PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, março 11, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] ''QUERIDOS E QUERIDAS..."

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ELEIÇÕES 2014: PROMESSAS DE PALANQUE (ELETRÔNICO) *

11/03/2013
José Roberto de Toledo


"Queridos", pero no mucho


Queridos e queridas" é  o novo "companheiros e companheiras". Dilma Rousseff voltou a soar seu bordão ao conjurar eleitores na sexta-feira à noite, no seu pronunciamento em rede de rádio e TV. 

"Meus queridos brasileiros e, muito especialmente, minhas queridas brasileiras" - começou a presidente, antes de anunciar a desoneração da cesta básica, no Dia Internacional da Mulher. Não foi por acaso.

"Queridos e queridas" são a chave para identificar quando Dilma esta em campanha. 

Ao contrário de Lula, que conclamava os "companheiros" em qualquer discurso, ela faz uso seletivo do bordão. Parece até que a evocação depende de quem escreve o texto, se o ghost-writer palaciano ou o marqueteiro da reeleição. Mas importa menos o "quem" do que o "quando".

Em quase 400 manifestações públicas desde que tomou posse da Presidência, Dilma fez uso de "queridos" (no plural) em apenas 58 ocasiões. 

A referência a "queridas" foi duas vezes mais rara: só em 31 vezes. Juntos, "queridos" e "queridas" só saíram da boca de Dilma em 696 de suas falas. Foram poucas e boas, porém.

Os pronunciamentos presidenciais em rede de TV, quando a audiência é potencialmente de dezenas de milhões de pessoas  começam invariavelmente por "Queridas e queridos". Foram cinco vezes em 2011, quatro em 2012 e duas até agora em 2013. 

Dilma tem usado efemérides para monopolizar a TV: Natal, Dia do Trabalho, 7 de Setembro. Vale observar se a regra se repetirá até 2014 ou se o calendário eleitoral se imporá ao cronológico.

Na sexta-feira, as brasileiras foram "queridas" duas vezes e as mães, uma. 

Foi uma rara - senão única - demonstração de afetividade. Dilma costuma ser econômica nos adjetivos que dirige ao público. Fala uma vez "queridos e queridas" na abertura - ou quando se dirige diretamente a audiência - e basta. A repetição adjetiva de sexta-feira sugere um esforço extra para criar empatia.

O bordão é pouco espontâneo, mas maleável. Pode ser adaptado ao alvo, como em "queridas prefeitas e queridos prefeitos", usado por Dilma durante seu encontro com os novos chefes do Executivo municipal - e potenciais cabos eleitorais - em janeiro passado. Pode virar "queridos formandos" (formatura do Instituto Rio Branco) ou "queridos mineiros" (entrega do Mineirão).

Mas "queridos brasileiros" Dilma usa apenas nos pronunciamentos em rede de TV e rádio - ou em ocasiões solenes,, como durante seu discurso de posse no Congresso Nacional.

O "querido" perde a solenidade, porém, se é dirigido a repórteres. Quando a presidente ouve uma pergunta de que não gosta, o interlocutor logo descobre porque a resposta vem precedida de um enfático e irônico "Meu querido...". Por exemplo, em "Meu querido, não respondo a essa pergunta" ou em "Meu querido, eu não vou ficar me atendo à pauta do adversário".

Poucas palavras revelam mais o estado de espírito presidencial do que "querido" - seja pela pronúncia ou pela omissão.

Em 2011, Eduardo Campos ouviu vários "querido", ditos em público pela presidente durante cerimônias em Brasília e no Nordeste. Em 2012 e 2013, nenhum (mesmo quando sua mulher, Renata, foi saudada com um "querida" por Dilma em dezembro, no Ceará). Ao contrário, desde o ano passado que os repasses federais para Pernambuco, o Estado governado por Campos, diminuíram a patamares não d. "querido", mas de oposicionista.

Levantamento feito pelos repórteres Julia Duailibi e Bruno Boghossian, do Estado, mostra que a proporção de repasses voluntários da União a Pernambuco caíram quase pela metade entre o primeiro e o segundo anos do governo Dilma - indo na direção oposta do que ocorreu no governo Lula, quando só cresceram.

Não terá sido coincidência a escassez tanto de investimentos quanto de "queridos" no relacionamento de Dilma com Campos desde que o governador se tornou presidenciável. Daqui até 2014, "queridos" devem sair cada vez com mais frequência da boca de Dilma. Se forem incluídos nas referências ao governador pernambucano, será sinal de que 0 PSB e seu presidente decidiram adiar para 2018 o projeto de concorrer à Presidência.

"Queridos" e "palhaços". Antes "querido" do que "palhaço". Quando mandou um repórter "chafurdar" no lixo e o chamou de "palhaço", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, demonstrou o seu equilíbrio.

Ao não pedir desculpas de viva voz e usar o texto de um subalterno para tentar se redimir, o ministro provou o seu caráter.
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(*)

Darling
'' Darling sei da sua historia,
a mesma historia antiga e repetida
Oh Darling a sua vida tem sido ruim eu sei,
sempre passando dias iguais
A sua noite acabou, mais um amor
Oh, oh, oh Darling é um falso nome,
aonde esconde todo passado...'
'

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METAS DE GOVERNO: TIRO PELA CULATRA ou NO PÉ

11/03/2013
Medidas tópicas têm efeito limitado contra a inflação


As projeções do Banco Central (BC) para o comportamento da inflação neste início de ano estão se mostrando descoladas da realidade. 

No relatório trimestral de inflação de dezembro passado, o BC projetava que o IPCA acumulado em 12 meses terminaria o primeiro trimestre em 5,7%. 

A probabilidade estimada pela autoridade monetária de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2013 se situava em 12%. Este era o cenário de referência do BC, com base na estabilidade da taxa básica de juros nos 7,25% ao ano atuais. 

Os fatos desautorizaram os prognósticos. 

A inflação acumulada em janeiro e fevereiro atingiu 1,47%, chegou a 6,31% em 12 meses e é muito provável que ela estoure o teto da meta de 6,5% em março.

O IPCA de fevereiro, de 0,60%, enfraqueceu as esperanças de que os preços assumissem uma trajetória mais acentuada de queda nos primeiros meses do ano e deixou imensas dúvidas sobre se medidas tópicas, como a redução da tarifa de energia elétrica e a desoneração da cesta básica, dentre outras, serão suficientes para recolocar a inflação rumo à meta de 4,5%.

