PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, maio 27, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] DISQUE 190 OU 171 ?

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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GOVERNO DILMA/cento e tantos dias [In:] PRESIDENTE BOSSA NOVA *

A presidente ''ultrapassada''

O Estado de S. Paulo - 27/05/2011


Nos primeiros tempos do novo governo, a presidente Dilma Rousseff era aplaudida por duas características que representavam um bem-vindo contraste com o estilo de seu mentor Lula. Para os ouvidos fartos da verborragia do então presidente e para as vistas cansadas das suas incessantes aparições, a economia de palavras e a concentração da sucessora nos seus afazeres foram recebidas com um misto de alívio e otimismo. Assim também os relatos do exame minucioso que dedicava aos assuntos de sua alçada e do rigor com que cobrava da equipe a correção das lacunas ou imperfeições identificadas nos documentos que pousavam na sua mesa de trabalho - a antítese da aversão de Lula pelos textos levados à sua leitura que excedessem um par de páginas.

Mas a política é impiedosa. Bastaram os primeiros sintomas de incerteza nas decisões do Planalto (sobre o reconhecimento de que a inflação começara a voltar e a escolha dos instrumentos para contê-la, por exemplo) e as primeiras rusgas com a balofa base parlamentar governista (sobre cargos e verbas, como sempre) para que as avaliações da conduta presidencial passassem a produzir conclusões diferentes. As suas aparentes virtudes seriam, na realidade, limitações. Se ela fala pouco, é porque, além da inaptidão para se expressar em público, pouco tem a dizer. Se ela dedica tempo e energia a perscrutar com lupa os calhamaços da administração, é porque padece do vício do detalhismo e do gosto tecnocrático pela microgestão, em detrimento do diálogo com as suas forças no Congresso. Foi em meio a essa mudança de louvores para reparos que Dilma sofreu dois golpes.

O primeiro, a pneumonia que não só a obrigou a se recolher ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial, e a reduzir o ritmo de sua atividade, como evidenciou, com o passar do tempo, que o Planalto mentiu sobre a gravidade da doença que a acometeu. O segundo golpe, naturalmente, foi a revelação do enriquecimento, em meros 4 anos, do principal coordenador de sua campanha, o então deputado Antonio Palocci, que ela promoveu a personagem central do governo, como titular da Casa Civil e seu interlocutor com as elites nacionais. O silêncio - só ontem rompido - e a aparente inexistência de qualquer iniciativa de Dilma em face do escândalo deram azo a uma fuzilaria de críticas: procedentes, as da opinião pública; oportunistas, as dos políticos da base aliada, descontentes com o pouco-caso de Dilma e Palocci.

O comando da base vinha bloqueando, até por meios truculentos, as tentativas da oposição de convidar o ministro a se explicar. Mas o confronto entre a presidente e o PMDB a propósito da vitoriosa emenda ao projeto do Código Florestal, que anistia os cultivos feitos até 2008 em áreas de proteção permanente, instalou um clima de mala sangre entre o governo e sua base parlamentar de que a oposição, sobretudo no Senado, poderia tirar proveito para trazer Palocci às falas, no âmbito de uma CPI. Não se sabe se a presidente e o ministro já tinham se dado conta da erosão do seu patrimônio político no Congresso - e, em caso positivo, o que pretendiam fazer para recuperá-lo. O fato é que, com a sua proverbial intuição, Lula se abalou a Brasília e chamou a si o controle da crise. O resultado de sua intervenção é incerto, mas, com a sua entrada em cena, Dilma foi "ultrapassada", como se diz na caserna quando um comandante tem diminuída a sua autoridade.

Sob a batuta de Lula, que a instou a "abrir mais" o seu governo, ela marcou sucessivos encontros com políticos petistas e aliados. Ao mesmo tempo, para dissuadir as bancadas religiosas na Câmara de abandonar Palocci à própria sorte, mandou para o arquivo morto o polêmico kit anti-homofobia - uma cartilha e cinco vídeos que o Ministério da Educação pretendia distribuir nas escolas públicas de nível médio a pretexto de promover a tolerância entre os alunos. Decerto ainda é pouco para aplacar a irritação dos políticos, a julgar pela pilha de reclamações que deixaram com Lula sobre a "indiferença" de Dilma e a "arrogância" de Palocci. Guiada pelo antecessor, ela tem o telefone e a caneta para ir ajeitando as coisas. Mas ele continua tendo de fazer o que até agora evitou: dar satisfações dos seus negócios. Do contrário, também será ultrapassado.

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(*) Juca Chaves. Presidente Bossa Nova. Juca Chaves

Composição : Juca Chaves

''Bossa nova mesmo é ser presidente
Desta terra descoberta por Cabral
Para tanto basta ser tão simplesmente
Simpático, risonho, original (...)''

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CAMPINAS/PT [In:] LEU, APRENDEU E FEZ A LIÇÃO DE CASA

Campinas: vice, do PT, é preso no aeroporto

Vice-prefeito de Campinas preso por corrupção


Autor(es): agência o globo: Maurício Simionato*
e Tatiana Farah
O Globo - 27/05/2011

Demétrio Vilagra é suspeito de desvio de verbas de obras públicas e investigado sob acusação de ter pedido propina


CAMPINAS e SÃO PAULO. Suspeito de corrupção, o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), foi preso ontem à noite ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo de Madri. Vilagra estava em férias na Espanha quando teve o mandado de prisão expedido pela Justiça de Campinas, em meio à investigação de fraudes em licitações públicas que passariam de R$615 milhões. Ele é um dos suspeitos de comandar desvios de verbas de obras públicas em Campinas e investigado pelo Ministério Público Estadual sob suspeita de ter pedido propina a empresários para "o pagamento de dívidas de campanha".

