PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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terça-feira, novembro 16, 2010

XÔ! EXTRESSE [In] CAI O REI DE OURO

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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INDÚSTRIA BRASILEIRA [In:] OCIOSIDADE OU SUCATEAMENTO TECNOLÓGICO ?

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DOCUMENTO OFICIAL ALERTA PARA DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Desindustrialização preocupa o Ministério do Desenvolvimento


Valor Econômico - 16/11/2010

O país vive um processo de desindustrialização? O Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio tomou partido nesse debate em documento no qual afirma que o processo existe, é preocupante e ameaça as contas externas. O trabalho, que circula reservadamente na equipe econômica e foi obtido pelo Valor, sugere que o governo deveria criar uma "diretriz" para elevar o saldo comercial, hoje em torno de 9% das exportações, para um nível mínimo de 14%.

No primeiro semestre, o superávit comercial foi de US$ 7,9 bilhões. Para eliminar a necessidade cobrir as contas externas com investimento do exterior, seria necessário saldo de US$ 19,5 bilhões. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o governo deveria estimular exportações, numa clara oposição às intenções do Ministério da Fazenda, que tem proposto controle de exportações.


O país vive um preocupante processo de "desindustrialização negativa" que pode ameaçar as contas externas, alerta documento reservado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) obtido pelo Valor. O documento, que circula na equipe econômica, diz ser um "fator de preocupação e sinal de alerta" a influência da balança comercial no aumento do saldo negativo nas contas externas, que torna o Brasil cada vez mais dependente de investimentos especulativos. Ele sugere ao governo criar uma "diretriz" para elevar o saldo comercial, em torno de 9% das exportações.

O governo, segundo o MDIC, deveria fixar um "nível mínimo" considerado aceitável para a relação entre saldo comercial e exportações, e apoiar exportadores para garantir esse resultado. No primeiro semestre, essa relação superávit/exportações ficou em 8,8%, para um saldo de US$ 7,9 bilhões. Para eliminar a necessidade de cobrir as contas externas com investimentos em carteira (ações e títulos) do exterior, seria necessário que o superávit no período tivesse sido de US$ 19,5 bilhões, desempenho considerado "inexequível" pelo próprio ministério.

O documento propõe que, após fixado o "nível mínimo aceitável" para o saldo comercial (segundo sugere, no primeiro semestre deveria ter sido 14,3%), o governo adotaria medidas para elevar as exportações de forma a reduzir pela metade a necessidade de financiamento para as contas externas.

Numa clara oposição às intenções do Ministério da Fazenda, que tem proposto medidas de controle das importações no debate interno do governo, o MDIC argumenta, no texto, que a busca de um saldo comercial mais alto deve ser feita com iniciativas de estímulo às exportações, com "medidas estruturantes" - como redução de tributos sobre exportadores, simplificação de procedimentos burocráticos e políticas de incentivo à desvalorização do real.

Baseados no desempenho das exportações no primeiro semestre, os técnicos do ministério previam que as exportações teriam de ter crescido US$ 5 bilhões acima do resultado obtido entre janeiro e junho, ou 35% além do desempenho do mesmo período em 2009. No segundo semestre, o surpreendente desempenho das exportações elevou a previsão de exportações, de US$ 180 bilhões para US$ 195 bilhões, o que reduziria o esforço para obter o superávit maior - o número exato teria de ser recalculado pela equipe econômica.

O documento, concluído em julho, mesmo mês em que, coincidentemente, o Banco Central interrompeu a escalada de alta nas taxas de juros, toma partido no debate se há ou não desindustrialização no país argumentando que é evidente a "reprimarização" da pauta de exportações (predomínio de bens primários, como minério de ferro, soja e grãos). A desindustrialização não se caracteriza pela queda na produção física da indústria, que pode até aumentar, argumenta o estudo. "A característica fundamental do processo de desindustrialização é a perda relativa de dinamismo da indústria na geração de renda e emprego na economia", define o texto.

Para o ministério, a "reprimarização" ameaça o país desde 2007 e ficou evidente no primeiro semestre, quando a participação dos produtos manufaturados (máquinas, veículos, eletrodomésticos) no total das exportações foi de 40,5%, abaixo dos 43,4% da participação de produtos básicos - "composição que retrocede ao patamar de 2008", diz o documento.

Enquanto o Brasil exporta cada vez mais commodities (ferro, soja) do que importa, o comércio de produtos manufaturados segue tendência inversa, e passou, de um superávit em favor do país de US$ 4 bilhões em 1992, para um déficit de US$ 9,8 bilhões em 2007 - valor que subiu para US$ 30,5 bilhões só no primeiro semestre de 2010. O ministério prevê um "déficit histórico", até o fim do ano. A indústria de transformação, que chegou a um superávit recorde de US$ 31,9 bilhões em 2005, passou a ter mais importações que exportações a partir de 2008 e registrou um déficit de US$ 13,9 bilhões no primeiro semestre de 2010.

Setores de "baixa-média" tecnologia como os de têxteis, confecções e móveis, que mantiveram superávits comerciais até o começo da década, já têm déficits ou, como no caso de móveis e indústrias diversas, deverão ter saldo negativo até o fim do ano, prevê o MDIC. No caso de couro e calçados, as vendas de couro têm compensado o déficit no subsetor de calçados.

