A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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terça-feira, agosto 09, 2011
GOVERNO DILMA [In:] ... NADA DE NOVO NO ''FRONT''
Presidente quer defesa sem ideologia
"Ideologia é a Constituição" |
Autor(es): Tiago Pariz e Paulo de Tarso Lyra |
Correio Braziliense - 09/08/2011 |
Para acalmar militares, Dilma garante que o respeito à Constituição pautará Celso Amorim no ministério
Na posse de Celso Amorim, Dilma Rousseff tranquiliza os militares quanto ao viés esquerdista do novo ministro e ressalta que ela é a chefe das Forças Armadas
A presidente Dilma Rousseff fez um discurso curto, mas cirúrgico, durante a cerimônia de posse do ex-chanceler Celso Amorim como novo ministro da Defesa, ontem, no Palácio do Planalto. E sepultou os temores da caserna com a inclinação esquerdista de Amorim nos tempos em que foi titular das Relações Exteriores de Luiz Inácio Lula da Silva. "A lógica do Ministério da Defesa é a disciplina, a competência e a dedicação. A ideologia do Ministério da Defesa é o respeito à Constituição e a subordinação aos interesses nacionais. O partido do Ministério da Defesa é a pátria. Os senhores sabem disso, o novo ministro sabe disso", afirmou a presidente Nos exatos 7min16 de duração de seu pronunciamento, Dilma ressaltou, nas entrelinhas, que não há espaço para voos solos na pasta, já que a presidente é a verdadeira comandante em chefe das Forças Armadas. "Com o meu apoio e sob meu comando direto, ele ajudará muito o Ministério da Defesa a vencer os seus maiores desafios, tanto os mais urgentes, os mais conjunturais, quanto os mais estratégicos." Dilma tampouco demonstrou contrariedade pela ausência de Nelson Jobim na solenidade — ele justificou estar com suspeita de dengue — e ignorou a contribuição do ministro que exerceu o cargo de meados de 2007 até a semana passada. Preferiu concentrar-se nas qualidades de Amorim. "Celso Amorim é um homem talhado para esta fase do Brasil, que é um país de cabeça erguida, consciente da sua soberania", declarou a presidente. A cúpula das Forças Armadas viu no discurso de Dilma a abertura para um canal direto com a Presidência, algo que era fechado na época de Nelson Jobim. De acordo com a presidente, a experiência de Amorim como chanceler será fundamental para as negociações sobre acordos bilaterais, compra de armamentos e aquisição de tecnologia bélica. Comandantes
Amorim comprometeu-se a trabalhar pelo reaparelhamento das Forças Armadas e disse serem legítimas as reivindicações dos militares sobre aumento salarial. Ainda enfatizou que, sob seu comando, os projetos não sofrerão retrocesso. Para Amorim, Exército, Marinha e Aeronáutica estão com seu poderio defasado diante das necessidades do país em proteger as fronteiras e as riquezas naturais. "Nossas forças sofrem de carências que não permitem o efeito dissuasório indispensável à segurança desses ativos. Há um descompasso entre a crescente influência internacional brasileira e nossa capacidade de respaldá-la no plano da defesa. Uma não será sustentável sem a outra", afirmou. O ministro voltou a afirmar que é preciso estabelecer um cronograma de retirada das tropas brasileiras do Haiti (leia mais na página 4), ao mesmo tempo em que defendeu a participação das tropas em outras missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), sempre mirando o objetivo de ter uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. "Um país pacífico como o Brasil não pode ser confundido com país desarmado e indefeso." Comissão da Verdade na pauta da oposição
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MACROECONOMIA: CICLOS ECONÔMICOS
Seria mesmo o fim de um ciclo de crescimento?