Vilagra foi preso por volta das 19h pela Polícia Federal, na área internacional do aeroporto. Sem passar pela saída convencional, onde era esperado por jornalistas, amigos e parentes, o vice-prefeito foi conduzido à sala da PF e, uma hora depois, levado para Campinas em um carro da Polícia Civil, escoltado por um camburão da Corregedoria de polícia de Campinas. Ele teria negociado com a polícia se apresentar e por isso não foi algemado. Sua chegada ao país foi informada tanto pela assessoria da prefeitura quanto por seu advogado no caso, o criminalista Ralph Tórtima Stettinger, cujo pedido de suspensão da prisão de Vilagra foi negado pela Justiça.

O corregedor da Polícia Civil em Campinas, Roveraldo Battaglini, acompanhou toda a prisão. Vilagra não quis dar declarações ao ser preso.

Por meio de seu site pessoal e do Twitter, o vice-prefeito disse que anteciparia o retorno ao Brasil em razão das denúncias de que era um dos comandantes das fraudes. Ele também informou que vai deixar a presidência da Ceasa, companhia de abastecimento de Campinas. O vice-prefeito é apontado pelo MP como integrante da suposta organização que fraudava contratos públicos na cidade. Tórtima nega o envolvimento dele.

Os empresários Alfredo Ferreira Antunes e Augusto Ribeiro Antunes (pai e filho), proprietários da Global Serviços, disseram ao MP de Campinas na última terça-feira que Vilagra alegou pagamento de dívidas de campanha ao pedir a eles propina num churrasco da sede da empresa, em Campinas. Este é o primeiro depoimento que liga o desvio de verbas públicas investigado com contas eleitorais.

Os empresários afirmaram ter dado R$20 mil em dinheiro ao vice-prefeito, mas disseram não se lembrar da data da entrega do dinheiro.

A investigação sobre o suposto esquema de fraude em licitações no alto escalão da prefeitura de Campinas começou a fechar o cerco a pessoas ligadas ao PT. Ontem o Ministério Público Estadual colheu depoimento do empresário Ítalo Hamilton Barioni, próximo do ex-ministro José Dirceu, que esteve no fim de semana na cidade para reuniões com líderes do partido.

Hoje os promotores vão ouvir José Carlos Bumlai, empresário e amigo do ex-presidente Lula. Ele é suspeito de intermediar pagamentos das empresas envolvidas com os agentes públicos. A primeira-dama, Rosely Nassim Jorge Santos, é apontada no relatório como chefe do grupo.

Numa das interceptações telefônicas registradas com autorização judicial pela investigação, Luiz Augusto Castrillon de Aquino, ex-presidente da empresa pública de saneamento de Campinas (Sanasa), foco das fraudes, diz a seu advogado que se encontrou com Barioni e que este estaria colhendo informações, a pedido de Bumlai, para negociar delação premiada com o MP.

Aquino relata que o objetivo de Bumlai era proteger Lula. Na campanha eleitoral de 2002, Lula passou quatro dias na fazenda de Bumlai nas proximidades de Campo Grande (MS) para gravar programas de TV.

Diz o relatório do Ministério Público: "De acordo com diálogo telefônico, Luiz Aquino foi procurado por um amigo pessoal identificado como Ítalo Barioni, que passou a fazer uma série de indagações sobre a confiança que Aquino teria nos promotores e explicou que "o cara que é o principal disso tudo" o teria contatado "com a intenção de fazer algo parecido" claramente se referindo à delação premiada realizada por Aquino".

O ex-dirigente da Sanasa está entre os envolvidos no esquema e deu três depoimentos ao Ministério Público por meio de delação premiada. Na semana passada, 11 pessoas, entre empresários e funcionários da prefeitura, foram presos. Só dois continuavam presos até ontem à noite. Na segunda-feira, o prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT), negou o envolvimento dele e de sua mulher nas fraudes. Bumlai e Barioni não foram localizados ontem.

CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] URNAS FROUXAS E TROUXAS

CÂMARA AFROUXA REGRAS PARA EVITAR FUTURAS CASSAÇÕES

CÂMARA MUDA LIMITE DA ÉTICA




Autor(es): » Izabelle Torres
Correio Braziliense - 27/05/2011

Os deputados aprovaram um projeto para regulamentar o Conselho de Ética da Casa e abriram a possibilidade de punições brandas para os parlamentares flagrados em atos ilícitos e processados por quebra de decoro. A partir de agora, eles podem receber censura ou ter o mandato suspenso por seis meses. O novo texto deixou de fora propostas para impor regras mais rígidas de conduta. Flagrada em vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator de um esquema de corrupção em Brasília, Jaqueline Roriz (PMN-DF) será julgada em 8 de junho pelo Conselho e o caso dela se encaixa em artigos que preveem pena de suspensão. No entanto, o presidente da comissão, José Carlos Araújo (PDT-BA), afirma que as novas normas não vão alterar os rumos do processo de Jaqueline.

