PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, dezembro 07, 2010

XÔ! ESTRESSE (In:) PROMESSAS DE CAMPANHA (ex-ante & ex-post)










[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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DILMA PRESIDENTE [In:] PROMESSAS DE CAMPANHA (O outro lado)

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Paulistério de Dilma é coisa antiga

Política
Autor(es): Raymundo Costa
Valor Econômico - 07/12/2010

Muito se fala sobre o "paulistério" da presidente eleita, Dilma Rousseff. Entre os nomes já confirmados e cogitados para o ministério, o número de paulistas chega a 11. O mesmo número de ministros de São Paulo que tomou posse em janeiro de 2003, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até agora. A maior diferença talvez seja em relação à expressão e representatividade dos escolhidos.

Apesar da vitória esmagadora de Lula sobre o tucano José Serra, no segundo turno das eleições de 2002, era nítida a desconfiança que havia em relação ao governo do PT, sobretudo no meio empresarial e financeiro. Prova disso é que o presidente teve dificuldades para escolher um nome para dirigir o Banco Central. Os que foram consultados antes de Henrique Meirelles temiam a ingerência política no BC. O próprio Meirelles só aceitou depois de arrancar do presidente a promessa de autonomia. E ainda assim Lula conseguiu montar um primeiro ministério expressivo, representativo e diversificado regionalmente.

Para falar só dos paulistas: no Palácio do Planalto tinha José Dirceu com a força de seu mais de meio milhão de votos e de ter sido o presidente do PT que costurou e ampliou as alianças do partido - à direita - na campanha vitoriosa de 2002. Na Casa Civil de Dilma Rousseff ficará o atual deputado federal Antonio Palocci, eleito em 2006 com pouco mais de 150 mil votos, mas que deve ficar sem mandato a partir de 31 de janeiro de 2011. Ex-ministro da Fazenda, a presença de Palocci no Palácio do Planalto é muito bem vista em meios empresariais e financeiros.
Há outros dois paulistas no Planalto, nenhum deles com voto: Gilberto Carvalho, confirmado para a Secretaria Geral, e Alexandre Padilha, que deve ficar com o varejão político do governo Dilma. Luiz Dulci, um sem-voto, é o único remanescente palaciano do primeiro ministério de Lula. Carvalho é o atual chefe de gabinete do presidente. Depois que a coordenação política saiu da Casa Civil, em 2004, o cargo sempre foi ocupado por um político (Aldo Rebelo, Walfrido Mares Guia, Jaques Wagner), até a nomeação de Padilha, que é paulista, mas também se revelou um hábil negociador com os líderes do Congresso, independentemente de partido.

No meio empresarial paulista, Lula pescou Roberto Rodrigues, para o Ministério da Agricultura, e Luiz Fernando Furlan, para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os dois, respectivamente, líderes em suas áreas de atuação e muito ligados à poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na área da produção, entre os nomes de paulistas cogitados para o governo Dilma está o de Wagner Rossi (PMDB), atual ministro da Agricultura - um ex-quercista indicado na cota do vice-presidente eleito Michel Temer, aliás, também ele de São Paulo. Para a Indústria e Comércio, um ministério tipicamente paulista, está cotado um mineiro, Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e amigo de juventude da presidente eleita.

Para a área jurídica, Lula levou para o Ministério da Justiça Márcio Thomaz Bastos, prestigiado advogado de São Paulo. O titular de Dilma no mais antigo ministério da República será o deputado federal José Eduardo Cardozo, que fez carreira na burocracia interna do PT. A exemplo de Palocci, o deputado também desistiu de concorrer à reeleição em 2010, muito embora tenha sido eleito em 2006 com boa votação (104,4 mil votos) e estivesse entre os nomes favoritos do PT para voltar à Câmara. É um dos chamados "desiludidos" com a atividade parlamentar.

O chamado "paulistério" de Dilma deve contar com dois outros nomes, um praticamente certo, o do senador Aloizio Mercadante, e o outro ainda em negociação, o do deputado Vicentinho, para a Secretaria de Igualdade Racial. Mercadante por ter virtualmente "cedido" a vaga no Senado para Marta Suplicy, ao disputar uma eleição desde o início considerada perdida ao governo de São Paulo, a pedido de Lula. O senador é cotado para o Ministério da Ciência e Tecnologia, cargo atualmente em poder do PSB. O sindicalista Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, por seu turno, iria para o governo a fim de abrir uma vaga para o deputado José Genoino, se ele voltar à condição de primeiro suplente da bancada de São Paulo, o que depende de decisões judiciais.

Evidentemente, a referência que se faz é à origem política dos ministros e não à naturalidade propriamente dita. Dirceu, por exemplo, é natural de Passa Quatro, em Minas Gerais, enquanto Humberto Costa, primeiro ministro da Saúde de Lula, eleito em outubro passado senador pelo Estado de Pernambuco, é de Campinas, em São Paulo. O número de paulistas sempre foi grande nos governo, independentemente dos partidos, tucanos ou petistas. É natural que seja assim: São Paulo detém o poder econômico do país, e nos últimos 16 anos a Presidência esteve com um carioca e um pernambucano que fazem política no Estado.

Na cota de São Paulo o ministério de Dilma tem ainda a já anunciada ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pode vir a ter os atuais ministros Orlando Silva (Esportes), que é do PCdoB, e Fernando Haddad, da tendência petista Mensagem ao Partido, nome apadrinhado por Lula para permanecer no Ministério da Educação.

O curioso é que o PT de São Paulo não se considera representado no governo Dilma. É natural. Pelo que foi mostrado até agora, o ministério Dilma Rousseff é generoso em relação ao PT. Dos seis nomes confirmados para o próximo governo, cinco são do PT e de São Paulo- Guido Mantega, Palocci, Gilberto Carvalho, José Eduardo Cardozo e Miriam Belchior. A exceção é Alexandre Tombini, gaúcho e funcionário de carreira do Banco Central. O que incomoda os outros partidos. Inquieta o PT, especialmente o PT paulista, a falta de renovação e de voto do ministério Dilma. Há toda uma nova geração de executivos petistas, sobretudo nas cidades ao redor da capital paulista, ansiosos por abrir o espaço ocupado pela primeira geração petista no governo federal.

