PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, junho 06, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] ... nas ''caLêndULAs'' do poder (*)
















Homenagem aos chargistas brasileiros.
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(*) ... não confundir com as ''calendas gregas''.
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BOLSA RIQUEZA = EDUCAÇÃO FORMAL (A informal deve vir de casa).

Só a escola tira da pobreza



Autor(es): Carlos Alberto Sardenberg
O Estado de S. Paulo - 06/06/2011

Não se mede o sucesso de um programa tipo Bolsa-Família pela quantidade de pessoas beneficiadas. É certo que o programa tem o objetivo imediato de aliviar a pobreza corrente e oferecer um mínimo de conforto para as famílias mais necessitadas. Mas isso não retira as pessoas dessa condição. Elas continuam dependendo do dinheiro do governo. Nesse caso, trata-se de assistência social, não de um programa de redução e eliminação da pobreza. Como esse objetivo poderia ser atendido?

A medida essencial está no progresso escolar das crianças atendidas. A ideia básica para esses programas, desenvolvida no âmbito do Banco Mundial, partiu do seguinte ponto: as famílias mais pobres transmitem a pobreza a seus filhos porque não têm recursos para mandá-los para a escola ou porque precisam do rendimento do trabalho dessas crianças. Sem educação formal, estas não encontram bons empregos e, assim, não têm como escapar da pobreza.

Daí o nome técnico do programa - Transferência de Renda com Condicionalidades (Conditional Cash Transfer) - e sua regra básica: a mãe recebe uma renda mínima e mais dinheiro conforme o número de crianças na escola. Trata-se de cobrir aquilo que o menino ou a menina poderiam ganhar trabalhando.

A ideia de entregar o dinheiro partiu da constatação do fracasso de programas antigos, como a distribuição da cesta básica. Em todos os países os problemas se repetiam: corrupção na compra pelo governo, erros na composição da cesta, perdas na distribuição. Auditorias mostravam que, a cada R$ 1 alocado para o programa, menos da metade chegava na casa das famílias pobres.

Que tal dar o dinheiro à família? Muitos tecnocratas diziam que isso daria errado, pois as pessoas gastariam tudo com bobagens ou, pior, com bebida, cigarro e jogo. Um equívoco. A prática provou que as famílias sabem cuidar de si, especialmente quando o dinheiro é entregue para a mãe, como é o caso dos atuais programas.

A segunda ideia boa foi exigir uma condição. A bolsa está condicionada basicamente à presença da criança na escola e, mais que isso, ao seu progresso na educação (frequentar aulas, passar de ano, etc.).

No México Oportunidades, o primeiro programa de âmbito nacional na América Latina, iniciado em 1997 e hoje considerado o mais bem implementado, a bolsa paga por criança aumenta na medida em que esta progride na vida escolar. Vai de US$ 10 (mensais), para alunos do ensino primário, a US$ 58, para os rapazes no 3.º ano do ensino superior, com até 22 anos.

As meninas recebem bolsa maior (US$ 66 no ensino universitário) porque são retiradas da escola com mais frequência, para ajudar na casa e no cuidado com os irmãos. Além disso, o México Oportunidades ainda paga uma caderneta de poupança para alunos do ensino médio. Concluindo o curso, eles podem usar o dinheiro para iniciar um negócio ou financiar os estudos universitários.

No Brasil, o Bolsa-Família atende crianças de até 15 anos. Eis, pois, um caminho para aperfeiçoar o programa brasileiro, sobretudo porque há um problema grave de evasão escolar e atraso no ensino médio. Outro ponto que se poderia copiar do México: o programa é auditado por uma instituição independente.

Resumo da ópera: o programa pode atender 1/4 da população, como ocorre no Brasil e no México, mas fracassará se as crianças não estiverem avançando na escola. Vai daí que a melhora do ensino público é uma condição essencial.

É preciso prestar atenção no foco, porque há sempre uma visão político-clientelista, dinheiro em troca de votos, como, aliás, denunciava Lula em suas campanhas eleitorais antes de ganhar. Ele atacava a distribuição de cesta básica e tíquete de leite, definida como prática eleitoral para ganhar o povo pela barriga. Dizia mais o candidato Lula: "Eles (dirigentes) tratam o povo mais pobre da mesma maneira que Cabral tratou os índios, distribuindo bijuterias e espelhos para ganhar os índios. Hoje, eles (da elite) distribuem alimentos... Tem como lógica manter a política de dominação".

Isso vale para o Bolsa-Família, se o programa for apenas, ou principalmente, de distribuição de dinheiro aos pobres. Há até um argumento econômico a favor dessa distribuição: os beneficiados gastam o dinheiro e movimentam o consumo, de modo que, quanto mais dinheiro dado, melhor. Os pobres continuam pobres, mas gastando o dinheirinho recebido das mãos dos políticos no governo e... votando neles. O que muda tudo é o foco na educação, o efetivo progresso escolar das crianças.

Paternidades. O programa Transferência de Renda com Condicionalidades, desenvolvido no Banco Mundial, foi testado no início dos anos 90 em Honduras.

No Brasil, a primeira experiência nasceu em Campinas, em 1994, numa iniciativa do prefeito José Roberto Magalhães. Era um Bolsa-Escola. Um ano depois, o então governador Cristovam Buarque introduziu o programa em Brasília.

Buarque batalha a ideia desde os anos 80. Colaborou com pesquisadores do Banco Mundial e a Unicef, que estiveram em Brasília, e ajudou o prefeito Magalhães.

O primeiro programa nacional em larga escala começou no México, em 1997. O Brasil foi o terceiro país, com o Bolsa-Escola de 2001, governo FHC, numa iniciativa do Comunidade Solidária, de Ruth Cardoso, que participara dos estudos no Banco Mundial. Em 2002, o Bolsa-Escola e outros programas semelhantes atendiam mais de 4 milhões de famílias.

