PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, junho 01, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "CURRUPACO!"





[Chargistas: Sponholz, Clayton, Heringer & Blog do Noblat].

CÂMARA & SENADO vs HUGO CHÁVEZ: "DÁ O PÉ, LOURO!"

Câmara e Senado rebatem críticas de Chávez.

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), repudiaram nesta sexta-feira (1º) as declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que o Congresso brasileiro é "papagaio" dos EUA. Para Renan, Chávez está na "contramão" da democracia. Já Chinaglia disse que o venezuelano "errou gravemente". "Um chefe de estado que não sabe conviver com manifestações democráticas como a do Senado é porque, provavelmente, está na contramão da democracia", afirmou Renan. "Não cabe a ele (Chávez) fazer esse julgamento. O Congresso brasileiro foi eleito pelo povo e deve prestar contas ao povo", disse Chinaglia. "Chávez erra gravemente ao atribuir ao Congresso uma subordinação que não existe (aos EUA) por um outro poder, nem por qualquer poder estrangeiro", ressaltou o petista. Chávez criticou o Senado por ter aprovado requerimento contém moção contra o fechamento da RCTV pelo governo venezuelano. A moção havia sido aprovada por 15 senadores governistas e da oposição, que "se manifestaram contrários à decisão" de Chávez. Para Chávez, o Congresso brasileiro "repete como um papagaio" o que diz o Congresso americano em relação à situação venezuelana. Renan, que apareceu no Senado nesta sexta somente para rebater Chávez, afirmou ainda que a Casa não vai se manifestar oficialmente sobre as declarações do venezuelano. "Não haverá resposta oficial porque é papel do Senado reagir com indignação toda vez que em qualquer fronteira em que os valores democráticos forem abalados", disse. "Qualquer movimento contra a democracia, a liberdade de imprensa, o Senado repudiará", ressaltou. O G1 apurou ainda que a declaração do presidente Venezuelano foi recebida com desagrado pelo Itamaraty porque considera inadequados os termos utilizados contra o Congresso e o governo brasileiro. Antes de Renan, outros senadores também repudiaram Chávez. O primeiro foi o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), que, em plenário, considerou um "desrespeito" a afirmação do venezuelano. "Tenho pena do pacato e bom povo da Venezuela. Se toda essa pirotecnia do sr. Hugo Chávez fosse em benefício das melhorias sociais daquele povo, da diminuição dos desequilíbrios sociais daquela gente até que se justificaria, mas é uma pirotecnia que beira o rumo da paranóia", disse Fortes. "O sr. Hugo Chávez, depois de interferir no Judiciário venezuelano, de garrotear o parlamento venezuelano e de alterar a Constituição, possibilitando reeleições infinitamente, quer agora atingir e agredir os países vizinhos", ressaltou. "Faço este registro lamentando o desrespeito desse aprendiz de ditador", disse Heráclito. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também comentou as declarações do presidente da Venezuela. "É preciso entender que todos os países são independentes. O Congresso brasileiro tem o direito e o dever de zelar pela democracia na América do Sul", disse. "O Congresso representa a autonomia do povo brasileiro. Não representa nenhum país, muito menos os EUA". Outro senador que falou sobre o assunto foi Valter Pereira (PMDB-MS). "Nós temos a liberdade de imprensa com um patrimônio universal. E os congressistas não podem abrir mão disso", disse. Segundo o presidente da Venezuela, "no Congresso do Brasil, lamentavelmente dominam os partidos de direita, então assistimos a uma declaração (do Senado) me instando a devolver a concessão àquela emissora". G1, Leandro Colon, Brasília.