Outro exemplo da "deterioração" é o segmento de veículos automotores e equipamentos de transporte, considerado de média-alta e alta intensidade tecnológica e que passou de um superávit anual de, em média, US$ 9,1 bilhões entre 2004 e 2007 a um déficit de US$ 3,1 bilhões em 2009, que deve se elevar neste ano. O déficit no primeiro semestre já é maior que o alcançado em todo o ano 2000 por setores de intensidade alta e média-alta, que já eram deficitários, como o de máquinas de informática, elétricas e de comunicação, equipamentos médico-hospitalares, automáticos e de precisão e químicos e artigos de borracha.

Há uma "tendência estrutural de geração de déficits em importantes segmentos da tecnologia de transformação", nota o documento, que classifica essa tendência de "um sinal de alerta para uma possível vulnerabilidade da atividade econômica nacional e para as contas externas do país". Nos últimos três anos, as exportações aumentam a um ritmo inferior ao do crescimento do país e, na falta de medidas compensatórias, o câmbio influencia diretamente a perda de competitividade das vendas da indústria ao exterior, mostra o estudo. Já as importações aumentam acima do ritmo de crescimento da economia, ameaçando o saldo comercial, e os investimentos diretos já não são suficientes para cobrir as necessidade de financiamento do déficit nas contas externas totais.

É um cenário preocupante, "posto que reflete uma dependência de capitais de curto prazo, sujeitos a volatilidade e nervosismos dos agentes financeiros internacionais", alerta o ministério.

ITÁLIA/PARLAMENTARISMO [In:] ''CAI O REI DE ESPADAS..." *

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15/11/2010 - 22h52

Berlusconi insiste em convocar eleições se não vencer voto de confiança no Parlamento

FOLHA DE SÃO PAULO
DA EFE, EM ROMA

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, apostou nesta segunda-feira na convocação de eleições antecipadas como única opção plausível caso ele não consiga vencer o voto de confiança no Parlamento, informa a imprensa italiana.

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Essa foi a conclusão a que chegaram o chefe do governo italiano e seu aliado Umberto Bossi, líder da Liga Norte, após três horas de reunião na residência do premiê perto de Milão, no mesmo dia em que quatro membros de seu governo apresentaram sua renúncia.

"Il Cavaliere" descartou, assim, a possibilidade de recorrer ao que chamou de "uma crise governada", opção defendida pela Liga Norte em busca de um "Berlusconi bis". Em vez disso, Berlusconi e Bossi apostaram em colocar em xeque o apoio do governo no Parlamento.

"O pacto de ferro entre Berlusconi e Bossi" excluiu a "eventualidade de um Berlusconi bis", disse ao sair da reunião o ministro da Defesa, Ignazio La Russa. Ele acrescentou que se o Executivo não contar com a confiança do Parlamento, "a hipótese é a de reiterar com força o pedido de convocar eleições antecipadas", já que, nesse caso, "os eleitores teriam que voltar a ter a palavra".

No sábado passado (13), Berlusconi anunciou sua intenção de apresentar uma moção de confiança sobre a atuação do Executivo que lidera, primeiro no Senado e, depois, na Câmara dos Deputados, onde sua maioria ficou estreita após a saída de Carlos Fini do partido do governo, o Povo da Liberdade (PDL).

A essa moção de confiança promovida por Berlusconi se soma a moção de censura apresentada contra o Executivo na sexta-feira pelo principal partido da oposição, o Partido Democrata (PD), junto com o também opositor Itália dos Valores (IDV).

Caso Berlusconi não conquiste a confiança em uma das casas, ou se a moção de censura for aprovada, a Constituição italiana prevê que o primeiro-ministro apresente sua demissão ao presidente da República, no caso Giorgio Napolitano.

A partir daí, a responsabilidade passaria ao presidente, que teria que começar consultas com os partidos políticos e decidir entre as opções oferecidas pela Constituição: convocar novas eleições, pedir que se forme um novo governo de transição, ou dissolver somente a Câmara em que Berlusconi perdeu a confiança.

A última opção não é adotada na Itália desde 1963, quando os mandatos da Câmara e do Senado não tinham a mesma duração e a dissolução de uma delas se aplicava como uma medida de ajuste.

RENÚNCIAS

Mais cedo, apresentaram suas cartas de renúncia o ministro para a Política Europeia, Andrea Ronchi, o vice-ministro do Desenvolvimento, Adolfo Urso, e os secretários de Estado para Agricultura, Antonio Buonfiglio, e Ambiente, Roberto Menia, todos integrantes do recém-criado partido Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), do ex-aliado do chefe de Governo, Gianfranco Fini, titular da Câmara dos Deputados.

Fini criou a legenda há alguns dias, com o apoio de seus partidários, que deixaram o PDL no momento em que ele foi expulso do partido, em julho passado.

A decisão dos chamados "finianos" de deixar o gabinete ocorre uma semana após o ultimato lançado pelo parlamentar, que pediu a renúncia de Berlusconi para a formação de uma nova maioria governista.

+ Notícias sobre Berlusconi

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http://www1.folha.uol.com.br/mundo/831071-berlusconi-insiste-em-convocar-eleicoes-se-nao-vencer-voto-de-confianca-no-parlamento.shtml
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(*) CARTOMANTE (Ivan Lins).

''Nos dias de hoje é bom que se proteja
Ofereça a face pra quem quer que seja
Nos dias de hoje esteja tranqüilo
Haja o que houver pense nos seus filhos
Não ande nos bares, esqueça os amigos
Não pare nas praças, não corra perigo
Não fale do medo que temos da vida
Não ponha o dedo na nossa ferida
Nos dias de hoje não lhes dê motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paciência, Deus está contigo
Deus está conosco até o pescoço
Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias
Cai o rei de Espadas
Cai o rei de Ouros
Cai o rei de Paus".
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http://www.letras.com.br/ivan-lins/cartomante
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BANCO DO BRASIL [In:] BANCOS DO BRAZIL

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16/11/2010 - 07h41

Lucro do Banco do Brasil sobe 33% no terceiro tri, para R$ 2,6 bi


Folha

O Banco do Brasil, maior instituição financeira do país, apresentou lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no terceiro trimestre, resultado 32,7% maior do que o apurado no mesmo período do ano passado. O balanço do BB foi comunicado ao mercado nesta terça-feira.