No início de 2004, depois do fracasso do Fome Zero, o presidente Lula criou o Bolsa-Família, juntando todos aqueles programas. E ampliou o número de famílias beneficiadas para 12,5 milhões.

O risco, hoje, é afrouxar o controle da vida escolar das crianças, tolerar as faltas à escola e acabar levando o programa mais para a distribuição de dinheiro do que o apoio à educação. Ao anunciar a ampliação do Bolsa-Família na semana passada, a presidente Dilma pouco falou da escola.

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GOVERNO DILMA/Lula [In:] Governo QUEM ? (2)

Começo do fim de um mito


autor(es): Rubem Azevedo Lima
Correio Braziliense - 06/06/2011

Ao intervir no governo da presidente Dilma, Lula fez o que tanto queria: ser uma espécie de Rasputin político de nossa czarina.


É difícil dizer quem se saiu pior nesse episódio: ele, como o aventureiro russo, que se dizia purificador de ambientes, ou ela, que aceitou tão estranha taumaturgia. Ambos foram criticados severamente, pelo espetáculo que ofereceram ao Brasil e ao mundo.

Por sorte de Dilma, felizmente, dois de nossos partidos comunistas estão alinhados, e bem, com o governo. Seus Lenines e Trotskis apóiam incondicionalmente a czarina. Quem abriu as baterias mais fortes contra o ex-presidente foi seu ex-ministro Ciro Gomes. Este, induzido por Lula, transferiu o título de eleitor no Ceará para São Paulo, acreditando no apoio lulista à sua candidatura a governador desse estado, em 2010.

Não sem razão, Ciro condenou o quixotismo intervencionista de Lula, que, a seu ver, fragilizou a criatura por ele mesmo lançada candidata e eleita presidente, como a pessoa mais capacitada a governar o país. Dilma nasceu só da cabeça de Lula, não de uma concha de madrepérola, como nas lendas gregas, que ele achasse na praia de Guarujá.

Ele impôs a candidatura de Dilma a seu partido e agora, caprichosamente, age como se reparasse erro de sua pupila. Mas, ao fazê-la defender Palocci, dá um passo arriscado na política brasileira, perigoso para os dois.

Ao se expor, exageradamente, pró-Palocci, como salvador da pátria, o ex-presidente não tem a quem responsabilizar por esse fracasso, que põe em xeque sua suposta competência em escapar incólume dos erros que cometeu, quando na Presidência.

Sobre os ganhos espantosos da consultoria de Palocci, a pressão de Lula sobre Dilma e desta sobre o Congresso, reavivou, na memória popular, o caso do caseiro que denunciou as estroinices do ex-ministro, forçando o ex-presidente a demiti-lo. Agora, porém, o lado cantinfliano e trapalhão de Lula, em fato muito mais grave, faz — quem diria? — exatamente o contrário e sai em defesa fervorosa de Palocci.

Francamente!

O mito de sua suposta infalibilidade em acertos dá sinais de desmilinguir-se, inapelavelmente, e ameaça levar de roldão o governo Dilma.

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GOVERNO DILMA/BASE ALIADA [In:] DEGOLA À VISTA e a prazo ! (2)

ALIADOS COBRAM DE DILMA A SOLUÇÃO SOBRE PALOCCI

ALIADOS DÃO ULTIMATO A DILMA


Autor(es): agência o globo:
Cristiane Jungblut,
Flávia Barbosa,
Geralda Doca e
Isabel Braga
O Globo - 06/06/2011

Aliados do PMDB e do PT cobraram da presidente Dilma Rousseff um desfecho para a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, até quarta-feira, quando o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deve dar seu parecer sobre o caso. A avaliação dos interlocutores do Palácio do Planalto é que a situação de Palocci é insustentável, sob pena de aprofundar a crise e os problemas na relação com o Congresso. Dilma conversou ontem sobre o assunto, por telefone, com o ex-presidente Lula, que é esperado amanhã em Brasília. Uma das alternativas discutidas é a de que Palocci peça licença até o esclarecimento do caso. Deputados admitem que há um grande problema em mexer na composição do governo e criar novas dificuldades com a escolha mal feita do substituto. Dilma teria preferência por uma pessoa com perfil mais técnico, como Graça Foster, diretora da Petrobras, ou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Mas isso criaria um problema na articulação política

Presidente consulta Lula sobre destino de Palocci após base cobrar decisão até quarta-feira

Acabou o prazo para um desfecho político na crise provocada pela revelação da rápida evolução do patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. O PMDB e o PT, os dois maiores partidos da base aliada, passaram a cobrar da presidente Dilma Rousseff uma definição pública da situação de Palocci até quarta-feira, sob pena de se aprofundarem a crise e os problemas na relação com o Congresso Nacional. Há a expectativa de que, quarta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dê seu parecer sobre o caso. A avaliação dos interlocutores do Palácio do Planalto é que a situação de Palocci é insustentável, mas todos admitem que há um grande risco de mexer na composição do governo e criar novas dificuldades a partir da escolha mal feita de um substituto.

O recado foi transmitido ontem por políticos aliados a Dilma. A presidente decidiu conversar sobre o assunto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem. A gravidade da crise levará a encontros hoje entre caciques do PT em São Paulo e Brasília. Lula é esperado amanhã na capital federal.

Para o PT e o PMDB, a presidente precisa tomar uma posição pública sob o risco de agravar ainda mais o momento e aumentar a sangria do ministro da Casa Civil, que não conseguiu reverter sua situação com as explicações dadas na entrevista à TV Globo e depois viu surgirem novas denúncias com a reportagem da revista "Veja" mostrando que ele aluga um apartamento em São Paulo de uma empresa de propriedade de laranjas.

