A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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segunda-feira, fevereiro 27, 2012
CLIMA [In:] O QUE É POSSÍVEL SER FEITO ?
"É possível levar energia renovável para todos"
Autor(es): Por Daniela Chiaretti | De Nairóbi, Quênia |
Valor Econômico - 27/02/2012 |
Pragmática, a dinamarquesa Connie Hedegaard, é uma mulher que acredita em metas. A comissária europeia para ação climática, famosa por seu protagonismo na conferência do clima de Copenhague, em 2009, e também em Durban, na África do Sul, em 2011, chega ao Brasil hoje convencida de que tornar concreta a meta de dar acesso universal a energia renovável, em 2030, poderia ser um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODG) a ser imediatamente implementado ao fim da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho, no Rio. Para a ex-ministra do meio ambiente, de cooperação, e de clima e energia da Dinamarca, não é preciso esperar pelo detalhamento de todas as outras áreas - que podem tratar de temas tão diversos como água, oceanos ou consumo - para dar a partida aos ODG. "O objetivo da energia poderia começar já", defende. "É muito importante que miremos coisas tangíveis e que tenham resultado a curto prazo." Nesta entrevista, concedida em Nairóbi, no Quênia, onde participou das comemorações do 40º aniversário do Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ela evitou falar sobre as mudanças na governança institucional ambiental e de desenvolvimento sustentável que a Rio+20 pode produzir. O tema é controverso. A Europa quer que o Pnuma se transforme em uma agência ambiental da ONU. O Brasil quer fortalecer o Pnuma, mas aposta na criação de um órgão de desenvolvimento sustentável. "Temos de responder, no dia seguinte à conferência, à pergunta: o que a Rio+20 mudou na vida dos cidadãos?" Connie Hedegaard tem encontros em Brasília com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e uma agenda que termina em São Paulo e mistura clima e Rio+20. Ela participou do Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global da ONU e tem, na cabeça, visão de longo prazo para o crescimento dos países fundamentada na economia verde. "Se a Rio+20 mudar este paradigma, será um grande ganho", diz. A seguir, trechos da entrevista: Valor: Qual o perfil da sua visita ao Brasil? Mais mudança climática ou mais Rio+20? Connie Hedegaard: É uma agenda mista. Fiz parte do painel das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável junto com a ministra Izabella Teixeira, e, claro, temos ambas interesse na agenda climática. Em Durban, o Brasil e a Europa tiveram uma cooperação muito construtiva. Espero que possamos avançar na agenda do clima para a próxima reunião, no Qatar. E agora, tão perto da Rio+20, é natural que discutamos alguns temas da conferência. Valor: A senhora diz que a Rio+20 não é uma árvore de Natal. O que quer dizer? Hedegaard: É que todos vêm com todos os seus desejos para a conferência. Mas deveríamos ter em mente que muita gente lá fora pensa que estes são tempos muito desafiadores. As pessoas percebem que a economia, os mercados, os bancos estão globalizados, e temos que mostrar que o globalizado sistema político multilateral pode dar algumas respostas claras. Acho que um dos desafios da Rio+20 não é escrever um monte de declarações, mas temos que ser capazes de, no dia seguinte à conferência, responder à pergunta: o que a Rio+20 mudou na vida dos cidadãos? Valor: A senhora tem algum exemplo do que poderia ser decidido no Rio, em junho? Hedegaard: Saliento a meta de acesso a energia sustentável para todos. Isso é algo muito concreto. Se há uma lição que aprendemos na Europa é que ajuda muito ter metas porque faz com que os governos tenham foco. Metas também fazem com que os investidores se mexam em determinadas áreas, se souberem quais são os objetivos e se tiverem alguma previsão. Acredito que há muitos investidores lá fora que gostariam de investir em energia. Mas eles têm que ter indicações claras de que isso é para valer. A sociedade global está levando a sério essas metas? O que significa dar acesso à energia sustentável para todos, em 2030? É sobre conseguir mais eficiência energética? Como podemos medir isso? Podemos fazer uma enorme diferença se decidirmos que, agora, vamos estabelecer estes padrões. Valor: No final da Rio+20, o que terá sido um bom resultado, na sua