Versão Digital da Notícia:

AGRICULTURA BRASILEIRA [In:] A ''FORÇA'' DO CAMPO...

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Avança produtividade do trabalho no campo


Autor(es): Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico - 07/12/2010

A produtividade do trabalho agrícola no Brasil foi a que mais cresceu entre os países em desenvolvimento no período 1988-2008, confirmando a pujança do país nesse setor globalmente.

O crescimento foi de 123,7%, com o valor agregado por agricultor pulando de US$ 1.435 para US$ 2.311 em vinte anos.

Em comparação, a produtividade do agricultor na Argentina subiu 60,9%. O valor agregado por trabalhador passou de US$ 6.690 para US$ 10.762.

Os dados são do Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola (Fida), das Nações Unidas, publicados em relatório sobre a pobreza rural em cerca de 120 países.

No mesmo período, a China registrou aumento de produtividade agrícola de 81,6%. O valor agregado por agricultor passou de US$ 237 para US$ 430. Na Índia, a alta foi de 27,3%, indo de US$ 316 para US$ 402. No México, a produtividade cresceu 32,2%, passando de US$ 2.132 para US$ 2.821.

Em 20 anos, a população rural declinou 22% no Brasil, pelas estimativas da Fida, ficando em 27,6 milhões de pessoas no fim de 2008. Na Argentina, a queda foi de 30%, para 3,2 milhões. Na China, o recuo foi de 12%, e a população rural ficou em 754 milhões de pessoas. O fundo estima que melhoras nos últimos dez anos tiraram mais de 350 milhões de pessoas da pobreza nas áreas rurais. Isso correu principalmente na Ásia, sobretudo na China.

Conforme o Fida, no Brasil o percentual de população vivendo com US$ 1,25 por dia declinou dramaticamente, de 17,7% para 5,2% no período 1988-2008.

Mas o baixo nível de vida persiste entre 70% da população rural de 1,4 bilhão de pessoas nos países em desenvolvimento. A pobreza é "alarmante" em partes da África.

O fundo vinculado à ONU levanta recursos para promover projetos agrícolas nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, seu presidente, o nigeriano Kanayo Nwanze, acaba de ser acusado de usar dinheiro público. Um jornal italiano descobriu que ele morava num palacete com aluguel de US$ 17 mil por mês, comparado aos US$ 8 mil pagos pelo seu antecessor, o sueco Lennart Båge.

INFLAÇÃO BRASILEIRA [In:] A TROTE DE DRAGÃO...

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INDEXAÇÃO PERDE FORÇA, MAS AINDA DÁ FÔLEGO À INFLAÇÃO


Indexação perde força na economia, mas ainda é alta


Autor(es): Sergio Lamucci e e Samantha Maia | De São Paulo
Valor Econômico - 07/12/2010

Decorridos 16 anos da entrada em vigor do Plano Real, o grau de indexação da economia brasileira ainda provoca estragos, mas diminuiu significativamente. As tarifas de energia elétrica e telefonia fixa, com peso expressivo na inflação, consideram a produtividade e custos específicos que amorteceram o repasse automático do passado - e se descolaram bastante dos Índices Gerais de Preços (IGPs). Mas a influência da inflação pretérita subsiste no aluguel e na educação, enquanto que a variação do salário mínimo alavanca os custos da mão de obra. Levantamento do Valor aponta que 32,7% dos itens relevantes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são indexados total ou parcialmente - energia, telefonia fixa, aluguel, condomínios, empregado doméstico, mão de obra, educação, planos de saúde, água e esgoto, produtos farmacêuticos, pedágios e transporte urbano.
Acreditar que a inflação do ano seguinte será pressionada porque o IGP-M do ano anterior foi alto, como em 2009, deixou de ser uma aposta confiável, diz o economista Fábio Romão, da LCA Consultores. De 2000 a 2005, os preços administrados aumentaram 96,1%, enquanto o IGP-M acumulou em alta de 88%. Já de 2006 a outubro deste ano, a evolução foi bastante diferente: os preços administrados no IPCA avançaram 17,6%, pouco mais da metade dos 31,6% do IGP-M no período.

Dezesseis anos depois da entrada em vigor do Plano Real, o grau de indexação na economia brasileira ainda incomoda, mas diminuiu consideravelmente nos últimos anos. As tarifas de energia elétrica e telefonia fixa, dois serviços públicos com peso expressivo na inflação, descolaram-se fortemente dos Índices Gerais de Preços (IGPs), já que não seguem mais automaticamente a variação passada desses indicadores. Além desses, mais dois preços administrados já incorporam índices de produtividade nos reajustes de preços - água e esgoto e remédios.

Desde 2004, as tarifas residenciais de energia subiram 14,8% na área da Eletropaulo, 5,1% na da Cemig, e 30,29%, na baiana Coelba, muito abaixo dos cerca de 50% acumulados pelo IGP-M no mesmo período. No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o custo da energia elétrica residencial avançou 21% no período.

Ainda há, contudo, uma parcela razoável dos índices de preços influenciados pela inflação passada, como aluguel e educação, ou pela variação do salário mínimo, como empregado doméstico. Levantamento feito pelo Valor aponta que 32,7% de itens relevantes do IPCA são indexados total ou parcialmente - energia, telefonia fixa, aluguel, condomínio, empregado doméstico, mão de obra, cursos, plano de saúde, água e esgoto, produtos farmacêuticos, pedágio e ônibus urbano.

O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, diz que, nos últimos anos, o IGP-M perdeu importância para explicar o aumento dos preços administrados no IPCA, indicador de referência para o regime de metas de inflação. De 2000 a 2005, os administrados subiram 96,1%, enquanto o IGP-M acumulou alta de 88%. Já de 2006 a outubro deste ano, a evolução foi diferente: os administrados avançaram 17,6% no IPCA, pouco mais da metade dos 31,6% registrados pelo IGP-M. Nesse cenário, acreditar que a inflação do ano seguinte será pressionada porque o IGP-M do ano anterior foi salgado deixou de ser uma aposta confiável, segundo Romão.