Os deputados querem evitar um desgaste ainda maior na Câmara, já que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), terá que anunciar esta semana a anulação do pedido de convocação de Palocci pela Comissão de Agricultura. No Palácio, uma das alternativas discutidas é Palocci pedir licença até o esclarecimento do caso. A solução lembra o caso de Henrique Hargreaves, ministro da Casa Civil de Itamar Franco, que, alvo de denúncias, deixou o cargo e depois voltou.

Já Palocci disse a interlocutores do PMDB que tinha a esperança de que Gurgel decida até quarta-feira sobre o assunto. O procurador viaja na quinta-feira para o exterior.

Temor de substituto sem expressão

Um dos dilemas de Dilma ontem era encontrar um substituto para Palocci. O temor é que um nome sem expressão política ou alvo de denúncias só aumentasse a crise. O próprio Palocci confidenciou a interlocutores que já tinha feito o que podia, dado as explicações e que a decisão era da chefe.

- A solução agora é da presidente, a partir da dimensão que ela avalia ter o problema. Se vai dizer que (o impacto negativo) já está precificado e vamos em frente com Palocci ou se a crise começará a contaminar o governo, esse custo é inaceitável e vamos trocar - afirmou um político que conversou ontem com o ministro.

O temor é que a crise acabe afetando o andamento do governo. Ministros já reclamam que há falta de diretrizes devido às indefinições.

- A semana é decisiva para Dilma, ela tem que tomar decisão, se fica ou dá tchau ao Palocci. Ela não pode permitir que dúvidas pairem sobre o seu ministro mais importante, que comanda a Casa Civil. Ela tem que encerrar esse debate para não deixar que a crise tenha mais impacto sobre ela. Caso contrário, dará incentivo ao bombardeio - disse um cacique do PT.

Dilma, segundo interlocutores, não gostou do desempenho de Palocci nas entrevistas, no sentido de que não trouxeram novos esclarecimentos sobre o faturamento de R$20 milhões de sua empresa de consultoria, a Projeto. Mas a informação sobre problemas no aluguel do apartamento onde mora serviu para aumentar o desgaste.

O PMDB mantém a estratégia de defender Palocci. Mas os líderes enfatizam que embora reconheçam a importância do ministro para o governo e para a própria presidente, desde a campanha eleitoral, o ministro é do PT e o PMDB não teve qualquer influência em sua indicação, uma escolha de Dilma.

Ela analisava ontem vários rituais para sair da crise. Caciques do PMDB apostavam num tempo até quarta. Já membros do governo e petistas apostavam na saída de Palocci por ser insustentável sua permanência.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que as explicações legais e jurídicas dadas por Palocci foram "suficientes", mas reconheceu o desgaste diário:

- Não é uma posição confortável, a imprensa publicando matérias todos os dias, a oposição fazendo disso um cavalo de batalha. Só a presidente pode decidir o que fazer com ele. Da parte do PMDB, daremos apoio ao ministro, pela importância dele no governo. É decisão exclusiva da presidente, que contará com o respeito e o apoio do PMDB, qualquer que seja ela.

- Quem tem o poder de decisão é a presidente. Houve a fala de Palocci, surgiu um novo agravante, mas pode ser explicado. Se ela não quiser contaminar o governo, tem que tomar uma decisão: ou ele fica e ela banca, ou não fica. Acho que ela deve anunciar (a decisão) e, se decidir que ele não fica, deve anunciar o sucessor no ato - disse o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).


GOVERNO DILMA/PALOCCI [In:] É MENTIRA, TERTA ? (2)

Grata, Dilma reluta sobre Antonio Palocci

Dilma na hora da decisão


Autor(es): Vinicius Sassine, Baptista Chagas de Almeida e Diego Abreu
Correio Braziliense - 06/06/2011

A presidente fez contatos com Lula para saber se mantém o ministro na Casa Civil. A decisão, no entanto, não depende apenas do antecessor. Integrantes da base aliada lembram a gratidão pelo papel que Palocci desempenhou na campanha

Presidente passa o domingo fazendo consultas, inclusive ao ex-presidente Lula, sobre o que fazer com Palocci

A presidente Dilma Rousseff manteve contatos no fim de semana com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para decidir se demite ou mantém Antonio Palocci no cargo de ministro-chefe da Casa Civil. A decisão, porém, não será tomada apenas com base num aval de Lula, fiador de Palocci na composição do novo governo. Na interpretação de integrantes da base aliada, próximos às tomadas de decisão do governo, Dilma tem gratidão por Palocci em razão do papel desempenhado por ele na campanha eleitoral. O então deputado ganhou espaço e deixou de ser apenas uma indicação de Lula, como avaliam lideranças da base aliada. Por isso, o ex-presidente perderia peso na decisão da demissão ou da manutenção no cargo. Mesmo assim, Dilma decidiu consultar Lula antes de decidir o futuro da Casa Civil. "Existe a interferência de Lula, mas, na campanha eleitoral, Palocci ganhou força", diz um dos integrantes da base ouvidos pelo Correio.

O ministro da Casa Civil, até ganhar o cargo, foi um dos principais nomes do PT na montagem do governo, durante o período de transição. Antes de Dilma assumir, reunia-se diariamente com Palocci na Granja do Torto, residência oficial adotada pela presidente eleita antes da posse e nos primeiros dias de governo. O papel desempenhado na fase de transição credenciou Palocci para o ministério mais importante e de maior proximidade à presidente. "Lula está a favor dele, o indicou para a campanha eleitoral. Mas Palocci ganhou a confiança de Dilma", diz um deputado da base. Agora, a permanência do ministro do cargo, depois do agravamento da crise desencadeada pela revelação de que ele aumentou seu patrimônio em 20 vezes nos últimos quatro anos, passou a depender de uma análise conjunta de Dilma e Lula.

