A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
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quarta-feira, março 24, 2010
ELEIÇÕES 2010 [In:] ''NADA SERÁ COMO ANTES..." (?)
Continuidade e mudança
Autor(es): Marcos Coimbra | ||||
Correio Braziliense - 24/03/2010 | ||||
Depois que concedeu sua entrevista-revelação, o governador José Serra entrou em campo. Deixemos de lado a discussão de por que resolveu fazê-lo de forma tão estranha, creditando sua escolha ao pendor que demonstra ter pelo inusitado. Das muitas coisas extraordinárias que fez nesta campanha — e das muitas que, provavelmente, fará até a eleição —, foi apenas mais uma. Com ela — salvo algo ainda mais esquisito —, só resta uma dúvida a respeito do cardápio que o sistema político vai apresentar aos eleitores em 3 de outubro. Terá Ciro Gomes gás para manter sua candidatura? Conseguirá atrair apoios fora do PSB para aumentar seu tempo de televisão? As chances não são grandes, considerando o realismo com que se movimentam as siglas ainda não comprometidas. O mais provável é que acabem por preferir um dos polos principais. Se ele e Marina ficarem no páreo, a hipótese de uma decisão no primeiro turno se reduz muito. Mesmo com pouca televisão, a soma de seus votos deverá ficar, no mínimo, em torno de 15% (pelo que dizem as pesquisas atuais), aos quais se deve acrescentar algo perto de 3% , que é uma estimativa razoável do que farão os vários nanicos que se animam a concorrer. Nem Dilma nem Serra, mesmo nos sonhos mais otimistas, imaginam que terão vantagem tão grande, maior que 20 pontos percentuais, sobre o outro. Sem Ciro, a possibilidade aumenta. É bom lembrar que o deputado é a primeira opção de quem só conhece dois candidatos, ele e o governador de São Paulo. Muitos de seus eleitores poderão, portanto, se interessar por outras possibilidades, à medida que as conhecerem na campanha. Dilma, principalmente, mas também Marina, vão receber parte expressiva do voto que ficará órfão se ele não garantir a candidatura. Hoje, esse voto tende a ir quase todo para Serra. Não importa tanto, porém, se o desfecho se dará no começo ou no fim de outubro. Passa-se o tempo e o que permanece é quem ganhou, independentemente de ter sido em uma consagradora vitória no primeiro turno ou em uma disputa apertada no segundo. Para o que Lula é hoje, faz alguma diferença ele ter tido que enfrentar Alckmin duas vezes em 2006? Seria ele maior se tivesse vencido de uma vez? O fato é que será nossa primeira eleição presidencial com um ingrediente que, na democracia, é inteiramente habitual: uma candidatura que se apresenta com a bandeira da continuidade, que promete que vai manter tudo o que faz o governo. Isso, no Brasil, já é normal nos estados e nos municípios, mas ainda não aconteceu em uma eleição de presidente da República — excluídos os casos de reeleição, que são bem diferentes). E não é por acaso, pois é a primeira vez que um governo chega ao fim melhor do que começou, com um nível de aprovação popular que é mais que o dobro das expectativas positivas que reunia quando era apenas uma promessa, lá em 2002. Na política, como em outras coisas da vida, quem ocupa uma posição limita as possibilidades de quem vem a seguir. Dilma encarna a continuidade com naturalidade (pois fez e faz parte do governo) e legitimidade, que lhe é assegurada pela única pessoa em condição de fazê-lo: Lula. Se o governo é dele, cabe a ele (e só a ele) dizer quem o simboliza na eleição. Ninguém pode se apresentar como continuidade sem seu endosso. Só resta aos outros concorrentes um lugar igualmente nítido: o da descontinuidade, ou seja, da mudança. Ainda que nenhum candidato (fora Dilma) queira, a eleição vai se tornar, mais cedo ou mais tarde, um confronto entre continuidade e mudança. Pelo que afirmam Serra, Ciro e Marina, nenhum deles, ganhando, mudaria “as coisas que dão certo”, o que não quer dizer nada para o eleitor. Segundo as pesquisas, o que a maioria deseja não é uma promessa tão óbvia, mas algo mais concreto: a continuidade mesmo, a que querem as pessoas que se encontram satisfeitas com a situação que vivem. Quando estão insatisfeitos, os eleitores querem mudança e a procuram nas diversas formas que pode assumir, no centro, na direita ou na esquerda, de acordo com suas convicções. A mudança tem vários rostos. A continuidade, ao contrário, é uma só. Para os que a preferem, basta saber quem a representa. ------------------ |