O agravante é o elevado grau de disseminação dos aumentos de preços pela economia, que os especialistas chamam de taxa de dispersão. Essa taxa chegou a 72,33% em fevereiro. É verdade que esta caiu em relação a janeiro, quando chegou a 75,07%, mas ficou muito acima da registada em fevereiro de 2012, de 59,18%. Os analistas chamam a atenção para o fato de que, desde 2002, essa taxa não ficava acima dos 70%.

A taxa de dispersão mostra que as expectativas de inflação do mercado estão sem âncora, o que, no sistema de metas de inflação adotado pelo Brasil, deveria ser garantida pelo Banco Central.

Em certa medida, o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), emitido após a reunião da última quarta-feira, ficou com aparência de velho.

Este Banco Central por duas vezes contrariou as avaliações do mercado e o tempo mostrou que ele estava certo. Primeiro, no início da gestão de Dilma Rousseff, aumentou os juros de forma mais gradual do que era esperado e, logo no meio do ano - em agosto de 2011 - percebeu que a crise internacional se agravava e isso exerceria um efeito desinflacionário no país.

O diagnóstico do BC, até o momento, é de que há uma forte pressão dos alimentos sobre a inflação corrente e que os índices mensais, este ano, serão inferiores aos de 2012, mas só em meados do segundo semestre é que o IPCA acumulado em 12 meses vai cair.

Haveria boas razões para esperar esse comportamento. Há um choque de oferta de alimentos e larga margem de capacidade ociosa na indústria. O Produto Interno Bruto (PIB) cresce abaixo do potencial desde 2011.

O regime de metas para a inflação é flexível e permite que os bancos centrais acomodem choques de oferta desde que as expectativas sobre a trajetória futura dos preços se mantenham devidamente ancoradas.

O Banco da Inglaterra, por exemplo, decidiu que não vai partir para uma política de aperto monetário à despeito de pressões inflacionárias persistentes. A previsão é de que índice de preços ao consumidor, nos próximos dois anos, fique acima da meta de 2%. O Banco Central do México adotou comportamento semelhante. Manteve os juros inalterados, fundamentado na convicção de que o aumento dos preços era um evento passageiro, o que se confirmou.

No caso brasileiro, o Banco Central vinha trilhando um caminho semelhante. Mas passou, desde fevereiro, a reconhecer que os riscos inflacionários aumentaram e a considerar como real a possibilidade de acionar os instrumentos de controle monetário, como a elevação da taxa básica de juros, a Selic. Foi, na sexta-feira, porém, surpreendido por uma inflação bem superior, no mês passado, do que previa.

O comunicado da última reunião do Copom dizia que, com base na avaliação da conjuntura macroeconômica e da inflação, decidiu manter os juros em 7,25% ao ano; e que iria "acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".

Cabe ao Banco Central, na ata que será divulgada na quinta-feira, explicar como pretende lidar com essa nova realidade.
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PMDB: NADA A TEMER

11/03/2013
Dilma discute reforma ministerial com Temer


Por Bruno Peres | De Brasília

A presidente Dilma Rousseff deve avançar nas mudanças no primeiro escalão do governo aguardadas desde o rearranjo político resultante das eleições municipais, depois de uma agenda intensa de conversas com lideranças aliadas.

A expectativa é que amanhã Dilma discuta a cota do PMDB na reforma ministerial, em encontro com o vice-presidente, Michel Temer.

O cenário proposto pelo PMDB - e que o partido considera mais provável de anuência da presidente - contempla ampliação de espaço na Esplanada dos Ministérios. O atual secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), Wellington Moreira Franco, iria para a Secretaria de Aviação Civil (SAC), pasta em evidência com a realização de grandes eventos no país e de concessões de aeroportos.

Moreira Franco seria substituído por Mendes Ribeiro, que cederia a Agricultura para o presidente do PMDB mineiro e deputado federal Antônio Andrade.

O PMDB abriu mão de candidatura própria em Belo Horizonte para apoiar Patrus Ananias, do PT, derrotada pelo atual prefeito Márcio Lacerda, do PSB, em um dos embates mais emblemáticos entre os dois partidos. Em tratamento de saúde, Mendes Ribeiro, por sua vez, seria menos demandado na SAE, avaliam interlocutores do partido.

O PMDB foi avisado da inviabilidade de entregar o Ministério da Ciência e Tecnologia ao deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), após vir à tona uma série de acusações referentes à época em que o pemedebista integrou a gestão tucana de Geraldo Alckmin (2003-2006).

Chalita era dado como certo para o lugar do atual ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, em razão do apoio à candidatura do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), no segundo turno.

Entre as várias discussões na reforma ministerial, a pasta dos Transportes, também alvo do PMDB, poderia voltar ao PR com um outro nome do partido, que não vê o ministro Paulo Sérgio Passos como uma indicação política da legenda.

Um nome cotado era o do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG). Dilma, entretanto, foi alertada de que o deputado poderia se fortalecer e por em risco as pretensões do PT em Minas. Além disso, há a cobrança do PR para manter a Pasta.

Com a aprovação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa pelo Congresso, Dilma poderá finalmente abrir espaço para o PSD e formalizar sua adesão ao governo. O nome mais cotado é o do vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos.

É ainda considerada incerta a permanência de Brizola Neto (PDT) à frente do Ministério do Trabalho.
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BAÚ DE BONDADES ELEITOREIRAS

11/03/2013
O baú das bondades federais


O    governo deve cortar mais R$ 18,3 bilhões de tributos, ampliando as desonerações já em vilíatty gor e incluindo entre os beneficiários os consumidores da cesta básica e mais alguns setores empresariais. A notícia parece positiva, em princípio, mas por enquanto só foi contada uma parte da história. 

Cortar impostos pode ser uma ideia muito boa, especialmente num país com. uma tributação bem maior que a de outros emergentes e até mais pesada que a de algumas economias desenvolvidas, como a americana, a japonesa, a canadense e a australiana. Mas, para garantir um final feliz, falta saber como fechar as contas. 

A melhor maneira de resolver o problema é racionalizar os gastos, eliminar desperdícios e aumentar a eficiência do setor público. Nenhuma solução parecida com essa está à vista, no Brasil. 

