PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, maio 17, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ATRACOU.

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ELEIÇÕES 2014: A QUEM SERVE O ESTADO?

17/05/2013
Empresários avaliam opções a Dilma

A insatisfação do empresariado com o cenário macroeconômico tende a abrir espaço para o avanço das campanhas de adversários da presidente Dilma Rousseff em 2014. Pesquisas com presidentes de 97 das 200 maiores empresas do país feitas pelo Fórum da Associação Brasileira de Recursos Humanos revelaram um aumento de 33% para 69% entre os entrevistados que apontaram o cenário econômico como maior entrave à competitividade. Dilma perde para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na preferência deles. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teve 11% de "votos" na última enquete.


Grandes empresários preferem Aécio, mas acham que Dilma leva


Por Marli Olmos, Marcos de Moura e Souza e Murillo Camarotto | De São Paulo, Belo Horizonte e do Recife


A insatisfação do empresariado com o cenário macroeconômico tende a abrir espaço para o avanço das campanhas de adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014. Pesquisas com presidentes de 97 das 200 maiores empresas privadas do país, realizada pelo Fórum da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), revelaram um súbito aumento de preocupação com essa questão e uma diminuição na preferência por Dilma, na mesma velocidade. 


Entre a primeira abordagem, em agosto, e a mais recente, em abril, o percentual dos entrevistados que apontaram o cenário econômico como maior entrave à competitividade saltou de 33% para 69%. Dilma perde para o senador Aécio Neves (PSDB) na preferência dos executivos, embora a maioria aponte a petista como vencedora. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), escondido em meio a outros prováveis candidatos na pesquisa de oito meses atrás, ganhou, sozinho, 11% das preferências na última enquete.

A maioria dos executivos que comandam grandes companhias no país prefere Aécio Neves. O percentual dos entrevistados que disseram votar no tucano cresceu de 56% em agosto para 66% no mês passado. A percepção dos dirigentes das maiores companhias privadas do país é, no entanto, de que suas posições estão muito distantes do que pensa a maioria dos eleitores. Nas duas abordagens, mais de 60% dos entrevistados apontaram Dilma como a provável eleita no pleito de 2014. Nas respostas colhidas há um mês, o total dos que acreditam que Dilma será reeleita chegou a 68%.

Embora nenhum dos entrevistados seja identificado, a pesquisa da ABRH envolve dirigentes que são referência na comunidade empresarial. A grande maioria dos grupos que eles representam tem atividade espalhada por todo o território nacional, há várias multinacionais e muitas exportadoras de peso.

O fórum de presidentes é um evento fechado ao público que a ABRH realiza anualmente em São Paulo. Elaborada pela vice-presidente da associação, Elaine Saad, junto com os coordenadores Betania Tanure, Luiz Carlos Cabrera e Vicky Block, a pesquisa é feita durante o evento. Trata-se de uma forma que os organizadores encontraram para detectar os temas que mais preocupam os representantes das empresas. Com esses dados em mãos, a equipe define o formato e as prioridades das discussões do encontro no ano seguinte.

Em pesquisa, 68% dos altos executivos do país preveem que Dilma será reeleita, mas só 12% votariam nela hoje.

Esse encontro de executivos é provavelmente um dos únicos que, de fato, reúne somente presidentes de empresas. "O convite é pessoal e intransferível", diz Betania Tanure. Geralmente, as questões são feitas no meio da reunião e o resultado, apurado de forma eletrônica, aparece em telão imediatamente. Mas este ano, a equipe inovou. Decidiu repetir em abril o questionário distribuído aos presidentes na reunião do último fórum. E enviou as mesmas perguntas aos que haviam participado do evento em agosto. "Quisemos atualizar as opiniões para aperfeiçoar o programa do próximo encontro", diz Betania, também consultora da BTA.

Embora Aécio Neves seja o candidato no qual os empresários ouvidos pela ABRH dizem querer votar, as chances de o tucano vencer caíram entre as duas últimas pesquisas. Por outro lado, a visibilidade da candidatura do governador Eduardo Campos aumentou.

Em agosto, à pergunta "em relação à próxima eleição para presidente quem é seu preferido?", Campos aparecia numa resposta que o unia à ex-ministra Marina Silva e "outros", com total de 19%. Naquela abordagem, apenas 4% achavam que ele ou qualquer outro candidato poderiam ser eleitos. O quadro mudou há um mês. Campos ganhou sozinho a preferência de 11% dos entrevistados e Marina ficou com 6%. Mas à questão "quem deve ser eleito", apenas 3% apontaram o nome do governador pernambucano.

