PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''PALANQUEADURA''... *

...










[Homenagem aos chargistas brasileiros].
...
(*) ''PALANQUEADURA'' é um neologismo que me permití criar como a união das palavras ''palanque'' com ''cavalgadura'', e, penso que não carece de maiores explicações... (NHM).
------------

GOVERNO LULA ''ET AL.'': DIREITA, VOLVER!!! (VOU VER?)

Obama, Dilma e tia Clélia

sábado, 23 de janeiro de 2010 | 0:00

“Quando os Estados Unidos bandearam para
a direita, nós também bandeamos. Melhor para nós.
Até na América Latina a esquerda está encrencada”

Barack Obama só durou um ano. Ele ia mudar tudo. Qual foi o resultado? Os americanos endireitaram. O maior sinal disso ocorreu na semana passada, quando a candidata democrata em Massachusetts, um dos maiores currais eleitorais do partido, foi derrotada por um republicano. Ele tomou a cadeira no Senado que por mais de quarenta anos pertenceu a Ted Kennedy, prometendo opor-se à reforma do sistema de saúde proposta por Barack Obama. O sistema de saúde americano pode ser perdulário. Ele pode criar desigualdades. Mas é melhor do que morrer num corredor do SUS.

O regressismo terceiro-mundista, que no último ano acometeu os Estados Unidos, foi detido. Chega de rombo fiscal. Chega de estatizar companhias falidas. Chega de financiar montadoras de carros. Chega de pacotes para o setor público. Chega de aumentar os impostos das empresas poluidoras. Chega de multilateralismo. Depois da posse de Barack Obama, até Lula se sentiu legitimado a teorizar sobre o capitalismo americano. Ele mesmo: Lula. A surra que os republicanos deram nos democratas, em Massachusetts, poderá conter o bolor bananista. Chega de Lula teorizando sobre o capitalismo americano.

...

Quando os Estados Unidos bandearam para a direita, nós também bandeamos. Melhor para nós. O programa eleitoral de Barack Obama, comemorado em todos os cantos do planeta, já foi enterrado. O aquecimento global é tratado com chacota. A temperatura média nos Estados Unidos diminuiu na última década: o maior poluidor do mundo está esfriando. No Haiti, os americanos atropelaram a ONU e militarizaram as áreas arrasadas pelo terremoto, salvando centenas de milhares de pessoas. O corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos é mais útil do que qualquer ONG. Até na América Latina a esquerda está encrencada. Hugo Chávez deflagrou uma guerra contra o PlayStation. E Lula está sendo apagado da memória. A média de espectadores de Lula, o Filho do Brasil foi menor do que a dos jogos do Macaé. Dilma Rousseff, sua candidata presidencial, está destinada à derrota. Porque ela, como Lula, personifica o passado. De fato, ela se assemelha cada dia mais à minha tia Clélia:

Quanto tempo Dilma Rousseff ainda poderá durar? Menos de um ano. Menos do que Barack Obama.

Por Diogo Mainardi

...

ELEIÇÕES 2010: SEM OPOSIÇÃO... ''FÁCIL, EXTREMAMENTE FÁCIL"

Com Lula e sem oposição

O Estado de S. Paulo - 03/02/2010

Não há duas opiniões sobre os resultados da mais recente pesquisa sobre a sucessão presidencial: a da CNT/Sensus, divulgada na segunda-feira. É unânime a avaliação de que a subida da ministra Dilma Rousseff diz quase nada do que o eleitor acha dos seus atributos administrativos, políticos ou pessoais. Tampouco resulta de uma eventual comparação favorável com outros presidenciáveis. O fato que conta é ser ela a única candidata em campanha, carregada para cima e para baixo por um presidente cujo índice de aprovação está perto de 82%, o mais alto desde maio passado (assim como a avaliação positiva de seu governo, na casa de 71%).

O crescimento das intenções de voto em Dilma varia como que na razão direta do seu grau de exposição ao público ? aquele que é levado aos comícios para conhecer a "continuadora" da obra de Lula e aquele que a vê nos telejornais participando ao lado do presidente de mais uma inauguração ou vistoria fabricada exatamente para isso, como se fossem engrenagens de um rolo compressor. O eleitor só sabe da ministra o que o seu arrimo diz e nas circunstâncias que ele escolhe para dizê-lo. Nessa campanha antecipada ? uma espécie de transgressão institucionalizada da Lei Eleitoral e do princípio que veda o uso de bens públicos para fins políticos ?, Lula é a figura absolutamente dominante.