Autor(es): Tony Volpon |
Valor Econômico - 09/08/2011 |
As absurdas taxas de juros colocam um limite à expansão do endividamento Não é nenhum segredo que existe certo pessimismo em relação às perspectivas para a economia brasileira até antes da forte piora da crise fiscal dos países desenvolvidos. Depois do acelerado crescimento de 2010, muitos analistas estão notando um acúmulo de problemas domésticos. Talvez o mais preocupante seja como a economia brasileira preenche todos os requisitos clássicos de uma economia superaquecida: inflação e juros em alta, moeda supervalorizada, crescente prevalência de fluxos especulativos de curto prazo, possíveis "bolhas" nos mercados de crédito e imobiliários. Infelizmente a experiência nesses casos é muito clara: economias emergentes nessas situações normalmente entram em crise.Seria esse o destino da economia brasileira? Acreditamos que não, a despeito de o Brasil preencher muito das condições necessárias para ser considerado uma economia instável. A razão não tem a ver com as recentes tentativas do governo de gradualmente esfriar a economia. De fato, a experiência histórica é bastante clara: o gradualismo normalmente falha, e é quando o crescimento cai que os excessos acumulados durante o período eufórico finalmente se revelam. A razão pela qual não acreditamos em uma eventual crise por fatores domésticos tem a ver, primeiro, com nosso maior malefício que, talvez paradoxalmente impeça a criação de desequilíbrios patrimoniais necessários para uma crise e, segundo, o que esperamos seja um comportamento mais racional do empresariado (se não do governo) em relação ao mercado de trabalho. Enquanto esses dois fatores devem evitar uma crise, eles ao mesmo tempo apontam para o esgotamento de um ciclo de crescimento que, desde pelo menos 2005, tem nos mercados de crédito e de trabalho os mais importantes mecanismos para disseminar internamente os efeitos do boom internacional das commodities. Temos uma bolha de crédito no Brasil? Essa questão é urgente porque a experiência histórica nesse caso também é bastante clara: mercados emergentes que passam por rápido aprofundamento dos seus mercados de crédito muitas vezes sofrem crises. Excesso de otimismo por parte dos credores e de bancos inexperientes combinado com políticas prudenciais insuficientes levam a excesso de alavancagem. O explosivo crescimento dos empréstimos para aquisição de automóveis, que já supera 4% do PIB, como a aceleração do preço dos imóveis seriam sinais preocupantes, entre muitos outros, de que estamos a caminho de criar uma estrutura insustentável de passivos. Otimistas, dentro e fora do governo, apontam para a ainda baixa relação crédito/PIB, que apesar de ter subido de 24,7% no inicio de 2005 para 46,9% hoje, ainda se encontra bem abaixo do nível internacional. Mas essa comparação é enganosa: nenhum outro país tem de perto as nossas taxas de juros. Colocando de lado o crédito direcionado, verdadeiro privilégio para os afortunados que o recebem, dados do Banco Central (BC) mostram que o crédito ao consumo custa 47% ao ano. Tendo que pagar quase metade do valor emprestado por ano somente em juros limita fortemente a expansão do estoque de credito. Nossos cálculos mostram que, levando em conta a necessidade de também amortizar o principal desses empréstimos, o consumidor médio já esta comprometendo mais ou menos um terço de sua renda líquida para sustentar suas dívidas. Apesar de não ser possível definir com precisão qual o limite do comprometimento de renda, devemos estar bastante perto dele. As absurdas taxas de juros que nossos ávidos consumidores aceitam pagar colocam, paradoxalmente, um limite ao crescimento do endividamento agregado que deve evitar que ele atinja um tamanho crítico que levaria a uma crise. Mas esse mesmo limite vai reduzir talvez o mais importante fator de expansão da demanda agregada desses últimos anos. Evitaremos uma crise, mas não vamos evitar menor crescimento. Outro fator que tem contribuído muito para o quadro de possível instabilidade macroeconômica tem sido o extremamente aquecido mercado de trabalho. A taxa de desemprego continua a cair para novas mínimas históricas. Mas ao mesmo tempo o custo do trabalho está subindo para máximas históricas. Dados do BC mostram que o custo unitário do trabalho em dólares subiu 119% desde 2005. Uma economia em forte expansão pode, por algum tempo, suportar esses aumentos, mas aqui também existe um limite. Podemos ver isso já na produtividade da indústria, que está em franca queda, atingindo um crescimento de somente 0,8% ao ano em maio. A queda da produtividade mostra que a atual exuberância irracional do mercado de trabalho está prestes a acabar. Empresários podem, individualmente, acreditar por um tempo que as leis da oferta e procura não valem para eles, e lógico que sempre haverá distinções setoriais. Mas, para a economia como um todo, um menor crescimento diminui o crescimento da receita das empresas que, se continuarem a contratar e conceder salários como durante a recente euforia, vão ver diminuir seu lucro líquido. E a queda da lucratividade deve então estourar a bolha nesse mercado. Como no caso do mercado de crédito o resultado final deve debilitar um dos maiores alicerces do forte crescimento desses últimos anos. Não tendo investido suficientemente em educação e infraestrutura, fatores que poderiam sustentar a produtividade do trabalho, nem em uma profunda reforma do regime fiscal, necessária para baixar as taxas de juros, o crescimento exuberante não tem como continuar. O modelo atual, baseado no tripé alta das commodities-expansão do credito-expansão do mercado de trabalho, já mostra sinais de esgotamento. A tentação, que devemos rechaçar a todo custo para evitar uma crise é dar uma sobrevida artificial ao modelo atual usando as políticas do governo para insuflar ainda mais os mercados de crédito e trabalho. Dada a provável continuidade do ciclo de alta das commodities por ainda algum tempo, teremos oportunidade de executar as reformas necessárias. Até la, vamos ter que nos acostumar com bastante menos euforia e crescimento. Tony Volpon é diretor do Nomura Securities International, Inc. |
