PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, junho 14, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] NO RITMO DA VUVUZELA

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''CASH'' IDEOLÓGICO...

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"Dilma é candidata por falta de OPÇÃO"

Direto da Fonte - Sônia Racy
O Estado de S. Paulo - 14/06/2010

Para ex-integrante do governo e amigo de Lula, o PT continua sendo o partido dos pobres mas não da ética.

Frei Betto lutou, foi preso, rezou em passeatas e chegou ao poder com o Lula em Brasília. Agora, ele se define como um "feliz indivíduo não governamental". Depois de correr o mundo, está de volta para onde tudo começou. Vive no convento dos frades dominicanos, uma construção moderna, em Perdizes. De lá, reflete sobre sua trajetória, os caminhos e descaminhos do PT que ajudou a construir. Sem deixar de ser crítico, fala sobre avanços do governo Lula: "Hoje não há uma pessoa que diga que o PT se destaca pela sua integridade". Sobre a indicação de Dilma Rousseff para disputar a sucessão de Lula, diz que se não fosse o mensalão o candidato certamente seria outro. Frei Betto gosta de temperos fortes. Também é assim quando cozinha para os amigos. Faz "bacalhau espiritual" à base de muito leite de coco.


Diz que continua amigo de Lula e de Fidel Castro, a quem visitou recentemente. Ele acaba de concluir seu 53º livro mas que, por superstição, não revela o tema. Conselhos que recebeu de uma mãe de santo quando escrevia Batismo de Sangue, em 1982, sobre sua experiência durante a resistência à ditadura militar.

O que mudou para que o Brasil viesse a ter uma candidata oriunda da esquerda armada?

É fantástico que, enquanto os torturadores se escondem envergonhados e não conseguem nem votos de seus companheiros de farda, uma pessoa como a Dilma seja hoje a candidata preferencial à Presidência. Acho que ela está preparada, conhece profundamente a administração pública e foi ótima ministra.

Lula fez uma boa escolha?

Lula fez a escolha possível porque as outras se queimaram. Dilma é candidata por falta de opção.

Se não fosse o caso mensalão quem seria o candidato? José Dirceu teria chance?

Só Lula pode responder, mas, na minha opinião, certamente não seria a Dilma.

O PT é um antes do mensalão e outro depois?

Sem dúvida alguma. O PT tinha dois trunfos simbólicos para garantir a sua credibilidade: ser o partido dos mais pobres e da defesa da ética. De certa maneira, ele ainda é o partido dos desfavorecidos. O apoio popular do presidente Lula vem das políticas sociais que governo desenvolveu. Entretanto, não há hoje ninguém que diga que o PT se destaca por sua integridade.

O caráter da militância mudou? Com certeza. Nas eleições dos anos 80 e 90 existiam militantes que voluntariamente se dedicavam a fazer panfletagem, que davam o sangue nas campanhas. Hoje os cabos eleitorais do PT são pagos. Isso é triste.

Por que o governo Lula não deu continuidade ao Fome Zero? Porque quem controlava o cadastro eram representantes eleitos em assembleias populares. Isso provocou gritaria dos prefeitos, pois o dinheiro não passava por eles. Saía da Caixa Econômica direto para as famílias beneficiadas. O prefeitos ameaçaram sabotar e o governo federal decidiu erradicar os comitês gestores formados em mais de 2 mil municípios. O governo deu aos prefeitos o controle do cadastro, permitindo que famílias fossem incluídas ou retiradas do programa, estimulando a corrupção. Isso criou uma relação de clientelismo político no País.

Por que deixou o governo?

Descobri que não era minha vocação. Fui convocado para fazer o Fome Zero que tinha um caráter emancipatório. O governo matou o programa e o substituiu pelo Bolsa Família, que é usado como cacife eleitoral. Até agora nenhum gênio achou a porta de saída.

Você guarda mágoas?

Não, ao contrário. Minha experiência no governo expus em dois livros: A Mosca Azul e Calendário do Poder. Tenho bons amigos lá e espero que tudo tenha continuidade. Queria voltar a escrever, pois é minha verdadeira vocação.

Quais são os problemas do governo Lula na sua opinião?

O governo Lula, apesar de muitos méritos, ainda deve à Nação reformas básicas, como a agrária, tributária, política, da saúde e da educação. O principal defeito do governo atual é não ter mexido na estrutura.

O presidente Lula o consulta? Não, o presidente é meu amigo. Nunca fui consultor, guru. Isso que falam é bobagem.

Tem falado com Fidel Castro? Tenho. Quando vou a Cuba, ele me recebe na casa dele. A última vez foi no dia 3 de março, quando fui comemorar os 25 anos do livro Fidel e a Religião.

Acredita em abertura do governo de Cuba com Raúl Castro?Raúl está empenhado em reduzir o paternalismo estatal e permitir o aumento dos salários. Mas o retorno do capitalismo está fora de cogitação.

O que acha do Lula intermediar acordo para que o Irã desenvolva seu programa nuclear?

Lula é um grande negociador. Ele provoca enorme ciumeira no cenário internacional porque não precisa pedir licença a ninguém para desempenhar seu papel de agenciador da paz.

Não importam os argumentos de que o Irã tem um governo teocrático e de que não respeita os direitos humanos?