Nos nove primeiros meses deste ano a instituição lucrou R$ 7,7 bilhões, 28,5% acima do mesmo período de 2009.

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O maior lucro reportado no trimestre foi o do Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 3 bilhões, queda de 4,1% em relação ao trimestre anterior, quando registrou lucro de R$ 3,2 bilhões, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira.

Bradesco obteve R$ 2,52 bilhões no terceiro trimestre, enquanto o Santander registrou R$ 1,93 bilhão.

Com o resultado, o BB alcançou R$ 796,8 bilhões em ativos totais ao final de setembro, evolução de 16,2% em relação a setembro de 2009 e de 5,4% sobre o final do trimestre anterior, consolidando-se como o maior banco da América Latina em ativos totais.

CRÉDITO

A carteira de crédito ampliada (que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários) do banco atingiu R$ 365,1 bilhões, subindo 21,1% em 12 meses e 4,4% no trimestre.

De acordo com o balanço da instituição a "expansão da carteira de crédito decorreu do crescimento das concessões à pessoa física. Destaque para operações de financiamento a veículos que registraram crescimento de 11,1% no trimestre".

O crédito às empresas cresceu a carteira evoluiu 20,1% em 12 meses e 3,6% sobre junho de 2010, totalizando R$ 140,5 bilhões em setembro. Destaque para o capital de giro que cresceu 25,4% em 12 meses e 1,3% no trimestre, registrando saldo de R$ 72,6 bilhões.

Já o crédito à pessoa física chegou a R$ 107,4 bilhões ao final do período, crescimento de 25,3% em um ano e de 6,2% no trimestre. Esse montante representa 31,6% da carteira total do BB, ante os 30,0% registrados no mesmo período do ano anterior. Destaque para o crescimento do crédito consignado que atingiu R$ 42,2 bilhões, expansão de 24,2% em 12 meses que garante ao Banco do Brasil 32,0% de participação de mercado.

O crédito imobiliário mantém sua trajetória de crescimento com R$ 2,5 bilhões em setembro, expansão de 90,2% em 12 meses. As operações de financiamento a veículos também registraram desempenho ascendente, totalizando R$ 25,3 bilhões ao final de setembro, crescimento de 31,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 11,1% na comparação com o segundo trimestre deste ano.

O BB registrou inadimplência de 2,7% da carteira de crédito nas operações vencidas com prazo superior a 90 dias. O banco diminui em 9,5% a provisão para créditos de liquidação duvidosa em relação ao mesmo período do ano passado.

+ balanços do setor bancário


BANCO PANAMERICANO [In:] O FANTASMINHA CAMARADA

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16/11/2010 - 03h15

Diretores "compram" empresa fantasma após entrada da Caixa


Ex-diretores do PanAmericano "compraram" empresas consideradas fantasmas entre um e oito dias após a conclusão da venda de 33,54% do banco para a Caixa Econômica Federal, em 1º de dezembro passado, informa a reportagem de José Ernesto Credendio, Andreza Matais e Claudia Rolli publicada na edição desta terça-feira da Folha e disponível na íntegra para assinantes do jornal e do UOL.

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Um dia após a venda, o então diretor jurídico Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno, e uma sócia, Joyce de Paula, adquiriam a Antillas Empreendimentos, registrada na Junta Comercial de São Paulo com capital de R$ 100. Já Elinton Bobrik, diretor de novos negócios, assumiu o controle da Razak Empreendimentos em 9 de dezembro.

Tanto a Antillas quanto a Razak foram criadas para atuar como holding de instituições não financeiras, uma forma de controlar as operações de diversas empresas.

Por meio de uma série de participações cruzadas, fica quase impossível identificar os donos de uma holding.

Essas empresas também facilitam a lavagem de dinheiro por meio de empresas em paraísos fiscais.

OUTRO LADO

A Folha não localizou até o fechamento da edição os ex-diretores do PanAmericano --Bobrik e Carvalho Bruno-- para comentar o caso.

ENTENDA O CASO

O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que colocará R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.

A Polícia Federal informou que instaurou, nesta sexta-feira, inquérito policial para apurar a eventual prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O Ministério Público Federal informou que também vai investigar as transações do banco.

INVESTIGAÇÕES

O Banco Central caiu em cima de pelo menos seis bancos pequenos para averiguar como eles contabilizam as carteiras vendidas a outras instituições, após descobrir fraude no PanAmericano.

O objetivo é detectar uma eventual disseminação de prática contábil fraudulenta nesses bancos na hora de registrar carteiras cedidas.

O "pente fino" se iniciou no último dia 29, antes do feriado de Finados, quando o BC se preparava para falar sobre o assunto.

A fiscalização do BC enviou comunicado a instituições que também adquiriram carteiras de crédito, pedindo explicações detalhadas sobre as operações. O pedido exigiu trabalho dobrado das áreas técnicas para enviar as informações com urgência.

Segundo a Folha apurou, os questionamentos ocorreram quase dois meses após o BC ter detectado as irregularidades no PanAmericano.

