista e dissidente político Guillermo Fariñas Hernández, 49 anos, sabe que sua morte está próxima.

Depois do discurso desafiador do presidente Raúl Castro, no domingo, o homem que completou hoje 42 dias em greve de fome já não se apega à vida. Atende ao telefone, na unidade de terapia intensiva do Hospital Provincial Arnaldo Millian Castro (em Santa Clara, a 268km de Havana), com a voz ainda incrivelmente forte. “Minha morte já está decretada”, afirmou Fariñas ao Correio, por telefone.

Raúl Castro disse anteontem que não cederá jamais a chantagens, de nenhum país ou conjunto de nações. “Está se fazendo o possível para salvar sua vida (de Fariñas), mas se não mudar sua atitude autodestrutiva, será responsável, junto com seus patrocinadores, pelo desenlace que tampouco desejamos”, declarou o presidente. Guillermo Fariñas anunciou que não mais fará qualquer contato com autoridades cubanas e mandou novo recado ao presidente brasileiro: “Se eu morrer, meu sangue também manchará as mãos de Lula”.

“Eu escolho morrer”


O presidente Raúl Castro afirmou que não cederá a chantagens de outros governos e que tem feito o possível para salvar sua vida. Como vê esse discurso?
Nós vemos essa declaração como ela é: um assassinato de Estado. Trata-se do próprio presidente dizendo que vai matar um cidadão que se opõe politicamente a ele. Depois do discurso de Raúl Castro, já não há nada a falar com as autoridades. Já decretaram minha morte e eu vou morrer. A partir desse momento, eu decidi não ter qualquer tipo de contato com autoridades políticas.

Quais são suas condições de saúde hoje?
Neste momento, tenho a pressão arterial em 100 por 60. Não temos febre, como tivemos na semana passada. Parece que a infecção foi debelada. Agora estamos enfrentando a hipoglicemia. Todavia, os médicos ainda não sabem explicar o porquê. Temos queda do nível de açúcar no sangue e suamos muito. Seguimos com a alimentação intravenosa. Completei ontem (domingo) 40 dias de greve de fome.

O senhor acredita que conseguirá resistir por muito tempo? Está com medo de morrer?
Como? Minha morte já está decretada pelo presidente da República. A única possibilidade dada pelo presidente da República é que eu me renda ou que eu morra. Eu escolho morrer.

Como vê o gesto de cubanos que iniciaram greve de fome, em solidariedade ao senhor?
Se estão começando a fazer greve de fome, têm nosso apoio. É uma causa comum, em resposta ao assassinato de Orlando Zapata Tamayo. Estamos demandando que ponham em liberdade os presos políticos mais doentes.

O Departamento de Estado americano alertou que o governo de Cuba tem “responsabilidades fundamentais” pelas condições de seus presos...
Alguém que assume o governo de um país é responsável por seus cidadãos. O governo de Raúl Castro se responsabiliza por tudo o que ocorrer com um grupo de cidadãos e por Orlando Zapata Tamayo, que foi assassinado. O governo cubano não cumpre com as normas mínimas de tratamento aos presos. Há uma ação coordenada das nações e dos parlamentos de governos democraticamente eleitos pressionando Cuba. Eles desejam que o caso de Zapata seja levado ao Conselho de Segurança da ONU como crime de lesa humanidade.

O presidente Lula mantém-se em silêncio diante de seu protesto. O que pensa sobre isso?
Lula tem as mãos manchadas de sangue, assim como Raúl Castro, pela morte de Orlando Zapata Tamayo. Se eu morrer, meu sangue também manchará as mãos de Lula. Isso o tempo é que vai mostrar… A cumplicidade…

Caso o senhor morra, pensa em receber que homenagens?
Sou admirador do ex-presidente Lech Walesa. Quando Cuba se tornar livre, quero ter garantias de que ele coloque flores sobre minha tumba. Peço ao músico cubano-americano Willy Chirino que, quando ele puder vir a Cuba, cante sobre meu túmulo a música Ya viene llegando la libertad.

ELEIÇÕES 2010 [in:] EFEITO BUMERANGUE

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O custo do pacote de 'bondades'

Autor(es): Agência O Globo/
O Globo - 06/04/2010

Os 16 anos que já transcorreram do lançamento do Plano Real parecem não ter sido suficientes para fixar na memória de políticos o valor da moeda. Em outras palavras: mais de uma década com inflação em níveis civilizados, na casa de um dígito, não é capaz, ainda, de levar certos governantes e políticos a entender o que significa aprovar leis destinadas a aumentar gastos públicos.

Vários agem como se ainda fosse o tempo em que a inflação estratosférica, além de concentrar a renda na sociedade, servia para equilibrar as contas públicas, sem precisar de medidas austeras. Bastava atrasar pagamentos a fornecedores para zerar a conta. Há um volumoso pacote de projetos, contaminados pela irresponsável generosidade típica de período eleitoral, em tramitação no Congresso, e cujo efeito sobre as contas públicas será desastroso. Mesmo que alguns tenham entrado na agenda do Congresso há mais tempo, é em períodos eleitorais que eles tramitam lépidos. Concentrado na Câmara, este festival de gastos significaria uma conta adicional de R$ 30 bilhões a ser espetada num Orçamento já estrangulado pelo peso crescente do assistencialismo e do inchaço da folha de servidores.

O subproduto desse processo de gastos em custeio em crescimento constante são os baixos investimentos públicos — apesar do marketing em torno do PAC — e a manutenção da mais elevada carga tributária entre as economias emergentes (na faixa de 36% do PIB).

Há prejuízos decorrentes de alguns destes projetos que são indiretos, mas nem por isso menos deletérios. Caso das propostas de redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 e da ampliação da licença-maternidade compulsória de quatro para seis meses. São aparentes generosidades que elevam o custo de pessoal para os empregadores, e, por isso, como bumerangue, voltam na forma de menos empregos formais. Tudo isso num país em que metade da força de trabalho continua no mercado informal, por esta mesma razão: alto custo para a geração de postos de trabalho com carteira assinada.