O ex-presidente estaria em Brasília ontem para conversar com Dilma, mas a assessoria dele informou que a viagem não ocorreu. Lula teria passado o dia em São Bernardo do Campo (SP), onde mora. Integrantes da base aliada também não souberam informar se Lula esteve em Brasília. Até o início da noite, o ex-presidente não apareceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Lula e Dilma mantiveram contato por telefone. A presidente não tomará a decisão sobre o futuro de Palocci sem consultar Lula. "Ele é a maior liderança política no país. Qualquer decisão precisará ser comunicada a ele", diz um integrante do governo.

Em meio ao acirramento da crise política, Dilma recebe hoje o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. É o primeiro encontro desde a posse. Lula esteve com Chávez na semana passada, numa viagem que incluiu Bahamas, Cuba e Venezuela. O ex-presidente voltou da viagem disposto a conversar pessoalmente com Dilma sobre o futuro de Palocci.

Um nome cotado pela presidente para a Casa Civil, caso decida pela demissão do atual ministro, é o da diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, amiga de Dilma. Também é cogitada a indicação da atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Se isso ocorrer, o Planejamento seria assumido por Paulo Bernardo e, para seu lugar no Ministério das Comunicações, seria indicado o atual secretário executivo da pasta, Cezar Alvarez.

Palocci passou o fim de semana recluso, com o telefone celular desligado. A última manifestação do ministro, depois da entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, foi a divulgação de uma nota, por meio de sua assessoria, para negar o teor de uma reportagem publicada pela revista Veja no último sábado. A reportagem aponta que o imóvel residencial alugado por Palocci em São Paulo foi colocado em nome de laranjas. "O ministro e sua família nunca tiveram contato com os proprietários", diz a nota.

Numa aprovação contestada pela base aliada, Palocci foi convocado para depor na Comissão de Agricultura da Câmara. O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), decide amanhã se a convocação tem validade do ponto de vista do regimento da Câmara ou se será necessária uma nova votação na comissão. Para o líder do PT na Casa, deputado Paulo Teixeira (SP), a convocação deverá ser derrubada. Trinta deputados da própria comissão fizeram um recurso para que a votação fosse anulada. Deve ser feita uma nova votação.

Oposição pressiona

PSDB e DEM prometem se mobilizar no Congresso para pressionar o governo a demitir Antonio Palocci. Antes, o objetivo era o de manter a convocação do ministro para depor na Comissão de Agricultura. Agora, a oposição só fala em demissão. Para o líder da minoria, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), a crise deixou de ser problema de ordem pessoal, restrita ao ministro, para atingir a presidente. "Aguardamos algo de novo, como a demissão dele. Se isso não acontecer, insistiremos na convocação", afirma. Já o líder do DEM, ACM Neto (BA), diz que a avaliação desastrosa que fez da entrevista de Palocci se confirmou.

GOVERNO DILMA/PALOCCI [In:] É MENTIRA, TERTA ?

DILMA DECIDIRÁ FUTURO DE PALOCCI APÓS PARECER DO PROCURADOR-GERAL



DILMA DIZ A PALOCCI QUE SÓ SE DECIDIRÁ APÓS PARECER DO PROCURADOR-GERAL

Autor(es): Leonencio Nossa
O Estado de S. Paulo - 06/06/2011

Presidente teme ser acusada de injustiça caso demita ministro e, em seguida, Gurgel rejeite pedido de inquérito; se houver investigação, afastamento do chefe da Casa Civil será justificado sob argumento de que não se deve atrapalhar as apurações

Em conversa por telefone, a presidente Dilma Rousseff acertou ontem com Antonio Palocci, pivô da primeira crise política do seu governo, que aguardará o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) a respeito das suspeitas de tráfico de influência por parte do chefe da Casa Civil antes de divulgar qualquer decisão sobre o caso.

A espera pela manifestação do procurador-geral, Roberto Gurgel, o que pode ocorrer na próxima quarta-feira, tem dois motivos. Primeiro, Dilma avalia que, se afastar Palocci de imediato, corre o risco de ser cobrada por uma atitude "injusta", no caso de a procuradoria não instaurar inquérito. Na segunda hipótese, de Gurgel achar indícios e abrir investigação, o afastamento de Palocci seria facilitado, sob a alegação de que o governo não vai interferir nas apurações.

Há 22 dias, o ministro está sob ataques da oposição e de setores da base aliada por causa do rápido aumento de patrimônio, que levantou suspeitas de enriquecimento ilícito. De 2007 até o fim do ano passado, ele multiplicou seu patrimônio por 20, informação confirmada pelo ministro na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional de sexta-feira, quando pela primeira vez deu explicações públicas sobre o caso.

No último dia 20, o procurador-geral pediu a Palocci esclarecimentos sobre o aumento do patrimônio pessoal. Números confirmados pelo ministro, na entrevista à TV, mostram que foi no final do ano passado que mais aumentou a renda de sua empresa de consultoria, a Projeto.

Justamente nesse período, Palocci comandava a equipe de transição de governo e, paralelamente, mantinha a empresa. Segundo ele, a Projeto já estava fechada quando assumiu a pasta da Casa Civil, em janeiro.

Ao informar que tinha pedido esclarecimentos a Palocci, Gurgel antecipou, porém, que não via como crime a prestação de serviços de consultoria. O procurador ponderou que o caso poderia ser questionado, isso sim, do ponto de vista ético.

A oposição encaminhou duas representações contra Palocci. A partir das respostas do ministro, Gurgel vai decidir sobre um eventual pedido de abertura de investigação.

No Planalto, parte da equipe de Dilma trabalha com a perspectiva de que Gurgel apresentará a sua decisão até quarta-feira.