Editoria de Arte/Folhapress

+ sobre o PanAmericano

DILMA PRESIDENTE [In:] BOLSA-MÃE

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Equipe de Dilma prepara reajuste do Bolsa-Família acima da inflação


Na avaliação do principal programa social do governo, prevalece a visão de que a simples reposição dos cerca de 9% da inflação acumulada desde o último reajuste é pouco


15 de novembro de 2010 | 20h 30


Marta Salomon - O Estado de S.Paulo

A equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff, avalia a concessão de um reajuste acima da inflação para os benefícios do Bolsa-Família. De acordo com análise feita no governo, a reposição de pouco mais de 9% da inflação acumulada pelo INPC desde o último reajuste não seria suficiente para começar a tirar do papel a promessa de erradicar a pobreza extrema no País, feita durante a campanha ao Planalto.


Dida Sampaiio/AE - 08.111.2010
Dida Sampaiio/AE - 08.111.2010
De acordo com análise, reposição de 9% não é suficiente

Em maio de 2009, quando ocorreu reajuste do Bolsa-Família, o benefício passou a variar de R$ 22 a R$ 200, dependendo do grau de pobreza e da quantidade de filhos da família. Neste ano, o valor ficou congelado, por causa da eleição. O projeto de lei do Orçamento da União enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tampouco prevê reajuste. A decisão ficará para a presidente eleita. Os gastos anuais do programa estão estimados em R$ 13,4 bilhões.

Hoje, o País tem 8,9 milhões de miseráveis, depois da queda de 12% para 4,8% do porcentual da pobreza extrema observada entre 2003 e 2008. Esses são dados usados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa-Família. O número de pobres varia porque não existe uma linha de pobreza única no Brasil.



Nordeste. Grande parte dos extremamente pobres já integra o Bolsa-Família. Eles correspondem a 85% da clientela do programa. Mas o benefício pago não é suficiente para fazer com que todas essas famílias superem a condição de pobreza mais aguda, com renda mensal de até R$ 70 por pessoa da família.

Levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social mostra que a renda per capita média dos beneficiários do programa atingiu R$ 65,29 no Nordeste, depois do pagamento. O Nordeste concentra mais da metade dos beneficiários do programa de transferência de renda do governo (50,5%), que hoje atende a 12,7 milhões de famílias no País.

No Norte, a renda média dos beneficiários do programa também não alcança R$ 70, valor que serve de fronteira para os extremamente pobres, segundo os critérios usados atualmente pelo Bolsa-Família.

De acordo com análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a pobreza extrema persiste no Brasil por dois motivos, combinados. Primeiro, o valor do benefício pago pelo Bolsa-Família é baixo para superação da pobreza, embora represente melhoria significativa na situação das famílias atendidas. Outro fator é que nem todos os pobres do País são atendidos pelo programa. "Basicamente, há duas coisas a serem feitas: acabar com os problemas de cobertura do programa e aumentar o valor do benefício", resumiu Sergei Soares, pesquisador do Ipea.

Cenário. "O que está em jogo não é apenas o impacto financeiro do reajuste, é preciso eliminar a pobreza extrema", disse ao Estado a ministra Márcia Lopes (Desenvolvimento Social), que trabalha "cenários" para a concessão do próximo reajuste.

Segundo a ministra, a nova etapa do Bolsa-Família vai depender também dos resultados do censo, esperados para dezembro. Neles, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará um retrato mais fiel da pobreza do País.

Márcia Lopes disse que a presidente eleita já encomendou solução para famílias que estão fora do programa apesar da baixa renda. A ministra citou como exemplo 750 mil famílias com renda per capita entre R$ 70 e R$ 140 e que não recebem o benefício por não terem filhos em idade escolar.

O Bolsa-Família concede um benefício básico de R$ 68 para famílias com renda per capita até R$ 70 e um extra de R$ 22 por filho entre 6 e 15 anos, até um limite de três filhos, e mais R$ 33 por jovem entre 15 e 17 anos, até o limite de dois.


BRASIL [In:] MÍDIA, MÉDIA, MEDÉIAs

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O progresso da decadência

16 de novembro de 2010 | 0h 00


Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

"O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Não há princípio que não seja desmentido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta a cada dia. A agiotagem explora o juro. A ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas é dramático. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Não é uma existência; é uma expiação. Diz-se por toda a parte: "O País está perdido!" (...) Por isso, aqui começamos a apontar o que podemos chamar de "o progresso da decadência"."

Não fui eu quem escreveu isso. Foi José Maria de Eça de Queirós, em 1871. Esta era a introdução de As Farpas que lançou com Ramalho Ortigão, ainda em Coimbra. Tinha pouco mais de 20 anos quando começou a esculachar em panfletos a mediocridade portuguesa no século 19, que nos legou essa herança lamentável. Nada mais parecido conosco.

Esses textos de Eça, reunidos sob o título de Uma Campanha Alegre, foram justamente os primeiros que me caíram na mão. Fiquei deslumbrado com a crítica social e de costumes. Não sabia que isso existia - eu era um menino. Creio que minha vida de jornalista de TV, rádio e jornal foi remotamente influenciada por ele. E revendo sua vida na internet, lembrei que Eça de Queirós nasceu em 25 de novembro de 1845 - daqui a uma semana. Assim, resolvi escrever de novo sobre ele.