RENAN CALHEIROS "BY" MÔNICA VELOSO



A jornalista Mônica Veloso, pivô do escândalo que colocou sob os holofotes o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu uma rápida entrevista à repórter Andreza Matais. Está na Folha (assinantes). Ela diz: “Não sou ameaça para ninguém”. Simultaneamente, lança no ar uma frase instigante: "Agora que tem o que contar, né, eu tive uma relação de três anos, você imagina". Vai abaixo a entrevista:
- Por que se recusa a dar entrevista sobre o assunto? - Eu virei o foco, o personagem principal.
- Qual é o foco a ser seguido? Por exemplo, a Mendes Júnior? Não sei, mas talvez seja mais fácil investigar [a empreiteira] do que falar da minha vida pessoal. Talvez seja mais rentável [investigar], né.
- Sofreu ameaças? Eu não posso dizer, sinceramente eu não posso.
- Não pensa em dar entrevista para esclarecer tudo? Vamos esperar o processo acabar, eu não posso falar agora. Se eu falar vai voltar para a mesma história que eu estou te dizendo. Começou segunda de um jeito, aí veio no percurso de uma forma, botaram todos os holofotes em cima de mim, e esqueceram o que a [revista] "Veja" tinha trabalhado, agora parece que estão voltando de novo para uma outra situação. Se eu falar, vão querer que eu fale sobre meus hobbies. (...) Eu preciso esperar passar o processo com o pai da minha filha (...) Aí então tá, vamos ver o que estava certo e o que é errado.
- No Congresso se fala muito sobre o caso... Sabe qual é a idéia daí [do Congresso]? É que se fale muito, que vocês me procurem, que eu fique atacadíssima e comece a falar. Aí pronto, vamos virar para lá porque agora ela resolveu falar, quem sabe ela conta alguma coisa.
- Mas tem o que contar? [Risos]
- Há que temer Mônica Veloso? Não, não sou ameaça para ninguém, não tem nada disso. Agora que tem o que contar, né, eu tive uma relação de três anos, você imagina.
- Foi publicado que a sra. recebeu ameaças da mulher de Renan, chegou a registrar três ocorrências policiais. Isso ocorreu? Sobre isso eu não posso falar, é recomendação do meu advogado, e eu não vou me meter mais em confusão não.
PS.: A jornalista, não há quem duvide, tornou-se, por assim dizer, um valioso arquivo ambulante. A dúvida é se há em Brasília alguma autoridade interessada em ouvir o que ela tem para reportar. Tome-se o exemplo do corregedor Romeu 'Quero Absolver o Renan' Tuma. Sua Excelência já informou que tomará o depoimento do lobista Cláudio 'Amigo' Gontijo, da Mendes Júnior. Não lhe passa pela cabeça, porém, inquirir Mônica 'Encrenca' Veloso. Sua Excelência inaugura um novo tipo de investigação: a correição saci-pererê, de uma perna só. Escrito por Josias de Souza, Folha Online. Foto Lula Marques/Folha.

RENAN CALHEIROS & "ACORDÃO"

Senadores "blindam" Renan Calheiros.

Apesar de o Conselho de Ética ainda não ter se reunido para analisar o caso do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), politicamente ele já foi absolvido previamente pelos colegas. Renan é hoje um dos políticos mais influentes no Congresso e com essa força de articulação garantiu a montagem de uma eficiente blindagem política em todos os partidos para proteger seu mandato de senador e o posto de presidente do Congresso. Nas últimas 24 horas, Renan tem conversado seguidamente com seus principais aliados para checar a temperatura política e também se colocar à disposição para prestar qualquer esclarecimento. Embora neguem a existência de um "acordão" político para pré-absolver Renan, os senadores repetem diariamente que consideram consistentes as explicação oferecidas pelo presidente do Senado. "Não existe nenhum tipo de acordo para proteger ninguém", afirma o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Ninguém está acima da lei, mas a mesma Justiça presume também a inocência das pessoas quando não há culpa. E, para mim, as explicações dele são convincentes", diz o senador, justamente um dos principais aliados de Renan. "Politicamente, acho que esse caso já está encerrado", acrescenta o líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), outro aliado. A blindagem em torno de Renan começou a ser montada no sábado, numa reunião com aliados, feita em sua residência, quando foi decidido como seria seu discurso de explicação, na segunda-feira passada. Essa operação continuou a ser amarrada num almoço realizado na terça-feira, na casa do presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), reunindo alguns dos principais senadores. Jereissati também nega que haja um acordo, mas também se dá por satisfeito com explicações apresentadas. As informações são de O Estado de S.Paulo. AE, noticias.br.ms.