Outra ala acha que não é possível prever um prazo - Gurgel pode adiar o anúncio de sua posição para as próximas semanas, o que esticaria a crise política vivida pelo governo.

Chávez. Auxiliares da presidente disseram que ela acertou com Palocci que os dois tentarão manter uma agenda normal nesta segunda-feira, quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, será recebido no Palácio do Planalto e no Itamaraty.

Dilma passou o fim de semana na residência oficial do Palácio da Alvorada, onde conversou com outros interlocutores por telefone. Já Palocci passou o domingo em São Paulo.

Neste fim de semana, Dilma e auxiliares diretos fizeram avaliações sobre a performance do ministro na entrevista ao JN. A presidente se sentiu incomodada ao ouvir o ministro dizer na entrevista que não podia divulgar a sua lista de clientes.

Neste fim de semana, houve mais desgaste político com a divulgação de que Palocci aluga um apartamento de 640 metros quadrados, em Moema, zona sul de São Paulo, de uma empresa que usaria laranjas e endereços falsos. Em nota, o ministro ressaltou que não tem responsabilidade sobre os atos do locador. O Estado esteve ontem no local, mas as informações eram de que ele não estava no apartamento. /

COLABOROU JULIA DUAILIBI

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

Sinopses anteriores:

06 de junho de 2011

O Globo


Manchete: Aliados cobram de Dilma a solução sobre Palocci

Após ser consultado pela presidente, Lula deve voltar a Brasília amanhã

Aliados do PMDB e do PT cobraram da presidente Dilma Rousseff um desfecho para a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, até quarta-feira, quando o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deve dar seu parecer sobre o caso. A avaliação dos interlocutores do Palácio do Planalto é que a situação de Palocci é insustentável, sob pena de aprofundar a crise e os problemas na relação com o Congresso. Dilma conversou ontem sobre o assunto, por telefone, com o ex-presidente Lula, que é esperado amanhã em Brasília. Uma das alternativas discutidas é a de que Palocci peça licença até o esclarecimento do caso. Deputados admitem que há um grande problema em mexer na composição do governo e criar novas dificuldades com a escolha mal feita do substituto. Dilma teria preferência por uma pessoa com perfil mais técnico, como Graça Foster, diretora da Petrobras, ou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Mas isso criaria um problema na articulação política. (Págs. 1 e 3)

Ministro diz que imóvel nos Jardins é para investimento

O ministro Palocci disse que comprou o apartamento de R$ 6,6 milhões nos Jardins, região nobre de São Paulo, como investimento. Por isso, o mantém fechado e continua pagando R$ 13.500 mensais de aluguel para morar no apartamento em Moema, que está registrado em nome de empresa de fachada. (Págs. 1 e 5)

Bombeiros de gabinete vão substituir presos

O novo comandante do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, informou ontem que vai convocar cerca de 39 militares de setores administrativos para substituir os manifestantes que foram presos após invadirem o Quartel Central. O oficial disse que está aberto ao diálogo, mas não teve sucesso em sua primeira iniciativa. Ele disse ter convidado os bombeiros, que estão acampados nas escadarias da Alerj em protesto contra as prisões, para uma reunião em seu gabinete, mas ninguém apareceu. O movimento já afeta os postos da orla, onde ontem o efetivo era reduzido e os salva-vidas trabalhavam sem uniforme. (Págs. 1 e 11 a 13)

Foto legenda: Um PM de cavalaria observa os bombeiros que estão acampados nas escadarias da Alerj em protesto contra a prisão de 439 manifestantes

Projeção dá vitória a nacionalista no Peru

Após uma polarizada campanha, três pesquisas de boca de urna e três contagens rápidas indicaram que o nacionalista Ollanta Humala venceu o segundo turno das eleições presidenciais no Peru, derrotando a filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko. Os candidatos mantiveram cautela, à espera do resultado oficial, uma vez que a vitória de Humala teria sido por uma margem de apenas 3 pontos percentuais. (Págs. 1 e 24)

Em Portugal, a derrota socialista

Com um programa de liberalismo e austeridade, tendo à frente o economista Pedro Passos Coelho, os conservadores do Partido Social-Democrata venceram as eleições ontem e vão assumir o governo de Portugal, impondo dura derrota ao Partido Socialista, no poder há seis anos. A abstenção foi recorde. (Págs. 1 e 25)

Réu em 47 processos vira cônsul

Ex-secretário estadual de Defesa Civil, o coronel Paulo Gomes, que responde a 47 processos de improbidade administrativa, foi nomeado cônsul da Guiana no Rio. Outros servidores são mantidos em cargos públicos, apesar de acusações de fraude. (Págs. 1 e 10)

A nuvem da internet

Capaz de guardar quantidade quase infinita de informação (textos, dados, músicas, fotos, vídeos) com acesso via PC ou celular, a nuvem da internet tem potencial de mercado de US$ 1,4 trilhão por ano. O mundo on-line terá 15 bilhões de conexões em 2015. (Págs. 1 e 19)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Despachantes lucram com dado sigiloso do Detran

Empresas assediam motoristas sob risco de ter a carteira suspensa e cobram R$ 450 para baixar tempo de punição

Empresas que se dizem "parceiras" do Detran-SP usam informações sigilosas de motoristas para oferecer serviços àqueles que correm o risco de ter a habilitação suspensa por infrações, relata Ricardo Gallo.

Ao telefone, despachantes cobram R$ 450 dos condutores com a promessa de reduzir o tempo de punição e até evitar o curso de reciclagem, o que é irregular. Um deles diz receber a lista de um servidor do órgão.

Nomes dos motoristas não são divulgados pelo departamento de trânsito na notificação pelo “Diário Oficial". Recorrer por conta própria custa R$ 200.