Esse homem foi a maior paixão de minha vida. Com ele aprendi tudo: minha pobre escritura, o ritmo de seu texto, a importância do humor, do sarcasmo, e muito sobre a nossa ridícula loucura ibérica. Depois, descobri um livro roído de traças na casa de meu avô: O Primo Basílio, que minha avó tentou proibir ("Isso não é para criança!..."). Li-o, claro, e minha vida mudou. Era como se toda a névoa confusa da infância, minha família difícil de entender, vagas tias, vultos, rezas, tristes salas de jantar, secos padres jesuítas, tivesse subitamente se dissipado. O mundo ficou claro, através das personagens de Eça. Ali estavam explicados os arrepios de horror diante do teatrinho pequeno-burguês do Rio. O primo Basílio chegava com sua vaidade brutal e encarnava os cafajestes brasileiros, o padre Amaro me decifrava a tristeza sexual das clausuras do Colégio Jesuíta, o Conselheiro Acácio era a burrice solene de professores e políticos, Damaso Salcêde espelhava centenas de mediocridades gorduchas, Gonçalo Ramirez era o frágil caráter de hesitantes como eu. E vinha Thomaz de Alencar com sua literatice melancólica, vinha o banqueiro Cohen, esperto e corno, flutuava no ar o cheiro enjoado da Titi Patrocínio da Relíquia e, claro, as coxas de Adélia, sem falar no supremo frisson do famoso "minette" do primo Basílio na "Bovary" Luiza (razão básica da proibição alarmada de minha avó). E não só o desfile dos medíocres, mas as fileiras dos heróis ecianos: Carlos da Maia, João da Ega, Jacintho de Tormes, Fradique Mendes - cultos, elegantes, ricos, irônicos e corrosivos. Eça me dava a alma viva do século 19, atacando a estupidez endêmica, os sebastianistas de secretaria, os burocratas pulhas, os melancólicos de charutaria, os políticos demagogos, a burrice épica de um Pacheco ou do Conde de Abranhos - que fartura! Era uma sociologia ficcional de nosso destino de fracassados.

Eu o amava tanto que - acreditem - me postava na porta do colégio na hora da saída, para ver passar um homenzinho da vizinhança ali de Botafogo que era um sósia de Eça. Quem seria? Um bancário, um contador, quem? Tinha o rosto enfezado por um fígado ruim (como o Eça) que lhe franzia a boca num escárnio risonho. Tinha a mesma pastinha de cabelo sobre a testa curta, o olho rútilo, o mesmo bigode, o gogozinho de pássaro, os braços de cegonha, a palidez biliosa. Só lhe faltava o monóculo cravado no olho irônico. Vê-lo passar me encantava como diante de um ressuscitado. Em vez de correr atrás de meninas, eu fazia isso. Pode?

Até hoje, quando vejo a TV Câmara ou TV Senado, aquelas ricas jazidas de imbecilidades, vendo as caras, frases e gravatas, eu ainda penso: "Será que esses caras aí nunca leram Eça de Queirós?" Não. Nada. Eles navegam intocados em sua vaidade estúpida, em sua impávida ratonice.

Entre Machado de Assis e Eça de Queiroz sempre preferi o português ao nosso grande mulato. "Ah... porque o Machado é bem mais sutil!..." - diz-se, comparando-se, por exemplo, Capitu à Luiza do Primo Basílio (que o próprio Machado, ciumento, acusou de plágio da Eugenie Grandet). "Ahhh!... porque o Machado tem mais níveis de significação, mais complexidade psicológica, etc. e tal..." É verdade. Também acho. O grande Machado atingiu subtons que Eça nem tentou, por escolha. Machado é mais inglês; Eça é saído das costelas de Flaubert, Balzac e Zola e funda uma literatura caricatural contra as perdidas ilusões ibéricas, com um riso deslavado, com uma proposital "falta de sutileza" que resulta depois finíssima. Eça cria um realismo quase carnavalizado, sem anseios de transcendência. Machado é mais "nauseado". Deixa-se envolver por um pessimismo que o claro riso de Eça recusa. É verdade que as personagens de Eça não são tão "livres" quanto em Machado. O "tipo" eciano não tem grande "complexidade"; mas isso talvez seja o que nossa mediocridade social merece. Ele não cria personagens com uma psicologia sofisticada. Para ele, somos mesmo "tipos". Como em seu neto Nelson Rodrigues, há nele uma superficialidade "profunda", muito atual neste tempo em que os valores idealizados caíram no chão. Eça é um escritor político. Ele nos exibe o ridículo das figuras que se consideram nossos "timoneiros" do alto de sua gravidade falsa, com seus interesses mesquinhos no bolso dos jaquetões.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

16 de novembro de 2010

O Globo

Manchete: Falta de CTI mata 8 pessoas por dia em hospitais do Rio

Para especialistas, rede precisa de mais 510 leitos para acabar com déficit

Um relatório obtido pelo Globo mostra que, nos últimos três meses, 776 pacientes morreram à espera de um leito de CTI no Estado do Rio, o que dá 258 por mês ou 8,6 por dia. A média é de 32,3% maior que a dos últimos dois anos, evidenciando uma piora da crise da rede pública de saúde, informa Daniel Brunet. O estudo foi feito pela Central de Regulação de Leitos, órgão que administra as vagas nos hospitais. "Damos vaga aos que estão em estado mais crítico, mais ainda não é possível atender a todos", diz superintendente da central, Carlos Alberto Chaves. Segundo especialistas e representantes do governo, o déficit na rede é de 510 leitos. Setembro registrou um recorde: no dia 30, havia 200 doentes aguardando transferência para um CTI. O estudo mostra ainda que, nos últimos três meses, 428 pacientes - ou 11% dos 3.893 que esperavam uma vaga - ficaram mais de cinco dias na fila. (Págs. 1, 12 e 13)