Mas os EUA também não respeitam. Quem deu a eles o direito de ocupar o Vietnã, de matar mais de 600 mil civis no Iraque e outros tantos no Afeganistão?Que moral têm para falar de um país como Irã?

É possível, então, ignorar a falta de liberdade de expressão e a pena de morte?

E nos EUA não tem?

É legítimo se os dois países se comportam da mesma forma?

Nós queremos a paz no mundo e não haverá paz se não tiver justiça. Enquanto não vem, o melhor caminho é dialogar. Isso o Lula faz muito bem.

Como vê o comportamento da igreja em relação à pedofilia?

A igreja tardou a tomar providências efetivas. Primeiro internas, com a suspensão dessas pessoas, depois respondendo pelos crimes cometidos perante a legislação vigente.

O que está por trás disso?

A ideia de que todo sacerdote precisa ter vocação para o celibato. Esse não era o ponto de vista de Jesus. E como sei disso? Porque está no primeiro capítulo do Evangelho de Marcos, que fala que Jesus curou a sogra de Pedro. Agora, se Pedro tinha sogra, qual é a conclusão? E o interessante é que não só Jesus incorpora ao grupo de apóstolos um homem notoriamente casado como o escolhe para ser o primeiro Papa. O celibato foi uma medida tardia na história da igreja católica.

E o celibato leva à pedofilia? Isso acontece por dois motivos: a obrigatoriedade do celibato e a má formação afetiva dos seminaristas. Acho um crime colocar no seminário um jovem antes dos 15 anos, que não tem claro ainda o seu perfil sexual, e depois jogá-lo sozinho em uma paróquia sem qualquer relação familiar. Essa carência leva, às vezes, a aberrações.

Você é celibatário?

Sim. Para quem vive numa comunidade religiosa como eu, não faz o menor sentido casar porque você partilha os seus bens, a sua vida. Agora, para os sacerdotes diocesanos não há nenhuma razão. Se há nesses escândalos de pedofilia algo aproveitável é a possibilidade da igreja voltar a discutir a obrigatoriedade do celibato e a ordenação das mulheres.

Qual é a explicação para as mulheres não sejam ordenadas?

A igreja considera ainda hoje a mulher um ser inferior ao homem. No período medieval, a instituição abraçou o princípio de São Tomás de Aquino que, entre grandes luzes, disse essa bobagem.

Como era o Frei Betto de 30 anos atrás e como é o de hoje?

Continuo um cigano de Deus, viajando a bordo de um paradoxo. Há 30 anos eu acreditava que o meu tempo pessoal coincidiria com o meu tempo histórico. Hoje, sei que não participarei da colheita, mas faço questão de morrer semente.

PREVIDÊNCIA/JORGINA [In:] R$1,2 bilhão - R$200 mi = LUCRO PURO (O crime compensa???)

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Jorgina livre da cadeia

Correio Braziliense - 14/06/2010

Uma das maiores fraudadoras da Previdência volta às ruas depois de cumprir pena de 14 anos, mas ainda tem de devolver R$ 200 milhões

Uma das personagens mais populares da crônica policial brasileira, a advogada Jorgina Maria de Freitas Fernandes, conhecida por desviar cerca de R$ 1,2 bilhão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), voltou para as ruas. Ela já tinha progredido para o regime semiaberto em 2007. Mas no último sábado ganhou a liberdade total, depois de cumprir integralmente a pena de 14 anos. A Advocacia Geral da União conseguiu decisão judicial obrigando Jorgina a ressarcir em R$ 200 milhões os cofres da Previdência. Os bens da advogada devem ser leiloados para pagar a dívida.

As fraudes cometidas por Jorgina envolviam falsos pedidos de aposentadoria por invalidez e cálculos milionários nos benefícios. Tudo começou em 1991, com denúncias de aposentadorias elevadas demais em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Investigações indicaram que se tratava de um erro de cálculo do sistema de informática da Previdência, órgão do qual Jorgina era procuradora. Mas a Justiça Estadual não se convenceu e resolveu checar ocorrências semelhantes em outros municípios, desbaratando uma quadrilha de fraudadores.

O grupo do qual Jorgina fazia parte era integrado 20 pessoas, entre as quais o juiz Nestor do Nascimento. Ele foi preso em julho de 1992, mas a advogada não se conformou. Antes de sua sentença ser proferida, ela fugiu. Passou cinco anos como foragida. Fez plásticas, usou disfarces, subornou autoridades e utilizou segurança pessoal. Quando foi descoberta, na Costa Rica, chegou a declarar que os próprios funcionários contratados para fazer sua vigilância a estavam chantageando. Em abril de 1998, a fraudadora foi extraditada para o Brasil e começou a cumprir a pena.

Presa no Instituto Talavare Bruce, no Rio de Janeiro, Jorgina chegou a coordenar o concurso Miss Presidiária. Era descrita como uma detenta comportada e participativa. Mais recentemente, ela estava na penitenciária Oscar Stevenson, em Benfica, na zona norte da capital carioca, cumprindo o regime semiaberto. O rombo na Previdência causado pela quadrilha liderada por Jorgina figura entre os maiores escândalos envolvendo dinheiro público do país.