VENEZUELA [In:] ''FOI SEM QUERER, QUERENDO..." (*)
Ex-governador é preso após atacar Chávez
Valor Econômico - 24/03/2010 |
Um ex-governador venezuelano e crítico do presidente Hugo Chávez foi preso na noite de segunda-feira por ter declarado numa entrevista a um canal de TV que o governo mantém laços com grupos vinculados ao narcotráfico. Oswaldo Álvarez Paz foi acusado pelos delitos de conspiração, instigação pública à delinquência e por difusão de informação falsa. A detenção deve alimentar o argumento de críticos de Chávez de que ele está endurecendo suas ações contra adversários políticos num ano de eleições legislativas e se distanciando cada vez mais de um modelo democrático. Há dezenas de opositores sendo processados, no exílio ou presos. O processo contra Paz foi aberto no início do mês, logo após uma entrevista que deu à emissora Globovisión - cuja linha também é de oposição a Chávez - na qual se referiu às "relações do regime venezuelano com estruturas que são usadas pelo narcotráfico, como as estruturas das Farc e outras que existem no continente". Embora os EUA e um juiz espanhol tenham feito menções a esse respeito, é a primeira vez que uma figura pública da Venezuela vai a público fazer essas acusações, disse a coordenadora do programa de Ciência Política da Universidade Simón Bolívar, Natalia Brandler. O advogado de Paz disse que a ordem de prisão era "desproporcional" e "politizada". Seu partido, o democrata cristão Copei, classificou as acusações de "absurdas". Se condenado, ele pode pegar de dois a 16 anos de prisão. Paz foi governador do Estado de Zulia no início dos anos 90 e foi candidato à Presidência em 1993. Mas nos últimos anos ele se tornou um político não muito expressivo entre os opositores de Chávez. Para Brandler, a mensagem que ordem de prisão emite é que a "crítica está sujeita a uma pena" na Venezuela. -------------(*) Um ''bordão" de Chaves. Personagem da Tv Mexicana. --------- |
CUBA/CASTROS [In:] ''CUBA LIBRE''
Mito cubano da esquerda e direitos humanos
Autor(es): Eduardo Viola & Héctor Ricardo Leis |
O Estado de S. Paulo - 24/03/2010 |
São poucas as forças políticas que ainda reivindicam o caminho revolucionário na América Latina. Permanecem, porém, fósseis do projeto revolucionário no inconsciente coletivo da geração da esquerda que viveu a agitação dos anos 1960 e 1970. Eles resistem no imaginário democrático que surgiu sob o amparo da derrota conjunta das forças revolucionárias de esquerda e dos regimes autoritários de direita. Os direitos humanos tiveram papel fundamental no longo processo que nos levou na direção da democracia. Quase sem exceção, os revolucionários de outrora levantaram as bandeiras de luta contra as violações dos direitos humanos perpetradas pelos regimes militares contra os quais lutaram. Fizeram pouca autocrítica da violência a que recorreram, é verdade, mas houve forte efeito político civilizador ligado à defesa dos direitos, pelo fato de tal defesa só ser possível no regime democrático. Hoje vigora em toda a América Latina, com a única exceção de Cuba, a democracia "burguesa", que não estava nos planos iniciais dessa geração. Naqueles anos, de qualquer maneira, eram poucos os atores, da esquerda ou da direita, que manifestavam compromisso autêntico com a democracia. Foi o conjunto da sociedade que percorreu o caminho do aprendizado democrático, a partir dos anos 1980. Até então, em nossas sociedades, as experiências haviam sido marcadas por interesses oligárquicos. Não tínhamos aprendido a viver em