Novas diretrizes para avaliar a conduta dos deputados deixam de lado boa parte dos projetos que pretendiam impor regras rígidas aos políticos

A Câmara dos Deputados aprovou ontem novas regras para o funcionamento do Conselho de Ética da Casa. Sem resistências e com o quase absoluto dos parlamentares presentes ao plenário, o novo texto ignorou mais da metade dos projetos de resolução que tramitavam conjuntamente e pretendiam impor regras mais rígidas à conduta dos políticos.

Foi excluída do projeto, por exemplo, a proposta que considerava quebra de decoro a não comprovação de evolução patrimonial compatível com o cargo público ocupado e a que estabelecia limites entre a atuação de um parlamentar e o interesse dos financiadores de sua campanha.

Também não foi aprovado o projeto que incluía como ato incompatível com o decoro parlamentar aceitar vantagens como viajar em avião privado pago por amigo ou empresa, ou aceitar presentes e festas financiados por empresários interessados em contratos com o serviço público.

Mesmo sem incluir propostas polêmicas no texto, as mudanças desagradaram alguns parlamentares, já que os casos de denúncias contra eles ganharam novas possibilidades de desfecho. Antes restritas à cassação ou à impunidade, as penas impostas a deputados podem agora ser de censura ou suspensão do mandato por seis meses.

As mudanças foram aprovadas às pressas ontem, a pedido do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PDT-BA). A ideia era implementar o novo texto a tempo do julgamento do caso da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). O colegiado não está disposto a votar pela perda do mandato da parlamentar tampouco pretende encarar o desgaste com a opinião pública, fazendo de conta que o vídeo em que a filha de Joaquim Roriz aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa não existiu.

Na prática, a manobra de aprovar as novas regras pretendeu evitar a absolvição da deputada, já que os integrantes do conselho tinham dado sinais de que não pretendiam cassar Jaqueline. Com o novo código, ela pode ter o mandato suspenso por seis meses, o que inclui a proibição de falar em plenário, de apresentar projetos e de participar de comissões. O salário e as nomeações, no entanto, seguiriam valendo.

Preconceito
De acordo com o presidente do conselho, as mudanças vão interferir também no caso de Jair Bolsonaro (PP-RJ), alvo de representações por ter feito declarações consideradas preconceituosas. Para dar uma resposta aos segmentos que se sentiram ofendidos pelo parlamentar, os integrantes do colegiado devem divulgar um ato de censura contra Bolsonaro. “Ninguém vai dizer que esse é caso para cassação de mandato. Mas podemos entender que é caso para uma censura pública”, disse.

O texto aprovado em forma de substitutivo do corregedor Eduardo da Fonte (PP-PE) também aumenta o número de integrantes do conselho de 15 para 21, permite que os recursos contra decisões sejam apresentados em 10 dias úteis e não mais em cinco sessões, além de permitir que as punições impostas incluam censuras públicas ou escritas.

As novas regras também aumentam as possibilidades de enquadramento na quebra de decoro, acrescentando entre os atos incompatíveis com a conduta parlamentar “a prática de irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes, que afetem a dignidade da representação popular”. Apesar da redação genérica do artigo, é com base nele que diferentes casos não listados expressamente no código serão levados ao conselho.

GOVERNO DILMA/PALOCCI [In:] Governo QUEM ?

ORIENTADA POR LULA, DILMA REAPARECE E DEFENDE PALOCCI


APÓS ALERTA DE LULA, DILMA ROMPE SILÊNCIO E PALOCCI DIZ QUE TER DINHEIRO NÃO É CRIME


Autor(es): Tânia Monteiro e Vera Rosa
O Estado de S. Paulo - 27/05/2011

Dois dias após a intervenção de Lula para contornar o escândalo envolvendo Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff, orientada pelo ex-presidente, rompeu o silêncio e saiu em defesa de seu ministro da Casa Civil. “Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações aos órgãos de controle. Espero que a questão não seja politizada", disse Dilma. Para ela, a oposição quer um “terceiro turno". A senadores do PT, Palocci admitiu que ganhou bastante dinheiro, mas negou qualquer crime.

Presidente reaparece à cena política no Planalto, senta-se ao lado de ministro acusado de multiplicar patrimônio e enfrenta repórteres para defendê-lo; em seguida, em almoço com petistas, chefe da Casa Civil justifica rendimentos em consultoria


Dois dias depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter desembarcado em Brasília para pôr um freio de arrumação no governo e espantar a crise política, a presidente Dilma Rousseff deixou o gabinete, rompeu o silêncio de quase duas semanas e saiu em defesa do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em almoço com petistas, do qual o ministro também participou, Dilma disse que a oposição quer um terceiro turno. Palocci, também alertado por Lula, explicou os rendimentos aos correligionários e disse que "não é crime ganhar bem".

No Palácio do Planalto, Dilma seguiu à risca a estratégia traçada por seu antecessor. "Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle, inclusive para o Ministério Público. Espero que esta questão não seja politizada", disse ela, em entrevista espontânea aos jornalistas, um procedimento que costuma evitar.

Uma hora depois, em almoço com 15 senadores da bancada do PT, no Palácio da Alvorada, a presidente foi mais enfática. "A oposição está querendo o terceiro turno e nós precisamos tomar cuidado", afirmou ela, de acordo com relato de petistas, numa referência à derrota do PSDB na eleição do ano passado.