A cesta de bondades eleitoreiras é variada. Há aumentos para delegados da Polícia Federal, equiparando-os a procuradores e promotores; fixação de piso nacional para policiais civis, militares e bombeiros; o conhecido e demolidor (do equilíbrio fiscal) projeto de extinção do fator previdenciário — que tem segurado o crescimento do déficit do INSS —, e a extensão a todos os aposentados dos índices de reajuste do salário mínimo. Esta, fórmula certeira de tornar incontrolável o déficit previdenciário, ou de congelar o salário mínimo.

Cada um desses projetos tem por trás uma corporação, um grupo organizado conhecedor dos atalhos nos corredores do Congresso e do Executivo. Em defesa do contribuinte, pouca gente. Se algo for aprovado deste pacote, irá fazer parte da pesada herança fiscal maldita que Lula deixará ao sucessor. Ela será maior ou menor a depender do bom senso do Congresso, algo em que é difícil se confiar num ano eleitoral.

Mais ainda quando o próprio Executivo — em que pelo menos um ministério, o do Trabalho, funciona como usina demagógica de elaboração dessas propostas — faz questão de dar um tom de “vitória a qualquer preço” em defesa da candidatura de Dilma Rousseff.

Mesmo que este seja um preço alto demais para o próximo governo e contribuintes.

ELEIÇÕES 2010/BC [in:] A RECEITA DO OUTRO ''CUCA''

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A decisão de Meirelles e suas consequências

O Estado de S. Paulo - 06/04/2010

A decisão de Henrique Meirelles de continuar na presidência do Banco Central (BC) foi recebida com alívio no mercado financeiro e reforçou a convicção de que as autoridades monetárias voltariam a ter uma atitude racional.

Foi, aliás, o que anunciou Henrique Meirelles ao declarar: "Fiquei para contribuir para a racionalidade econômica." De fato, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na sua última reunião, pareceu em total desacordo com a análise que seus membros fizeram da situação econômica, sentimento que ficou ainda mais claramente comprovado com a publicação, depois da Ata do Copom, do Relatório de Inflação. A racionalidade anunciada pelo presidente do BC é, sem dúvida, uma elevação da taxa Selic na reunião do final de abril. O relatório de mercado Focus vem consolidar essa impressão.

Mais uma vez, o relatório está prevendo uma nova elevação do IPCA para o final de 2010 e 2011, ao mesmo tempo que admite que a Selic, em abril deste ano, passará de 8,75% para 9,25%.

É interessante notar que, numa declaração feita em Belo Horizonte, Henrique Meirelles lembrou que, no Relatório de Inflação, o BC estava admitindo para 2011 uma inflação de 5,2%, mas que para os próximos 12 meses a previsão era de uma taxa ligeiramente abaixo do centro da meta, donde se conclui que o BC admite que, para 2011, em razão do atraso na reação do Copom, será difícil atingir o centro da meta e que todos os esforços terão que se dirigir para esse objetivo no ano que vem.

Todo o problema é saber qual será a composição do Copom depois das eleições de 2010. Corre o rumor de que, se Dilma Rousseff ganhar as eleições, Henrique Meirelles será mantido na presidência do BC e seu nome seria uma maneira de compensar a falta de uma Carta ao Povo Brasileiro com o compromisso nela firmado. A dúvida é se Dilma Rousseff teria a autoridade de Lula para manter no BC uma ortodoxia que o PT teve grandes dificuldades em admitir.

Já no caso da vitória de José Serra, a composição do BC seria totalmente modificada, pois é sabido que o ex-governador de São Paulo tem criticado com dureza a política das atuais autoridades monetárias.

Talvez se esteja dando hoje um papel exagerado à política monetária, quando a maior dificuldade será a de pôr em ordem as finanças públicas diante dos compromissos assumidos pelo governo atual com efeitos duradouros, como o reajuste do funcionalismo, dos benefícios do INSS, etc. E com tantas obras inacabadas.

ELEIÇÕES 2010 [in:] A RECEITA DO ''CUCA''

Eleição e século XXI

Brasil - Antonio Delfim Netto
Valor Econômico - 06/04/2010

Um fato lamentável, mas perfeitamente compreensível no processo político, é o esforço de desconstrução do passado que acontece a cada troca de poder incumbente. Mesmo quando ela se realiza de forma menos conflituosa (quando, por exemplo, o poder incumbente elege o seu sucessor), depois de algum tempo a força da própria natureza humana leva a uma separação. Inicialmente cuidadosa e psicológica, ela vai se reafirmando concreta e visivelmente ao longo do mandato. É enorme violência contra toda evidência histórica supor que o "sucessor" conforme-se em ser confundido com o "sucedido". E, uma enorme manifestação de ingenuidade do "sucedido" supor que poderá perpetuar-se anulando o "sucessor".

Cada novo poder incumbente dá a sua contribuição (boa ou não) ao mosaico já construído por todos os anteriores. Não há como se livrar do passado, gostemos ou não dele. Por exemplo, todos os governos desde a abertura democrática (de Sarney a Lula) tentam mostrar que "revolucionaram" a distribuição de renda, o que é verdade em alguns momentos. Mas é também verdade que nenhum deles superou o que foi o maior programa assistencial brasileiro, feito no governo Médici, com a aposentadoria rural. Até hoje ele domina a soma de todos os produzidos desde então.

Não há "continuidade" nem mesmo quando o poder incumbente aproveita o discutível benefício da reeleição sem controle social (a "jabuticaba brasileira"), que inventamos e está restabelecendo o "coronelismo" no interior do Brasil. Alguém pode crer que o segundo mandato de FHC tenha sido a continuidade do primeiro? Ou que o segundo mandato de Lula seja a reprodução do primeiro? Não se trata apenas de ênfase aqui ou ali, mas de mudanças concretas de políticas sociais e econômicas produzidas pelo aprendizado diante da realidade. O maior risco da reeleição sem efetivo controle social é que pode criar a oportunidade para o aparelhamento ideológico do próprio Estado, o que seria o começo do fim do processo autenticamente democrático.

Não adianta discutir o passado. Ele, com o que teve de bom ou de mau, está dado e foi construído por nós. Também não adianta sonhar com o contrafactual. Não adianta imaginar o que seria o Brasil se José Bonifácio tivesse podido instruir e convencer dom Pedro II a 1) terminar com a instituição da escravidão; 2) dar educação primária gratuita a todos os brasileiros; e 3) construir uma poderosa indústria do aço na primeira metade do século XIX.