O Detran diz desconhecer o esquema. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Aliados temem estender desgaste com Palocci

Numa operação que sujeita o Planalto a danos adicionais, deputados aliados terão de derrubar amanhã a convocação para que o ministro Antonio Palocci fale na Câmara. A oposição promete recorrer ao Supremo.

Deputados fazem pressão para que o governo evite esse novo desgaste, e os principais ministros acham difícil sustentar Palocci. A presidente ainda deve discutir com Lula o destino do seu ministro. (Págs. 1 e Poder A6)

Análise: Dilma depende mais do PMDB do que gostaria

O PMDB exibe uma coesão que não existia sob FHC nem Lula. Pressionada, Dilma desengaveta pedidos de nomeação do partido, diz Josias de Souza. (Págs. 1 e Poder A8)

Foto legenda: Morte na fronteira

Manifestantes sírios fogem de gás lacrimogêneo lançado por tropas de Israel; confrontos na divisa deixaram 22 mortos e 350 feridos (Págs. 1 e Mundo A12)

Investimento em imóveis lidera em rentabilidade

O investimento em imóveis foi o mais rentável em 2010, em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Na capital paulista, o valor dos lançamentos disparou ate 71%. Na média, os preços saltaram 34,4%. (Págs. 1 e Folhainvest B1)

Pesquisa dá vitória a esquerdista em disputa no Peru

Pesquisas de boca de urna divulgadas no início da noite de ontem indicavam o esquerdista Ollanta Humala como vencedor da eleição presidencial do Peru, informa a enviada Patrícia Campos Mello. (Págs. 1 e Mundo A13)

Em Portugal, direita derrota Partido Socialista

O Partido Socialista português obteve sua pior votação em 20 anos. O ganhador foi o Partido Social Democrata, de direita. O próximo premiê será o economista Pedro Passos Coelho, relata o enviado Vaguinaldo Marinheiro. (Págs. 1 e Mundo A14)

Luiz Felipe Pondé

Em um jantar inteligente, pobre fica só na cozinha (Págs. 1 e Ilustrada E10)

Broto de feijão pode ser a causa das infecções (Págs. 1 e Mundo A15)


Editoriais

Leia "Plebiscito-equivocado", que critica a possível divisão do Pará, e "Vagas cortadas", sobre decisão do MEC de diminuir a oferta em faculdades ruins. (Págs. 1 e Opinião A4)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Dilma decidirá futuro de Palocci após parecer do procurador-geral

Posição de Roberto Gurgel sobre as suspeitas envolvendo o ministro deve sair na quarta-feira

Em conversa por telefone, a presidente Dilma Rousseff acertou ontem com Antonio Palocci que aguardará o posicionamento da Procuradoria-Geral da República a respeito das suspeitas que pairam sobre o chefe da Casa Civil antes de tomar uma decisão sobre o caso.

Existem duas razões para esperar pela manifestação do procurador-geral Roberto Gurgel – o que pode ocorrer na próxima quarta-feira. Primeiro, caso afaste Palocci de imediato, Dilma corre o risco de depois ser cobrada por uma atitude injusta, se a procuradoria não encontrar motivos para abertura de inquérito. Porém, se Gurgel apontar indícios de irregularidades, o afastamento de Palocci seria facilitado, para que não se atrapalhem as investigações. Há 22 dias, o ministro está sob ataques da oposição e de setores da base aliada por causa do rápido aumento de patrimônio. Nesse fim de semana, houve mais desgaste com a divulgação de que Palocci aluga um apartamento de 640 m², em bairro nobre de São Paulo, de uma empresa que usaria laranjas e endereços falsos. (Págs. 1 e Nacional A4)

Foto legenda: Categoria critica postura de Cabral

Colegas e familiares pedem a soltura dos 439 bombeiros detidos na ocupação do quartel no Rio. Pelo Código Militar, eles podem pegar até 10 anos de prisão. Mas juristas acham a pena improvável: "O processo não acabaria nem em 50 anos", diz o advogado José Carlos Tórtima. (Págs. 1 e Cidades C5)

Humala vence eleição no Peru, diz boca de urna

Segundo pesquisas de boca de urna, divulgadas ontem logo após a votação, o candidato nacionalista Ollanta Humala obteve 52,6% dos votos contra os 47,4% da conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori. Quase 20 milhões de peruanos escolheram o sucessor de Alan García, em mais de 100 mil locais de votação. (Págs. 1 e Internacional A10 e A11)

Opinião
Mario Vargas Llosa
Escritor peruano
"Nós nos livramos de uma ditadura que foi corrupta e sangrenta e que queria voltar ao poder"

Portugueses elegem um governo de centro-direita

Pedro Passos Coelho, líder do Partido Social Democrata (PSD), foi eleito com margem surpreendente: 38,6% dos votos válidos, superando em 10 pontos o atual premiê, José Sócrates, que renunciou a liderança do Partido Socialista (PS). (Págs. 1 e Internacional A12)

Obras em rodovias não saem do papel

Levantamento feito pelo Estado mostra que concessionárias de estradas federais só investiram 55% do valor definido em contrato para os três primeiros anos. Projetos que deveriam ser entregues em 2012 só ficarão prontos em 2015. Outros ainda nem têm previsão de início. (Págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)

Brasil libera entrada de carros argentinos (Págs. 1 e Economia B11)


Broto é outro suspeito no surto de 'E. coli' (Págs. 1 e Planeta A17)


Denis Lerrer Rosenfield

Código ambiental internacional

A Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2012, será uma oportunidade para discutir sem encenações a "economia verde". (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

O nefasto efeito Palocci

Só há uma maneira de colocar um ponto final na crise: a afastamento do ministro da Casa Civil. (Págs. 1 e A3)


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Correio Braziliense


Manchete: E vêm aí transtornos...