LULA: VIAGEM AO EXTERIOR

LULA DEVE ENCONTRAR BUSH E PUTIN EM VIAGEM PARA ENCONTRO DO G-8.

Além de assistir a um jogo amistoso entre Brasil e Inglaterra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá conversar com os presidentes dos Estados Unidos, George Bush e da Rússia, Vladimir Putin, durante viagem que fará na próxima sexta-feira. Lula passará mais de uma semana no exterior, passando pelas Inglaterra, Índia, Marrocos e Alemanha, onde participa de reunião do G-8, o grupo dos oito países mais ricos. A agenda foi divulgada hoje pelo Palácio do Planalto. Em Londres, Lula vai à inauguração do novo estádio de Wembley, assistir à partida amistosa na sexta-feira. Deixa o Reino Unido no domingo seguindo para Nova Delhi, onde terá encontros com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. Lula vai também ao Marrocos e estará em Berlim no dia 7 de junho, para a reunião dos chefes de Estado e de Governo dos países em desenvolvimento, convidados para diálogo ampliado no contexto da Cúpula do G-8. Na capital alemã Lula ficará até o dia 8, onde terá algumas conversas privadas, todas elas ainda por confirmar, segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. Estão previstos até o momento, de maneira preliminar, encontros com o presidente da Nigéria, Umaru Yar'Adua; o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon; o presidente do México, Felipe Calderón; o presidente da Federação Russa, Vladímir Pútin, e o presidente dos Estados Unidos da América, George Bush, afirmou Baumbach. G1.

HUGO CHÁVEZ vs SENADO: "QUE TRISTE PARA O POVO BRASILEIRO!"