A tal ponto que na pesquisa espontânea de intenção de voto (quando se pede ao entrevistado que diga um nome, em vez de lhe mostrar uma cartela com um punhado de alternativas), o Instituto Sensus apurou que o presidente impedido de disputar um terceiro mandato consecutivo ainda é o preferido de cerca de 20% dos brasileiros, o dobro dos que mencionaram Dilma ou o governador tucano José Serra. A maioria, em todo caso, não soube ou não quis responder. A ministra deve o que tem ? 28% em um cenário que inclui Ciro Gomes, do PSB, e 29% sem ele, ante 33% de Serra numa hipótese e 41% na outra ? à "determinação" de Lula em promover a sua candidatura, como diz um correligionário de Ciro, o senador Renato Casagrande.

Essa determinação é o ar que o presidente respira dia e noite. Dele se pode dizer que nada que diga respeito às chances de emplacar a sua escolhida lhe é estranho. E nenhuma outra questão se sobrepõe a isso, a começar do cumprimento do calendário eleitoral que ele transforma em peça de ficção. As viagens que já disse que continuará fazendo, a pretexto de fazer as coisas andar ? "o olho do dono engorda o porco", disse há pouco ?, são apenas a ponta visível da montanha de ações que empreende a favor da ministra. Ele não se limitou a enquadrar o partido e atrelar o governo à sua candidatura. Com um desvelo que nunca demonstrou pelas servidões do seu cargo, cuida da sintonia fina do preparo da campanha.

Quando se ocupa de assuntos de economia interna do PT ou enfrenta dilemas no governo, guia-se invariavelmente pela pergunta: "Que será melhor para Dilma?" Isso para não falar do problema por excelência da sucessão: a adesão do PMDB à candidata. O que passa por um acordo sobre o nome do seu parceiro de chapa que deixe confortável a caciquia que dá as cartas nessa conhecida federação partidária. Lula se deu mal quando sugeriu que a legenda apresentasse uma lista de três nomes para a escolha da companheira ? ou melhor, dele próprio. Voltou atrás, mas decerto não desistiu de influir nos arranjos peemedebistas. A caneta presidencial é um forte argumento.

Outro problema, ligado àquele, que faz Lula arregaçar as mangas são as alianças eleitorais nos Estados ? os palanques de candidatos adversários aos governos locais capazes de acolher a petista Dilma. Segundo a Folha de S.Paulo, ela teria 35 desses palanques, 10 a mais do que Serra. Não se imaginará que essa construção prescinda do empenho de Lula. A oito meses da eleição, ele exala otimismo. "Olha, Dilma, tudo está melhorando para nós", comemorou numa conversa no gabinete que deveria servir para melhorar a gestão dos assuntos de Estado. "A gente vai continuar trabalhando para a popularidade subir ainda mais", prometeu.

Nem mesmo em um evento oficial, a inauguração de escolas técnicas no Distrito Federal, anteontem à noite, Lula se segurou. "Não há pressão que consiga subir com a pesquisa de hoje", declarou, confiante nos efeitos terapêuticos do desempenho da ministra sozinha no páreo.

CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] ABSENTEÍSMO É PARA OS COMUNS MORTAIS...

Um quarteto que sempre aparece

Maioria deixa de explicar faltas em votações

Autor(es): Agencia O Globo
O Globo - 03/02/2010

No primeiro dia depois do recesso, alguns deputados já corriam ontem para tentar explicar à Casa o motivo das ausências a votações em 2009. Uma argumentação bem sucedida significa o ressarcimento do desconto. Levantamento do site Congresso em Foco mostrou que mais da metade dos 513 deputados (270) faltou às sessões deliberativas em plenário (com votação) sem apresentar qualquer justificativa. Ao todo, foram 1.066 faltas sem explicação à Câmara, o que implica desconto na parte variável dos subsídios parlamentares, equivalente hoje a R$16.512,09.

A Câmara desconta do deputado a falta sem explicação, mas permite que ele se justifique até o final do mandato - ou seja, os faltosos do ano passado têm até o final de 2010 para tentar reverter o prejuízo no bolso.

Segundo o levantamento, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) foi o que mais faltou sem explicações: foram 31, com justificativa para apenas duas ausências nos 115 dias. Em seguida, aparecem os deputados Odílio Balbinotti (PMDB-PR) e Suely (PR-RJ), os dois com 19 faltas sem justificativa; Rebecca Garcia (PP-AM), com 17; Nelson Goetten (PR-SC) e Clóvis Fecury (DEM-MA), com 16 cada; e Dalva Figueiredo (PT-AP), com 15.