A saída prevista, por enquanto, é a redução do superávit primário, isto é, do dinheiro economizado para pagar juros e controlar a dívida oficial. A solução pode até funcionar durante um ano, mas o governo está assumindo compromissos de longo prazo, alguns permanentes, e o conjunto é muito maior que as bondades previstas para 2013.

Todo possível candidato à eleição presidencial de 2014, incluída a presidente Dilma Rousseff, deveria preocupar-se com essa questão, até porque a festa orçamentária depende só em parte do Executivo. Deputados acabam de aprovar em primeiro turno uma proposta de emenda à Constituição para incluir parte dos funcionários estaduais do Amapá e de Roraima na folha de pagamentos da União. Essa facilidade já havia sido concedida a Rondônia por Lei Complementar de 1981 e consolidada por emenda constitucional de 2009. Pela Lei Complementar, a facilidade oferecida ao governo de Rondônia teria acabado em 1991, mas é muito mais fácil abrir do que fechar as torneiras dos benefícios federais.

A festa orçamentária de 2013 pode até ficar mais quente, mas já está bastante animada. Neste ano, as desonerações previstas até agora devem atingir R$ 70,7 bilhões. O governo tentará abater até R$ 65,2 bilhões do resultado primário, para compensar as reduções de tributos e alguns aumentos de gastos. Graças à redução dos juros básicos, argumentam alguns economistas, o governo pode baixar sem risco o alvo fiscal. A meta de superávit primário oficialmente em vigor, equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), é apontada como excessiva por esses técnicos.

O argumento é perigoso, porque os juros podem novamente subir e isso afetará o custo da dívida, mesmo se a taxa permanecer abaixo dos níveis de 2011. Além disso, o governo melhorou os números finais do ano passado por intermédio de maquiagem. Por meio da famigerada contabilidade criativa, as autoridades tornaram mais apresentável a situação do Tesouro, mas nenhuma pessoa minimamente informada se deixou enganar. Mas o ponto mais importante é outro. O disfarce contábil, mesmo quando funciona por algum tempo, apenas retarda a percepção dos problemas. Em algum momento o País terá de enfrentar a realidade. Então, a solução dos problemas será muito mais penosa.

Falta saber, é preciso insistir, como acomodar, a médio e a longo prazos, as desonerações, o aumento de gastos e os compromissos vinculados aos programas de investimentos. O Executivo promete antecipar receita a quem investir em ferrovias, assumir riscos de várias parcerias e transferir dinheiro a bancos particulares para a infraestrutura. Tudo isso será somado às novas desonerações e àquelas já em vigor. Ao mesmo tempo, o Tesouro continuará capitalizando e alimentando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tem-se falado também sobre socorro a distribuidoras de eletricidade, forçadas a trabalhar com a energia mais cara das usinas térmicas.

Boa parte dessas operações elevará a dívida bruta do Tesouro. Parte da dívida líquida será disfarçada com a contabilização de créditos, como até agora, mas só os muito otimistas levam a sério essa contabilidade. Enfim, até agora, tem-se falado muito sobre bondades fiscais. Falta falar seriamente sobre como ajustar o orçamento para receber sem um grande estouro todos esses encargos.
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NOVOS ÍCAROS

11/03/2013
Ministros do TCU ganham R$ 53 mil para viagens e ‘escondem’ os roteiros

Fábio Fabrini / Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) blindou seus ministros da divulgação de viagens feitas com verba pública. Decisões do plenário impedem o cidadão comum de saber para onde, e com qual justificativa, as autoridades emitiram passagens aéreas bancadas pelo contribuinte. A justificativa é que informar deslocamentos pregressos, feitos nos dois últimos anos, pode trazer "risco à segurança" dos integrantes da corte.

A negativa foi dada em processos nos quais o Estado pediu, via Lei de Acesso à Informação, detalhamento das despesas com voos para "representação do cargo", ou seja, para cumprir compromissos supostamente institucionais, como palestras, solenidades, congressos e homenagens.

Por meio de uma resolução editada em 2009, os ministros do TCU asseguraram para si próprios, além de auditores, procuradores e subprocuradores do Ministério Público que atuam na corte, o direito aos bilhetes, concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a magistrados.

Segundo a norma de 2009, os integrantes do plenário teriam direito a gastar R$ 43,2 mil em voos com essa finalidade. O valor da verba foi atualizado e corrigido pelo IPCA, e, hoje, os ministros podem gastar até R$ 53 mil com viagens.

Para demais autoridades, o montante, atualizado, pode ser de R$ 26,9 mil ou R$ 17,9 mil.

Os dados completos das viagens eram fornecidos pela Secretaria de Comunicação do tribunal até 2011, mas os ministros recuaram. Com a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio do ano passado, passaram a negá-los.

Constrangimento. 
Os despachos em resposta ao Estado dos ministros Benjamin Zymler e Raimundo Carreiro não explicam como a integridade física dos ministros pode ser ameaçada com a divulgação de viagens pregressas.
Segundo fontes do tribunal, a negativa visa a evitar constrangimento, pois é comum as autoridades usarem a verba para viajar aos Estados de origem, nos fins de semana e feriados.

O TCU só abre agora a data e o valor dos voos, mas omite os destinos e as justificativas. As tabelas enviadas ao Estado mostram que só a ministra Ana Arraes consumiu R$ 40 mil em 39 viagens em 2012. Aroldo Cedraz usou mais R$ 30 mil naquele ano e mais R$ 37 mil em 2011, em 48 deslocamentos. Por que e para onde foram é uma incógnita.


Hermético. Na prática, o tribunal tem sido, nesse aspecto, mais hermético que os órgãos que fiscaliza. No Executivo e no Legislativo federais, as mesmas informações estão disponíveis na internet, sem a necessidade de pedido por meio da Lei de Acesso à Informação.

Para Cláudio Weber Abramo, diretor executivo da organização Transparência Brasil, não há justificativa para omitir os dados. "É a posteriori. Como falar em risco meses depois de as viagens terem ocorrido? É uma justificativa cínica", critica.