opinião? Hedegaard: Acredito que um bom resultado será se o mundo puder abraçar o conceito de economia verde. Conseguindo isso, a conferência do Rio poderia marcar uma real mudança de paradigma. Seria o momento em que as pessoas e os governos entenderiam que não podemos continuar fazendo as coisas como sempre, o que se chama "business as usual". Não é assim que tornaremos as economias sustentáveis, não se criarão sociedades sustentáveis. Temos que mudar a maneira em que percebemos o crescimento e mudar para uma maneira mais eficiente de usar a energia e os recursos naturais. Se a Rio+20 puder marcar esta mudança, penso que terá sido um ganho muito grande. Valor: A Rio+20 não irá produzir tratados internacionais com força legal. Isso é um problema? "É importante se ter uma estratégia coerente para combater a mudança climática" Hedegaard: Quando foram estabelecidos os Objetivos do Milênio, dez anos atrás, perguntei ao então primeiro ministro de Moçambique o que estas metas significavam para o seu governo. Ele respondeu que representavam um incrível estímulo para que pudessem definir os processos e os caminhos de desenvolvimento do país. Os objetivos do milênio significam acesso à água, maior participação das mulheres, educação, e isso faz diferença. É o mundo querendo medir se está se mexendo na direção certa ou não. Basicamente é a mesma coisa que podemos fazer com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Rio+20. E, claro, se falarmos, vamos adotar a meta do acesso à energia renovável, teremos que encontrar uma metodologia que mostre como chegaremos a isso. Valor: Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODG) que podem ser adotados na Rio+20 seriam um avanço nesta direção? Hedegaard: A Europa pensa que os ODG podem ser algo muito bom. Agora, um dos desafios da Rio+20 é ver se a comunidade internacional está pronta para definir quais são estes objetivos. Valor: Como assim? Hedegaard: Dizer quais são os objetivos, quais as áreas e quais as metas. Uma área em que o trabalho preparatório já foi extremamente feito, dentro do sistema das Nações Unidas, é energia. Então, de um lado, poderíamos indicar que queremos ODGs neste e naquele campo, mas se tivermos alguma área mais específica, ou que está mais pronta, por que não começar com este setor imediatamente? Por que temos que esperar para conseguir detalhar outras áreas para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Somos muito favoráveis ao que o mundo promova estas metas, só acho que não precisamos ter cada uma delas muito detalhada e definida já no Rio. Talvez, na conferência, os temas possam ser identificados e começar um processo. Valor: Os assuntos poderiam ser definidos no Rio. Mas o que mais? Hedegaard: Por exemplo, uma meta poderia ser sobre pesca sustentável. O que isso significa, como podemos detalhar o objetivo e como chegar a ele. Mas se não tivermos condições de fazer tudo nos mínimos detalhes no Rio, deveríamos dizer: este é o prazo final, é o que politicamente queremos fazer e aí voltamos e vemos como a meta poderia ficar. O que digo é que, por exemplo, no campo de energia sustentável nós já temos todos os detalhes. Valor: Seria um começo, a meta da energia sustentável? Hedegaard: Sim, poderia começar já, e fazer isso não estaria em contradição com as outras metas. Seria apenas para termos uma ação orientada. E poderia começar no dia seguinte ao término da Rio+20. Ministros brasileiros, comissários europeus, todos nós poderíamos nos perguntar que diferença a Rio+20 pode fazer para o mundo. É muito importante que miremos coisas tangíveis e que tenham resultado a curto prazo. Valor: O que a senhora poderia dizer sobre a opinião da União Europeia sobre governança? Hedegaard: Bem, só posso repetir o que Janez Potócnik, comissário da União Europeia para Ambiente, disse sobre isso (em coletiva de imprensa em Nairóbi Potócnik defendeu o fortalecimento do Pnuma e disse que "há desejo de mudanças", mas não se prolongou no tema). Valor: Como trazer chefes de Estado para o Rio? Hedegaard: Não tenho comentários. Este é um assunto do governo brasileiro. Valor: O que esperar da próxima reunião do clima, no Qatar? Hedegaard: A reunião no Qatar tem que preparar um plano de trabalho muito claro. Valor: A União Europeia foi protagonista na última conferência climática, em Durban. Como avançar nas negociações? Hedegaard: Nossa estratégia funcionou. Usamos