Aos senadores do PT, que na terça-feira tiveram encontro com Lula, Palocci deu esclarecimentos sobre sua evolução patrimonial, disse que nunca feriu a ética e sentenciou: "Não é crime ganhar bem".

Exposição. Sempre orientada por Lula, Dilma convocou uma cerimônia pública no Planalto para reaparecer na cena política. Na solenidade, ela fez questão de sentar-se ao lado de Palocci, acusado de multiplicar o patrimônio em 20 vezes, em apenas quatro anos, de 2006 e 2010. Depois da solenidade, a presidente foi ao encontro dos repórteres, enquanto Palocci saía discretamente do Salão Nobre.

Em tom veemente, ela considerou "lamentável" denúncia apresentada no dia anterior por tucanos, dando conta de que Palocci teria feito tráfico de influência junto à Receita Federal para antecipar a devolução de impostos da construtora WTorre. A empresa foi cliente da Projeto Consultoria, de propriedade de Palocci, até o ano passado.

Pela denúncia apresentada pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), a WTorre fez doação para a campanha de Dilma logo após receber o crédito da Receita Federal. A acusação, porém, foi rebatida pelo Fisco, já que o pagamento à WTorre ocorreu após decisão judicial.

Para Dilma, a questão foi "politizada" por seus adversários como forma de atacar o governo. "A Justiça determinou à Fazenda o pagamento da restituição devida à empresa. Não se trata, de maneira alguma, de nenhuma manipulação. Lamento que um caso desse tipo esteja sendo politizado", insistiu Dilma.

Com a base. Da cerimônia municipalista no Planalto, em que foram assinados termos de compromisso para construção de quadras esportivas escolares, a presidente seguiu para o Palácio da Alvorada, onde se reuniu com a bancada do PT no Senado. Petistas e outros partidos da base têm reclamado nos bastidores da ausência de interlocução com a presidente. A portas fechadas, ela fez ali mais uma defesa de Palocci e afagou os petistas, depois de ter passado por uma espécie de "Lula training".

O ministro da Casa Civil pediu os 15 minutos finais do almoço para antecipar aos senadores do PT as linhas gerais das explicações que enviará à Procuradoria-Geral da República sobre o crescimento vertiginoso de seu patrimônio. Disse que, ao deixar o Ministério da Fazenda, em 2006, no rastro do escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, cumpriu a quarentena. Depois, passou a dar consultoria, mas garantiu não ter feito serviço para empresas públicas, para evitar conflitos políticos.

Palocci não revelou os nomes das empresas para as quais prestou consultoria quando era deputado federal, sob o argumento de que há cláusula de confidencialidade nos contratos. Admitiu ter ganho dinheiro, como outros ex-ministros. Foi aí que ponderou não ver crime nisso.

Durante o almoço, Dilma pediu apoio aos petistas para reverter, no Senado, pontos do Código Florestal aprovado na Câmara, como a chamada anistia para desmatamentos feitos por produtores até 2008.

O senador Wellington Dias (PT-PI) pediu à presidente que acelerasse a montagem do segundo escalão. "Quem estiver pensando que vou fazer negociação por conta do Código está muito enganado. Não vou fazer isso, não vou", afirmou, exaltada. Depois da bronca, Dilma só foi interrompida, após quase três horas de conversa com petistas, por um choro de criança. Era seu neto, Gabriel, de oito meses. "Agora me desconcentrei", disse ela.

GOVERNO DILMA/MEC [In:] UM ''KIT'' COM CARA DE ''KILT''

Comissão avaliará o novo kit para o MEC

Kit contra a homofobia só com o aval do Planalto


Autor(es): » Leandro Kleber
Correio Braziliense - 27/05/2011

Vetada por Dilma Rousseff, a cartilha antihomofóbica será reformulada. Segundo o ministro Fernando Haddad, um colegiado na Presidência da República dará a palavra final sobre temas como comportamento. Ele não descarta que os vídeos, considerados inadequados por Dilma, sejam totalmente refeitos.

Material de combate ao preconceito terá que ser aprovado pela Secretaria de Comunicação da Presidência antes de chegar às escolas. O ministro Fernando Haddad não descarta a possibilidade de a produção ser "integralmente" refeita

Em meio à tempestade de críticas em torno do material anti-homofóbico que seria destinado no próximo semestre a 6 mil escolas públicas onde foram registrados casos de preconceito, o ministro da Educação, Fernando Haddad, veio a público se explicar. Depois da determinação da presidente Dilma Rousseff de suspender a produção e a distribuição do material, anunciada na terça, o governo decidiu criar uma comissão especial na Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). O colegiado será responsável por dar a palavra final sobre temas relacionados a comportamento. Atualmente, no âmbito do MEC, cabe à Comissão de Publicação definir o que será publicado ou não. Haddad afirmou que todos os vídeos do programa Brasil sem Homofobia poderão ser “integralmente” refeitos, sem custos adicionais. Porém, uma das coordenadoras do projeto, Maria Helena Franco, da ONG Ecos Comunicação e Sexualidade, lembra que isso poderá demandar mais recursos.