Deputados alegam problemas de saúde

O deputado Wladimir, segundo sua assessoria, está tomando todas as providências para abonar as faltas porque está em tratamento médico por problemas de coluna. Todas as faltas serão justificadas nos próximos dias. O deputado Nelson Goetten afirmou que a ausência se deu para acompanhar um parente doente em São Paulo e participar de compromissos políticos.
A deputada Rebecca Garcia justifica que a maior parte das 38 ausências se deu porque está enfrentado problemas de saúde na família. O deputado Clóvis Fecury (DEM-MA) diz que ausentou-se da Câmara, em alguns períodos de 2009, para acompanhar o pai e a mãe em exames médicos e internações hospitalares.


Por meio de sua assessoria, a deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), disse que estava em compromissos políticos no estado, por isso não justificou as ausências. A reportagem de O GLOBO deixou recado nos gabinetes dos deputados Odílio Balbinotti e da deputada Suely e não obteve retorno. Segundo o gabinete, Balbinotti estava na Casa e a deputada Suely chegaria ontem à noite.

Quando a sessão do plenário é apenas para debates, a presença não é obrigatória. Ontem, por exemplo, que só teve a sessão solene de abertura do ano legislativo, registraram entrada na Casa até as 19 horas 311 deputados.

Os presentes assistiram à oitava e última mensagem de prestação de contas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso. Lula destacou que, apesar da crise econômica mundial, o governo manteve em ritmo acelerado os seus três principais programas: Bolsa Família, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o plano habitacional "Minha Casa, Minha Vida". Ressaltou que o valor dos benefícios do Bolsa Família aumentou, mas garantiu que as "contas estão equilibradas".

Para 2010, o governo prometeu, ao longo da mensagem de 422 páginas, reduzir gastos de custeio - depois de tê-los ampliado em 2009 para manter a economia aquecida. Em 2009, as receitas tiveram uma queda de 1,1%, enquanto as despesas tiveram crescimento real de 10,2%. Só com despesas de pessoal, houve um crescimento de 11,1%, além de 9,5% com o chamado custeio da máquina.

Ao falar do PAC, Lula disse que o programa aumentou em "58% o valor dos pagamentos em relação ao ano anterior".

GOVERNO LULA/BOLSA-FAMILIA [In:] BOLSA-URNA

GOVERNO FAZ AMEAÇA ELEITORAL AO RECADASTRAR BOLSA FAMÍLIA

AMEAÇA NAS ENTRELINHAS

Autor(es): Agencia O Globo/Catarina Alencastro
O Globo - 03/02/2010

Um texto editado pelo Ministério do Desenvolvimento Social para orientar o recadastramento de beneficiários do Bolsa Família afirma que o gestor que assumir o comando do programa federal no próximo governo poderá alterar suas regras. O alerta faz parte da instrução operacional número 34, editada no dia 23 de dezembro do ano passado, e que será repassada aos prefeitos, responsáveis pela atualização dos dados do cadastro do Bolsa Família. O documento explica que a validade do benefício está garantida por três anos para quem já atualizou seus dados em 2008 e 2009. Embora não esteja expresso, o texto dá a entender que o mesmo deve valer para quem se recadastrar em 2010. Mas, segundo a advertência do ministério, a partir de 2011, o prazo de validade do benefício não está garantido.

Segundo a instrução operacional, hoje a validade do benefício "depende do ano em que houve a última atualização cadastral". "Cadastros atualizados em 2008 terão a validade do benefício firmada em 31/10/2011; cadastros atualizados em 2009, 31/10/2012. Para os anos de 2011 e 2012, no entanto, a fixação da data de validade do benefício estará sujeita a alterações segundo novas diretrizes que sejam estabelecidas pela nova administração que assumir o Bolsa Família em janeiro de 2011", diz o texto.

Texto pode trazer insegurança jurídica

Para o especialista em Direito administrativo, Damásio de Jesus, a norma traz insegurança jurídica e pode ser entendida pelos beneficiários como uma ameaça.

- Estamos diante de uma quase total insegurança jurídica. Isso é terrorismo. A lei é isto aqui, mas ela pode mudar a qualquer momento. Parece-me que o governo está tentando antecipar circunstâncias que ele supõe que venha a acontecer - disse ele. - Não é possível que a lei diga alguma coisa hoje e, ao mesmo tempo, diga que isso pode ser mudado. Parece-me muito estranho que o governo faça isso.

