PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, fevereiro 26, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] AUTO-RETRATO









[Chargistas: Amorim, Willy, Iotti, Novaes, Amarildo].

AMAZÔNIA: DESMATAMENTO A VISTA... [A OLHO NÚ]



Começa maior operação para tentar conter desmatamento na Amazônia



Tailândia (PA) - Um grupo de 300 integrantes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inicia hoje, por Tailândia (a 235 km ao sul de Belém), a Operação Arco de Fogo, a maior investida policial na Amazônia Legal destinada a reprimir o desmatamento. O trabalho das forças federais terá início pelas madeireiras. A Secretaria do Meio Ambiente do Pará (Sema) calcula que, das 90 serrarias existentes em Tailândia, 69 são irregulares. Somente 21 têm licença para funcionar. Sabe-se ainda que essas madeireiras e serrarias têm 140 registros no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), sendo mais de 100 irregulares. Haverá também ação contra as carvoarias, que aumentam em função das madeireiras. De acordo com a Sema, somente seis carvoarias têm alvará. Nas estradas vicinais próximas a Tailândia, no entanto, é possível ver centenas de fornos, muitos com o fumaceiro característico da queima da madeira para a fabricação do carvão. Na semana passada, na ação de fiscais do Estado e da Polícia Militar em Tailândia, foram derrubados 140 fornos de uma só carvoaria, que atuava na clandestinidade. Nesta semana, a ordem será passar o trator em cima dos fornos das empresas ilegais.A Operação Arco de Fogo deverá durar mais de um ano. Começa por Tailândia, mas depois passará por todos os Estados da Amazônia Legal - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão (oeste do Estado), Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os agentes federais vão atuar principalmente nos 36 municípios apontados pelo governo federal como os que mais desmataram no ano passado. Tailândia é um deles. De acordo com a PF, para uma operação de tal natureza, esta é que mobilizará maior contingente. Foram 156 homens da Força Nacional, cerca de 50 da PF e outros 100 do Ibama.Dos nove Estados da Amazônia Legal, os mais problemáticos são Mato Grosso, Pará e Rondônia. Acre, Amapá e Roraima praticamente não fizeram desmates. "Nossa operação será feita em três etapas. Por isso vai durar muito mais de ano", disse o coordenador-geral de Defesa Institucional da PF, delegado Daniel Sampaio, que comanda as tropas da União em Tailândia. "Primeiro será feita a fiscalização, por intermédio do Ibama. A PF entra com as medidas de polícia judiciária. E a Força Nacional garante a segurança dos envolvidos", afirmou Sampaio. "Por enquanto vamos executar a primeira etapa, que é a de fiscalização, para ver quem está desmatando e quais empresas estão na ilegalidade."Depois da repressão, será a vez da tomada de providências para evitar a volta do corte de árvores e, em seguida, a etapa das ações do governo federal para a inserção dos moradores das áreas onde for realizada a Operação Arco de Fogo. "É preciso oferecer alternativas para a sociedade: trabalho, educação e desenvolvimento." Sampaio disse que a operação começou por Tailândia porque houve na semana passada na cidade o início da fiscalização do Ibama, quando foram apreendidos 15 mil metros cúbicos de madeira ilegal, mas a reação da sociedade impediu que ela continuasse. "Viemos para dar continuidade à fiscalização." No Rio, o ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu que havia, "de certa forma, um vácuo da presença do Estado", ao comentar a chegada dos homens da Força Nacional. Segundo ele, a intenção é criar de "10 a 12" postos permanentes para "estrangular" o transporte ilegal de madeira. "Lastimavelmente é uma atividade econômica que se comunica com a subsistência", disse Tarso.
CURIOSIDADE
Tailândia foi fundada em 1979. Ganhou esse nome por causa da confusão fundiária e da violência, quando ainda era um projeto de assentamento de colonos do governo do Pará. Como o presidente do Instituto de Terras do Pará chamava-se Iris, cogitou-se dar ao local o nome de Irislândia. Não pegou. À época, o país Tailândia, na Ásia, passava por abalos sociais. Alguém - não se sabe quem - disse que aquela região parecia a Tailândia. Pegou. Ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando a população protestou, ontem, com a chegada do restante dos policiais, não houve resistência. Curiosos olharam de longe a passagem dos veículos blindados.
João Domingos e Felipe Werneck, Estadão. Foto matéria.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Marta usou Finatec para fazer livro em 2004. Contratada pela Prefeitura de São Paulo para o desenvolvimento de um novo modelo de gestão das 31 subprefeituras, a Finatec, fundação ligada à UnB (Universidade de Brasília), editou um livro sobre a administração petista em agosto de 2004, ano eleitoral.Sob o título "Descentralização e Poder Local - A Experiência das Subprefeituras no Município de São Paulo", a publicação conta com apresentação do então secretário de Subprefeituras, Carlos Zaratinni (PT). Nela, o hoje deputado aponta a população como testemunha de mudanças na cidade.Esse trecho consta do relatório da corregedoria da prefeitura na tentativa de ilustrar uso político de contrato feito com a Finatec na gestão da antecessora, Marta Suplicy (PT). CATIA SEABRADA; REPORTAGEM LOCAL. 2602.
Lucro do BB cai 16,3% em 2007 para R$ 5,058 bi. SÃO PAULO - O Banco do Brasil registrou lucro líquido consolidado de R$ 5,058 bilhões em 2007, mostrando queda de 16,3% sobre o lucro registrado em 2006, divulgou a instituição nesta terça-feira, 26. O retorno sobre o patrimônio líquido caiu de 32,1% para 22,5%. Conforme a instituição, a explicação para a diferença entre os resultados se deve ao impacto dos efeitos extraordinários nos dois períodos. Descontados esses efeitos, o lucro recorrente de 2007 foi de R$ 5,748 bilhões, com avanço de 56,8% sobre os R$ 3,665 bilhões do lucro recorrente de 2006. Ainda sem os efeitos extraordinários, o retorno sobre o patrimônio líquido de 2007 ficou em 25,5%, seis pontos porcentuais maior do que no exercício anterior. Silvia Araujo, Ag.Estado.2602.