Haddad negou que as bancadas religiosas do Congresso tenham usado o caso como moeda de troca política com o Planalto, apesar das ameaças públicas feitas pelos líderes religiosos de obstruir a pauta no Congresso e de criar CPIs para investigar atos do governo. “A presidente Dilma entendeu que o material não foi desenhado para promover aquilo que ele pretende: combater a homofobia, a violência, a humilhação na escola e até a violência física”, disse.

Apesar de ter vetado a distribuição do material, Dilma afirmou que o governo continua a defender a educação e a luta contra práticas homofóbicas, mas que nenhum ministério vai fazer “propaganda de opções sexuais”. “Vi um pedaço na televisão, passado por vocês (imprensa), e não concordo (…) De nenhuma forma podemos interferir na vida privada das pessoas. Agora, o governo pode, sim, fazer uma educação de que é necessário respeitar as diferenças. Você não pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você”, argumentou a presidente.

Na avaliação de Maria Helena Franco, o governo vetou o material pela pressão exercida pelas bancadas religiosas, e não pelo conteúdo apresentado. Ela argumenta que o kit já tinha sido aprovado em diversas instâncias do Ministério da Educação (MEC) e que não há cenas de sexo nos vídeos. Dilma teria recebido o kit, de acordo com Haddad, da bancada dos religiosos e do próprio MEC. Maria Helena Franco acredita, no entanto, que a presidente tenha visto um trecho “para lá de tendencioso” exibido em um canal de televisão comandado por evangélicos. Por isso, critica a postura da presidente. “É lamentável que a presidente tenha tomado essa decisão com base em uma parte de vídeo fora de contexto, sobre um material que é elaborado há três anos e que é muito mais complexo”, desabafou a produtora.

Confusão

O ministro da Educação, bombardeado pelas bancadas religiosas, afirmou que a discussão sobre o assunto deixou de ser técnica e tornou-se política. “Dessa forma, há dificuldades para organizar racionalmente o assunto. Eu cheguei a ver um material voltado para um público totalmente específico, profissionais do sexo, na mão de um deputado que dizia que o MEC ia distribuir aquilo para crianças de seis anos. Num contexto desse, em que as pessoas deixaram de lado a racionalidade e passaram a colocar a política no pior sentido do termo em primeiro lugar, é muito difícil fazer uma avaliação técnica”, afirmou Haddad.

Em meio a esse cenário, ele apoia a decisão da presidente Dilma de suspender a produção e distribuição do material e considera válida a criação, no âmbito da Secom, de uma comissão responsável por dar a palavra final sobre o assunto. Ele também acredita que o material, da maneira como está, não alcança o objetivo de combater a homofobia, mesmo que já tenha sido aprovado em algumas instâncias no MEC.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

27 de maio de 2011

O Globo


Manchete: Aumento patrimonial - Dilma e Palocci atendem Lula e dão explicações

Após 11 dias, presidente fala sobre caso em público; ministro, só a portas fechadas

Após o ex-presidente Lula cobrar reação mais forte da presidente Dilma Rousseff e do ministro Antonio Palocci, os dois falaram pela primeira vez ontem, 11 dias depois, a respeito das suspeitas que recaem sobre o aumento do patrimônio do hoje chefe da Casa Civil. Dilma abordou a crise num evento público, mas Palocci, apenas numa reunião fechada com senadores do PT. Dilma usou o mesmo argumento de Lula para defender Palocci, com a concordância do ministro: chamou as denúncias de "luta política" e disse que "a oposição tenta o terceiro turno" das eleições. Os dois disseram que Palocci dará todas as explicações aos órgãos de controle. (Págs. 1, 3 e 4 e editorial "Não ser tutelado nem refém de clientela")


Dilma: desmatamento não pode ser anistiado

A presidente Dilma Rousseff disse que o governo negociará no Senado mudanças no Código Florestal para retirar a anistia aos desmatadores. Admitiu que, se a anistia for mantida, pode vetar a emenda e questioná-la na Justiça. (Págs. 1 e 15)

Destruição da Mata Atlântica cai 55% (Págs. 1 e 34)


Kit anti-homofobia era já a partir de 11 anos

Motivo de polêmica no Congresso, o kit "Escola sem homofobia" não se destinava só ao ensino médio, como informava o MEC, mas também a alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental - a partir de 11 anos, portanto. Entidades gays criticaram a decisão da presidente Dilma de suspender a distribuição do kit e disseram que o MEC aprovou o material. Dilma disse que o governo não fará propaganda de opção sexual. (Págs. 1 e 9 a 11)

Campinas: vice, do PT, é preso no aeroporto

Suspeito de corrupção, o vice-prefeito de Campinas (SP), Demetrio Vilagra, do PT, foi preso ontem ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, vindo de Madri. Ele é acusado de comandar um esquema de fraudes em licitações que já teria desviado R$ 615 milhões dos cofres públicos e envolveria mais de dez pessoas. Vilagra teria pedido propina a empresários para pagar dívidas de campanha. (Págs. 1 e 4)

Extrativista é enterrado sem o governo e o PT

Sem a presença de ministros ou representantes nacionais de partidos, nem mesmo do PT, foram enterrados ontem os corpos dos dois extrativistas assassinados no Pará. Três mil pessoas acompanharam a cerimônia. (Págs. 1 e 14)