O professor de Direito administrativo da Uerj, Gustavo Binenbojm, afirma que, do ponto de vista da responsabilidade fiscal, a norma está certa. Ele vê, no entanto, margem para interpretações político-eleitorais.

- A medida tem um caráter ambíguo. Ainda que ela seja suscetível a uma explicação eleitoral, juridicamente é correta - diz.

Segundo ele, o governo passa, com a norma, a mensagem de que o benefício está garantido somente enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seus candidatos, estiverem no poder:

- A mensagem política que o governo quer passar é que, se o governo Lula continuar, está tudo garantido. Se não, vocês (beneficiários do programa) vão ter que se acertar com o governo de oposição.

Secretária admite falta de cuidado

A secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, Lúcia Modesto, nega que a intenção da regra seja espalhar terror entre os beneficiários. Mas ela admite que o texto dá margem para diferentes interpretações:

- Este texto vem suscitando diversas interpretações que vão para além do que, de fato, está escrito nele. Talvez a gente não tenha tido o cuidado (necessário) com a linguagem.

Segundo ela, a instrução operacional tem como finalidade orientar os gestores do programa nos municípios. Lúcia Modesto diz que o documento foi discutido em uma teleconferência com gestores municipais e, na ocasião, não houve, por parte deles, dúvidas sobre o teor meramente funcional da mensagem:

- A instrução não tem valor normativo, é uma instrução operacional. É um texto técnico que ajuda os municípios a se organizarem em um ano que é mais curto que os outros.

A instrução foi editada para ajudar os municípios na atualização do cadastro único de integrantes do Bolsa Família. Desde 2008, quem recebe auxílio pode ficar dois anos sem atualizar suas informações sem correr o risco de perder o auxílio. A partir daí, caso não o faça, terá o repasse bloqueado e, após três meses, será desligado do programa.

A instrução operacional explica que está em vigor um novo conceito de validade do benefício que assegura à família continuar recebendo o dinheiro do governo federal, mesmo que o rendimento per capita seja superior a R$140, teto permitido no programa. O argumento é que as famílias podem eventualmente conseguir uma renda extra, como um emprego temporário. Com a renda maior corriam o risco de perder o benefício. Mas, há alguns anos, o entendimento do ministério é o de que essa renda eventual não pode prejudicar a família que ainda deve ser mantida no programa.

A instrução operacional estabelece ainda uma novidade para o cadastramento. A partir deste ano, cada beneficiário terá um mês específico para fazer a revisão cadastral. O mês depende dos últimos algarismos do Número de Identificação Social (NIS) do responsável pela unidade familiar.

Mais de 700 mil cancelamentos

Ontem, o ministério divulgou que 709.904 famílias terão o recebimento do Bolsa Família cancelado a partir do dia 11 deste mês. O motivo é que o cadastramento delas não foi atualizado nos últimos dois anos. O estado que mais terá famílias retiradas do programa é São Paulo, com 133.992 cancelamentos. Em segundo lugar vem a Bahia, com 67.986. O Rio terá 47.648 famílias retiradas do Bolsa Família ainda este mês.

As famílias poderão recorrer do cancelamento e voltar a integrar o programa. A decisão é da prefeitura da cidade onde moram, que é a responsável pela gestão do benefício. Ao todo, 4.112.315 de famílias já foram desligadas do programa. A maioria (2.237.587) por terem renda familiar superior à exigida.

ELEIÇÕES 2010: CIRO ''OPOSICIONISTA''? (QUEM VIVER, VERÁ...)

Ciro se opõe a Lula e diz querer a presidência

Ciro contraria Planalto e diz que mantém candidatura à Presidência

Autor(es): Vera Rosa
O Estado de S. Paulo - 03/02/2010

Disposto a driblar as pressões do governo, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) rompeu ontem o silêncio e avisou que manterá sua candidatura ao Palácio do Planalto, contrariando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prega a união da base aliada no palanque da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Um dia após a divulgação da pesquisa do Instituto Sensus pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), Ciro afiou o discurso e bombardeou a aliança entre o PT e o PMDB, embora Lula insista na ideia de uma campanha plebiscitária contra o PSDB do governador de São Paulo, José Serra.

