A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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segunda-feira, abril 07, 2008
SINDICATOS & SINDICALISTAS: "POR QUEM OS SINOS DOBRAM..."
O governo Luiz Inácio Lula da Silva usou o sindicalismo como trampolim para o poder e hoje comanda dando migalhas ao pobre e bilhões ao capital. A crítica mordaz parte de uma figura central da história sindical do País, que foi companheiro do presidente no PT e na criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Waldemar Rossi, 74 anos de idade e 53 de militância. "É tudo uma cortina de fumaça", afirma o homem que nas décadas de 70 e 80, à frente da Oposição Sindical Metalúrgica, enfrentou um dos símbolos do peleguismo sindical, Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão - presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, durante a ditadura.
Mas não podem ser destacadas algumas conquistas?
Ele trouxe o aprofundamento das injustiças, porque ele colocou em vários postos do governo pessoas da confiança dele, subordinadas a ele. E não pessoas que estavam lá para debater o melhor para o País. Gente que ele já sabia com toda sua experiência sindical que ia se subordinar. O Lula tem esse poder mesmo, fez isso no PT, fez na CUT e está fazendo agora.
O sr. não daria ao presidente o título de governo dos trabalhadores?
Quando mandei minha carta de desfiliação ao PT eu mandei para dizer o seguinte: o Partido dos Trabalhadores transformou-se no partido do capital e por isso não estou mais nele. Ele é o partido do capital, porque dá migalhas para os trabalhadores e bilhões e bilhões para o capital. As mudanças todas que ele está fazendo, reforma da Previdência, reforma tributária, a mudança da Lei de Falências, todas favorecem o capital. É o jogo do capital, e os que estão lá fazem a mesma coisa mentindo para o povo.
A regulamentação das centrais sindicais não pode ser vista como uma conquista?
Nós formamos as centrais em 83 e 84. Ele está legalizando, mas permitindo que essas centrais tenham muito dinheiro. Então ele esvazia o poder sindical de base e fortalece as centrais, que estão todas com o capital. O salário mínimo era para atender às necessidades da família, que hoje, segundo o Dieese, é de R$ 1.934. O que faz um chefe de família com quatro pessoas que tem de pagar aluguel com R$ 415? Isso tudo é uma cortina de fumaça. Você joga com determinados dados com uma eloqüência muito grande e engana o povo.
O sr. faz críticas severas ao PT, mas foi um dos fundadores?
Não sou fundador do PT, sou fundador da CUT. Eu tinha razões de natureza política para não aderir a um partido, qualquer que fosse. Já no ano de 78 eu apontava que é preciso criar outros instrumentos de luta. Quando surge o PT, toda aquela esquerda vai para o PT porque ali surge um partido da classe operária, dos trabalhadores. Eu entrei no fim de 85, porque acreditei naquele momento que o PT podia ser o que nós chamamos de um partido estratégico, capaz de criar um projeto alternativo de sociedade para se opor ao capitalismo.
E o partido falhou nesse objetivo de fundação?
O tempo foi mostrando que os interesses daqueles que ocuparam a direção do PT e a direção da CUT não eram exatamente os mesmos que eu tinha e muitos de nós tínhamos, que era elaborar um projeto alternativo. Essa revelação se acentua com a eleição de 89. Porque, quando se forma o governo paralelo, estavam dizendo o seguinte: "o PT está descartado". E o que esse governo paralelo estava trabalhando era uma linha de chegar ao poder por um processo que não fosse conflitivo com o sistema. Portanto, descartando todo o ideal petista.
O sr. viveu essa mudança de ideal?
Em 93 eu passei a fazer parte da Executiva Estadual e do Diretório Nacional. Em 94 houve a eleição em que o Lula enfrentou o Fernando Henrique Cardoso pela primeira vez e o José Dirceu foi candidato a governador do Estado. Ele também era o presidente do partido. Ao conviver três anos na Executiva eu percebi como é que se trabalhava o jogo do poder interno. Havia três movimentos: cooptar aqueles que pensassem diferente, neutralizar ou afastar. A pá de cal foi quando, terminada a eleição, a imprensa toda publicou os gastos dos partidos. Ao publicar isso, ela revelou quanto dinheiro entrou do sistema capitalista, das grandes empresas, dos bancos. O que foi um baque para a militância do partido, não para mim. Eu já tinha evidências claras disso. O PT imitou o PSDB. Virou um partido fundamentado no neoliberalismo para chegar ao poder, como fez o PSDB.
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Quem é:
Waldemar Rossi
Na década de 70 foi líder da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo
Metalúrgico aposentado, foi um dos fundadores da CUT, em 1983
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Ricardo Brandt, Estadão. 0704.
"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
PF/OPERAÇÃO TITANIC: FAMI[G]LIA CASSOL ?