O número
R$ 1,2 bilhão
Valor desviado da Previdência pelo bando de Jorgina

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] AO SOM DAS '' VUVUZELAS''...

Brasil

Empatados:
Um junho como nunca se viu

A pouco mais de 100 dias da eleição, José Serra e Dilma Rousseff estão em equilíbrio absoluto nas pesquisas. É a primeira vez que se vê no Brasil uma disputa tão renhida. Com a ajuda dos principais especialistas em pesquisas eleitorais do país, VEJA mostra o que pode ser determinante para decidi-la


Fábio Portela
Fotos Fernando Donasci/Folha Imagem e Sergio Lima/Folha Press
JOSÉ SERRA
Para o PSDB, a melhor fase da candidatura tucana ainda está por vir: o início das sabatinas e dos debates favorecerá Serra, acredita o partido
DILMA ROUSSEFF
Bons números na economia e ofator Lula
reforçam a crença da petista e de seu partido
no voto pela continuidade


José Serra e Dilma Rousseff protagonizam hoje a campanha presidencial mais apertada que o Brasil já viu. A pouco mais de três meses do dia da eleição, o tucano e a petista estão rigorosamente empatados nas disputas de intenção de voto. Cada um conta com 37% da preferência dos brasileiros, segundo o Ibope e o Datafolha. Esse quadro de equilíbrio entre os dois candidatos principais no mês de junho é uma tremenda novidade na política nacional. Em quatro das últimas cinco disputas presidenciais, o nome que saiu vitorioso ao final do pleito foi o que liderava as pesquisas neste período do ano. A única exceção se deu em 1994. Naquela eleição, Fernando Henrique Cardoso estava atrás de Lula em junho, mas chegou à frente em outubro. A disputa, no entanto, teve um fato atípico, além de histórico: o Plano Real, um tiro fatal contra a hiperinflação que atraiu milhões de votos para o tucano. Mesmo assim, FHC já apresentava uma curva ascendente em junho, indicador de que sua candidatura logo chegaria à liderança. Desta vez, contudo, os índices estão parados, o que faz da evolução do quadro eleitoral um enigma até o momento. VEJA analisou, com a ajuda de quatro especialistas em pesquisas, os cinco últimos pleitos para presidente da República (veja o quadro sobre os mitos e as verdades das campanhas abaixo). Com base nessa análise, é possível afirmar apenas que, a se repetir a dinâmica registrada em todas as disputas anteriores, os próximos dois meses serão decisivos para o resultado da eleição. Se um dos favoritos tomar a dianteira até julho, e conseguir mantê-la em agosto, suas chances de vitória serão altíssimas. Não há um único caso na história recente do Brasil de uma virada conquistada depois do mês de agosto, quando começa o horário eleitoral gratuito.

Na semana passada, as principais candidaturas oficializaram sua entrada na campanha. José Serra chega a esse período crucial com pelo menos dois bons motivos para se preocupar e outros tantos para se sentir aliviado. O assunto mais incômodo para o tucano é a (in) definição do nome de seu companheiro de chapa. Depois que Aécio Neves desistiu de vez de ocupar o posto, o PSDB deparou com a falta de um nome consensual – e chegou à sua convenção com a chapa incompleta. O crescimento de Dilma nas pesquisas também ocorreu num ritmo mais rápido do que esperavam os tucanos. Nas previsões do PSDB, o empate entre os candidatos se daria apenas no início de agosto. Mas as pesquisas também revelam dados animadores para Serra. O primeiro é que, desde dezembro, ele se mantém na faixa de 40 pontos porcentuais, com pouquíssima oscilação. Isso significa que não perdeu eleitores para Dilma: a petista cresceu sobre outras faixas do eleitorado. Outro dado animador para o PSDB é que a maioria dos eleitores que pretendem votar no tucano diz que o conhece bem. Isso reduz o risco de que eles troquem de candidato até a eleição. Serra, portanto, está firmemente assentado sobre uma montanha de 49 milhões de votos – um capital eleitoral que, creem os tucanos, vai crescer agora, com o início dos debates, sabatinas e aparições em programas de TV. "É a fase de comparar os candidatos, um terreno em que levamos larga vantagem", diz Sérgio Guerra, presidente do PSDB. "Tanto assim que o PT já começou a esconder a Dilma, que cancelou a participação em vários debates."

O fato de ter conseguido chegar em junho cabeça a cabeça com o rival tucano aumentou a confiança da candidata do PT. Ela estaria mais satisfeita, porém, se não tivesse tido de gastar as