Ciclovia no Rio tem preço de rodovia

Cada quilômetro da ciclovia na Zona Oeste inaugurada domingo passado pelo prefeito Eduardo Paes custou mais que o preço médio de uma estrada, segundo a Associação das Empresas de Engenharia do Estado do Rio, ou metade de uma rodovia (segundo o Dnit) ou de uma rua (pela tabela da Emop). Um engenheiro do Crea classificou a obra de R$ 20 milhões, que já apresenta rachaduras, como "um quebra-galho". (Págs. 1 e 17)


Plataforma da Petrobras é interditada

Nove meses após problemas na P-31 e na P-33, auditores do Ministério do Trabalho mandaram interditar ontem a P-65, a mais antiga da Bacia de Campos. Foram constatadas 34 falhas que põem em risco os trabalhadores. (Págs. 1 e 25)


Google critica ditadores do mundo árabe

No G-8, que reúne as maiores economias do mundo, o diretor-executivo da Google, Eric Schmidt, criticou a censura à internet no Irã e na Síria e lembrou que a infraestrutura da web, nesses casos, pertence aos governos. (Págs. 1 e 30)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Ministério Público decide investigar ganhos de Palocci

Procuradoria do DF pede cópia da declaração do IR da empresa para a Receita; ainda é possível abertura de inquérito criminal

O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar se a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci de 2006 a 2010 é compatível com os ganhos da sua empresa, a Projeto.

O chefe da Casa Civil multiplicou seu patrimônio por 20 quando acumulou as funções de deputado e consultor, revelou a Folha. (Págs. 1 e Poder A4 a A8)

Ministro está se explicando, diz Dilma

Mesmo sem fazer defesa enfática do ministro da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff procurou mostrar ontem que seu principal auxiliar no governo conta com sua confiança - e aproveitou para atacar a oposição.

Um dia após Lula alertar sobre falhas na articulação política, a presidente participou de evento público, recebeu senadores do PT e comentou pela primeira vez a situação de Palocci: em uma entrevista improvisada. (Págs. 1 e Poder A8)

Eliane Cantanhêde

Dilma não quer contaminação com crise que é “dele", não do governo. (Págs. 1 e Opinião A2)

Intervenção de Lula na crise foi mal necessário, avaliam aliados (Págs. 1 e Poder A8)

Foto legenda: Palocci e Dilma durante a cerimônia no Palácio do Planalto.

Kit do MEC fazia "propaganda", afirma presidente

Após barrar o kit anti-homofobia, a presidente Dilma Rousseff disse não aceitar que o governo faça "propaganda de opção sexual".

Para representante de grupo gay, o que se deseja é a "propaganda da discriminação sexual". (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Foto legenda: Dor e medo

Familiares, amigos e ativistas do MST acompanham o funeral de José Cláudio Ribeiro da Silva e da mulher dele, em Marabá (PA); parentes do líder extrativista assassinado disseram que se sentem ameaçados. (Págs. 1 e Poder A10)

Ex-líder militar do conflito na Bósnia é preso após 16 anos

O ex-líder militar Ratko Mladic foi preso depois de 16 anos foragido. Ele responde a 15 acusações em tribunal ligado a ONU; entre elas, o massacre de Srebrenica, em que mais de 8.000 homens e meninos muçulmanos morreram em 1995.

Detido na Sérvia. Mladic deverá ser extraditado para a Holanda. (Págs. 1 e Mundo A12 e A13)

Empresa promete fazer Itaquerão por R$ 600 mi

A construtora Serpal, uma das convidadas pelo Corinthians para refazer o orçamento do Itaquerão, promete erguer o estádio por R$ 600 milhões. O último preço da Odebrecht foi R$ 1.064 bilhão. (Págs. 1 e Esporte D5)

Rodolfo Landim

Brasil tem muito a fazer em educação, que é o maior ativo de qualquer país. (Págs. 1 e Mercado B11)

Barbara gancia

Querem gravar o rótulo de 'nazi' na testa de Danilo Gentili. (Págs. 1 e Cotidiano C2)

Editoriais

Leia "Ricos vs. emergentes", sobre a sucessão no comando do FMI, e
"A caixa-preta do BNDES", acerca dos negócios do banco com grupos empresariais. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Orientada por Lula, Dilma reaparece e defende Palocci

Presidente critica 'politização' do caso; ministro admite a petistas que ganhou dinheiro, mas de modo legal

Dois dias após a intervenção de Lula para contornar o escândalo envolvendo Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff, orientada pelo ex-presidente, rompeu o silêncio e saiu em defesa de seu ministro da Casa Civil. “Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações aos órgãos de controle. Espero que a questão não seja politizada", disse Dilma. Para ela, a oposição quer um “terceiro turno". A senadores do PT, Palocci admitiu que ganhou bastante dinheiro, mas negou qualquer crime. (Págs. 1 e Nacional A4)


Bastidores
Dora Kramer
Um entrevero entre Palocci e Temer sobre o apoio do PMDB superou o limite do habitual. (Págs. 1 e Nacional A8)


'Menos que um automóvel'
Walter Torre Jr., dona da construtora WTorre, diz ao Estado que pagou valor ‘irrisório' pelas consultorias de Antônio Palocci. (Págs. 1 e Nacional A4)