Em relação às preocupações dos representantes setor produtivo, o visível aumento da preocupação com o cenário macroeconômico provavelmente deve ter guiado os organizadores da ABRH a escolher Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, como palestrante do próximo fórum, a 13ª edição do evento, em agosto.

Apesar das incertezas com a macroeconomia, a infraestrutura foi a campeã, em ambas as pesquisas, na questão sobre os entraves que a empresa do entrevistado enfrenta para acelerar a competitividade. Os problemas com estradas, portos e logística em geral foram citados por 70% dos executivos que estavam no fórum de agosto e repetida por 71% dos que responderam ao questionário enviado em abril.

Por outro lado, o empresariado demonstra estar hoje menos angustiado com custos tributários do que há oito meses. Na pesquisa de agosto essa questão apareceu com tanto destaque quanto os problemas logísticos. Total de 71% dos entrevistados apontaram custos com impostos como um dos três maiores entraves para acelerar a competitividade. Já na sondagem de abril, apenas 26% das respostas indicaram a questão tributária entre as maiores preocupações.

O Valor ouviu vários homens de negócios e do setor financeiro que atuam em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Todos, representantes de grupos que são referência e a maioria com atuação nacional, falaram sob a condição de não ter seus nomes e os de suas empresas divulgados. Alguns pediram que tampouco os setores em que atuam fossem mencionados, sob a alegação de que seus comentários sobre política poderiam não ser adequados aos negócios.

Embora grande parte dos representantes de vários setores se mostre satisfeita com recentes programas governamentais, incentivos fiscais e outras medidas que beneficiaram as empresas nas três últimas gestões do Partido dos Trabalhadores, homens que comandam empresas líderes em seus setores começam a prestar atenção em indicações do que eventuais plataformas de Aécio Neves e Eduardo Campos podem conter. A insatisfação com o atual cenário macroeconômico pode, portanto, ser uma brecha para esses opositores elaborarem a estratégia de suas campanhas.

As mudanças nos impostos, destaca um alto executivo em São Paulo, não devem ser em alíquotas, mas na estrutura. O ponto principal, para esse dirigente, que representa uma grande empresa que atua no Brasil e exterior, é que eventual reforma "não empobreça os Estados". Em sua opinião, o que muitos chamam de guerra fiscal é distribuição de renda. "Se os impostos não fossem diferentes, não haveria fábricas no Nordeste", diz. Embora sem candidato definido, esse executivo já sabe, porém, o que busca nas plataformas políticas: investimentos em infraestrutura e reforma tributária.

Concentrados nas bases de origem dos opositores mais fortes - Minas Gerais e Pernambuco - movimentos silenciosos indicam que a campanha de Dilma Rousseff já enfrenta uma discreta concorrência. Em Minas, vários dos executivos ouvidos pelo Valor conhecem Aécio pessoalmente e alguns têm relações próximas com ele; outros o conhecem como figura central do Estado desde o início dos anos 2000. Aécio foi governador por dois mandatos antes de eleito senador.

Os líderes empresariais de Minas têm em Aécio a imagem de alguém pragmático, de um gestor sem manchas de corrupção no currículo e com experiência no Legislativo e no Executivo. Por outro lado, entusiastas da candidatura do tucano se referem ao fato de Aécio não ter dito que realmente quer o Planalto. "Para ser candidato, ele precisa se posicionar rapidamente", diz um líder empresarial.

A um ano e cinco meses do primeiro turno da eleição presidencial, os empresários demonstram dificuldade para captar um discurso de Aécio para 2014. Ao ser perguntado se já identifica nas declarações do representante do PSDB alguma ideia capaz de empolgar eleitores, um deles - que se diz fã do senador - afirma: "Não vi nada ainda que possa sensibilizar o eleitorado, a não ser críticas ao governo". Outro executivo de uma empresa com atuação nacional, acrescenta: "Acho que ele ainda está sem discurso de candidato".

Problemas de infraestrutura preocupam 71% dos líderes das maiores empresas do país.

Para alguns conterrâneos do senador mineiro, a imagem pessoal que ele projeta de boêmio, frequentador de endereços e rodas elegantes poderá atrapalhá-lo numa disputa por eleitores nos rincões do Brasil. "Ele pode parecer a muitos como alguém que não quer abrir mão da vida que tem no Rio, de curtir a noite. Não vejo essa vida muito condizente com a de um presidente", diz um dos poucos que demonstrou mais resistência ao tucano.