Tarifas de telefonia fixa, que eram corrigidas automaticamente pelo IGP-DI, têm desde 2006 um indicador específico, o Índice de Serviços de Telecomunicações (IST). "O IGP-M perdeu espaço para o IPCA", afirma o economista Fábio Ramos, da Quest Investimentos. No IST, o peso direto IPCA é de 48% e o do IGP-M, de 6,82% (ver abaixo).

Os analistas destacam que hoje a correção de tarifas é feita de modo mais saudável, considerando custos e ganhos de eficiência das empresas. A correção dos produtos farmacêuticos é outra que leva em conta a produtividade, além do IPCA, segundo Romão. O setor de saneamento começou recentemente a ter um índice específico de reajuste, depois que o serviço passou a ser regulado por agências, conforme exigência da lei do setor, de 2007. Em São Paulo, as tarifas da Sabesp são ajustadas pela agência reguladora Arsesp desde 2008, de acordo com as variações de custos da empresa.

Como diz Ramos, o IGP-M é um indexador ruim, que tem 60% de seu peso concentrado na evolução dos preços no atacado. Há uma importância muito grande de commodities, como soja e minério de ferro. Com isso, a indexação pura ao IGP-M pode colocar pressão nas cotações ao consumidor, porque um choque de oferta jogou nas alturas o preço de uma commodity agrícola, lembra Romão.

O aluguel ainda usa o IGP-M como principal referência. O diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP, Jaques Dushatsky, acredita que mais de 90% dos contratos usam o IGP-M como indexador. Segundo ele, um dos motivos que levaram o mercado a usar o indicador da FGV é que ele é divulgado nos últimos dias do próprio mês de referência, o que facilita a correção dos contratos.

A evolução do item aluguel residencial no IPCA, contudo, evidencia que as forças de mercado também influenciam a definição dos reajustes. De 2004 a outubro de 2010, o aluguel teve alta de 35%, consideravelmente inferior aos quase 50% do IGP-M. Em momentos de economia aquecida, os contratos costumam ser corrigidos pela íntegra da variação do IGP-M, segundo Dushatsky. Quando a economia está mais fraca, os locadores podem conceder descontos a bons pagadores.

Outro indexador influente na economia brasileira é o salário mínimo. O item empregado doméstico, com peso de 3,5% no IPCA, segue de perto a variação do piso salarial no país. Nos 12 meses até outubro, ele acumula alta de 10% no IPCA, variação colada nos 9,7% registrados pelo salário mínimo neste ano. O item mão de obra, que faz parte do grupo habitação, é afetado pelo salário mínimo, mas também pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), segundo Romão.

Nesses casos não há uma indexação formal, mas o mínimo é uma referência importante. Ela também atinge, ainda que em menor medida, itens como o condomínio, por causa da mão de obra, diz a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina dos Santos. Custos de água e esgoto e energia elétrica também influenciam no condomínio, item do IPCA que, de 2004 a outubro de 2010, subiu 53,47%, próximo dos 49,9% registrados pelo IGP-M no período.

Eulina afirma que os itens de educação costumam refletir a inflação passada, principalmente o IPCA. Os cursos do ensino infantil, fundamental e médio, porém, avançam a um ritmo em geral superior a esse indicador. Entre 2004 e outubro deste ano, o ensino médio aumentou 73,69%, bem acima dos 45% do ensino superior, onde há maior concorrência, segundo Ramos. Na média, o item cursos acumula alta de 59% no período, bem acima dos 41,28% do IPCA.

Os planos de saúde também mostram alta superior à da inflação desde 2004 - 79,36%. A correção dos planos coletivos é referência importante para os reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, diz que a indexação hoje é, de fato, menor do que no começo do Real, mas observa que ela continua expressiva, porque a inflação brasileira ainda é um pouco elevada. Uma alta entre 4,5% e 5,5% ao ano não é desprezível, o que leva à procura por proteção das variações de preços. Uma das medidas importantes do Plano Real foi impedir a correção de contratos no prazo inferior a um ano, como forma de combater a indexação em períodos muito curtos. Ao mesmo tempo, contribuiu para sacramentar o prazo de 12 meses para a repactuação de contratos.

CONGRESSO NACIONAL [In:] ''GASPARZINHOs'' MILIONÁRIOS

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ORÇAMENTO DE 2011 REPETE CONTRATOS COM ENTIDADES FANTASMAS



EMENDAS DO ORÇAMENTO DA UNIÃO DE 2011 REPETEM "FARRA DOS INSTITUTOS"


Autor(es): Leandro Colon
O Estado de S. Paulo - 07/12/2010

O projeto do Orçamento da União de 2011, relatado pelo senador Gim Argello (PTB-DF), prevê pelo menos R$ 16 milhões em emendas de parlamentares a entidades fantasmas criadas apenas para intermediar convênios com o governo. O Estado revelou anteontem que a prática já ocorreu neste ano, com a intermediação do próprio Argello. Esses contratos são firmados para realizar eventos culturais, cujos orçamentos e prestações de contas são superfaturados, fraudulentos e assinados por laranjas. Os campeões de emendas destinadas a essas entidades para o exercício de 2011 foram os deputados Laerte Bessa (PSC-DF), Luciana Costa (PR-SP) e Geraldo Magela (PT-DF).

Dinheiro público. Parlamentares continuam a alimentar esquema fraudulento de distribuição de verbas para institutos fantasmas e laranjas que têm convênios com setores culturais e de turismo, conforme revelaram reportagens do "Estado" desde domingo


A farra dos institutos fantasmas com o dinheiro público tem tudo para continuar em 2011. O projeto do Orçamento da União do ano que vem, relatado pelo senador Gim Argello (PTB-DF), prevê, pelo menos, R$ 16 milhões em emendas de parlamentares a essas entidades criadas apenas para intermediar convênios com o governo federal.

Esses contratos são assinados para a realização de eventos culturais, cujos orçamentos e prestações de contas são superfaturados, fraudulentos e assinados por laranjas. Os institutos costumam levar uma comissão de 5% pela intermediação, sem licitação.