Chávez elogia Lula, mas critica o Senado.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, elogiou na quinta-feira (31) os comentários do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, mas criticou o Senado do Brasil, ao referir-se às reações no exterior provocadas pelo fechamento da Rádio Caracas Televisão (RCTV). "A direita internacional arremete contra a Venezuela de todas as partes. Digna foi a postura de Lula, quando disse há alguns dias e falou a verdade, com grande contundência, ao dizer que 'esse é um problema dos venezuelanos'", comentou Chávez. "Mas, como no Congresso do Brasil, lamentavelmente dominam os partidos de direita, então assistimos a uma declaração (do Senado) me instando a devolver a concessão àquela emissora," disse Chávez. Para Chávez, o Congresso brasileiro "repete como um papagaio" o que diz o Congresso americano em relação à situação venezuelana. "Que triste para o povo brasileiro! Minhas condolências para esse povo que não merece isso. Um Congresso que repete como papagaio o que dizem em Washington", disse Chávez. A referência ao Brasil foi motivada após o Senado brasileiro aprovar na última quarta-feira uma moção contra o fechamento da RCTV pelo governo venezuelano. A moção havia sido aprovada por 15 senadores governistas e da oposição, que "se manifestaram contrários à decisão" de Chávez. A moção foi submetida à votação por requerimento da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, e por iniciativa do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Segundo Azeredo, é importante que o Senado brasileiro manifeste seu desacordo com "uma atitude contra da democracia". Os únicos votos contra o texto foram os dos senadores José Nery (PSOL-PA) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Em defesa do governo da Venezuela, José Nery afirmou que a liberdade de imprensa é importante, mas não pode estar acima dos preceitos constitucionais de um país. G1, AE. Foto vídeo-matéria.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Rondeau encontrou Zuleido, diz assessor de Silas Rondeau. Rondeau afirmou à ministra Eliana Calmon que conhecia o empresário Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama e suposto chefe da quadrilha, mas que nunca esteve reunido com ele e que não há registros de sua presença em seu gabinete. Disse apenas que encontrou o empresário em uma inauguração de obra no Estado de Mato Grosso. O depoimento de Ivo, porém, contradiz a versão. Segundo o ex-assessor, que o próprio Rondeau afirmou ser o responsável por sua agenda, ele disse lembrar que "uma única vez participou de uma reunião em que estavam presentes o ministro e Zuleido, para tratar do programa Luz para Todos". Rondeau disse que sabia apenas que Zuleido havia estado em algumas ocasiões no gabinete de seu ex-assessor. Estadão, Ricardo Brandt, Ana Paula Scinocca e Sônia Filgueiras.
Para ministro Temporão, Igreja não pode interferir no Estado. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, rebateu na noite desta quinta-feira (31), em São Paulo, as críticas de bispos brasileiros ao programa de planejamento familiar apresentado pelo governo na segunda-feira (28). "O Estado laico não pode ser pautado nem pode responder a uma visão de uma determinada religião. E as outras religiões o que pensam disso?", disse o ministro. Na quarta-feira (31), o ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnello disse em Aparecida (a 167 km de São Paulo) que o governo deveria privilegiar a educação e não a oferta de métodos contraceptivos. Entre as medidas anunciadas pelo governo está a venda de cartelas de pílulas anticoncepcionais a um preço entre R$ 0,30 e R$ 0,40 em farmácias e drogarias credenciadas no programa Farmácia Popular. G1, Ardilhes Moreira, SP.
Ex-motorista é dono de 88 postos em SP. A ação da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo desta quinta-feira (31), que cassou a licença e fechou 43 postos de combustível na capital paulista, atinge os negócios de um ex-motorista de caminhão, dono de 88 postos, segundo a secretaria. José Francisco Saraiva Filho, o Zé Mistura, já foi flagrado dezenas de vezes vendendo combustível adulterado. (...) A investigação concluiu que, para fugir das multas, Zé Mistura registrou os bens em nome de Ortêncio João de Oliveira, um conterrâneo de Pernambuco. Da noite para o dia, Ortêncio virou dono de postos, 39 de uma só vez. (...) Num dos postos em nome de Ortêncio há bastante tempo, a Secretaria Estadual da Fazenda encontrou documentos recentes demonstrando que quem assina pelo posto é José Francisco Saraiva Filho, o Zé Mistura. (...) Após fecharem os postos, os fiscais voltaram a atenção para a distribuidora de combustíveis que José Francisco tem em Paulínia (a 126 km da capital paulista), e onde já foi encontrada gasolina adulterada. Mas José Francisco sonha alto. Além de vender, ele quer fabricar gasolina. Ele chegou a montar uma empresa para produzir, oficialmente, a gasolina do Zé Mistura. G1, JN.
Rede nacional publica de TV custará R$ 350 milhões por ano. O presidente Lula decidiu que a rede nacional pública da TV custará R$ 350 milhões por ano. Haverá um conselho que fiscalizará a diretoria. O conselho terá de 15 a 20 integrantes, a grande maioria de personalidades "independentes", com mandato de três anos. O governo deverá indicar poucos integrantes desse conselho, entre eles, a diretoria da rede pública de TV. O governo chegou ao valor de R$ 350 milhões após se informar a respeito do custo de operações das redes de TV do País: essa cifra é o que a Rede Bandeirantes gastaria anualmente. A primeira previsão de gasto com o projeto, era de R$ 250 milhões para os primeiros quatro anos. Decidiu-se que a rede pública, terá quatro horas diárias de programação de produtores independentes e outras quatro horas de programação local. Bandnews-fm, redação.
Lula vai assistir ao amistoso entre Brasil e Inglaterra em Londres. Em mais um episódio de aproximação com a CBF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai fazer uma escala em Londres antes de seguir rumo à Índia para uma viagem oficial especialmente para assistir ao amistoso entre Inglaterra e Brasil na próxima sexta-feira. A informação foi confirmada pela assessoria do Palácio do Planalto. (das agências internacionais, Londres, esporte.uol.com).
Lula: 'Chávez tem que cuidar da Venezuela'. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta (1º), em Londres, que "o [presidente venezuelano, Hugo] Chávez tem que cuidar da Venezuela, eu tenho que cuidar do Brasil, o [presidente dos EUA, George] Bush tem que cuidar dos Estados Unidos e assim por diante", de acordo com informações da Agência Brasil. Lula foi informado por jornalistas de que Hugo Chávez criticou o Congresso Brasileiro devido aos senadores terem aprovado requerimento contra o fechamento da RCTV pelo governo venezuelano. Para Chávez, o Congresso brasileiro "repete como um papagaio" o que diz o Congresso americano em relação à situação venezuelana. G1, Brasília e SP.
Lula viaja hoje com pendências sobre nomeações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca hoje à noite para uma viagem de nove dias ao exterior levando na bagagem uma série de pendências nas nomeações de seu primeiro e segundo escalões. Ao contrário do que se esperava e, a princípio, foi sinalizado, Lula não está com pressa de anunciar o nome do substituto de Silas Rondeau no Ministério de Minas e Energia. No Planalto, interlocutores do presidente Lula preferem não vincular a demora da confirmação do nome de Márcio Zimmermann para Minas e Energia aos problemas que estão sendo enfrentados pelo PMDB e por Renan Calheiros, um dos seus padrinhos políticos. Na verdade, o presidente Lula não tem mais pressa de anunciar seu nome e prometeu ao PMDB, na volta do giro por Inglaterra, Índia e Alemanha, conversar com a bancada no partido no Senado - que é a detentora do cargo - para bater o martelo, já que o governo havia garantido o posto a estes parlamentares. Diariodamanha.online. AE.