Segundo Abramo, a situação é "lamentável, mas esperada" num contexto em que cabe aos ministros julgar os pedidos de acesso às próprias despesas. No TCU, essas solicitações têm tratamento diferenciado, sendo apreciadas pela Presidência, e , não pela Ouvidoria, com servidores de carreira. Há a possibilidade de apenas um recurso ao cole-giado de ministros - no Executivo, são quatro. "Se eles podem decidir em causa própria, vão fazê-lo", comenta Abramo.

Conforme o TCU, uma decisão sobre a divulgação das viagens será tomada no futuro, quando o tribunal classificar as informações que, em seu entendimento, podem "se revestir de sigilo". Medida idêntica foi adotada na gestão de Carlos Ayres Britto na presidência do Supremo Tribunal Federal, que protelou por meses o atendimento aos pedidos, mas foi revogada.

As normas do TCU que tratam da Lei de Acesso à Informação, porém, não dão espaço para esse tipo de manobra.

Recurso. 
Na análise de recurso apresentado pelo Estado, a consultoria jurídica do TCU entendeu que a presidência do tribunal descumpriu a Lei de Acesso, pois não obedeceu aos prazos e tampouco apresentou os motivos da recusa. "Alei não prevê tal hipótese de dilação indeterminada de prazo na análise dos pedidos.(...) A análise em que stão deveria ter sido realizada em sua completude", diz o relatório.

O relator, Benjamin Zymler, votou para que o caso fosse rea-nalisado, mas foi vencido pelo ministro Carreiro, que apresentou voto contrário, seguido pela maioria. No plenário, só André Luís de Carvalho votou com Benjamin Zymler.

A abertura de outras despesas tem sido negada pelo tribunal, a exemplo dos reembolsos de despesas médicas. As agendas dos ministros não são divulgadas na internet, o que favorece a discreta atuação de lobistas nos gabinetes. Mesmo que não tenham tarja de sigilosos, os processos não podem ser consultados, exceto pelas partes. Só após o julgamento, os relatórios técnicos são apresentados ao público.

Para Cláudio Weber Abramo, a pressão da opinião pública é que poderia mudar a situação e favorecer a abertura dos dados: "(Os ministros) só reagem com a faca no pescoço".

Limite. O Tribunal de Contas da União informou, em nota, que trabalha para, "o mais breve possível", classificar as suas informações e, assim, divulgá-las "nos limites da lei".

A corte não respondeu a nenhum dos oito questionamentos do Estado, enviados na quinta-feira. "Com o advento da Lei de Acesso, ao mesmo tempo em que se passou a permitir a qualquer cidadão pleitear informações aos órgãos públicos, também exigiu-se que determinados dados fossem resguardados", justificou o tribunal.
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ETANOL/BIOCOMBUSTÍVEL: A ILUSÃO FLEXÍVEL

11/03/2013
Mais caro, etanol é deixado lado pelo consumidor

Por rodar com 100% de etanol (uma raridade no mundo), o "carro verde" é festejado pelo governo e por empresas. Mas o combustível alternativo está sendo deixado de lado pelo consumidor na hora de abastecer os tanques flex, em razão da falta de competitividade de preço em relação à gasolina.

Desde 2003, quando teve início a venda desse tipo de veículo, o consumo de álcool hidratado cresceu em média 32% ao ano, até atingir 164 bilhões de litros em 2009. No mesmo período, a gasolina apresentou elevação anual média de 2,16%.

Nos últimos três anos, enquanto o mercado adquiriu 8,8 milhões de carros flex, o consumo de álcool registrou quedas de 8,5%, 27,7% e 9,6%, respectivamente. O da gasolina, por sua vez, cresceu 17,3%, 18,7% e 11,9%, atingindo volume recorde de 39,6 bilhões de litros no ano passado.
A decisão do governo de segurar os preços da gasolina para conter a alta da inflação, além de tirar a vantagem do álcool - cujo preço precisa ser até 70% do valor da gasolina para compensar a diferença de poder energético está reduzindo investimentos no setor sucroalcooleiro.

"Hoje, nenhum programa de inovação tem prioridade para o etanol, nem mesmo levando-se em conta a saúde da população e o meio ambiente", diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

Ele lembra que os automóveis flex pagam entre 2% e 7% menos : Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) que um modelo à gasolina, ainda que o derivado de petróleo seja o combustível mais frequente usado pelo consumidor. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também é menor.

Um conjunto de medidas para estimular o setor sucroalcooleiro está previsto para ser anunciado nesta semana. Na opinião de Rodrigues, o governo precisa definir uma política de longo prazo que permita a convivência dos dois combustíveis.

"O setor precisa retomar investimentos na expansão da produção e normalmente são necessários 20 anos para amortizar novos investimentos", diz Rodrigues, ao falar da urgência da sempre reivindicada definição da matriz energética brasileira.

Questão cíclica. Para Henry Joseph Jr, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a indústria aprendeu que a questão do etanol é cíclica. "Há momentos em que há algum interesse político, estratégico ou econômico por parte do governo em motivar a produção do etanol", diz. "Mas, em outros, esse mesmo interesse vai a zero".

Joseph acredita que, no futuro, o governo vai voltar a se ater para a importância do setor agrícola na matriz energética, até porque ainda não se sabem exatamente os resultados efetivos que as descobertas do pré-sal terão. "Por isso, o carro flex entra como uma luva, pois deixa o consumidor isento do favorecimento ou não que o governo dá ao uso do etanol", afirma.
A discussão de transformar o etanol em commodity está adormecida. "Os dois maiores produtores, Brasil e EUA, são altamente dependentes do consumo interno, por isso o tema está parado", afirma Rodrigues. Para Joseph, essa condição só será alçada com a chegada do etanol de segunda geração (subtraído de diversas matérias-primas), que deverá elevar o consumo do produto em diversas partes do mundo. / cs.
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PAC/MINHA CASA MINHA VIDA: CAVALGADURAS

11/03/2013
Projeto para baixa renda empaca

Dos 27 imóveis do INSS comprados pelo governo para dar moradias à população de baixa renda, só quatro estão prontos. Para cumprir a promessa do ex-presidente Lula, feita no Natal de 2009, foram gastos R$ 20 milhões. Burocracia, entraves judiciais e a dificuldade de adaptar os prédios atrasaram o projeto


Nó difícil de desatar

De 27 imóveis do INSS comprados para população de baixa renda, só quatro estão prontos

Silvia Amorim

Projeto empacado. O casarão no bairro Vila Monumento, em São Paulo, foi um dos imóveis adquiridos pelo governo Lula em 2009 para virar moradia popular

Imbróglio. Prédio do INSS comprado em Curitiba: governo ainda discute a viabilidade da área para habitação
minha casa minha vida

SÃO PAULO 
Em um antigo esqueleto de prédio do INSS na capital paulista, um cortiço toma conta do terreno onde deveriam ser erguidos apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida. Puxadinhos improvisados com redes de água e energia clandestinas sugerem que o programa habitacional vitrine do governo federal ainda está longe de chegar ali. O retrato paulistano não é o único. De 27 imóveis do INSS comprados por R$ 20 milhões no governo Lula para tornarem-se moradia para famílias de baixa renda, 23 estão empacados pelo país. Só um prédio, em Vila Velha (ES), está em obras.