Apesar disso, Aécio, nas palavras de um dos entrevistados, conseguiu se converter numa liderança em Minas como há décadas não se via. Sua tradição familiar na política - desde jovem ele aparecia ao lado do avô, Tancredo Neves -, seu carisma e jovialidade empolgam muitos empresários. A avaliação corrente é que o tucano não terá nenhuma dificuldade em atrair doadores de campanha no Estado, ainda que Dilma Rousseff confirme o favoritismo nas pesquisas e que o tucano use a eleição de 2014 como passagem para a de 2018.

Já em Pernambuco, Eduardo Campos trabalha para ser o candidato oficial do empresariado, posto tradicionalmente ocupado pelo PSDB. Para isso, ele aposta no modelo de gestão pernambucano como seu cartão de visitas. O candidato do PSB tem intensificado esforços na aproximação com o setor financeiro. À medida que a pré-candidatura presidencial começou a ganhar corpo, Eduardo Campos visitou banqueiros como Lázaro Brandão (Bradesco) e Roberto Setúbal (Itaú) e foi visitado por André Esteves e Pérsio Arida (BTG Pactual).

Para um banqueiro de Pernambuco, Eduardo Campos e Aécio Neves disputam o apoio empresarial para a corrida ao Planalto com as mesmas bandeiras: eficiência do setor público e revisão do pacto federativo. O histórico político e as idades também são parecidos. O que fará a diferença, a seu ver, é a vontade de ser presidente. "Eduardo quer muito e o querer é fundamental; é um diferencial que ele tem", diz.

O governador de Pernambuco tenta caprichar no discurso que pode atrair o empresariado e o setor financeiro. Desde que passou a considerar a hipótese de concorrer ao Planalto, expressões como metas, monitoramento, meritocracia e resultado - que soam como música aos ouvidos do empresariado - foram incorporadas ao discurso cotidiano de Campos e dos principais membros de sua equipe. Campos também tem repetido com certa frequência que "o Brasil pode fazer mais e melhor", slogan semelhante ao adotado em 2010 pelo então presidenciável José Serra ("O Brasil pode mais").

Os bilionários investimentos públicos e privados direcionados a Pernambuco - muitos dos quais incentivados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - também lhe deram a oportunidade de aprofundar os laços com altos executivos. "Ele parece ter uma proposta diferenciada e tem seguido essa linha do político/gestor. Tem se articulado e pode acabar sendo o candidato da classe empresarial", diz o presidente de uma multinacional.

Um dos principais colaboradores para a elaboração do modelo de gestão de Pernambuco, baseado na perseguição de metas, é o empresário Jorge Gerdau. Apesar de sua proximidade com a presidente Dilma Rousseff, Gerdau é visto no Recife como um dos principais trunfos de Campos no meio empresarial. Grandes empreendedores nordestinos, como Ivens Dias Branco (M.Dias Branco), também são considerados aliados.

Além de outros representantes do setor financeiro, como os casos de Marcial Portela (ex-Santander) e José Olympio (Credit Suisse), foram também procurados pelo governador os comandantes de gigantes como Odebrecht, Cosan e Vicunha Têxtil. A possibilidade de a candidatura de Campos se materializar tem despertado a curiosidade dos empresários sobre suas eventuais ações como presidente.

Em meio às dúvidas sobre o rumo da política monetária, Campos disse em abril que a elevação da taxa básica de juros não seria nenhum desastre. Enquanto correligionários à esquerda espernearam, representantes do setor financeiro cochicharam elogios.

Ao Valor, um banqueiro disse que a declaração do governador é "óbvia" e apenas reforça seu compromisso inequívoco com a soberania do mercado. "Não dá para querer se impor ao mercado. Nenhum governante pode ter hoje a ilusão de que pode dirigir a política de juros. Campos demonstrou que, para ele, está claro que querer dirigir o mercado transcende a ser de direita ou de esquerda", diz.

Em geral, o povo pernambucano também defende o papel do Estado como indutor dos investimentos privados, porém com maior clareza nas regras e possibilidade de lucros. Também é grande entusiasta das concessões, das parcerias público-privadas e de um ministro da Fazenda discreto. "Como um bom juiz de futebol, quanto menos aparecer, melhor é o desempenho", diz um interlocutor privilegiado de Campos.