últimas semanas empenhando-se em contornar as lambanças de sua equipe, parte da qual foi abatida em pleno voo de araponga enquanto preparava mais um "dossiê" contra os tucanos (veja a reportagem). A animar a tropa petista, porém, estão números que, na interpretação do partido, mostram que há um quinhão do eleitorado pronto para ser abocanhado por Dilma. Segundo o Datafolha, 11% dos eleitores brasileiros estão dispostos a votar no candidato do presidente Lula, mas ainda não sabem que esse candidato é Dilma. Se conquistar esse grupo nas próximas semanas, ela poderá alcançar a liderança isolada. "As pesquisas são favoráveis, e o crescimento do PIB a 9% reforça a tendência do voto pela continuidade", diz o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
Dona de 9% a 12% das intenções de voto, a candidata do PV, Marina Silva, dá a largada oficial num patamar aquém do almejado por sua campanha. O PV acha difícil que ela alcance os esperados 15 pontos até agosto. Para crescer nas pesquisas, Marina tentará despregar seu nome do "rótulo verde", visto como limitante, e enfatizar a imagem de uma candidata negra e preocupada com os grandes temas da atualidade, como educação e políticas sociais. Mas seus meios são parcos para conseguir romper a polarização entre PT e PSDB. Num cenário em que Serra e Dilma passam para o segundo turno, assessores próximos de Marina consideram improvável que ela se posicione ao lado de Dilma. Os motivos seriam as desavenças que datam do período em que ambas eram ministras e as críticas abertas que a candidata do PV fará ao governo Lula – em relação à distribuição de cargos a aliados, por exemplo, e à condução da política externa, incluindo a aproximação do Brasil com Cuba, Venezuela e Irã. O não alinhamento com a candidatura Dilma, porém, está longe de significar suporte automático aos tucanos. O PSDB pretende, é claro, cortejar Marina, mas tem a esperança de independer da sua adesão explícita. Como um quarto dos 13 milhões de votos que Marina teria hoje provém de São Paulo, estado com forte tradição antipetista, os tucanos acreditam que, num segundo turno, poderá haver uma migração expressiva desse total para Serra. Se assim for, em meio a dois pesos-pesadíssimos, a pequena senadora do PV deve se converter na pluma que faltava para pender a balança para um dos lados.


O que as campanhas passadas ensinam

Com a ajuda de quatro dos maiores especialistas em pesquisas eleitorais no país – Mauro Paulino, do Datafolha, Márcia Cavallari, do Ibope, Antonio Prado Junior, da APPM, e Gaudêncio Torquato, da GT Marketing –, VEJA analisou as pesquisas e os resultados das cinco últimas disputas eleitorais para presidente da República no Brasil. Dessa análise, emergiram cinco verdades e seis mitos sobre as campanhas.

1 — Debates na TV influem no resultado de uma eleição

Antonio Ribeiro

VERDADE Os marqueteiros costumam dizer que, se um candidato vai bem num debate, não ganha votos, mas, se vai mal, pode perder milhões de eleitores. Em 1989, Lula crescia nas pesquisas na reta final do segundo turno, e ameaçava tomar a liderança de Fernando Collor. No último debate da disputa, o petista teve o seu pior desempenho. Estava nervoso e passou todo o programa na defensiva. Com isso, teve um sangramento de milhões de votos – e se viu derrotado. Em 2006, foi Geraldo Alckmin quem se deu mal. Durante toda a campanha, o tucano havia mantido um discurso sereno e conciliador. No primeiro debate do segundo turno, adotou um tom raivoso e agressivo. Os eleitores não gostaram de seu comportamento. Esse foi um dos fatores que levaram Alckmin a ter menos votos no segundo turno do que no primeiro. Numa eleição apertada como deve ser a deste ano, o enfrentamento dos candidatos na TV será ainda mais crucial.


2 — Ter palanques nos estados é fundamental para a vitória do candidato

MITO Ter bons palanques estaduais ajuda, mas não é determinante para um candidato à Presidência vencer a eleição. Por exemplo: em 1998, FHC se reelegeu presidente e sua coligação fez dezesseis governadores, um número altíssimo. Na eleição seguinte, vencida por Lula, a coligação do petista elegeu apenas três governadores. O brasileiro médio não enfrenta nenhum constrangimento de votar em políticos de partidos diferentes, numa mesma eleição majoritária, como demonstrou o quadro em Minas, em 2002 e 2006. Muitos optaram pelo voto "lulécio", ou seja: Lula para presidente; Aécio para governador. Voto casado não é regra no Brasil.


3 — Os indecisos podem definir uma eleição na reta final

MITO Até agora, isso não ocorreu. Os votos dos indecisos tendem a se diluir entre os candidatos, seguindo a proporção porcentual que estes ostentam nas pesquisas. A história de que os indecisos optam por quem está na frente, para "valorizar" o seu voto, não se confirma nas pesquisas


4 — A Copa do Mundo interfere na eleição

Dida Sampaio/AE

MITO Vitórias ou derrotas da seleção brasileira não mudam o voto de ninguém, como demonstram as quatro eleições presidenciais que coincidiram com a Copa.

5 — O candidato a vice puxa votos

Ed Ferreira/AE

MITO Em nenhuma das eleições presidenciais realizadas desde 1989 o anúncio dos vices alterou a intenção de voto dos eleitores. A escolha do companheiro de chapa pode favorecer o candidato na medida em que produz um fato positivo para a campanha, como ocorreu quando Lula anunciou o nome de José Alencar como vice, em 2002. A figura do empresário Alencar trouxe uma imagem de maior equilíbrio para a chapa – mas, segundo os pesquisadores, não amealhou nenhum voto a mais para o petista.