MANGABEIRA & LULA: "AÇÕES DE LONGO PRAZO"

Lula pode retirar convite a Mangabeira por ação contra fundos.

Com a ressalva de que falava "em tese" sobre o tema, o ministro Walfrido Mares Guia, Relações Institucionais, sugeriu nesta quinta-feira que o professor Roberto Mangabeira Unger cogite da desistência de assumir a nova Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo. Convidado para o cargo em abril, Mangabeira acionou judicialmente, nos Estados Unidos, a Brasil Telecom (que tem entre os controladores fundos de pensão de estatais brasileiras), o que foi reprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se isto (a ação contra a empresa) for um empecilho legal, ou ele retira a ação ou ele desiste do cargo", disse Mares Guia a jornalistas depois de reunir-se com Lula no Palácio da Alvorada. Lula já avalia a hipótese de retirar o convite ao professor, o que será decidido na volta da viagem de dez dias a Inglaterra, Índia e Alemanha, que começa nesta quinta, segundo uma fonte graduada do Planalto. De acordo com esta fonte, o presidente esperava que o próprio Mangabeira desistisse do cargo depois de ser informado sobre o descontentamento de Lula com o fato de ter aberto a ação judicial já na condição de ministro convidado. Mangabeira Unger prestou serviços como advogado à Brasil Telecom quando a empresa era controlada pelo banqueiro de investimentos Daniel Dantas. Na ação judicial, ele estaria exigindo dos novos controladores pagamento por aqueles serviços. Ainda segundo a fonte do Planalto, Mangabeira fez chegar a Lula nesta quinta-feira a notícia de que teria retirado a ação e fechado um acordo com a Brasil Telecom, mas uma fonte credenciada da empresa informou à Reuters que a ação continuava existindo e que não houve acordo formal ou verbal com Mangabeira Unger. Mangabeira teria sido escolhido por Lula, aceitando uma indicação do vice-presidente José Alencar. Os dois são do mesmo partido, o PR. O presidente justificou a aliados que o cobraram pela escolha que Alencar nunca havia lhe pedido nada, e que não havia como negar. Além disso, Mangabeira Unger é do PR e Lula entende que todos os partidos que compõem a base precisam estar representados no Ministério e esta seria a forma de cumprir isso. Na vice-presidência, já há sinais de que esta indicação não seja tão importante. Colaboradores de Alencar chegam a negar que tenha partido dele a indicação de Mangabeira.
O professor de Direito da Universidade de Harvard "converteu-se" durante a campanha eleitoral de 2006, quando apoiou Lula. Mangabeira Unger foi um ácido crítico de Lula durante a crise do mensalão. Em 2005, publicou artigo afirmando que o governo Lula era "o mais corrupto da história". (Colaborou Tânia Monteiro), Reuters e AE.