Problemas como excesso de burocracia, dificuldade para adaptação de prédios comerciais em residências e questionamento na Justiça têm feito o projeto avançar lentamente. 

A aquisição de áreas abandonadas do INSS para moradia foi anunciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009, na tradicional festa de Natal com os moradores de rua em São Paulo. Os contratos foram assinados entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010.

Os imóveis estão espalhados por oito estados - São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. Somente os empreendimentos dos municípios de Floriano (PI) e de Rio Grande (RS) saíram do papel. Na primeira cidade foram três imóveis, entregues em agosto de 2012 a 56 famílias; e na segunda, um, que ficou pronto no mês passado, beneficiando 80 famílias. Todas elas estão enquadradas no grupo mais carente atendido pelo Minha Casa Minha Vida - famílias que têm renda mensal de até R$ 1.600.

As principais vantagens das áreas do INSS são a localização privilegiada, no Centro da cidade, e o acesso fácil à rede de infraestrutura (transporte, saúde e educação) e emprego. No entanto, o que era para ser um facilitador, tem se tornado um nó difícil de ser desatado. Muitos desses imóveis são antigos e estão em mau estado de conservação. Alguns foram invadidos e, geralmente, precisam passar por reformas custosas.

O caso mais complicado está em Curitiba, no Paraná. Numa das ruas mais movimentadas do Centro da cidade, metade de um prédio de 11 andares comprada pelo governo federal por R$ 2,4 milhões (a outra metade foi vendida pelo INSS a particulares) segue desocupada e se deteriorando. Três anos após a aquisição, o governo ainda discute a viabilidade da área para habitação e cogita trocá-lo por outro imóvel. Há negociações com a Cohab de Curitiba para a indicação de um novo local para abrigar 33 famílias. O motivo é o alto custo da reforma, que faria com que o preço das unidades extrapolasse o limite estabelecido pelo Minha Casa Minha Vida para atender as famílias de baixa renda.

Regularização fundiária é outro entrave

Para o secretário-geral da União Nacional por Moradia Popular do Paraná, Roland Rutyna, o governo comprou um "abacaxi":

- Não era esse prédio que queríamos. Era outro, também do INSS, mas eles não quiseram vender. Quiseram passar o abacaxi, e o governo comprou.

No Nordeste, a reforma de um prédio comprado por R$ 1,8 milhão no Centro de João Pessoa, na Paraíba, também está parada. Desde 2010 nas mãos do governo federal, nem o projeto básico para orçar o custo da reforma foi elaborado.

- O edifício não é adequado para habitação, mas para serviços, precisa de uma reforma que não será simples, está ocupado e fica numa área de tombamento - explicou o diretor de Planejamento da Secretaria de Habitação de João Pessoa, Pascal Machado, que prevê para 2014 o início das obras.

A burocracia para a regularização fundiária é outro entrave. Uma das aquisições mais caras - R$ 4 milhões por um terreno em Ipatinga (Minas Gerais) - foi parar na Justiça. A Usiminas, antiga proprietária da área, questionou a destinação do imóvel para moradia, uma vez que havia cedido o terreno ao antigo Inamps para ser construído um hospital no local. A obra está prevista para começar em abril deste ano.

- A previsão inicial era de entrega dos apartamentos no início deste ano. Agora esperamos que seja em 2015 - disse um dos coordenadores da União Nacional por Moradia Popular em Minas Gerais, Whelton Pimental de Freitas.
Segundo o Ministério das Cidades, três imóveis estão em fase de regularização cartorial; cinco, em processo de elaboração ou aprovação de projetos; seis, em processo de chamamento de empresas para execução de projetos e obras; e nove, em fase final para contratação das obras.

Em nota ao GLOBO, a pasta apontou dificuldades: "Esse trabalho está ainda em processo e não foi finalizado, por motivos diversos, como a natureza dos imóveis, pois muitos demandaram ou estão demandando processos burocráticos e, consequentemente morosos, de regularização cartorial. No caso da reforma dos imóveis, é preciso esclarecer que existem poucas empresas construtoras que executam esse tipo de serviço para essa faixa de empreendimentos. Além disso, existem terrenos pequenos, que viabilizam poucas unidades habitacionais, por isso, são considerados pouco atrativos em um momento do mercado tão aquecido".

EM SÃO PAULO, FAMÍLIAS CONTINUAM À ESPERA DOS 12 IMÓVEIS

SÃO PAULO- No dia em que fez o anúncio da compra de imóveis do INSS para oferecer moradia popular nos grandes centros, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em seu discurso, que o povo não deveria ter medo do “peso da caneta ” da Presidência da República porque o governo dele estava preparado para atender às diferentes demandas da população. — Vocês têm que aproveitar este momento, falta um ano (para o fim do mandato dele), não tenham medo do peso da caneta. Vamos fazer levantamentos, um pente-fino das nossas necessidades, para que possamos colocar no papel e atender às demandas de vocês — disse ele. Isso aconteceu numa festa de Natal com moradores de rua e catadores de material reciclado em São Paulo, em 2009. Lula estava acompanhado do então ministro das Cidades Marcio Fortes e assinou contratos de promessa de compra e venda de imóveis. O ex-presidente concluiu o governo sem inaugurar nenhuma moradia nos prédios desocupados do INSS. A capital paulista concentra a maioria das áreas compradas. Ao todo, são 12 imóveis, entre terrenos e prédios, ao custo de R$ 9,2 milhões. No entanto, até hoje, nenhum deles foi entregue às famílias já cadastradas. Lideranças de movimentos de moradia na cidade culpam a construtora contratada pela demora em concluir o projeto da reforma.
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POLÍTICA: ''CAIU NA REDE", ASSINE !