6 — A economia interfere no resultado eleitoral

Claudio Versiani
VERDADE A situação econômica do país tem um forte peso na hora de o eleitor decidir seu voto. A prova mais clara disso se deu em 1994 – a única eleição que registra uma virada depois do início do mês de junho. A maioria da população estava disposta a votar em Lula, mas o sucesso do Plano Real, lançado por Fernando Henrique Cardoso, ainda no cargo de ministro da Fazenda, alterou o quadro eleitoral. O fim da hiperinflação deu a FHC uma vitória tranquila já no primeiro turno.

7 — As pessoas começam a pensar em eleição "só quando muda o horário da novela". Ou seja, quando tem início o horário eleitoral gratuito

MITO Nesse período, o que ocorre é a consolidação dos votos. Mas o processo de tomada de decisão começa bem antes, desde o primeiro semestre, com as informações que o eleitor vai recebendo a respeito dos candidatos, por diversas fontes e às vezes sem nem mesmo perceber. É por isso que se diz que junho e julho são meses decisivos. Isso só vale para as eleições para presidente. Naquelas para governador e prefeito, há diversos casos de viradas espetaculares atribuídas ao sucesso da estratégia de comunicação das campanhas. Neste ano, porém, há que considerar que, como a disputa entre PT e PSDB está mais acirrada, o horário político e as inserções publicitárias a que os candidatos têm direito no rádio e na TV poderão ter um papel de maior relevância na conquista dos eleitores cujo voto ainda não está cristalizado.


8 — Um deslize pode pôr tudo a perder – ou quase

Ed Ferreira/AE

VERDADE Ciro Gomes, em 2002, protagonizou um dos episódios mais marcantes de candidato que sabotou a própria candidatura por causa de um deslize, no caso dele, verbal. O cearense aparecia bem nas pesquisas. Em agosto, havia chegado ao segundo posto, com 27% das intenções de voto. A queda livre de Ciro teve início quando sua arrogância veio à tona. Em entrevista a uma rádio, Ciro chamou um eleitor de "burro". Dias depois, ao ser indagado sobre qual a função de sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, na campanha, respondeu que era a de "dormir com o candidato". As duas bobagens fizeram com que ele amargasse o quarto lugar nas eleições, com 11% dos votos. Em 2006, Lula poderia ter vencido a eleição no primeiro turno, mas a descoberta de que a sua equipe de campanha havia pago 1,7 milhão de reais para comprar um dossiê fajuto contra políticos tucanos engrossou os índices de votação do adversário Geraldo Alckmin. A disputa acabou indo para o segundo turno.


9 — Ter mais tempo de TV do que os rivais é essencial para a vitória

MITO O tempo de exposição de cada candidato no horário eleitoral gratuito é importante, mas não garante a vitória. Em 1989, por exemplo, o candidato com maior tempo de TV era Ulysses Guimarães, do PMDB. Ele tinha 22 minutos por dia, contra dez minutos de Lula, Collor e Brizola. Mesmo assim, ficou na sétima colocação. Em 2002, Anthony Garotinho, do PSB, tinha apenas dois minutos e treze segundos de tempo no ar. Apesar disso, ficou em terceiro lugar, com 18% dos votos – à frente de Ciro Gomes, que dispunha do dobro de seu tempo. Lula venceu em 2002 e 2006 com menos espaço na TV do que seus adversários do PSDB. Mais estratégico do que ter tempo é saber usá-lo bem.

10 — Taxa de rejeição acima de 35% inviabiliza um candidato

VERDADE Essa taxa costuma ser variável, já que um candidato pode entrar na disputa com uma rejeição altíssima e, com o tempo, ir cativando os eleitores. Mas, segundo especialistas, 35% de rejeição parece ser o teto para que um nome se mantenha no páreo. As eleições brasileiras trazem diversos exemplos disso: em 1989, Ulysses Guimarães, com 38% de rejeição, virou um candidato nanico. Em 1994, Lula e Brizola, com 40% e 42%, perderam para FHC no primeiro turno.


11 — Quem ganha em Minas ganha a eleição

VERDADE Ou, pelo menos, foi o que ocorreu até hoje. Desde 1989, o resultado da eleição em Minas Gerais é muito parecido com o resultado nacional. Acredita-se que isso ocorra porque o estado se localiza no centro do Brasil, na Região Sudeste, entre o Nordeste e o Centro-Oeste. Assim, refletiria mais a diversidade do país do que os outros estados. A diferença entre o resultado nacional e o estadual é, em média, de apenas 5,5 pontos porcentuais.

Com reportagem de Otávio Cabral, Ronaldo Soares, Gabriele jimenez e Marina Yamaoka

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VEJA.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

14 de junho de 2010

O Globo

Manchete: Lula: oposição faz 'jogo rasteiro' com dossiês

Candidata oficial, Dilma prega 'continuidade da mudança'

Ao discursar ontem na convenção do PT que oficializou a candidatura à Presidência de Dilma Rousseff, o presidente Lula atacou a oposição e disse esperar que seus adversários "não façam jogo rasteiro, inventando dossiês todo dia". A cúpula do PSDB vem cobrando explicações do PT sobre a elaboração de um dossiê contra seu candidato à Presidência, José Serra. Dirigentes tucanos chegaram a classificar o episódio como uma quebra do estado de direito. Na festa petista, cujo lema foi "a continuidade da mudança", Dilma acabou ofuscada pela desenvoltura do presidente no palanque e, em seu discurso, citou o nome de Lula mais de vinte vezes. Militantes do movimento de mulheres vaiaram o trecho de um dos jingles do PT, que chama Dilma de "coroa", e também exigiram que a candidata fosse chamada de presidenta. (Págs. 1 e 3 a 10)