Governo não interfere em opção sexual, diz presidente

Após ceder à pressão da bancada católica e evangélica e suspender o kit anti-homofobia do Ministério da Educação, a presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo não vai fazer "propaganda de opções sexuais" nem “interferir na vida privada das pessoas". O kit, que gerou polêmica entre especialistas, foi usado como moeda de troca para evitar a investigação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil). (Págs. 1 e Vida A18)


Fernando Haddad
Ministro da Educação
"Há muita dificuldade de organizar um debate racional sobre o assunto". (Pág. 1)

União garante superávit forte e gastará mais

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, anunciou ontem que o governo vai afrouxar os gastos, depois de atingir um superávit primário de R$ 41,4 bilhões até abril, metade da previsão para o ano. O forte aumento da receita garantiu o resultado. (Págs. 1 e Economia B1)

Ibama barra duplicação da Régis Bittencourt (Págs. 1 e Cidades C1)


Motos terão de reduzir emissão de poluentes (Págs. 1 e Cidades C3)


Fernando Gabeira

Palocci e o jogo do futuro

A solução para a crise do caso Palocci e o escândalo das fraudes em saneamento em Campinas terá papel decisivo no futuro político do País. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Timothy Garton Ash

Um mundo do G-20

Se o G-8 não existisse hoje, ninguém sonharia em inventá-lo. O G-20 é um agrupamento muito mais apropriado para o século 21. (Págs. 1 e Visão Global A17)

Notas & Informações

A presidente 'ultrapassada'

Com a entrada de Lula em cena, Dilma Rousseff foi “ultrapassada", como se diz na caserna. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico


Manchete: Ricos ampliam pressão para assegurar o controle do FMI

A reação do presidente da França, Nicolas Sarkozy, ontem, mostra o nível de tensão a que chegou a relação entre os países ricos e os emergentes para a indicação do novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). A Europa já fez muitas concessões aos emergentes, disse Sarkozy, para justificar a provável eleição de mais um europeu para dirigir o organismo. E acrescentou que a França já "trava um combate" para o Brasil fazer parte do Conselho de Segurança da ONU. Sarkozy fez as declarações após oito horas de reuniões com os outros líderes do G-8, o grupo dos países ricos, em Deauville, uma estação balneária a cerca de 200 km de Paris.

Na atual divisão de poderes, os ricos têm larga margem de votos - europeus e americanos contam com 50% - para eleger sem problemas sua principal candidata, a ministra da Economia da França, Christine Lagarde. Ontem, em entrevista ao "Financial Times", ela prometeu que os países em desenvolvimento serão razoavelmente representados no alto escalão do Fundo. E anunciou que fará uma turnê pelas capitais de mercados emergentes para persuadi-los de que um europeu deveria mais uma vez ocupar o posto mais alto no mundo financeiro mundial - ela chegará a Brasília na segunda-feira. Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China assinaram uma declaração conjunta pedindo o fim da "convenção não escrita e obsoleta", em vigor desde 1947, segundo a qual o diretor-gerente do FMI deve ser um europeu.(Págs. 1, A9 e A10)

Cana ganha importância para Bunge

O grupo americano Bunge vai investir US$ 350 milhões neste ano em seu negócio de cana-de-açúcar, sendo que a maior parcela será destinada ao aumento da área plantada. É o maior volume de recursos entre todos os negócios da multinacional no Brasil, segundo Pedro Parente, presidente da companhia no país.

Em três anos, a área em fase de plantio deverá representar grandes volumes de matéria-prima para processamento nas usinas. Na safra encerrada em 31 de março, as sete usinas brasileiras do grupo processaram 13,4 milhões de toneladas, 7,6 milhões de toneladas abaixo de sua capacidade. Em dois meses, começa a operar a oitava unidade sucroalcooleira, em Pedro Afonso, no Tocantins. (Págs. 1 e B12)

Cheques compensados por imagem

Em vigor desde o dia 20, a compensação de cheques por meio da digitalização da imagem movimenta investimentos dos bancos e as estratégias de fornecedores de tecnologias. Sob o novo modelo, a imagem dos cheques é capturada por um scanner e enviada com os dados do documento por meio de um arquivo eletrônico. Não há mais necessidade de transporte do cheque físico, que fica retido na agência até que seja liquidado na compensação digital.

Para Walter Tadeu de Faria, diretor-adjunto de serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a compensação digital é o embrião de um processo mais abrangente. "A partir desse modelo, os bancos poderão eliminar o trânsito de papel e migrar toda a sua documentação para o ambiente digital".(Págs. 1 e B3)

Curso superior não garante renda maior

O rendimento médio real dos trabalhadores com curso superior cresceu apenas 0,3% entre 2003 e o ano passado, segundo dados do IBGE na pesquisa realizada nas seis principais regiões metropolitanas do país. No mesmo período, o rendimento médio da população ocupada em geral avançou 19%. A estagnação da renda de trabalhadores com nível superior foi puxada por São Paulo, onde o rendimento caiu 6,6%.

Para especialistas consultados pelo Valor, a expansão do ensino superior e o consequente retardamento da entrada de jovens no mercado de trabalho aumentaram a oferta de mão de obra qualificada e puxaram o salário desses profissionais para baixo, já que a remuneração do primeiro emprego tende a ser baixa. "O Brasil está de cabeça para baixo em relação ao resto do mundo", diz Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV. "Enquanto todos lá fora que têm educação estão tendo ganho de renda maior, aqui acontece o oposto". (Págs. 1 e A3)

Cresce busca por trainees mais ecléticos

A escassez generalizada de mão de obra qualificada no país está levando muitas companhias a rever suas prioridades e reduzir as exigências em relação à formação acadêmica dos candidatos. Tornou-se mais comum programas para trainees aceitarem jovens com formação em outros cursos além dos tradicionais, de administração, economia e engenharia.