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco130655,0.htm

Procurador denuncia Palocci pela quebra de sigilo do caseiro. O deputado Antonio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda do governo Lula, foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por quebra de sigilo funcional - crime cuja pena varia de 1 a 4 anos de prisão. Ele é acusado de envolvimento na quebra de sigilo bancário e divulgação de dados do caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, dias após este ter relatado, em entrevista ao Estado, publicada em março de 2006, que Palocci participava de reuniões com lobistas em uma casa no Lago Sul de Brasília. Nildo disse que os encontros, freqüentados pela "república de Ribeirão", incluíam festas e partilha de propina. Contou ter visto malas e maços de dinheiro com Vladimir Poleto, ex-assessor da Prefeitura de Ribeirão Preto, cidade que havia sido governada por Palocci. Ainda segundo Nildo, esse dinheiro seria enviado de São Paulo por Rogério Buratti, ex-secretário de governo de Palocci em Ribeirão. Três semanas após o escândalo da quebra de sigilo, Palocci deixou a pasta da Fazenda. Além do ex-ministro, foram denunciados o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda Marcelo Netto. Ambos, segundo o Ministério Público, contribuíram para a quebra do sigilo e a divulgação de dados bancários de Nildo. . Felipe Recondo, Estadão, 2602.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080226/not_imp130600,0.php

Esquema em AL incluía juiz, diz PF. Investigação da Polícia Federal em Alagoas identificou ligações entre o Judiciário e o Ministério Público do Estado e a suposta organização criminosa que desviou R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa. Em conversa telefônica gravada pela PF com autorização da Justiça Federal, um juiz que atua temporariamente no Tribunal de Justiça pede a um deputado estadual -segundo a interpretação da PF- que um cunhado seja colocado folha de pagamento da Assembléia.As escutas, segundo a PF, também identificaram que o promotor Cyro Blater, de Satuba (AL), passou informações sobre as investigações a integrantes do esquema e, em troca, teve uma amiga incluída na folha de pagamento do Legislativo. Ele nega a acusação. SÍLVIA FREIRE; DA AGÊNCIA FOLHA. 22602.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2602200810.htm

Lula diz que porrada não educa e defende investimentos para conter criminalidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o Estado deve investir em infra-estrutura, educação e geração de emprego como forma de oferecer oportunidades à população e evitar a criminalidade. Segundo Lula, se o Estado e as empresas não oferecem oportunidades, o "crime organizado" e a "bandidagem" oferecem. Em discurso durante visita às obras da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), em Santa Cruz, no Rio, Lula defendeu investimentos em áreas carentes da cidade, mas não uma "intervenção com a polícia"
"Nós vamos visitar o Complexo do Alemão, vamos visitar Manguinhos, vamos visitar a Rocinha para levar investimentos de milhões e milhões de reais para fazer casa, escola, rua, hospital, água e esgoto. Se porrada educasse as pessoas, bandido saía da cadeia santo. O que educa as pessoas são oportunidades, são gestos de solidariedade, é as pessoas acreditarem que amanhã terão oportunidade", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u376200.shtml

REFORMA TRIBUTÁRIA: A HORA É AGORA!?