Foto legenda: Sombra: Dilma e Temer, candidatos oficiais da aliança PT-PMDB, ouvem discurso de Lula

Petrobras faz no país 75% de suas compras

O índice de nacionalização de encomendas da Petrobras subiu de 57% para 75%, um salto de US$ 18 bilhões, em seis anos. Para os críticos, a política do governo é excessivamente nacionalista e pode gerar reserva de mercado, como aconteceu com a informática no passado. (Págs. 1 e 17)

O governo americano quer que a BP crie uma conta para pagar os pedidos de indenização com o vazamento de óleo. (Págs. 1 e 18)

Jorgina sai da cadeia após 13 anos

A maior fraudadora da Previdência, a ex-advogada Maria Jorgina de Freitas, que causou um rombo de cerca de R$ 400 milhões na década de 90, foi solta, após 13 anos de prisão. Ela deixou a penitenciária Oscar Stevenson, em Benfica, onde cumpriu parte da pena. (Págs. 1 e 11)

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Folha de S. Paulo

Manchete: À sombra de Lula, Dilma promete 'alma de mulher'

'Mudei de nome e vou colocar Dilma', afirma presidente; candidata fala em 'continuidade da mudança'

A candidatura de Dilma Rousseff à Presidência, oficializada ontem em Brasília, reforçou a aposta no presidente como cabo eleitoral.
"Mudei de nome e vou colocar Dilma", disse Lula.

A ex-ministra, menos popular no eleitorado feminino, pregou um governo com "alma de mulher". Na convenção do PT, vídeos citavam brasileiras ilustres, e um espaço nobre foi reservado ao público feminino.

"O tabu que derrubamos foi o de que era impossível governar para todos", discursou Dilma. "A continuidade que o Brasil deseja é a continuidade da mudança."

Em 51 minutos, a candidata prometeu campanha de "alto nível", com o confronto de projetos. "Sei estimular o debate sério, e não o envenenamento." (Págs. 1 e A4)

ANÁLISE: O presidente Lula sabe que sua criatura está longe de empolgar, escreve Valdo Cruz. (Págs. 1 e A7)

Foto legenda: O presidente Lula discursa na convenção nacional do PT, em Brasília, à frente de Dilma

Oposição inventou dossiê, diz presidente

O presidente Lula afirmou em discurso na convenção do PT esperar que os seus adversários “não façam jogo rasteiro, inventando dossiê todo dia".

Disse que sabe como a oposição funciona e pediu tranquilidade a Dilma "porque o bicho vai pegar".

A Folha revelou que há um dossiê com dados fiscais sigilosos de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB.

Lula levantou suspeitas sobre a neutralidade da imprensa nas eleições. (Págs. 1 e A6)

Na convenção tucana que oficializou sua candidatura ao governo, Geraldo Alckmin atacou Dilma. (Págs. 1 e A8)

Boa notícia: Programa de TV ajuda a recuperar detentas em SP

Em Votorantim, no interior de São Paulo, presas fazem o primeiro programa de TV numa prisão. Criado para ressocializar, o TV Cela fez das detentas celebridades nos presídios. (Págs. 1 e C4)

A seção "Boa Notícia" volta a ser publicada na Primeira Página.

Dentista fatura R$ 120 mi com clínicas para as classes C, D e E

Dona de uma rede de 111 clínicas voltadas para as classes C, D e E, a dentista Carla Renata Sarni, 36, faturou R$ 120 milhões em 2009.

A Sorridents, que já atendeu mais de 1 milhão de pacientes, nasceu em 1995 com uma cadeira de dentista alugada na zona leste de São Paulo. A clientela paga em até 12 meses. (Págs. 1 e B6)

Ruy Castro: Simon iguala-se em oportunismo aos que atacava

Na noite de quarta, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) perdeu a oportunidade de dormir como um político respeitado. Ele ressuscitou uma emenda sobre royalties que é inconstitucional.

Agora Simon se iguala em marotice e oportunismo aos políticos que já atacou e, com isso, se despede dos que um dia o admiraram. (Págs. 1 e A2)

Afeganistão tem US$ 1 trilhão em minérios, diz jornal dos EUA (Págs. 1 e A13)

OAB vai apurar se homicídio de advogada tem elo com clientes (Págs. 1 e C4)

Entrevista da 2ª: Abdias Nascimento

Para brasileiro indicado ao Nobel, falta ousadia a Lula

O pintor, dramaturgo e poeta negro Abdias Nascimento, 96, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, diz que o governo Lula é "pouco ousado", defende com restrições Marina Silva (PV) e afirma que o discurso da miscigenação é "para ajudar o Brasil a continuar racista".