Em 2002, o empresário Eugênio Staub, da Gradiente, surpreendeu o mercado ao anunciar seu apoio à candidatura Lula. Apesar da simpatia declarada nos bastidores, nenhum empresário ainda manifestou publicamente apoio ao projeto de Campos. O único fato concreto, aliás, foi a perda de José Batista Júnior, do frigorífico JBS, que trocou o PSB pelo PMDB e pode disputar o governo de Goiás. (Colaborou Luciana Seabra, de São Paulo)

ELEIÇÕES 2014: NINHO PAULISTA

17/05/2013
Aécio dá cargos no PSDB a aliados de Serra e Alckmin


Em uma tentativa de atrair integrantes do PSDB paulista, o senador Aécio Neves (MG) entregará postos-chave da Executiva do partido para nomes indicados por Geraldo Alckmin e José Serra. Aécio aceitou integrar à nova direção o deputado Mendes Thame (será o novo secretário-geral) e o ex-governador Alberto Goldman (continuará na vice-presidência).

Aécio põe aliados de Serra e Alckmin em direção do PSDB para ter apoio paulista


Disputa de 2014. Senador que assumirá presidência do partido no sábado e e provável candidato à Presidência negociou com governador; objetivo do mineiro é evitar saída do ex-governador paulista da legenda e assegurar adesão de líderes do maior colégio eleitoral à campanha;


Erich Decat / Brasília
Julia Dualibi
Isadora Peron/São Paulo


Em urna tentativa de atrair integrantes do PSDB paulista, o senador Aécio Neves (MG) entregará postos-chave da Executiva do partido para nomes indicados pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ex-governador José Serra. Mas o senador tucano introduziu uma "trava de segurança" no acordo, segundo integrantes do partido ouvidos pelo Estado: em caso de afastamento ou ausência da presidência do partido, ele escolherá entre os integrantes do colegiado seu substituto.


Após negociação costurada com Alckmin, Aécio aceitou integrar à nova direção dois paulistas ligados a Serra: o deputado Mendes Thame, que será o novo secretário-geral, e o ex-governador Alberto Goldman que continuará na vice-presidência - o cargo, porém, passará por reformulação. A informação foi revelada ontem no blog de João Bosco Rabello.



Outro serrista que deve ter participação na direção é o vereador Andrea Matarazzo. A nova direção será eleita em convenção no sábado, quando Aécio se elegerá presidente do PSDB, no lugar do deputado Sergio Guerra (PE).


O objetivo da composição foi fazer um gesto aos paulistas no momento em que Aécio precisa do apoio dos tucanos do maior colégio eleitoral do País para levar em frente o projeto de ser candidato à Presidência em 2014. 


Também ajuda a estancar a movimentação de Serra, que ameaça deixar o PSDB alegando o ao ter espaço na sigla. Por fim, o acordo também dá legitimidade e um discurso de unidade a Aécio para conduzir o PSDB.

Os acertos para a composição da Executiva ocorreram após telefonemas entre Alckmin e Aécio nos últimos dias. O senador também veio a São Paulo no começo da semana para se encontrar com Serra e discutir a questão partidária. O governador enviou ainda emissários para conversar com Serra sobre a composição da nova direção.

Na convenção de sábado, será apresentado o novo estatuto do partido, que cria um colegiado de seis vice-presidentes. Hoje, o 1º vice-presidente, que é Goldman, assume o partido na ausência do presidente, Mas agora h a verá uma mudança: Aécio poderá escolher entre os vices quem o substituirá em caso de ausência.

O colegiado de vices contará ainda com o ex-senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado Bruno Araújo (PE) - as outras vagas não foram definidas.

Guerra, atual presidente do PSDB, assumirá o Instituto Teotônio Vilela (ITV), comandado atualmente por Tasso.

"Tranquilo". Com essa composição, Aécio acredita que terá um ambiente "tranquilo" dentro do partido. Nos bastidores, aliados de Serra vinham reclamando da falta de espaço para o ex-governador na direção do PSDB. Diziam que os "mineiros" não estavam dispostos a negociar e que a atitude levaria à saída de Serra do partido. Em 2011, aliados de Aécio isolaram Serra na direção partidária. Foi criado um posto figurativo para o paulista, o de presidente do Conselho Político do partido.

Ontem, Alckmin contou que irá à convenção do partido acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Serra. Disse que os paulistas estarão "muito bem representados" na nova executiva.

O governador referiu-se a Aécio como "nosso" candidato a presidente do PSDB e afirmou que o mineiro tem "liderança para comandar o partido".