Para o deputado, o presidente comete "grave erro" quando avalia que sua desistência beneficiaria Dilma, pré-candidata do PT. "Mantenho a minha candidatura à Presidência da República", afirmou Ciro ao Estado, no retorno das férias parlamentares. Ex-ministro da Integração Nacional, ele garantiu que, apesar de ter transferido o domicílio eleitoral para São Paulo, a pedido de Lula, não concorrerá ao governo paulista.

Dilma e Ciro quase se encontraram ontem, antes do almoço, na cerimônia que marcou a reabertura dos trabalhos legislativos, na Câmara. O deputado, porém, chegou atrasado e nem viu a chefe da Casa Civil deixar o Salão Verde. Pela pesquisa CNT/Sensus, a presença de Ciro no páreo garante a realização do segundo turno e impede a vitória de Serra, postulante do PSDB, na primeira rodada. Mesmo assim, o governo avalia que esse cenário não se sustenta quando começar a campanha de fato.

Com Ciro na disputa, Dilma chega bem perto de Serra, segundo o levantamento realizado entre os dias 25 e 29 de janeiro. Ela tem 27,8% das intenções de voto e Serra, 33,2%. Ciro fica em terceiro lugar, com 11,9%, e a senadora Marina Silva (PV) em quarto, com 6,8%.

"Na vida a gente não sobe em salto alto", esquivou-se Dilma, ontem, quando questionada sobre seu crescimento na preferência do eleitorado. Cautelosa, a ministra saiu da Câmara cumprimentando deputados, senadores e funcionários do café, mas se recusou a dar entrevistas.

"Vocês me desculpem, mas hoje eu não vou falar", disse ela aos repórteres, caminhando com passos firmes na direção do elevador. Ao seu lado, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha - articulador político do Planalto -, aproveitava para dar tapinhas nas costas de parlamentares. "Estou fazendo um cadastramento dos descontentes com o governo", brincou.

Pouco antes, o vice-presidente José Alencar roubou a cena. Apesar de emocionar a plateia ao falar sobre sua luta contra o câncer no abdome, ele acabou provocando uma saia-justa política quando disse que "vice não tem voto".

Sentado ao lado do presidente da Câmara, Michel Temer (SP) - nome que o PMDB quer emplacar como vice na chapa de Dilma, apesar da resistência no governo e nas fileiras do PT -, Alencar agradeceu a Lula por ocupar o Planalto.

"Sou vice graças ao presidente. Ninguém vota no vice. Vota no titular", insistiu ele. Temer, que pouco antes o homenageara no discurso como "exemplo de vida e de político", não esboçou reação. Ficou impassível.

Aplaudido de pé, Alencar deu socos no ar. Lembrou ter abdicado de quatro anos de mandato como senador pelo então PL para ser vice de Lula. Sorridente, afirmou ter consciência de que o apreço recebido hoje é fruto da solidariedade dos que acompanham suas idas e vindas ao hospital. Ele já passou por 15 cirurgias.

"Não tenho a ilusão de que isso se revele em votos na próxima eleição", comentou, arrancando risos. "Se eu tivesse esse pensamento, confesso que estaria preparado para receber 100% dos votos." Hoje no PRB, Alencar tem dito que, se ficar curado, concorrerá ao Senado. "Se Deus quiser me levar agora, não precisa de câncer para isso. Se não quiser que eu vá, não há câncer que me leve. E tudo indica que ele não quer me levar agora", encerrou. Foi ovacionado.

---------------

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

03 de fevereiro de 2010

O Globo

Manchete: Governo faz ameaça eleitoral ao recadastrar Bolsa Família

Instrução a prefeitos alerta que, em 2011, novo governo poderá mudar programa

Um documento publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Social contém uma ameaça velada aos beneficiários do Bolsa Família: lembra que em 2011, ao assumir o novo governo, as principais diretrizes do programa poderão ser alteradas. O alerta está numa instrução operacional distribuída a prefeitos com regras para o recadastramento - uma das exigências para que os beneficiários não sejam excluídos do programa. O texto diz que a ajuda de custo está garantida por 3 anos para quem já atualizou os dados. Mas adverte que, em 2011, "a validade do benefício estará sujeita a alterações". Para Damásio de Jesus, especialista em Direito Administrativo, o texto cria insegurança jurídica e pode ser entendido como ameaça.
“Isso é terrorismo. Não é possível que a lei diga uma coisa hoje e, ao mesmo tempo, diga que isso pode ser mudado." O governo nega a intenção de ameaçar, mas admite que o texto dá margem a diferentes interpretações. (págs. 1 e 3)