11/03/2013
Abaixo-assinado online desafia a classe política

Bruno Lupion


Dois minutos. Esse é o tempo-necessário para acessar um manifesto online? ler os argumentos e se tomar um apoiador. No último ano mais de 3 milhões de brasileiros agiram dessa forma, e as duas maiores organizações mundiais de abaixo-assinados abriram filiais no País. A novidade piscou no radar da classe política, que ainda tenta aprender como lidar com esse mecanismo de pressão.

Os números são superlativos e devem acompanhar o avanço da banda larga no País - hoje disponível para 30% dos brasileiros. Dois milhões assinaram uma petição para que a Câmara dos Deputados votasse o projeto da Lei da Ficha Limpa. 

Um milhão e 600 mil colocaram seu nome contra a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para presidir o Senado. Recém-eleito para presidir à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados;

O pastor Marco Feliciano (PSC-SC) já é alvo de um manifesto pela sua destituição com 280 mil apoiadores.

O fenômeno virtual desperta desconfiança de setores da sociedade que temem que os abaixo-assinados online consolidem o "ativismo de sofá" e enfraqueçam formas tradicionais de protesto, como intervenções urbanas ou marchas em vias públicas.

Mas, para pesquisadores, atendência é irreversível: a internet consolidou um novo espaço público para debate e formação de opiniões e, assim como provocou mudanças na cultura e na economia, também provocará transformações na política.

Para Pedro Abramovay, diretor de campanhas da Avaaz, ONG internacional de ativismo online que reúne 20 milhões de apoiadores, sendo 3 milhões brasileiros, o modelo tradicional de democracia representativa, com um voto a cada quatro anos, é insuficiente para dar conta de uma realidade na qual os cidadãos podem se conectar rapidamente em torno de um objetivo comum. "Tenho certeza de que a política nunca mais vai ser a mesma", afirma.

Abramovay cita como exemplo o ato de compartilhar uma petição no Facebook, para ele um comportamento "profundamente político" na medida em que a pessoa assume uma posição diante de seus amigos e abre espaço para contra-argumentos. "As pessoas passam tanto tempo na internet, ela é uma parte tão importante para nossas vidas, que considero despolitizador dizer que a política feita ali é menos importante", diz.

Atento ao fenômeno, o parlamento alemão desenvolveu sua própria plataforma oficial para que a população organize abaixo-assinados. Se a petição alcançar 50 mil apoiadores, os deputados são obrigados a discutir o tema, A Casa Branca, nos Estados Unidos, tem sistema parecido, o "We The People".

Latlisy» A Avaaz é financiada por doações voluntárias e se define como uma ONG de defesa do interesse público, e não uma mera plataforma de petições. 

A entidade deleta abaixo-assinados que ferem seus princípios e aposta suas fichas em outros. Sua força vem da união dos manifestos com uma estrutura azeitada para fazer lobby. "A gente combina esse instrumento de petição online com uma equipe que tem acesso a parlamentares, que sabe fazer isso", diz Abramovay, ele mesmo um conhecedor dos meandros de  Brasília: foi ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula.

Na campanha contra Calheiros, a Avaaz visitou gabinetes de senadores e contratou urna pesquisa do Ibope, que apontou que 74% dos brasileiros seriam favoráveis à renúncia do alagoano.

Os pastores Silas Malafaia e Feliciano já avisaram que vão processar a ONG após terem petições a seu favor bloqueadas pela entidade. 

Contrariado, Feliciano organizou um manifesto em seu próprio site e reuniu 150 mil apoiadores. "Isso mostra que nossa atuação tem tido um efeito político grande", diz Abramovay.
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QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

11 de março de 2013

O Globo

Manchete: Razões do pibinho - Gastos em Transportes caem 4,3 bi em um ano
Resultado foi o pior entre os ministérios no ano passado

Investimentos da pasta recuaram de 0,33% para 0,21% do PIB. Analistas veem gargalo ao crescimento e falta de gestão no governo

No ano em que o Brasil cresceu só 0,9%, o Ministério dos Transportes, pasta que é o carro-chefe das obras de infraestrutura, reduziu seus investimentos em R$ 4,3 bilhões. Foram R$ 9,2 bilhões aplicados em 2012, o equivalente a 0,21% do PIB; contra R$ 13,5 bilhões em 2011, ou 0,33% do PIB. Analistas afirmam que a falta de investimentos públicos e privados é o maior gargalo ao crescimento econômico do país. Economistas também criticam as mudanças de marcos regulatórios e veem falta de capacidade de gestão no governo. Enquanto isso, nas estradas federais, houve 8.480 mortes em 2011, segundo o último balanço anual do Dnit. (Págs. 1 e 17)
Dom Odilo é pop
Visto como forte candidato a Papa, o cardeal brasileiro rezou missa em Roma para igreja cheia na antevéspera do conclave: “Nunca vi tanto jornalista interessado em missa.” (Págs. 1, 26 e Ricardo Noblat)
Projeto para baixa renda empaca
Dos 27 imóveis do INSS comprados pelo governo para dar moradias à população de baixa renda, só quatro estão prontos. Para cumprir a promessa do ex-presidente Lula, feita no Natal de 2009, foram gastos R$ 20 milhões. Burocracia, entraves judiciais e a dificuldade de adaptar os prédios atrasaram o projeto. (Págs. 1 e 3)
Deputado reage e pede apoio
O deputado Marco Feliciano disse que sua eleição para presidir a Comissão de Direitos Humanos incomodou o "reino das trevas” e marcou ato com líderes religiosos para apoiá-lo. (Págs. 1 e 5)
Comissões em xeque na Alerj (Págs. 1 e 6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Às vésperas do conclave, cardeais falam de reconciliação
Missas a menos de 48h do início das votações dão 'clima de campanha’ às igrejas de Roma