Já cm relação à candidatura, presidencial, o apoio de Alckmin não é assertivo; "Temos vários bons candidatos. Essa decisão deve ser no final do ano".

ELEIÇÕES 2014: INEQUAÇÕES

17/05/2013
Aécio conclui equação no PSDB

BERTHA MAAKAROUN


Belo Horizonte — 
O senador Aécio Neves (PSDB) assumirá amanhã a presidência nacional do PSDB com os ânimos de “paulistas” pacificados. Depois de negociar com o PSDB de Geraldo Alckmin e o PSDB de José Serra, chegou-se a uma costura à mineira. 


A Secretaria-Geral, segunda função mais importante, exercida pelo deputado federal Rodrigo de Castro (MG) nos últimos anos, será do deputado Mendes Thame (PSDB). Indicado por Alckmin, ele agrada também muito a Serra. Nesse sentido, representa as tendências do PSDB de São Paulo. Além disso, mantém-se a tradição no partido segundo a qual, quando a presidência é ocupada por um senador, o secretário-geral é escolhido pela bancada na Câmara dos Deputados.

Além de Thame, um segundo gesto político foi feito em direção à Serra: Alberto Goldman (SP), que é aliado do ex-governador e atual primeiro-vice-presidente do PSDB, se manteria em uma das três vice-presidências a serem criadas com a modificação do organograma da legenda. 


Para as outras duas vice-presidências, seriam indicados Tasso Jereissati, ex-senador e ex-governador do Ceará — atual presidente do Instituto Teotônio Vilela e que em 2002 rompeu com Serra para apoiar a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PPS) — e o deputado federal Bruno de Araújo (PE), que foi líder do PSDB na Câmara. Jereissati e Araújo são ligados a Aécio. Nesse movimento, Aécio pretende consolidar a aliança de Minas com São Paulo, seu parceiro mais importante para o projeto de consenso partidário.
Diferentemente do que ocorre hoje, quando, pelo estatuto, o primeiro vice-presidente é o sucessor para o comando da sigla, os três vices-presidentes passariam a ter funções administrativas, burocráticas e de comunicação, comandadas pelos políticos, mas com estrutura profissional e técnica. O objetivo seria dar mais dinamismo ao partido, que se organiza, neste momento, para ter mais visibilidade na mídia, participando do debate nacional de temas importantes para a plataforma política de um candidato à Presidência da República. Distribuídas as tarefas entre as forças políticas do PSDB, mas garantindo a proximidade de seus aliados, Aécio pretende estar liberado para tratar do que mais gosta: fazer política.

Decisivo
A presidência do PSDB nacional é, na visão de aliados de Aécio, um passo decisivo para consolidar dentro da legenda a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. O cargo é fundamental na articulação da política de alianças. Além disso, à frente do partido, o presidente ganha em visibilidade com a mídia espontânea em todo o país, não apenas como o principal porta-voz para fazer o enfrentamento com o governo Dilma Rousseff (PT), mas também debatedor de temas e articulador de um projeto político.

Em entrevista ao Correio, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE) lembrou que, em 2006, o PSDB enfrentou dificuldades para tornar o então candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin, conhecido do eleitorado. Esse trabalho acabou ocorrendo durante a campanha eleitoral. Na visão de Guerra, a eleição de Aécio ajuda a antecipar esse processo, uma vez que, como presidente da legenda, ele percorrerá o país conversando e estimulando a militância tucana.

Na convenção de amanhã, não haverá surpresas para o grupo político de Aécio Neves. O deputado federal Sérgio Guerra (PE) passará o cargo para Aécio em clima de unidade. José Serra participará e discursará. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que recentemente protagonizou um embate político com Geraldo Alckmin em torno das alíquotas de ICMS para a Zona Franca de Manaus, também falará em nome dos prefeitos tucanos.

