A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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sexta-feira, maio 27, 2011
GOVERNO DILMA/cento e tantos dias [In:] PRESIDENTE BOSSA NOVA *
A presidente ''ultrapassada''
O Estado de S. Paulo - 27/05/2011 |
Nos primeiros tempos do novo governo, a presidente Dilma Rousseff era aplaudida por duas características que representavam um bem-vindo contraste com o estilo de seu mentor Lula. Para os ouvidos fartos da verborragia do então presidente e para as vistas cansadas das suas incessantes aparições, a economia de palavras e a concentração da sucessora nos seus afazeres foram recebidas com um misto de alívio e otimismo. Assim também os relatos do exame minucioso que dedicava aos assuntos de sua alçada e do rigor com que cobrava da equipe a correção das lacunas ou imperfeições identificadas nos documentos que pousavam na sua mesa de trabalho - a antítese da aversão de Lula pelos textos levados à sua leitura que excedessem um par de páginas. Mas a política é impiedosa. Bastaram os primeiros sintomas de incerteza nas decisões do Planalto (sobre o reconhecimento de que a inflação começara a voltar e a escolha dos instrumentos para contê-la, por exemplo) e as primeiras rusgas com a balofa base parlamentar governista (sobre cargos e verbas, como sempre) para que as avaliações da conduta presidencial passassem a produzir conclusões diferentes. As suas aparentes virtudes seriam, na realidade, limitações. Se ela fala pouco, é porque, além da inaptidão para se expressar em público, pouco tem a dizer. Se ela dedica tempo e energia a perscrutar com lupa os calhamaços da administração, é porque padece do vício do detalhismo e do gosto tecnocrático pela microgestão, em detrimento do diálogo com as suas forças no Congresso. Foi em meio a essa mudança de louvores para reparos que Dilma sofreu dois golpes. O primeiro, a pneumonia que não só a obrigou a se recolher ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial, e a reduzir o ritmo de sua atividade, como evidenciou, com o passar do tempo, que o Planalto mentiu sobre a gravidade da doença que a acometeu. O segundo golpe, naturalmente, foi a revelação do enriquecimento, em meros 4 anos, do principal coordenador de sua campanha, o então deputado Antonio Palocci, que ela promoveu a personagem central do governo, como titular da Casa Civil e seu interlocutor com as elites nacionais. O silêncio - só ontem rompido - e a aparente inexistência de qualquer iniciativa de Dilma em face do escândalo deram azo a uma fuzilaria de críticas: procedentes, as da opinião pública; oportunistas, as dos políticos da base aliada, descontentes com o pouco-caso de Dilma e Palocci. O comando da base vinha bloqueando, até por meios truculentos, as tentativas da oposição de convidar o ministro a se explicar. Mas o confronto entre a presidente e o PMDB a propósito da vitoriosa emenda ao projeto do Código Florestal, que anistia os cultivos feitos até 2008 em áreas de proteção permanente, instalou um clima de mala sangre entre o governo e sua base parlamentar de que a oposição, sobretudo no Senado, poderia tirar proveito para trazer Palocci às falas, no âmbito de uma CPI. Não se sabe se a presidente e o ministro já tinham se dado conta da erosão do seu patrimônio político no Congresso - e, em caso positivo, o que pretendiam fazer para recuperá-lo. O fato é que, com a sua proverbial intuição, Lula se abalou a Brasília e chamou a si o controle da crise. O resultado de sua intervenção é incerto, mas, com a sua entrada em cena, Dilma foi "ultrapassada", como se diz na caserna quando um comandante tem diminuída a sua autoridade. Sob a batuta de Lula, que a instou a "abrir mais" o seu governo, ela marcou sucessivos encontros com políticos petistas e aliados. Ao mesmo tempo, para dissuadir as bancadas religiosas na Câmara de abandonar Palocci à própria sorte, mandou para o arquivo morto o polêmico kit anti-homofobia - uma cartilha e cinco vídeos que o Ministério da Educação pretendia distribuir nas escolas públicas de nível médio a pretexto de promover a tolerância entre os alunos. Decerto ainda é pouco para aplacar a irritação dos políticos, a julgar pela pilha de reclamações que deixaram com Lula sobre a "indiferença" de Dilma e a "arrogância" de Palocci. Guiada pelo antecessor, ela tem o telefone e a caneta para ir ajeitando as coisas. Mas ele continua tendo de fazer o que até agora evitou: dar satisfações dos seus negócios. Do contrário, também será ultrapassado. -------------- (*) Juca Chaves. Presidente Bossa Nova. Juca Chaves Composição : Juca Chaves ''Bossa nova mesmo é ser presidente --- |
CAMPINAS/PT [In:] LEU, APRENDEU E FEZ A LIÇÃO DE CASA
Campinas: vice, do PT, é preso no aeroporto
Vice-prefeito de Campinas preso por corrupção |
Autor(es): agência o globo: Maurício Simionato* e Tatiana Farah |
O Globo - 27/05/2011 |