Bancos baixam juros para evitar calote

Bancos estão se armando para prevenir uma onda de inadimplência dos consumidores. Antes mesmo de o cliente se perder ao usar o cheque especial ou o cartão de crédito para fechar as contas no fim do mês, algumas instituições financeiras estão se antecipando e oferecendo modalidades de empréstimos mais baratos. Os juros podem chegar a 2,71 % ao mês. (Págs. 1 e 19)

Dilma enfrenta desafios para investir mais

Para atingir a meta de dobrar o volume de investimentos, a presidente eleita, Dilma Rousseff, terá que reduzir gastos com a máquina pública e enfrentar um Orçamento engessado com encargos sociais, previdenciários e despesas de pessoal, dizem especialistas. O volume de investimentos previsto para 2011 é menor do que a deste ano. (Págs. 1 e 3)

Míriam Leitão

Foi apenas o fechar das urnas, e as verdades começaram a aparecer. Tenham compostura: nós não somos bobos. (Págs. 1 e 20)

Militares são acusados de homofobia

A polícia investiga denuncia de agressão, tentativa de homicídio e homofobia, por supostos militares, contra um rapaz de 19 anos, após a Parada Gay, em Copacabana. Em SP, jovens que agrediram rapazes aparentemente por homofobia foram soltos. (Págs. 1, 11 e 17)

Telescópio da Nasa flagra o nascimento de um buraco negro (Págs. 1 e 28)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Parecer do Ibama veta obra da usina de Belo Monte

Consórcio não cumpriu precondições e subestimou migração, dizem técnicos; órgão federal ainda não decidiu sobre licença

Técnicos do Ibama deram dois pareceres contrários ao pedido de licença para as instalações iniciais da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Isso significa que as obras da usina não devem começar ainda neste ano, como desejava o governo, informa Cláudio Angelo.
Com custo estimado em ate R$ 30 bilhões, Belo Monte é a principal obra do PAC e será a terceira maior hidrelétrica do mundo. Para o Ibama, o Nesa, consórcio responsável, não cumpriu precondições que vão da instalação de saneamento até a proteção de tartarugas.
Além disso, avaliam os técnicos, os empreendedores subestimaram o número de migrantes que seriam atraídos para a região de Altamira, onde ficara a usina.

O Ibama ainda não decidiu sobre a concessão da licença, e o consórcio não quis se manifestar. (Págs. 1 e B1)

Foto legenda: Já é natal

Consumidores tomam a 25 de Março, tradicional rua de comércio popular no centro paulistano, no último feriado prolongado antes das festas de fim de ano. (Págs. 1 e C6)

Ex-executivo de banco investiu em 'fantasmas'

Ex-diretores do PanAmericano, do Grupo Silvio Santos, assumiram empresas consideradas fantasmas entre um e oito dias depois da conclusão da venda de 35,54% do banco para a Caixa Econômica Federal, em dezembro do ano passado.

Investigação apura se essas companhias eram usadas para lavar dinheiro.

Seus sócios originais criaram cerca de 50 firmas em três anos, quase todas com apenas R$ 100 de capital, algumas "a pedido de clientes", segundo eles. (Págs. 1 e B3)

Silvio Santos vai demitir parentes de empresas

O caso PanAmericano vai provocar a demissão de parentes do apresentador Silvio Santos e de sua mulher, Iris Abravanel, no Grupo SS, relata Ricardo Feltrin. O casal tem 40 parentes nas empresas. Só o SBT sairá ileso desse corte. (Págs. 1 e B3)

Ex-diretor dos Correios acusa ministério de sucatear estatal

Demitido em julho, no auge da disputa entre PT e PMDB pelos Correios, o ex-diretor da estatal Pedro Bifano acusa o governo de ter sustado investimentos para forçar a abertura de capital e favorecer o setor privado.

Bifano diz que o ex-ministro Hélio Costa (Comunicações) agiu para sucatear a empresa. Para Costa, as declarações do ex-diretor são "bobagem". (Págs. 1, A4 e A6)

Justiça manda soltar acusados de três ataques na av. Paulista

Acusados de agredir quatro pessoas em três ataques na avenida Paulista, cinco estudantes - amigos de infância, quatro deles menores de idade - foram soltos por ordem da Justiça.

A polícia afirmou haver indícios de homofobia em pelo menos dois dos ataques. O advogado de um dos menores nega. (Págs. 1 e C1)

Jovem gay diz ter sido baleado por um militar na zona sul do Rio. (Págs. 1 e C3)

Boa noticia: Governo de SP faz mutirão para promover teste gratuito de HIV (Págs. 1 e C5)

Editoriais

Leia "Ufanismo e realidade", sobre o desempenho recente da Petrobras; e "Metas sanitárias", que comenta investimentos em saneamento básico. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma prepara reajuste do Bolsa-Família acima do INPC

Para cumprir promessa, equipe de transição refaz as contas e aumento deve ultrapassar os 9% previstos

A equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff avalia a concessão de reajuste acima da inflação para os benefícios do Bolsa-Família, informa a repórter Marta Salomon. De acordo com o governo, a reposição da inflação acumulada pelo INPC desde o último aumento, de pouco mais de 9%, não seria suficiente para começar a cumprir a promessa de erradicar a pobreza extrema no País. O benefício varia de R$ 22 a R$ 200, dependendo do grau de pobreza e da quantidade de filhos da família. O projeto do Orçamento enviado pelo presidente Lula não prevê reajuste. Hoje, o País tem 8,9 milhões de miseráveis, após a queda de 12% para 4,8% da pobreza extrema entre 2003 e 2008. Dilma também pediu solução para famí1ias que, por não terem filhos em idade escolar, estão fora do programa. (Págs. 1 e Naciona1 A4)