O domingo em Roma foi de igrejas cheias para assistir às missas rezadas pelos cardeais a menos de 48h do início do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI. As mais concorridas foram as do brasileiro Odilo Scherer e do italiano Angelo Scola, informam José Maria Mayrink e Jamil Chade. Ambos, em suas homilias, falaram sobre a reconciliação da Igreja com o pecador arrependido. D. Odilo, antes da missa, pediu aos fiéis que rezassem pelo “momento importante e difícil” pelo qual passa a Igreja. Scola falou em “momento de aflição”. D. Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, disse que as congregações-gerais realizadas semana passada ajudaram a definir o perfil do novo papa e a escolha deve ser rápida. (Págs. 1 e Vida A12 e A13)

Fotolegenda: Entre fiéis

D. Odilo disse que “Deus está sempre disposto a acolher de volta o pecador que abandona sua fé".
TCU blinda roteiro de voos de ministros
O Tribunal de Contas da União está impedindo a divulgação do destino e da justificativa de viagens feitas por seus ministros com verba pública. A alegação é de que a informação traz ‘risco à segurança’. Em 2009, os ministros tiveram direito ao equivalente a R$ 53 mil em voos. (Págs. 1 e Nacional A4)

R$ 40 mil gastou em passagens, em 2011, a ministra Ana Arraes.
Governo quer substituir taxa sindical
Cobrado desde 1943 de todos os trabalhadores com carteira assinada no País, o imposto sindical deve ser substituído por uma taxa negociada entre sindicatos e categorias, no valor de até 1% do salário por mês. No primeiro momento, porém, o governo vai manter o imposto sindical, e a nova taxa negocial, antigo sonho do PT e da CUT, será criada como uma contribuição adicional. No futuro, o governo pode promover a troca definitiva. (Págs. 1 e Economia B1)
Capriles fará novo confronto com chavistas
Com a eleição presidencial marcada para 14 de abril, os partidos de oposição na Venezuela começaram a traçar sua estratégia para tentar superar a máquina chavista, informa Roberto Lameirinhas. Henrique Capriles deve se registrar hoje como candidato para enfrentar Nicolás Maduro, presidente encarregado. Derrotado por Hugo Chávez em outubro, Capriles obteve 44% dos votos. Ele afirma que as instituições judiciais e eleitorais do país são controladas pelos chavistas. (Págs. 1 e Internacional A9)
Abaixo-assinado online desafia classe política (Págs. 1 e Nacional A7)

SIP discute governos autoritários na AL (Págs. 1 e Nacional A8)

Alexandre Barros 
Ciência sem... critérios

O MEC vai afrouxar os requisitos de língua estrangeira em seu programa de bolsas. O prejuízo será coberto com o meu, o seu, o nosso dinheiro. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
José Roberto de Toledo 
‘Queridos’, pero no mucho

Poucas palavras revelam mais o estado de espírito presidencial do que “querido” - seja pela pronúncia ou pela omissão. (Págs. 1 e Nacional A8)
Notas & Informações
O baú das bondades federais

Cortar impostos pode ser uma ideia muito boa. Falta saber como fechar as contas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Brasileiro vive dia de papa em Roma
O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, não reconhece, mas ocupou, ontem, em Roma, a posição de forte candidato à sucessão de Bento XVI. Câmeras e microfones de jornalistas do mundo todo cercaram o cardeal durante celebração na Igreja Santo André de Quirinale. Houve flashes, aplausos e incentivos dos fiéis que participavam da missa. Em 22 minutos de homilia, dom Odilo não fez menção ao conclave, mas a imprensa italiana sinaliza que ele já teria 30 dos 77 votos necessários. (Págs. 1, 12 e 13)
Venezuela: Oposição enfrenta desânimo
Caracas — Nem a morte de Chávez nem o anúncio de novas eleições conseguiram motivar a oposição. No principal reduto antigovernista, predominam desconfiança, medo e frustração. (Págs. 1 e 14)
Bom motorista vai ter multa perdoada no DF
O condutor que cometer infração média ou leve no trânsito não será multado nem perderá pontos na carteira, levará apenas advertência por escrito, desde que não tenha nenhum outro deslize registrado pelo Detran nos últimos 12 meses. A medida, prevista em lei, deve entrar em vigor no Distrito Federal em 15 dias. (Págs. 1 e 19)
TCU analisa pressa do Ministério do Turismo em emitir pareceres
Pelo menos 17 autorizações de repasses de recursos a prefeituras em 2012 estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mais da metade dos convênios assinados recebeu emendas de deputados e senadores do PMDB. (Págs. 1 e 2)
Comitiva da Fifa faz a última vistoria no Mané Garrincha
antes da inauguração do estádio, prevista para 21 de abril. (Págs. 1 e Super Esportes, 7)
Um basta à violência
Família de Fernanda Grasielly, assassinada pelo ex-namorado em shopping da Octogonal, lidera protesto pelo fim da violência contra a mulher. (Págs. 1 e 21)
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Valor Econômico

Manchete: Argentina rejeita livre mercado para veículos
O governo argentino decidiu rever o acordo automotivo com o Brasil para eliminar o dispositivo que prevê o livre comércio de carros, partes e peças a partir do segundo semestre. Além disso, quer obrigar as montadoras instaladas no Brasil a localizar parte de seu processo produtivo na Argentina. Esse é um dos pontos de atrito entre os dois países que seria tratado na reunião da semana passada entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, cancelada com a morte do presidente Hugo Chávez.

A possível paralisação dos investimentos da Vale na Argentina é outro ponto de atrito entre os dois países, elevado pelo governo Kirchner a assunto de Estado. A Vale deve decidir hoje, em reunião do conselho de administração, se mantém o projeto que prevê investimentos de US$ 6 bilhões em uma mina de potássio na Argentina. A tendência da diretoria é paralisar o projeto. Os argentinos ameaçam retaliar desapropriando a mina, onde a empresa já investiu US$ 1 bilhão aproximadamente. Tanto no caso da Vale como na discussão do regime automotivo, chama atenção a falta de uma proposta clara do governo argentino. (Págs. 1 e A2)
Infraestrutura atrai R$ 70 bi nos Estados
Os planos de concessões e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em infraestrutura previstos pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro devem trazer investimentos de quase R$ 70 bilhões nos próximos anos. A maior parte dos projetos é na área de mobilidade urbana, com destaque para obras de metrôs. Ao contrário do que ocorre no governo federal, nos Estados as PPPs são o modelo preferido, envolvendo cerca de 90% dos projetos. São Paulo concentra o maior número deles. Duas obras de metrô, uma de monotrilho e uma rede de trens consumirão R$ 37 bilhões. (Págs. 1 e A4)
Aperto fiscal ameaça reação nos EUA
A economia americana melhorou, nos últimos meses, reagindo positivamente às injeções de dinheiro promovidas pelo Federal Reserve (Fed, banco central) e à manutenção dos juros baixos. A criação de empregos, indicadores de atividade na indústria, serviços e mercado imobiliário apontam para um crescimento mais firme no setor privado. Para completar, as ações vêm batendo recorde.