Em reunião reservada com os líderes de sua tropa no Congresso, Lula esboçou, na noite desta segunda-feira (25), os planos políticos do governo para os próximos meses. Pôs em segundo plano o debate sobre a CPI dos Cartões. Elegeu como prioridade a aprovação no Congresso, ainda em 2008, da proposta de reforma tributária.
Estiveram no gabinete de Lula o ministro José Múcio (Coordenação Política), os líderes do governo na Câmara e no Senado –deputado Henrique Fontana (PT-RS) e senador Romero Jucá (PMDB-RR)— e a líder do Planalto no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA). Ouviram do presidente uma recomendação: “Precisamos criar um ambiente político favorável à reforma tributária.” Nas palavras de Lula, a proposta deve ser tratada como “reforma de Estado, de interesse do país”, não como “disputa de governo contra oposição” ou “de governador contra prefeito.” Ele próprio, segundo disse, está de mangas arregaçadas. Nesta segunda, reuniu-se com líderes sindicais. Na quarta, deve receber em Brasília um grupo de cerca de 200 empresários. A pedido de Lula, Fontana, Jucá e Roseana participarão, às 9h30 desta terça-feira (26), da reunião que o ministro Guido Mantega terá, no prédio da Fazenda, com os presidentes do PSDB e do DEM –Sérgio Guerra (PE) e Rodrigo Maia (RJ), respectivamente. Os dois se farão acompanhar dos líderes de seus partidos na Câmara e no Senado. No encontro, a proposta de reformulação do sistema de cobrança de tributos, que o governo planeja entregar ao Congresso na quinta-feira (28), será apresentada não como peça fechada, mas como ponto de partida para uma negociação que resulte em aperfeiçoamentos. “O governo teve a preocupação de incluir no projeto, pelo menos nos pontos essenciais, sugestões de mudanças que têm um razoável grau de maturação na sociedade”, disse Henrique Fontana, depois da reunião com Lula. “Mas é evidente que o projeto está sujeito a aperfeiçoamentos. Qualquer um de nós tem opiniões formadas sobre a questão tributária.” A encrenca da CPI dos cartões corporativos do governo foi discutida no encontro dos líderes com Lula como tema lateral. Abordou-se o impasse gerado pela reivindicação do PSDB e do DEM, que “exigem” a presidência da comissão. A posição de Lula é conhecida. Acha que deve ser respeitado o regimento do Congresso. Ou seja, os governistas PMDB e PT, donos das maiores bancadas, têm o direito de indicar o presidente e o relator da comissão. Lula disse, porém, que não cabe a ele decidir a refrega. Pediu aos líderes que resolvam o problema, junto com o ministro José Múcio. Acertou-se que a palavra final será dada em reunião a ser realizada nesta terça. Jucá e Roseana defendem um acerto com a oposição. Receiam que o impasse leve à instalação de duas CPIs para investigar o mesmo tema –uma mista, com deputados e senadores, e outra exclusiva do Senado. Fontana e Múcio alinham-se com Lula. O líder petista teve o cuidado de escorar sua posição numa pesquisa. Levantou todas as CPIs realizadas nos oito anos da gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso. Foram 29 –três mistas, 21 da Câmara e cinco do Senado. “Só uma, a CPI da Nike, na Câmara, teve relator da oposição, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP)”, diz Henrique Fontana. “A reivindicação da oposição, portanto, não faz o menor sentido”, conclui. O líder de Lula na Câmara oferece uma noção de como o governo pretende lidar com a investigação dos cartões: “Essa CPI tem uma importância diminuta. Assinei o requerimento porque era importante deixar claro que não há medo de investigar. Mas disse que essa é uma CPI desnecessária. Há outras estruturas do Estado, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União, que teriam melhores condições de verificar eventuais abusos. Vamos levar a CPI com serenidade, seriedade e profundidade. Mas ela vai seguir o seu caminho e vamos discutir a reforma tributária e as demais necessidades do país.” A julgar pelo entendimento firmado pelas legendas oposicionistas, a investigação dos cartões pode não ser marcada pelo signo da “serenidade”. Reunidos nesta segunda, os líderes do PSDB e do DEM acertaram o seguinte: prevalecendo o impasse em relação ao comando da CPI mista, a oposição exigirá do presidente do Congresso, Garibaldi Alves (PMDB-RN), a instalação da CPI exclusiva do Senado. E o governo será forçado a conviver não com uma CPI, mas com duas. “Não vejo como não instalar a CPI mista. Os deputados querem”, diz José Agripino Maia, líder do DEM. “Mas vamos exigir também a instalação da CPI do Senado. Se o governo quer assim, não tem problema. Teremos duas CPIs.” E quanto à reforma tributária? “A reunião que teremos com Guido Mantega não significa nenhum tipo de compromisso”, diz Agripino. Acha possível que o Congresso a reforma em 2008? “Muito difícil”, diz Agripino. “Há enorme dissenso. O que Goiás quer, São Paulo não quer. O que o Rio grande do Norte deseja, não coincide com os anseios do Rio Grande do Sul. Seria necessário um comando nítido do governo, que não existe. Além disso, precisamos descobrir os gatilhos escondidos no meio da proposta.” Lula espera obter mais boa vontade do PSDB, à frente de governos estaduais do peso de São Paulo (José Serra) e Minas Gerais (Aécio neves). Não por acaso, Mantega reuniu-se nesta segunda com Aécio, que saiu da reunião elogiando a proposta oficial. Esboça-se a mesma dicotomia que permeou o debate da CPMF. A acidez do DEM tende a ser temperada por uma disposição do PSDB para o entendimento.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 2602.