ComposiçãoPresidente 
» Aécio Neves (MG)
Vice-presidentes 
» Tasso Jereissati (CE)
» Bruno Araújo (PE)
» Alberto Goldman (SP)
Secretário-geral
» Mendes Thame (SP)

CNJ/CNBB [In:] ''CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS'' (Gênesis)

17/05/2013
Igreja critica decisão do CNJ


Para a CNBB, Conselho Nacional de Justiça não deve regulamentar união civil homossexual, tarefa que cabe ao poder Legislativo

DIEGO ABREU


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reagiu contra a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, na última terça-feira, aprovou uma resolução que obriga os cartórios de todo o país a celebrar casamentos civis entre homossexuais e a converter a união estável homoafetiva em casamento. A direção da CNBB se reuniu ontem à tarde em Brasília e, ao final do encontro, divulgou uma nota na qual reafirma o “princípio da instituição familiar”, destacando que não cabe ao CNJ regulamentar essa questão. 
Embora tenha criticado a possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a entidade manifesta-se contra o preconceito. “Desejamos também recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito”, destaca o texto assinado pelo presidente em exercício da CNBB, Dom José Belisário da Silva, em conjunto com o vice-presidente, Dom Sergio Braschi, e pelo secretário-geral, Dom Leonardo Steiner.

Para a CNBB, a diferença sexual é “originária” e não mero produto de uma opção cultural. Na avaliação da entidade, que representa a Igreja Católica, “o matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural”. Os bispos acrescentam que o casamento é um patrimônio precioso da humanidade, que não se baseia apenas em afeto, mas em valores subjetivos.

Família

“As uniões de pessoas do mesmo sexo não podem ser simplesmente equiparadas ao casamento ou à família, que se fundamentam no consentimento matrimonial, na complementariedade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e à educação dos filhos”, destaca a nota do CNBB, lida na tarde de ontem por Dom Leonardo Steiner, que acumula as funções de secretário-geral da entidade e de bispo auxiliar de Brasília.

Ao tratar do aspecto jurídico da decisão do CNJ, a CNBB ressaltou que o Poder Judiciário não tem competência para regular o tema. Segundo a entidade, essa seria uma atribuição exclusiva do Congresso Nacional, como representante da sociedade brasileira.

No mês passado, a Igreja excomungou um padre de Bauru (SP) que havia feito declarações de apoio aos homossexuais. Em 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a união estável homoafetiva, a CNBB já havia se manifestado contrariamente à decisão. Dessa vez, a Igreja reafirma sua posição em nota emitida pouco menos de dois meses antes da visita que o Papa Francisco fará ao Brasil.

“Desejamos também recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito” 
Resolução da CNBB

MP 595. PERCO O EMPREGO MAS NÃO PERCO UMA PIADA...

17/05/2013
Um milagre de 41 horas


Enquanto caciques comemoravam o esforço parlamentar para votar MP, servidores se divertiam com piadas sobre raro momento de trabalho

JOÃO VALADARES


No cafezinho da Câmara, na tarde de ontem, dois servidores da Casa conversavam animadamente sobre o que chamavam de “verdadeiro milagre do século”. Numa mesa de canto, falavam muito, riam e faziam piada da jornada histórica de mais de 41 horas a que os parlamentares foram submetidos durante duas sessões para aprovar a MP dos Portos.

O mais velho, após olhar desconfiado para os lados e se certificar de que não havia nenhum deputado por perto, dizia, em tom de ironia, que o parlamento brasileiro se tornaria exemplo mundial após a televisão exibir uma cena rara: deputados trabalhando sem parar. “Pensei que não fosse viver para ver isso. O problema é se inventarem uma PEC para ganharem hora extra.” O interlocutor respondeu de pronto: “Soube que os hospitais de Brasília precisaram de reforço. Metade dos parlamentares foi internada com estafa. A doença grave se chama trabalho”, divertia-se.
A sessão que varou a madrugada, mote para a diversão dos dois amigos, foi a mesma que encheu os deputados de orgulho. Não por terem aprovado a MP dos Portos ontem. Muito mais pela cena rara, aquela mesma a que os servidores se referiam, veiculada para todo o Brasil. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), instalou até um banner com o logotipo da Câmara para conceder entrevista. Daqueles em que os jogadores, após uma partida de futebol, se posicionam para falar em frente às câmeras. 


Cansado, após cumprir a missão, Alves não perdeu tempo. “A partir de hoje, o povo brasileiro, que assistiu a esse debate recorde na história do parlamento, vai poder se orgulhar mais desta Casa”, afirmou Henrique Eduardo Alves. 


O presidente da Casa suou para conseguir aprovar a matéria. A votação de todas as emendas só foi concluída às 2h17. O alívio durou pouco tempo. O drama começou a ser desenhado quando restava apenas a votação do texto final. 


Era votar e correr para o abraço mas, quando a nova sessão foi aberta, não havia mais quórum. Muitos deixaram o plenário no momento em que os destaques foram votados. Outros dormiam na liderança, após serem flagrados por fotógrafos roncando confortavelmente no sofá do cafezinho. 