democracia. Assim, a fundação do PT como partido político que aceitava o jogo democrático teve grande relevância para toda a América Latina. A grande maioria de seus fundadores tinha passado revolucionário e até, em alguns casos, de luta armada. Em comparação com forças semelhantes em outros países da região, o PT foi, naquela época, exemplo do aprendizado democrático da esquerda revolucionária brasileira. A transição foi, para muitos dos países, o primeiro processo de construção democrática sem restrições oligárquicas, mostrando a pobreza do registro democrático do século 20 na América Latina, repleto de interrupções. Hoje, praticamente não há no horizonte a possibilidade de retorno dos regimes autoritários de outrora, porém o caminho da construção da democracia não tem sido o fácil. Processos eleitorais e entrega do poder a representantes eleitos pela maioria são condições necessárias, mas nunca foram suficientes para o processo de consolidação da democracia. Uma democracia plena e de qualidade exige a instauração firme do Estado de Direito ? a sujeição total à lei de cada um dos cidadãos, independentemente de cargo, classe ou representatividade. A vocação democrática dos atores políticos é testada muito mais pelo respeito e pela subordinação permanente às regras e aos princípios universais que constituem o Estado de Democrático e de Direito ? entre os quais os direitos humanos são um dos mais importantes ? do que por participação em eleições. Isso elimina a interpretação oportunista ou anômala de tais direitos. Na América Latina, no entanto, vemos tristemente uma defesa dos direitos humanos instrumentalizada oportunística e anomalamente em relação a Cuba, principalmente pelas lideranças do PT. Desde a caça e expulsão dos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara até a recente visita de Lula e seus assessores àquele país, manchada pelo silêncio em relação à morte de um dissidente, a omissão de Lula e do PT sobre os direitos humanos em Cuba faz com que se levantem suspeitas sobre a verdadeira convicção democrática que hoje têm os revolucionários de ontem. Os ex-revolucionários da esquerda adaptaram-se bem às mudanças impostas pelas circunstâncias e estão, agora, instalados nos governos de boa parte das democracias da América Latina. Mas seu ressentimento pela derrota na pretendida revolução contra as oligarquias e as Forças Armadas nacionais aliadas ao "império americano" ficou encarnado na mítica e solitária Cuba dos Castros. Por isso, temem que qualquer crítica deles a Cuba ou aos irmãos Castro seja aproveitada pela direita ou pelo "império" ? mesmo reconhecendo que nem um nem outro sejam os mesmos de antes. Para eles, Cuba não é realidade, mas mito, portanto, intocável e incriticável. Transformou-se em mito porque foi o único país da região que conseguiu realizar uma revolução por meio da luta armada e sobreviveu, inclusive, a uma invasão do "império". Como, na América Latina, nenhum outro grupo de esquerda conseguiu isso, Cuba ganhou uma "indulgência" permanente e total por seus pecados. A esquerda que hoje se encontra no poder em muitos dos países da América Latina deve liberar o seu inconsciente de recalques e desmitificar Cuba, permitindo que a ilha entre novamente na História, com suas virtudes e seus defeitos, atuais e passados. Deve começar a olhar seu passado revolucionário com humildade, reconhecer suas falhas e seus méritos, aprender a perdoar e ser perdoada, reconciliar-se com todos os que reivindicam hoje os mesmo princípios universais que sustentam a democracia, mesmo que no passado se tenham enfrentado em lutas mortais. Deve, por último, aprender a criticar a monstruosa ditadura cubana de mais de 50 anos com um único partido, condenando as numerosas violações aos direitos humanos dos que não pensam como eles. Ao fim desse aprendizado, todos saberão que, na América Latina, o processo de consolidação democrática estará também concluído. |
ELEIÇÕES 2010 [In:] ''AMOSTRA GRÁTIS'' DO QUE VIRÁ !!!