o fato de que estávamos prontos para aceitar um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto, assumindo que éramos os únicos países do mundo prontos para isso. Dissemos "ok, vamos deixar o sistema vivo, mas só se outros nos disserem quando o resto do mundo subirá a bordo com algum acordo realmente global." Foi onde chegamos em Durban graças à cooperação dos países africanos e dos países menos desenvolvidos do mundo. Mais de cem países falaram muito claramente para as economias emergentes e aos Estados Unidos: temos que ter agora um sistema global verdadeiro. Valor: Foi assim que se chegou à promessa de se chegar a um acordo climático global em 2015? Hedegaard: Alguns países disseram "ok, mas vamos terminar em 2016 ou 2017 e não deveríamos começar este ano." Falamos: "Claro que temos que começar este ano!" Como podemos explicar para qualquer cidadão que a mudança climática é urgente, mas que não vamos começar nada até o ano que vem? Temos que terminar em 2015 porque se há algo que aprendemos neste processo é que ele nunca surpreende com decisões que acontecem mais rápidas do que você imaginou. Sempre leva muito tempo até que se possa concordar com algo e ver aquilo começando a funcionar. Valor: Então, para se ter um acordo climático global em 2015, o que tem que acontecer no Qatar? Hedegaard: Em Durban acertamos que temos que terminar as negociações do novo tratado em 2015. Teremos novos elementos sobre a mesa, um novo relatório do IPCC (o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que reúne os novos estudos científicos sobre o assunto) que será lançado em 2014. E então teremos 4 ou 5 anos para que os países ratifiquem e implementem o acordo e o novo regime comece a operar. Isso leva tempo. Valor: Qatar é o início disso? Hedegaard: Qatar é sobre um programa de trabalho bem específico: quem faz o quê dentro de qual prazo. Como estruturamos, o que tem que ser feito politicamente, e por aí vai. Temos que trabalhar de trás para a frente. Pensando que temos de terminar com um acordo global na CoP de 2015, então, que tipo de conhecimento precisamos agora, quais os caminhos, working shops, grupos de trabalho e assim por diante para assegurar que no final de 2015 teremos o acordo. No Qatar também vamos ter que ter avanços no Fundo Verde, o dinheiro terá que começar a fluir. Valor: E as metas do segundo período de compromisso de Kyoto... Hedegaard: Sim, vamos submetê-las antes de 1º de maio, o prazo final acertado em Durban. Valor: Perguntaram como o mundo dos negócios está reagindo à mudança climática e à economia de baixo carbono. A senhora mencionou o que está acontecendo na Tailândia. Pode explicar? Hedegaard: A Tailândia divulgou números mostrando que nos últimos quatro meses de 2011, perdeu 9% de seu PIB por causa das inundações. Então, se você é uma empresa na Tailândia, você definitivamente aprendeu que continuar a fazer como sempre fez, "business as usual", é algo que pode custar muito. São riscos muito perigosos para os negócios. É por isso, também, que é tão importante ter uma estratégia coerente para combater a mudança climática. Valor: Mesmo com a crise econômica global, as emissões de gases-estufa ainda estão crescendo. Isso não preocupa? Hedegaard: Acho que quando temos uma crise global como a que estamos vivendo, é uma oportunidade excelente para repensar o jeito como fazemos as coisas. Estou certa que, muitas empresas e muitos CEOs no mundo todo, durante esta crise, estão olhando para suas contas, vendo quanta energia gastam para fazer seus produtos, quanto aço precisam, quanto consomem de matérias-primas. Porque se uma coisa é certa sobre o futuro, é que estamos em um mundo em que há mais gente, e mais gente virando classe média e com mais possibilidade de consumo, então está claro que a demanda por matérias-primas e por energia irá crescer. Isso significa que os preços irão aumentar e que eficiência energética e eficiência no uso de recursos naturais, serão parâmetros competitivos. Acho que esta lógica está sendo aceita por mais e mais empresários e pelo poder público. Na Europa, agora, estamos falando muito mais sobre eficiência energética nos nossos prédios, na nossa infraestrutura, em como nos tornarmos mais eficientes em termos energéticos. Acho que esta é a mudança de paradigma que espero que a Rio+20 realmente consiga alcançar. |
BRASIL/POLÍTICA/CORRUPÇÃO [In:] A VARRER DO CENÁRIO.