Entre o total de emendas previstas Orçamento de 2011, pelo menos R$ 10 milhões são destinados a dois institutos: Planalto Central e Conhecer Brasil. São entidades registradas em endereços falsos e que compraram estatutos de associações comunitárias para funcionar e intermediar convênios nos últimos dez meses, conforme esquema revelado por reportagens do Estado desde o último domingo.

O dono do Conhecer Brasil, Carlos Henrique Pina, foi quem colocou o jardineiro Moisés da Silva Morais como "laranja" numa empresa de assessoria e marketing, também de fachada, subcontratada pela maioria desses institutos fantasmas sediados em Brasília. Agora, Pina quer ganhar dinheiro com o próprio instituto. "Estou na correria", contou ao Estado.

Os campeões de emendas destinadas a essas entidades para o exercício de 2011, segundo análise feita pela reportagem, foram Laerte Bessa (PSC-DF), Luciana Costa (PR-SP) e Geraldo Magela (PT-DF). Também de fachada, o Instituto Brasil Sempre à Frente recebeu, por exemplo, R$ 2,2 milhões em emendas para 2011.

O instituto é presidido por Vanildo Gomes Soares Júnior e recebeu R$ 1,1 milhão em 2010 para realizar shows em 20 cidades do interior paulista, embora seja de Brasília. Vanildo é filho de Izanete Gomes Soares, que dirige o Instituto Renova Brasil, cuja sede é registrada numa vidraçaria. Essa entidade recebeu R$ 532 mil de uma emenda de Gim Argello e repassou todo o dinheiro para a RC Assessoria e Marketing, numa prestação de contas assinada por laranjas.

A vice-presidente desse instituto, Jordana de Assis, é irmã de Divino de Assis, presidente do Planalto Central, beneficiado em 2010 por emendas dos deputados Sandro Mabel (PR-GO), Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) e Bispo Rodovalho (PP-DF). Os parlamentares também destinaram pelo menos R$ 3 milhões em emendas de 2011 ao instituto Integração Brasileira de Educação e Turismo (Inbraest), outra entidade que vive do esquema de convênios da União. Também só existe no papel dentro desse esquema, que agora será investigado pelo Tribunal de Contas da União (veja matéria abaixo).

O Inbraest funciona numa sala de fisioterapia. Seu presidente, Randerson de Oliveira, admitiu ao Estado, em conversa gravada, que suas despesas são pagas pelo que o instituto recebe, embora não se recorde dos últimos convênios assinados: "Agora eu "tô" vagabundo. Trabalho com negócio de moda. Aí "tô" na entidade aí".

O Inbraest recebeu, em setembro, R$ 534 mil de uma emenda de Gim Argello para realizar um evento cultural em Brasília. Mas repassou os recursos para a RC Assessoria, em nome do jardineiro Moisés da Silva Morais e do mecânico José Samuel Bezerra.

Os deputados citados na reportagem foram procurados, mas apenas Geraldo Magela (PT-DF) respondeu ao Estado. Ele disse que listou as entidades que podem ser beneficiadas, mas só decidirá em 2011 quem receberá recursos. "Eu listo todas as entidades que me pedem."

DILMA PRESIDENTE [In:] PROMESSAS DE CAMPANHA

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Mantega prevê cortes no PAC



Ajuste fiscal deve prejudicar o PAC


Autor(es): Luciano Pires
Correio Braziliense - 07/12/2010

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que a política de contenção de gastos da União em 2011 deve atingir obras ainda não executadas do Programa de Aceleração do Crescimento.
“O PAC poderá ter alguma postergação”, disse. Repasse de R$ 51,8 milhões vai financiar saneamento em quatro regiões do Distrito Federal.

Ministro da Fazenda afirma que obras em andamento continuarão recebendo recursos. Outros projetos correm o risco de ser adiados

Antes intocáveis, os recursos destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entraram na linha de tiro do governo. Em 2011, o corte de gastos programado pela União não vai poupar obras que até há pouco tempo eram consideradas prioritárias. A equipe econômica nomeada pela presidente eleita, Dilma Rousseff, quer apertar o cinto como forma de criar condições para que os juros básicos (Selic) recue. Prevista para janeiro, a elevação da taxa está nos planos do Banco Central (BC) para fazer frente à inflação acumulada e acalmar as expectativas do mercado. Nos últimos meses de 2010, o repique de preços dá sinais claros de que escapou do controle.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem no Rio de Janeiro que obras em andamento seguirão o curso normal, mas aquelas que ainda não tiveram os projetos executados correm risco de ficar para depois. “O PAC poderá ter alguma postergação. Tem projetos que estão terminando este ano ou que estão para terminar nos próximos anos. Esses não serão mexidos”, explicou Mantega. Segundo o ministro, o aperto que será feito pelo próximo governo atingirá todas as áreas. Técnicos dos ministérios da Fazenda e do Planejamento calculam quanto seria necessário cortar do orçamento geral — em discussão no Congresso Nacional — para equilibrar as contas.

Sacrificar o PAC soma-se a outras medidas igualmente duras já anunciadas pelo governo na tentativa de melhorar o ambiente macroeconômico e adiar o início do ciclo de alta da Selic. Na semana passada, o BC ampliou o compulsório bancário, o que encareceu o crédito, encurtou os prazos e retirou R$ 61 bilhões de circulação. O efeito sobre a economia foi instantâneo. As taxas ao consumidor subiram e os financiamentos de automóveis novos, além de mais curtos, passaram a exigir entradas maiores. Nas estimativas do mercado, o arrocho promovido pela autoridade monetária teve reflexo semelhante a uma elevação de 0,5 ponto percentual na Selic — atualmente em 10,75% ao ano.

Outra mudança importante planejada pelo próximo governo diz respeito ao aumento do capital privado para financiar a expansão da infraestrutura. Mantega afirmou que o papel anticíclico do Estado foi cumprido durante e no período pós-crise internacional e que, agora, o momento é de estimular o setor privado a cumprir seu papel. De acordo com o ministro, a intenção é reduzir os subsídios e a importância quase hegemônica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de longo prazo. “A partir de 2011, vamos reduzir gastos de custeio e subsídios, vamos reduzir recursos para o BNDES para o setor privado entrar”, disse.