SINDICATOS ARTICULAM PROTESTOS CONTRA SERRA
SINDICATOS PLANEJAM ATO CONJUNTO CONTRA SERRA |
Autor(es): Cristiane Agostine e Vandson Lima, de São Paulo |
Valor Econômico - 24/03/2010 |
Os principais sindicatos de São Paulo nas áreas de Educação, Saúde e Segurança vão intensificar os protestos e greves até a desincompatibilização do governador do Estado, José Serra (PSDB). Eles pressionam por aumento salarial, reajuste do vale-alimentação e alteração no plano de carreira. A maioria das entidades é vinculada à CUT, PSOL e PSTU. O governo compromete 41,2% da receita com pessoal, abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 46,5%. "Preferimos investir em obras que poderão ser usadas por toda sociedade", diz o secretário de Administração, Sidney Beraldo. Para ele, as greves têm o objetivo de "prejudicar a campanha de Serra à Presidência". Os principais sindicatos de São Paulo nas áreas de Educação, Saúde e Segurança intensificarão protestos e greves até a desincompatibilização do governador do Estado, José Serra (PSDB), prevista para o dia 02 de abril. Juntos, os servidores das três áreas representam cerca 66% do total de funcionários na ativa do governo do Estado. Os manifestantes pressionam por aumento salarial, reajuste do vale-alimentação e alteração no plano de carreira. A maioria dessas entidades é vinculada a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, e a partidos radicais de esquerda, como P-SOL e PSTU. Dirigentes sindicais afirmam que o diálogo com a administração estadual melhorou na gestão Serra, mas reclamam que o governo pouco cedeu às reivindicações classistas. A avaliação, em geral, é que o governo tem-se mostrado mais disposto a receber as entidades, com reuniões mais frequentes. Ao mesmo tempo, não permite avanços na recomposição salarial. Em greve há três semanas, professores planejam um protesto na sexta-feira em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. A principal entidade articuladora da greve é a Apeoesp, vinculada à CUT, cuja presidente, Maria Izabel Azevedo Noronha, é filiada ao PT. Ontem, professores protestaram em frente à Secretaria Estadual da Educação e na Assembleia Legislativa, em audiência pública organizada pelo deputado Roberto Felício (PT). A categoria pede um reajuste salarial de 34%, rejeitado pela secretaria. O sindicato dos professores quer, ainda, o fim do Programa de Valorização pelo Mérito, que concede aumento de 25% para um quinto do magistério a cada ano, mediante a realização de uma prova. Para a Apeoesp, o ideal seriam programas de formação continuada durante a jornada do professor. A Secretaria de Educação condena o movimento que, em sua avaliação, tem caráter político. Por conta disso, instituiu o corte do ponto dos grevistas, com desconto salarial relativo às faltas. Em nota, o governo diz que "deve ser a primeira vez na história do movimento sindical" que uma entidade fica contra um plano de carreira que permite aumento salarial de 25% anual". "Política é a posição deles (governo estadual), de não nos receber. Meu sindicato é dirigido por várias configurações partidárias", diz a presidente da Apeoesp. Na área da Saúde, o principal sindicato, SindSaúde, planeja fazer um protesto bem-humorado no centro de São Paulo no dia 31, às vésperas de Serra deixar o cargo. A entidade deve contratar um chefe de cozinha para mostrar o que é possível comer com os R$ 4 do "vale-coxinha", como o vale-refeição é apelidado pelos servidores. O sindicato, também vinculado à CUT, organizou uma paralisação de 48 horas, na segunda-feira e na terça-feira, para pressionar o governo por um aumento salarial de 40% e pelo reajuste do vale-alimentação para R$ 14. Entre as reivindicações estão a jornada de trabalho de 30 horas, a reformulação do bônus e o fim das Organizações Sociais. O sindicato diz ter 26 mil filiados, de um total de 110 mil servidores, e ameaça intensificar a greve a partir do dia 31. A Secretaria de Saúde minimizou o protesto e informou que não houve paralisação do atendimento em unidades de saúde, só piquetes. O secretário-geral do SindSaúde entidade, Helcio Marcelino, diz que a relação com o governo estadual melhorou e disse ter construído em conjunto um projeto de lei com as reivindicações. "Mas o texto não foi encaminhado à Assembleia Legislativa", reclama. Segundo o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, o governo decidiu reter o projeto por conta de restrições orçamentárias (veja reportagem nesta página). A área de Segurança, que protagonizou a pior greve enfrentada por Serra, em 2008, também organiza sua greve às vésperas da desincompatibilização do governador. Ontem, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) decidiu iniciar uma "operação padrão" para mostrar a "estrutura defasada da instituição" . A categoria pressiona pela aprovação de um projeto de reestruturação da carreira. A princípio, não haverá greve, segundo a presidente da associação, Marilda Pansonato Pinheiro. A dirigente, no entanto, prevê a paralisação total se o governo estadual não se mostrar disposto a negociar.