Pelo menos 180 mil passageiros serão prejudicados diariamente com a decisão da categoria de retirar 30% dos motoristas das ruas nos horários de pico (das 6h às 7h e das 16h às 18h). Resultados: ônibus superlotados, metrô sobrecarregado, atrasos no trabalho, trânsito ainda mais engarrafado. Os profissionais querem 16,69% de aumento salarial. Os donos das empresas só atenderão se o valor das passagens aumentar. Caso a reivindicação não seja atendida, no dia 13 a greve será geral.

Nos ônibus
As paralisações têm afetado 90 mil pessoas por turno — 180 mil ao dia. O intervalo das viagens aumentará. Os coletivos, que já transportam em média 100 passageiros cada, ficarão ainda mais cheios e apertados.

No metrô
Os moradores da região sul (a partir de Ceilândia), que usam o sistema, começaram a enfrentar vagões lotados e mais demora. A empresa aumentou o número de empregados e estendeu o horário de pico, em que são usados 24 trens, para até as 10h, como forma de dar vazão ao excedente.

Nas ruas
A PM avaliou ontem que a quantidade de veículos (850 mil/dia) aumentaria em 10%, piorando os engarrafamentos, e pediu mais paciência e atenção aos motoristas. A previsão é de que o transtorno seja maior nas entradas de Taguatinga e Sobradinho.

No comércio
Com as faltas e os atrasos, os varejistas devem faturar de 30% a 40% menos. (Págs. 1, 17 e 18)

Seis cidades do DF ficam sem energia

Moradores de Ceilândia, Guará, Samambaia, Park Way, Candangolândia e Taguatinga sofreram com a falta de luz durante toda a tarde de ontem. Comerciantes fecharam portas e reclamaram o prejuízo. O motivo do apagão, que começou ao meio-dia, foi uma pane em uma das linhas de transmissão que liga Furnas à estação Brasília Sul-Samambaia II. (Págs. 1 e 22)

Grata, Dilma reluta sobre Antonio Palocci

A presidente fez contatos com Lula para saber se mantém o ministro na Casa Civil. A decisão, no entanto, não depende apenas do antecessor. Integrantes da base aliada lembram a gratidão pelo papel que Palocci desempenhou na campanha. (Págs. 1 e 5)

20 palestinos morrem em manifestação (págs. 1 e 12)


Brasileiros dão calote de R$ 59 bi em bancos (págs. 1 e 8)


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Valor Econômico


Manchete: Investidores acham brechas para escapar do IOF maior

Os investidores externos têm encontrado formas para escapar do pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os recursos aplicados no mercado financeiro brasileiro. Desde outubro, o IOF é de 6% sobre o dinheiro que entra para renda fixa e de 2% para ações.

"O mercado sempre encontra soluções criativas para driblar impostos com tal velocidade que o fisco e os reguladores não conseguem acompanhar", diz Alexandre Tadeu Navarro, sócio da Navarro Advogados. "Dessa vez não tem sido diferente", comenta. "Depois do IOF, novas estruturas para investimento direto têm aparecido", confirma Andrea Bazzo Lauletta, sócia do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.

De acordo com Navarro, o investidor externo pode, por exemplo, abrir uma sociedade anônima. Essa empresa então investe em outra companhia que, por sua vez, aplica em outra companhia, que coloca o dinheiro em um fundo de investimento em cotas (FIC) de outros fundos. O FIC Multimercado vai então investir, finalmente, em Fundos de Investimento Financeiro (FIFs), os fundos de renda fixa, ou em fundos de ações. (Págs. 1 e C1)

Aeroportos vão competir nas regiões

A concessão de aeroportos dará às empresas concessionárias liberdade para fixar tarifas e, inclusive, para treinar e empregar seus próprios controladores de tráfego aéreo, atividade hoje subordinada à Aeronáutica. O ministro da recém-criada Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse ao Valor que será adotado o modelo americano, em que cada aeroporto tem uma autoridade máxima. Para estimular a competição entre aeroportos, segundo o ministro, a empresa que ganhar uma concessão numa região não poderá ter outra na mesma área. Quem administrar Guarulhos, por exemplo, não poderá cuidar de Viracopos. Ele revelou que estuda a concessão do Galeão e de Confins. (Págs. 1 e A14)

Foto legenda: Vitória em tempos difíceis

Pedro Passos Coelho, líder do conservador Partido Social Democrata (PSD), deverá chefiar o novo governo português após as eleições legislativas realizadas ontem. (Págs. 1 e A11)

Exploração de gás se aproxima de Abrolhos

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) concedeu pela primeira vez licença de operação para exploração de gás em região próxima ao santuário ecológico do arquipélago de Abrolhos, na costa da Bahia.

A licença de "perfuração exploratória" de gás, concedida à empresa Queiroz Galvão Exploração e Produção, até 2013, impõe condicionantes inéditas. Pela primeira vez, exigirá o uso de mecanismos para detecção noturna de eventuais vazamentos de petróleo no mar e a presença permanente de duas embarcações tipo navios-tanque equipados para conter e recolher possíveis derramamentos de óleo.

As operações no poço licenciado ocorrerão, segundo o Ibama, a 250 km das cinco ilhas integrantes do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, criado em 1983, considerado um santuário para a biodiversidade. Além de tartarugas-marinhas e atobás, a região é considerada um dos melhores lugares para avistar baleias jubarte e uma grande fauna marinha. Os recifes de coral de Abrolhos estão entre os mais exuberantes ecossistemas do mundo. A região possui a principal formação de corais do Atlântico Sul. (Págs. 1 e B7)

Futuro de Palocci na Casa Civil divide governo e PT

Depois de dar vagas explicações públicas sobre o aumento vertiginoso de seu patrimônio, que se multiplicou por 20 em quatro anos, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, conta com a divisão existente no governo e nos partidos da base aliada para se manter no cargo.