Seríamos, hoje, provavelmente, tão ricos e educados quanto os EUA. E, talvez, com uma vantagem adicional: seríamos uma monarquia constitucional, elegendo apenas um primeiro-ministro! Tudo bem. Não somos e não podemos mudar o que aconteceu na Regência. Logo, não adianta discutir o passado. O melhor que podemos fazer é conhecê-lo.

Os bons governos se constroem sobre boas instituições. Precisam ter a coragem de: 1) reconhecer o que foi bem construído no passado para não destruí-lo, ainda que, oportunisticamente, o ignorem no discurso; e 2) sobre os alicerces e problemas deixados por 510 anos de história, avançar na construção de uma nação socialmente mais justa, economicamente mais eficiente e integrada num mundo que se transforma física e politicamente com imensa rapidez.

A transformação física da Terra não está sob o controle de nenhuma nação do mundo. O que talvez elas possam controlar, se chegarem a um acordo, são os efeitos antropomórficos a que levaram o uso das energias fósseis. Mas não podemos esquecer que foi com estas energias que o "homo sapiens" veio da idade da pedra à era do alegre e gostoso consumismo em que vive.

O século XXI começou com a posse de Obama e a determinação dos EUA de reconstruírem a sua autonomia energética, expressa no discurso de maio de 2010, com o lançamento de um programa de pesquisa de US$ 800 milhões para a produção de combustíveis não fósseis (com alguma concessão à energia atômica). Lentamente ele não será mais apenas o mundo do petróleo. Abriram-se as portas para novos setores de pesquisa, novas inovações e novos produtos que modificarão a estrutura industrial do mundo. Energias renováveis vão substituir (ainda que lentamente) o petróleo.

O desenvolvimento econômico é pouco mais do que inovação mais crédito, e os dois sobram nos EUA. É cada vez mais evidente que a solução da encrenca em que o sistema financeiro meteu a nação americana só se resolverá pelo crescimento. É por isso que, em 2010, ela provavelmente crescerá em torno de 3,5% (uma taxa mais do que robusta) explorando os novos caminhos.

O Brasil está numa situação particularmente favorável. Recebeu primeiro o "bônus" da expansão da economia mundial (2003), cujo retrato é nossa reserva da ordem de US$ 240 bilhões e, depois, outro da natureza, a que demos o nome de pré-sal. Combinados, eles darão tempo para eliminarmos definitivamente os fatores que sempre abortaram nosso crescimento: a crise de energia ou o déficit não financiável do balanço em conta corrente.

O que se espera dos candidatos à Presidência é que nos digam como - com essas vantagens - vamos construir a nação do século XXI que desejamos. O passado está no arquivo morto. O que interessa é o futuro. Por exemplo: como vamos enfrentar a revolução demográfica que bate à nossa porta e colocará o mais grave problema social e econômico do Brasil nos próximos 20 anos?

ELEIÇÕES 2010 [in:] A INDISCUTÍVEL NÃO-COMPARAÇÃO

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Análise: Imagem de Serra com o 'pós-Lula' preocupa o PT

Mudança de tom é reação à tática serrista


Autor(es): VALDO CRUZ e
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Folha de S. Paulo - 06/04/2010

O comando de campanha de Dilma Rousseff sentiu o golpe e deu a ordem após reunião ontem para definir a estratégia da pré-candidata petista: "A partir de agora, todo esforço será direcionado para tirar a pele de cordeiro dos lobos do PSDB".

A decisão visa a conter o que a equipe de Dilma identifica como uma "inflexão" no discurso do pré-candidato tucano, José Serra, que nos últimos dias fez elogios ao presidente Lula e à sua política econômica.

O marqueteiro João Santana recapitulou toda a estratégia e a abordagem dos discursos de Dilma. Apontou também para formas de radicalizar na tentativa de confrontar a candidata do PT com o PSDB.

A avaliação do comando dilmista é que a estratégia de Serra tem sido bem-sucedida ao colocar o tucano como um pós-Lula, e não um anti-Lula. Sem uma reação de Dilma, iria por terra todo o esforço petista dos últimos meses de transformar a eleição numa comparação entre Lula e o ex-presidente FHC.

Não por outro motivo Dilma insistiu ontem que num dia os tucanos mostram sua "patinha de lobo " e "falam mal de tudo" do governo e, no outro, tentam vender a imagem de "cordeiro", de que vão dar continuidade às políticas da atual gestão.

Os petistas querem colar em Serra a imagem de candidato da oposição a Lula, enquanto o tucano ensaia exatamente o contrário, de que não quer campanha de olho no retrovisor, mas direcionada a discutir o futuro.

Uma estratégia que até pouco tempo não era muito bem assimilada pelos tucanos, já que em mais de um momento a cúpula do partido prometeu mudar a política econômica atual e programas como o PAC.

Serra, contudo, ao vestir a pele de candidato, adotou o discurso que acredita ser o mais apropriado. De evitar comparação com a gestão FHC, da qual participou, mas divergiu em diversos momentos, e difundir a imagem de que é o mais bem preparado para o pós-Lula.

Com isso, o ex-governador paulista quer manter o apoio de parte do eleitorado que apoia Lula, mas na hora de declarar seu voto opta pelo tucano. Um tipo de eleitorado que os petistas esperam atrair tentando mostrar que Serra seria mais lobo que cordeiro. A conferir.

GOVERNO LULA [In:] DEU NA TV (ENTREVISTA)

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PARA LULA: QUEM DISSE QUE A DEMOCRACIA ACEITA TUDO? ELA NÃO ACEITA, POR EXEMPLO, DEBATER O SEU FIM!


segunda-feira, 5 de abril de 2010 | 5:41


Assisti ontem à entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a jornalistas da Band, no programa Canal Livre. Nada de muito novo. Era o “cara” de sempre, naquela já aborrecida rotina. Em suma, ele afirmou que “nunca antes na história deste país (…)” E aí vocês preencham o espaço livremente. Quero destacar a parte de sua fala que se refere aos meios de comunicação e à imprensa. Ao realizar, no dia 1º de março, o “1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão”, de que participei, o Instituto Millenium talvez não tivesse idéia do quão agastado o governo ficaria. Embora o encontro tenha sido aberto por um então ministro de Lula, Helio Costa (Comunicações), e fechado por um homem de sua inteira confiança — mas que deve ser mantido longe de jardineiros: Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à reeleição de Lula!!!