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ELEIÇÕES 2010 [In:] PALANQUEADURA A PESO DE OURO
Apesar de ter dívida de R$ 35 milhões, PT monta pré-campanha milionária para Dilma
Publicada em 23/03/2010 às 23h58m
BRASÍLIA - A uma semana de deixar o palanque oficial do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fechou na noite desta terça-feira, com o comando do PT, detalhes da megaestrutura que está sendo montada pelo partido para os três primeiros meses da pré-campanha à Presidência. Nessa primeira fase, antes do início da campanha oficial em julho, Dilma terá todas as despesas custeadas pelo PT, que ainda paga por mês cerca de R$ 700 mil da dívida de R$ 35 milhões, remanescente da campanha de 2006, renegociada recentemente. A receita do PT é formada por recursos do Fundo Partidário e pagamento da contribuição de filiados, além de doações para campanhas eleitorais. ( Leia também: Três pessoas vão assumir funções da Casa Civil com saída de Dilma )
As despesas com a pré-campanha incluem o aluguel de uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, por R$ 12 mil mensais, contrato com empresa de jatos executivos para deslocamento por todo o país, aluguel de carros e pagamento de seguranças, além de salários para a candidata e pelo menos mais cinco assessores que ela levará da Casa Civil para a campanha. Só com esses salários e o aluguel da casa, as despesas chegarão a mais de R$ 250 mil entre abril e final de junho.
O salário da pré-candidata ultrapassará os pagos aos dirigentes petistas, porque, além dos R$ 12.500 que ela recebe como ministra, o partido deverá incorporar mais R$ 5.300 que Dilma recebia como integrante do Conselho de Administração da Petrobras.
" Serra vai viver de quê? Ele é rico? Que eu saiba, não é. Quem vai pagar seu salário? "
A cúpula do PT teme que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) crie obstáculo à incorporação do jeton da Petrobras - é sempre lembrado que o tribunal contesta o pagamento de despesas hospitalares que o partido fez ao ator Mário Lago, porque ele não era filiado ao PT. Mas a decisão do comando de campanha é incorporar. Como alegou o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, "a ministra não pode ter prejuízo".
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, diz que não há regra no estatuto sobre despesas de pré-candidata porque Lula não as teve. Mas diz que isso é normal. E aponta para o governador tucano, José Serra, principal adversário de Dilma:
( Em tom de despedida de governo, Serra 'inaugura' começo de obra )
- O Serra disse que o PSDB não vai lhe pagar salário nem suas despesas na pré-campanha. A pergunta que não quer calar é: o Serra vai viver de quê? Ele é rico? Que eu saiba, não é. Quem vai pagar seu salário?
Dilma não se deslocará em avião de carreira com seu staff da campanha. O PT está fechando contrato com a TAM e/ou Líder Táxi Aéreo para que ela tenha à disposição, em tempo integral, jatinhos usados na caravana país afora nesses três meses. O contrato é mensal e com um número predeterminado de horas voadas, independentemente do destino. Se ultrapassar esse teto, o valor é ajustado.
Mas Dutra diz que ainda não tem o valor do contrato porque estariam "regateando" um desconto. A TAM oferece uma frota de aeronaves executivas que inclui 8 jatos Citation de última geração, com velocidade de cruzeiro e capacidade para 6 a 8 pessoas, além de salas vip e helicópteros.