Nos últimos dois anos, o banco estatal de fomento recebeu aportes do Tesouro Nacional de quase R$ 200 bilhões. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou ontem que o pacote baixado pelo BC, que alterou o compulsório bancário e reorientou a política de financiamento de longo prazo, vai interferir no sistema de crédito como um todo. Para ele, a relação crédito e Produto Interno Bruto (PIB) não deverá chegar a 49,5% neste ano — hoje, ela está em 47,2%.

Alerta
O choque contra a inflação dado pelo Banco Central na semana passada por meio do aumento no compulsório terá impacto negativo sobre os ratings (avaliação de risco) dos bancos brasileiros. O alerta foi feito ontem pela agência de classificação Moody’s. Bancos de médio porte, com forte atuação no crédito ao consumidor, e aqueles que se financiam no atacado devem ser os mais atingidos.

Aperto afetará bens duráveis
O aperto promovido pelo Banco Central (BC) para conter a expansão do crédito e esfriar a economia deve diminuir o consumo e prejudicar a atividade industrial brasileira. Na avaliação do gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, as medidas, que tornaram os financiamentos mais caros e menos longos, terão impacto na demanda por bens duráveis, como os automóveis e os eletrodomésticos.

Castelo Branco argumenta que o aumento dos depósitos compulsórios e a elevação para 20% do valor da parcela mínima de pagamento nos cartões de crédito encarecerão o custo dos financiamentos. “Essas medidas devem causar um arrefecimento maior nos primeiros meses de 2011. Qualquer restrição monetária vai impactar em queda no nível de expansão de produção da indústria”, destacou.

Na sua avaliação, até os produtos pagos à vista devem sofrer. “Como a renda é uma só, quando você faz uma alteração dessa natureza, os consumidores terminam alterando suas decisões de consumo. Existe impacto em todos os mercados, mais concentrados naqueles que dependem de crédito”, ressaltou. O economista crê que as medidas tomadas pelo BC sinalizam um aumento da taxa básica de juros.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

07 de dezembro de 2010

O Globo

Manchete: Cortes que Dilma negava atingirão até obras do PAC
Depois das eleições, a realidade

Todos os ministérios terão redução no orçamento e só Bolsa Família vai escapar

Um mês após o fim da campanha eleitoral - em que a presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou insistentemente que não faria ajuste fiscal -, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que haverá um corte de gastos generalizado a partir de 2011, que vai atingir toda a Esplanada dos Ministérios. Mantega admitiu que nem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tão divulgado pelo marketing da campanha petista, será poupado. Upenas projetos prioritários, como o Bolsa Família, ficarão livres do ajuste. O ministro não informou o tamanho do corte, mas avisou que tentará adiar, no Congresso, a tramitação de projetos como o reajuste do Judiciário e o de policiais e bombeiros. Além dos cortes, o governo vai reduzir o repasse de recursos do BNDES, de modo a abrir espaço para que bancos privados assumam a dianteira na oferta de crédito. (Págs. 1 e 3)

Economia perdeu o fôlego no 3º trimestre

A economia brasileira andou mais devagar entre julho e setembro, segundo projeções do PIB feitas por bancos e consultorias. Sobre o 2º trimestre, a expansão deve ficar entre 0,4% e 0,8%. Em relação ao 3º trimestre de 2009, está entre 6,3% e 7,4%, abaixo dos 8,8% anteriores. (Págs. 1, 23 e Míriam Leitão)

As primeiras diferenças

O Irã motivou a primeira discordância pública entre Dilma Rousseff e o presidente Lula. Dilma criticou a decisão do governo de se abster na votação da ONU que questionou o Irã por violação de direitos humanos. Ganhou elogios até da oposição. (Págs. 1 e 9)

Rio sem enchentes: 2013

Depois da tempestade, as novas promessas

Praça da Bandeira não tem solução de curto prazo

No dia seguinte ao temporal que deixou o Rio submerso em vários pontos, o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, anunciou ontem que a prefeitura já tem verba, mas só em 2013 haverá solução definitiva dos alagamentos na Praça da Bandeira, a área mais crítica da cidade. Até lá, o secretário reconhece que apenas medidas paliativas vão ser tomadas. E os cariocas terão que continuar convivendo com ruas alagadas e suas consequências. Dos 245 pontos listados como críticos, a prefeitura informa ter solucionado 25. A CET-Rio retirou das ruas 162 veículos enguiçados, mas os alagamentos prejudicaram o trabalho dos reboques. (Págs. 1 e 14 a 16)

WiKiLeaks: EUA comparam guerras de Rio e Afeganistão

Na avaliação do cônsul-geral no Rio, Dennis W. Hearne, que já trabalhou em Cabul, as UPPs se inspiram nas táticas de contrainsurgência no Afeganistão e no Iraque. A partir de hoje, O Globo será um dos sete jornais a publicar o conteúdo do WikiLeaks. (Págs. 1, 31 e 32)

Mais varredura no Alemão

Os 250 policiais dos novos batalhões de campanha da PM começaram a atuar ontem nos complexos da Penha e do Alemão. Eles vão vistoriar casas em busca de mais armas e drogas, e ajudar a cumprir mandados de prisão. (Págs. 1, 20 e 21)

Brasil é o que mais combate C02

O Brasil foi o país que mais pontos recebeu no ranking que mede o esforço para reduzir as emissões. Em parte pela diminuição do desmatamento, mas também pelo fracasso das políticas climáticas de Europa e EUA. (Págs. 1 e 34)

Dengue: 178 cidades têm risco de surto ou estão em alerta (Págs. 1 e 12)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo propõe agência para controlar conteúdo
Em 1ª versão, texto prevê criar órgão com poder de multar emissoras de rádio e TV