Para votar a redação final, era necessária a presença de, no mínimo, 257 deputados. Faltavam mais de 60


De barriga cheia, depois de comerem a galinhada feita por funcionárias do deputado Fábio Ramalho (PV-MG) e assistir à eliminação do Corinthians na Libertadores, muitos sumiram. A derrota do governo se desenhava. Desesperados, governistas procuravam os correligionários. Foi um festival de ligações de celular. Todos ao mesmo tempo ligando para os colegas. Parlamentares da oposição, mesmo caindo de sono, já comemoravam.


Mobilização
Diante da derrota que se construía, Henrique Eduardo Alves declarou que, se em 30 minutos o quórum não fosse atingido, a sessão seria encerrada. Vários deputados da oposição registraram a presença para demonstrar a derrota do governo e também não levarem falta numa sessão considerada histórica. Os minutos se passaram e nada de quórum. Alves então mudou a estratégia e avisou que esperaria o tempo que fosse necessário. Uma nova operação de resgate foi montada. Deputados foram acordados por colegas em casa. A mobilização ocorreu entre as 2h20 e as 7h20. 


“Teve gente que foi pego em restaurante e em festas. Um grupo chegou com cheiro de bebida alcoólica”, relata um parlamentar. 


E, aos poucos, a tática de trazer os deputados pelo braço foi obtendo sucesso. Mesmo a contragosto, os congressistas voltaram e encheram o plenário novamente. Um deles chegou a entrar no local sem gravata. Por volta das 8h, a sessão atingiu o quórum e, com 353 deputados, a MP dos Portos foi aprovada às 9h43.

MP 595. ''DE NOITE, EU RONDO A CIDADE A TE PROCURAR, SEM TE ENCONTRAR...'' (Paulo Vanzolini)

17/05/2013
Caça a deputados em bares e hotéis


Panelões de galinhas e arroz de cabrito para saciar a fome

Maria Lima, Jorge William e Paulo Celso Pereira
BRASÍLIA


Pesadelo. Parlamentares são vencidos pelo sono no restaurante
Prato da casa. "Quentinhas" ajudaram deputados a atravessar a noite
bastidores,

Não foi fácil enfrentar o falatório, as brigas, as acusações de maracutaias, a fome, o sono e o tédio da madrugada na votação da MP, que começou na manhã de quarta e só terminou ontem às 9h43.


Enquanto no plenário oposição e governistas se digladiavam, num canto do restaurante anexo um grupo de parlamentares assistia ao jogo da Copa Libertadores: Corinthians x Boca Juniors. Isolado numa fileira de cadeiras, no fundo do plenário, o deputado Luiz Carlos (PSDB-AP) distraia-se em bate-papos na internet e jogando em seu celular, que tapava com as mãos, para não mostrar o conteúdo.


- Faço parte de um grupo que manda foto de todo jeito. Não posso dizer "não" a todo mundo que manda foto. E tem muita coisa que abre de pop up sem a gente querer.

O deputado Fabinho Ramalho (PV-MG), do baixo clero, saciou a fome de quem resistiu no plenário. Com sua cozinheira a tiracolo, levou panelões de galinhada e arroz de cabrito ao restaurante do plenário. Quando raiava o dia, a deputada Flávia Morais (PDT-GO) distribuiu uma rodada de pães de queijo no plenário.


O momento mais dramático da falta de quórum aconteceu entre 3 horas e 5 horas. Enquanto muitos parlamentares, vencidos pelo cansaço, roncavam em poltronas, a obstrução da oposição levou líderes, assessores e ministros a caçar os fujões em casa, restaurantes, bares e hotéis. O deputado Deley (PSC-RJ), ex-craque da seleção brasileira e ídolo do Fluminense e outros times cariocas, voltou com sinais de embriaguez e arrancou gargalhadas ao arriscar um discurso, tropeçando na língua.


- Eu estava bebendo mesmo! Me chamaram e voltei para marcar presença.


Muitos deputados foram tirados da cama e chegaram esbaforidos, sem terno, cinto e gravata. Bernardo Vasconcelos (PR-MG) foi um deles.


- Quando o telefone tocou, estava de pijama de ursinho, enrolado no meu travesseirinho, no melhor dos sonos.