" A Dilma não pode ficar subordinada a um avião. Se quebrar? "
- A Dilma não pode ficar subordinada a um avião. Se quebrar? Com esse contrato, a empresa terá sempre avião disponível - diz Dutra.
Na campanha oficial, o contrato é outro, com estrutura maior.
- Nessa fase da pré-campanha, o gasto com aluguel, pessoal e deslocamento é "peanuts" (de pouca expressão). O grosso, 80% dos gastos são na campanha, com rádio/TV e material gráfico - diz Dutra.
Para se ter ideia dos custos de uma campanha presidencial com avião, o PT declarou ter gasto na eleição de Lula, em 2002, mais de R$ 1,2 milhão, ao longo de todo o período, com a principal empresa aérea que serviu ao candidato, a TAM.
O PT vai bancar o salário de cinco assessores, cada um com cerca de R$ 11 mil mensais. Irão com ela para a pré-campanha, nesta primeira fase, os jornalistas Ricardo Amaral e Oswaldo Buarim, a assessora especial da Presidência Clara Ant, o secretário-executivo adjunto da Casa Civil, Giles Carriconde Azevedo, e sua secretária Cleonice Dorneles - além de seguranças e empregados.
Ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira disse que a dívida do partido remanescente da campanha de 2006, em dezembro de 2009, era de R$ 35 milhões. Renegociada, o PT paga por ano cerca de R$ 8 milhões, ou R$ 700 mil por mês com bancos, fornecedores e Coteminas.
" Que descansar que nada. A Dilma gostou do trem. Está animada que nem pinto no lixo "
- O Vaccari (seu sucessor) deve ter uns 10 contratos na mesa para assinar, contrato de aluguel, funcionários, de assessoria com o João Santana, transporte aéreo e locadoras de carro. Na campanha passada, esse contrato do Santana acho que foi R$ 6 milhões, este ano não sei - disse Ferreira.
Embalada pela subida nas pesquisas, Dilma não quer perder um minuto com descanso na primeira semana fora do governo. Já nos primeiros dias de abril, depois da Semana Santa, participa de eventos festivos nas convenções do PR e do PCdoB - esta última vai ser uma festança com Martinho da Vila, Leci Brandão e Netinho.
- Que descansar que nada. A Dilma gostou do trem. Está animada que nem pinto no lixo - diz Dutra.
Além da casa, o PT vai alugar um andar em um hotel no centro de Brasília para o funcionamento do escritório de Dilma e assessores na pré-campanha. Móveis serão alugados. Vai alugar também dois andares de um prédio no Setor Comercial Sul, R$ 30 mil por mês, para iniciar a reforma de instalação do comitê de campanha.
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http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/03/23/apesar-de-ter-divida-de-35-milhoes-pt-monta-pre-campanha-milionaria-para-dilma-916156579.asp
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
24 de março de 2010
O Globo
Manchete: Nova proposta mantém royalties, mas o Rio ainda perde R$ 3,6 bi
Integrantes do governo e a Confederação Nacional dos Municípios (CMN) tentarão hoje, no Senado, uma alternativa à emenda Ibsen. A proposta deverá manter os royalties a estados e municípios produtores, mas retirar as participações especiais sobre o petróleo. Pela emenda Ibsen, a economia fluminense - estado e prefeituras - perderia R$ 7 bilhões ao ano. O Estado do Rio recebe hoje R$ 5,3 bilhões em royalties e, se essa nova regra for aprovada, passaria a embolsar apenas R$ 1,7 bilhão. Ou seja, ainda haveria uma perda de R$ 3,6 bilhões. As participações especiais têm alíquotas progressivas de zero a 40%, dependendo do volume de produção dos campos, de sua localização e do tempo de exploração. (págs. 1, 21 e editorial "Nos devidos eixos")
Gritos de Isabella foram abafados
Ao depor como testemunha de acusação, o legista Paulo Sérgio Tieppo Alves disse que a menina Isabella Nardoni pode ter sido esganada quando alguém tentava impedir que ela gritasse. Para o legista, a menina tinha marcas de esganadura e sinais vitais comprometidos antes de ser jogada pela janela. O médico reiterou que Isabella tinha lesões incompatíveis com a queda, o que indica que foi agredida antes de chegar ao apartamento. A delegada Renata Pontes disse ter 100% de certeza sobre a culpa de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. (págs. 1 e 9 a 11)
Foto legenda: A delegada Renata Pontes e o promotor Francisco Cembranelli mostram aos jurados maquete do prédio
PT monta campanha milionária para Dilma
Na investigação da Bancoop, o MP rastreia um esquema que abasteceria o caixa 2 do PT. (págs. 1 e 4)
Preso opositor de Chávez por falar na TV
Obama: 13 estados vão à Justiça
Violência é desafio para o continente
Google não fura 'muralha' da China (págs. 1 e 31)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Tesouro é contra reativar a Telebrás
O Tesouro Nacional emitiu nota técnica em que condena a reativação da Telebrás pelo governo Lula para gerir seu programa de banda larga, relatam Valdo Cruz e Humberto Medina.