Indústria teve pior queda em 19 anos

Tombo foi de 7,4% ,no ano; produção de máquinas e equipamentos registrou o maior recuo

O país fechou o ano de 2009 com um tombo histórico de 7,4% na produção da indústria, segundo o IBGE. Foi o pior resultado desde 1990, quando o recuo chegou a 8,9%. Só no setor de máquinas e equipamentos, a queda, agora, chegou a 17,4%. Em bens de consumo, a baixa foi de 2,7%, mesmo com o corte de impostos promovido pelo governo para incentivar a compra de eletrodomésticos. Segundo analistas, no entanto, a tendência de recuperação na indústria, do último trimestre, está mantida. (págs. 1 e 19)

Um quarteto que sempre aparece

Num ano em que a Câmara teve recorde de faltas, só quatro deputados foram a todas as sessões: Leonardo Vilela (PSDB-GO), Emanuel Fernandes (PSDB-SP), Manato (PDT-ES) e Jofran Frejat (PR-DF). Ontem, na reabertura do ano legislativo, na qual a presença não era obrigatória, 311 dos 513 deputados compareceram. Alguns já corriam para explicar as ausências de 2009, quando 270 parlamentares somaram 1.066 faltas sem explicação - o que pode resultar em desconto no salário. O vice-presidente José Alencar roubou a cena ao falar de seu tratamento e agradecer a solidariedade. (págs. 1 e 8)

Foto-legenda: Plenário parcialmente vazio na reabertura do Congresso Nacional

Em 2009, Câmara teve 1.006 faltas sem qualquer justificativa.

Recorde de consumo faz ligar térmicas

Com o calor forte, o consumo de energia elétrica bateu recorde e chegou a 68 mil megawatts (MW), 26% a mais do que a média de 2009. Com isso, o país será obrigado a ligar suas usinas térmicas. (págs. 1 e 21)

Chávez destrói a democracia, diz manifesto

Documento do Bloco de Imprensa Venezuelana diz que a vocação totalitária e ditatorial do regime de Chávez é incompatível com a democracia, informa Mariana Timóteo da Costa, enviada a Caracas. (págs. 1 e 26)

Cem dias sem aulas

O atraso das notas do Enem deu a alunos da UFRJ quase cem dias de férias. Em alguns cursos, as aulas pararam dia 18 de dezembro e só recomeçam em 22 de março. Oficialmente, o ano letivo terminou em 8 de janeiro. Os alunos aproveitam agora, mas temem que os professores tenham de correr depois. (págs. 1 e 10)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo


Manchete: Homicídios crescem em São Paulo após dez anos

Apesar da queda na Grande SP, interior puxa alta do índice no Estado

Puxado pelo interior, o número de homicídios aumentou em São Paulo pela primeira vez em dez anos.

Em 2009, o Estado registrou 4.550 casos de homicídio (4.771 vítimas no total, porque há casos com mais de um morto). Em 2008, foram 4.426 (4.690 vítimas).

Na Grande São Paulo, permaneceu a tendência de queda, apurada desde 2000. No interior e no litoral, esse movimento se reverteu. (págs. 1, C1 e C3)

Criminalidade em alta: Comparação entre 2008 e 2009

Sequestro: 39% de aumento
Latrocínio: 14% de aumento
Homicídio: 3% de aumento

Aneel muda cálculo da conta de luz

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) modificou o cálculo do reajuste das tarifas de energia. A mudança corrige o erro que causava perda anual de R$ 1 bilhão ao consumidor, conforme a Folha revelou em outubro.

As distribuidoras de energia podem recorrer da decisão da agência. Se o recurso for aceito, os reajustes continuarão a prejudicar os consumidores. A Abradee, associação de empresas do setor, criticou a Aneel. (págs. 1 e B1)

Irã diz que pode aceitar plano de agência da ONU para seu urânio

O presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que o Irã está disposto a aceitar proposta da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, pela qual Teerã enviaria urânio para ser enriquecido em outro país.

A declaração, feita à TV estatal, surge quatro dias após jornais terem revelado que os EUA preparam a instalação de um sistema de defesa no golfo Pérsico, como prevenção contra eventuais ataques do Irã. (págs. 1 e A13)

Maranhão faz teste de HIV em alunos sem que pais autorizem

O governo do Maranhão começou a fazer testes de diagnóstico rápido de HIV em alunos do ensino médio (a partir dos 15 anos) de escolas públicas de São Luís, sem pedir autorização aos pais. O teste é opcional, e o resultado é entregue em 15 minutos, na própria escola.