A gerente-geral de recursos humanos da Whirlpool Latin America, Úrsula Angeli, acredita que não restringir a formação dos trainees tem um impacto positivo na inovação. "A estratégia é evitar a procura por competências muito específicas, pois isso cria pensamentos limitados", afirma. A empresa aceita inscrições de formados em qualquer curso que esteja ligado ao seu negócio, inclusive gastronomia e arquitetura. Denise Asnis, gerente da Natura, acredita que é mais fácil formar aspectos técnicos do que valores. Dar um curso de informática, por exemplo, é mais simples e barato do que tentar inocular uma cultura. (Págs. 1 e D12)

HRT compra 45% da Petra em 21 blocos

A HRT decidiu exercer seu direito de compra da participação de 45% de sua sócia Petra em 21 blocos exploratórios que dividem na Amazônia por R$ 1,28 bilhão. A quantia equivale a US$ 796 milhões pelo câmbio de ontem. A decisão da HRT foi tomada após a Petra, controlada pelo empresário Roberto Viana, recusar oferta de US$ 1,050 bilhão da TNK-BP, joint-venture entre a russa TNK (Alfa Group e Access Renova) e a inglesa BP. O Valor apurou que a Petra entende que sua participação vale mais do que isso, podendo chegar a US$ 3 bilhões. (págs. 1 e B8)

Especialista afirma que novo Código é "pior que o de 1934"

A aprovação do Novo Código Florestal pela Câmara foi uma vitória dos ruralistas sobre os ambientalistas. Mas o tamanho da conquista de um sobre o outro ainda está em disputa. Para o advogado Raul Silva Telles do Valle, especialista na área e ligado às lideranças verdes, a emenda 164 - proposta pelo PMDB e aprovada na noite de terça para quarta-feira pelo placar de 273 a 182 votos - vai modificar a legislação de tal forma que as florestas estarão menos protegidas do que em 1934, quando foi aprovado o primeiro Código Florestal brasileiro.

Segundo Telles, o texto final é muito pior do que aquele que havia sido acordado com o governo. "É uma lei cheia de regras ambíguas. O texto diz uma coisa, mas nas entrelinhas diz outra". (págs. 1 e A14)

Maquiagem carregada

As vendas do varejo de produtos de beleza e cuidados pessoais somaram US$ 37,4 bilhões no Brasil no ano passado, com crescimento de 30%. O país é o terceiro maior mercado do setor, atrás de EUA e Japão. (Págs. 1 e B1)

Heineken e Diageo miram Schin

A holandesa Heineken e a britânica Diageo poderiam se unir em uma joint venture para adquirir a Schincariol. Segundo o Valor apurou, um dos entraves para o negócio seriam dúvidas em relação às dívidas da cervejaria brasileira. (Págs. 1 e B6)

Novo Nordisk lança 'blockbuster'

A Novo Nordisk lança no Brasil o Victoza, para controle do diabetes tipo 2. A multinacional aposta no produto como seu novo campeão de vendas e projeta receitas mundiais de US$ 1 bilhão até o fim do ano. (Págs. 1 e B7)

Petrobras assume Suape II

A Petrobras assumiu o controle da térmica Suape II, que tinha o grupo Bertin como maior acionista. A estatal, que era minoritária, exerceu direito contratual para garantir o término da obra no prazo previsto. (Págs. 1 e B8)

Calçada 'resgata' Palace II

A construtora Calçada vai erguer um novo prédio de apartamentos no terreno que abrigava o Palace II, na Barra da Tijuca, palco de um dos maiores desastres ocorridos no Rio, quando o edifício desmoronou em 1998. (Págs. 1 e B8)

Verba recorde para a nova safra

Os recursos do Plano de Safra 2011/12 que será anunciado pelo Ministério da Agricultura até meados de junho terão um aumento de 7% em relação a atual temporada, para o recorde de R$ 107 bilhões. Cana e pecuária terão atenção especial. (Págs. 1 e B12)


Negócios sustentáveis

Entulho da demolição do antigo estádio da Fonte Nova, em Salvador, é reaproveitado nas fundações da nova arena, em obras viárias na capital baiana e até como suvenir para turistas e aficionados, com renda destinada a obras assistenciais. (Págs. 1 e Caderno especial)

Valor Financeiro/Seguros

Em meio a mudanças regulatórias, mercado segurador brasileiro deve ultrapassar R$ 200 bilhões em faturamento neste ano, com taxa de crescimento duas vezes superior a do PIB. Entre os desafios do setor estão a conquista da nova classe média e a busca por mão de obra qualificada. (Págs. 1 e Valor Financeiro)

Ideias

Claudia Safatle

Na visão do mercado, ou Palocci prova que nada fez de errado e permanece no cargo ou sua presença perde sentido. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Zaki Laidi

Os Brics não constituem um grupo político coerente no cenário mundial e, a cada dia mais, o Brasil perceberá isso. (Págs. 1 e A11)

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