Abdias vê com ceticismo a possibilidade de ganhar o Nobel: "Não acredito em vitória. O meu estrato social é de gente humilde, sem essa auréola de astro". (Págs. 1 e A16)

Editoriais

Leia "Nova fase", sobre o lançamento oficial das candidaturas presidenciais; e "Decolagem atrasada'" acerca de investimentos em aeroportos. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Ao lado de Lula, Dilma diz que rivais usam 'veneno'

Presidente domina festa de oficialização da candidatura da ex-ministra, que responde às críticas de Serra

Na convenção do PT que oficializou sua candidatura à Presidência em Brasília, Dilma Rousseff prometeu ontem fazer um governo de “união de forças" e vestiu o figurino de herdeira do presidente Lula. Ela disse que, se eleita, continuará o "Brasil de Lula", com alma e coração de mulher. "Sei como estimular o debate político sério e não o envenenamento, que não serve a ninguém", afirmou. Foi um recado ao adversário do PSDB, José Serra, para quem o governo do PT joga
"pobres contra ricos" e quer dividir o País. Os petistas prepararam um mega espetáculo para Dilma, mas a estrela da festa foi mesmo Lula, de longe o mais aplaudido. "Vai haver um vazio na cédula e, para que esse vazio seja preenchido, eu mudei de nome e vou colocar Dilma lá. Ai o povo poderá votar", afirmou o presidente. (Págs. 1 e Nacional A4)

A escolha possível

Para Frei Betto, ex-integrante do governo e amigo do presidente Lula, "Clima é a candidata do PT por falta de opção". (Págs. 1 e Direto da Fonte D2)

Passaportes brasileiros terão chip eletrônico

Os passaportes comuns emitidos pela Polícia Federal terão, a partir de dezembro, um chip eletrônico, tecnologia já adotada por países da União Europeia e Estados Unidos. O documento será mais seguro que o atual e vai armazenar mais dados. O passaporte com chip vai custar quase o dobro para a PF. O Ministério da Justiça confirmou que a taxa de emissão aumentará. (Págs. 1 e Cidades C1)

Consumidor ficou mais tempo sem luzem 2009

A qualidade do fornecimento de energia elétrica piorou em 2009 com o aumento de apagões em todo o País. Dados da Aneel mostram que, pela primeira vez desde a privatização. O número de horas em que os consumidores ficaram sem luz superou o limite estabelecido. O tempo médio subiu de 16,63 para 18,70 horas. As empresas atribuem o resultado ao clima. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Colômbia resgata mais dois reféns das Farc (Págs. 1 e Internacional A14)

Falta de leitos impede transplantes de medula (Págs. 1 e Vida A18)

Carlos A. Sardenberg: Copa e economia

A Copa de 2006 coincidiu com o auge da economia global. Agora, é a ressaca da crise. O ambiente em tomo das seleções é outro. A farra acabou. (Págs. 1 e Economia B2)

Visão Global: Israel deve mudar seu discurso

Onde estão a tristeza e a decepção que Israel deveria sentir por uma operação militar fracassada?, questiona Daniel Kurtzer. (Págs. 1 e Internacional A18)

Notas & Informações: A ameaça da Inflação

Para cumprir a promessa de conter a inflação, Lula deveria frear as despesas federais. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Brasil vai puxar produção agrícola

O Brasil terá de longe o mais rápido crescimento da produção agrícola no mundo nos próximos dez anos, com expansão superior a 40%, o dobro da média mundial, comparado ao período 2007/9, segundo relatório de perspectivas agrícolas que a Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicarão amanhã.

O país se firmará como grande celeiro do mundo, segundo as projeções de produção, consumo, estoque, comércio e preços para 2010/19 analisadas no estudo, ao qual o Valor teve acesso. Nesse período, a FAO e a OCDE esperam maior crescimento econômico global, com aumento da demanda e do comércio, além de preços elevados para os produtos agrícolas no médio prazo. (Págs. 1 e B16)

Renner aposta em decoração e moda jovem

Duas novas redes de varejo estão nos planos do presidente da Renner, José Galló. Um projeto é a Renner Casa, de artigos de cama, mesa, banho e decoração, que se justificaria pelo aumento do interesse do consumidor por artigos de decoração. A outra ideia é uma bandeira de moda jovem. "Poderíamos usar a nossa marca para esse público, a Blue Steel", diz Galló. Seria uma investida para concorrer com a Hering e a C&A.

Como outras empresas do setor, a Renner trabalha com vários formatos de lojas e já anunciou para o segundo semestre a abertura de duas unidades compactas. Ao flexibilizar o tamanho dos pontos de venda, a varejista abre oportunidades para lojas de rua (atualmente são apenas oito) localizadas em cidades menores, com cerca de 250 mil habitantes. (Págs. 1 e B4)

Foto legenda: Na trilha do cobre

Depois de mais de 10 anos sem investimentos de monta, a Paranapanema planeja aplicar R$ 500 milhões até 2013 para modernizar as linhas de produção, afirma Luiz Antonio Ferraz. (Págs. 1 e B10)

País perde apoio em Washington

O Congresso dos EUA pode extinguir, até o fim do ano, o benefício que permite a exportadores brasileiros vender bens e serviços, no valor de US$ 3,5 bilhões por ano, sem imposto de importação. O mecanismo, concedido por países ricos a economias de menor porte no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP), favorece até 17,4% das vendas do país aos americanos. O fim do benefício é uma das possíveis consequências da ação diplomática brasileira no Irã. Outra, mencionada por especialistas e fontes oficiais, diz respeito ao etanol, produto que o Brasil não consegue exportar para os EUA por causa de uma sobretaxa. Nos próximos meses, o Congresso votará a manutenção ou não dessa sobretaxa. Principal defensor da liberação do etanol brasileiro, o líder do Partido Republicano na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Richard Lugar, perdeu força para continuar apoiando o Brasil.