O governo federal estuda a criação de um órgão, a ANC (Agência Nacional de Comunicação), para regular o conteúdo de rádios e TVs, relata Andreza Matais. Ele substituiria a Ancine (Agência Nacional do Cinema).
A proposta, que será levada à presidente eleita Dilma Rousseff como sugestão, vem de grupo de trabalho comandado pelo ministro Franklin Martins, criado há seis meses para discutir o marco regulatório do setor.
A nova agência teria poderes para aplicar multas por programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário. O texto também proíbe que políticos com mandato tenham rádios e TVs.
Para o governo, não haverá censura: o conteúdo será analisado após veiculação. O setor, porém, vê brechas para cerceamento. (Págs. 1 e A4)

Opinião

Hoje, ameaças à liberdade de expressão vêm do Judiciário, escreve Roberto Muylaert. (Págs. 1 e A3)

Foto legenda: Empilhado

Porto de Santos deve bater recorde de movimento neste ano; importações subiram 40%, o que afetou liberação de produtos e aumentou de 11 para 17 dias a permanência média de contêineres. (Págs. 1 e B1)

Site divulga possíveis alvos globais do terror

O WikiLeaks divulgou lista secreta do governo americano com locais em diversos países nos quais um eventual ataque terrorista abalaria interesses e segurança dos EUA. O texto, de 2009, é assinado pela secretária de Estado Hillary Clinton.
O documento cita cabos de comunicação submarinos com conexões em Fortaleza e Rio e minas em Goiás e Minas Gerais. Os EUA criticaram a divulgação da lista e disseram que ela oferece uma "lista de alvos" a terroristas da Al Qaeda. (Págs. 1 e A12)

Foto legenda: Atalho aquático

Guilherme, Arthur e Kauan atravessam a Guarapiranga para ir à escola; com a troca do carro pelo barco, tempo do percurso caiu até dois terços. (Págs. 1 e C7)

Rio previa ação traumática no Alemão, diz documento (Págs. 1 e C1)

Decisão sobre caças da FAB ficará para a gestão Dilma
A presidente eleita, Dilma Rousseff, adiou para o próximo governo a decisão sobre a compra dos caças para renovação da frota da FAB.
Dilma pediu tempo para estudar a questão, já que há divergências no próprio governo. O ministro Nelson Jobim (Defesa) prefere o caça francês Rafale; a FAB, porém, indicou em primeiro o sueco Gripen NG. (Págs. 1 e A6)

Brasil e EUA fecham acordo de 'céus abertos' a partir de 2015

Brasil e EUA assinaram acordo de "céus abertos" a partir de outubro de 2015, o que significa o fim das restrições do número de voos semanais entre os países.
O acordo prevê aumento gradual das operações nos próximos anos. Hoje, o teto é de 154 voos semanais feitos por companhias brasileiras e 154 operados por empresas dos EUA. (Págs. 1 e B3)

Alunos ainda não sabem se poderão refazer o Enem

Estudantes que tiveram problemas com a prova amarela do Enem não sabem se poderão refazer o teste no dia 15. O MEC ainda não contatou todos os afetados (2.800 no total), mas informa que os alunos serão notificados individualmente e em tempo hábil. (Págs. 1 e C5)

Benjamin Steinbruch

Frear a economia é fácil; difícil será reanimá-la depois. (Págs. 1 e B16)

Editoriais

Leia "Questão a debater", sobre proposta de legalização da maconha; e "Mudança diplomática", acerca da política externa no governo Dilma. (Págs. 1 e A2)

Defensores criam mais de 500 cópias do site para driblar cerco. (Págs. 1 e Mundo,A13)

Para médicos, vírus da mesma família do HIV é negligenciado. (Págs. 1 e Saúde,C12)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Orçamento de 2011 repete contratos com entidades fantasmas
Esquema, revelado pelo 'Estado', envolve negócios de pelo menos R$ 16 milhões

O projeto do Orçamento da União de 2011, relatado pelo senador Gim Argello (PTB-DF), prevê pelo menos R$ 16 milhões em emendas de parlamentares a entidades fantasmas criadas apenas para intermediar convênios com o governo. O Estado revelou anteontem que a prática já ocorreu neste ano, com a intermediação do próprio Argello. Esses contratos são firmados para realizar eventos culturais, cujos orçamentos e prestações de contas são superfaturados, fraudulentos e assinados por laranjas. Os campeões de emendas destinadas a essas entidades para o exercício de 2011 foram os deputados Laerte Bessa (PSC-DF), Luciana Costa (PR-SP) e Geraldo Magela (PT-DF). (Págs. 1 e Nacional A4)

Senador dá sua versão

O relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), afirmou, em nota, que procura "sempre escolher os pedidos que tenham cunho social e promovam a cultura e o turismo". (Págs. 1 e Nacional A4)

Crítica de Dilma ao Irã é aplaudida por europeus

Países europeus e entidades de defesa dos direitos humanos na ONU comemoraram ontem as declarações de Dilma Rousseff sugerindo disposição de mudar o padrão de votação do Brasil em resoluções que tratem do tema. Em entrevista, a presidente eleita criticou a abstenção brasileira na apreciação de uma resolução que condenava violações de direitos humanos no Irã, referindo-se especificamente ao caso do apedrejamento de adúlteras. Para as ONGs, porém, Dilma não deve se limitar a questões de gênero. (Págs. 1 e Nacional A8)

Lista de locais ‘vitais’ para EUA inclui minas do Brasil

Documentos americanos vazados pelo WikiLeaks mostram os locais do mundo considerados "vitais" para a segurança dos EUA. A relação inclui minas brasileiras de ferro, manganês e nióbio - usado para mísseis. Segundo os EUA, o vazamento "deu à Al-Qaeda uma lista de alvos". (Págs. 1 e Internacional A10 e A11)

Malcolm Rifkind
Ex-chanceler britânico

"Esse é o tipo de informação que os terroristas têm interesse em conhecer” (Pág. 1)

Foto legenda: Violência no Rio

Homem observa corpo abandonado em carrinho de supermercado perto de um dos acessos ao Morro do Juramento, na zona norte do Rio. Outro corpo foi achado a 200 metros do local. Ontem, o Complexo do Alemão, também na zona norte, recebeu mais 250 PMs. (Págs. 1 e Cidades C3)