Não! Mesmo assim, o governo não gostou! Lula se referiu ao seminário do Millenium como um encontro de “jornalistas e empresários”, o que é, para começo de conversa, falso. O Millenium tem financiadores privados e, à diferença das “ONGs governamentais” (esse misto de jabuticaba e besteira que só existe no Brasil), não aceita dinheiro público. Não havia “empresários” nas mesas de debate, só jornalistas, professores e políticos. Otavio Frias Filho, da Folha, foi o único “acionista” de empresa de comunicação a falar — mas o fez, claramente, como homem de redação. E não foi para escamotear nada, ou não falaria, certo? Todo mundo sabe quem ele é. A rigor, esteve entre os menos críticos do dia ao papel desempenhado pelo governo Lula no setor. Mas o presidente fala num encontro de “jornalistas e empresários” porque pretende, assim, atribuir as críticas a uma espécie de conspiração articulada de interesses contra, sei lá, o “povo popular”…

Lula se disse estarrecido com algumas coisas que ouviu lá… Se ouviu o que eu disse — já publiquei os vídeos aqui —-, certamente se sentiu foi relatado. Segundo o presidente, os que apontam ataques do governo contra a liberdade de expressão estão vendo “fantasmas”. E defendeu as tais conferências de botocudos — e ele evidentemente as aprecia porque discursa em todas; em duas delas ao menos, fez campanha eleitoral ilegal.

Lula respondia como se as tais conferências e o Plano Nacional de Direitos Humanos, também saído de um encontro dessa natureza, não pregassem abertamente a censura à imprensa e o controle estatal dos meios do comunicação. Para ele, tudo é muito simples: se as pessoas são contrárias àquelas propostas, que se organizem, participem do fórum dos petistas e tentem aprovar a sua proposta — elogiou a direção da Band, que participou da Conferência de Comunicação. Pois é…

Participou e perdeu. O que Lula deixa de informar é que essas conferências já são manipuladas na sua origem. Ao se estabelecer a sua composição, faz-se o filtro. Por que a maior parte das empresas de comunicação caíram fora da Confecom? Porque perceberam que estavam apenas coonestando uma farsa dos militantes petistas, que tinham maioria para aprovar os documentos estúpidos que aprovaram. Queriam as empresas no debate para endossar a sua pantomima “democrática”.

Violência
Fazendo coro a boçalidades recentes ditas por Marco Aurélio Top Top Garcia, Lula ligou a violência a programas de televisão e deixou entrever uma suspeita: para ele, as TVs deveriam ter uma espécie de função didático-político-cívico-moralizadora, mais ou menos, suponho, como se fazia na antiga URSS, nos países da Cortina de Ferro e se faz ainda hoje em Cuba, com os resultados fabulosos que conhecemos. Entre culpar a desídia do governo pelos 50 mil homicídios que há por ano no Brasil e culpar a TV, Lula escolheu a TV. Segundo ele, é preciso tirar os “enlatados” (que linguagem velha!!!) e pôr no lugar “coisas estimulantes”. Já sei! Que tal uma novela com os sem-teto da Bancoop?

Vai ter de debater
Ao ser lembrado que o governo tentou, sim, controlar o jornalismo também por meio do Conselho Federal de Jornalismo, Lula respondeu que era uma iniciativa dos próprios jornalistas. Uma ova! Quem defendia a proposta era um braço do PT chamado Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj — chamada por ele de “Fenarj”). A diretoria de tal entidade não conseguiria distinguir uma redação de jornal ou revista de um pedaço de presunto. Nunca ninguém ali redigiu um lead na vida. Lula deveria ter lembrado que a Fenaj não só era a favor da proposta como se oferecia para comandar o conselho…

Segundo o presidente, quem “quiser construir vai ter de debater”. Parece só uma obviedade? Não! Trata-se de um surto autoritário! Por que eu “tenho” de debater numa instância que sei controlada por um partido, cuja representatividade é nenhuma? “Tenho” porcaria nenhuma! Em nome da democracia, o que faço é denunciar esses embusteiros. Ora, já comentei aqui e num artigo na VEJA a fala de um ongueiro segundo quem o Plano Nacional-Socialista de Direitos Humanos é democrático “porque foi debatido por 14 mil pessoas”!!! Como? Quatorze mil pessoas? Um vereador precisa de 100 mil votos em São Paulo… Vão catar coquinho!!!

Não! Ninguém tem de se submeter a esses caras, não! Aliás, a grande questão da democracia no Brasil e como resistir às investidas dessa gente que pretende assaltar as liberdades públicas. Não representam ninguém! Representam seus próprios interesses, seus ressentimentos, suas mesquinharias, sua ideologia embolorada, sua incompetência.

Lula encerrou a questão afirmando que três setores podem controlar a imprensa: “Na TV, os telespectadores; no rádio, os ouvintes; no jornal, os leitores”. Está certo! Então que se mude logo o tal plano de direitos humanos e que se jogue no lixo a produção das tais conferências. Atenção: a fala de Lula parece perfeita, mas ainda é manca. Ccomo norte, o que ele disse acima está certíssimo. Além de se descartar aquela bobajada autoritária, é preciso parar de premiar o jornalismo — empresas e jornalistas — amigo. Que o telespectador, o leitor e o ouvinte façam as suas escolhas.

Encerrando
Alguém andou dizendo uma cascata subuspiana para Lula, e ele parece ter gostado. É mais ou menos assim: “A democracia não se faz de silêncios (huuummm…), mas do debate, do embate etc”. Tudo muito certo! MAS A DEMOCRACIA NÃO SE FAZ ESPECULANDO SOBRE DIREITOS FUNDAMENTAIS, ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO. A democracia aceita debater tudo, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, MENOS A SUA PRÓPRIA EXTINÇÃO, o senhor me entende? Claro que me entende!

Fazer chacota, por exemplo, do TSE num comício ilegal não é um barulho democrático, mas só uma algaravia protoditatorial. É o que eu lhe diria, para o seu comentário, na entrevista que não faremos.

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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
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GOVERNO LULA e ''WALL STREET'' [In:] NA ''RUA'' DA AMARGURA (ou ESCOSTADO NA ''PAREDE''?)