OPERAÇÃO FURACÃO: CÃO QUE "LADRA" NÃO FALA!

Máfia dos bingos pagava mesada de R$ 1,1 mi a três policiais.

O policial civil do Rio de Janeiro, Marco Antônio Bretas, acusado pela Procuradoria Geral da República de ser um dos responsáveis pelo repasse de propinas que a máfia dos jogos pagava a policiais civis, militares e federais, recusou-se a prestar depoimento na tarde desta quinta-feira, 31. Bretas e mais três funcionários públicos denunciados no processo da Operação Hurricane (Furacão, em inglês) foram interrogados pela juíza Ana Paula Viera de Carvalho, da 6ª Vara Federal. Documentos encontrados pela Polícia Federal nas buscas e apreensões realizadas em 13 de abril mostraram, como relatou a juíza em um despacho seu, que a máfia dos jogos, pagava mensalmente às três polícias R$ 1.138.000. Segundo a denúncia, a máfia é comandada pelos bicheiros Antônio Petrus Kalil, o Turcão, Aniz Abrahão David, o Anísio da Beija Flor, e Ailton Guimarães Junior, o Capitão Guimarães. O pagamento mensal apareceu em um documento encontrado na casa de Luciano Andrade do Nascimento, o Boca, homem de confiança de Júlio Cérsar Guimarães Sobreira, o sobrinho do Capitão Guimarães, apontado como responsável pelo pagamento de propinas. Em uma das casas de Júlio a polícia recolheu R$ 1.931.099,00 em espécie. Marcos Bretas trabalhava com Júlio, servindo de intermediário entre ele e os policiais, como consta da denúncia. Segundo o relatório do delegado federal Élzio Vicente da Silva, responsável pela investigação, a folha de papel encontrada na casa de Boca revela os “gastos fixos que são destinados a Polícia Civil (R$ 848.600,00) Polícia Militar (R$ 51.500,00), Polícia Federal (R$ 240.000,00), Políticos (R$ 23.000,00), Escritório (R$ 45.000,00), Folha de Pagamento de Funcionários (R$ 61.300,00)”. Há ainda referências a “Prefeit. ( - R$ 60.000,00) e Publi. (R$ 9.000,00)” que o delegado questiona se seriam Prefeitura e Publicidade. Uma outra descoberta da polícia é que a máfia trabalhava com um código próprio para se referir às proprinas pagas a determinadas delegacias. Usavam as letras da palavra “Mosqueiral”, em que cada uma delas correspondia a um número de 1 a zero. Na relação, DH apareceu com a letra “e”, DRE “u” e DAS “us”. Na Polícia DH é Delegacia de Homicídio, DRE, Delegacia de Repressão a Entorpecentes e DAS, Delegacia Anti-seqüestro. Na tabela, a letra “e” corresponde a 6, a letra “u” ao número 5 e o “s” a 3. Estes valores, segundo estudo feito pelos policiais, multiplicados por mil reais corresponderiam ao dinheiro pago. O interrogatório de ontem seria dos policiais denunciados que, por serem funcionários públicos têm, direito à defesda prévia antes do juiz se pronunciar sobre a denúncia. Somente no dia 24 de maio a juíza Ana Paula recebeu a denúncia contra os delegados federais Carlos Pereira da Silve e Susie Pinheiro de Mattos, o agente da Polícia Militar Francisco Martins e o policial civil Marco0s Bretas. Os quatro, que estavam em Brasília, vieram ontem para o Rio. Até o início da noite os depoimentos dos três que falaram não tinham sido liberados. O advogado de Pereira, Pedro Teixeira, denunciou que seu cliente apanhou de policiais civis dentro do presídio da Papuda em Brasília e garantiu que não há provas que os incrimines. “Ele está sofrendo uma antecipação de pena”, garantiu. Estadão, Marcelo Auler.

JOSÉ ROBERTO ARRUDA: GOVERNADOR DE BRASÍLIA (Entrevista) 1a. parte


'Sem financiamento público, estou fora'.