Por um Brasil sem sujeira
Autor(es): Luiza Nagib Eluf |
O Estado de S. Paulo - 27/02/2012 |
O termo sujeira é amplo, pode-se entendê-lo como oposto de limpeza ou, em sentido figurado, pode se referir à corrupção, à malandragem, aos desvios de dinheiro público. Aqui, porém, será usado literalmente. Embora os problemas de sujeira no Brasil sejam muitos, é preciso escolher as prioridades. Falemos do tratamento de esgoto. Bons ventos trazem o tema do saneamento básico à discussão, com intensidade nunca antes vista na História do Brasil. Enfim saímos do marasmo para enfrentar com maior determinação uma das necessidades mais prementes da nossa população. O momento também favorece a ampliação da discussão para que contemplemos as questões relacionadas ao meio ambiente diante do abismo de nossas desigualdades sociais, além do muito que falta fazer para alcançarmos a tão almejada sustentabilidade. Estamos distantes do discurso de que "é preciso deixar aos nossos descendentes os recursos naturais necessários à sua sobrevivência", pois nem sequer conseguimos prover o que há de mais básico em termos de saneamento. Não temos água tratada e própria para o consumo em muitas localidades. Com o vertiginoso aumento populacional no mundo, esse problema, que atinge prioritariamente os países em desenvolvimento, coloca mais de 2 bilhões de pessoas, sobretudo crianças pobres, em situação de risco para a saúde. No Brasil, são milhares de crianças atingidas por diarreia todos os anos, doença que afeta a saúde de forma perversa e contínua, prejudicando até mesmo o completo aprendizado escolar. Segundo o Ministério das Cidades, 55% da nossa população ainda não está conectada a redes de esgoto - e o índice de tratamento é de apenas 39%, conforme estudo de 2009. Mais impressionante ainda que isso é constatar que a população nem ao menos sabe o que significa saneamento básico e somente 5% das pessoas entrevistadas na mesma pesquisa conseguiram relacionar o saneamento com saúde. Todo verão, em alguns Estados da Federação, é comum que se publique a avaliação da adequação das praias mais procuradas. As notícias são estarrecedoras, diante dos numerosos locais intensamente frequentados por turistas que se encontram impróprios para o banho por causa da infestação por coliformes fecais - ou seja, esgoto. E a água poluída acaba contaminando a areia da praia, que, por sua vez, passa a significar um risco maior para a saúde do que a própria água. A lei atribui às prefeituras a responsabilidade pela execução do saneamento básico. O Ministério Público vem acompanhando as licitações, que, em certos casos, precisam ser refeitas, o que recomendaria uma providência para evitar a suspensão de obras: a orientação das autoridades competentes sobre como proceder para não incorrer em erros que tanto atrasam o saneamento. Apesar da forte e conhecida ligação entre os serviços de esgotamento sanitário e a saúde pública, a comunidade não reivindica seus direitos perante as autoridades e os administradores públicos acabam relegando essa inacreditável sujeira a segundo plano, até porque nossa cultura política é no sentido de que fazer "obras enterradas" não dá voto. Infelizmente, nossos colonizadores nos deixaram uma herança de descaso com relação ao saneamento básico. Nossa imperatriz Leopoldina, que era austríaca, documentou em cartas, posteriormente transformadas em livro, a forma como os excrementos eram retirados do palácio de dom Pedro I. Os escravos vertiam o conteúdo dos penicos numa grande tina que carregavam nas costas pelos corredores da residência, por vezes sem conseguir evitar acidentes que provocavam quedas desastrosas e malcheirosas. Em seguida, dirigiam-se até os arredores da edificação para despejar o esgoto diretamente no rio que abastecia de água a família imperial ou, dependendo do caso, acabavam deixando os excrementos amontoados em terreno próximo sem nenhum tratamento, enterramento ou isolamento. Para que se possa superar o legado de ignorância sobre os perigos da falta de saneamento básico e varrer do Brasil essa vergonha, seria importante que se promovessem campanhas nas escolas e nos meios de comunicação para esclarecer a população e conscientizar os governantes. Somente a informação pode trazer as mudanças que o País requer. Por sua vez, o descumprimento da Lei n.