Segundo o Valor apurou, o governo americano buscará pontos de acordo com o Brasil e acredita que o próximo governo no país reduzirá a importância do Irã na política externa brasileira. Acredita-se, em Washington, que a aproximação com o Irã foi uma decisão pessoal do presidente Luis Inácio Lula da Silva, mais que o interesse da diplomacia ou das forças políticas no Brasil. (Págs. 1 e A3)

Alianças do PT e do PSDB em crise

O balanço das convenções até agora realizadas mostra que o PT repete a sina do PSDB na aliança com o PMDB. Caíram de 17 para 11 os palanques próprios dos petistas. Na aliança com os pemedebistas em 2002, os tucanos também cederam espaço. Este ano PSDB terá 17 palanques próprios, o PMDB, 15 e o PT, 11. Em 8 haverá embate direto entre petistas e pemedebistas. O PMDB deve se aliar ao PSDB em cinco Estados. Já os tucanos enfrentam dificuldades com o DEM, que ameaça não formalizar a aliança entre as duas siglas se o escolhido para vice-presidência não for um integrante do partido.

Na convenção do PT, a agora candidata Dilma Rousseff fez um discurso focado em genéricas propostas de "continuidade da mudança". Coube ao presidente Lula as tarefas de atacar a oposição e rebater os discursos da véspera feitos na convenção que formalizou a candidatura de José Serra. O tucano também fez promessas - como a de elevar investimentos e cortar juros e a carga tributária - sem detalhar como pretende atingir as metas. As convenções foram organizadas de forma a privilegiar a gravação das cenas que serão usadas nas campanhas de televisão. (Págs. 1 e A6 a A9)

Reunião de Bonn debate fundo mundial de patentes. (Págs. 1 e A10)

Cientistas apostam na clonagem para salvar espécies ameaçadas de extinção (Págs. 1 e B2)

Reduzir a pobreza é meta de Echeverry, provável futuro ministro da Colômbia (Págs. 1 e A16)

Fundos se acertam em Belo Monte

O FI FGTS, fundo de investimento em infraestrutura do FGTS, e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef terão, direta ou indiretamente, cerca de 30% do consórcio Norte Energia, dono da usina de Belo Monte. (Págs. 1 e B1)

Cisco reorganiza o negócio

A Cisco, líder mundial em infraestrutura para telecomunicações, pretende centralizar a importação de seus equipamentos no Brasil. (Págs. 1 e B3)

China se rende aos Zegna

Crescimento da economia chinesa alavanca o consumo de luxo no país, que já representa um quarto do faturamento mundial da grife italiana de moda masculina Ermenegildo Zegna. (Págs. 1 e B4)

CSA inicia produção

Após cinco anos de obras e US$ 6,6 bilhões - 80% mais que o previsto -, entra em operação na sexta-feira a Cia. Siderúrgica do Atlântico, construída pela alemã ThyssenKrupp e a Vale. (Págs. 1 e B9)

Uniformidade acelera negócios

Com o apoio da FAO-agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação -, Brasil lidera iniciativa para harmonizar a classificação, registro e produção de rações animais na América Latina. (Págs. 1 e B15)

Ações sob controle

Depois do “circuit breaker”, a Securities and Exchange Commission avalia regular a velocidade das ordens de compra e venda de ações, como parte do esforço para ampliara controle sobre mercados eletrônicos. (Págs. 1 e C2)

Estratégia segmentada

Líder brasileira em seguro de automóveis e residências, a Porto Seguro Itaú Unibanco, resultado da fusão entre as duas seguradoras em agosto de 2009, descarta a unificação de suas marcas. (Págs. 1 e C12)

Mercado automático

Depois de conquistar os fundos de investimento e os grandes investidores institucionais, corretoras passam a oferecer sistemas de algoritmos para orientar estratégias de clientes pessoa física. (Págs. 1 e D1)

Caça aos talentos

O Brasil não dispõe de um número suficiente de profissionais qualificados para acompanhar seu desenvolvimento econômico nos próximos anos, diz Alistair Cox, CEO da Hays, uma das maiores empresas de "headhunter" do mundo. (Págs. 1 e D10)

TJ do Paraná ajuda devedores

Inspirado em experiência semelhante no Rio Grande do Sul, o Tribunal de Justiça do Paraná lança mutirão para promover acordos entre empresas credoras e consumidores endividados. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Luiz Werneek Viana
O futuro fez sua aparição nesta sucessão presidencial com o discurso com que Marina Silva lançou-se pelo PV. (Págs. 1 e A9)

Ideias

Luiz Carlos M. de Barros
Agravamento da crise europeia pode interromper a recuperação nos EUA e golpear a economia mundial. (Págs. 1 e A15)

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RADIOBRAS.