Pivô do escândalo da violação do painel do Senado, em 2001, após a votação da cassação do então senador Luiz Estevão, o atual governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), diz ser favorável ao fim do voto secreto. “Enquanto deputado e senador puder votar escondido atrás do painel, nenhuma democracia vai ser plena”, declarou o governador ao G1. Ele, à época no PSDB, e o senador Antonio Carlos Magalhães, do então PFL (atual DEM), renunciaram para não correrem o risco de serem cassados, acusados de violar o painel do Senado para ter acesso aos votos de cada senador. Arruda viu a lista de votação. Sabe quem votou a favor e quem votou contra a cassação. Mas diz que jamais revelará os votos. Perguntado se não acha que revelar os nomes é prestar um serviço à nação, Arruda desconversa: “A sociedade é muito mais sábia do que a gente imagina.” O governador diz torcer para que acabe a reeleição, e os mandatos passem a ser de cinco anos, coincidentes com as eleições para presidente e prefeito. Também afirma querer financiamento público das campanhas eleitorais. “Se não passar o financiamento público de campanha, quem continuar na carreira política é doido. Eu estou fora.” Há pouco menos de cinco meses à frente do Governo do Distrito Federal (GDF), Arruda diz ter tomado medidas impopulares, contrariado muitos interesses e afirma estar “pagando um preço alto por isso”. Além de extinguir 20 secretarias, ele cortou 11 mil empregos no Instituto Candango de Solidariedade (ICS) e outros 10 mil cargos em comissão. Confira abaixo os principais trechos da entrevista, a sexta da série com governadores no G1.
G1 – Hoje, o sr. admite que errou no caso do painel do Senado, em 2001. Nesse intervalo de seis anos, depois de renunciar, o sr. voltou, em 2004, como o deputado federal proporcionalmente mais votado do país e em 2006 foi eleito no 1º turno para governar o Distrito Federal. Gostaria que o sr. rememorasse esse episódio do painel do Senado e falasse sobre a experiência de ter atingido o fundo do poço. José Roberto Arruda – Em termos pessoais, é uma experiência muito dura. Em termos políticos, acaba sendo uma experiência rica. Porque político, no Brasil, nunca erra. Nunca vi um político dizer que errou. O caboclo sai da cadeia e diz que não tem nada com aquilo. Então, eu acho que... eu tenho vergonha na cara. Eu não deveria ter olhado a lista. Eu teria mil atenuantes: dizer que muito mais gente viu, dizer que era para um objetivo nobre de o painel não ser modificado, eu poderia falar coisas. Mas o que interessa é que eu errei, que eu não deveria ter olhado. Reconheci o erro e paguei um preço muito alto por isso. Vivi os dois lados: ao sair da glória para o fundo do poço, você reconhece quem são seus verdadeiros amigos, quais são os verdadeiros valores da vida. E quando você renasce, como foi o meu caso, você renasce refeito, uma outra pessoa, com outros valores, com outras idéias, com muito mais experiência, com muito mais humildade. G1 – O sr. já se declarou favorável à extinção do voto secreto no Congresso Nacional... Arruda – Claro. Você vê... eu não quero, com isso, justificar o erro que cometi. Mas, já que vi a lista, o que eu posso dizer é o seguinte: enquanto deputado e senador puder votar escondido atrás do painel, nenhuma democracia vai ser plena. A plenitude democrática é exatamente você fazer com que os votos dos seus representantes sejam conhecidos por toda a sociedade. G1 – O sr. viu a lista. Quem votou contra a cassação do então senador Luiz Estevão que mais surpreendeu o senhor? Arruda – Foram tantos... G1 – Quem? Quantos? Arruda – Muita gente. G1 – O sr. algum dia vai falar quem são? Arruda – Não. G1 – Por quê? Arruda – Porque eu já errei vendo a lista e não vou errar outra vez falando o que vi. G1 – O sr. não acha que prestará um serviço à nação dizendo quem são as pessoas que pregam um discurso diferente daquilo que praticam? Arruda – A sociedade sabe. Não precisa falar nada. A sociedade é muito mais sábia do que a gente imagina. G1, Gustavo Tourinho, Brasília. Foto Leopoldo Silva.