A presidente Dilma Rousseff teria gostado do fato de Palocci ter procurado distanciar as suspeitas que recaem sobre ele de uma crise de governo. Muitos líderes da base aliada, no entanto, não acham que Palocci foi eficiente, segundo apurou o Valor, porque seu problema desgastou e fragilizou o governo no Congresso.

Palocci deve pedir demissão espontaneamente apenas se o parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, lhe for contrário. (Págs. 1 e A10)

SIG inaugura fábrica e prevê duplicação

A fábrica de embalagens longa vida do grupo suíço SIG Combibloc será inaugurada hoje, em Campo Largo, no Paraná, e começa a operar com 100% da capacidade tomada, levando a empresa a planejar sua duplicação em até dois anos. É a primeira iniciativa na América do Sul, que agora ganha importância nos planos de internacionalização da companhia, segundo seu presidente, Rolf Stangl. Mesmo antes de ter produção própria na região, as vendas na América do Sul já cresciam mais aceleradamente do que a média mundial. Com capacidade de produção inicial de 1 bilhão de embalagens por ano, a unidade atenderá tanto o Brasil quanto a América do Sul, especialmente o Chile. (Págs. 1 e B8)

Participação nos resultados amplia peso na remuneração

As montadoras estão pagando Participação nos Lucros e Resultados (PLR) até 40% superior aos já elevados valores do passado. O teto pago em PLR em 2010 - R$ 10,8 mil concedidos pela Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) - pode virar piso em 2011. Para os 3,2 mil metalúrgicos da Volvo, em Curitiba (PR), o benefício este ano foi igual a 7,5 salários (R$ 15 mil). Benefícios relevantes como esse, entretanto, se restringem a poucas categorias, como a dos metalúrgicos, uma das mais especializadas.

Quando foi criada, em 1994, a PLR era vista pelos sindicatos como "arma de cooptação" dos trabalhadores, que recebiam o bônus condicionado ao cumprimento de metas de produção. "Trata-se de uma política de salários muito interessante para as empresas", diz Christian Mattos, consultor sênior da Towers Watson. "Na indústria, principalmente, onde a folha de pagamentos costuma representar 8% dos custos totais de produção, uma PLR elevada não onera o caixa e amplia a produtividade".

A negociação de bônus é a causa da paralisação de um mês da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR), onde o sindicato reivindica o pagamento de R$ 12 mil de PLR a 3,1 mil metalúrgicos, mesmo valor acertado com a Renault. (Págs. 1 e A3)

Ganhos do Citi com a alta renda

A estratégia do Citibank de dar prioridade aos clientes de alta renda nas operações de varejo, retomada há dois anos, ganha mais chances de sucesso com o cenário atual de crescimento da economia e dos salários dos brasileiros. "O Brasil mudou muito desde 2006 e focar nesse nicho é possível porque o mercado cresceu", diz Paula Cardoso, principal responsável pela área no Citi. Ou seja, o banco aposta que é possível crescer e até adquirir certa escala mesmo com o foco restrito. Da base atual de 403 mil clientes, 67% têm renda mensal superior a R$ 4 mil. "O público de alta renda consome quatro vezes mais produtos bancários do que os clientes de baixa renda", lembra Paula. (Págs. 1 e C8)

Governador do Rio, Sergio Cabral, acusa bombeiros (Págs. 1 e A6)


Governo rejeita um novo pedido de salvaguarda contra a China (Págs. 1 e A2)


'Come-cotas' leva R$ 3,4 bi dos fundos em maio (Págs. 1 e D4)


Eleições no Peru

Pesquisas de boca-de-urna divulgadas ontem após o segundo turno da eleição presidencial no Peru indicavam a vitória do esquerdista Ollanta Humala sobre a direitista Keiko Fujimori. (Págs. 1 e A11)

Rússia impõe dilema ao Brasil

O Brasil terá que decidir entre o curto e o longo prazo na disputa com a Rússia sobre carnes. As negociações em Genebra deixam claro que, quanta mais concessões tentar obter para o acesso da Rússia na OMC, mais Moscou levantará problemas sanitários. (Págs. 1 e B12)

Voto a distância

O Projeto de Lei 13, originário da Medida Provisória 517, altera a Lei das SA que passa a admitir o voto a distância em assembléia de acionistas. Caberá à CVM regulamentar o texto e determinar a forma de votação, se por meio eletrônico ou pelo correio. (Págs. 1 e D1)

Meio ambiente

Não faz muito tempo, a palavra "negócio" era tabu entre as organizações ambientalistas. Hoje é vista como aliada para salvar o planeta, afirma o biológo Carlos Alberto Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF-Brasil. (Págs. 1 e Caderno especial)

CVM aperta regulação a agentes

Instrução 497 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determina que os agentes autônomos têm de ser pessoa física e só podem estar vinculados a uma única corretora. (Págs. 1 e D2)

Herança no exterior

O Tribunal de Justiça de São Paulo declarou inconstitucional dispositivo da Lei nº 10.705 que prevê a cobrança do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) em inventários ou doações realizadas no exterior. (Págs. 1 e E1)

Trabalho aos domingos

Decisão do Tribunal Superior do Trabalho estabelece que o funcionamento de estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados depende de previsão em acordo coletivo e na respectiva legislação municipal. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Renato Janine Ribeiro

Nunca antes na história deste país tivemos um vice-presidente poderoso como Michel Temer. (Págs. 1 e A6)

Ideias

C. E. Gonçalves e Fabio Kanczuk

Para derrubar a inflação, não há truques: é preciso que a política econômica reduza o crescimento. (Págs. 1 e A12)

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