É a segunda autoridade do governo a se opor à idéia. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já levantara publicamente restrições a que a estatal seja reativada.
A medida é defendida pelo Ministério do Planejamento e pela Casa Civil.
Desde que o setor foi privatizado, em 1998, a função da Telebrás passou a ser administrar e pagar dívidas.
Para o Tesouro, a estatal está exposta a muitas ações judiciais (era ré em 1.189 até o fim de 2009), e há risco' de "contaminar" os ativos que seriam usados no programa de banda larga.
Segundo a Folha apurou, a nota técnica do Tesouro é vista como "consistente", embora a Casa Civil não esteja convencida dos argumentos das Comunicações e da equipe econômica.
Licitar a rede de fibras ópticas das estatais do setor elétrico, com 16.000 km, é uma das opções que o governo estuda para viabilizar o programa. Outra é usar os Correios ou o Serpro. (págs. 1 e B1)
Defesa dos Nardoni não consegue negar laudos
Ontem, depuseram a delegada Renata Pontes, o legista Paulo Tieppo, que analisou o corpo de Isabella no IML, e o perito da Bahia Luiz Eduardo Carvalho, especialista em análises de manchas de sangue em cenas de crime. Tieppo emocionou o júri ao mostrar fotos da menina ferida. (págs. 1 e C1)
Foto legenda: O advogado de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, Roberto Podval, dá entrevista em frente ao fórum de Santana, localizado na zona norte de São Paulo
Ruy Castro
Caso é perfeito para detetives cerebrais (págs. 1 e A2)
Serra nega haver atraso no metrô porque 'meta não é promessa'
Propagandas do Estado na TV e em banners diziam que haveria 28 novas estações de trem ou metrô até 2010, mas ao menos seis não serão inauguradas neste ano. "Não há atraso. Não houve promessas, houve metas", disse Serra, que deverá anunciar a sua pré-candidatura à Presidência nos próximos dias. (págs. 1 e C5)
Pedido palestino é 'irracional', diz premiê de Israel
Polícia apura se menina sofreu estupro no Pinel
Voto de detento preocupa juízes e promotores
Delegado de SP inicia ‘operação padrão’ e não descarta greve
Em greve há duas semanas, professores decidiram focar as reivindicações no reajuste de 34,3%. (págs. 1 e C6)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Exclusividade do BB no consignado é contestada na Justiça
A exclusividade do Banco do Brasil para operar com empréstimo consignado (descontado em folha de pagamento) está sendo contestada na Justiça em 11 ações. Oito delas são de bancos privados e entidades do setor, como a Associação Brasileira de Bancos. Um dos alvos é a exclusividade sobre os funcionários da Prefeitura de São Paulo. A prática "anula o princípio constitucional da liberdade de escolha do cliente", diz Renato Oliva, da associação. O consignado é o segmento de crédito que mais cresce no País. Antes, atraía só bancos pequenos, mas a baixa inadimplência ampliou a concorrência. A lei que institui o consignado não é clara sobre a exclusividade. Em nota, o Banco Central disse que está "avaliando as implicações da questão". (págs. 1 e Economia B1)
Banco rebate e diz que age dentro da lei
O Banco do Brasil negou que esteja prejudicando a concorrência. "Não é só o BB que busca exclusividade", disse a direção. (págs.1 e Economia B1)
Conselho quer assumir investigação sobre MP-DF
Novo rateio de royalties pode privar SP de R$ 2 bi
25% é a fatia que o Estado deve ter das reservas de pré-sal
Mercadante recebe apoio de 5 partidos
Reforma de Obama já vale
Planeta: Lodo de esgoto vira insumo industrial