"Euforia"

Contenha seu entusiasmo pelo Brasil, diz artigo do WSJ

Jornalista questiona o trabalho feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva

05/04/10 às 14:57 | Agência Estado


Em artigo publicado hoje no "Wall Street Journal", a jornalista Mary Anastasia O'Grady critica o entusiasmo generalizado em relação ao Brasil e questiona o trabalho feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seus dois mandatos, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ambos, na sua avaliação, pouco fizeram além de dar continuidade aos avanços promovidos pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o ex-presidente do BC Armínio Fraga.

Para ilustrar o artigo, o jornal escolheu a foto de uma blitz policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, no início deste ano. O artigo relata uma conversa que a jornalista teve com o empresário Eike Batista na semana passada, durante sua passagem pela cidade, e se mostrou mais cética em relação às possibilidades do País do que o consenso. Sob o título "Contenha seu entusiasmo", o artigo fala da euforia do próprio Eike ao tentar atrair investidores estrangeiros ao Brasil, ao participar do "Invest in Rio", seminário onde foi destaque.


"Que o senhor Batista é um disciplinado e uma sensação quando se trata de tomar risco, com vasta habilidade política, ninguém duvida. Mas será que as novas oportunidades para ele em petróleo e gás vão implicar uma maré crescente para o resto da nação?", diz o texto. "Podem me chamar de cética. Na verdade, quanto mais a elite do País fala das parcerias público-privadas para reinventar o Brasil, com sua recém-descoberta riqueza, mais isso soa como o mesmo velho corporativismo latino", acrescentou.


O artigo observa que segundo dados do Banco Mundial de 2010, no que diz respeito à facilidade de se fazer negócios num país, englobando impostos e o lado regulatório de cada economia, o Brasil aparece na posição de número 129, entre 183 nações, uma piora em relação ao ano passado, quando figurava em 127º lugar.


O texto destaca que o ambiente de negócios no Brasil fica bem para trás do Chile (49º), México (51º) e China (89º), com notas especialmente ruins nas categorias "iniciar um negócio", "pagamento de impostos" e "contratação de mão de obra". "Mas há outro sinais preocupantes", alerta a jornalista, se referindo ao que chamou de protecionismo na área de petróleo, que favorece especialmente os negócios de Eike Batista. E ressalta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode até receber muitos elogios de empreendedores, mas que uma análise mais apurada de seu trabalho mostra "que a melhor coisa que ele fez no comando do País foi 'nada'". "O que quer dizer que pelo menos ele não desfez das conquistas monetária e fiscal do senhor Cardoso", avaliou, referindo-se ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.


Sobre o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o comentário é de que o atual presidente do BC, fez "muito pouco" além de dar continuidade à política contra inflação do ex-presidente do BC Armínio Fraga e implementar algumas melhoras no que diz respeito à legislação.

http://www.bemparana.com.br/

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05/04/2010 - 12:26

O ceticismo do Wall Street Journal sobre o Brasil

Do UOL

‘Contenha seu entusiasmo pelo Brasil’, diz colunista do ‘WSJ’

Desde que o Brasil descobriu novas e promissoras reservas de petróleo na sua costa em 2007, o país parece ter abandonado várias reformas que deveriam deixá-lo em sintonia com sua ambição de conquistar um lugar entra as nações mais industrializadas do mundo. É o que diz um artigo no Wall Street Journal nesta segunda-feira assinado por Mary Anastasia O’Grady, editora e colunista do jornal americano de finanças.

O texto, intitulado “Contenha seu entusiasmo pelo Brasil”, questiona o otimismo manifestado no país sobre o sucesso das parcerias público-privadas na reinvenção “de um Brasil com sua nova riqueza”.
O’Grady se refere em particular ao entusiasmo manifestado pelo empresário carioca Eike Batista em uma recente passagem por Nova York. Ela conta que Batista, apontado como o homem mais rico do Brasil e o oitavo mais rico do mundo pela revista Forbes, “encantou a plateia com seu entusiasmo, não apenas por seus próprios projetos no desenvolvimento da exploração de petróleo, de portos e de estaleiros, como também pelo seu país”.

“Apesar dos muitos erros do passado, ele (Batista) disse que o Brasil mudou e está pronto para reclamar seu lugar de direito entre as nações industrializadas”, escreve.

Mas a autora do artigo se diz “cética” quanto ao otimismo de Batista, e se pergunta se o resto do país também vai se beneficiar das oportunidades que se abriram para o empresário no setor de gás e petróleo. “Quanto mais a elite do país fala sobre sua parceria público-privada para reinventar o Brasil com sua recém descoberta riqueza, mais soa como o mesmo velho corporativismo latino”, diz ela.

O’Grady admite que o Brasil melhorou “em relação ao que era em meados da década de 90, quando hiperinflação alimentou caos nacional”, e disse que “o crédito por controlar os preços vai para o ex-presidente de dois mandatos (Fernando) Henrique Cardoso, cujo governo implementou o Plano Real”.

A autora minimiza o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do país, dizendo que “uma revisão de sua gestão revela que a melhor coisa que ele fez como chefe-executivo do país foi nada”. “Além da reforma da lei de falências e a melhoria da legislação relativa a seguros, ele (Lula) fez muito pouco.”

A jornalista considera positivo que mudanças sejam gradativas, mas diz que “o problema é que desde que o Brasil descobriu petróleo abundante na costa em 2007, parece ter abandonado até as reformas modestas”.

No artigo, ela sugere que faltam reformas que facilitem a operação de muitas empresas de pequeno e médio porte. Citando um relatório do Banco Mundial de 2010, O’Grady diz que o Brasil não tem um bom histórico em relação à abertura de empresa, pagamento de impostos, contratação de funcionários e obtenção de alvará de construção.

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Curb Your Enthusiasm for Brazil

The best thing the new government has done is leave its predecessor's reforms alone.


Brazilian tycoon Eike Batista rocketed to eighth place this year on the Forbes list of the world's wealthiest individuals, from 61st last year. Now speculation is rampant that he is on his way to the top.

Powering Mr. Batista's soaring fortunes is black gold. His oil and gas company, OGX, won auctioned drilling rights in the shallow-water basin off the coast of the state of Rio de Janeiro, and it estimates its reserves at 6.7 billion barrels.