Pacote do BC quase dobra juro para carro

As medidas do Banco Central (BC) para apertar a concessão de crédito ao consumidor já são sentidas nas revendas de automóveis. Uma pesquisa feita com 40 concessionárias mostra que as taxas de juros para financiamentos acima de 24 meses variam entre 1,6% e 2,5% ao mês. Até domingo, oscilavam de 1,3% a 1,4% ao mês. Uma associação que reúne lojistas do setor projeta uma queda de ate 20% nas vendas. (Págs. 1 e Economia B1)

Mantega admite que cortes podem atrasar obras do PAC

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que projetos do PAC podem ser adiados em 2011, em razão da política de aperto fiscal que o governo promete adotar contra a inflação. (Págs. 1 e Economia B7)

24 cidades já correm risco de surto de dengue (Págs. 1 e Vida A 17)

Previdência ficará com ex-governador do AM (Págs. 1 e Nacional A7)

Déficit em SP é de 130 mil moradias
O Censo 2010 mostra que há cerca de 290 mil imóveis vagos em São Paulo. Enquanto isso, 130 mil famílias não têm onde morar. (Págs. 1 e Cidades C1)

Arnaldo Jabor: A volta do patriotismo

Na semana passada, vendo os militares treinados no Morro do Alemão, pareceu-me estar ouvindo a banda tocar a Arma de Heróis em 1962. (Págs. 1 e Caderno 2, D10)

Thomas Shannon: Os EUA e o clima

Os EUA estão cumprindo o compromisso de ajudar os países em desenvolvimento a reduzir emissões e a adaptar-se às mudanças climáticas. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações

O conserto da herança

Enquanto Lula defende a gastança, os ministros econômicos mostram algum realismo. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Indexação perde força, mas ainda dá fôlego à inflação
Decorridos 16 anos da entrada em vigor do Plano Real, o grau de indexação da economia brasileira ainda provoca estragos, mas diminuiu significativamente. As tarifas de energia elétrica e telefonia fixa, com peso expressivo na inflação, consideram a produtividade e custos específicos que amorteceram o repasse automático do passado - e se descolaram bastante dos Índices Gerais de Preços (IGPs). Mas a influência da inflação pretérita subsiste no aluguel e na educação, enquanto que a variação do salário mínimo alavanca os custos da mão de obra. Levantamento do Valor aponta que 32,7% dos itens relevantes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são indexados total ou parcialmente - energia, telefonia fixa, aluguel, condomínios, empregado doméstico, mão de obra, educação, planos de saúde, água e esgoto, produtos farmacêuticos, pedágios e transporte urbano.
Acreditar que a inflação do ano seguinte será pressionada porque o IGP-M do ano anterior foi alto, como em 2009, deixou de ser uma aposta confiável, diz o economista Fábio Romão, da LCA Consultores. De 2000 a 2005, os preços administrados aumentaram 96,1%, enquanto o IGP-M acumulou em alta de 88%. Já de 2006 a outubro deste ano, a evolução foi bastante diferente: os preços administrados no IPCA avançaram 17,6%, pouco mais da metade dos 31,6% do IGP-M no período. (Págs. 1 e A3)

Em 2011, soja pode superar US$ 20 bilhões

A receita com a exportação de soja e seus derivados deve bater novo recorde no próximo ano, podendo ultrapassar US$ 20 bilhões pela primeira vez, como resultado principalmente da alta dos preços internacionais. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, os embarques deverão render US$ 19,6 bilhões em 2011, 15,2% mais que o previsto para este ano e 9,2% acima do recorde de 2008. A demanda aquecida da China e os problemas climáticos que prejudicaram as colheitas no Hemisfério Norte puxaram para cima as cotações da soja. Como o fenômeno La Niña ainda ameaça as lavouras que estão sendo plantadas no Hemisfério Sul, sobretudo na Argentina e no Sul do Brasil, as cotações seguem sustentadas e poderão subir ainda mais. (Págs. 1 e B12)


Clonagem ajuda China a se tornar um gigante militar

Um ano depois do colapso da União Soviética, o Kremlin, com os cofres vazios, começou a vender à China parte de seu vasto arsenal, incluindo o orgulho da Força Aérea Russa, o caça Sukhoi-27.
Nos 15 anos seguintes, a Rússia se tornou o maior fornecedor de armas para o vizinho asiático, vendendo entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões em caças, destróieres, submarinos, tanques e mísseis. O país vendeu a Pequim até a licença para fabricar o caça Su-27 - com peças importadas da Rússia, é claro.(págs. 1 e A14)

Sobras de ações criam oferta de R$ 2,16 bi

Há R$ 2,16 bilhões em ações da Ambev, Ideiasnet, MMX, Inepar e Rede Energia em distribuição pública. Elas correspondem a sobras de aumento de capital privado de R$ 5,34 bilhões que não foram integralizadas pelos acionistas. A transação pode ser vantajosa para o investidor porque, ao contrário do que ocorre nas ofertas públicas, o preço mínimo de subscrição é definido previamente, quando a operação é aprovada pelo conselho de administração das empresas.
Nos leilões que ainda irão ocorrer, os preços mínimos de venda das ações da Rede (R$ 6,02) e da Inepar (R$ 4,69) estão abaixo da cotação de sexta-feira na bolsa - R$ 6,20 e R$ 5,11, respectivamente. Situação diversa é a da mineradora MMX, que tem a maior parte dos papéis em oferta, R$ 1,9 bilhão. Eles serão oferecidos por, no mínimo R$ 13,963 a unidade, enquanto o preço no mercado é inferior a R$ 13. "Acho que essas sobras são um sinal de que o mercado está aquecido. De que as empresas estão captando mais", diz Felipe Claret, superintendente de registros mobiliários da CVM. (Págs. 1 e D1)