Para o governo, o método adotado facilita o teste. Especialistas criticam a medida por excluir os pais do processo e veem risco de deixar os alunos expostos. (págs. 1 e C5)

Indústria se recupera após pior resultado em 19 anos

A produção industrial recuou 7,4% em 2009, a maior queda desde 1990 - ano do confisco do governo Collor. Mas o ano terminou com sinais de recuperação.

Segundo o IBGE, o setor de bens de capital - segmento da indústria que reflete o investimento das fábricas em novos equipamentos - apresentou em dezembro o nono crescimento consecutivo em relação ao mês anterior. (págs. 1 e B3)

Editoriais

Leia "A novela Belo Monte", acerca de licença ambiental; e "Crimes em São Paulo", sobre índices de violência. (págs. 1 e A2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo


Manchete: Cresce divergência entre Fazenda e BC sobre juros

Em público, Mantega e Meirelles expõem oposição diante da retomada econômica

O ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, entraram em divergência pública, num evento com empresários, por causa dos juros. Para Mantega, a recuperação da economia é sustentável e "acalmou o ânimo daqueles que já achavam que deveria subir o juro". Já Meirelles disse que "a recuperação se dá a um ritmo muito forte", sugerindo risco de inflação - o IPC da Fipe foi de 1,34% em janeiro, a maior marca desde fevereiro de 2003. Nos bastidores, Mantega tenta convencer o presidente Lula a evitar a alta da taxa, e a Fazenda responsabiliza o BC pelo baixo crescimento em 2009. (págs. 1, B1 e B3)

Frases:

"A recuperação se dá a um ritmo muito forte” (Henrique Meirelles - presidente do BC)

"A economia caminha com seus próprios pés" (Guido Mantega - ministro da Fazenda)

Ciro se opõe a Lula e diz querer a Presidência

Ciro Gomes (PSB) descartou a hipótese de disputar o governo paulista, apesar de o presidente Lula querer que ele abra mão da candidatura ao Planalto para reforçar o palanque de Dilma Rousseff (PT). "O santo Lula nesse assunto está errado. Vou manter minha candidatura à Presidência”. Ele criticou a provável coligação do PT com o PMDB: “A moral da aliança é frouxa. É um roçado de escândalos já semeados”. (págs. 1 e A4)

Congresso volta e expõe resistências

Na reabertura do Legislativo, ficou claro que o governo terá dificuldades para aprovar projetos que julga prioritários, como o que regula o pré-sal e o que consolida as leis sociais. (págs. 1 e A6)

Cursos abrem poucas vagas para o Enem

Alguns oferecem só uma vaga

Um em cada cinco cursos das universidades que aderiram ao Enem como forma de ingresso disponibilizou no máximo dez vagas. Na federal de São João Del-Rei (MG), só 31 das 785 vagas foram oferecidas. Apesar disso, 50,3% do total de vagas está no novo sistema. (págs. 1 e A15)

Polícia Militar deve voltar a ser Força Pública em SP

Uma proposta de emenda constitucional encaminhada pelo governador José Serra à Assembléia muda o nome da Polícia Militar para Força Pública, informa o repórter Marcelo Godoy. O resgate do nome usado por 67 anos até 1970 - quando foi alterado pelos militares - é mais um item no processo de mudanças internas na corporação desde a década de 90. O objetivo, diz o governo, é aproximar a polícia da população. (págs. 1 e C1)

China adverte Obama sobre encontro com dalai-lama

A China advertiu que os laços com os EUA podem ser "seriamente prejudicados" se o presidente Barack Obama encontrar o dalai-lama, líder do Tibete. Os laços já estão estremecidos por causa da venda de armas dos EUA a Taiwan. Washington confirmou a reunião. (págs. 1 e A11)

Irã recua sobre plano nuclear

Teerã diz que aceita enviar urânio para ser enriquecido no exterior. (págs. 1 e A11)

Corrupção: OAB vai criar observatório

Novo presidente da Ordem defende acompanhamento de ações. (págs. 1 e A5)

Violência: Em trote, calouros bebem etanol

Agressões são denunciadas à polícia em Fernandópolis (SP). (págs. 1 e A15)

Notas e informações: Com Lula e sem oposição

O que conta, na subida de Dilma em pesquisa, é ser ela a única em campanha, carregada pelo presidente. (págs. 1 e A3)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil


Manchete: Tanque cheio, bolso vazio

Para conter alta do álcool, governo baixou mistura na gasolina. Que agora também subirá

A redução do percentual de mistura de álcool à gasolina, que era de 25% e passou para 20% desde segunda-feira, foi justificada para conter a alta no preço do etanol. Agora, pela mesma razão, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes informa que 35 mil postos estão sendo avisados pelas distribuidoras de que o preço da gasolina também subirá nas bombas. O aumento pode ser maior tambem porque algumas regiões estão no limite da capacidade de produção e terão de receber gasolina de outras áreas. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Enem, a crônica da confusão anunciada

Especialistas em educação creem que os obstáculos enfrentados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tinham sido previstos devido às decisões tomadas pelo Ministério da Educação. A pressa e a falta de planejamento são apontadas como causas. O senador e ex-reitor da UnB Cristovam Buarque considera o exame um critério menos justo de ingresso na universidade. (pág. 1 e País, pág. A4)

Desmatamento cai na Amazônia

A meta de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 deverá ser antecipada. O Ministério do Meio Ambiente informou que a redução atingiu 72% na comparação entre outubro e novembro de 2008 e o mesmo período de 2009. Agora, a ideia é chegar a 2020 com redução de 95% em relação à década anterior. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

Coisas da política

Interesses não podem confinar o Brasil. (págs. 1 e A2)

Informe JB

Saúde indígena é uma bola dividida. (págs. 1 e A4)

Anna Ramalho

Ministro da Cultura ganha presente de R$ 2 bi. (págs. 1 e A16)

Editorial

Areia suja é problema de educação. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta:

OMarcus Quintella - engenheiro - O transporte público e a qualidade de vida. (págs. 1 e A11)

Sociedade Aberta:

Lauro Schuch - advogado - Facetas da nova Lei do Inquilinato. (págs. 1 e A11)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense


Manchete: Os meninos que ninguém vê

No município que mais registra desaparecimentos de jovens em Goiás, seis famílias pedem ajuda para achar seus filhos desde o início do ano

Noticiado com exclusividade pelo Correio, em janeiro, o sumiço de seis rapazes, sem qualquer vínculo entre eles, nos primeiros 22 dias do mês passado ganhou o noticiário nacional e mostrou ao país o drama de mães e pais do Parque Estrela Dalva, em Luziânia. Pressionadas pela repercussão do caso, as autoridades goianas reforçaram a presença policial na região, mas nenhuma resposta foi dada até agora. As famílias se mobilizam em busca de ajuda. Hoje, encontram-se com membros da CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos, da Câmara dos Deputados. Amanhã, vêm a Brasília pedir a entrada da Polícia Federal nas investigações. (págs. 1 e 21)

“Eles têm todas as informações do meu filho.Tenho esperança que vou encontrar ele vivo”. (Cirlene Rabelo, 42 anos, mãe de George).

Governistas elegem Lima presidente

Em seu terceiro mandato como distrital, Wilson Lima (PR) foi escolhido ontem como o sucessor de Leonardo Prudente (sem partido), que renunciou após a Operação Caixa de Pandora. Preferido do governador Arruda, ele obteve 15 votos, contra sete dados a Cabo Patrício (PT). Alírio Neto (PPS) e Jaqueline Roriz (PMN), ex-aliados do GDF, votaram com a oposição. (págs. 1 e 29)

Servidores da UnB vivem indefinição sobre pagamento de gratificação (págs. 1 e 28)


Africanos suspeitos de roubar veleiro

Cinco homens foram presos pela PF em São Luís acusados de imigração ilegal. Eles chegaram ao país num barco que desapareceu de uma marina em Cabo Verde e encalhou no Maranhão. (págs. 1 e 9)

Cespe demite ex-diretores

Quatro servidores do centro de seleção da UnB, entre eles a ex-diretora-geral Romilda Macarini, foram condenados por irregularidades administrativas. A investigação inocentou o professor Mauro Rabelo. (págs. 1 e 24)

Enem encerra hoje inscrições

Estudantes que buscam vaga no ensino superior com base nas notas do exame têm até às 23h59 para fazer a opção. Problemas no site dificultaram o processo. (págs. 1 e 8)

Foto legenda - Aplausos para José Alencar

Em dia de estrela na sessão de reabertura do Congresso Nacional, vice-presidente recebe homenagens e é ovacionado por sua luta contra o câncer. (págs. 1 e 5)
-----------------------------------
http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
------------