12,7 milhões de famílias são atendidas anualmente pelo programa. (Pág. 1)

UE pressiona Irlanda e Portugal a aceitar resgate

Cresce a pressão para que a Irlanda e Portugal aceitem um pacote de resgate, evitando a contaminação de outras economias. O debate sobre como dar solução permanente à crise da dívida na Europa aconteceu hoje em reunião de ministros de Finanças em Bruxelas. Os dois governos serão cobrados a detalhar como esperam frear os gastos públicos e honrar o pagamento dos juros de suas dívidas, mas não se acredita que só medidas de austeridade sejam suficientes. O FMI, a Alemanha e o Banco Central Europeu insistem que chegou a hora de a Irlanda e Portugal considerarem a intervenção. (Págs. 1 e Economia B1)

Risco

Angela Merkel - Chanceler da Alemanha

"Tudo está em jogo. Se o euro fracassar, é a Europa que fracassará"

Colunista - Celso Ming: Ataque a periferia do euro

Crise na Europa levantou o debate sobre se é bom ou ruim ter moeda própria. Mas não há solução para Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha sem o equilíbrio das contas públicas. (Págs. 1 e Economia B2)

Foto legenda: Agressores liberados

Defesa diz que 'paquera' de homossexual causou agressão de jovens de classe média nos Jardins, no domingo. (Págs. 1 e Cidades C1)

Até março, Kassab no PMDB

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi convencido por seus pares a desistir da ideia de promover a fusão do DEM com outro partido. Em compensação, está com um pé fora do DEM e outro dentro do PMDB, informa Dora Kramer. Coisa para março, no máximo. (Págs. 1 e Nacional A6)

EUA preveem retirada do Afeganistão em 2014

O governo americano levará no fim da semana a cúpula da Otan, a a1iança militar ocidental, um plano para encerrar operações de combate no Afeganistão em 2014. A ideia é transferir o comando da segurança para os afegãos progressivamente. Até agora, havia só uma previsão para o início da retirada das tropas, em meados de 2011. (Págs. 1 e Internacional A10)

Foto legenda: Revolta contra o Enem

Cerca de 300 estudantes se reuniram na Av. Paulista ontem para criticar as falhas na prova. Em Curitiba e Belo Horizonte também houve protestos. (Págs. 1 e Vida A15)

Pais proíbem transfusão e podem ir a júri por morte

O Tribunal de Justiça paulista decidirá no dia 18 se manda a júri uma dona de casa, testemunha de Jeová, e o marido por terem negado, em 1993, autorização para transfusão de sangue na filha de 13 anos, que morreu. O TJ vai definir se eles assumiram o risco de causar a morte ou se apenas deram uma opinião que deveria ter sido ignorada pelos médicos. (Págs. 1 e Vida A14)

Itália apreende 1t de cocaína vinda do Brasil (Págs. 1 e Cidades C3)

Panamericano negocia juro de 27% em CDB (Págs. 1 e Economia B5)

Arnaldo Jabor: O progresso da decadência

Quando vejo a TV Câmara, eu penso: "Esses caras nunca leram Eça de Queirós?" Não. Nada. Eles navegam intocados em sua vaidade estúpida. (Págs. 1 e Caderno 2, D10)

Visão global: A importância do Novo Start

Tratado de redução de armas nucleares permitirá laços mais estáveis com a Rússia sem afetar segurança, escrevem Hillary Clinton e Robert Gates. (Págs. 1 e Internacional A12)

Notas & Informações

As reivindicações de sempre

O Judiciário se preocupa mais com reajuste salarial do que com modernização administrativa. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Documento oficial alerta para desindustrialização

O país vive um processo de desindustrialização? O Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio tomou partido nesse debate em documento no qual afirma que o processo existe, é preocupante e ameaça as contas externas. O trabalho, que circula reservadamente na equipe econômica e foi obtido pelo Valor, sugere que o governo deveria criar uma "diretriz" para elevar o saldo comercial, hoje em torno de 9% das exportações, para um nível mínimo de 14%.

No primeiro semestre, o superávit comercial foi de US$ 7,9 bilhões. Para eliminar a necessidade cobrir as contas externas com investimento do exterior, seria necessário saldo de US$ 19,5 bilhões. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o governo deveria estimular exportações, numa clara oposição às intenções do Ministério da Fazenda, que tem proposto controle de exportações. (Págs. 1, A2 e A4)

Caixa prepara PanAmericano para a venda

Com o PanAmericano saneado, após receber R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o principal objetivo da Caixa Econômica Federal, que presidirá o novo conselho de administração, é restabelecer a credibilidade do banco para que a fatia que pertence ao Grupo Silvio Santos seja negociada pelo FGC em até quatro meses.

A Caixa acredita que esse prazo é suficiente para colocar o banco "rodando de novo". Os empréstimos continuam sendo feitos pelo PanAmericano e a carteira voltou a crescer. A captação caminha para se tornar positiva, após fortes saques no dia seguinte ao anúncio de problemas no balanço.