GOVERNO DILMA/MINISTÉRIO DA AGRICULTURA [In:] ... DEU ''PROAGRO''
CGU apreende computadores da Agricultura
Faxina na Agricultura leva à apreensão de computadores; Dilma ainda defende Rossi |
O Estado de S. Paulo - 09/08/2011 |
João Domingos e Rafael Moraes Moura /
BRASÍLIA e Gustavo Uribe /
AGÊNCIA ESTADO - O Estado de S.Paulo
Apesar do apoio da presidente Dilma Rousseff e do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a Controladoria-Geral da União (CGU) recolheu ontem computadores do ministério e abriu uma nova investigação para apurar as denúncias de tráfico de influência e corrupção na pasta. Na semana passada, uma comissão disciplinar já havia sido instaurada para apurar as responsabilidades administrativas após notícias de pagamento indevido da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) a uma empresa goiana de silos. O responsável pela liberação da verba foi Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Demitido, Jucá Neto acusou o Ministério da Agricultura e o PMDB de participação e conivência com o esquema de corrupção. A presidente Dilma Rousseff, que havia defendido Rossi no domingo, por intermédio de uma declaração da Secretaria de Imprensa, voltou a dizer ontem que confia no ministro da Agricultura. "Não há razão para ter qualquer questão em relação ao ministro Wagner Rossi", disse Dilma a jornalistas, logo após recepção ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper. O ministro Gilberto Carvalho, que tentou, sem sucesso, manter Luiz Antônio Pagot à frente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), reiterou o apoio da presidente ao titular da Agricultura. Ele afastou a possibilidade de demissão do ministro do PMDB, que é apadrinhado pelo vice-presidente Michel Temer. Carvalho disse que conversou ontem com Rossi e relatou que o ministro da Agricultura está "sereno" e "tranquilo". "Ele é ministro do governo da presidente Dilma Rousseff e assim vai seguir enquanto ele avaliar que há condições para seguir", afirmou. Tratamento. Com as declarações de apoio, apesar da devassa nos computadores da Agricultura realizada por um órgão afinado com o Planalto, Dilma pretende estancar a crise, preservando o PMDB - maior partido da base aliada - de ações drásticas como as impostas ao PR, o mais atingido até o momento pelas demissões ordenadas por Dilma. O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), acredita que não será encontrado nada que incrimine Rossi. "Foi o próprio ministro que pediu a atuação da CGU. Esses computadores devem ter sido recolhidos a pedido dele", disse. "Portanto, o ministro está tranquilo. Todos os que tinham alguma coisa a temer já foram afastados.". No caso da Agricultura, o único afastado foi o ex-secretário executivo Milton Ortolan, que pediu demissão no fim de semana após a revista Veja publicar reportagem sobre a atuação de um lobista, Júlio Fróes, dentro do ministério. De seu lado, o ministro Jorge Hage (CGU) disse que conversou com Rossi para informá-lo sobre as novas ações e o recolhimento dos computadores. Serão analisadas licitações, convênios e contratos do ministério. Procedimento semelhante foi adotado após as denúncias de irregularidades envolvendo o Ministério dos Transportes, que levaram à queda de Alfredo Nascimento e à demissão de mais 27 servidores do setor. De acordo com Hage, Rossi colocou-se à disposição para fornecer todas as facilidades do trabalho de auditoria. O ministro da CGU disse que não foi recolhido nenhum material do titular da Agricultura. "Não há nenhuma acusação que pese contra o ministro pessoalmente", afirmou. Ética. Ontem, a Comissão de Ética Pública decidiu não investigar Rossi. Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, não há denúncia contra ele nas notícias divulgadas no fim de semana. Em compensação, a Comissão de Ética Pública vai investigar as atividades de Ortolan. No caso de Jucá Neto, o ex-funcionário da Conab foi advertido publicamente por não ter entregue a Declaração Confidencial de Informação (DCI), uma espécie de declaração de bens exigida dos servidores públicos. A Comissão de Ética também vai investigar se Pagot, após deixar o comando do Dnit, se recusará a cumprir a quarentena exigida dos funcionários públicos. DENÚNCIAS Pagamento irregular Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deixou a diretoria financeira da Conab após ter sido revelado que autorizou pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa de silos. Loteamento político Demitido, Jucá Neto corroborou com as denúncias de corrupção na Agricultura e disse que a pasta foi aparelhada pelo PMDB e dominada por "bandidos". Atuação de lobistas A segunda baixa na Agricultura foi do secretário executivo da pasta, Milton Ortolan, auxiliar direto do ministro Wagner Rossi. Ortolan pediu demissão após reportagem da revista Veja divulgar, neste fim de semana, que um lobista do setor, chamado Júlio Fróes, trabalhava dentro do ministério e interferia em licitações, publicação de editais e contratos da pasta. |