Demétrio Vilagra é suspeito de desvio de verbas de obras públicas e investigado sob acusação de ter pedido propina CAMPINAS e SÃO PAULO. Suspeito de corrupção, o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), foi preso ontem à noite ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo de Madri. Vilagra estava em férias na Espanha quando teve o mandado de prisão expedido pela Justiça de Campinas, em meio à investigação de fraudes em licitações públicas que passariam de R$615 milhões. Ele é um dos suspeitos de comandar desvios de verbas de obras públicas em Campinas e investigado pelo Ministério Público Estadual sob suspeita de ter pedido propina a empresários para "o pagamento de dívidas de campanha". Vilagra foi preso por volta das 19h pela Polícia Federal, na área internacional do aeroporto. Sem passar pela saída convencional, onde era esperado por jornalistas, amigos e parentes, o vice-prefeito foi conduzido à sala da PF e, uma hora depois, levado para Campinas em um carro da Polícia Civil, escoltado por um camburão da Corregedoria de polícia de Campinas. Ele teria negociado com a polícia se apresentar e por isso não foi algemado. Sua chegada ao país foi informada tanto pela assessoria da prefeitura quanto por seu advogado no caso, o criminalista Ralph Tórtima Stettinger, cujo pedido de suspensão da prisão de Vilagra foi negado pela Justiça. O corregedor da Polícia Civil em Campinas, Roveraldo Battaglini, acompanhou toda a prisão. Vilagra não quis dar declarações ao ser preso. Por meio de seu site pessoal e do Twitter, o vice-prefeito disse que anteciparia o retorno ao Brasil em razão das denúncias de que era um dos comandantes das fraudes. Ele também informou que vai deixar a presidência da Ceasa, companhia de abastecimento de Campinas. O vice-prefeito é apontado pelo MP como integrante da suposta organização que fraudava contratos públicos na cidade. Tórtima nega o envolvimento dele. Os empresários Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes (pai e filho), proprietários da Global Serviços, disseram ao MP de Campinas na última terça-feira que Vilagra alegou pagamento de dívidas de campanha ao pedir a eles propina num churrasco da sede da empresa, em Campinas. Este é o primeiro depoimento que liga o desvio de verbas públicas investigado com contas eleitorais. Os empresários afirmaram ter dado R$20 mil em dinheiro ao vice-prefeito, mas disseram não se lembrar da data da entrega do dinheiro. A investigação sobre o suposto esquema de fraude em licitações no alto escalão da prefeitura de Campinas começou a fechar o cerco a pessoas ligadas ao PT. Ontem o Ministério Público Estadual colheu depoimento do empresário Ítalo Hamilton Barioni, próximo do ex-ministro José Dirceu, que esteve no fim de semana na cidade para reuniões com líderes do partido. Hoje os promotores vão ouvir José Carlos Bumlai, empresário e amigo do ex-presidente Lula. Ele é suspeito de intermediar pagamentos das empresas envolvidas com os agentes públicos. A primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos, é apontada no relatório como chefe do grupo. Numa das interceptações telefônicas registradas com autorização judicial pela investigação, Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-presidente da empresa pública de saneamento de Campinas (Sanasa), foco das fraudes, diz a seu advogado que se encontrou com Barioni e que este estaria colhendo informações, a pedido de Bumlai, para negociar delação premiada com o MP. Aquino relata que o objetivo de Bumlai era proteger Lula. Na campanha eleitoral de 2002, Lula passou quatro dias na fazenda de Bumlai nas proximidades de Campo Grande (MS) para gravar programas de TV. Diz o relatório do Ministério Público: "De acordo com diálogo telefônico, Luiz Aquino foi procurado por um amigo pessoal identificado como Ítalo Barioni, que passou a fazer uma série de indagações sobre a confiança que Aquino teria nos promotores e explicou que "o cara que é o principal disso tudo" o teria contatado "com a intenção de fazer algo parecido" claramente se referindo à delação premiada realizada por Aquino". O ex-dirigente da Sanasa está entre os envolvidos no esquema e deu três depoimentos ao Ministério Público por meio de delação premiada. Na semana passada, 11 pessoas, entre empresários e funcionários da prefeitura, foram presos. Só dois continuavam presos até ontem à noite. Na segunda-feira, o prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), negou o envolvimento dele e de sua mulher nas fraudes. Bumlai e Barioni não foram localizados ontem. |
CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] URNAS FROUXAS E TROUXAS
CÂMARA AFROUXA REGRAS PARA EVITAR FUTURAS CASSAÇÕES
CÂMARA MUDA LIMITE DA ÉTICA |
Autor(es): » Izabelle Torres |
Correio Braziliense - 27/05/2011 |
Os deputados aprovaram um projeto para regulamentar o Conselho de Ética da Casa e abriram a possibilidade de punições brandas para os parlamentares flagrados em atos ilícitos e processados por quebra de decoro. A partir de agora, eles podem receber censura ou ter o mandato suspenso por seis meses. O novo texto deixou de fora propostas para impor regras mais rígidas de conduta. Flagrada em vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator de um esquema de corrupção em Brasília, Jaqueline Roriz (PMN-DF) será julgada em 8 de junho pelo Conselho e o caso dela se encaixa em artigos que preveem pena de suspensão. No entanto, o presidente da comissão, José Carlos Araújo (PDT-BA), afirma que as novas normas não vão alterar os rumos do processo de Jaqueline.