º 11.445/2007, chamada Lei do Saneamento, pode gerar a responsabilização do(a) administrador(a) público(a) por improbidade. Criancinhas brincando em águas contaminadas, favelas com esgoto a céu aberto correndo pelo meio-fio, praias infectadas e doenças de alta gravidade contraídas por incúria de pessoas eleitas pelo voto popular precisam ser varridas de nossa realidade cotidiana. O corrente ano é muito importante para a população brasileira porque vamos escolher prefeitos e vereadores, justamente os responsáveis pela melhoria ou a piora de nossa situação atual. A oportunidade é ótima para que se possam colher compromissos dos (as) candidatos(as) com metas e prazos no que se refere ao tratamento adequado do esgoto em todas as cidades do País. O Programa Cidades Sustentáveis vem sendo apresentado pelo Instituto Ethos em parceria com a Rede Nossa São Paulo e outras entidades, como o Instituto Trata Brasil - que luta pela melhoria do saneamento básico no País -, aos partidos políticos e respectivos postulantes a cargos públicos municipais para que se pronunciem sobre a limpeza dos nossos recursos hídricos, tão maravilhosos e tão maltratados no Brasil, a começar pela sua maior cidade, que é São Paulo, a qual se encontra rodeada de rios assassinados pela poluição. *Membro do Instituto Trata Brasil, procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, ex-secretária nacional dos Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça e ex-subprefeita da Lapa, é autora, entre vários outros livros, de "A Paixão no Banco dos Réus", sobre crimes passionais, e "Matar ou Morrer - O Caso Euclides da Cunha" ----------- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS |
27 de fevereiro de 2012
O Globo
Manchete: Após reduzir verba, governo promete nova base em 2 anos
Depois de gastar apenas metade do orçamento previsto para o programa brasileiro na Antártica no ano passado, deixando de aplicar R$9 milhões, o governo promete agora reconstruir em dois anos a Estação Comandante Ferraz. Um incêndio na madrugada de sábado matou dois militares e destruiu 70% das instalações. Pesquisadores choravam ontem a morte dos companheiros de missão e a destruição das pesquisas. O governo estuda usar o navio polar Almirante Maximiniano como base provisória. (Págs. 1, 3 a 9)
Sargento Roberto Lopes dos Santos
Era sua 3ª missão na Antártica. Morava em Nilópolis, gostava de fotografar e tinha 45 anos. (Págs. 1 e 4)
Suboficial Carlos Alberto Figueiredo
Baiano de 47 anos, estava na Marinha há 30. Tinha planos de se aposentar em março. (Págs. 1 e 4)
Farc dizem que não vão mais sequestrar
Equador: 140 intelectuais contra Correa
Matarazzo e Covas desistem para apoiar Serra
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Folha de S. Paulo
Manchete: Farc prometem acabar com sequestro de civis
A fim de negociar com o governo do país, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram o fim dos sequestros de civis. Restam hoje 9.000 guerrilheiros das Farc, que já contaram com 17 mil.
Enfraquecida pela morte de seus líderes, a guerrilha de origem comunista, financiada com o narcotráfico, diz que libertará os dez últimos reféns: "Não cabem obstáculos à possibilidade de retomar negociações". (Págs. 1 e Mundo A8)
Folha invest: Como o turista pode se proteger das variações do dólar. (Págs. 1 e B1)
Maioria dos sobreviventes dormia quando fogo começou
Dois tucanos desistem de prévias para apoiar Serra
Os dois já declararam apoio a José Serra, que decidiu pela candidatura na semana passada. José Aníbal e Ricardo Tripoli seguem na disputa da vaga. (Págs. 1 e Poder A4)
Melchiades Filho: Processos contra políticos corroem a imagem da PF. (Págs. 1 e Opinião A2)
Síria realiza referendo, mas ouve críticas de europeus
A repressão violenta a opositores que pedem a deposição de Assad, iniciada em março, resultouontem na morte de pelo menos outras 31 pessoas. (Págs. 1 e Mundo A9)
Afastamentos por uso de drogas preocupam INSS
"Essa conta está entre os grandes desafios que temos pela frente porque tende a aumentar", disse o ministro Garibaldi Alves. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Reconstrução da base na Antártida vai levar um ano