A self-made Rio billionaire is supposed to be daring, charismatic and visionary, and Mr. Batista does not disappoint. I caught up with him ...

http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304871704575160103407271296.html


"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

06 de abril de 2010

O Globo

Manchete: Ao lado de Garotinho, Dilma ataca os 'falsos cordeiros'

Tucanos respondem dizendo que pré-candidata do PT faz terrorismo

Pré-candidata do PT à Presidência, a ex-ministra Dilma Rousseff participou da convenção do aliado PR e se reuniu a portas fechadas com o ex-governador Anthony Garotinho. "É um parceiro antigo", disse ela. "Somos amigos históricos", devolveu ele. Tom muito diferente Dilma usou para atacar a oposição, especialmente o PSDB do ex-governador José Serra, revelando a linha que adotará na campanha: tachar a oposição de "anti-Lula" e "falsos cordeiros". No estilo evangélico de Garotinho, usou urna fábula para chamar Serra, sem citá-lo diretamente, de "lobo em pele de cordeiro". Mais cedo, em entrevista, ela já tinha responsabilizado Serra pelo "apagão" no governo FH. O PSDB classificou o discurso de Dilma de descompensado e terrorista. (págs. 1, 3 e 4)

Foto legenda: Dilma afaga Garotinho, na convenção do PR, em Brasília: "Um parceiro antigo", segundo ela

Foto legenda: Águas de abril

O Rio é uma ilha: Carros são arrastados pelas águas numa rua no Maracanã, onde o canal transbordou. O temporal de ontem alagou avenidas, cortou a energia elétrica em vários pontos e ainda paralisou trens da SuperVia. Os cariocas ficaram mais uma vez ilhados. (págs. 1 e 12)

Vou de quê?

Nos aeroportos, metade dos voos com atrasos

Metade dos voos previstos entre meia-noite de domingo e 19h40m de ontem sofreu atrasos no Aeroporto Santos Dumont por causa do mau tempo. O Aeroporto Internacional Tom Jobim também teve transtornos. Em São Paulo, o Aeroporto de Congonhas chegou a registrar 70% de atrasos nos voos. (págs. 1 e 12)

No metrô, pane e uma hora de interrupção

No dia em que a concessionária Metrô-Rio ampliou o horário da ligação direta da Pavuna a Botafogo até meia-noite, a falta de energia numa subestação interna provocou a interrupção dos trens por uma hora, nas estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos, Cantagalo e General Osório. (págs. 1 e 18)

Nas estradas, mais 34% de mortes no feriadão

O número de mortes nas estradas federais aumentou 34% na Semana Santa, em comparação com 2009. Houve 25% mais feridos e 26% mais acidentes. No Rio, porém, as mortes diminuíram. Desta vez, a Polícia Rodoviária disse que a culpa foi da chuva, mas, no carnaval, tinha responsabilizado o sol. (págs. 1 e 11)

Multas: empresas jogam nos dois lados

As mesmas empresas que fornecem pardais para o município - e ficam com um percentual do dinheiro das multas - equipam também as Jaris, que julgam recursos contra as infrações. O Código de Trânsito Brasileiro determina que as Jaris devem ter apoio administrativo e financeiro apenas do órgão ao qual estão vinculadas - no caso, a Secretaria Municipal de Transportes. (págs. 1 e 13)

Abastecer com álcool volta a valer a pena

Para o consumidor, já começa a ser um bom negócio encher o tanque com álcool em vez de gasolina. Com a entrada da safra da cana, os preços do álcool combustível nos postos do Rio já caíram até 13,6% nas duas últimas semanas. (págs. 1 e 19)

Acordo adia retaliação contra EUA

Com sinal verde da Organização Mundial do Comércio, o Brasil começaria amanhã a retaliação por subsídios ao algodão americano. O prazo passou para o dia 22, após negociações. Os EUA aceitaram criar um fundo para beneficiar produtores brasileiros. (págs. 1 e 25)

Talibãs voltam a atacar alvos americanos

Dois atentados suicidas levados a cabo por militantes talibãs deixaram 49 pessoas mortas e mais de cem feridas no Paquistão. Um dos ataques atingiu o Consulado dos EUA na cidade de Peshawar, em retaliação a bombardeios americanos. (págs. 1 e 26)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Rodoanel reduz tráfego de caminhões em 43%
Prefeitura prevê melhora na cidade toda; para economista, efeito é limitado

A abertura do trecho sul do Rodoanel aliviou o trânsito de caminhões na avenida dos Bandeirantes (zona sul de SP), caminho para o sistema Anchieta/Imigrantes e o porto de Santos.

A Folha constatou redução de 43% entre as 16h e as 17h, horário que a Companhia de Engenharia de Tráfego considera de pico. Ontem, circularam 816 caminhões nos dois sentidos; em 22 de março, também uma segunda-feira, foram 1.427.

Foi o primeiro grande teste dos efeitos do Rodoanel, cujo trecho sul foi aberto para o tráfego na quinta.

A CET registrou ontem queda de 18% na lentidão média em toda a cidade, das 7h às 19h, na comparação com 22 de março. A prefeitura espera reduzir o trânsito em até 12%; para o economista Ciro Biderman, da FGV, porém, o efeito positivo é temporário. (págs. 1, C1 e C4)

Total de mortes nas rodovias estaduais e federais no feriado de Páscoa subiu. (págs. 1 e C5)

Foto legenda: À esquerda, trânsito na av. dos Bandeirantes perto do aeroporto de Congonhas no fim da tarde de 22 de março, antes da abertura do Rodoanel; à direita, o mesmo trecho no final da tarde de ontem

Por Dilma, presidente manda acelerar obras

Em reunião ministerial, o presidente Lula mandou sua nova equipe acelerar a conclusão de obras e enfatizou que vai fazer campanha para Dilma Rousseff (PT). "Ninguém vai me segurar", disse.

No primeiro ato público após deixar o governo, Dilma chamou os tucanos de "anti-Lula" e "lobos em pele de cordeiro". O PSDB promete partir para o debate ético com os petistas. (págs. 1 e Brasil)

Foto legenda: Carros-bomba matam 4 no Paquistão

Dois veículos explodiram em frente ao consulado dos EUA em Peshawar (norte do país); o Taleban assumiu a autoria da ação, a mais violenta contra missão americana em quatro anos (págs. 1 e A16)

Promotoria vê 'indústria de incêndios' em favelas de SP

Promotores afirmam que, desde outubro, seis incêndios em favelas de SP foram fabricados para que moradores recebam verba da prefeitura ou "furem a fila" em programas habitacionais, informa Rogério Pagnan.