Espírito Santo
No Espírito Santo, a PF prendeu, além de Adriano e Pedro Scopel, mas 14 pessoas envolvidas no esquema de fraude. A operação envolve ainda três em São Paulo. Adriano Scopel resistiu à prisão e os agentes tiveram que fazer uso de uma marreta para entrar em seu apartamento, no edifício Paládio, na Praia da Costa. Entre as prisões ocorridas na cidade de Vitória, estão a de três auditores da Receita Federal. Entre eles, o casal Max Pimentel de Almeida Marçal e Leisa Cristina Ortega Amaral, que, segundo as investigações, receberam dinheiro da firma chefiada por Adriano Scopel para liberar carros de alto luxo e motos potentes importadas com o valor subfaturado. O terceiro auditor preso é Alberto Oliveira, que, segundo a PF, também estaria envolvido no esquema. As importações de carros eram realizadas junto a duas empresas estrangeiras que exportavam os veículos e motos com documentos adulterados, reduzindo o preço de venda para conseqüentemente reduzir os impostos a serem pagos no Brasil. Uma delas é a Global Business, do Canadá, chefiada pelo brasileiro Eduardo Sayegh, que estava em São Paulo, onde foi preso. A outra é a americana E&R Logos Companie Inc., cujo proprietário é Clenilson de Farias Dantas. A PF ainda não explicou se há mandado de prisão contra ele. Também foram presos no ES a contadora Aldeni Avelar Portela Silva, da Zip Assessoria Contábil, que cuidava das fraudes na contabilidade da importadora de veículos Tag, de propriedade da família Scopel. Outro detido foi Jorge de Oliveira, corretor de valores, que fazia as remessas ilegais de numerário para o exterior. Dos empregados ligados à Tag foram presos em Vitória Aguilar de Jesus Bourguignow, uma espécie de gerente da empresa assim como Maurenice Gonzaga de Oliveira. Outro empregado preso foi Rodolfo Beligo Legnaioli. Na lista de presos estão ainda Alessandro Stockl, proprietário da oficina onde ficavam guardados os carros importados ilegalmente, e Fernando Silva do Couto, um empregado que emprestava o seu nome para lavagem de dinheiro ou de bens adquiridos irregularmente pelo dono da Tag. Há ainda a participação de um brasileiro residente nos EUA que colaborava com a emissão de documentos de exportação de veículos subfaturados. Adriano e Pedro Scopel ganharam notoriedade em 2006 ao levarem ao Salão de Automóvel em São Paulo seis carros italianos da marca Lamborghini, que foram apreendidos por estarem em situação irregular. Eles também foram acusados de ter adquirido a lancha que era de propriedade do narcotraficante Juan Carlos Ramires Abadía.
Marcelo Auler, de O Estado de S. Paulo. 0704.
CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO: O SAI NÃO SAI... O VAI NÃO VAI
BATALHA JUDICIAL
O presidente do Senado e parlamentares da oposição temem que as investigações sobre a quebra do sigilo dos gastos com cartão corporativo efetuados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia saiam da órbita do Legislativo e se transformem em uma batalha judicial no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ideal é que isso se esgote no Parlamento. Mas, com esse clima de choque político, a discussão acabará nas portas dos tribunais", disse Garibaldi. "Vai ser tumultuado. O governo se aquartelou na CPI mista, onde tem uma maioria confortável. No Senado, a diferença é menor e pode ter uma participação efetiva da oposição", avaliou o presidente da Casa. Os temores sobre a batalha judicial têm fundamento. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) informou que a oposição vai entrar com uma ação no STF para pedir a abertura dos gastos efetuados com cartão corporativo pelo presidente Lula e pela primeira-dama Marisa Letícia. Na opinião dele, esses gastos não podem ser qualificados como de segurança nacional: "São mordomias, e não gastos de segurança. Houve abuso, e o governo tem de entregar os documentos com todas as despesas realizadas", cobrou o senador.
ESTRATÉGIA
A estratégia da oposição passa pelo esgotamento da discussão dentro do Congresso. Na CPI - ou CPIs -, os oposicionistas prometem recolocar em pauta a necessidade de abrir o sigilo dos cartões corporativos. Se não obtiverem êxito, recorrerão ao Supremo. "Se nós não conseguirmos pela via normal, que é a CPI, vamos entrar com uma ação no Supremo", garantiu Demóstenes. Posição semelhante vem sendo articulada pelos líderes do PSDB. Um parlamentar revelou que o partido já trabalha de forma reservada uma ação para pedir a quebra do sigilo dos gastos de Lula e Marisa. Demóstenes lembrou que "a guerra administrativa" é para que os atuais ocupantes do poder mostrem como gastaram os recursos. Lembrou que, se se confirmar que o dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso foi mesmo feito dentro do Palácio do Planalto, estará configurada a quebra de sigilo dos dados.
Para controlar o novo foco de investigações no Senado, Lula receberá amanhã no Planalto a bancada do PDT no Senado - que conta com quatro parlamentares. O líder do partido, Jefferson Péres (AM), disse que, enquanto o Planalto continuar na estratégia de blindar a ministra Dilma Rousseff, a oposição vai acirrar os ânimos para desgastar o governo. "Pior é não ir e ficar exposto", avaliou Péres, deixando em aberto a possibilidade de o PDT apoiar a CPI exclusiva do Senado.
Estadão. Expedito Filho, BRASÍLIA. COLABOROU CIDA FONTES. 0704.