O clima voltou a esquentar quando o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), já rouco de tanto discursar, colocou-se ao lado do microfone para fazer mais um encaminhamento. Desesperado, Geraldo Tadeu (PSD-MG) partiu em sua direção:

- Eu não aguento mais ouvir sua voz! Já te ouvi discursando umas 18 vezes! Isso não se faz homem, deixa disso!

MP 595. O TRABALHADOR DA ''ÚLTIMA HORA''

17/05/2013
Senado aprova MP dos Portos e Dilma estuda veto a 5 pontos


Texto fica próximo do que governo queria; parlamentares encerraram sessão 5h antes de o projeto perder validade
O Senado aprovou ontem a Medida Provisória dos Portos, menos de 5 horas antes de o texto perder a validade. O projeto ficou muito próximo do que o governo queria. Foi mantida a possibilidade de abertura de terminais portuários privados que movimentem cargas próprias e de terceiros. Segundo o Planalto, a medida vai atrair novos investimentos e aumentar a concorrência. O texto segue agora para a presidente Dilma, que analisa a possibilidade de vetar até cinco artigos. A medida provisória foi aprovada na manhã de ontem pelos deputados, após duas madrugadas e mais de 40 horas de discussões. Os senadores levaram 7 horas para confirmar o texto, sem alterações. Houve protestos dos parlamentares contra o curto tempo para análise da proposta.

MP dos Portos é aprovada no Senado e governo pode vetar até cinco artigos

 Brasília

A menos de 5 horas de perder a validade, o Senado aprovou ontem a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que pretende atrair mais investimentos privados para o setor portuário, aumentando a competitividade. O texto, que ficou duas madrugadas sendo discutido na Câmara dos Deputados, segue agora para o Palácio do Planalto, que analisa a possibilidade de vetar até cinco artigos.

É possível que a presidente Dilma Rousseff, segundo fontes opte por manter um ou outro item e regulamente algum por decreto, o que daria margem de manobra para o governo em questões técnicas.

Os senadores precisaram de sete horas para confirmar o texto que veio da Câmara, sem alterações. Até o início da noite, a base aliada deixou os senadores da oposição e os independentes se revezarem nos discursos em plenário, numa tentativa de inviabilizar a votação.

A principal reclamação foi sobre o pequeno tempo para discussão do texto no Senado. A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o governo empurrou "goela abaixo" do Congresso a MP, que poderia ser mais discutida se tivesse sido enviada como projeto de lei. Para aplacar as críticas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que nenhuma outra MP será analisada se não chegar ao Senado com um prazo mínimo de sete dias,

No fim da tarde, os líderes aliados decidiram asfixiar manobras regimentais dos oposicionistas, A primeira iniciativa partiu de Renan Calheiros, Ele rejeitou um pedido do líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), que queria apresentar novas emendas. Em seguida, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), deu o tiro fatal nas tentativas da oposição de prolongar a discussão. Um requerimento dele propôs a rejeição em bloco dos nove destaques e emendas apresentadas pela oposição. Foi aprovado em votação simbólica, abrindo caminho para votação do texto recebido dos deputados.

Câmara. 
O texto final da MP foi aprovado na Câmara perto das 10h da manhã de ontem. O texto-base recebeu o aval do plenário na terça-feira, mas os deputados levaram toda a quarta-feira, além da madrugada e da manhã de ontem para analisar os destaques - mais de 40 horas de apreciação da matéria.

A votação da Câmara foi marcada por manobras regimentais que atrasaram a sessão. Por volta das 7h da manhã de quarta-feira, os líderes do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do PT, José Guimarães (CE), davam a derrota como certa. "A MP vai caducar", reconhecia Chinaglia. 


Foi quando o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que liderou a rebelião da base aliada contra a MP, resolveu trabalhar a favor do governo.


Ele elaborou uma estratégia arriscada e propôs a Alves que encerrasse a sessão se o quórum mínimo de 257 deputados não fosse atingido em 30 minutos. Nesse momento, os deputados da oposição, que estavam em obstrução, registraram presença. Se não o fizessem na última sessão do dia, teriam falta computada e receberiam a pecha de ausentes. Além de ter desconto no salário, teoricamente.


O texto que saiu do Congresso ficou próximo do que o governo queria. 


Foi preservado o centro da proposta, com a possibilidade de abertura de terminais privados que movimentem cargas próprias e de terceiros. Para o governo, a mudança atrairá investimentos, elevará a concorrência e reduzirá preços. 

/ Laís Alegretti, Tãnia Monteiro, Anne Warth, Daniane Cardoso, Ricardo Brito e Ricardo Coletta