A Folha recebeu a informação de que o fogo atingiria a favela Rocinha Paulistana e a registrou em cartório em dezembro; o incêndio ocorreu no mês seguinte. A prefeitura diz que apoia a investigação. (págs. 1 e C8)

Vetar 'pulseira do sexo' é inútil, diz especialista

A psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, da Universidade Federal de São Paulo, diz ser contrária à proibição das "pulseiras do sexo". Para Lordello, elas são só uma justificativa dos agressores para cometer crimes: "Se não fossem elas, seria outro motivo". (págs. 1 e C7)

Dinheiro: Proposta americana faz Brasil adiar início de retaliação comercial (págs. 1 e B1)

Venezuela quer gastar US$ 5 bi em armas russas

Após visita à Venezuela, o premiê da Rússia, Vladimir Putin, anunciou à indústria bélica de seu país que o presidente Hugo Chávez prometeu gastar US$ 5 bilhões na compra de armas russas. Segundo militares da Rússia, há interesse em submarinos e tanques. (págs. 1 e A14)

Análise: Imagem de Serra como 'pós-Lula' preocupa o PT

A ordem na campanha de Dilma Rousseff é "tirar a pele de cordeiro dos lobos do PSDB", relatam Valdo Cruz e Fernando Rodrigues. Para os petistas, José Serra está sendo bem-sucedido ao se colocar como pós-Lula, e não anti-Lula. (págs. 1 e A4)

Editoriais

Leia "Sinais de retomada", sobre a economia dos EUA; e "Empate na Bolívia", acerca das eleições regionais no país. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: EUA oferecem ajuda a algodão brasileiro e País adia retaliação
Brasil aceita ampliar prazo até que americanos implementem propostas negociadas

A dois dias de iniciar a retaliação aos EUA por conta dos subsídios ao setor do algodão, o governo prorrogou o prazo para 22 de abril, para estender o diálogo com Washington. O Brasil espera que os americanos adotem medidas já negociadas, entre as quais a criação de um fundo no valor de US$ 147,3 milhões anuais para financiar projetos do setor de algodão brasileiro. As propostas são consideradas provisórias, mas podem servir para uma solução definitiva para a disputa na Organização Mundial do Comércio, que deu ao Brasil o direito de retaliar os EUA. (págs. 1 e Economia B1)

Consulado dos EUA é alvo de atentado no Paquistão

Militantes do braço paquistanês do Taleban atacaram o Consulado dos EUA em Peshawar. Morreram seis paquistaneses, além dos cinco terroristas suicidas. A ação usou um caminhão-bomba e lança-foguetes, mas o consulado não foi destruído. O serviço de inteligência do Paquistão afirmou que o atentado foi bem planejado. Foram ouvidas três explosões na área, com um intervalo de 15 minutos entre elas. Um porta-voz da milícia extremista anunciou que haverá novos ataques contra interesses americanos. Em outro atentado no país, algumas horas antes, pelo menos 42 pessoas foram monas. (págs. 1 e Internacional A11)

Foto legenda: Destruição. Forças de segurança montam guarda diante das ruínas de um dos prédios atingidos por atentado ao Consulado dos EUA em Peshawar

Vale acusa siderúrgicas europeias de deslealdade

A Vale pediu à Comissão Europeia que investigue as siderúrgicas do continente por prática de concorrência desleal, informa o repórter David Friedlander. No pedido, a mineradora brasileira acusa as siderúrgicas europeias de agir de maneira orquestrada e ilegal nas negociações para reajuste do preço internacional do minério de ferro - o produto vendido pela Vale. (págs. 1 e Economia B15)

PSDB cobra de Dilma biografia de tesoureiro

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), aceitou desafio feito pela pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff em entrevista ao Estado -, de trazer o debate ético para a campanha eleitoral. Guerra cobrou da ex-ministra que começasse esclarecendo o "dossiê dos aloprados" e a biografia do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ligado à Bancoop. (págs. 1 e Nacional A4)

Falta de leitos de UTI atinge metade do País

Dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira mostram que mais da metade dos Estados tem menos leitos de UTI que o necessário. Faltam profissionais habilitados para trabalhar nas unidades. (págs. 1 e Vida A18)

SP multa Infraero por falhas em Congonhas (págs. 1 e Cidades C1)

Ilan Goldfajn: Incerteza certa

O sistema de governança atual gera incerteza em momentos críticos. Quando um presidente sai, há sempre dúvidas sobre a política futura. (págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Arnaldo Jabor: O nariz cor-de-rosa

A vitória do velho Estado-pai seria a revolução dos oportunistas e dos incompetentes. (págs. 1 e Caderno 2 D12)

Visão Global: As desculpas da Sérvia

As reações à decisão do Parlamento sérvio de condenar o massacre de Srebrenica têm sido cínicas, escreve Tim Judah. (págs. 1 e Internacional A15)

Notas & Informações: BC e Tesouro - o contraste

Ao capitalizar o BNDES, o Tesouro assume riscos de operações tipicamente bancárias. (págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Construtoras voltam a olhar para classe média
Após o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, em abril de 2009, a baixa renda se tornou o alvo das construtoras. Desde as que já operavam nessa faixa até as que jamais haviam construído um prédio popular, todas passaram a fazer projetos para o segmento. Discretamente, porém, a festejada baixa renda começa a perder o charme. Numa espécie de hedge, o cíclico mercado imobiliário volta às origens e olha para os clientes de média e alta renda, especialmente em São Paulo, como principal foco de seus novos investimentos.