Essa paisagem rósea está com os dias contados, porém. A atividade deve perder parte do fôlego nos próximos meses, devido ao efeito dos cortes automáticos de gastos públicos de US$ 85,3 bilhões, que entraram em vigor neste mês, e do aumento de impostos definido na virada do ano, nas negociações que evitaram o chamado abismo fiscal. Além da elevação dos tributos para os mais ricos, subiu o imposto sobre a folha de pagamento para os trabalhadores. (Págs. 1 e A10)
Arrecadação de ICMS indica retomada
Os Estados já sentem o início da recuperação da economia na arrecadação de fevereiro, que reflete os tributos das operações em janeiro. São Paulo teve crescimento real de 4,5% nas receitas com o ICMS em relação ao mesmo mês de 2012. O resultado foi mais vigoroso em Minas Gerais, com alta de 11,9%, de 8,6% em Pernambuco e 22,4% no Rio Grande do Sul, embora o desempenho esteja inflado por uma baixa base de comparação.

Em alguns Estados, porém, como Santa Catarina e Espírito Santo, houve impacto negativo da Resolução 13, que reduziu o ICMS interestadual de importados para acabar com a guerra dos portos.

Os governos estaduais estão cautelosos em relação às projeções para o ano. O ritmo da recuperação ainda é incerto, apesar do início de ano promissor. (Págs. 1 e A3)
Venezuela no Mercosul agora ajuda
O governo brasileiro acompanha de perto os desdobramentos políticos resultantes da morte do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e boa parte da atenção está voltada aos sinais dos agentes políticos em relação à efetiva inclusão do país no Mercosul, medida considerada estratégica para as empresas brasileiras que lá operam.

O Brasil esperava que já no início do ano o país adotasse algumas das medidas em discussão - tarifa externa e nomenclaturas comuns, por exemplo. Na avaliação do governo brasileiro, o ingresso no Mercosul garante a segurança institucional necessária às empresas brasileiras que atuam no país. O vice-presidente Nicolás Maduro, responsável pelas negociações que levaram à adesão venezuelana ao bloco, é visto no Itamaraty como interlocutor confiável e favorito na eleição para suceder Chávez. (Págs. 1 e A11)
Lagarta provoca gastos bilionários
Uma lagarta antes subestimada nas lavouras brasileiras se tornou protagonista de uma crise fitossanitária que já levou os agricultores do oeste da Bahia, onde a situação é mais grave, a desembolsar cerca de R$ 1 bilhão para tentar erradicar a praga nas últimas duas safras. No país, estima-se algo em torno de R$ 2 bilhões. A lagarta Helicoverpa, uma praga comum no milho, passou a atacar culturas como soja e algodão, e virou tema de uma reunião marcada para hoje em Brasília, que deve ter representantes de produtores, do Ministério da Agricultura e da Casa Civil.

Um dos objetivos do encontro é delinear estratégias para evitar que o problema se espalhe para outros Estados, além dos 11 já afetados. (Págs. 1 e B16)
Tensão volta a crescer em Belo Monte
A tensão entre os 18 mil trabalhadores de Belo Monte e o consórcio que constrói a hidrelétrica nas margens do rio Xingu, no Pará, chegou a um nível crítico. O novo ponto de conflito com o grupo liderado pela Andrade Gutierrez tem origem nas horas extras pagas aos funcionários pelo tempo que gastam no deslocamento entre suas casas, em Altamira, até o canteiro de obras. Com a conclusão próxima dos alojamentos, essas horas extras deixarão de existir. Elas aumentam o salário em cerca de 20%. Os trabalhadores decidiram exigir compensação, chamada por eles de "hora confinamento". (Págs. 1 e B6)
Roberto Azevedo se consolida entre os favoritos à OMC (Págs. 1 e A2)

Oferta de ações da Multiplus
A Multiplus fará uma oferta pública de ações para captar R$ 800 milhões. Como a empresa não precisa de recursos, o mercado interpreta que o motivo da operação é abastecer o caixa da TAM, que hoje tem 72,8% da empresa de milhagem e será diluída. (Págs. 1 e B2)
BB capta no exterior para São Paulo
O Banco do Brasil vai captar US$ 2,41 bilhões para financiar investimentos do governo do Estado de São Paulo. As captações terão aval do Tesouro Nacional, mas o risco cambial será do governo paulista. (Págs. 1 e C1)
Amil vai resgatar debêntures
Em meio ao processo de reestruturação após a venda para a americana United Health, a operadora de planos de saúde Amil planeja uma oferta para resgatar duas emissões de debêntures em circulação no mercado, no valor de R$ 12 bilhão. (Págs. 1 e C3)
Banco médio enfrenta desafios
O lucro líquido dos oito bancos médios com ações em bolsa no país diminuiu 35,3% no ano passado, em comparação como resultado de 2011. Cinco deles tiveram redução no ganho, mas o pior resultado foi o prejuízo do PanAmericano. (Págs. 1 e C16)
TJ-SP Impõe limite à juro de mora
Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o Estado não pode cobrar juros de mora superiores à Selic dos contribuintes com débitos de ICMS. A taxa em discussão era de 0,13% ao dia. (Págs. 1 e E1)
Cota para deficientes
Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio Grande do Sul anula multa imposta a empresa pelo Ministério do Trabalho por descumprimento da cota de deficientes. Apesar da busca e da capacitação de candidatos, o número de vagas não foi preenchido. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Edmar Bacha

Não há caminho para o Primeiro Mundo , que não passe pela integração econômica com o resto da comunidade global. (Págs. 1 e A12)

Stéphane Garelli

Financiar estatais com dinheiro público para ajudá-las a ter sucesso no exterior é a mais nova forma de protecionismo. (Págs. 1 e A13)
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