Dora Kramer: Politiquinha
Notas & Informações: A Indústria volta a investir
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Jornal do Brasil
Manchete: Juros têm a maior queda em 16 anos
O cheque especial ficou mais barato em fevereiro. A taxa média de juros do crédito cobrado a pessoas físicas caiu para 41,9% ao ano, o menor patamar da série histórica iniciada em julho de 1994, segundo dados do Banco Central. Entre as causas está principalmente a redução da inadimplência, fator que traz reflexos diretos no risco que os bancos correm ao autorizar o crédito. A queda nos juros, no entanto, não continuou acompanhando a melhora na inadimplência. Para o próprio BC, os bancos estariam segurando o repasse dos ganhos aos clientes, preocupados com uma eventual elevação da taxa Selic de juros pelo governo. (págs. 1 e Economia A17)
Delegada garante: réus com “100%” de culpa
União pelo Rio: Governo quer isolar emenda do royalty
Grã-Bretanha retalia Israel
Sociedade Aberta
Ministros da Cultura do Brasil e do Paraguai
Um brinde à parceria regional. (págs. 1 e A11)
Sociedade Aberta
The New York Times
Oposição nos EUA não tem classe. (págs. 1 e A23)
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Valor Econômico
O Mercosul ofereceu à União Europeia (UE) maior abertura de seu mercado para o setor automotivo e propôs a eliminação mútua de tarifas para uma série de produtos agrícolas processados. A UE, por sua vez, acenou com flexibilidade na área agrícola, desde que através de uma "bolsa comum" de concessões que reduziria o número de cotas de 14 para 3 produtos do Mercosul.
As iniciativas, segundo o Valor apurou, foram interpretadas como sinal de que as negociações entre os dois blocos, que estão emperradas há mais de seis anos, poderão avançar. A UE propôs uma nova reunião para o fim de abril, em Bruxelas, quando ficará claro o que será possível anunciar na reunião de presidentes prevista para maio, em Madrid, com vistas a um possível fechamento do acordo de livre comércio ainda neste ano. (págs. 1 e A3)
Reajuste de minério terá efeito cascata
CVM prepara norma para ofertas hostis
Deverão ser adotadas regras detalhadas para os casos em que houver disputa por uma empresa, a fim de impedir interferências durante o leilão, estabelecer quais informações os interessados deverão fornecer ao mercado e obrigar a direção da companhia que for alvo de uma oferta a se posicionar sobre o negócio, como é praxe em outros países. A minuta da norma, que será levada a consulta pública, já está praticamente pronta. O texto recebeu aprovação do colegiado da autarquia no dia 2 de março. (págs. 1 e D1)
Foto legenda: Prato de resistência
Sindicatos articulam protestos contra Serra
O governo compromete 41,2% da receita com pessoal, abaixo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, de 46,5%. "Preferimos investir em obras que poderão ser usadas por toda sociedade", diz o secretário de Administração, Sidney Beraldo. Para ele, as greves têm o objetivo de "prejudicar a campanha de Serra à Presidência". (págs. 1 e A14)
Autarquia fecha acordos no caso Centrus
OMC condena subsídio à Bombardier e abre espaço para ação da Embraer (págs. 1 e A11)
Copel negocia com a Previ compra de uma participação na Celesc, diz Rubens Ghilardi (págs. 1 e D5)
Progresso lento
Batalha da Pampulha
McDonald's foca N/NE
Retomada hoteleira
Avanço da construção
Crédito mais caro
Ideias
Ideias
Ideias
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RADIOBRAS.
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