O Banco Central já começou a mudar a supervisão bancária para incluir a cessão de carteiras de crédito na avaliação de rotina. Depois dos problemas no PanAmericano, a ideia é ter controle maior de como os bancos negociam essas carteiras, disse ao Valor o diretor de fiscalização do BC, Alvir Hoffmann. (Págs. 1 e C8)

Venezuela troca os EUA pela China no petróleo

Depois de anunciar seguidamente sua disposição, a Venezuela está, de fato, tentando trocar os EUA pela China como seu maior comprador de petróleo. O presidente Hugo Chávez dá sinais de que pretende vender suas operações de refino em território americano e já modificou as regras de fornecimento de petróleo para as refinarias nos EUA, abrindo caminho para suspender as vendas sem quebra de contrato.

Analistas dizem que a Venezuela não tem produção suficiente para fornecer o prometido para a China e que o único modo de fazê-lo seria deixar de vender para os EUA. Os americanos compram atualmente cerca de metade da produção venezuelana.

Chávez vem dando prioridade à relação com a China. Isso pode ser sentido inclusive na mudança de estratégias em outros países: Na Argentina, há menos de cinco anos, a PDVSA fazia planos de competir com força no mercado de revenda de combustíveis. Hoje, esses planos estão fazendo água. (Págs. 1 e A11)

Redes de varejo voltam a abrir suas lojas na rua

As lojas de rua voltam a interessar as redes de varejo depois de décadas em que o movimento de expansão dessas empresas ocorria de forma mais vigorosa nos shopping centers. Isso porque, mesmo acelerado, o crescimento dos shoppings é menor do que o de algumas varejistas. A Marisa, maior rede de lojas de moda feminina do país, vai abrir neste ano 53 lojas, sendo 27 em ruas e 26 em shopping centers. Além disso, as lojas instaladas nas ruas custam 10% menos, em média, do que nos shoppings, em que há o custo de fundo de promoção e condomínio. Os shoppings também têm participação nas vendas dos lojistas.

“De certa forma, nos shoppings somos punidos por crescer mais", diz Eloah Antunes, da Via Veneto, dona de 142 lojas, de cinco bandeiras, que acaba de abrir sua primeira loja de rua, na avenida Paulista, em São Paulo. A Renner, que também abriu sua primeira loja de rua em São Paulo neste ano, planeja mais três em 2011. (Págs. 1 e B1)

Foto legenda: Contra a maré

Apesar do câmbio, que favorece as importações, a fabricante de autopeças Delphi vai ampliar o índice de nacionalização dos produtos, diz o vice-presidente mundial de compras, Sid Johnson. (Págs. 1 e B9)

Ásia é a nova fronteira da Syngenta

Uma das maiores empresas de defensivos agrícolas e sementes do mundo, a suíça Syngenta está voltando suas atenções para a Ásia. A multinacional aposta suas fichas na porção sudeste do continente, área onde estão concentradas as maiores possibilidades de ganhos no médio prazo, de acordo com estimativas da empresa. Hoje, 15% das vendas do grupo são direcionadas para a região, que engloba também o Pacífico. Há dois anos, essa fatia era de 12% e cresceu tomando espaço da América Latina.

"Podemos dizer que a Ásia de hoje é o que foi a América Latina há 10 ou 15 anos”, diz Michael Mack, presidente da empresa. Segundo ele, a China é o país que oferece as maiores oportunidades e será o principal mercado da Syngenta em alguns anos. (Págs. 1 e B14)

Exclusividade da Petrobras como operadora do pré-sal não afasta estrangeiros, diz Gould (Págs. 1 e B11)

Teste de governabilidade

Eleições para as presidências da Câmara e do Senado serão o primeiro desafio à aliança entre PT e PMDB no futuro governo Dilma Rousseff. (Págs. 1 e A8)

Consumo pragmático

Pesquisa mostra que 70% dos consumidores do Rio e São Paulo não dão preferência a produtos com apelo "ecológico" se forem mais caros e veem com ceticismo a publicidade da empresa sobre o assunto. (Págs. 1 e B4)

Votorantim no Peru

A Votorantim comprou participação de 29,5% na Cementos Portland, do Peru. A empresa vai iniciar n construção de uma fábrica com capacidade para 700 mil toneladas de cimento por ano. (Págs. 1 e B11)

MAN e Scania discutem fusão

MAN e Scania, ambas com fábricas no Brasil, negociam uma possível fusão. A Volkswagen, com participação nas duas montadoras, estaria buscando reorganizar seus negócios no segmento de veículos pesados. (Págs. 1 e B11)

'Defensivo' biológico para a cana

O controle biológico da lagarta da broca nos cavaniais com o uso de vespas (cotésia) ecologicamente correto e mais barato que o uso defensivos químicos - já cobre mais de um terço da área plantada no país. (Págs. 1 e B14)

Bancos mudam perfil de captação

Depósitos a prazo perdem espaço na estrutura de captação dos bancos de varejo e caderneta de poupança ganha importância, para fazer frente à demanda por crédito imobiliário. (Págs. 1, Cl e C2)

JBS na bolsa americana

A JBS-Friboi deve abrir o capital de sua subsidiária americana no terceiro trimestre de 2011. Os recursos serão utilizados na expansão dos negócios no exterior, como México, Austrália e Ásia. (Págs. 1 e D9)

Fator acidentário

Previdência Social divulga alíquotas do Fator Acidentário de Prevenção para 2011 e empresas têm até o fim do mês para contestar administrativamente, apenas pela internet e limitada a 5 mil caracteres. Advogados reclamam de "cerceamento de defesa”. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Delfim Netto

Desafios nas políticas fiscal, monetária e cambial são as “nuvens escuras no horizonte” que o país terá de enfrentar. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Sergio Birchal

EUA querem que os emergentes arquem com problema da apreciação cambial em função de seus superávits no comércio. (Págs. 1 e Al3)

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