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, afirmou ontem que o governo deve usar o navio polar Almirante Maximiniano como base do Brasil na Antartida até que seja reconstruída a Estação Comandante Ferraz, destruída em um incêndio na madrugada de sábado. Segundo Raupp, a reconstrução deve levar um ano, mas o Programa Antártico Brasileiro não será suspenso. Adquirido em 2009, o navio tem cinco laboratórios e hangar para dois helicópteros. Avaliação preliminar da Marinha constatou que 70% da estação foi destruída - o prédio principal, onde ficavam alojamentos e laborátorios, foi totalmente queimado. (Págs. 1, Vida A12 a A14)
Fotolegenda: A caminho de casa
Cientistas e funcionários civis e militares da base Antártida embracaram em Hércules da FAB em Punta Arenas, no Chile (Pág. 1)
João Paulo M. Torres
"A gente perdeu muito mais do que material. Perdemos vidas". (Pág. 1)
Negócios: Foto velha
18 quilômetros 'sumiram' em obra de estrada privatizada
G-20 aumenta pressão sobre a Alemanha
Serra disputará pressão em SP com 2 tucanos
Farc anunciam fim de sequestros a civis (Págs. 1 e Internacional A8)
Sírios votam Constituição que dá mais poder a ditador (Págs. 1 e Internacional A10)
Marco Antônio Rocha
O mundo ainda não foi capaz de criar instituições multinacionais capazes de exercer com eficácia o papel civilizador que delas se espera. (Págs. 1 e Economia B2)
Scott Shane
Enquanto Israel e Irã trocam suspeitas de armar complôs assassinos, analistas veem o perigo de precipitar uma guerra que envolveria os EUA. (Págs. 1 e Visão Global A11)
Notas & Informações
Não há mais dúvidas a respeito dos contratos que vencem em 2013: não serão prorrogados. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Jovens ateiam fogo em dois moradores de rua. Um morreu
Fisco vigia cartão para flagrar gasto superior à renda
Distritais: Dia D para o destino do 14º salário
Antártida: Base deve ser reerguida em dois anos
Faxina de Dilma deixa o segundo escalão de fora (Págs. 1 e 2)
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Valor Econômico
Manchete: Mercado mantém cautela mesmo com alta da Bolsa
Essa é a avaliação de José Olympio Pereira, corresponsável pelo banco de investimento Credit Suisse no Brasil. "Para o investidor, as ofertas subsequentes são uma oportunidade de ter um lote significativo de ações de uma companhia cuja história já conhece e acredita, pagando um preço determinado, sem precisar fazer compras picadas na Bolsa", afirma. (Págs. 1 e B2)
Empresas no país elevam gastos com TI
G-20 reafirma regulação de bancos
Paralelamente à reunião do G-20, os ministros de Finanças dos Brics discutiram a criação de um novo banco multilateral de desenvolvimento, comandado pelos emergentes, que está sendo chamada de forma informal de Banco Sul-Sul ou Banco dos Brics. (Págs. 1 e A14)
Opções para capitalizar a Ferrous
Fotolegenda: Apostas para a Rio+20
Cruzamento de dados eleva arrecadação
Pós-graduado tem dificuldade para validar curso estrangeiro
O trâmite é feito obrigatoriamente por instituições de ensino que tenham programas de especialização reconhecidos pela Capes, órgão responsável pela avaliação dos cursos de pós-graduação no Brasil. "Muitas universidades brasileiras encaram os programas internacionais como 'concorrentes'. Do ponto de vista acadêmico, é uma insensatez", afirma a professora Maria Cecilia Coutinho de Arruda, da FGV de São Paulo. (Págs. 1 e D8)
Restrição a vinhos será analisada
Embargo da UE ao petróleo iraniano põe mais pressão sobre preços da Petrobras (Págs. 1 e B7)
Funpresp deve ser aprovado na Câmara nesta semana, diz Garibaldi (Págs. 1 e A12)
Juro menor e inflação valorizam fundos de renda fixa índices (Págs. 1 e D1)
Desoneração erra o alvo
Defesa
Brasil ganha destaque na Metso
Fumo agoniza em Arapiraca
Asiáticos avançam em commodities
BB reforça o Banco Postal
Ideias
Ser verde é uma ética, mais que uma política: seu negócio é mudar o mundo, não é disputar a Presidência ou o governo. (Págs. 1 e A12)
Ideias
Emergentes têm chance de ouro de garantir crescimento e estabilidade se conseguirem resolver problemas como a corrupção. (Págs. 1 e A19)
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