Novas diretrizes para avaliar a conduta dos deputados deixam de lado boa parte dos projetos que pretendiam impor regras rígidas aos políticos
A Câmara dos Deputados aprovou ontem novas regras para o funcionamento do Conselho de Ética da Casa. Sem resistências e com o quase absoluto dos parlamentares presentes ao plenário, o novo texto ignorou mais da metade dos projetos de resolução que tramitavam conjuntamente e pretendiam impor regras mais rígidas à conduta dos políticos. |
GOVERNO DILMA/PALOCCI [In:] Governo QUEM ?
ORIENTADA POR LULA, DILMA REAPARECE E DEFENDE PALOCCI
APÓS ALERTA DE LULA, DILMA ROMPE SILÊNCIO E PALOCCI DIZ QUE TER DINHEIRO NÃO É CRIME |
Autor(es): Tânia Monteiro e Vera Rosa |
O Estado de S. Paulo - 27/05/2011 |
Dois dias após a intervenção de Lula para contornar o escândalo envolvendo Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff, orientada pelo ex-presidente, rompeu o silêncio e saiu em defesa de seu ministro da Casa Civil. “Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações aos órgãos de controle. Espero que a questão não seja politizada", disse Dilma. Para ela, a oposição quer um “terceiro turno". A senadores do PT, Palocci admitiu que ganhou bastante dinheiro, mas negou qualquer crime. Presidente reaparece à cena política no Planalto, senta-se ao lado de ministro acusado de multiplicar patrimônio e enfrenta repórteres para defendê-lo; em seguida, em almoço com petistas, chefe da Casa Civil justifica rendimentos em consultoria Dois dias depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter desembarcado em Brasília para pôr um freio de arrumação no governo e espantar a crise política, a presidente Dilma Rousseff deixou o gabinete, rompeu o silêncio de quase duas semanas e saiu em defesa do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em almoço com petistas, do qual o ministro também participou, Dilma disse que a oposição quer um terceiro turno. Palocci, também alertado por Lula, explicou os rendimentos aos correligionários e disse que "não é crime ganhar bem". No Palácio do Planalto, Dilma seguiu à risca a estratégia traçada por seu antecessor. "Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle, inclusive para o Ministério Público. Espero que esta questão não seja politizada", disse ela, em entrevista espontânea aos jornalistas, um procedimento que costuma evitar. Uma hora depois, em almoço com 15 senadores da bancada do PT, no Palácio da Alvorada, a presidente foi mais enfática. "A oposição está querendo o terceiro turno e nós precisamos tomar cuidado", afirmou ela, de acordo com relato de petistas, numa referência à derrota do PSDB na eleição do ano passado. Aos senadores do PT, que na terça-feira tiveram encontro com Lula, Palocci deu esclarecimentos sobre sua evolução patrimonial, disse que nunca feriu a ética e sentenciou: "Não é crime ganhar bem". Exposição. Sempre orientada por Lula, Dilma convocou uma cerimônia pública no Planalto para reaparecer na cena política. Na solenidade, ela fez questão de sentar-se ao lado de Palocci, acusado de multiplicar o patrimônio em 20 vezes, em apenas quatro anos, de 2006 e 2010. Depois da solenidade, a presidente foi ao encontro dos repórteres, enquanto Palocci saía discretamente do Salão Nobre. Em tom veemente, ela considerou "lamentável" denúncia apresentada no dia anterior por tucanos, dando conta de que Palocci teria feito tráfico de influência junto à Receita Federal para antecipar a devolução de impostos da construtora WTorre. A empresa foi cliente da Projeto Consultoria, de propriedade de Palocci, até o ano passado. Pela denúncia apresentada pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), a WTorre fez doação para a campanha de Dilma logo após receber o crédito da Receita Federal. A acusação, porém, foi rebatida pelo Fisco, já que o pagamento à WTorre ocorreu após decisão judicial. Para Dilma, a questão foi "politizada" por seus adversários como forma de atacar o governo. "A Justiça determinou à Fazenda o pagamento da restituição devida à empresa. Não se trata, de maneira alguma, de nenhuma manipulação. Lamento que um caso desse tipo esteja sendo