GOVERNO LULA: COM POUCO GÁS

'Até 2012, vamos ter que tirar quase da própria pele', diz Lula sobre gás

De Buenos Aires para a BBC Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite desta segunda-feira, em entrevista a um programa de TV argentino, que os investimentos para exploração de gás na Bolívia só vão surtir efeito daqui a quatro anos, em 2012. "A Bolívia tem muito gás, mas esse gás precisa ser explorado. E para ser explorado tem que ter investimentos, e o resultado destes investimentos não aparece no dia seguinte", afirmou. "Até 2012, vamos ter que tirar quase que da própria pele para atender as necessidades do mercado argentino, do mercado brasileiro." Segundo Lula, a Bolívia deverá produzir em 2012 o equivalente a 73 milhões de metros cúbicos de gás. Hoje, estima-se que essa produção esteja em torno de 45 milhões de metros cúbicos de gás - insuficientes para atender à demanda interna da Bolívia e os mercados do Brasil e da Argentina. As declarações do presidente foram feitas durante entrevista ao jornalista argentino Joaquín Morales Solá em seu programa de televisão Desde el Llano, da emissora TN (Todo Noticias). A entrevista foi gravada no sábado, em Buenos Aires, pouco antes da reunião entre Lula e os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Bolívia, Evo Morales, na qual o Brasil rejeitou a possibilidade de atender o pedido de abrir mão de parte do gás que demanda para atender o déficit argentino. "Problema estrutural" Lula voltou a dizer que o problema energético da região não é conjuntural, mas estrutural. "A comissão formada por Argentina e Brasil está discutindo mudanças estruturais do nosso modelo energético. Ou seja, qual é o nosso potencial hidrelétrico? Qual o nosso potencial de termoelétrica? Ela vai ser movida a que? A gás? Mas se nós não temos gás, vai ser a óleo diesel que polui o planeta, e que é muito caro? Todos estes são desafios que temos para nós nos próximos quatro anos", disse. Lula voltou a afirmar que a expansão econômica do Brasil e da Argentina tem levado a maior demanda de energia, o que não foi previsto no passado. Quando questionado se o Brasil pode ajudar a Argentina, ele respondeu que essa não é uma crise energética da Argentina, mas do mundo inteiro. "E obviamente que (a crise) pega a Argentina, pega o Brasil, pega outros países (...). Na medida em que as duas economias começam a creser, a gente percebe que é preciso produzir cada vez mais energia", disse. Lula contou que disse a Cristina Kirchner, na reunião que tiveram na sexta-feira, um dia antes do encontro com Morales, que é preciso fazer um "levantamento real" da situação energética e seu potencial de produção na América do Sul. "São milhares e milhares de megawatts que poderemos produzir, se trabalharmos de acordo. O Brasil tem disposição de financiar parte deste desenvolvimento porque interessa ao Brasil, interessa à Argentina", afirmou. Cuba Na entrevista, Lula disse que os países do Mercosul devem ajudar Cuba para que o país "não volte a ser um cassino". Mas o presidente afirmou que não deve haver ingerência nas decisões do futuro do país, já que estas cabem aos cubanos. "Acho que Fidel tomou a decisão no momento certo (...). Raúl é um homem preparado. E todos nós devemos contribuir para que Cuba não volte a ser um cassino", disse. Lula defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul. "Eu trabalho para isso, para que a Venezuela entre no Mercosul", disse. Ele afirmou ter dito ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que aproveite o petróleo para "industrializar" a Venezuela, para que produza alimentos no país. A Venezuela importa quase tudo o que consome e hoje vive uma crise de desabastecimento. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. Márcia Carmo - BBC. Estadão, 2602.