Nas grandes construtoras, a palavra de ordem é diversificar. A PDG Realty e a Rossi abriram unidades de negócios exclusivas para o mercado de média e alta renda. Outras, de menor porte, como Helbor e JHSF, desistiram da casa popular. "Ensaiamos entrar nesse mercado, mas a conta não fechou", diz Henry Borenztein, presidente da Helbor.
"Prefiro me concentrar no que sei fazer direito". (págs. 1 e B1)

Educação teria agência reguladora

Inspirados nas agências reguladoras de saúde, energia e petróleo, professores, pais, alunos, gestores públicos, sindicalistas e representantes de organizações sociais querem que o poder público aumente a regulação sobre a educação particular no país, em todos os níveis de ensino. Cerca de 3 mil delegados reunidos na 1ª Conferência Nacional de Educação, encerrada na quinta-feira, em Brasília, aprovaram proposta que, na prática, significa que a educação passe a ser interpretada legalmente como um bem público e que sua oferta pela iniciativa privada se dê por meio de concessão. (págs. 1 e A2)

Desemprego cai e muda de patamar

O mercado de trabalho iniciou o ano bastante aquecido. Em fevereiro, a taxa de desemprego ficou em 7,1%, com ajuste sazonal, a mais baixa da série iniciada em 2001, segundo cálculos da Rosenberg & Associados. Com a expectativa de crescimento expressivo da demanda, as empresas têm aumentado as contratações.

Há intensa criação de vagas com carteira assinada - só no primeiro bimestre houve a geração de 390,8 mil postos formais. Com a consolidação de um crescimento econômico mais elevado e menos volátil, a desocupação parece ter mudado estruturalmente de patamar, muito abaixo dos dois dígitos que se observavam até 2006. Para analistas, a força do mercado de trabalho ajuda a pressionar a inflação, sendo um dos fatores que levarão o Banco Central a elevar os juros neste mês. (págs. 1 e A5)

No Cade, caso Embraport cria polêmica

Embraport, empresa não operacional que vai construir e explorar um terminal portuário em Santos (SP) para contêineres e etanol, tornou-se alvo de discussão no Cade. O que está em jogo é a concorrência no segmento de contêineres no porto. De um lado estão os novos controladores da Embraport: a DP World, de Dubai, e a Odebrecht Investimentos em Infraestrutura. De outro, os terminais de contêineres privatizados na década de 90 representados pela Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec). Ao submeterem a compra ao governo, os novos donos pediram tramitação sumária, porque se trataria de mera "substituição de agente econômico". Para a Abratec, a operação merece análise cuidadosa do Cade, considerando-se o poder de mercado dos novos controladores. (págs. 1 e B8)

Ministério Público quer atuar na política

O Ministério Público começa a dispender esforços para reconquistar o direito de participar de atividades político-partidárias - inclusive com a permissão para que seus integrantes concorram a cargos eletivos. O MP pretende estancar as sucessivas derrotas que vem sofrendo no Congresso. Em março, foram dois reveses, que ocorreram sem que nenhum parlamentar, do governo ou da oposição, se insurgisse contra elas. O direito de participar de ações político-partidárias foi conferido pela Constituição de 1988, mas perdido na reforma do Judiciário de 2004. (págs. 1 e A14)

Sem interesse pelas letras financeiras

Três meses após serem criadas por medida provisória, as letras financeiras desapontam. As poucas sondagens de emissão do novo papel que chegam às mesas dos investidores apresentam volumes de no máximo R$ 50 milhões, bem distante dos R$ 15 bilhões que os bancos poderiam emitir por ano.

Um dos problemas é a dificuldade de concorrência com outras opções de investimento. "O investidor não está vendo vantagem em comprar uma letra em relação aos outros papéis emitidos pelos bancos", diz Gustavo Summers, superintendente de gestão de balanços do Santander. Da forma como foram regulamentadas, as letras não têm a retaguarda do Fundo Garantidor de Crédito e também não podem ser recompradas a qualquer momento. (págs. 1 e C1)

Em desvantagem frente aos Conservadores, Gordon Brown anuncia eleições no Reino Unido (págs. 1 e A11)

Euro cai à menor cotação em reais em quase oito anos e ajuste deve se acentuar, diz Daniel Tenengauzer (págs. 1 e C8)

Brasil adia retaliação

Possibilidade de avanço em negociação com os Estados Unidos sobre subsídios ilegais ao algodão fez o governo brasileiro adiar a entrada em vigor da retaliação contra produtos importados dos EUA. (págs. 1 e A3)

Japão muda paradigmas

Depois do fim da era dos empregos vitalícios, a revisão das pensões pagas pelas empresas japonesas a seus trabalhadores aposentados abala o último pilar do tradicional "contrato social corporativo" do país. (págs. 1 e A11)

TV digital atrai investimento

A Screen Service, fabricante italiana de transmissores de TV digital, já iniciou a produção dos equipamentos no Brasil. Os contratos fechados com emissoras brasileiras já ultrapassam R$ 20 milhões. (págs. 1 e B3)

Gravadoras ampliam o leque

A indústria fonográfica diversifica suas estratégias para aumentar as receitas. As ações vão desde parcerias com operadoras de celular e sites de internet até a participação na produção de shows. (págs. 1 e B3)

Disparada do ferro

Preços do minério de ferro no mercado à vista neste início de mês sinalizam que a commodity poderá ter novo reajuste de no mínimo 20% no terceiro trimestre. (págs. 1 e B7)

Inflação no campo

Os preços pagos aos produtores rurais paulistas tiveram em março a 11ª elevação quadrissemanal consecutiva, reflexo das fortes chuvas dos últimos meses, mantendo a pressão altista dos alimentos nos índices de inflação. (págs. 1 e B11)

Moinhos buscam alternativas

As chuvas que castigaram as lavouras de tribo no Cone Sul e prejudicaram a qualidade do cereal vão forçar os moinhos brasileiros a buscar matéria-prima mais cara fora do Mercosul. (págs. 1 e B12)

Contas fechadas

Fundo de pensão da Prefeitura do Rio de Janeiro (Funprevi) segue sem fiscalização da Secretaria de Previdência Complementar desde 2006 por força de liminar obtida na Justiça. (págs. 1 e C3)

Ações emergentes

Fundos de ações com foco em mercados emergentes encerraram o trimestre com captação líquida de US$ 7,5 bilhões, mais que o dobro do registrado em igual período de 2009, mas abaixo do fim do ano passado. (págs. 1 e D3)

Ideias

Luiz Gonzaga Belluzzo: mudança cambial na China, se vier, será
“lenta, gradual e segura". (págs. 1 e A13)
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RADIOBRAS.
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