politizado", insistiu Dilma. Com a base. Da cerimônia municipalista no Planalto, em que foram assinados termos de compromisso para construção de quadras esportivas escolares, a presidente seguiu para o Palácio da Alvorada, onde se reuniu com a bancada do PT no Senado. Petistas e outros partidos da base têm reclamado nos bastidores da ausência de interlocução com a presidente. A portas fechadas, ela fez ali mais uma defesa de Palocci e afagou os petistas, depois de ter passado por uma espécie de "Lula training". O ministro da Casa Civil pediu os 15 minutos finais do almoço para antecipar aos senadores do PT as linhas gerais das explicações que enviará à Procuradoria-Geral da República sobre o crescimento vertiginoso de seu patrimônio. Disse que, ao deixar o Ministério da Fazenda, em 2006, no rastro do escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, cumpriu a quarentena. Depois, passou a dar consultoria, mas garantiu não ter feito serviço para empresas públicas, para evitar conflitos políticos. Palocci não revelou os nomes das empresas para as quais prestou consultoria quando era deputado federal, sob o argumento de que há cláusula de confidencialidade nos contratos. Admitiu ter ganho dinheiro, como outros ex-ministros. Foi aí que ponderou não ver crime nisso. Durante o almoço, Dilma pediu apoio aos petistas para reverter, no Senado, pontos do Código Florestal aprovado na Câmara, como a chamada anistia para desmatamentos feitos por produtores até 2008. O senador Wellington Dias (PT-PI) pediu à presidente que acelerasse a montagem do segundo escalão. "Quem estiver pensando que vou fazer negociação por conta do Código está muito enganado. Não vou fazer isso, não vou", afirmou, exaltada. Depois da bronca, Dilma só foi interrompida, após quase três horas de conversa com petistas, por um choro de criança. Era seu neto, Gabriel, de oito meses. "Agora me desconcentrei", disse ela. |
GOVERNO DILMA/MEC [In:] UM ''KIT'' COM CARA DE ''KILT''
Comissão avaliará o novo kit para o MEC
Kit contra a homofobia só com o aval do Planalto |
Autor(es): » Leandro Kleber |
Correio Braziliense - 27/05/2011 |
Vetada por Dilma Rousseff, a cartilha antihomofóbica será reformulada. Segundo o ministro Fernando Haddad, um colegiado na Presidência da República dará a palavra final sobre temas como comportamento. Ele não descarta que os vídeos, considerados inadequados por Dilma, sejam totalmente refeitos.
Material de combate ao preconceito terá que ser aprovado pela Secretaria de Comunicação da Presidência antes de chegar às escolas. O ministro Fernando Haddad não descarta a possibilidade de a produção ser "integralmente" refeita
Em meio à tempestade de críticas em torno do material anti-homofóbico que seria destinado no próximo semestre a 6 mil escolas públicas onde foram registrados casos de preconceito, o ministro da Educação, Fernando Haddad, veio a público se explicar. Depois da determinação da presidente Dilma Rousseff de suspender a produção e a distribuição do material, anunciada na terça, o governo decidiu criar uma comissão especial na Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). O colegiado será responsável por dar a palavra final sobre temas relacionados a comportamento. Atualmente, no âmbito do MEC, cabe à Comissão de Publicação definir o que será publicado ou não. Haddad afirmou que todos os vídeos do programa Brasil sem Homofobia poderão ser “integralmente” refeitos, sem custos adicionais. Porém, uma das coordenadoras do projeto, Maria Helena Franco, da ONG Ecos Comunicação e Sexualidade, lembra que isso poderá demandar mais recursos. Apesar de ter vetado a distribuição do material, Dilma afirmou que o governo continua a defender a educação e a luta contra práticas homofóbicas, mas que nenhum ministério vai fazer “propaganda de opções sexuais”. “Vi um pedaço na televisão, passado por vocês (imprensa), e não concordo (…) De nenhuma forma podemos interferir na vida privada das pessoas. Agora, o governo pode, sim, fazer uma educação de que é necessário respeitar as diferenças. Você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você”, argumentou a presidente. |