Neoenergia vai investir R$ 2,7 bilhões

Os investimentos da Neoenergia no próximo ano vão chegar a R$ 2,7 bilhões, um recorde para a empresa. Somente a atividade de distribuição, nos Estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, vai receber R$ 1,8 bilhão.
A empresa tem em caixa R$ 4 bilhões, sob o título de reserva de lucro, que planeja usar em aquisições. Mas antes disso terá de esperar por um arranjo entre seus acionistas, Previ e Iberdrola. Para o presidente da Neoenergia, Marcelo Corrêa, o caixa que a empresa possui hoje é considerável para fazer frente a qualquer aquisição. “E ainda podemos fazer uma emissão de ações se comprarmos um grande ativo", destaca. A abertura de capital da Neoenergia na bolsa de valores é esperada há bastante tempo. (Págs. 1 e B8)

Potências disputam contratos nas áreas de infraestrutura e defesa na Índia (Págs. 1 e A14)


Lobby do etanol de milho tenta prorrogar subsídios nos EUA (Págs. 1 e B11)


Estratégia da NEC é voltar a ser empresa global, diz Endo (Págs. 1 e B3)


Indianos compram a Usix

O Fundo Criatec, do BNDES e do BNB, vendeu a cearense Usix Technology, prestadora de serviços de TI na área de seguros, para a indiana Ebix. (Págs. 1 e A2)

EUA veem alvos do terror no Brasil

Minas de nióbio e manganês no Brasil e cabos submarinos com conexões no Rio e Fortaleza são potenciais alvos de ataques terroristas com o objetivo de afetar a economia e a defesa dos EUA, segundo o WikiLeaks. (Págs. 1 e Al5)

Nafta tem maior preço pós-crise

Os preços da nafta, uma das principais matérias-primas do setor petroquímico, alcançaram as maiores cotações de setembro de 2008. Nos últimos 24 meses, a alta chega a 287%. (Págs. 1 e B1)

Positivo na Argentina

A Positivo, maior fabricante de computadores do Brasil, venceu licitação do governo argentino para fornecer 200 mil netbooks. Com uma parceira local, a BGH, vai construir uma fábrica no país. (Págs. 1 e B3)

Futebol no vermelho

Com raras exceções, os clubes de futebol no Brasil continuam a registrar prejuízos. Nos últimos dois anos, só dois tiveram superávits acumulados: Corinthians (R$ 16,7 milhões) e São Paulo (R$ 2,7 milhões). (Págs. 1 e B4)

'Céus abertos' com os EUA

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Transporte dos EUA concluíram negociação para um acordo de "céus abertos" entre Brasil e Estados Unidos a partir de 2015. (Págs. 1 e B4)

Especial: Embalagens

Atrelada à forte expansão do consumo interno, a indústria de embalagens como um todo deve encerrar o ano com crescimento superior aos 10,5% projetados no início de 2010. Em alguns segmentos, como o de latas de alumínio, a expansão pode chegar aos 20%, diz Rinaldo Lopes. (Págs. 1 e Especial)

Novelis fecha fundição na BA

O preço da energia e o câmbio valorizado levaram a Novelis, do grupo indiano Hindalco, a decidir pelo fechamento de sua fundição de alumínio em Aratu (BA). (Págs. 1 e B8)

Debêntures batem recorde

Até novembro, as empresas levantaram o recorde de R$ 41,1 bilhões com a emissão de debêntures neste ano. O volume é 62% maior que o obtido durante todo o ano passado. (Págs. 1 e C1)

Recursos para o BNDES

O Banco Central avalia conceder autorização para que o BNDES possa emitir Letras Financeiras, como parte do pacote de incentivo às aplicações e captações de longo prazo. (Págs. 1 e C2)

Gargalo judiciário

A maioria dos tribunais do país não conseguiu cumprir a principal meta estabelecida pelo CNJ para o ano: julgar 20% do estoque de execuções fiscais, que em 2009 eram cerca de 30% dos 86,6 milhões de processos. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Antonio Delfim Netto

BC comprou fôlego para esperar mais um pouco o comportamento da inflação sem sacrificar sua credibilidade. (Págs. 1 e A2)

Luiz Gonzaga Belluzzo

A marca registrada das finanças contemporâneas é a gestão público-privada da moeda e do crédito. (Págs. 1 e A17)

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Estado de Minas


Manchete: Por que Araxá é vital para os EUA

Cidade está na lista secreta de locais estratégicos para americanos, revela site, por deter maior reserva mundial de nióbio, minério raro usado na indústria espacial

Depois de pôr a política externa americana de cabeça para baixo, o WikiLeaks acaba de entrar em um território sensível não apenas aos EUA, mas a todo o mundo. O site revelou nada menos do que a relação de pontos situados mundo afora considerados estratégicos para o governo americano, o que poderia transformá-los em alvos de ataques terroristas. No Brasil, além das jazidas de Araxá, em Minas, estão cabos submarinos e reservas de minério de ferro e manganês. (Págs. 1 e 18)

Os esquecidos do Enem

A oito dias da reaplicação do exame, estudantes estão angustiados sem saber quem terá direito de fazer as provas.O MEC informa que começou a convocar 2.817 candidatos que considerou prejudicados. (Págs. 1 e 26)

Financiamento: BC não impede venda de carro sem entrada

Pacote de medidas para restringir o crédito torna bem mais cara a compra parcelada sem o pagamento de uma parte. Mesmo assim, fabricantes projetam vendas 5,2% maiores no próximo ano. (Págs. 1 e 13)

Tornado assusta interior

Fenômeno, nunca antes registrado em Minas, ocorreu domingo, em Uberlândia, no Triângulo. Com ventos de até 60 km/h, o tornado destelhou casas e derrubou árvores, muros e uma torre de comunicação. (Págs. 1 e 23)

Ortotanásia: Justiça libera interrupção de tratamento

Decisão será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União e autoriza os médicos a interromper tratamentos considerados desnecessários e penosos para doentes terminais sem chance de cura. (Págs. 1 e 21)

Novo governo: Até PAC será atingido por corte de gastos

Ministro da Fazenda diz que obras não iniciadas podem ficar para depois. No PAC 2, para saneamento, habitação e educação, R$ 1,09 bilhão será destinado a 44 cidades de Minas, inclusive BH. (Págs. 1 e 6)

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